Quebrar mitos e barreiras
Deve a mulher com cancro da mama, nas diferentes fases do seu tratamento, estar menos ativa para “po

Um novo ensaio clínico, publicado, este mês, na  JAMA Cardiology, uma das revistas internacionais mais importantes na área da Cardiologia, vem adicionar evidência científica à que já existe sobre este tema. Sofia Viamonte, investigadora principal deste ensaio, assegura que o exercício físico demonstrou ser seguro e vantajoso, mesmo nos sobreviventes de cancro com elevado risco cardiovascular. 

A especialista em Medicina Física e de Reabilitação revela que este estudo envolveu 80 sobreviventes de diversos tipos de cancro, entre os quais o cancro da mama, e que os resultados da investigação sugerem que um programa de reabilitação cardio-oncológica (que tem o exercício como principal componente) se associa a melhoria na aptidão cardiorrespiratória e no controlo de fatores de risco cardiovascular. 

“Além disso, mostrou também resultados positivos na adesão ao exercício, no estado psicoemocional dos doentes e na qualidade de vida. Assim, este ensaio concluiu que os programas de reabilitação cardio-oncológica são eficazes, e que podem ser integrados no tratamento destes doentes, mesmo nos que apresentam quadros mais complexos e desafiantes”, explica.  

Para quebrar mitos e barreiras, não só junto das mulheres que vivem com e para além do cancro, mas também junto da sociedade civil e os órgãos decisores, Sofia Viamonte apresenta cinco motivos para que as mulheres com cancro da mama e sobreviventes, pratiquem exercício acompanhado e supervisionado por especialistas:  

  • Melhor qualidade de vida. O exercício físico regular vai traduzir-se em melhor qualidade de vida para as mulheres que vivem com e para além do cancro da mama, contribuindo para reduzir os sintomas de fadiga, ansiedade e depressão. Este bem-estar permitirá à mulher sentir-se mais estimulada a participar ativamente nas atividades do quotidiano e na vida familiar e profissional. 
  • Melhor composição corporal. O exercício físico, aliado a uma alimentação saudável, pode ajudar a melhorar a composição corporal, com ganhos ao nível da massa muscular e perda de gordura. Pode ainda minimizar a perda de densidade óssea e os sintomas associados à menopausa induzida pelo tratamento. Um estilo de vida saudável vai ajudar a manter um peso mais saudável, impactando de forma positiva a saúde geral da mulher e a sua autoestima. 
  • Menos efeitos adversos durante o tratamento. Está comprovado que o exercício físico pode ajudar a reduzir o número e a gravidade dos efeitos secundários dos tratamentos e sintomas como a dor, fadiga, distúrbios do sono ou comprometimento cognitivo. Favorece ainda a recuperação pós-cirúrgica.  
  • Aumento da sobrevivência. Alguns estudos científicos indicam que o exercício físico regular após o diagnóstico de cancro da mama pode estar associado a uma maior taxa de sobrevida. Este aumento de esperança de vida parece também correlacionar-se com os níveis de aptidão física alcançados.  
  • Diminuição do risco de recorrência. A prática regular de exercício físico pode estar associada a uma redução no risco de recidiva do cancro da mama.  

A campanha “Mais vida e em equilíbrio com o cancro da mama” está a ser dinamizada, até final de outubro, pela Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), através do programa ONCOMOVE, que inclui diversos projetos de investigação, formação e ação comunitária, para integrar o exercício físico no plano de tratamento dos doentes que vivem com e para além do cancro. A iniciativa conta com o apoio de diversos parceiros na área da Saúde, entre os quais os serviços de Oncologia de cinco unidades hospitalares.  

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médico explica
Toda a gente já se deparou com dias em que tem a barriga mais inchada, contudo, nem sempre este sina

Esta condição, onde existe a acumulação de líquidos dentro do abdómen, está associada, maioritariamente, à fase de descompensação da doença hepática crónica (cirrose), manifestando-se também através de outros sintomas além do inchaço, como a dor e pressão na região abdominal, perda de apetite, náuseas, vómitos, oscilação de peso sem explicação e falta de ar. Menos frequentemente, a ascite pode também ser sinal de problema cardíaco ou de doença oncológica, entre outras causas.

A forma como o corpo reage depende da quantidade de líquido que o doente apresenta, sendo essencial proceder-se ao seu diagnóstico o mais rapidamente possível, em casos de sintomatologia evidente, através de exames como a ecografia abdominal ou a tomografia computadorizada abdómino-pélvica.

Quando se identifica a Ascite, deve controlar-se esta condição e passar para a fase de tratamento. Aqui poderá ser necessário recorrer a uma drenagem do líquido, através de um procedimento denominado de paracentese, onde é realizada uma punção na parede abdominal, de forma a extrair o líquido em excesso.

No entanto, é de sublinhar que para prevenir a Ascite deve cumprir rigorosamente o tratamento e medicação associados à cirrose hepática, se for portador, de forma a impedir ou controlar as complicações que podem surgir nesta patologia.

Se não é doente hepático, pode precaver-se através da mudança de comportamentos, que é igualmente recomendada aos que já são doentes. Primeiramente, é crucial eliminar ou evitar o consumo de álcool, adotar uma dieta equilibrada, praticar exercício físico e controlar o seu peso, de modo a evitar problemas como a esteatose hepática (fígado gordo). É importante não partilhar objetos relacionados com o consumo de drogas, como seringas, e ter práticas sexuais seguras, visto que algumas hepatites virais, que podem desencadear a falência do fígado, são sexualmente transmissíveis. Garanta ainda que está vacinado contra a hepatite B.

Em Portugal, as doenças hepáticas e as suas consequências são uma realidade que necessita de extrema atenção e consciencialização do público.

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Iniciativa promoveu discussão sobre modelos de financiamento da diálise
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), que representa 90% das clínicas privadas de diálise, participou, esta...

“A ANADIAL está a cada dia que passa mais preocupada, pois os constrangimentos assistidos e as contas que os estudos têm vindo a revelar são preocupantes” disse Paulo Dinis, membro da direção da ANADIAL, no início da sua intervenção.

E acrescenta: “o modelo de financiamento que temos, desde 2008, é um motivo de orgulho, sobretudo por Portugal ter sido o primeiro país do mundo a implementá-lo, apresentando virtudes tanto para os doentes, como para os prestadores de saúde, como para o nosso Governo”.

