Opinião
Nos tempos atuais, a doença mental ainda é encarada segundo uma imagem fortemente negativa.

O estigma pode ser definido como sendo a rejeição pela sociedade de indivíduos com particularidades diferentes do dito, conceito de normalidade que ainda se encontra patente na sociedade, apresentando várias consequências negativas. Algumas das atitudes estigmatizantes incluem a rejeição e discriminação dos jovens em meio escolar e social resultado em absentismo escolar e exclusão da participação ativa na sociedade. Além disso, o estigma não afeta apenas o bem-estar psicológico e o desenvolvimento das pessoas com patologia mental, mas também atua como uma barreira na procura de cuidados de saúde, compromete a adesão terapêutica e integração na sociedade com impacto na saúde pública.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a definição de saúde demonstra a importância da saúde mental tem na sociedade, sendo definida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidades.

Atualmente, a doença mental é uma das causas de maior mortalidade na infantojuvenil e de incapacidade laboral na vida adulta, sendo por isso perentório controlar variáveis como estigma, discriminação e preconceito que afetam negativamente a saúde dos jovens.

Assim sendo, uma maior aposta na vertente educativa, sustentada na evidência científica, potencia a literacia em saúde mental, permitirá por parte dos jovens uma mudança no paradigma do que é a saúde mental. Estas são condições essenciais à desconstrução de crenças negativas, assim como ao desenvolvimento de competências de identificação e reconhecimento de fatores de risco e sinais de alerta relacionados com determinadas perturbações mentais.

Os programas de prevenção e intervenção na área da saúde mental, nomeadamente, ao nível do estigma e preconceito, permitiram incutir na sociedade um maior conhecimento, confiança e empatia por quem desenvolveu uma doença mental e uma maior perceção que estes jovens, futuros adultos, podem desempenhar um papel ativo na sociedade e viver a vida normalmente, desde que estabelecida uma eficaz rede de apoio e reduzir os fatores que comprometam o bem-estar destes.

A adolescência é, assim, uma idade chave para atuação, tendo em consideração um público-alvo promissor devido à fase de desenvolvimento em que se encontram. Estes representam, ainda, a próxima geração tornando o seu papel indispensável no que se refere à redução do estigma.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
29 de fevereiro
A Bayer e a CNN Portugal juntam-se para promover um debate alargado sobre a ‘Sustentabilidade no Ambiente e na Saúde’. A...

É um direito internacional reconhecido pela Nações Unidas e consta na agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável: a saúde é uma prioridade para a humanidade, mas para a melhorar é preciso intervir também áreas como a justiça social e a proteção do ambiente. Preservar a biodiversidade, combater as alterações climáticas são missões ligadas a uma profunda alteração da economia e dos nossos hábitos, sem a qual não será possível salvar as populações e o planeta. ‘Mais ambiente, melhor saúde’ é o mote deste CNN Portugal Summit apoiado pela Bayer, que se foca na saúde humana, saúde animal e saúde vegetal procurando responder diariamente à sua visão de saúde para todos, fome para ninguém.  

A abertura do evento fica a cargo de Marco Dietrich, Diretor Geral da Bayer Portugal e sublinha a relevância do papel dos profissionais de saúde e das instituições na construção de práticas mais responsáveis.  

Em seguida o Diretor Executivo do SNS, Fernando Araújo, abordará o tema ‘Uma saúde mais democrática’ falando sobre a relação entre saúde e ambiente e a importância de encontrar soluções baseadas no compromisso de responder às alterações climáticas e garantir a qualidade da saúde dos cidadãos.  

Segue-se o debate ‘Uma só saúde: pessoas e ambiente’ com a participação de Luís Campos (Presidente do Conselho Português Saúde e Ambiente), Carlos Cortes (Bastonário Ordem dos Médicos) e Isabel Vaz (CEO Luz Saúde). 

Rita Sá Machado, Diretora-geral da Saúde, dedicará a sua intervenção ao tema ‘Melhor ambiente e melhor saúde’ e por fim, realiza-se o último debate do evento ‘Negócios sustentáveis são negócios rentáveis’ com a participação de Lino Dias (Bayer), Mariana Ribeiro Ferreira (Vice-presidente do GRACE) e João Coimbra (Engenheiro Agrónomo).  

Marco Dietrich, diretor-geral da Bayer em Portugal afirma que “em 2024 assinalamos 115 anos da Bayer em Portugal, uma presença marcada pela inovação que trazemos diariamente aos doentes e agricultores. Neste ano, queremos promover a reflexão sobre os caminhos que nos levam a uma maior sustentabilidade de todo o sistema económico na saúde e na agricultura. E atualmente essa reflexão tem necessariamente de olhar para o ambiente e os grandes desafios do combate às alterações climáticas, cujo impacto não podemos escamotear”. 

De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, é já consensual que a saúde das populações é influenciada por uma multiplicidade de fatores, a maioria dos quais (estima-se que 70%) fora do âmbito usual dos sistemas de saúde propriamente ditos, que constituem o fim de linha quando os problemas já estão instalados. De entre os principais determinantes de Saúde surgem os fatores Ambientais. As Nações Unidas estimam que atualmente 1 em cada 4 mortes no Mundo está relacionada com riscos ambientais. 

 
Fundação BIAL foi distinguida com uma condecoração de Estado
O Presidente da República entregou, no dia 20 de fevereiro, as insígnias de Membro Honorário da Ordem do Mérito à Fundação BIAL...

A Ordem do Mérito destina-se a galardoar atos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da coletividade. De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, “a Fundação BIAL tem demonstrado verdadeiro mérito no impulso ao conhecimento, à ciência, à investigação, ao futuro de todos nós”.

Para Luís Portela, fundador e presidente da Fundação BIAL, “esta distinção constitui um grande estímulo para continuarmos, cada vez mais e cada vez melhor, a procurar apoiar a ciência que se faz em saúde, e a procurar contribuir para que as pessoas tenham mais e melhor conhecimento, mais e melhor saúde, mais e melhor vida”.

Na mensagem que gravou para exibição na cerimónia de entrega do BIAL Award in Biomedicine 2023, que decorreu no mesmo dia em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa felicitou a Fundação BIAL pelo seu 30º aniversário, destacando “a sua notável trajetória” e manifestando “profunda admiração pelo trabalho realizado, sempre a pensar na promoção e divulgação da excelência na investigação”.

“Ao longo destas três décadas, a Fundação não apenas superou expectativas, mas também conquistou um prestígio e reconhecimento internacional que tanto orgulha o nosso país. Que ela seja fonte de inspiração para muitas outras Fundações no exemplo que importa replicar”, destacou o Presidente da República.

Hoje
Hoje, dia 21 de fevereiro, entre as 10h00 e as 13h00, a GS1 Portugal é anfitriã da iniciativa da Arvato Systems subordinada ao...

