Oncologia
Uma preocupação comum entre os homens a quem foi diagnosticado cancro nos testículos é expressa por

"Quando avaliamos pela primeira vez os homens com uma nova suspeita de cancro nos testículos, falamos sobre a fertilidade", explica Bradley Leibovich, oncologista da Mayo Clinic.

Leibovich diz que uma das primeiras perguntas que ouve dos homens com cancro dos testículos é: será que ainda vou poder ter filhos?

"Os homens com cancro dos testículos têm preocupações com a fertilidade porque a própria doença, bem como o seu tratamento, podem afetar a fertilidade", explica o oncologista. "A primeira coisa que fazemos com os homens interessados em preservar a sua fertilidade é falar-lhes sobre os bancos de sémen."

A infertilidade pode ser um efeito secundário da cirurgia, quimioterapia, radiação e outros tratamentos contra o cancro. É por isso que é importante que os homens que ainda querem ter filhos depois de terem sido curados do cancro recorram à preservação de sémen antes de iniciarem o tratamento.

"Os problemas de fertilidade são normalmente resolvidos de antemão, assegurando que os homens têm um banco de sémen, pelo que raramente é uma preocupação a longo prazo para os homens", explica o especialista.

Outra preocupação são os baixos níveis de testosterona, uma hormona produzida principalmente nos testículos.

"A maioria dos homens tem níveis normais de testosterona com apenas um testículo. Para os homens que acabam por ter um nível de testosterona mais baixo, é muito fácil substituí-lo", refere.

Sob a orientação de um profissional de saúde, a terapia de substituição de testosterona, sob a forma de injeções, comprimidos, adesivos ou gel, pode restaurar os níveis normais de testosterona nos homens.

O cancro do testículo

O tumor do testículo representa 1% de todos os tumores dos homens, sendo diagnosticados 3-10 novos casos por ano em cada 100.000 homens. O número de novos casos tem vindo a aumentar nas últimas décadas, especialmente nos países industrializados. Este tipo de tumor surge sobretudo em homens jovens, com um pico de incidência nas terceira e quarta décadas de vida.

Existem vários factores de risco conhecidos para tumor do testículo: criptorquidia (testículo que não desceu até à bolsa escrotal), sub-fertilidade, história pessoal ou familiar de tumor do testículo.

De forma a poder realizar um diagnóstico atempado de tumor do testículo, os homens devem realizar de forma regular auto-exame dos testículos e, no caso de aparecimento de um nódulo, devem procurar um médico para avaliação.

O diagnóstico é realizado com base na palpação de um nódulo sólido, que habitualmente tem crescimento rápido e recente. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Nacional do Terapeuta da Fala assinala-se a 14 de novembro
Por ocasião do Dia Nacional do Terapeuta da Fala, a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA), alerta para...

No apoio prestado aos doentes com ELA, os terapeutas da fala concentram-se em áreas fundamentais como a deglutição, a fala e a comunicação. Na deglutição, ajudam a identificar e minimizar os riscos de aspiração através de estratégias e adaptações na dieta. No que diz respeito à fala, desenvolvem exercícios e estratégias para torná-la mais clara e compreensível. À medida que a progressão da ELA dificulta a comunicação oral, os terapeutas da fala auxiliam na utilização de dispositivos de Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), de tecnologia simples ou mais avançada, desde computadores com software de síntese de voz até mesmo tabelas alfanuméricas. 

Margarida Oliveira, terapeuta da fala da APELA, afirma que "a terapia da fala evoluiu ao longo do tempo para atender às necessidades específicas das pessoas que enfrentam a ELA. Nomeadamente, a integração de tecnologias como os Sistemas de Comunicação Alternativa e Aumentativa (SAAC’s), a intervenção precoce, a capacitação de cuidadores e a abordagem multidisciplinar, bem como o desenvolvimento contínuo." 

Além da terapia da fala no consultório, o apoio das famílias e cuidadores é crucial para um auxílio eficaz às pessoas que enfrentam a doença. É fundamental que os familiares e cuidadores compreendam a patologia e os seus impactos na comunicação e deglutição. Isso implica adquirir conhecimento sobre as estratégias de comunicação e as intervenções recomendadas pelos terapeutas da fala.  

"A participação nas sessões de Terapia da Fala é uma estratégia adicional. Esta envolvência permite que as famílias e cuidadores aprendam as técnicas e estratégias ensinadas durante a terapia, facilitando a comunicação fora das sessões", explica a terapeuta da fala. 

É importante salientar que cada pessoa com ELA é única, e as suas necessidades de comunicação e apoio podem variar. O essencial é que as famílias e/ou cuidadores demonstrem compreensão, empatia e estejam dispostos a adaptar-se às necessidades individuais da pessoa com ELA à medida que a doença progride ao longo do tempo.

Dia Mundial da Diabetes
No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala anualmente a 14 de novembro, a Unidade Integrada de Diabetes do Centro...

As temáticas abordadas nesta reunião vão de encontro ao tema escolhido, em 2023, pela Federação Internacional da Diabetes: “Acesso aos Cuidados de Saúde: prevenção da Diabetes e complicações relacionadas”. A iniciativa, que terá o contributo de profissionais de saúde de diferentes especialidades, é dirigida a pessoas com Diabetes, seus familiares e comunidade em geral, com o propósito de alertar e envolver o público, neste assunto tão importante.

Os interessados podem ainda efectuar a sua inscrição, de forma gratuita, mas obrigatória, para o endereço eletrónico: [email protected].

Para além desta sessão, a Unidade Integrada de Diabetes do CHUCB vai promover, no mesmo dia, nas suas instalações, um rastreio de glicémia capilar e avaliação de risco, entre as 10h00 e as 12h00, direcionado a colaboradores sem diagnóstico prévio conhecido de Diabetes.

 

Entre 6 e 9 de novembro
Entre os dias 6 e 9 de novembro realizou-se a 18.ª edição da SRS, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Ética Empresarial ...

A Sessão de Abertura, organizada pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial e intitulada “Governação Responsável”, contou com a presença do Senhor Secretário de Estado da Justiça, Pedro Tavares, que destacou um conjunto de aspetos orientadores da atuação da Justiça, tendo em conta o seu propósito: Sustentabilidade e Coesão; Mobilização e participação; e Comunicação e Transparência.

Adicionalmente, ao longo de quatro dias, decorreram mais sete sessões coorganizadas pelas Organizações: Associação Portuguesa para a Qualidade, CCA Law Firm, Gebalis, Grupo Águas de Portugal, Grupo BEL, Pedra Base e UN Global Compact Network Portugal.

Mais de uma centena de pessoas assistiram a uma iniciativa que promoveu a adoção de práticas e políticas que fomentam a Transparência, a Ética, a Responsabilidade Social e a Sustentabilidade.

 

Learn4Green
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) é uma das quatro instituições de ensino...