No entanto, “lamentamos que, sobretudo nos últimos dois anos, esteja a ser difícil chegar ao diálogo com os decisores políticos para abordar as nossas preocupações relacionadas com este modelo de financiamento da diálise”.

Na perspetiva da associação, os indicadores que integram o preço compreensivo, já podiam ter sido alvo de uma revisão, pois são os mesmos há cerca de 15 anos. “Estamos completamente disponíveis para negociar com o Ministério da Saúde a inclusão de serviços que possam acrescentar valor na prestação de cuidados de saúde ao doente, nomeadamente na integração de medicamentos inovadores, pelo que além da revisão do preço compreensivo sugerimos mesmo uma extensão da nossa parceria”, refere Paulo Dinis, que concluiu a sua intervenção elogiando os profissionais de saúde “os bons resultados do modelo de financiamento da diálise vigente devem-se também à qualidade do desempenho dos nossos profissionais de saúde”.

A internalização da diálise, apresentada no relatório do Orçamento de Estado para 2024, foi também um dos temas em discussão pelos especialistas, sendo unânime que não há motivos para o Estado investir na criação de condições para o tratamento de hemodiálise nos hospitais públicos quando há uma oferta suficiente, com qualidade, e principalmente quando não há garantias de que esta internalização promova uma redução de custos.

A iniciativa contou com a participação no debate de José Miguel Correia, presidente da Direção Nacional da APIR (Associação Portuguesa de Insuficientes Renais); Ana Farinha, médica nefrologista, membro da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e uma das autoras do estudo; Aníbal Ferreira, médico nefrologista, professor da NOVA Medical School e também autor do estudo; e Julian Perelman, professor catedrático da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e vogal suplente da direção da APES (Associação Portuguesa de Economia da Saúde). A discussão pode ser visualizada aqui: https://www.youtube.com/watch?v=x210GEGQ668&t=942s

Encontro Renal 2023 | 16 a 18 de novembro
A cidade do Porto vai receber, entre os dias 16 e 18 de novembro, o Encontro Renal 2023. O evento, que é, simultaneamente, o...

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto estará presente na conferência inaugural.

Para José António Lopes, diretor do Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal do Hospital de Santa Maria e presidente do congresso, o programa definido “é bastante diversificado, pelo que acreditamos que vai ser do agrado dos participantes. Foi considerado, em cada um dos momentos, o que de mais relevante vai sendo feito no dia-a-dia na prática nefrológica, mesmo em termos mundiais”.

O nefrologista diz não se atrever a falar em hot topics, “uma vez que todos os temas escolhidos são muito importantes, com facetas muito diferentes entre eles e todos muito apelativos. Começando pela conferência inaugural que, este ano, vai contar com a presença de alguém com reconhecido impacto social: Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto”.

A doença renal crónica e a diálise domiciliária vão também ser tema neste evento com um foco no empoderamento que deve ser dado ao doente para a realização de diálise a nível domiciliário, seja diálise peritoneal ou hemodiálise. Neste âmbito, “focaremos também o papel importante que o exercício físico tem atualmente na modelação quantitativa e qualitativa do doente renal crónico”, refere o presidente do congresso.

Uma área que está em investigação e que “curiosamente, nos últimos tempos, foram publicados alguns artigos bastante importantes e que são promissores” é a da transplantação renal. Nesta temática, vai realizar-se uma mesa redonda onde serão abordadas as estratégias que podem surgir para melhorar a atividade funcional renal e também que podem resolver a escassez de órgãos relativamente ao grande número de doentes que necessitam de transplante: a xenotransplantação.

A inteligência artificial, que tem uma aplicação cada vez mais extensa na Medicina, vai ser igualmente o mote para uma mesa-redonda, particularmente a sua aplicação na Nefrologia onde, de acordo com José António Lopes, “provavelmente será, num futuro não muito distante, uma forte arma que nos possibilitará um diagnóstico mais precoce e até uma terapêutica mais adequada e mais eficaz”.

A primeira mesa-redonda do segundo dia do congresso vai ser dedicada à imunonefrologia e aqui vão ser apresentados os dados referentes ao registo português das vasculites - uma parceria entre a Nefrologia e Reumatologia. “Contaremos também com a participação do Professor Alan Salama, uma referência no campo das vasculites, não só em termos de investigação, como no domínio da prática clínica”, acrescenta o especialista.

Também no segundo dia haverá espaço para o debate numa área que, para o presidente do congresso, está em “forte disseminação e implantação na Nefrologia: a genética. E aqui falaremos da importância da genética aplicada à Nefrologia e também de quais as áreas terapêuticas que nós podemos ter para o tratamento das doenças genéticas nefrológicas, com as limitações, vantagens que poderão existir”.

Com uma forte implementação no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, a nefro-obstetrícia vai estar igualmente em discussão, concretamente os aspetos conceptuais, teóricos e práticos da Nefrologia no campo da Obstetrícia e também a exposição de casos de diagnóstico desafiante neste domínio.

A única sessão realizada por vídeo conferência é a mesa redonda GlomCon – iniciativa internacional que visa promover a educação médica e a investigação colaborativa na área da Nefrologia e que foi implementada no nosso país pela nefrologista Joana Gameiro, que será uma das moderadoras. Contará também com a presença de dois palestrantes internacionais de renome e que vão abordar alguns aspetos e particularidades de algumas patologias glomerulares mais específicas.

Resultado da colaboração com a Medicina Geral e Familiar, vai decorrer, no último dia do Encontro Renal 2023, uma sessão dedicada à discussão da microalbuminúria no diagnóstico precoce da doença renal crónica e que se vai focar no que falta para um diagnóstico precoce e referenciação atempada desta doença pelos cuidados de saúde primários. Para José António Lopes “esta interação entre as duas especialidades é muito importante nos dias que correm sendo fundamental para o manejo do doente renal”.

“Nefrologia: que futuro?” é o tema da última mesa-redonda do evento e surge porque, de acordo com o presidente do congresso, esta especialidade tem sido menos apetecível para os jovens. Algo tem que mudar e são essas estratégias e mecanismos que serão abordados”. Esta sessão contará com a presença de Emilio Sánchez (Presidente da Sociedade Espanhola de Nefrologia), Roser Torra (Presidente da ERA – European Renal Association) e José Moura Neto (Presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia) e com a moderação de Edgar Almeida (Presidente da Sociedade Portugal de Nefrologia) e Joana Tavares (representante portuguesa da Young Nephrologists’ Platform).

Para mais informações sobre o programa aceda aqui.