A importância da serialização do medicamento e da transformação digital do setor da saúde será o mote para uma conversa que conta com a participação de oito especialistas com perspetivas complementares sobre o tema e que se propõem responder a quatro níveis de questões: na produção, o que sucede à serialização; na logística, que papel está reservado à automatização, para além da gestão de tarefas; a nível regulamentar, como otimizar o processo de conformidade documental nas ciências da vida; a nível médico, como pode a Inteligência Artificial melhorar a fármaco-vigilância e os processos de ensaios clínicos.

A GS1 Portugal integra o alinhamento dos trabalhos com uma intervenção da responsabilidade de Sofia Perdigão, Gestora de Saúde, sobre “Codificação em Saúde”.

 
Nova marca do grupo
Com a união da Lusíadas Dental e da rede de Clínicas Dr. Well’s, a Lusíadas Saúda cria a marca HeyDoc.

Esta nova marca, que resulta da aquisição das Clínicas Dr. Well’s à Sonae MC, integra-se no plano estratégico de expansão do Grupo Lusíadas Saúde, o qual permite chegar a novos destinos, tais como, por exemplo, Loures, Cascais, Leiria, Coimbra, Vila Real e Guimarães.

A HeyDoc tem mais de 30 clínicas e cerca de 700 Profissionais, dos quais 370 médicos dentistas. Com mais de 164 gabinetes médicos e 138 cadeiras dentárias, a HeyDoc é agora o quarto maior player do mercado de medicina dentária em Portugal e tem como objetivo alcançar o Top 3 este ano.

“Com a HeyDoc, a Lusíadas tem um compromisso muito firme: contribuir para um maior acesso dos portugueses à saúde oral, sendo a marca n.º 1 em Clínicas dentárias e uma referência de qualidade e proximidade.

Os resultados alcançados com a Lusíadas Dental, criada em março de 2021, justificam a aposta do Grupo na aquisição das Clínicas Dr. Well’s. Este investimento reforça o sistema nacional de saúde e é uma oportunidade para continuar a materializar o nosso compromisso com a sociedade e com o futuro, em total alinhamento com a nossa Visão”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

 
Hiperplasia benigna da próstata (HBP
A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino, localizada à frente do reto

O crescimento da próstata designada hiperplasia benigna da próstata (HBP) e outras causas de sintomatologia do trato urinário (LUTS) são muito prevalentes, representando 80% dos casos de patologia prostática e têm um impacto muito significativo na qualidade de vida. Estão intimamente relacionados com o envelhecimento e por isso o seu impacto clínico tem vindo a aumentar.

Os homens com hiperplasia benigna da próstata queixam-se de aumento da frequência urinária, quer durante o dia, quer durante a noite, associado a vontade súbita e inadiável de urinar. Outras queixas apresentadas pelos doentes são: incontinência urinária, dificuldade de iniciar e gotejamento no final da micção. Estes sintomas agravam-se com o tempo e condicionam a atividade diária e o padrão do sono. Se deixados sem tratamento, podem provocar alterações irreversíveis no funcionamento da bexiga, bem como dos rins, podendo mesmo levar à insuficiência renal.

Sabe-se que 90% dos homens entre os 45 e os 90 anos sofrem, em grau variável, de LUTS. A hiperplasia benigna da próstata é umas das doenças mais frequentes nos homens com mais de 50 anos, estimando-se que seja superior a 50% aos 60 anos e que atinja 90% aos 85 anos. Em cada 10 homens com mais de 50 anos, seis vão ter sintomas provocados pela hiperplasia benigna da próstata e três vão ter de ser submetidos a cirurgia.

O volume da próstata, bem como a experiência do cirurgião e as técnicas disponíveis são determinantes nas cirurgias a oferecer aos doentes. Podem ser realizados procedimentos através da uretra com laser ou energia bipolar, bem como abertas, por laparoscopia ou robóticas. Muito importante, na altura da decisão da técnica cirúrgica, são a gestão das expectativas e os receios dos efeitos laterais provocados pela cirurgia, nomeadamente a preservação da continência e da função sexual.

A aquablação robótica é um procedimento inovador para o tratamento da hiperplasia benigna da próstata. É um tratamento avançado e minimamente invasivo que utiliza a potência de jatos de água com a precisão robótica para proporcionar o alívio duradouro dos sintomas de hiperplasia benigna da próstata, independente do volume da próstata, mantendo a continência e a função sexual.

Como funciona a aquablação robótica?

Cada próstata é única e este procedimento foi desenhado para personalizar cada cirurgia. Utiliza uma ecografia transretal e um instrumento através da uretra com uma câmara, por onde vão ser aplicados os jatos de água. Desta forma, o cirurgião pode, em tempo real, proceder à marcação das zonas da próstata que deve extrair e a evitar. Este mapeamento e a não utilização de energia térmica, permite evitar destruir as zonas da próstata que causam complicações irreversíveis como a disfunção erétil ou ejaculatória e a incontinência.

Após o mapeamento, um jato de água de alta velocidade destrói o tecido prostático identificado. Esta aplicação do jato de água é exclusivamente realizada pelo robô, anulando o erro humano, e assegura de forma precisa, consistente e previsível o tecido prostático a ser extraído. Esta fase do procedimento dura cerca de 5 minutos.

Mais de 90% dos doentes têm alta nas primeiras 24 horas, já sem cateter vesical, urinando espontaneamente. Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, permite uma recuperação e retorno à atividade diária extremamente rápida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Consultas especializadas de mama pós-maternidade e de rejuvenescimento íntimo
A Up Clinic acaba de reforçar a sua equipa clínica. Rita Meireles, cirurgiã plástica vai prestar consultas de cirurgia plástica...

Tiago Baptista Fernandes, diretor clínico da Up Clinic, sublinha que «o reforço da nossa equipa pela Dra. Rita Meireles surge no âmbito da sua competência técnica de excelência a par da sua dimensão humana que cativa todos com quem se cruza. Para além disso, vem também trazer uma visão única, enquanto cirurgiã e mulher, da cirurgia estética e reconstrutiva, algo que para o conceito da Up Clinic faz todo o sentido.»

Natural da Serra da Estrela, Rita Meireles é licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tendo prosseguido com o Internato do Ano Comum no Centro Hospitalar Lisboa Norte e mais tarde com uma formação específica em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Rumou depois para Roterdão onde aperfeiçoou os seus conhecimentos ao realizar um fellowship internacional dedicado à cirurgia estética da face pela International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e onde teve a oportunidade de aprofundar as técnicas cirúrgicas de facelift, necklift e de cirurgia periorbitária como a blefaroplastia e browlift. Realizou ainda um estágio de Cirurgia Plástica no Hospital Universitário de La Fé (Valência), complementando a sua formação em diversas áreas da Cirurgia Plástica.

