Encontro organizado pela Fundação Rui Osório de Castro (FROC)
Ao longo dos últimos 10 anos, muita coisa mudou na área da Oncologia Pediátrica em Portugal. A evolução acompanhou, segundo...

Este encontro decorre numa altura em que a FROC celebra os seus 15 anos e tem como objetivo, segundo Mariana Mena, Diretora-Geral da FROC, “oferecer informação séria e credível sobre o cancro pediátrico às famílias de crianças e adolescentes. Num ambiente informal e fora dos corredores dos hospitais, famílias, sobreviventes, voluntários e profissionais de saúde reúnem-se anualmente para partilharem conquistas e desafios, num encontro único em Portugal. Este ano, desafiámos ainda os quatro diretores de serviço dos centros de referência nacional a fazerem um balanço dos últimos 10 anos e identificarem os desafios para os próximos”. 

Apesar da evolução que a passagem de uma década confirmou, há coisas que permanecem iguais, como a necessidade de tratar da melhor forma possível as cerca de 400 crianças e jovens que, todos os anos, são diagnosticadas com cancro em Portugal, sendo a doença com maior impacto nestes números a leucemia linfoblástica aguda. 

São necessárias mudanças a outros níveis, como o da investigação. “A investigação académica em oncologia pediátrica é essencial, é o motor da evolução, mas estamos ainda bastante aquém do desejável por falta de recursos humanos e financeiros”, alerta Ana Lacerda. Por isso, acrescenta Manuel Brito, “a abertura de ensaios clínicos nos centros portugueses ainda não ocorrer de forma generalizada, por dificuldades de apoio na instituição”.

Falta ainda, salienta Ana Lacerda, “mais apoio psicossocial e melhor coordenação e integração de cuidados”. Manuel Brito concorda que “os apoios são notoriamente insuficientes, dada a quebra de rendimento quando um dos progenitores fica de baixa por assistência aos filhos”, chamando a atenção para a importância das famílias, consideradas “essenciais. Sem o apoio da família seria impensável conseguirmos levar a cabo a nossa tarefa”.

Dividido em três painéis temáticos (Nutrição, Fertilidade e Cuidadores) e moderado por Fernanda Freitas, o Seminário de Oncologia Pediátrica FROC celebra em 2024 uma década de vida, o que é, segundo Mariana Mena, “a confirmação de que o nosso trabalho tem tido impacto junto da comunidade”.

Este ano, à semelhança do que tem acontecido desde a pandemia COVID-19, o seminário será gravado para ser disponibilizado mais tarde no portal de informação da FROC (www.pipop.pt), “o que permite chegar aqueles que não têm possibilidade de estar connosco presencialmente. Queremos que este seja um momento de encontro e por isso a presença de toda a comunidade é fundamental. O feedback que temos tido tem sido muito positivo e tem-nos motivado a fazer cada vez mais e melhor pela oncologia pediátrica no nosso país”.

 
Programa de formação
A CUF, através da CUF Academic Center, integra o INTERACT-EUROPE 100, um consórcio liderado pela European Cancer Organisation,...

Enquanto única entidade portuguesa integrada neste consórcio, a CUF irá fazer parte de uma rede de profissionais empenhada na construção de um programa europeu de formação multidisciplinar na área do Cancro, promovendo uma abordagem centrada no doente e orientada para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde. 

As atividades dirigem-se a especialistas de Oncologia Médica, Cirurgia Geral, Radioterapia, Enfermagem Oncológica e outras áreas dedicadas ao tratamento do cancro, no desenvolvimento de um programa de formação que torna central a estreita colaboração entre equipas clínicas de diferentes especialidades, a fim de melhorar o acompanhamento e tratamento das pessoas com cancro. Este programa promove, igualmente, o trabalho em equipa através do conhecimento profundo das funções de cada um dos profissionais, assim como dos objetivos comuns, permitindo-lhes adquirir valiosas aprendizagens a aplicar nos cuidados diários ao doente oncológico, considerando as suas reais necessidades.