Diz especialista
A perda da oportunidade de integrar verdadeiramente os serviços clínicos hospitalares e os cuidados de saúde primários e a...

A partir de 1 de janeiro de 2024, o país vai estar constituído por Unidades Locais de Saúde (ULS). Diogo Silva, médico especialista em Saúde Pública e consultor em inovação e liderança em saúde, defende que “a universalização do modelo ULS a todo o país foi repentina” e que “o sucesso depende da forma como este novo modelo é recebido, integrado e posto em prática pelas equipas de saúde”. O médico afirma que é fundamental envolver os profissionais de saúde nesta transição. 

As Unidades Locais de Saúde, um modelo de organização que integra os centros hospitalares, os hospitais e os agrupamentos de centros de saúde de uma área geográfica, vão ser a nova realidade do país no próximo ano. “A verdade é que já foram testadas várias modalidades de organização, com melhores ou piores resultados, sendo que, em muitos casos, ficou tudo na mesma, pois a gestão e motivação das pessoas é tão ou mais importante do que o modelo organizacional”, explica o cofundador da nobox, um projeto que pretende capacitar os profissionais de saúde sobre competências de liderança e inovação. 

Para o médico, este novo modelo fez surgir nos profissionais de saúde “muitas dúvidas e preocupações a que ninguém procurou ainda responder”. Entre os maiores receios, Diogo Silva alerta, por exemplo, para “o perigo de centralizar na gestão e nas lideranças o processo de fusão, sem uma devida coordenação entre os restantes níveis de organização das instituições, o que pode resultar na perda de oportunidades para uma abordagem integrada do paciente”. Além disso, “as vantagens organizacionais podem vir a concentrar-se exclusivamente em aspetos não clínicos, deixando de lado a inovação clínica, nomeadamente através de cuidados ao doente interprofissionais e colaborativos”. Outra das preocupações “é a possível diferença das condições contratuais entre profissionais, abrangendo tanto as novas, quanto as já existentes”. 

Para o consultor, o sucesso da transição está no envolvimento dos profissionais de saúde na mudança. Sem esta mobilização, os objetivos definidos para a integração dos cuidados não serão possíveis e ficarão, muito provavelmente, no papel. "É crítico mobilizar todos os profissionais para a adoção e implementação deste novo modelo, informando acerca da mudança pretendida e das suas razões, e identificando precocemente as suas preocupações e receios, pois só assim poderão os profissionais desenvolver projetos e iniciativas inovadoras que integrem os cuidados de saúde primários e hospitalares e que realmente centrem a atividade clínica no doente”, continua. Além disso, menciona ainda que “o envolvimento dos doentes neste processo é também central — eles fazem, na realidade, parte da equipa, são os protagonistas —, pelo que têm necessariamente de fazer parte deste processo”. 

Em relação à gestão das organizações e equipas, Diogo Silva menciona que, “para que a mudança cumpra os seus objetivos, devem-se inovar não só as metodologias relacionadas com a organização do trabalho, hierarquias e gestão de recursos humanos, mas também criar mecanismos internos que auxiliem a inovação clínica e a integração de cuidados no contexto deste novo modelo organizacional, ao mesmo tempo que se capacitam as pessoas com as competências e ferramentas exigidas por esta nova organização”.  

Além disso, reforça que “não vai ser possível cumprir o propósito das ULS mantendo os mesmos perfis e preferências de gestão que perpetuem os erros e vícios do passado, e isso é transversal a qualquer área das instituições de saúde. Quem trabalha no terreno identifica claramente esta questão como uma das mais prioritárias, muitas vezes geradora de insatisfação no trabalho”. 

Por último, o médico de Saúde Pública explica que “a grande transformação só acontece quando todas as equipas e profissionais aceitam e absorvem o novo paradigma no seu dia a dia”. Para isso, “é fundamental identificar as pequenas vitórias e boas práticas e promover a sua propagação pela instituição, otimizando os processos ao longo do tempo”. 

A partir de janeiro, o país vai contar com 39 Unidades Locais de Saúde. Cada ULS concentra a organização dos recursos humanos, financeiros e materiais, facilitando o acesso das pessoas e a sua circulação, em função das necessidades, entre os centros de saúde e os hospitais. As ULS vão reforçar também a aposta na promoção da saúde e na prevenção da doença, garante o Governo. 

Dia 26 de outubro
Pedro Nuno Costa, o atleta que em agosto último percorreu a costa portuguesa (1.054 quilómetros) para angariar fundos em prol...

Ex-remador profissional, licenciado em Educação Física e Desporto e MBA em Gestão Desportiva, Pedro Nuno Costa, que trabalha como consultor no departamento de marketing de um conhecido grupo vínico português, percorreu o litoral do País em 13 dias (etapas), desde a minhota Caminha até à algarvia Vila Real de Santo António, a uma média diária de 81 quilómetros, ou seja, quase duas maratonas por dia.

Ao longo do percurso, Pedro Nuno Costa fez paragens técnicas em Vila do Conde, Furadouro, S. Pedro de Moel, Peniche, Ericeira, Trafaria, Setúbal, Porto Côvo, Aljezur, Alvor e Quinta do Lago. A etapa mais curta ligou S. Pedro de Moel a Peniche, com um total de 67 quilómetros, e o trajeto mais longo aconteceu entre Setúbal e Porto Côvo, com mais de 95 quilómetros.

“O balanço da iniciativa é muito positivo. Tanto nas componentes pessoal como desportiva, mas sobretudo pela visibilidade conseguida, que permitiu reunir um valor que permite ajudar o dia a dia de uma instituição com uma missão muito especial”, sublinha o promotor da iniciativa.

 

‘Juntos somos #Maiores do que o AVC’
‘Juntos somos #Maiores do que o AVC’ é o mote da campanha que este ano assinala o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral ...

Ao longo da sua vida, uma em cada quatro pessoas terá um AVC, sendo as primeiras horas após o início dos sintomas essenciais, uma vez que os principais tratamentos têm maior eficácia durante este período. No entanto, os cuidados a ter devem começar muito antes, uma vez que 90% desses AVC poderiam ser evitados, através do foco em alguns fatores de risco, incluindo a pressão arterial elevada (hipertensão), os batimentos cardíacos irregulares (fibrilhação auricular), o tabagismo, a dieta e o exercício.

Para ajudar nesta missão, a iniciativa Fast Heroes 112, que disponibiliza gratuitamente materiais didáticos para educar a população, incentiva professores e famílias portuguesas a inscreverem-se através do site oficial da campanha (https://fastheroes.com/).