Entre os anos de 2022 e 2023, exerceu funções como médica especialista no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Beatriz Ângelo, centrando a sua prática clínica em diversas áreas da Cirurgia Plástica, incluindo Cirurgia Estética da Face, nomeadamente na realização de facelift, necklift e cirurgia periorbitária; Cirurgia da Mama, com a realização de mamoplastia de aumento, mamoplastia de redução e mastopexias; e Cirurgia Corporal, com a realização de lipoaspiração com diferentes graus de definição e lipoescultura, abdominoplastia, cruroplastia, braquiplastia, entre outros.

As áreas de cirurgia íntima feminina e medicina estética e regenerativa, são outras especialidades pelas quais nutre elevado interesse e no quais exerce diversos procedimentos e técnicas minimamente invasivas.

Destaca-se ainda como membro da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), da Sociedade Portuguesa de Queimaduras e da European Burn Association (EBA).

A nova cirurgiã plástica da Up Clinic refere que «acredito em capacitar os meus pacientes com conhecimento, orientando-os em cada passo da sua transformação com dedicação e transparência. Sinto-me cada vez mais motivada pelo compromisso inabalável à satisfação e segurança de todos os que passam pelas minhas consultas e cirurgias, estando profundamente comprometida em manter os mais altos padrões de prática ética. O meu objetivo é, sem dúvida, ajudar os meus pacientes a alcançar uma nova confiança e autoestima, com resultados naturais e personalizados», finaliza Rita Meireles.

Projeto de Hospital de Cantanhede escolhido para Bootcamp preparatório
Já são conhecidos os projetos eleitos para a última fase da 4ª edição da Bolsa “Capital Humano em Saúde”, este ano com o tema ...

Em representação da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra), o projeto “Avaliação da Satisfação dos utentes na ULS Coimbra”, desenvolvido no Hospital de Cantanhede, é um dos oito projetos escolhidos para o Bootcamp preparatório que decorrerá já no dia 22 de fevereiro, focado em diagnosticar as necessidades e problemas atuais na gestão da transição de cada instituição.

“Um dos eixos estratégicos da ULS Coimbra é a promoção da integração de cuidados e a inovação, visando o bem-estar e a satisfação dos utentes”, frisa Áurea Andrade, Enfermeira Diretora da ULS Coimbra. “A recente reestruturação do Serviço Nacional de Saúde em Unidades Locais de Saúde evidencia esta necessidade de prestação de cuidados em proximidade, desígnio que só pode ser efetivo ouvindo todos os utentes”, acrescenta.

Com o projeto apresentado a ULS Coimbra pretende, através da avaliação da satisfação dos utentes, medir a qualidade dos serviços prestados e identificar áreas que necessitam de melhorias. Segundo Luís Claro, enfermeiro responsável pela área de formação do Hospital de Cantanhede, “está padronizada a existência de livros de reclamações e elogios nas organizações portuguesas, mas estes instrumentos não nos dão dados suficientes para uma implementação fundamentada de alterações na estrutura, nos processos, nos resultados ou na motivação das equipas”.

A Bolsa “Capital Humano em Saúde” é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e tem como objetivo reconhecer e potenciar o capital humano do Serviço Nacional de Saúde (SNS), dotando os seus profissionais de competências para promover as mudanças necessárias.

No final da fase “Bootcamp – Desafios da Transição” serão apresentados os projetos finais, na Conferência de VALOR APAH, e selecionados os dois projetos vencedores que terão acesso a uma bolsa para a implementação do projeto, com o apoio da consultora nobox.

Cross-3DTool-4ALS é uma plataforma de medicina de precisão
Um consórcio de investigação que junta a Universidade de Coimbra (UC), a Universidade de Salamanca (USAL) e o Instituto de...

Financiado com mais de 750 mil euros (757 895,46 euros) pela Comissão Europeia – no âmbito do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) –, o projeto Cooperação e transferência tecnológica para o desenvolvimento de uma nova plataforma de medicina de precisão para a Esclerose Lateral Amiotrófica (com a sigla Cross-3DTool-4ALS), vai criar uma plataforma inovadora de medicina de precisão dedicada à ELA, disponibilizando novos modelos celulares mais realistas, que vão permitir estudar melhor a doença e novas terapias.  A medicina de precisão serve para melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de patologias, ao aliar os dados que são habitualmente usados no diagnóstico e tratamento (como o histórico familiar e a sintomatologia) ao perfil genético de cada pessoa.

Para a criação desta plataforma, a equipa do Cross-3DTool-4ALS vai desenvolver várias atividades, nomeadamente “a otimização e a transferência de conhecimento dos protocolos de obtenção de neurónios motores e células do músculo esquelético, através da diferenciação induzida em laboratório de células estaminais presentes na urina, de forma a obter neurónios motores e células do músculo esquelético de doentes com ELA e de pessoas saudáveis”, explica a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC), Elisabete Ferreiro.

Segundo a também líder do projeto, “esta abordagem não invasiva, que resulta da recolha de urina e posterior isolamento das células estaminais presentes, representa um avanço significativo na investigação da doença, uma vez que não é possível retirar neurónios diretamente de pacientes e indivíduos saudáveis”. “Isto constitui um grande avanço na investigação da ELA, uma vez que os modelos existentes para o estudo da doença são limitados e frequentemente baseados em modelos animais, que não representam totalmente o ser humano. Com o modelo 3D que vamos desenvolver no âmbito deste projeto, teremos a possibilidade de compreender melhor os mecanismos celulares e moleculares que ocorrem na doença e, assim, identificar novos alvos terapêuticos”, acrescenta a investigadora da UC. O modelo que vai ser criado pela equipa de investigação vai permitir perceber como é que as células vão interagir, de forma a imitar o que acontece no ser humano.

Este modelo 3D vai ser depois estudado de forma aprofundada pela equipa, focando, sobretudo, a análise da função mitocondrial (relacionada com a mitocôndria, um organelo celular envolvido em inúmeras funções como, por exemplo, a produção de energia). “Esperamos conseguir identificar alterações significativas na função mitocondrial nas células obtidas de pacientes com ELA que vamos estudar, o que pode levar à possível identificação de estratégias promissoras para o diagnóstico e tratamento da doença”, destaca a líder do projeto. Nesta linha, um dos objetivos do consórcio passa pela “reversão da disfunção mitocondrial através de antioxidantes nestas células e a reversão das características patológicas da ELA no modelo 3D que vamos criar”, avança Elisabete Ferreiro.

“Atualmente, existem lacunas na compreensão da fisiopatologia da ELA, em que a diversidade de possíveis causas para o aparecimento da doença e heterogeneidade fisiopatológica entre os pacientes resulta numa maior dificuldade em encontrar terapias precisas e eficazes, situação que torna ainda mais relevante o desenvolvimento do conhecimento para que seja possível diagnosticar e tratar a doença, como propõe o nosso projeto”, sublinha a investigadora do CNC-UC.