Financiado em 250 mil euros pelo programa Erasmus+ KA2 - Parcerias de Cooperação, o Learn4Green junta a Haute Ecole Bruxelles-Brabant (Bélgica), a Universidade de Ciências Aplicadas Velika Gorica (Croácia), o Tartu Health Care College (Estónia) e a ESTeSC-IPC.  “Esta colaboração responde à necessidade urgente de garantir que as gerações futuras são devidamente educadas e informadas sobre os efeitos das alterações climáticas e sobre como podemos mitigá-las e adaptar-nos a elas”, descreve a docente coordenadora do projeto na ESTeSC-IPC, Susana Paixão. “Ao preparar alunos e professores com os conhecimentos e competências necessários para enfrentar a crise climática, estaremos a garantir futuros líderes com capacidade para trabalhar na construção de um futuro mais sustentável e próspero”, acrescenta.

O programa combina sessões de ensino online – a primeira, dedicada à Energia, arranca já a 27 de novembro – com atividades presenciais, a realizar nas quatro instituições de ensino parceiras. Participam nas ações dez estudantes de cada escola (no caso da ESTeSC-IPC, alunos de licenciatura em Saúde Ambiental) e três docentes de cada país. Todas as atividades realizadas serão avaliadas, com vista à possibilidade de, futuramente, estes módulos de ensino poderem ser integrados nos currículos das universidades europeias que assim o pretendam.

No final cada módulo, os participantes são desafiados a passar da teoria à prática e a desenvolver projetos, em equipa, de aplicação concreta, trabalhando temas como redução do uso de energia em escolas, hospitais e fábricas; promoção da economia circular; mobilidade; gestão de resíduos; e produção de alimentos sustentáveis.

A apresentação Learn4Green aconteceu hoje em Bruxelas, num evento onde participaram, em representação da ESTeSC-IPC, a vice-presidente da Escola, Nádia Osório, a coordenadora interna do projeto, Susana Paixão, e o responsável pelo Gabinete de Relações Internacionais, Rui Branco Lopes. A sessão incluiu uma conferência com o tema “Anthropocene: (un)sustainable development? Humanity facing the challenges of inequalities and the environment“, proferida pelo professor da Solvay Brussels School, Roland Moreau.

Saúde Oral
A cárie dentária é uma doença que afeta quase 90% da população (estima-se que a cárie dentária afete

É provocada pela ação de determinadas bactérias que podem originar a destruição parcial ou total do dente. A presença dessas bactérias, associada a uma alimentação rica em açúcares (hidratos de carbono) e a uma fraca higiene oral, são a causa do aparecimento de cáries.

Quando os alimentos que contêm hidratos de carbono, como os doces, bolos, rebuçados, chocolates, gomas, entre outros, são ingeridos, as bactérias vão decompô-los e originar ácidos. Esses ácidos provocam a dissolução do conteúdo mineral dos dentes e, consequentemente, o aparecimento de lesões de cárie. Esta ação é mais notória quando estes alimentos são ingeridos fora das refeições ou à noite, antes de deitar, e não temos uma correta higienização dentária.

Identificar uma cárie numa fase inicial não é fácil e normalmente só consegue ser realizada por médicos dentistas, daí a importância de o visitar o regularmente. Durante as fases iniciais da doença (cavidades pequenas) não são detetados sintomas significativos e o dente pode ser facilmente tratado, com uma restauração estética com resultados muito satisfatórios.

Quando se sente a presença de uma cavidade, ou a ausência de uma parte do dente, muito provavelmente terá uma lesão de cárie dentária já avançada. Nestas fases mais avançadas (cavidades mais profundas), as queixas podem passar por um desconforto com aumento de sensibilidade, até situações mais graves como dor ao quente, frio ou doce ou mesmo dor espontânea forte. Uma cárie em estado avançado, com envolvimento das camadas mais internas do dente (dentina e polpa dentária) pode implicar um tratamento endodôntico (normalmente conhecido como desvitalização) ou mesmo a extração do dente.

Não podemos esquecer que qualquer dente que tenha sido tratado pode voltar a ter lesões de cárie dentária, pelo que devemos manter uma constante vigilância.

Para prevenirmos o aparecimento da cárie dentária devemos efetuar uma higiene oral diária adequada: escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia com uma pasta fluoretada (a escovagem noturna é a mais importante, não devemos ingerir mais nada após a escovagem) e utilizar o fio dentário ou escovilhão pelo menos uma vez por dia.

Devemos também fazer uma alimentação equilibrada, evitando os açúcares e petiscar entre as refeições. Na consulta de rotina devemos ponderar a aplicação de selantes de fissuras, especialmente nas crianças (o selante é uma espécie de verniz aplicadonas fissuras dos molares e pré-molares, com o objetivo de criar uma barreira física às bactérias e restos alimentares, ajudando na prevenção da cárie).

A cárie pode ser prevenida ou facilmente tratada numa fase inicial, portanto não se esqueça de ter os cuidados necessários e visitar o médico dentista regularmente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo sobre apoio a doentes com cancro da mama avançado em zonas de guerra
Os doentes com cancro da mama, que vivem em zonas de conflito estão a ser "massivamente negligenciados" por todos:...

Entre as pessoas que fogem das zonas de conflito, deslocadas dentro do seu próprio país ou através das fronteiras para outros países, as doentes com cancro da mama são o "maior grupo de doentes com cancro que se apresentam às agências das Nações Unidas e às ONG internacionais", afirmou o Prof. Sullivan, que é diretor do Instituto de Política do Cancro e codiretor do Centro de Investigação sobre Conflitos e Saúde do King's College London (Reino Unido). No entanto, as agências e organizações internacionais não dispõem de procedimentos ou diretrizes normalizadas para fornecer o tratamento adequado no momento certo, nem de planos ou financiamento para reconstruir a capacidade quando os conflitos terminam, mas as vias e o financiamento para aceder ao tratamento foram destruídos.

"O resultado é que perdemos o que, muitas vezes, é a única oportunidade de fornecer tratamento primário a estes doentes antes de o cancro se espalhar. Nos campos de refugiados, 85% a 90% das mulheres só procuram ajuda quando o cancro da mama está avançado. Muitas vezes, as mulheres ficam retidas durante muito tempo nos campos de refugiados, o que faz com que continuem a surgir novos casos de cancro da mama. Os cuidados paliativos são muitas vezes mínimos e muitas mulheres morrem com enorme sofrimento", afirmou o Prof. Sullivan, que trabalhou em mais de 18 campos de refugiados nos últimos trinta anos.