A iniciativa Fast Heroes 112 surge com o intuito de promover a literacia da população e educar a população, em especial as crianças entre os 5 e os 9 anos, em relação a esta emergência médica, na qual todos os minutos contam. Desta forma, as crianças desenvolvem competências e conhecimentos sobre o AVC que podem vir a salvar vidas. O seu entusiasmo pela aprendizagem assegura a partilha de informação com os familiares, em particular os mais envelhecidos, contribuindo para a educação de outras faixas etárias.

“A iniciativa FAST Heroes 112 é muito entusiasmante para as crianças, principalmente porque a aprendizagem é realizada através das personagens dos super-heróis. Este interesse traduz-se na partilha de conhecimentos com quem as rodeia e, consequentemente, em mais vidas salvas”, explica Jan Van der Merwe, responsável pela campanha FAST Heroes.

Este projeto, alavancado pelo apoio de profissionais de saúde das várias Unidades de AVC do país, disponibiliza recursos educativos interativos gratuitos durante a implementação do projeto nas escolas ou em casa. Através do site oficial, aqui, podem ainda encontrar-se vários jogos didáticos, que podem ser feitos em família.

Estas atividades são protagonizadas por quatro super-heróis. O Francisco (a Face), Fernando (a Força) e Fátima (a Fala) são três super-heróis reformados que lhes vão ensinar os três principais sintomas de AVC. Já Tomás (a Tempo), reforça a importância de agir de forma atempada. Tânia (A Professora) é uma personagem que apenas é apresentada aos alunos no segundo ano consecutivo de implementação e incentiva-os a ensinarem quem os rodeia, principalmente os avós.

Desenvolvida em parceria com o Departamento de Políticas Educativas e Sociais da Universidade da Macedónia, a iniciativa conta com o apoio da Organização Mundial de AVC, da Sociedade Portuguesa do AVC, da Direção-Geral da Educação, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Iniciativa Angels. Além do português, os materiais estão já adaptados para várias línguas. Para participar na campanha, basta ir ao website oficial, em www.fastheroes.com, e registar-se como professor para implementar a iniciativa nas aulas ou inscrever a sua criança. 

BIOMEET 2023
Oeiras recebeu mais uma edição do BIOMEET - Encontro Anual de Biotecnologia em Portugal, dirigido a profissionais,...

Durante os dois dias de evento, organizado pela P-BIO – Associação Portuguesa de Bioindústria, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, os participantes puderam assistir a diversas intervenções e painéis de discussão sobre vários temas ligados ao setor.  No evento, que esteve enquadrado na Semana Europeia da Biotecnologia, foram abordados temas como “Novos Medicamentos e Terapias Avançadas”, “Alimentação do Futuro”, “Portugal como um Hub para Biotecnologia Azul”, “A Biotecnologia como catalisador da Bioeconomia”, e “Clusters de Biotecnologia”.

José Maria Costa, Secretário de Estado do Mar, destacou a criação do Centro Internacional de Biotecnologia Azul, em Matosinhos, tendo também afirmado que “Portugal pretende tornar-se um país pioneiro da inovação e da investigação aplicada na biotecnologia azul à escala industrial, capitalizando o seu estudo da nação marítimo e o seu conjunto de mais valias naturais e geopolíticas”. 

Já Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, salientou que “70% da base tecnológica do país está instalada em Oeiras”, sendo que “1% do investimento do orçamento de Oeiras é nas áreas de ciência, investigação e tecnologia”. “O BIOMEET é um encontro diferenciador, que reúne cientistas, empreendedores, investigadores, investidores e empresas, com espaço para todos”, assinalou.

Simão Soares, Presidente da P-BIO, afirmou que esta edição foi a maior de sempre e sublinhou que o setor da biotecnologia “é altamente especializado e precisa de uma forte partilha de conhecimento, algo que a P-BIO procura fomentar”, reforçando que “o desenvolvimento do setor é um esforço que é essencialmente colaborativo”. 

Coimbra recebeu simpósio “Vamos falar sobre crianças”
O simpósio “Vamos falar sobre crianças” marcou o arranque em Portugal do projeto europeu Let’s Talk About Children (LTC)...

O Auditório do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra recebeu, no passado dia 13 de outubro, especialistas de diversas áreas para abordar temas como a “Saúde Mental das Famílias e a Justiça”, a “Saúde Mental das Famílias e a Educação” e a “Saúde Mental das Famílias e Vulnerabilidade Social”, num debate moderado pela jornalista da SIC Notícias Sara Tainha. 

Joaquim Cerejeira, coordenador do projeto LTC em Portugal, deu as boas-vindas a todos os participantes e destacou a importância da implementação deste projeto e a sua vertente científica com resultados comprovados.

Paulo Guerra, Juíz Desembargador, Tribunal da Relação de Coimbra, Rosário Farmhouse Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) e Maria João Simões, psicóloga, abordaram o tema “Saúde Mental das Famílias e a Justiça”. Seguiu-se a conferência de Tytti Solantaus, pedopsiquiatra, criadora do programa e metodologia LTC.

A “Saúde Mental das Famílias e a Educação” foi o segundo painel do dia que contou com as intervenções de Mariana Carvalho, Presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Ana Maria Moniz, Professora de Educação Especial e Vencedora do Global Teacher Prize Portugal 2023 e de Carolina Carvalho, Professora Associada, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa.

A análise do tema “Saúde mental das famílias e vulnerabilidade social” esteve a cargo de Tiago Pereira, da Ordem dos Psicólogos, Paula Duarte, Coordenadora do Polo de Coimbra, Instituto de Apoio à Criança e de Ana Cortez Vaz, Vereadora, Câmara Municipal de Coimbra.

Na sessão de encerramento Joaquim Cerejeira, afirmou que “os próximos tempos são de ação e amanhã mesmo começa o primeiro treino dos profissionais em Portugal, de várias zonas do país, e entre os quais estão professores, educadores, médicos, enfermeiros e psicólogos”.

Mais informações sobre o projeto LTC na Universidade de Coimbra, encontram-se disponíveis na página do projeto: https://letstalk.utu.fi/partners/universidade-de-coimbra-portugal/

 

Iniciativa promovida pela APAH
O Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, EPE, foi o grande vencedor da 10ª edição do Prémio Healthcare Excellence com o...