 
Dia Mundial do Doente assinalou-se a 11 de fevereiro
A demência, alteração de múltiplos domínios cognitivos incluindo da memória, com prejuízo da autonom

A doença de Alzheimer, principal causa de demência, cursa com perda da memória (sobretudo a recente), desorientação no tempo e no espaço, dificuldade no reconhecimento de pessoas e alteração da linguagem. Trata-se de uma doença degenerativa, progressiva e até ao momento incurável.

Para o diagnóstico destas patologias é fundamental a história clínica relatada e/ou confirmada pelo acompanhante e implica exclusão de causas tratáveis. Socorremo-nos para este efeito, e também para melhor caracterização da síndrome demencial de alguns exames complementares de diagnóstico como análises, TAC ou ressonância, estudo neuropsicológico, eletroencefalograma e em alguns casos punção lombar e PET.

A demência afeta todo o agregado familiar, sobretudo o cuidador principal. A procura de ajuda médica, a aceitação do diagnóstico e sua compreensão são fundamentais para ajustar expectativas e definir planos a curto e longo prazo. Não é invulgar o cuidador precisar de alterar os seus hábitos de trabalho, hobbies e até residência de modo a poder prestar apoio. Numa fase inicial, o cuidador vê-se obrigado a não permitir que o doente, sobretudo para sua segurança, continue a executar determinadas tarefas (condução de veículos, cozinhar, gerir a toma dos medicamentos, controlar as contas bancárias), o que nem sempre é bem aceite.

Em estadios intermédios, as dificuldades modificam-se e o cuidador depara-se com necessidades como higiene, vestir, continência de esfíncteres, preparação das refeições e orientação no tempo e no espaço. É maioritariamente nesta fase que surgem os problemas relativos ao controlo do comportamento e à insónia. O profissional de saúde tem um papel fulcral quer no ajuste farmacológico, quer na transmissão de estratégias que permitam minimizar os períodos de confusão e agitação – manter um ambiente tranquilo, com hábitos/horários bem definidos, luminosidade adequada e uma atitude compreensiva. Nas fases finais da doença, somam-se problemas de mobilidade e dificuldade em deglutir os líquidos e os alimentos.

A exaustão do cuidador deve ser diagnosticada, aceite e abordada precocemente.

Dado o conhecido envelhecimento da população, a alta prevalência desta doença representa um elevado peso social, económico e emocional. Devemos por isso estar cientes de algumas estratégias que podem ajudar na prevenção da deterioração cognitiva em todas as idades: exercício físico aeróbico de intensidade moderada; controlo de fatores de risco para doença vascular como a hipertensão, colesterol, diabetes e excesso de peso; evitar o tabagismo; dieta saudável; sono eficaz; tratar a síndrome de apneia obstrutiva do sono; evitar o stress e a sintomatologia depressiva; corrigir a visão e audição; socializar e manter-se cognitivamente ativo.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
29 de fevereiro, 1 e 2 de março
O Serviço de Reumatologia da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) vai realizar nos dias 29 de Fevereiro, 1 e 2 de...

“A apresentação e discussão interativa de casos clínicos, o foco na aplicação clínica de evidência científica e a partilha de experiência entre colegas de diversas especialidades tornam este curso numa mais-valia reconhecida por todos”, frisa o especialista acrescentando que “a avaliação de conhecimentos, com menção no diploma, se desejado, é muito valorizada pelos que frequentam o curso”.

Os dias 29 de Fevereiro e 1 de Março estão reservados para o curso online, sendo o dia 2 de Março dedicado ao workshop presencial de exame objetivo reumatológico (que implica inscrições em separado). Quem participar no curso online e no workshop presencial terá direito a um certificado de formação com duração de 30 horas. Os Internos de Medicina Geral e Familiar têm direito a 50% de desconto na inscrição no curso online. Para os internos de Reumatologia a inscrição é gratuita.

No dia 1 de Março terá lugar a Sessão de Enfermagem, a decorrer em paralelo com o restante curso online. Nesta sessão serão abordados diversos aspetos dos cuidados de Enfermagem aos doentes reumáticos.

Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, destaca que “este curso existe desde o final da década de 70 e tem contribuído de forma indelével para a formação e a melhoria contínua dos cuidados de saúde prestados na área da Reumatologia em Portugal”. O responsável recorda que “nos últimos anos o curso tem vindo a acompanhar as necessidades formativas dos Médicos de Família, uma vez que é aos Cuidados de Saúde Primários (CSP) que, por norma, os doentes com queixas do foro reumatológico se dirigem”.

“Na ULS Coimbra entendemos e valorizamos a importância dos CSP e este evento formativo, desenhado com a colaboração de Médicos de Família, em que cada mesa é co-dirigida por um Médico de Família, é mais um sinal disso”, destaca Alexandre Lourenço, deixando um apelo aos especialistas em Medicina Geral e Familiar para que “participem neste curso”.

O Curso de Reumatologia – Ciência na Prática, realizado anualmente pela ARCo - Associação de Reumatologia de Coimbra, pelo Serviço de Reumatologia do CHUC e pela CURE é a mais antiga realização científica regular dedicada à Reumatologia em Portugal, tendo tido início em 1979. Ao longo dos últimos anos, passaram por este curso os maiores nomes da Reumatologia nacional e internacional, dando um forte contributo à formação e atualização de gerações de Reumatologistas, Médicos de Família e outros especialistas envolvidos na prestação de cuidados a doentes reumáticos.

 
Dia 28 de fevereiro
O Serviço de Pediatria da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira e o Departamento de Desporto da Universidade da Beira...

Esta iniciativa destina-se a alunos e profissionais de saúde e de desporto e outros interessados. Para além da habitual certificação de presença no evento, esta iniciativa está creditada pelo IPDJ, enquanto formação para técnicos de desporto, exercício e saúde.

Recorde-se que o Projeto Pró-Lúdico, iniciativa destinada a incentivar o exercício físico e os bons hábitos alimentares nas crianças e jovens da Cova da Beira resultou de uma parceria entre o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (agora designado ULSCBEIRA) e a Universidade da Beira Interior, a qual se estendeu a várias instituições cooperantes da região, nomeadamente às autarquias da Covilhã, Fundão e Belmonte, ao Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira e aos Agrupamentos Escolares da região, alcançando desta forma, cerca de 1000 jovens de escolas da Cova da Beira.

Entre as atividades desenvolvidas para colocar o problema da obesidade na ordem do dia registaram-se ações de incentivo à realização de exercício físico e criação de bons hábitos alimentares, ao mesmo tempo que foi feito o levantamento do estado físico dos mais novos.

Os interessados devem efetuar inscrição em chcbeira.up.events.

 
Nutrição e suplementação
A manutenção de um cabelo saudável e cheio de vitalidade tornou-se uma prioridade para quem procura

As vitaminas são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. No entanto, é importante ter em consideração que o nosso corpo, em geral, não tem a capacidade de as produzir por si próprio. Além disso, "a falta de vitaminas pode ser prejudicial à saúde do cabelo, causando desidratação, perda de brilho e, consequentemente, a sua queda", afirma Carlos Portinha. Assim sendo, descobrir como incorporar as vitaminas através da alimentação e, em alguns casos, de suplementos, pode fazer a diferença no bem-estar e na vitalidade do nosso cabelo. O diretor clínico do Grupo Insparya destaca quais as vitaminas que não podem faltar no dia a dia:

  • Vitamina A: previne o envelhecimento do cabelo e mantém-no hidratado, regulando a produção de sebo. Segundo Carlos Portinha "é um ótimo antioxidante, fundamental para o sistema imunitário, promove o crescimento do cabelo e ajuda a prevenir a sua queda. A vitamina A está presente em vegetais como a alface, a cenoura e os brócolos. Também pode ser encontrada em alimentos como leite, ovos e peixes gordurosos".
  • Vitamina B: em geral, as vitaminas do complexo B têm influência na melhoria da saúde dos cabelos. "Dentro desse grupo, destaca-se a biotina (B7), essencial para a síntese de queratina e encontrada em alimentos como nozes e atum", esclarece o especialista. Outras vitaminas relevantes são a niacina (B3), encontrada nos ovos e na beterraba, que melhora a circulação sanguínea e contribui para o crescimento do cabelo.  Há ainda que não esquecer as vitaminas B2 e a B9 como "essenciais para a regeneração do cabelo". Para estimular o crescimento do cabelo, retardar o aparecimento de cabelos brancos e regular a oleosidade e a caspa, a B5 é a vitamina estrela: "é fácil introduzi-la na sua alimentação porque se encontra em alimentos como a aveia, o abacate, os lacticínios e a manteiga de amendoim, pelo que pode começar o dia com um pequeno-almoço rico em B5".
  • Vitamina C: Essencial para a correta absorção do ferro, a vitamina C, constitui, também, um importante antioxidante e produtor de colagénio. Alguns dos alimentos que a potenciam no nosso organismo são os citrinos, como a laranja, a toranja, o limão ou a tangerina, os morangos ou os kiwis.
  • Vitamina D: uma das mais conhecidas devido à sua relação com a exposição solar. Presente em peixes como a sardinha ou a truta, a vitamina D possui um importante papel na saúde capilar, pois "não só é relevante pela sua relação com o sistema imunitário ou com os nossos músculos e ossos, como também favorece a circulação e a estimulação das unidades foliculares, o que acaba por conduzir a um cabelo mais forte e saudável".
  • Vitamina E: constitui um importante elemento para aumentar o crescimento do cabelo e acabar com os cabelos secos. "Estimula a produção de sebo, atua como um condicionador natural e promove a circulação sanguínea. Neste caso, é recomendável o consumo de frutos secos, sementes ou óleos vegetais".

Para além da alimentação

A alimentação é um dos melhores aliados para introduzir estas vitaminas essenciais e conseguir a melhor versão do cabelo a partir do interior. No entanto, também é necessário cuidar do cabelo com produtos adequados que contenham estas vitaminas ou com tratamentos específicos como a mesoterapia capilar.

O MesoHAir+ da Insparya é um tratamento indolor que contém até 50 ingredientes ativos na sua formulação, incluindo vitaminas como a biotina, que estimula o crescimento do cabelo, proteínas e minerais, fatores de crescimento e anti-oxidantes. Inclui também ácido hialurónico ou aminoácidos de queratina, para um cabelo mais brilhante e mais resistente.

Em suma, a saúde do cabelo é afetada por uma multiplicidade de fatores, mas a alimentação é um dos principais aspetos para ter um cabelo forte e saudável. Embora a alimentação seja uma fonte fundamental de vitaminas para o cabelo, os suplementos também podem ser tomados com o aconselhamento de um especialista. Seja qual for a preocupação ou questão relacionada com o cabelo e a saúde, a melhor opção é procurar sempre profissionais que possam aconselhar e tratar cada caso individual.

 
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Grupo investe mais de 10 milhões de euros e reforça cuidados de saúde no Algarve
O Hospital Lusíadas Vilamoura abre hoje as suas portas ao público, reforçando a oferta de cuidados de saúde a sul do País.

Esta unidade é a primeira dedicada à cirurgia de ambulatório na região do Algarve. Com atendimento 24 horas, o Hospital tem mais de 20 gabinetes de consultas, salas de tratamentos, bloco operatório, sala de pequena cirurgia, unidade de Gastrenterologia e área de Imagiologia.

O Hospital Lusíadas Vilamoura diferencia-se pelo seu projeto clínico, transversal a todas as especialidades médicas e cirúrgicas mais relevantes, e introduz novas valências e unidades multidisciplinares diferenciadoras no mais extenso e populoso município algarvio. Estes projetos são assegurados por um corpo clínico especializado e experiente e por equipamentos tecnológicos de vanguarda, tais como ressonância magnética, tomografia computorizada (TAC), Raio-X, mamografia ou ecografia, promovendo a prevenção, diagnóstico e tratamentos inovadores.

“O compromisso com a saúde dos portugueses e com o futuro da saúde em Portugal faz parte do Visão da Lusíadas Saúde. Ao investirmos na criação de uma nova unidade hospitalar nesta região do País, onde já temos uma forte presença, estamos a reforçar este nosso compromisso com a saúde e bem-estar quer da população nacional, quer dos estrangeiros a residir no Algarve, e a concretizar mais um passo importante no projeto de expansão do nosso Grupo.