"Muitas vezes, os refugiados atravessam as fronteiras para aceder a cuidados oncológicos, muitas vezes para países que não conseguem prestar cuidados médicos a grandes fluxos de doentes e onde existem barreiras linguísticas e dificuldades no tratamento e acompanhamento a longo prazo. Por exemplo, 27% dos doentes com cancro que fugiram da Ucrânia para a Moldávia em 2022 tinham cancro da mama, mas muitas vezes sofreram atrasos no diagnóstico e no tratamento. Trinta e cinco por cento dos pacientes ucranianos que se apresentam no centro médico de Cracóvia, na Polónia, só podem ser tratados com cuidados paliativos e, destes, 43% são pacientes com cancro da mama avançado.

"Para todas estas doentes com cancro da mama, há dificuldades não só no acesso à cirurgia, mas também à radioterapia e às terapias sistémicas, incluindo a quimioterapia básica e a terapia endócrina." Apela às organizações envolvidas na prestação de cuidados médicos em regiões afetadas por conflitos, desde a Ucrânia, Síria, Sudão e Somália até ao Uganda, Gaza, Afeganistão e Venezuela, para que desenvolvam modelos de cuidados específicos para o cancro da mama.

"As pessoas não estão a ser tratadas de acordo com as suas necessidades ou com a região em que se encontram. Nas zonas de conflito, não existe um modelo único para todos", afirmou o Professor Sullivan. "É necessário um planeamento específico para cada conflito. De momento, isso não está a ser feito. As agências das Nações Unidas e as ONG ainda não abordaram adequadamente esta população especificamente vulnerável. Não compreendem que a prestação de cuidados de saúde adequados em zonas de guerra é muito complexa e que as necessidades variam de país para país e de conflito para conflito."

As principais necessidades são:

Procedimentos operacionais normalizados para o tratamento do cancro da mama e do cancro da mama avançado. Estes procedimentos devem incluir a capacidade de tratar os doentes no local, nos campos de refugiados, por exemplo, a cirurgia do cancro da mama

Diretrizes, estratificadas por região e conflito, que identifiquem o financiamento ou as fontes de financiamento para prestar os cuidados adequados;

Planeamento a longo prazo e fundos para a reconstrução de vias de diagnóstico e tratamento do cancro após o fim de um conflito.

Tanto os homens como as mulheres podem desenvolver cancro da mama, mas o Prof. Sullivan afirmou que a guerra tem um impacto desproporcionado nas mulheres e nas crianças. "Entre as populações deslocadas, cerca de dois terços são mulheres e crianças. Cerca de 265 milhões de mulheres vivem atualmente em regiões de conflito armado. Trata-se de uma população global significativa e uma grande parte precisará de cuidados oncológicos em algum momento".

Em 2022, o ACNUR informou que a guerra na Ucrânia tinha criado a mais rápida e uma das maiores deslocações de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial, aumentando significativamente o número de pessoas deslocadas em todo o mundo para cerca de 103 milhões. Em meados de 2022, 5,4 milhões de refugiados tinham fugido da Ucrânia e outros 6,3 milhões estavam deslocados dentro do país.

Presidente da conferência ABC 7, Fátima Cardoso, Diretora da Unidade da Mama do Centro Clínico Champalimaud, Lisboa, Portugal, e Presidente da Aliança Global ABC, afirmou "As mulheres em zonas de conflito já sofreram o suficiente devido às perturbações e aos perigos que enfrentam. O desenvolvimento do cancro da mama é mais um fardo, mas não deve ser uma sentença de morte. Se for diagnosticado e tratado precocemente, é curável. Mas há demasiadas mulheres, e por vezes homens, que apresentam cancro da mama em estado avançado devido às condições que enfrentam nos campos de refugiados ou nos países para onde fugiram.

"Apelamos às agências de ajuda das Nações Unidas e às ONG para que implementem planos e procedimentos que garantam que estes doentes sejam diagnosticados e tratados rápida e eficazmente. Apesar das dificuldades de implementação de tais planos, não deveria estar para além das capacidades destas organizações fazê-lo, de modo a garantir que os doentes com cancro da mama não sejam duplamente prejudicados: uma vez pelo conflito e outra pelas agências de ajuda que, atualmente, não estão a prestar os cuidados médicos necessários."

Sessão da "Mamãs Sem Dúvidas"
O Especial Grávida Online (EGO), organizado pela plataforma ‘’Mamãs Sem Dúvidas’’ vai realizar-se no dia 15 de novembro, entre...

Teresa Coutinho, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, vai ensinar as futuras mamãs a interpretar o choro do bebé. O choro é o único instrumento que o bebé tem para comunicar. Um bebé pode chorar porque tem fome, tem sono ou se sente desconfortável, entre outras razões. Interpretar os diferentes tipos de choro é um desafio para as recém-mamãs.

De seguida, Diana Santos, Formadora do Laboratório BebéVida, irá falar acerca das ‘’Células Estaminais: um potencial de cura’’, destacando as potenciais vantagens terapêuticas do sangue e tecido do cordão umbilical no tratamento de diversas doenças.

A sessão termina com a intervenção da Enfermeira Telma Cabral, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, dedicada ao alívio da dor no trabalho de parto.

Ao participar, os casais ficam habilitados a receber um cabaz no valor de 385€, que inclui uma Ecografia Emocional, uma Cadeira da Papa e uma Mala Maternidade com produtos Uriage.

As inscrições para o evento estão abertas, são gratuitas, mas obrigatórias. Faça aqui a sua inscrição:  https://mamassemduvidas.pt/campanha/

Ação sensibiliza para a importância do rastreio
Em pouco mais de quatro horas, a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão reuniu cerca de 300 pessoas na Arena...

O desafio era simples: disputar uma partida de matraquilhos em representação da equipa do rastreio, contra a dupla do cancro do pulmão. Tal como previsto, venceram os convidados, 300 pessoas que passaram pela Arena Pulmonale para deixar o seu apoio à causa.

Todos os visitantes foram convidados a tirar fotos no mural #EuQuerooRastreio, onde se podiam ler frases como “Obrigado por jogares na equipa do rastreio”, “Continua a apoiar esta causa” ou “Um dia, o rastreio do cancro do pulmão vai ser uma realidade em Portugal”, partilhando, de seguida, os resultados nas suas redes sociais.

“Estamos francamente satisfeitos com o sucesso desta ação” começa por explicar Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale. “Tínhamos como objetivo chegar à população de forma impactante e os números falam por si: 300 jogadores em pouco mais de 4 horas e 150 partidas disputadas” continua.

O cancro do pulmão é o cancro que mais mata no nosso país, a par do que acontece no resto da Europa. Em 2020, foram diagnosticados 5415 portugueses com cancro do pulmão. No mesmo ano, morreram 4797 pessoas vítimas da doença, o equivalente a 15 diagnósticos e 13 mortes diários.