O projeto centrado no paciente e projetado para o mesmo, visa combater o risco de infeção inerente a múltiplas visitas necessárias ao hospital, associadas com o tratamento de doentes oncológicos, substituindo as mesmas por cuidados personalizados específicos ao domicílio. O OnConsigo beneficiou três aspetos de forma significativa: a eficiência de custos e redução do tempo de deslocação para os utentes, bem como tornar o tratamento mais cómodo para os doentes no conforto das suas próprias casas.

"Sermos reconhecidos pela APAH e pela AbbVvie é orgulho tremendo, mas acima de tudo é o reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido pela a equipa do Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães. O facto de termos trabalhado diariamente, lado a lado com os doentes, permitiu perceber o que poderia ser melhorado e desenhar uma solução focada nos interesses de quem vai realmente usar os serviços foi uma grande mais valia do projeto. Este prémio é um incentivo para continuarmos a nossa missão". O OnConsigo consegue um grande avanço de comodidade para os doentes.” Avançou Dra. Camila Coutinho, Diretora do Serviço de Oncologia, sobre o projeto.

“Esta edição do Prémio Healthcare Excellence é para nós muito especial, por assinalar o 10º aniversário da iniciativa. Dez anos depois, o prémio continua a enaltecer a extraordinária dedicação de administradores hospitalares e profissionais de saúde pela implementação de projetos como aqueles que foram hoje apresentados e que contribuem de forma inestimável para a melhoria dos cuidados de saúde em Portugal”, declara Xavier Barreto, presidente da APAH.

“Os projetos apresentados são exemplos brilhantes de como a inovação e a colaboração podem contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde. São exemplos de excelência e de boa gestão dos recursos disponíveis que contribuem de forma inequívoca para a sustentabilidade do SNS”, afirma Lucie Perrin, diretora-geral da AbbVie em Portugal. “Nestes 10 anos de Healthcare Excellence, iniciativa que muito nos orgulha, queremos também apelar a uma verdadeira reflexão sobre o futuro da Saúde e a necessidade de maiores investimentos na área”, acrescenta.

Foram ainda atribuídas duas menções honrosas para os projetos Luzia e InStep, da Unidade de Saúde Local do Alto do Minho e do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (Unidade de Neonatologia do Hospital São Francisco Xavier) respetivamente. Com o primeiro projeto a apresentar um projeto pioneiro onde implementaram o primeiro centro de Oftalmologia dentro de um Centro de Saúde no país que cobre todo o Alto do Minho, e o segundo a demonstrar como a utilização de data pode ajudar a estabelecer um modelo de previsão para ajudar a combater a sepsis em pacientes prematuros.

Entre os sete finalistas estavam ainda projetos do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa, EPE, Centro Hospitalar de Lisboa Central e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE.

Pulmonale lança campanha
Na Europa, como em Portugal, o cancro do pulmão é o cancro que mais mata. Os números são reveladores: em 2020, foram...

Quando comparado com outras neoplasias como o cancro da mama ou o cancro colorretal, o cancro do pulmão continua a apresentar uma taxa de sobrevivência muito baixa: a probabilidade de sobreviver, 5 anos após diagnóstico, é de apenas 15%.

A sobrevivência para estadios avançados do cancro do pulmão é muito inferior à prevista quando esta doença é detetada num estadio precoce (8 vezes inferior). Por isso o diagnóstico precoce continua a ser o método mais promissor na redução da mortalidade.

“Queremos caminhar para um novo paradigma do cancro do pulmão em Portugal” começa por referir Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale. “Transmitir à população que o rastreio populacional ainda não está implementado no nosso país e que, em conjunto, podemos unir esforços para que se torne uma realidade” continua.

Porquê implementar um rastreio do cancro do pulmão?

São vários os estudos que demonstram os benefícios do rastreio do cancro do pulmão: o aumento do diagnóstico precoce tem como consequência direta a redução da mortalidade. Iniciado em 2003, o estudo NELSON, o maior estudo a nível europeu, demonstrou claramente os benefícios e segurança do uso de exames de Tomografia Computorizada (“TAC”) de baixa-dose no rastreio de cancro do pulmão, tendo verificado uma redução de 24% do risco de morte pela patologia.

Baseada na robusta evidência científica, a Comissão Europeia atualizou em 2022 as suas recomendações de rastreios de doença oncológica, passando a recomendar o rastreio do cancro do pulmão com “TAC” torácica de baixa dose a fumadores ou ex-fumadores com uma elevada carga tabágica. De acordo com os critérios do estudo Nelson, o rastreio deveria ser proposto entre os 50 anos e os 75 anos.

“Eu quero o poder do rastreio! Eu quero mudar o rumo do cancro do pulmão!” é o mote da mais recente campanha de sensibilização da Pulmonale. Disponível a partir de dia 25 de outubro, e protagonizada pelo ator Diogo Faria e pela apresentadora Inês Carranca, a campanha antecipa o mês de sensibilização do Cancro do Pulmão, lembrando que a deteção precoce desta doença, através do rastreio, é a chave para que os doentes tenham mais tempo e mais qualidade de vida.

O objetivo é chegar aos decisores políticos, aos líderes de opinião, a profissionais de saúde e ao público em geral, através dos mais variados suportes, da TV ao digital.

Para os dias posteriores ao lançamento da campanha estão ainda previstos, no dia 28 de outubro, uma Sessão Pública sobre o Rastreio do Cancro do Pulmão e dois eventos de rua, a ocorrerem durante a primeira semana de novembro.

Assista ao vídeo aqui.

No Centro de Apoio a Doentes com Cancro da Mama e Fundação Champalimaud
Outubro é o mês Rosa e as ações de consciencialização para o Cancro da Mama, multiplicam-se um pouco por todo o mundo. A...

Ao longo destas sessões, make-up artists de marcas presentes na Portugal Duty Free, ensinam truques de cosmética e maquilhagem a mulheres em recuperação de tratamentos de quimioterapia e radioterapia, que contribuem para melhorar a sua imagem e, consequentemente, a sua autoestima.

“Sendo a cosmética umas das áreas core do nosso negócio faz todo o sentido para nós levar o conhecimento e expertise que temos nesta área para fora das nossas portas, e apoiar quem mais precisa. Os sorrisos que vemos nascer hoje nos rostos destas mulheres é gratificante e revelador do impacto positivo que a Portugal Duty Free quer ter na vida das pessoas”, afirma Cláudia Carvalho, Diretora de Marketing.