O Hospital Lusíadas Vilamoura vem, desta forma, melhorar o acesso à saúde e vai, seguramente, contribuir para o desenvolvimento socioeconómico desta região, de uma forma duradoura e sustentável”, refere Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde.

Construído de raiz, o Hospital exigiu um investimento de 10 milhões de euros e envolve a criação de cerca de 250 novos empregos. Na criação desta unidade, a Lusíadas Saúde reabilitou o icónico edifício Lusotur, da Vilamoura World, desenhado pelo arquiteto Francisco Keil do Amaral.

O Hospital Lusíadas Vilamoura vai garantir a humanização e a excelência na prestação de cuidados de saúde, mantendo os mais elevados padrões internacionais de qualidade, segurança e satisfação dos Clientes, transversal a todas as unidades da Lusíadas Saúde.

 
Via Verde Coronária comemora o seu 25.º aniversário em 2024
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a consciencializar para o enfarte agudo do miocárdio. A...

“Com esta iniciativa pretendemos reforçar a consciencialização para a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, com ênfase no enfarte agudo do miocárdio. As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no mundo, pelo que é primordial que o tratamento ocorra o mais rapidamente possível, após o início dos sintomas. Além disso, queremos que as pessoas saibam que a Via Verde Coronária e os laboratórios de hemodinâmica estão a funcionar 365 dias por ano, 24 horas por dia, de forma a assegurar o tratamento, por angioplastia primária, de doentes com enfarte agudo do miocárdio”, explica Rita Calé Theotónio, presidente da APIC.

De acordo com João Brum Silveira, Coordenador Nacional da iniciativa Stent Save a Life e da Campanha Cada Segundo Conta (APIC), “após serem identificados os sintomas do enfarte agudo do miocárdio, o mais importante é atuar com a rapidez necessária. Atualmente, existem 23 hospitais públicos que integram a Via Verde Coronária. É preciso alertar a população de que não devem ter medo de pedir ajuda. Quando não tratado, o enfarte agudo do miocárdio pode trazer consequências graves para a saúde ou ser, até, fatal. É importante não adiar o tratamento”.

“Os sintomas mais comuns de enfarte agudo do miocárdio são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 – e esperar pela ambulância”, acrescenta médico cardiologista.

Segundo os dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), em 2022, foram realizadas 4.361 angioplastias primárias, para o tratamento de enfarte agudo de miocárdio, em Portugal. Este número tem aumentado, desde 2002 (data de início do registo), reflexo do aumento da abrangência da Via Verde Coronária no território nacional.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress.

Com os objetivos de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a APIC desenvolveu a campanha de consciencialização “Cada Segundo Conta”, que conta com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), do Alto Patrocínio do Presidente da República e da iniciativa Stent Save a Life, da APIC. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt

 
Opinião
Neste Dia Mundial do Doente (11 fevereiro), instituído pelo Papa João Paulo II em 1992, concentramos

A Medicina Interna desempenha um papel central na coordenação de cuidados aos doentes com condições médicas complexas ou múltiplas. No entanto, é essencial otimizar a eficiência desse processo, garantindo acesso rápido a consultas, exames e tratamentos. Em situações agudas, que, pela gravidade, impliquem cuidados hospitalares, os internistas continuam a receber os doentes nos serviços de urgência externa de todo o país. No entanto, nos últimos meses, vivemos situações que colocam em causa a segurança dos doentes e profissionais, com a escassez de recursos humanos, com urgências fechadas ou sem o número de profissionais adequado, como se evidenciou pelos tempos de espera desadequados e possivelmente em aumento de mortalidade. Iniciativas que corrijam estes défices, que fortaleçam a comunicação entre os especialistas hospitalares e os médicos de família, que promovam uma abordagem integrada, que evitem a descompensação sem aviso das doenças crónicas e a orientação célere das situações agudas, podem melhorar significativamente a experiência e prognóstico do doente. Também aos doentes de todas as outras especialidades, internados em meio hospitalar, os internistas dão apoio permanente, quer seja em urgência interna, quer seja de forma programada e organizada, em projetos já implementados e que pretendemos expandir, de partilha de prestação de cuidados médicos com outras especialidades, cuja vocação não lhes permite abordar toda a complexidade dos doentes com várias patologias em simultâneo. 