Com esta ação, a Pulmonale pretende sensibilizar a população para a importância de se instituir um rastreio populacional. “Quando comparado com outras neoplasias, o cancro do pulmão continua a apresentar uma taxa de sobrevivência muito baixa. Mais, a sobrevivência para estadios avançados é muito inferior à prevista quando a doença é detetada precocemente. É, por isso, fundamental que se aposte no rastreio, promovendo-se o diagnóstico precoce, como forma de reduzir a mortalidade por cancro do pulmão”, conclui Isabel Magalhães.

Barómetro da Saúde Oral 2023
Seis em cada dez pessoas em Portugal têm falta de pelo menos um dente natural e mais de metade não substitui a dentição perdida...

De acordo com os dados do barómetro, apenas 41,1 por cento dos 1102 inquiridos apresentam dentição completa, à exceção dos dentes do siso, embora este valor represente uma evolução positiva face a anos anteriores. 

Para o bastonário Miguel Pavão, os 59% sem pelo menos um dente, os 49,9% sem qualquer prótese dentária e os 22,8% sem seis ou mais dentes são razões mais do que suficientes para um reforço das atuais políticas de saúde oral: “São números preocupantes, que demonstram a urgência da concretização de medidas há muito apresentadas pela Ordem como é a criação do cheque-dentista prótese e a criação de uma carreira especial no SNS capaz de atrair estes profissionais”. 

No que diz respeito às consultas de medicina dentária, os dados permitem concluir que apenas 2 % da população portuguesa acedem através do Serviço Nacional de Saúde ou via Cheque-Dentista. A esmagadora maioria (98%) são no setor privado, via seguros e planos de saúde ou subsistemas de saúde. Uma das razões que ajuda a explicar esta diferença reside no facto de 66,8% da população desconhecer que o SNS disponibiliza serviços de medicina dentária. Um valor que agravou consideravelmente, quando comparado com os 55,9% de 2022. 

“A medicina dentária tem sido apresentada como uma bandeira no setor da saúde, mas a verdade é que não há uma estratégia para a saúde oral. Basta referir que a verba consagrada no Orçamento do Estado para a Saúde Oral é de 30 milhões de euros, num total de 15 mil milhões”, afirma Miguel Pavão.

Sobre os hábitos de saúde oral, o barómetro indica que 78,8% dos inquiridos garantem escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, ou seja, um aumento de 5,7 pontos percentuais face a 2022. Apesar deste elemento positivo, os dados revelam que houve uma diminuição (-3 p.p.) do número de pessoas que visitam o médico dentista pelo uma vez por ano: 64,4% em 2023, quando no ano anterior eram 67,4%. Constata-se também que aumentou a percentagem de pessoas que nunca visitam o médico dentista ou o fazem apenas em situações de urgência (26,9% +2,4p.p.). 

Entre quem não foi ao médico dentista no último ano, a maior parcela é da população com 65 ou mais anos (54%%). Também relevante é a relação direta entre escolaridade e regularidade de visitas ao médico dentista: quanto menor for a escolaridade, menor a regularidade. 

Quanto a menores de 6 anos que nunca foram ao médico dentista, a percentagem voltou a diminuir pelo segundo ano consecutivo. Em 2021 era 73,4%, em 2022 passou a 65,2% e, em 2023 ficou-se pelos 53,5%.

17 e 18 de novembro no Teatro Municipal de Vila do Conde
A Associação Portuguesa de Paramiloidose (APP) realiza a 17 e 18 de novembro o 5º Congresso Internacional de Paramiloidose e...

O encontro reúne membros da comunidade médica e científica, nacional e internacional, com vista à partilha de conhecimento e de experiências sobre a paramiloidose, como esta se manifesta, como tem evoluído o diagnóstico e qual o papel do acompanhamento médico do doente por parte de diferentes especialidades, como neurologia, cardiologia, oftalmologia, nefrologia, uma vez que a doença pode afetar vários órgãos.

No primeiro dia de trabalho, a Profª. Dra. Teresa Coelho, da Unidade Corino de Andrade do Centro Hospitalar de Santo António, vai abordar o que mudou no paradigma da doença ao longo dos últimos anos, enquanto o Dr. Juan González, do Hospital Sta Lazer de Palma de Maiorca, falará sobre a presença na doença na Península Ibérica e no resto do mundo. E sendo a paramiloidose uma doença genética a Profª. Dra. Carolina Lemos, ICBAS da Universidade do Porto, ajudará a esclarecer o papel da genética clínica no diagnóstico e acompanhamento da doença.

Dando seguimento ao tema do diagnóstico, o programa conta ainda com a participação da Dra. Lucia Galan, do Serviço de Neurologia do Hospital Clínico San Carlos de Madrid, e da Dra. Catarina Campos, CR Paramiloidose Lisboa, CHULN Hospital de Santa Maria, que vão falar sobre o porquê de a doença ser de difícil diagnóstico e a jornada do diagnóstico num doente assintomático, respetivamente.

Reprodução medicamente assistida, amiloidose adquirida pós transplante e testemunho doentes são outros dos temas que fazem parte deste Congresso.

João Miguel Silva, representante da Associação Portuguesa de Paramiloidose, refere “o 5º Congresso Internacional de Paramiloidose é de extrema importância por reunir especialistas de diferentes áreas em torno do debate e da partilha de conhecimento e de experiências no domínio científico e médico sobre a doença, entre outros temas que temas que preocupam quem vive com paramiloidose, pois só assim se consegue evoluir para dar resposta às necessidades dos doentes e das suas famílias”.

O Congresso tem o apoio científico do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria, com coordenação científica da Dra. Isabel Conceição, responsável pelo Centro de Referência de Paramiloidose Familiar de Lisboa.

A entrada no Congresso é gratuita, mas de inscrição prévia para o email [email protected]

Opinião
A diabetes é uma doença crónica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O balanço da diabetes em Portugal é alarmante. O Observatório Nacional da Diabetes divulgou dados referentes aos anos 2019, 2020 e 2021: o número de pessoas com a doença aumentou 20%, em sete anos, e Portugal integra o top 3 da Europa em termos de prevalência. A prevalência estimada da doença na população entre os 20 e os 79 anos é de 14,1% (num total de 7,8 milhões de indivíduos) o que significa que cerca de 1,1 milhões de pessoas desta faixa etária apresentam esta doença.

Para se conseguir dar resposta, é necessário atacar em várias frentes como aumentar a resposta em consultas, rastreios, tratamentos, e desenvolvimento de novas estratégias de combate a esta patologia.

Terapia com sangue do cordão umbilical: o que é?

A terapia com sangue e tecido do cordão umbilical envolve a colheita e o armazenamento das células estaminais presentes no sangue e no tecido do cordão umbilical. Essas células estaminais apresentam a capacidade de se especializarem em diferentes tipos de células no corpo humano, o que as torna muito promissoras para o tratamento de várias doenças, incluindo a diabetes. Essas células estaminais são colhidas logo após o nascimento do bebé, quando o cordão umbilical é cortado. Este é um processo indolor e totalmente seguro para a mãe e para o bebé. Em seguida, são processadas e armazenadas em bancos de sangue do cordão umbilical para uso futuro. Contrariamente às células estaminais presentes noutras partes do corpo, as células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical são mais jovens e apresentam maior capacidade de multiplicação e diferenciação.