Para a professora Maria João Cardoso, presidente da Associação Mama Help, “A maquilhagem é um pequeno gesto que pode ajudar a enfrentar um cancro da mama. Um lembrete da força e da beleza que irradia mesmo nos momentos mais difíceis”.

Cerca de 80 mulheres serão impactadas por esta ação. Para além da formação, as participantes recebem ainda uma pequena lembrança, com produtos de beleza e cosmética.

A Portugal Duty Free é uma empresa especializada na exploração e gestão de lojas nos aeroportos nacionais, cuja missão é fazer das compras no aeroporto a parte mais esperada de cada viagem, através de experiências únicas, num ambiente internacional e personalizado. Atualmente está presente, com mais de 30 lojas, multimarca e fashion, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Madeira, Ponta Delgada (Açores), Santa Maria (Açores) e Horta (Açores).

Saúde oral
A iniciativa que arrancou em 2020, terminou e chegou a quase todas as pessoas em situação de sem-abrigo. Existem 647 pessoas em...

Através destes cuidados, foi possível a prevenção de doenças orais de pessoas em situação de sem-abrigo recorrendo a rastreios na rua e instituições parceiras, apostando na sensibilização para os fatores de risco associados às doenças da cavidade oral. “Infelizmente para este público-alvo, a saúde oral não é entendida como uma prioridade, existindo apenas uma intervenção em casos de dor extrema que, por vezes, é tratada em meio hospitalar”, informou Mariana Dolores, Presidente da Mundo A Sorrir.

Alexandrina Neves de 58 anos, ex-sem-abrigo, conseguiu dar um novo rumo à sua vida. Atualmente, olha para o futuro com vontade de vencer na vida. Tem casa, trabalho e encontrou na Mundo a Sorrir a oportunidade de melhorar o seu estado de saúde oral e de voltar a sorrir sem ter vergonha. “Hoje sinto-me outra pessoa, agora sorrio para toda a gente” refere Alexandrina.

“Este projeto apoia a população em situação de exclusão, ao nível de ações de capacitação, rastreios orais e próteses dentárias, que se tem revelado fundamental para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e em muito em contribuído para a sua inserção e dignificação. E para transformar vidas”, declarou Fernando Paulo, Vereador da Educação e da Coesão Social da Câmara do Porto e Coordenador do NPISA Porto.

O "Prevenir, Capacitar e Incluir - Porto" foi cofinanciado pelo PO ISE, Portugal 2020 e o Fundo Social Europeu da União Europeia, no âmbito da Tipologia de Operação "Programa de Parcerias para o Impacto" (T.0 3.33) do organismo intermédio Portugal Inovação Social, e teve como investidor social a Câmara Municipal do Porto.

Reunião científica decorre nos dias 27 e 28 de outubro
A MSD Portugal volta a promover o HPV Clinical Cases. A 5.ª edição da iniciativa, cujo mote é “(Des)Construir o HPV”, vai...

O congresso virtual pretende divulgar o amplo espetro de doenças associadas à infeção pelo HPV e impulsionar novos conhecimentos teóricos e práticos junto da comunidade médica, proporcionado a consulta de todos os Casos Clínicos submetidos nesta 5.ª edição.

Com a moderação da jornalista Carla Jorge de Carvalho, o HPV Clinical Cases inicia os dois dias com a apresentação e discussão multidisciplinar dos casos clínicos que melhor corresponderam aos critérios de pertinência, originalidade, rigor científico, raciocínio clínico e impacto no conhecimento da comunidade médica e nos cuidados a prestar ao doente, identificados pelo Comité Científico.

A ginecologista e obstetra Dr.ª Amália Pacheco, o urologista Dr. Bruno Jorge Pereira, a dermatologista e venereologista Dr.ª Cândida Fernandes, a infeciologista Dr.ª Cátia Caldas, o otorrinolaringologista Dr. Pedro Montalvão, a gastrenterologista Dr.ª Sandra Pires e a ginecologista e obstetra Dr.ª Teresa Fraga são os especialistas que compõem o Comité Científico na edição deste ano.

No primeiro dia, o Congresso HPV Clinical Cases conta ainda com as conferências “HPV: O impacto da nova Era molecular na Prática Clínica”, moderado pela Dr.ª Daniela Cochicho, e “HPV: O impacto da nova Era molecular na Prática Clínica”, que conta com a intervenção da Dr.ª Cátia Caldas.

O segundo dia do HPV Clinical Cases é preenchido por uma conferência, que vai reunir todos os membros do Comité Científico, cujo mote será “Hot Topics: Abordagem multidisciplinar da infeção por HPV”.

A reunião científica termina com a entrega da menção honrosa ao Caso Clínico mais relevante e todos os participantes receberão um certificado de participação.

A 5.ª edição do Congresso HPV Clinical Cases conta com o patrocínio científico de várias sociedades médicas, nomeadamente: Associação Portuguesa de Urologia (APU),  Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), Grupo de Estudos do Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (SPORL), Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG), Sociedade Portuguesa da Contraceção (SPC), Sociedade Portuguesa de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodução (SPA), Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) e Sociedade Portuguesa de Coloproctologia.

 

 

Entrevista | Dra. Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale
O cancro do Pulmão é o cancro que mais mata em Portugal e na Europa.

Os últimos dados divulgados, mostram que em 2020 foram diagnosticados perto de 5500 novos casos de cancro do pulmão, em Portugal, e que as mortes pela doença ficaram perto deste número: mais de 4700. Ainda que se repitam, todos os anos, iniciativas que pretendem sensibilizar para a temática, esta continua a ser uma das neoplasias que mais mata no nosso país. Na sua opinião, o que falha, o que tem de mudar para que seja possível alterar este panorama?

Em primeiro lugar há que apostar na prevenção primária, nomeadamente na sensibilização para o tabagismo, sendo que mais de 80 % dos diagnósticos ocorrem em fumadores.

Deverá ainda disponibilizar-se e incentivar-se o acesso à cessação tabágica para os fumadores.

Há ainda uma outra questão primordial e que consiste na implementação do rastreio de base populacional, a exemplo do que já ocorre com outras patologias oncológicas.

Aliás, em 2022, a Comissão Europeia inclui o rastreio do cancro do pulmão nas orientações sobre rastreios a disponibilizar pelos estados membros

Por que motivo este é um dos tipos de cancro que mais mata? Se existisse um programa de rastreio implementado em Portugal, as perspetivas destes doentes poderiam ser diferentes?