No contexto de envelhecimento da população, com necessidade de cuidados a longo prazo, a Medicina Interna tem vindo a desenvolver projetos que apoiam a prestação de cuidados domiciliares, em hospital de dia, em lares de idosos ou em unidades de cuidados continuados, alguns deles em articulação com a Medicina Geral e Familiar. São exemplos, a hospitalização domiciliária, as unidades de doentes crónicos complexos, entre outros.  Pretendem garantir uma vida digna aos idosos e seus familiares.

É compromisso dos internistas portugueses continuar a pugnar para que os seus doentes tenham acesso a tratamentos inovadores, mas também ao uso racional de exames e medicamentos, no melhor interesse do doente e de acordo com as suas características particulares.

A Medicina Interna muitas vezes lida com doentes que enfrentam não apenas doenças de órgão, mas também problemas de saúde mental. Integrar abordagens que considerem ambos os aspetos da saúde é crucial. A formação contínua dos médicos internistas em saúde mental e a colaboração com profissionais especializados são passos fundamentais para melhorar o suporte aos doentes nessa área.

A pandemia ressaltou a importância da tecnologia na prestação de cuidados de saúde. Investimentos em soluções digitais, como telemedicina e sistemas de gestão de saúde, podem melhorar a eficiência dos serviços e proporcionar maior conveniência aos doentes, especialmente em áreas remotas, para vigilância das suas doenças crónicas ou orientação de situações médicas de novo.

Dada a rápida evolução do campo médico, os internistas comprometem-se a manter o desenvolvimento profissional contínuo, investindo em formações, congressos, workshops e atualizações regulares. Os internistas participam ainda na formação dos futuros especialistas da sua e outras especialidades médicas.

Neste Dia Mundial do Doente, reconhecemos os desafios que vão persistindo. Ao enfocarmos essas questões, reafirmamos o nosso compromisso com a excelência na prestação de cuidados médicos e trabalhamos juntos para criar um futuro em que todos os doentes em Portugal possam desfrutar de um sistema de saúde robusto e abrangente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
9 de fevereiro
Decorre, amanhã, no Centro de Simulação Biomédica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, da Unidade Local de Saúde de...

O responsável explica que “este curso está pensado para equipas multidisciplinares, de médicos de especialidades como anestesia, cirurgia geral, medicina intensiva e ortopedia, entre outras, e enfermeiros de urgência, que pertencem à equipa de Trauma do hospital”.

O Curso de Equipas de Trauma visa responder à Via Verde do Trauma (VVT), aprovada no final de 2022. Henrique Alexandrino frisa que “na ULS Coimbra a Via Verde do Trauma já se encontra plenamente implementada, graças em grande parte ao esforço formativo que temos vindo a fazer nos últimos três anos”.

Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, destaca que “o investimento em conhecimento e melhoria contínua é uma das linhas estratégicas da ULS Coimbra. A nossa ULS investe continuamente na formação dos seus profissionais, porque sabemos que essa é a melhor forma de assegurar a excelência dos cuidados de saúde que prestamos. Vamos continuar a desenvolver a formação e a transferência de saber dentro da ULS Coimbra”, remata o responsável.

Este curso, que já vai na sua 15ª edição, foi criado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, já contribuiu para a formação de equipas de trauma de Viseu e Leiria, sendo parte integrante do programa da pós-graduação em Catástrofe da Universidade de Coimbra. “Este trabalho de formação contribui para a afirmação da ULS Coimbra como Centro de Trauma de Nível I, tanto a nível regional, como a nível nacional”, conclui Henrique Alexandrino.

 
Em causa as declarações do presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo
A Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) expressa surpresa face às recentes justificações de Casimiro Ramos,...

Neste contexto, a ANL recorda o estudo ‘Quantificação de custos de realização de análises clínicas’, conduzido pela consultora Roland Berger, com o apoio do Ministério da Saúde, que analisou os custos de realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) em hospitais públicos, incluindo algumas ULS semelhantes à ULS Médio Tejo que já estavam estabelecidas nessa altura. A principal conclusão obtida nesta análise foi a ausência de racional económico de suporte à tomada de decisões de gestão, especialmente no que concerne à escolha entre internalização e externalização de serviços. 