Como o cordão umbilical pode ajudar no tratamento da diabetes?

Embora a terapia com sangue e tecido do cordão umbilical ainda possa ser considerada “recente”, vários resultados benéficos têm sido mostrados. Vários estudos sugerem que as células estaminais presentes no sangue ou no tecido do cordão umbilical podem ajudar a regenerar as células produtoras de insulina no pâncreas, o que pode melhorar o controlo da glicose no sangue em pacientes com diabetes. De facto, as células estaminais do tecido do cordão umbilical apresentam propriedades imunomoduladoras, o que significa que estas podem ajudar a regular o sistema imunológico e reduzir a inflamação que pode estar envolvida no desenvolvimento da diabetes. Para além disso, estas células podem produzir e libertar fatores de crescimento e moléculas que promovem a regeneração dos tecidos danificados no pâncreas. No entanto, é importante salientar ainda são necessários mais estudos e que cada caso de diabetes é único e deve ser avaliado individualmente por um médico especialista antes de considerar a terapia com células estaminais provenientes do cordão umbilical como opção de tratamento.

Estudos sobre o papel do cordão umbilical no tratamento da diabetes: relatos de sucesso

Vários estudos foram e são realizados para avaliar o potencial da terapia com sangue e tecido do cordão umbilical no tratamento da diabetes. Dentro destes estudos, destacam-se vários ensaios clínicos já realizados com recurso ao cordão umbilical para tratar a diabetes ou as suas comorbidades. Um estudo publicado na revista científica "World Journal of Diabetes" demonstrou em 16 pacientes com diabetes tipo 2 que a infusão de células estaminais do tecido do cordão umbilical melhorou a glicemia, e restaurou a função células β (células produtoras de insulina), levando à redução da dose dos fármacos usados para controlar esta doença. Os autores deste trabalho, afirmam que estes são resultados muito bons e que acreditam que a infusão de células estaminais do tecido do cordão umbilical pode, de facto, ser uma nova opção para o tratamento da diabetes tipo 2.

Outro estudo, envolveu avaliou o efeito das células estaminais do tecido do cordão umbilical em 91 pacientes com diabetes tipo 2. Após a avaliação, o grupo que teve a infusão de células estaminais do tecido do cordão umbilical apresentou redução de uso de insulina e significativas melhorias no controlo da glicose no sangue comparativamente aos pacientes que foram infundidos com placebo. Para além disso, os investigadores concluíram que a aplicação de células estaminais do tecido do cordão umbilical foi completamente segura.

Embora essas descobertas sejam promissoras, mais estudos e investigações são necessárias para entender completamente os efeitos deste tratamento na diabetes.

Benefícios e potenciais riscos da terapia com células estaminais do cordão umbilical para a diabetes

A terapia com recurso a células estaminais do cordão umbilical oferece uma série de potenciais benefícios para pacientes com diabetes. Além da possibilidade de regenerar as células produtoras de insulina no pâncreas, esta terapia também pode ajudar a reduzir a necessidade de medicamentos para controlar os níveis de glicose no sangue e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a terapia com sangue do cordão umbilical é considerada segura, uma vez que as células estaminais podem ser obtidas do próprio paciente ou de um dador compatível. Isso reduz significativamente o risco de rejeição ou efeitos colaterais graves. No entanto, como qualquer tratamento médico, a terapia com sangue do cordão umbilical também apresenta riscos potenciais. Embora sejam raros, podem ocorrer complicações durante o processo de colheita, processamento ou administração das células. É importante discutir esses riscos com um médico especialista antes de decidir pela terapia com sangue do cordão umbilical.

O futuro da terapia de células estaminais do cordão umbilical para o tratamento da diabetes

A terapia com células estaminais do cordão umbilical tem o potencial de revolucionar o tratamento da diabetes, oferecendo uma abordagem inovadora e promissora para essa doença crónica. No entanto, é importante sublinhar que a possível terapia com recurso às células estaminais do cordão umbilical não é uma cura definitiva para a diabetes. Cada caso de diabetes é único e requer uma abordagem personalizada. Por isso, é fundamental consultar um médico especialista para avaliar a viabilidade desse tratamento e discutir todas as opções disponíveis.

À medida que a pesquisa avança e mais estudos são realizados, podemos esperar que a terapia com células estaminais do cordão umbilical se torne uma opção de tratamento que possa ser mais amplamente disponível para pacientes com diabetes. O futuro desta potencial terapia é promissora e pode oferecer esperança para aqueles que vivem com essa condição crónica.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Hope Care desenvolveu um sistema de Triagem de Monitorização Remota de Pacientes
A GED Ventures Portugal investiu na Hope Care, a primeira empresa da União Europeia a obter a certificação EU MDR Classe IIb...

A missão da empresa, segundo o José Paulo Carvalho fundador e CEO, é "construir um hospital, através de tecnologia, proporcionando acesso universal aos cuidados de saúde em casa".Através da Hope Care são recolhidos mais de uma centena de pontos de dados provenientes de aparelhos disponíveis no mercado, como balanças, smart watch, termómetros, entre outros. A informação recolhida fica armazenada numa plataforma clínica, com o objetivo de ser utilizada por entidades de saúde e pelos seus pacientes. Com uma combinação de monitorização remota, telemedicina e apoio social, a solução da Hope Care permite aos pacientes receberem cuidados essenciais em casa, evitando deslocações desnecessárias ao hospital.

“Através do fundo GED TEch Seed, decidimos investir na Hope Care,start-up portuguesa com grande potencial de crescimento, que recorre a soluções digitais inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos doentes e promover, simultaneamente, a sustentabilidade do sistema de saúde”, explica Bibi Sattar Marques, partner e membro do Conselho de Administração da GED Ventures Portugal. Neste contexto, o Fundador da Hope Care realça que “este importante investimento vai permitir à Hope Care a consolidação no mercado europeu e na introdução da sua inovação na área da saúde digital".

A GED é um grupo financeiro independente e internacional, estando presente na Europa, Estados Unidos da América e América do Sul. Atualmente, gere mais de mil milhões de euros em ativos nas áreas de Venture, Private Equity e Infraestruturas, assentes no propósito ESG-friendly ethos, presente desde a sua fundação e incorporado em todos os momentos do ciclo de vida dos seus Fundos. Sob o desígnio #Tech4Purpose, a GED Ventures Portugal tem como objetivo o apoio a tecnologias capazes de transformar o mundo, que promovam a sustentabilidade e que sejam capazes de deixar um legado viável e promissor às gerações futuras.