O cancro do pulmão continua a ser a doença oncológica com maior mortalidade associada em grande medida decorrente de a maioria dos diagnósticos ocorrer em estádio avançado da doença, prejudicando o seu prognóstico

O diagnóstico precoce faz a diferença sendo que importa não desvalorizar eventuais sintomas.

No entanto, os sintomas são numa fase inicial, muitas vezes leves, inexistentes e /ou transversais a outras doenças.

Desse modo a implementação de um rastreio do cancro do pulmão de base populacional assume particular relevância para permitir, junto da população identificada como maior risco, possibilitar o diagnóstico em estádios iniciais possibilitar reduzir a taxa de mortalidade desta patologia.

Em que consiste este rastreio e a quem o poderia fazer?

O rastreio do cancro do pulmão consiste numa TAC de baixa dose, a realizar à população de maior risco.

De acordo com o maior estudo Europeu realizado, Estudo Nelson, o rastreio deve ser efetuado em fumadores e ex-fumadores até há 15 anos, com uma carga tabágica elevada (30 UMA) numa faixa da população entre os 50-75 anos

Os métodos de diagnóstico do cancro do pulmão consistem na mesma técnica? Como é diagnosticada esta neoplasia?

Para rastreio do cancro do pulmão o método utilizado é a TAC de baixa dose.

No caso de existir um achado no rastreio sugestivo de cancro do pulmão será necessário efetuar exames adicionais de acordo com a indicação da equipa médica.

Sabendo que o cancro do pulmão pode apresentar sintomas apenas numa fase mais avançada da doença, a que sinais devemos estar atentos? Tendo em conta as manifestações clínicas, com que outras patologias se pode assemelhar?

Numa fase inicial, os sintomas mais frequentes são: tosse persistente, expetoração com sangue, dor no peito, falta de ar, infeções respiratórias recorrentes, rouquidão, perda de peso, cansaço.

Alguns destes sintomas são inespecíficos e outros muitas vezes correspondem a um agravar de sintomas preexistentes, nomeadamente em fumadores.

Como se trata esta doença oncológica e quais os principais desafios nesta área?

O tratamento do cancro do pulmão tem sofrido avanços muito consideráveis ao longo dos últimos anos, existindo novas abordagens da doença e ate uma mudança de paradigma quando se fala em imunoterapia.

Cada vez mais cada caso é abordado de uma forma personalizada, sabendo-se que não há dois cancros iguais.

A inovação tem - se traduzido em mais e melhor qualidade de vida para estes doentes.

Não obstante, o doente com cancro do pulmão continua a apresentar um perfil muito marcado pela existência de um estigma do cancro do pulmão e pelo facto de a população em geral associar o diagnóstico de cancro do pulmão a um prognóstico muito reservado.

Qual o prognóstico desta doença?

Quando comparada com outras neoplasias, nomeadamente: cancro da mamã ou cancro colorretal, o cancro do pulmão apresenta uma taxa de sobrevivência baixa, de ordem dos 15% aos cinco anos após o diagnóstico.

Porém há uma variação relevante da taxa de sobrevivência consoante os estádios da doença aquando do diagnóstico, sendo muito superior em fases inicias da doença.

Daí a importância do diagnóstico precoce, numa patologia em que o tempo pode fazer a diferença.

No âmbito da campanha #AgirAntesdeSentir que mensagem gostaria de partilhar?

A nossa campanha deste ano visa a sensibilização de todos para a importância de se implementar o rastreio do cancro do pulmão.

Gostaria muito que houvesse uma convergência de esforços para que se concretize, acreditando que, implementado de forma adequada, contribuirá para alterar o panorama atual do cancro do pulmão.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
26 de outubro
Focada em contribuir para a discussão e ações que promovam a descarbonização dos sistemas de saúde, a AstraZeneca Portugal...

Neste evento, serão ainda conhecidos os finalistas da iniciativa Net Zero Health Systems - Accelerating the Decarbonization of Patient Care, um programa de aceleração de Startups, que a AstraZeneca lançou em parceria com a Startup Lisboa e a Unicorn Factory Lisboa, focado no desenvolvimento de soluções tecnológicas, que contribuam para a descarbonização do setor da saúde em Portugal.

Esta é mais uma iniciativa que a AstraZeneca, companhia biofarmacêutica global, orientada para a ciência e com foco no doente, promove no âmbito do trabalho que tem vindo a desenvolver na área da sustentabilidade, presente em tudo o que faz, e que se materializa em torno de três pilares: acesso aos cuidados de saúde; proteção ambiental e ética e transparência.

 

 

CUF abre Hospital de Dia Oncológico no Oeste
A complexidade e a diferenciação dos cuidados de saúde prestados pelo Hospital CUF Torres Vedras acabam de ser reforçadas,...

No Hospital de Dia do Hospital CUF Torres Vedras, os doentes oncológicos da região Oeste podem realizar tratamentos diários de curta duração, sem deslocações longas e em conforto, sempre acompanhados por uma equipa especializada. Dela fazem parte especialistas em Oncologia Médica, Hematologia e Enfermeiros especializados, aos quais se junta uma gestora oncológica, para apoiar os doentes nas questões processuais e administrativas. 

Trabalhando em estreita colaboração com as restantes especialidades do Hospital CUF Torres Vedras, o intuito deste novo serviço é garantir cuidados de saúde multidisciplinares, diferenciados e personalizados a cada doente oncológico, de acordo com a sua situação clínica.

Isabel Fernandes, oncologista no Hospital CUF Torres Vedras, destaca que “um dos principais benefícios da criação deste serviço é que os doentes deixam de ter de fazer grandes deslocações, para serem submetidos a tratamentos de curta duração. Passam a poder fazê-los perto de casa, o que, sobretudo para os doentes oncológicos mais debilitados, reduz o cansaço associado a viagens e faz muita diferença”.

O Hospital de Dia do Hospital CUF Torres Vedras está pensado para dar resposta a doentes oncológicos e hemato-oncológicos, com indicação para ciclos de tratamento de curta duração. O espaço está equipado com 4 cadeirões e um quarto individual, onde é possível administrar tratamentos, entre os quais quimioterapia, terapias alvo e imunoterapia. É, também, possível realizar exames de diagnóstico especializados, como o mielograma - para avaliação da medula óssea, biópsia óssea, punção lombar, paracentese e toracocentese - para drenagem de fluidos a nível abdominal e pulmonar, respetivamente.

 

 

Estudo da Fundação IVI
A industrialização trouxe muitos benefícios, mas também contribuiu para a nossa exposição a uma série de fatores ambientais que...