A articulação entre a UC, a USAL e o IBSAL, assim como o envolvimento de serviços médicos de Coimbra e de Salamanca, vai permitir a transferência de conhecimento entre várias instituições, que “irá impactar a qualidade da investigação desenvolvida sobre esta doença em Portugal e Espanha, com potencial também para impactar outros países”, destaca Elisabete Ferreiro. “A longo prazo, acreditamos que a tecnologia que estamos a desenvolver poderá ser usada por entidades diretamente relacionadas com a saúde, de forma a garantir o acesso ao melhor tratamento para cada doente”, acrescenta.

Participam também no projeto Cross-3DTool-4ALS o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, através do Serviço de Neurologia; a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica; e a Associação Espanhola de Esclerose Lateral Amiotrófica. A investigação vai estar em curso até ao final de 2026.

Presentes académicos, direção do SNS, administradores do setor e ex-ministro
A AESE Business School organiza, esta quarta-feira, um debate sobre os principais desafios da saúde em Portugal, juntando...

Ao longo do programa, que conta com contributos de académicos, da direção do Serviço Nacional de Saúde (SNS), de administradores do setor e do ex-ministro Adalberto Campos Fernandes, serão abordados tópicos cruciais, como a saúde enquanto economia, o presente e o futuro do SNS, a implementação das Unidades Locais de Saúde e os desafios para o investimento público. Além disso, serão analisadas questões de financiamento e as grandes linhas estratégicas para o setor, tendo em conta as principais tendências e os desafios do mundo empresarial.

“Vai ser um momento de reflexão e debate, sereno, amplo, aberto e livre, com diversos protagonistas da mudança que a saúde está a viver. Na AESE, esperamos contribuir assim, de forma efetiva, para a criação de valor no setor, aumentando a eficiência do serviço, valorizando os profissionais e cuidando todos de uma forma mais humanizadora”, afirma José Fonseca Pires, Diretor do Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde (PADIS) e do Hospital Business Enhancement (HBE).

A área da saúde é central na estratégia de formação de líderes e gestores da AESE Business School. O PADIS foca-se na Direção das Instituições de Saúde e destina-se a Altos Dirigentes de Instituições de Saúde (Cuidados Primários, Hospitalares e Continuados, Organismos de Tutela e de Supervisão Técnica, Deontológica e Operacional) nos setores público, privado e social. Já o HBE oferece uma formação executiva inovadora e relevante para enfrentar os desafios da transformação na saúde em Portugal, com foco na nova organização em Unidades Locais de Saúde.

A participação no debate está aberta a todos os interessados, mediante inscrição prévia.

 
Inscrições para concurso abertas até abril de 2024
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) e o Hospital de...

A Osteoporose é uma doença silenciosa, muitas vezes apenas identificada aquando da ocorrência de uma fratura, provocada por uma progressiva perda da densidade óssea, levando à sua maior fragilidade. Os grupos mais propensos ao risco de desenvolver osteoporose são mulheres acima dos 50 anos, mulheres pós-menopausa e indivíduos com mais de 65 anos, com propensão para quedas ou fraturas de fragilidade anteriores. As lacunas no diagnóstico e no tratamento são evidentes, motivadas pela falta de procura de um profissional de saúde para a correta identificação e acompanhamento da doença além da desvalorização das fraturas osteoporóticas enquanto prioridade de saúde pública, mesmo ocorrendo uma fratura no mundo a cada três segundos e despendidos mais de 120 milhões de euros anuais pelo país.

Nesse sentido, o concurso “Ossos em Foco” pretende sensibilizar a população para o impacto drástico da Osteoporose na qualidade de vida dos mais de 800 mil portugueses já diagnosticados, e evitar novos diagnósticos, ao motivar doentes, cuidadores informais e profissionais de saúde a criarem peças que reflitam a perspetiva de quem vive, lida e/ou conhece a doença. Com inscrições abertas até abril de 2024, a obra vencedora e outras selecionadas serão eleitas por um painel de jurados composto por um elemento de cada entidade envolvida nesta iniciativa, e expostas, nos Centros Hospitalares Universitários do Porto (CHUP - São João), Coimbra (CHUC) e Lisboa Norte (CHULN), alertando para a temática em hospitais de referência das zonas Norte, Centro e Sul do país.

Na divulgação do concurso envolvem-se ainda, enquanto parceiros da plataforma ossosfortes.pt, website onde é possível a submissão de candidaturas e acesso ao regulamento do concurso, a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), a Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), a Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSREUMA), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e a Associação Portuguesa de Osteoporose (APO), com o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

 
Opinião
OTC significa "Over The Counter" e refere-se a produtos ou serviços que podem ser comprado

Qual o objectivo de uma solução auditiva?

Como um especialista com formação em vendas éticas e "coaching" pessoal de audiologistas e especialistas em aparelhos auditivos, vejo um aparelho auditivo como parte de uma solução completa para uma pessoa com deficiência auditiva. Por isso, deve ser chamado de "solução de aparelho auditivo", pois seu objetivo é melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência auditiva! Não apenas da pessoa em questão, mas também muitas vezes dos cônjuges, membros da família, amigos, colegas de trabalho ou até mesmo funcionários de casas de repouso. Isso porque todos os envolvidos têm necessidades, ou até mesmo necessidades ocultas ou especiais/específicas.

É incrível, mas também negativo, que tanto os pacientes quanto os especialistas tenham essa atitude e comportamento de que os aparelhos auditivos são apenas dispositivos que devem ser invisíveis. Isso acaba contribuindo para a estigmatização dos aparelhos auditivos, o que é muito estranho! No entanto, existem muitos argumentos e factos importantes que estão abaixo dessa "linha simbólica da água" e que podem realmente ajudar uma pessoa com deficiência auditiva. Isso inclui detecção de quedas, parceria entre o especialista e a pessoa com deficiência auditiva, serviços e apoio pós-venda, impacto na capacidade auditiva do cérebro, atraso no desenvolvimento de demência e outros problemas de saúde, ajuste ou calibração adequado/a durante e após o período de experiência, capacidade de participar proactivamente em conversas mesmo em ambientes barulhentos, e muito mais do que isso. É importante destacar todos esses aspectos ao discutir os benefícios dos aparelhos auditivos.

Ética nos Negócios de Distribuição de Aparelhos Auditivos:

Infelizmente, nem todos os distribuidores de aparelhos auditivos seguem regras éticas, leis ou padrões. Algumas grandes redes de lojas e distribuidores independentes veem a venda de aparelhos auditivos como uma forma de ganhar dinheiro e obter grandes lucros. Muitas vezes, eles adoptam fórmulas de negócios como "muita quantidade, baixo cuidado". E isso não é ético quando se trata de ajudar as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida.