 

 

 

15 de novembro
A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) vai realizar a primeira edição do Fórum APJF, sob o tema "A Nova...

O debate culminará com a assinatura de uma carta de missão entre as diferentes associações de jovens profissionais de saúde, assumindo assim um compromisso e dando seguimento às conclusões resultantes das discussões ao longo do evento.

“No ano em que um novo organograma de liderança do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a ser construído, com a nomeação da direção-executiva do SNS, esperam-se mudanças efetivas no modelo de funcionamento e financiamento do sistema de saúde em Portugal. Após três anos desde o início da pandemia COVID-19, é o momento oportuno para assegurar a aplicação das lições aprendidas, trabalhando de forma transversal para projetar o futuro das profissões ligadas à saúde”, Adianta Sara Marques, presidente da APJF.

 

75% das instituições hospitalares do SNS de Portugal Continental a responderem ao inquérito
A 15ª edição do Fórum do Medicamento acontece no próximo dia 17 de novembro, na Fundação Oriente, e como tem sido habitual,...

Os principais objetivos deste estudo, que conta com o suporte científico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e apoio da Ordem dos Farmacêuticos e da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares, passam por determinar o nível de acesso ao medicamento hospitalar e analisar os modelos de gestão, mecanismos de criação de evidência e de medição de resultados que lhe estão associados, e identificar as barreiras e/ou problemas existentes associados à equidade de acesso, gestão e dispensa do medicamento nas instituições hospitalares do SNS.

O painel de debate dos resultados irá reunir Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos; Carlos Lima Alves, do INFARMED; Hélder Mota Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos; Luís Miguel Gouveia, do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca; e Rosário Trindade, da AstraZeneca Portugal.

A primeira parte do evento será dedicada à “Reforma na regulamentação farmacêutica da UE e o impacto nos sistemas de saúde”, com uma apresentação de Elaine Cruikshanks, da Acumen Public Affairs, seguindo-se uma discussão que contará com António Portela, da Bial; Julian Perelman, da Escola Nacional de Saúde Pública; Maria do Carmo Neves, da APOGEN; Rui Ivo, do INFARMED; e Alexandre Guedes da Silva, presidente da SPEM.

O Fórum do Medicamento é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, com o apoio da AstraZeneca. À semelhança das edições anteriores, a sessão, presidida por Francisco Ramos, com moderação da jornalista da RTP, Paula Rebelo, será em formato híbrido, sendo a participação presencial sujeita a inscrição prévia e limitada, feita no site da APAH. A participação virtual ocorrerá via Livestream através do Canal APAH no YouTube.

 

 

Novembro Azul | Mês mundial de sensibilização para a saúde do homem
Neste mês de novembro, dedicado mundialmente à saúde do homem, Susana Alves, especialista em Androlo

As informações sobre fertilidade para doentes diagnosticados com cancro são fundamentais para que o homem possa planear da melhor forma as questões relacionadas com a paternidade após a cura. “Tratamentos como quimioterapia ou radioterapia, bem como as cirurgias necessárias após o diagnóstico de cancro do testículo, podem influenciar negativamente a fertilidade, pelo que a preservação de uma amostra de sémen deve ser abordada nas consultas”, refere a diretora do Laboratório de Andrologia da Clínica IVI Lisboa.

“Quando confrontado com um diagnóstico de cancro, o homem sente-se muitas vezes sobrecarregado, tanto pela notícia em si, como pela quantidade de informação ou decisões a tomar. Uma delas é a de ter a possibilidade de decidir ser pai no futuro, que pode parecer secundária diante de uma doença, mas não para o projeto de vida após a recuperação. Ou seja, o sonho da paternidade não pode ficar para segundo plano perante uma notícia tão devastadora como um cancro”, sublinha.

A fertilidade nos homens com cancro do testículo pode ser afetada tanto pela própria doença, como pelas diferentes abordagens terapêuticas. Quer os danos diretos da cirurgia, como os relacionados com a quimioterapia podem afetar a produção de espermatozoides, no todo ou em parte, porque o epitélio germinativo do testículo é muito sensível aos efeitos da quimioterapia. Além disso, esta afetação pode ser temporária ou permanente, dependendo da dose utilizada e, sobretudo, do tipo de quimioterapia utilizado. É por isso que se recomenda congelar uma ou mais amostras de sémen antes dos tratamentos, a fim de preservar o potencial reprodutivo.

Em que consiste o processo?

A criopreservação do sémen é um processo muito simples e, atendendo ao facto de estes doentes serem maioritariamente jovens, esta possibilidade deve fazer parte do planeamento do tratamento oncológico. Idealmente, numa primeira consulta, após análise da idade, do prognóstico, da fertilidade prévia, etc., deve ser preservada uma primeira amostra de sémen. Esta primeira amostra é analisada para se conhecer em detalhe a qualidade e motilidade (capacidade de movimentação) dos espermatozoides.

“Se houver tempo, é aconselhável congelar mais uma amostra, com um intervalo de dois a cinco dias, embora em caso de urgência possa ser feito no dia seguinte à recolha da primeira amostra. Após a recuperação do doente, a escolha da técnica de reprodução medicamente assistida vai depender da quantidade e qualidade da amostra disponível”, revela a Dra. Susana Alves. Acrescenta ainda que não há limitação de tempo na criopreservação (a quase -200º C) e que, uma vez descongelados, apresentam resultados semelhantes aos dos tratamentos de reprodução assistida realizados com amostras frescas.

“A nível psicológico é muito positivo ter um objetivo vital no horizonte como o de tornar-se pai após o cancro. Sem dúvida, ajuda o homem que passa por este tipo de doenças a ter uma perspetiva de futuro com projetos emocionantes para realizar uma vez recuperado", conclui.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Desde o início do ano
De janeiro a novembro, o número de reclamações dirigidas ao setor farmacêutico - nas categorias Farmácias, Parafarmácias e...

Entre janeiro e novembro de 2023, os consumidores apresentaram no Portal da Queixa 557 reclamações relacionadas com o setor farmacêutico, indica uma análise efetuada às categorias Farmácias e Parafarmácias, apontando um aumento de 88.2% do número de queixas, em comparação com o período homólogo de 2022, que registou 295 reclamações.

O Atraso/Não entrega de produtos – referente à demora ou não entrega de produtos adquiridos nas farmácias online – é o principal motivo de reclamação, a gerar 64.9% das queixas. A motivar 6.6% das ocorrências, está o reembolso. São reportados problemas com a devolução de valores por compras canceladas. 

O mau atendimento (nas farmácias e parafarmácias físicas) é o terceiro motivo mais invocado pelos utentes, somando 4.5% das reclamações. A publicidade enganosa, referente à diculdade de utilizar promoções ou cupões de desconto, absorve 4.1% das queixas.

Já 3.9% dos utentes, queixou-se de problemas relacionados com as consultas, com especial referência às oftalmológicas. 