Um dos estudos apresentados recentemente no 39.º Congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), que decorreu na Dinamarca, estabeleceu uma ligação entre a fertilidade e as concentrações de oligoelementos não essenciais no organismo, incluindo metais pesados como chumbo, mercúrio e arsénio, estrôncio, estanho, césio e rubídio. 

Os resultados mostraram que uma maior concentração de oligoelementos não essenciais, como mercúrio no sangue (além do estrôncio, estanho, césio e rubídio na urina), e que podem estar presentes em pequeníssimas quantidades na dieta diária, foi significativamente associada com uma menor resposta dos ovários e a piores resultados embrionários no tratamento da fertilização in vitro (FIV). Além disso, as concentrações mais elevadas de arsénio na urina, obtidas no dia da transferência embrionária, resultaram marcadamente em piores desfechos clínicos do tratamento de FIV. 

"Teremos de aprofundar mais os estudos para determinar a origem, mas podemos intuir que estes elementos estão associados a componentes da nossa dieta, como mercúrio em peixes, consumo excessivo de arroz, que pode levar ao aparecimento de arsénio, ou à possível presença de estrôncio em cereais, vegetais folhosos e laticínios. E a tudo isto, será necessário acrescentar a nossa exposição a estes vestígios não essenciais a nível ambiental", explica o Dr. Francisco Domínguez, investigador da Fundação IVI e coordenador do estudo. 

 Segundo o investigador, a presença destes elementos foi analisada no líquido folicular, plasma e urina, obtidos no dia da punção ovárica, bem como na urina obtida no dia da transferência embrionária. Foram estudados os casos de 51 mulheres nas clínicas IVI de Espanha, com uma média de idade de 39 anos, das quais metade não era fumadora. Todas foram submetidas a tratamento de FIV com transferência de um único blastocisto euploide, ou seja, um embrião com número correto de cromossomas. 

Francisco Domínguez sublinha que os resultados são preliminares e serão confirmados num grupo maior de participantes. "Nem todas as pessoas reagem da mesma forma à exposição a estes elementos e também é necessário correlacionar outras variáveis associadas a fatores ambientais e de estilo de vida", conclui. 

Opinião
Muitas vezes, a saúde mental infantil pode ser mal compreendida, subestimada e, até mesmo, negligenc

A saúde mental infantil é essencial para o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes. Uma boa saúde mental é vital para o sucesso escolar, a criação de relacionamentos saudáveis e a construção da autoestima, influenciando, assim, a forma como crianças e adolescentes lidam com as emoções, enfrentam desafios e interagem com o mundo ao seu redor.

Muitos dos jovens com os quais trabalhamos diariamente são jovens emocionalmente fragilizados (cada um com a sua problemática e especificidade) que demonstram dificuldades nas seguintes competências: expressão emocional – não são capazes de identificar e/ou expressar as suas emoções de forma adequada; relações sociais – apresentam maior probabilidade de não terem relações positivas com o seu grupo de pares e com os adultos; resiliência – demonstram pouca ou nenhuma capacidade de superar autonomamente desafios e adversidades; foco e desempenho escolar – podem ter um desempenho escolar inconsistente e enfrentar os desafios académicos com pouca confiança; autoestima – têm uma imagem negativa/distorcida de si mesmos.

Neste sentido, é essencial estar atento às necessidades emocionais das crianças e jovens e oferecer o apoio necessário.

Como equipa multidisciplinar que somos, colocamos em prática algumas estratégias que podem ajudar no apoio à saúde mental dos nossos jovens, tais como: criação de um ambiente onde os jovens se sintam à vontade para falar sobre os seus sentimentos e preocupações; estabelecimento de rotinas previsíveis e de limites claros; promoção de atividade física e alimentação saudável; atenção a sinais de alerta, ou seja, perceber, de antemão, mudanças comportamentais, sinais de ansiedade, depressão ou outros problemas emocionais; consultas individuais de psicologia, de psicomotricidade ou com o terapeuta de referência.

Assim, tentamos criar um ambiente promotor do bem-estar emocional e psicológico dos nossos jovens. Estar presente, ouvir e oferecer apoio são passos valiosos para garantir que os nossos jovens adquiram competências emocionais e que sejam capazes de enfrentar os desafios da vida com confiança e firmeza.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Minissérie sensibiliza para a Osteoporose
A plataforma Ossos Fortes assinalou o Dia Mundial da Osteoporose, através de uma ação conjunta entre associações de doentes e...

Com a participação de Andréa Marques e Georgina Pimentel, enfermeiras no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e representantes da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSREUMA), associação parceira da iniciativa, esta minissérie retrata diferentes e interessantes perspetivas de quem já sofreu ou pode vir a sofrer de osteoporose e de quem a trata.

O primeiro episódio sugere adaptações a fazer na casa tradicional portuguesa, ao destacar os principais obstáculos que se revelam potenciais facilitadores de queda e subsequente fratura osteoporótica e que para a maioria das pessoas são inofensivos. O segundo episódio mostra importantes adaptações a assegurar nas ruas portuguesas para uma melhor acessibilidade pelas pessoas que maior fator de risco osteoporótico têm. Numa ótica de prevenção e garantia da segurança dos transeuntes, as entidades públicas, como as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia do país, poderiam implementar estas pequenas adaptações. O terceiro episódio, que conta com a presença de uma testemunha que já sofreu uma fratura do antebraço, ao escorrer num degrau com piso molhado, apresenta um apartamento ajustado às necessidades do doente para prevenir novas ocorrências ou reincidências. Esta minissérie encerra com um episódio dedicado à apresentação dos apoios sociais a que os cuidadores informais de doentes com osteoporose podem ter acesso assim os requeiram.

Perante um país cada vez mais envelhecido, onde se estima que meio milhão de portugueses são afetados pela osteoporose e se contabilizam 50 mil fraturas osteoporóticas por ano em Portugal, alertar e sensibilizar não só para os cuidados a ter como para a prevenção é fundamental, nomeadamente junto da população do sexo feminino com mais de 50 anos e após a menopausa, mais vulnerável a sofrer uma fratura osteoporótica.

A plataforma Ossosfortes.pt, é o website onde se encontra disponível a minissérie “Anti-Quebras”, iniciativa da Associação Portuguesa de Profissionais de saúde em reumatologia (APPSREUMA), com a colaboração de parceiros como a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), da Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) e da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM), e com o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

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