Como formador pessoal de especialistas, participei em reuniões de avaliação com pacientes ao longo de 17 anos. E durante esse período, aprendi que os pacientes que compraram aparelhos auditivos sem receita médica ou em grandes redes costumam reclamar que "não funcionam correctamente em locais de maior ruído", ou quando várias pessoas estão a falar em simultâneo. Eles admitem que acharam que a audição estava "suficientemente boa" e os compraram-os porque eram mais baratos do que noutros locais. Muitos desses clientes confirmam que esses aparelhos auditivos comprados acabaram por ser guardados na gaveta após 3 meses de uso. E isso faz com que eles ajam de forma antiética, porque o foco está no volume de negócios e no lucro. Esses clientes também confirmam que um preço baixo está associado a serviços limitados ou inexistentes! E isso torna-se totalmente antiético. O que diferencia os fornecedores com altos padrões éticos dos fornecedores antiéticos é, entre outras coisas: - Um foco no cuidado centrado na pessoa, PCC, que é descrito, por exemplo, no IdaInstitute.org - Um acompanhamento profissional de avaliação de rotina - Uma análise profissional das necessidades do PCC. A análise das necessidades é crucial, pois é a base para descobrir as necessidades principais e ocultas (ou específicas) para ajudar a melhorar a qualidade de vida. Novamente, essas necessidades da pessoa com deficiência auditiva, cônjuges, membros da família, etc.

Somente após uma análise profissional das necessidades e um período de experiência profissional (ajuste, reajuste no período de teste ou de adaptação), um especialista pode dar um conselho sobre qual pode ser a solução correta para aparelhos auditivos e garantir que metas mútuas de melhoria da qualidade de vida passam a ser alcançadas. É óbvio que os serviços, e em particular, os serviços pós-venda devem ser uma parte importante da solução de aparelhos auditivos. A maioria dos pacientes depende destes serviços durante a vida útil dos aparelhos auditivos!

Vantagens dos Aparelhos Auditivos OTC:

A maior vantagem dos aparelhos auditivos OTC ou aparelhos auditivos baratos comprados em uma loja de descontos é que isso reduz a barreira para muitos entrarem em contacto com uma possível solução de aparelho auditivo. Com isso, está tudo dito sobre as suas vantagens. Os aparelhos auditivos baratos que são vendidos em lojas de descontos por €9,99 cada podem estar disponíveis para aqueles que têm mais dificuldades económicas. Um exemplo dado pelo meu amigo sul-africano Fanie du Toit, um lutador contra a deficiência: "Oliver, esses aparelhos auditivos baratos podem fazer com que, em casas de repouso sul-africanas isoladas, os residentes sem dinheiro, mas com perda auditiva grave, não sejam tratados como animais. Porque as enfermeiras gritam com eles '...ENGULA O COMPRIMIDO!!' e eles têm que fazer isso porque essa é a única forma de se comunicarem. Isso poderia fazê-los serem humanos novamente." O Fanie está certo!

Desvantagens dos Aparelhos Auditivos OTC:

Os aparelhos auditivos OTC ou aparelhos auditivos baratos comprados em lojas de desconto (europeias) raramente resolvem o problema real que a maioria das pessoas com deficiência auditiva têm: compreender a fala em ambientes ruidosos. Por isso, a compra é um desperdício de dinheiro e apenas o fabricante e o supermercado lucram com a venda, a margem, o volume de vendas e o lucro. Nem a análise das necessidades é o factor decisivo para decidir a compra, nem os serviços pós-venda estão disponíveis. Isso torna-se totalmente num negócio antiético, pois sugere que resolveria um problema ou melhoraria a qualidade de vida, mas para a larga maioria dos clientes não o faz.

Conclusão:

As empresas que vendem aparelhos auditivos OTC ou os supermercados que vendem amplificadores baratos, não seguem um padrão de ética se não comunicarem claramente as limitações na venda dos seus dispositivos. É um negócio antiético, porque eles simplesmente não se importam se é a solução certa ou não. Eu aconselho os especialistas (como audiologistas, e outros profissionais de saúde auditiva) a acolherem esses clientes: promovendo actividades de marketing que façam a persuasão em atrai-los a dirigirem-se a eles (a vós). Porque após um teste auditivo, ou após o período de adaptação, esses especialistas poderão dizer e confirmar que eles tomaram a decisão certa de comprar algo muito mais adequado e com muito menos riscos para a qualidade de vida.

OPINIÃO FINAL:

Começaram a aparecer no mercado português, nomeadamente, nas cadeias de supermercados, os primeiros aparelhos que permitem ampliar a audição, de venda livre, que se designam, mais concretamente, por "amplificadores auditivos" e, por tal, requerem menos tecnologia, menos ou nenhum controlo, sem assistência antes e pós-venda, podendo assim ser mais baratos e NÃO RECOMENDADOS! OUVIR, é um dos cinco sentidos humanos indispensáveis à vida, e faz parte dos principais sentidos da sobrevivência da espécie humana. O OUVIDO É UM ÓRGÃO DE ALGUMA COMPLEXIDADE, com ligações profundas e, como tal que tem que ser tratado adequadamente. Só os médicos da especialidade podem definir, orientar, aconselhar e prescrever o que cada ouvido doente ou enfraquecido necessita. Como em qualquer outro problema de saúde, é indispensável uma consulta da especialidade, neste caso de otorrinolaringologia, para que seja diagnosticado o problema auditivo. Quando há necessidade de tecnologia disponível para colmatar o problema, tem que ser o otorrinolaringologista, depois de diagnosticar, a encaminhar o processo. Se o problema for a melhoria da qualidade de vida, que possa ser conseguida através da tecnologia, cada vez mais avançada e sofisticada, terá que ser o médico especialista a encaminhar o processo, que nem sempre é de prótese auditiva. Mas, se a melhoria do problema de saúde for o uso de próteses, estas terão de ser de boa e controlada qualidade, como qualquer fármaco ou aparelho de ajuda técnica, PRÓTESE, QUE SE DESTINA À SAÚDE, porque é de um assunto de saúde que se trata!!! As próteses auditivas necessitam ser devidamente adequadas a cada caso; calibradas inicialmente e ao longo dos tempos, por profissionais devidamente habilitados para tal; necessitam e têm direito a assistência e, tudo a que, por direito, tem uma prótese que se destina à saúde. Ora, nada disto é, nem pode ser, assegurado numa compra em supermercados de venda de produtos básicos de outra índole. Apelamos assim, às Autoridades de Saúde Competentes para que este assunto seja devidamente tratado e com a urgência que o assunto impõe. Muitas pessoas estão a ser ludibriadas e, por ventura, a danificar a saude auditiva.

É muito importante e necessária uma rigorosa legislação para o controlo de venda de aparelhos auditivos, como há para os fármacos, sejam eles OTC ou de venda livre. Só assim se fará uma eficiente defesa do consumidor, na área tão específica da saúde, e que precisa ser especialmente acautelada. Como explica, e bem, o Dr. Oliver, deve constar no panfleto que acompanha as instruções, a indicação obrigatória e explícita das limitações deste tipo de produtos de pouca qualidade, os danos que o seu uso podem causar, propor o conselhamento de um especialista devidamente credenciado, e advertir com clareza que, naquelas condições de venda, NÃO HÁ DIREITO A PERÍODO EXPERIMENTAL, NEM A REEMBOLSO, MESMO QUE A CAUSA SEJA A INCORRECTA ADAPTAÇÃO. Estes alertas e recomendações devem também estar expostos na estante do local de venda, bem visível e bem legível.