Ranking das entidades mais reclamadas em 2023

Segundo aferiu a análise, no ranking das entidades mais visadas figuram, maioritariamente, as parafarmácias ou espaços de saúde e bem-estar online. A liderar a tabela está a cadeia de parafarmácias Wells - com lojas físicas e online -, alvo de 37% das reclamações. Seguem-se as marcas Carethy (27.6%) e Farmaciasdirect.com (5.3%). 

No Top10 das mais reclamadas, existem duas farmácias comunitárias: a Farmácia Nova da Maia, a acolher 1.6% das queixas e a Zonpharma, loja online da Farmácia Central em Amarante, a recolher uma fatia de 1.1% das reclamações geradas este ano. Não consta nenhuma farmácia hospitalar neste Top10.

Melhor Índice de Satisfação 

Relativamente à resposta das Farmácias, Parafarmácias e Espaços de Saúde e Bem-Estar online perante as reclamações que lhe são dirigidas, os indicadores revelam que a melhor performance é atribuída à entidade My Pharma Spot, com um Índice de Satisfação (IS) avaliado pelos consumidores em 91.5 (em 100 pontos), obtendo a reputação de “Excelente”.

Com elevados indicadores de performance está também a Wayfarma, pontuada em 82.7 e detentora da reputação “Óptimo”. 

Ambas com 79 pontos de IS, a Wells (Saúde e Óticas) e o espaço online Farmaciadirect.pt, alcançam um “Bom” de reputação perante os consumidores.  

Portugal perde 29 milhões de euros em 3 anos em falta de produtividade
A maioria das pessoas que vive com cancro da mama avançado desiste de trabalhar contra a sua vontade, segundo uma investigação...

Para além dos custos pessoais do desemprego, o novo estudo mostra que há um custo global significativo para a economia quando os doentes deixam de trabalhar. Só em Portugal, os investigadores estimam que se perdem quase 29 milhões de euros de produtividade em três anos. Situações semelhantes existem também noutros países.

Esta investigação foi uma colaboração entre a ABC Global Alliance, a NOVA Medical School, Lisboa, Portugal e a Unidade da Mama do Centro Clínico Champalimaud, Lisboa. Os investigadores, liderados por Leonor Matos da Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, apelam a alterações nas leis laborais para permitir que as pessoas com cancro avançado possam continuar a trabalhar.

Embora o cancro da mama avançado não possa normalmente ser curado, muitas pessoas vivem com a doença durante anos, período durante o qual podem estar suficientemente bem para trabalhar nas condições certas.

"Os sintomas do cancro da mama avançado e o peso da logística da monitorização e do tratamento contínuos podem tornar mais difícil para as doentes manterem um emprego. Mas o abandono do emprego acarreta frequentemente custos financeiros, sociais e de saúde mental. Quisemos estudar o impacto económico deste problema à escala nacional", referiu Leonor Matos na conferência.

A investigação incluiu um grupo de 112 pessoas em idade profissional ativa que estavam a ser tratadas por cancro da mama avançado (ABC) há pelo menos seis meses num dos nove hospitais em Portugal. As doentes foram questionadas sobre a sua situação laboral atual e sobre o seu trabalho antes do diagnóstico.

A maioria das doentes (87%) exercia uma atividade profissional remunerada na altura do diagnóstico. Após o diagnóstico, apenas 38% continuavam a trabalhar. As restantes estavam desempregadas, em licença médica ou reformadas. A idade média de reforma no grupo era de 49 anos. Apenas 5% das doentes afirmaram que a decisão de deixar de trabalhar foi sua.

Os investigadores utilizaram estes resultados para modelar o impacto económico provável à escala nacional. Com mais de 2.000 pessoas a viver com ABC em Portugal, os investigadores estimam uma perda de produtividade de 28.676.754 euros em três anos. A este valor acrescem mais 3.468.866 euros de custos em três anos com pensões do Estado e subsídios de desemprego. Em contrapartida, se as doentes pudessem continuar a trabalhar, os investigadores estimam que o custo dos subsídios governamentais para o trabalho a tempo parcial aumentaria 11.951.048 euros em três anos, mas com uma redução de 14.338.377 euros nos custos de produtividade.

Em termos globais, a investigação sugere que apoiar as pessoas com ABC para que continuem a trabalhar de forma mais flexível traria mais 2.431.329 € para a economia portuguesa em cada três anos.

Para Leonor Matos "esta investigação permitiu-nos quantificar o número de doentes com ABC que são afastados do local de trabalho, apesar de preferirem continuar a trabalhar. Mostra-nos também quanto se perde para a economia quando isto acontece e, inversamente, quanto se poderia ganhar financeiramente criando as condições adequadas para permitir que as pessoas continuem a trabalhar.

"Sabemos que a perda de emprego pode resultar, em grande parte, da falta de vontade ou de políticas para acomodar as necessidades dos doentes, tais como acordos de trabalho flexíveis. Alterar a legislação laboral para dar apoio e proteção adicionais às pessoas com todos os tipos de cancro avançado pode trazer enormes benefícios para a sociedade em geral."

Embora esta investigação se baseie em pessoas que vivem em Portugal, os investigadores afirmam que a questão dos doentes com ABC que abandonam o local de trabalho e sofrem dificuldades financeiras é comum à maioria dos países.

Por exemplo, numa segunda apresentação no ABC 7, Roberta Lombardi explicou o impacto do apoio financeiro da instituição de caridade americana Infinite Strength para as mães solteiras com baixos rendimentos que vivem com ABC.

Roberta Lombardi analisou os pedidos de apoio financeiro durante seis meses para o pagamento da renda ou da hipoteca. Das 48 mulheres que se qualificaram para os subsídios, 26 eram afro-americanas. Todas as mulheres tinham reduzido o seu horário de trabalho ou sido obrigadas a abandonar o trabalho devido ao seu estado de saúde. Sete das mulheres tinham passado pela situação de sem-abrigo e todas estavam em risco de despejo.

Graças ao apoio financeiro, todas as mulheres puderam permanecer nas suas casas ou encontrar um local para viverem para si e para os seus filhos. No entanto, 28 das mulheres voltaram a ter dificuldades financeiras no final dos seis meses de apoio.

Roberta Lombardi, fundadora e presidente da Infinite Strength, que também foi tratada de um cancro da mama em fase inicial, disse à Conferência: "Este trabalho põe em evidência o enorme encargo financeiro enfrentado pelas mães solteiras que vivem com cancro da mama metastático. A assistência financeira direta pode proporcionar estabilidade e apoio às famílias neste momento de grande necessidade financeira. Mas os números também sugerem que as mulheres negras têm mais probabilidades de voltar a enfrentar dificuldades financeiras e todos os problemas daí decorrentes quando o apoio financeiro é retirado. Isto realça a necessidade de apoio a longo prazo".