 
Oliver F. von Borstel - Presidente da Fundação em Ética de Vendas (Países Baixos) 
A. Ricardo Miranda - Presidente e Sócio Fundador da Associação OUVIR

 

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Iniciativa decorre no dia 21 de fevereiro
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai promover uma conferência sobre “Centros Privados de Diálise e SNS:...

Na iniciativa será apresentado um estudo desenvolvido pelo Professor Eduardo Costa, Especialista em Economia da Saúde e Professor Auxiliar Convidado na Nova School of Business and Economics, com o título “Preço compreensivo da hemodiálise em Portugal”, que pretende olhar com mais pormenor para a realidade da diálise em Portugal.

O estudo olha para o passado, desde a criação do preço compreensivo, identificando e analisando os custos da prestação de hemodiálise. Dessa análise, afere quais são os fatores que mais condicionam a evolução dos custos para os prestadores de hemodiálise, avançando com uma proposta de um modelo de atualização anual do preço compreensivo que assegure a manutenção dos resultados de qualidade para o utente/doente, traga equilíbrio à relação financiador/prestador, e mantenha a previsibilidade para o financiador.

“Esta conferência será uma excelente iniciativa para debater os desafios e oportunidades da atual parceria entre os centros privados de diálise e o Serviço Nacional de Saúde. Pretendemos assegurar a sustentabilidade dos atuais níveis de qualidade da hemodiálise, que são reconhecidos internacionalmente, e estamos confiantes de que esta conferência será um importante contributo para discutirmos de forma aberta o valor criado pelos centros privados de diálise e o modelo de remuneração destes”, explica Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

A conferência iniciará com uma sessão de abertura levada a cabo por Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL. Ao longo da tarde, o programa conta com um painel de debate composto por Edgar Almeida, Presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, Eduardo Costa, Professor na Nova School of Business and Economics, José Miguel Correia, Presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, e Rui Filipe, membro da Direção da ANADIAL. A sessão de encerramento será da responsabilidade de Serafim Guimarães, membro da Direção da ANADIAL.

Fundação Champalimaud
A dopamina, um mensageiro químico no cérebro, é sobretudo conhecida pelo seu papel na forma como sen

Imagine o ato de caminhar. É algo que a maioria das pessoas fisicamente aptas faz sem pensar duas vezes. No entanto, trata-se na verdade de um processo complexo que envolve vários sistemas neurológicos e fisiológicos. A Doença de Parkinson (DP) é uma doença em que o cérebro perde lentamente células específicas, chamadas neurónios dopaminérgicos, o que resulta numa diminuição da força e da velocidade dos movimentos. No entanto, há outro aspeto importante que também é afetado: a duração das ações. Uma pessoa com DP pode não só mover-se mais lentamente, como também dar menos passos consecutivos antes de se imobilizar. O novo estudo mostra que os sinais dopaminérgicos afetam diretamente a duração das sequências de movimentos, o que nos aproxima um pouco mais da descoberta de novos alvos terapêuticos para melhorar a função motora na DP.

"A dopamina está intimamente associada à recompensa e ao prazer, sendo muitas vezes referida como o neurotransmissor do bem-estar", salienta Marcelo Mendonça, primeiro autor do estudo. "Mas, para os indivíduos com DP, que têm uma deficiência de dopamina, são normalmente as perturbações do movimento que mais afetam a sua qualidade de vida. Um aspeto que sempre nos interessou foi o conceito de lateralização.

Na DP, os sintomas manifestam-se de forma assimétrica, começando frequentemente num lado do corpo antes de se declarar no outro. Com este estudo, quisemos explorar a teoria de que as células dopaminérgicas não se limitam a motivar-nos para o movimento, mas que também reforçam, especificamente, os movimentos do lado oposto do nosso corpo".

Iluminando o cérebro

Para o efeito, os investigadores desenvolveram uma nova tarefa comportamental com ratinhos, que exigia que os animais, que se moviam livremente, utilizassem uma pata de cada vez para premir uma alavanca de forma a obter uma recompensa (uma gota de água açucarada). E para perceber o que estava a acontecer no cérebro dos ratinhos durante esta tarefa, utilizaram uma tecnologia chamada microscopia de um fotão, equipando os ratinhos com um minúsculo microscópio portátil. O dispositivo foi apontado para a Substantia nigra pars compacta (SNc) – uma região rica em dopamina, nas profundezas do cérebro, que é significativamente afectada na DP –, permitindo aos cientistas ver a atividade das células cerebrais em tempo real.

Os ratinhos tinham sido geneticamente modificados de modo que os seus neurónios dopaminérgicos se iluminassem quando ativos graças a uma proteína especial que brilha ao microscópio. Isto significa que, sempre que um ratinho estava prestes a mexer a pata ou a receber uma recompensa, os cientistas podiam ver quais os neurónios que se iluminavam e ficavam ativos com a ação ou a recompensa.

A observação destes neurónios luminosos deu origem a descobertas muito esclarecedoras. "Havia dois tipos de neurónios dopaminérgicos misturados na mesma zona do cérebro", observa Mendonça. "Alguns neurónios ficavam ativos quando o ratinho estava prestes a mover-se, enquanto outros se iluminavam quando o ratinho recebia a recompensa. Mas o que realmente nos chamou a atenção foi a forma como estes neurónios reagiam consoante a pata que o animal usava".

Como a dopamina escolhe o lado

A equipa verificou que os neurónios ativados pelo movimento se iluminavam mais quando os ratinhos usavam a pata oposta ao lado do cérebro que estava a ser observado. Por exemplo, se o lado direito do cérebro estivesse a ser observado, os neurónios desse lado ficavam mais ativos quando o ratinho usava a pata esquerda, e vice-versa. Numa observação mais aprofundada, os cientistas descobriram então que a atividade destes neurónios relacionados com o movimento não só assinalava o início de um movimento, como também parecia codificar, ou representar, a duração das sequências de movimento (o número de pressões na alavanca).

Mendonça explica: "Quanto mais o ratinho estivesse disposto a pressionar a alavanca com a pata oposta ao lado do cérebro que estávamos a observar, mais ativos se tornavam os neurónios. Por exemplo, os neurónios do lado direito do cérebro ficavam mais excitados quando o ratinho usava a pata esquerda para pressionar a alavanca com mais frequência. Mas quando o ratinho pressionava mais a alavanca com a pata direita, estes neurónios não apresentavam o mesmo incremento de excitação. Por outras palavras, estes neurónios não “ligavam” apenas ao facto de o ratinho se mover ou não, mas também à quantidade de movimento e ao lado do corpo que se movia".

Para estudar a forma como a perda de dopamina afeta o movimento, os investigadores utilizaram uma neurotoxina que reduz seletivamente as células produtoras de dopamina num dos lados do cérebro. Este método simula doenças como a DP, em que os níveis de dopamina diminuem e o movimento se torna difícil. E puderam observar como a redução de dopamina altera a forma como os ratinhos pressionavam a alavanca com cada pata. Descobriram que a redução de dopamina num dos lados levava a menos pressões de alavanca com a pata do lado oposto, enquanto a pata do mesmo lado não era afetada. Este resultado corrobora a influência lateralizada da dopamina sobre o movimento.

Implicações e direções futuras

Rui Costa, o autor sénior do estudo, retoma o relato. “Os nossos resultados sugerem que os neurónios dopaminérgicos relacionados com o movimento não só motivam o movimento em geral, mas podem também modular o comprimento de uma sequência de movimentos no membro contralateral, por exemplo. Em contrapartida, a atividade dos neurónios dopaminérgicos relacionados com a recompensa é mais universal e não favorece um lado do corpo em detrimento do outro. Isto revela um papel mais complexo do que se pensava dos neurónios dopaminérgicos no movimento".

Costa reflete: "Os diferentes sintomas observados nos doentes com DP poderão talvez estar relacionados com quais os neurónios dopaminérgicos que foram perdidos – por exemplo, os mais ligados ao movimento ou à recompensa. Isto poderia, potencialmente, permitir reforçar as estratégias de gestão da doença mais adaptadas ao tipo de neurónios dopaminérgicos perdidos, em especial porque sabemos agora que existem diferentes tipos de neurónios dopaminérgicos geneticamente definidos no cérebro.”

Nota: 
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Estudo VivEndo
A endometriose afeta 228 mil mulheres em Portugal e na grande maioria dos casos não tem cura, apenas pode ser controlada. Os...

Para ir ao encontro desta necessidade, a Gedeon Richter Portugal elaborou o Estudo VivEndo, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) e da Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose (MulherEndo). Para a elaboração deste estudo foi realizado um questionário sobre a jornada das mulheres portuguesas que têm endometriose, com o objetivo de compreender este percurso e perceber melhor a dimensão do problema no nosso país.

“De forma global, os resultados vão ao encontro daquilo que nós percebemos no nosso dia a dia, portanto, temos ainda mulheres com muita sintomatologia e com um tempo médio de diagnóstico de 8 anos. O estudo veio confirmar o que os outros estudos internacionais já nos indicavam e também a realidade que experienciamos diariamente”, indica Susana Fonseca, Presidente da MulherEndo.

Frisa ainda que o caminho que tem vindo a ser traçado nos últimos anos “é mesmo muito importante e é essencial continuá-lo. Porque a doença é muito enigmática e, é necessário ainda descobrir muito sobre ela, nomeadamente formas de tratamento mais eficazes para os sintomas que são tão vastos”.

“A Endometriose é uma doença complexa, heterogénea e que nos põe, de facto, desafios diários. É uma doença que afeta cerca de 10% das mulheres em idade fértil e que tem uma grande repercussão na sua qualidade vida. É uma doença heterogénea porque não há casos clínicos iguais, existem variantes inerentes à própria doente e mesmo à doença em si. De facto, o desafio é diário em relação não só à clínica, como ao diagnóstico e também ao tratamento”, aponta Fátima Faustino, Presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

A especialista explica que o “atraso no diagnóstico é uma das condições que mais preocupa. Nos últimos anos e com a divulgação que tem existido da doença, tem havido uma melhoria no tempo de diagnóstico, uma vez que as mulheres já recorrem aos centros mais diferenciados na área do tratamento da Endometriose e estão mais despertas para a própria sintomatologia e não param de procurar uma solução para o seu problema”.

O Estudo VivEndo contou com a participação de 883 mulheres com endometriose. A maioria das mulheres que responderam ao questionário está na faixa etária entre os 31 e os 45 anos (66,5%).

Dia 23 de fevereiro
“Serviços de urgência, quando e como utilizar, para não sobrecarregar” é o mote da próxima sessão informativa do Projeto Saúde...

A sobrecarga dos serviços de urgência continua a ser um desafio e, apesar das medidas de contingência, ainda se assiste a longas horas de espera dos utentes, impactando a capacidade de resposta das unidades de saúde e colocando em causa o atendimento de situações verdadeiramente urgentes.

Rita Sequeira, enfermeira especialista do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), irá conduzir esta sessão,  que tem como objetivo alertar para a importância de se reduzir a utilização inapropriada ou evitável dos serviços de urgência dos hospitais, apresentando alternativas seguras e com qualidade.

“É essencial continuar a sensibilizar os nossos utentes e a população em geral para a forma como devemos utilizar serviços de urgência. Só apostando na literacia em saúde e na capacitação dos cidadãos para navegarem no sistema de saúde conseguiremos ter uma utilização eficaz dos serviços de saúde e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e a sustentabilidade do sistema de saúde”, afirma Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Saúde Mental 360º Algarve.

As sessões informativas ‘’Saúde em Dia’’ pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a área da saúde e prevenção e gestão da doença, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos. Para isso, contam com o importante apoio de profissionais de saúde e de associações de doentes associadas à Plataforma Saúde em Diálogo, que se juntam nesta missão de promover a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade idosa do Algarve.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

 
Dia Internacional da Síndrome de Asperger assinalou-se a 18 de fevereiro
A síndrome de Asperger é uma perturbação neuropsiquiátrica que se caracteriza por dificuldades signi

A síndrome de Asperger é bastante mais comum do que o autismo clássico, afetando 20 a 25 crianças por cada 10 mil. Em Portugal estima-se que existam cerca de 40 mil portadores desta síndrome. É mais comum nos rapazes do que nas raparigas (cerca de 10 para um).

As manifestações clínicas da síndrome podem ser observadas antes dos 2 anos de idade. Os sintomas iniciais típicos são a dificuldade em manter um contacto ocular confortável e em utilizá-lo em conjugação com outras formas de comunicação e a hipersensibilidade aos estímulos, particularmente sonoros, mas também luzes, sabores ou texturas.

A estes sintomas associam-se tipicamente:

  • Dificuldade de comunicação, sobretudo na comunicação não verbal. A criança com síndrome de Asperger tem dificuldade em descodificar mensagens para além do conteúdo verbal explícito, nomeadamente tom de voz, segundos sentidos, ironia, humor, expressão facial e corporal. Tende a interpretar de forma literal. Pode existir pouca iniciativa de comunicação e/ou comunicação muito centrada nos tópicos de interesse e na perspetiva do próprio, com pouca oportunidade de participação de outras pessoas;
  • Dificuldade no relacionamento com outras pessoas, por falha na compreensão dos outros e em mostrar empatia;
  • Dificuldade em compreender as regras sociais e de conduta, como, por exemplo, levantar o dedo para falar na sala de aula ou esperar numa fila;
  • Descoordenação motora e dificuldades na motricidade fina, afetando a destreza e dificultando a prática de alguns desportos;
  • Necessidade de estabelecer rotinas e resistência a alterações desta, que geralmente causam ansiedade e instabilidade no comportamento;
  • Interesse restringido a temas muito específicos que dominam as conversas e as atividades;
  • Descontrolo emocional em situações de sobrecarga, por dificuldade na compreensão e gestão os próprios sentimentos e as emoções.