O apoio financeiro oferecido pela Infinite Strength estava inicialmente disponível para doentes que viviam na costa leste dos EUA, mas o esquema expandiu-se para todo o país.

Eric P. Winer é Presidente Honorário da ABC 7 e Diretor do Yale Cancer Center, nos EUA, e não esteve envolvido na investigação. O Professor Winer afirmou que: "Graças às melhorias no tratamento, as pessoas com cancro da mama avançado têm uma vida mais longa e saudável. As pessoas com ABC devem poder continuar a trabalhar se assim o desejarem, não só para o seu próprio bem-estar financeiro e mental, mas também para apoiar as suas famílias e as suas comunidades.

"Os empregadores têm um papel fundamental a desempenhar para garantir que as pessoas com cancro não sejam discriminadas no local de trabalho. Devem proporcionar o ambiente adequado para ajudar as pessoas com cancro a cumprirem as suas responsabilidades profissionais. No entanto, este objetivo só pode ser plenamente alcançado com o apoio do governo para proporcionar aos doentes opções de trabalho ajustadas e flexíveis.

"Para as mães solteiras, o fardo do cancro da mama avançado, combinado com a responsabilidade de sustentar e cuidar de uma família, pode ser ainda maior. As mulheres nesta situação podem necessitar de apoio adicional para garantir que a sua qualidade de vida seja tão boa quanto possível."

Mayo Clinic
Ter braços com músculos bem definidos é muitas vezes o objetivo das pessoas que procuram ter.

Os principais músculos do braço são os bíceps, situados na parte da frente do braço, e os tríceps, situados na parte de trás. São eles que fazem o trabalho pesado, flexionando ou estendendo o braço e fazendo movimentos de torção.

Apesar da força destes músculos, eles podem ser danificados por uso excessivo ou lesão forçada, por exemplo, ao levantar um objeto pesado ou ao usar incorretamente pesos num ginásio. O uso excessivo pode irritar os tendões que ligam os músculos aos ossos e causar dor e inflamação. Uma lesão forçada pode rasgar ou romper os tendões dos bíceps ou dos tríceps.

As lesões nos músculos e tendões do braço são mais comuns em homens com idades compreendidas entre os 30 e os 50 anos, mas também podem ocorrer em mulheres.

Embora os hematomas e o inchaço sejam sinais óbvios de uma lesão, muitas pessoas podem simplesmente sentir uma dor intensa e fraqueza no ombro ou no próprio braço. Dependendo da situação, pode também aparecer um caroço.

As ruturas de tendões são bastante comuns

As ruturas dos tendões são uma das lesões mais comuns. Se ocorrer uma rutura de um tendão, a pessoa sentirá provavelmente uma sensação de rutura, além de ouvir um estalido. Isto acontece normalmente na zona do cotovelo, mas por vezes no ombro. O músculo tende a contrair-se e forma uma protuberância que não melhora. Também são possíveis inchaço, nódoas negras, cãibras e dor extrema, bem como perda de função.

Quanto mais cedo a rutura for tratada, melhor será a recuperação, uma vez que se pode formar tecido cicatricial e os músculos do braço podem começar a enfraquecer ou atrofiar. Consulte um cirurgião ortopédico para obter informações sobre as opções cirúrgicas e não cirúrgicas.

Tratamento das lesões 

Alguns doentes decidem não ser operados. No entanto, a dor, a função e o aspeto do braço não melhoram com o tempo.

Se um tendão se rompe, a primeira linha de tratamento é reconectá-lo ao osso usando suturas e âncoras. Normalmente, esta cirurgia é efetuada em regime de ambulatório e os doentes regressam a casa no mesmo dia.

A recuperação pode demorar três meses ou mais. Após a cirurgia, o braço é imobilizado por uma contenção num ângulo de 90 graus no cotovelo durante várias semanas, para que haja tempo para a reparação e a cicatrização.

A terapia passiva, em que alguém movimenta o braço pelo doente, destina-se a ajudar a recuperar a amplitude de movimentos e a evitar o endurecimento do cotovelo. O doente pode querer continuar a usar o imobilizador para proteção e conforto.

Após quatro ou cinco semanas de cirurgia, o movimento ativo ajudará a ganhar força. Nesta altura, o doente poderá realizar atividades ligeiras, como vestir-se, arranjar-se e trabalhar ao computador. Após três meses, o doente recuperará gradualmente a força através de uma maior atividade.

Prevenção de lesões

Para evitar lesões nos músculos e tendões dos braços, mantenha a força como um todo, evite sobrecarregar os músculos e certifique-se de que utiliza uma técnica adequada quando trabalha com pesos em casa ou no ginásio. Se não tiver a certeza do que significa uma técnica adequada, considere visitar um especialista em medicina desportiva ou em medicina física.

Se estiver preocupado com a possibilidade de ter uma lesão, não adie a procura de cuidados. É importante falar com um profissional de saúde logo que surja a preocupação, para que a cura e a recuperação possam começar.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
É uma bronquiolite, e agora?
Começa esta semana a iniciativa “É uma bronquiolite, e agora?” que pretende dar a conhecer a pais e educadores de crianças...

Estas conversas ganham forma em três lives no instagram onde se irá falar sobre RSV, bronquiolites, quais os sintomas e cuidados a ter e o seu impacto nas crianças e nas famílias, no sentido de informar e sensibilizar pais e educadores. A primeira live acontece no dia 08 de novembro, pelas 21h30, na página de Instagram do pediatra Manuel Magalhães que irá conversar com Jessica Athayde. A influenciadora abordará a experiência do seu filho ter tido um episódio de bronquiolite. Na segunda live, no dia 14 de novembro, às 21h30, a médica, de medicina geral e familiar, Margarida Santos, convida Dânia Neto, que foi mãe recentemente, para abordar os cuidados a ter com o bebé, quando já existe um irmão mais velho em casa. No dia 13 de dezembro, às 21h30, acontece a terceira e última conversa, moderada pelo pediatra Hugo Rodrigues, com Kelly Bailey, que foi mãe pela primeira vez em julho deste ano.

O RSV é um vírus que causa epidemias sazonais de infeções do trato respiratório inferior, incluindo bronquiolite e pneumonia em bebés. Além de comum, é altamente contagioso, atingindo 9 em cada 10 crianças até aos dois anos de idade.

A bronquiolite é uma infeção respiratória aguda, que ocorre maioritariamente nos 2 primeiros anos de vida, com um pico de incidência no primeiro ano de idade. Dos casos de bronquiolite, cerca de 60% são causados pelo RSV3. O RSV é uma das principais causas de hospitalização nas crianças até aos 12 meses de idade,  sendo que a maioria ocorre em crianças saudáveis.

Mais informações sobre o RSV e o seu impacto podem ser consultadas na página JuntosContraoRSV.pt

 

 

 

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