A apresentação clínica da síndrome de Asperger é, no entanto, muito variada e influenciada pela idade de início e pela eventual associação a outras comorbilidades, como défice de atenção, perturbação de tiques, ansiedade e depressão, que devem ser reconhecidas e abordadas.

Não são conhecidas as causas da síndrome de Asperger, no entanto, sabe-se que tem uma forte componente genética. Os genes que têm vindo a ser identificados estão envolvidos no desenvolvimento cerebral, influenciando a transmissão de sinais entre os neurónios e a forma como a informação é processada. Além disso, a interação entre fatores genéticos e ambientais parece ser igualmente relevante no desenvolvimento desta perturbação.

O diagnóstico da síndrome de Asperger é clínico, baseado na história clínica fornecida pelos pais e na observação do comportamento da criança na consulta, com recurso a avaliações formais do desenvolvimento.

Não existe medicação específica para a síndrome de Asperger, mas existem intervenções terapêuticas que possibilitam uma melhor convivência com a doença. Uma criança com síndrome de Asperger, acompanhada desde cedo, pode fazer o percurso escolar habitual.

A intervenção é multidisciplinar, envolvendo neuropediatras, pediatras, pedopsiquiatras, psicólogos e terapeutas, e deve ser personalizada, de forma a responder às necessidades de cada doente. Pode incluir acompanhamento psicológico, terapia cognitivo-comportamental e, eventualmente, terapia da fala e ocupacional. O tratamento das condições neuropsiquiátricas associadas é fundamental, podendo estar indicada medicação dirigida no sentido de obter um melhor controlo dos sintomas e maior sucesso nas outras intervenções.

De uma forma geral, o apoio e compreensão dos familiares, amigos, professores e colegas são fundamentais. Na verdade, a família tem um papel central na abordagem da síndrome, ao estimular a socialização e ao promover o desenvolvimento de competências sociais básicas, encorajando o contacto visual, antecipando e explicando alterações à rotina, auxiliando na compreensão das próprias emoções e dos outros, diversificando interesses e fortalecendo a autoestima, ao valorizar os sucessos.

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MedCOOK Challenge 2024
A NOVA Medical School (NMS), em conjunto com a Diaverum Portugal, está a desafiar todos os estudantes de Medicina e Nutrição do...

As candidaturas para o MedCOOK Challenge arrancam esta segunda-feira, 19 de fevereiro, e prolongam-se até ao dia 8 de março. Os vencedores são conhecidos a 27 de maio.

A competição consiste na apresentação de três receitas (entrada, prato principal e sobremesa), com a descrição detalhada dos ingredientes, capitações e dose, modo de preparação e informação nutricional (cálculo nutricional).  O custo de cada receita não pode exceder os 5 euros por pessoa.

O valor nutricional da refeição deve respeitar valores nutricionais específicos para doentes renais crónicos especialmente no que diz respeito à proteína, potássio e fósforo, conforme a tabela de composição de alimentos do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

As cinco melhores propostas são selecionadas mediante a avaliação de um júri, com base na originalidade, cumprimento das regras, preço, estrutura nutricional e facilidade na confeção.

O apuramento dos vencedores, de entre as cinco propostas, será obtido tendo em conta o total de gostos obtidos pelas três receitas de cada grupo nas Redes Sociais da NMS.

A Doença renal crónica (DRC) é uma patologia frequente entre a população mundial. Em Portugal, existe uma elevada prevalência e estima-se que, pelo menos 1 de cada 10 pessoas, sofra desta doença crónica. Prevê-se que em 2.040, a DRC seja a nível mundial, a quinta principal causa de mortalidade e de perda de qualidade de vida. A Diabetes e a hipertensão arterial são as principais causas de DRC. Muitos destes doentes precisarão de tratamento substitutivo; atualmente em Portugal, perto de 13.000 pessoas realizam tratamento com hemodiálise.

O objetivo desde concurso é contribuir para um melhor conhecimento da doença renal crónica e promover a literacia dos doentes e da comunidade sobre a importância da dieta no tratamento e prevenção da doença e outras patologias. Adicionalmente, proporcionar momentos de qualidade em família à volta duma refeição saborosa e segura.

 
Conversas com barriguinhas
A experiência do parto é um momento crucial na vida de uma mulher, que pode ter influência na sua saúde física e mental, na...

O hipnobirthing é um dos temas centrais, que será apresentado pela enfermeira Carolina Rocha, especialista e mestre em Saúde Comunitária e coach pela Erickson. Trata-se de uma abordagem inovadora que combina técnicas de relaxamento, visualização e auto-hipnose, que proporciona às futuras mães as ferramentas necessárias para se prepararem para o momento do parto com uma visão positiva e otimista, sem medo da dor das contrações naturais do parto.  

Serão também desmistificadas ideias comuns relacionadas com o sono do bebé, tais como “Se o bebé não fizer sestas durante o dia, dormirá a noite toda”. A psicóloga pediátrica da ForBabiesBrain, Clementina Almeida, vai ainda partilhar dicas para estabelecer uma rotina de sono eficaz para o bebé.

O papel das células estaminais do cordão umbilical do bebé no tratamento de mais de 90 doenças, incluindo cancros do sangue, anemia e condições neurológicas, vai ser também um dos tópicos a abordar por Joana Gomes, conselheira em células estaminais da Crioestaminal. As futuras mães vão poder saber mais sobre as características únicas destas células, conhecidas pela sua versatilidade e capacidade de se transformarem em vários tipos de células do corpo.

 
2 de março
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), em colaboração a International Myeloma Foundation (IMF), vai organizar, no...

O evento vai contar com várias palestras centradas em diversos aspetos da doença, como atuais e novas terapêuticas na área do mieloma múltiplo refratário/recidivante, a relação da doença com a estrutura óssea e as atualizações de acordo com a Sociedade Americana de Hematologia. Haverá um segmento mais direcionado para a doença na primeira pessoa,  dedicado a questões como a educação e capacitação do doente e da família e nutrição no contexto da patologia em destaque. Para encerrar, haverá um espaço de perguntas e respostas sobre o mieloma múltiplo que contará com o contributo três médicos hematologistas do Grupo Português do Mieloma Múltiplo.

A inscrição no evento é gratuita e pode ser feita através do preenchimento do formulário, enviando email para [email protected] ou através do contacto telefónico 213 422 205. A iniciativa conta com o apoio das farmacêuticas Pfizer, Regeneron, Sanofi, Johnson&Johnson e Sebia. 

 

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