Nuno Marques, diretor-geral da ANL, reforça: “infelizmente, estamos uma vez mais perante um exemplo de ausência de racional económico em que a poupança é estimada através da simples eliminação da despesa estimada com o setor convencionado, em vez de ser contabilizada a real totalidade dos custos na realização dos atos.” 

A falta de transparência nos cálculos de custeio levanta questões sobre a veracidade das poupanças e a qualidade dos serviços prestados pela ULS Médio Tejo. “Estes cálculos devem abranger vários fatores, desde custos operacionais diretos até custos indiretos e encargos adicionais, como custos com pessoal, infraestruturas, equipamentos e licenças. É importante a conformidade com os regulamentos e normas estabelecidos no regime jurídico do licenciamento previsto no Decreto-Lei n.º 127/2014 aplicáveis à atividade laboratorial e a supervisão independente, a fim de garantir a qualidade e segurança dos serviços prestados à comunidade”, acrescenta Nuno Marques.  

A ANL reitera a importância de transparência e exige à ULS Médio Tejo uma apresentação detalhada dos cálculos de custeio relacionados com a atividade de análises clínicas e anatomia patológica. 

 
Iniciativa decorre no dia 21 de fevereiro
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai promover uma conferência sobre “Centros Privados de Diálise e SNS:...

Na iniciativa será apresentado um estudo desenvolvido pelo Professor Eduardo Costa, Especialista em Economia da Saúde e Professor Auxiliar Convidado na Nova School of Business and Economics, com o título “Preço compreensivo da hemodiálise em Portugal”, que pretende olhar com mais pormenor para a realidade da diálise em Portugal.

O estudo olha para o passado, desde a criação do preço compreensivo, identificando e analisando os custos da prestação de hemodiálise. Dessa análise, afere quais são os fatores que mais condicionam a evolução dos custos para os prestadores de hemodiálise, avançando com uma proposta de um modelo de atualização anual do preço compreensivo que assegure a manutenção dos resultados de qualidade para o utente/doente, traga equilíbrio à relação financiador/prestador, e mantenha a previsibilidade para o financiador.

“Esta conferência será uma excelente iniciativa para debater os desafios e oportunidades da atual parceria entre os centros privados de diálise e o Serviço Nacional de Saúde. Pretendemos assegurar a sustentabilidade dos atuais níveis de qualidade da hemodiálise, que são reconhecidos internacionalmente, e estamos confiantes de que esta conferência será um importante contributo para discutirmos de forma aberta o valor criado pelos centros privados de diálise e o modelo de remuneração destes”, explica Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

A conferência iniciará com uma sessão de abertura levada a cabo por Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL. Ao longo da tarde, o programa conta com um painel de debate composto por Edgar Almeida, Presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, Eduardo Costa, Professor na Nova School of Business and Economics, José Miguel Correia, Presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, e Rui Filipe, membro da Direção da ANADIAL. A sessão de encerramento será da responsabilidade de Serafim Guimarães, membro da Direção da ANADIAL.

 
A importância de se falar sobre Incontinência Fecal
Falar de Incontinência Fecal é falar de uma condição devastadora, "vivida em silêncio, pela eno

Joana tinha 35 anos quando se deparou com o problema. Logo após o nascimento da filha mais nova. "Os sintomas eram perda involuntária de fezes e gases diárias", no entanto, admite que não olhou para o que lhe estava a acontecer "como incontinência". "Pensei que fosse uma consequência normal do parto e, que, com o tempo iria desaparecer. O tempo foi passando, mas o tabu, o medo, a vergonha e os mitos que envolvem este tipo de doenças, atrasaram a procura de ajuda", revela admitindo que só ao fim de seis meses tocou no assunto, em consulta, junto da obstetra "com a qual tinha bastante confiança". 

"A incontinência fecal (IF) é provavelmente a condição que mais afeta a dignidade do ser humano, enquanto espécie animal social e sexual", admite o especialista em cirurgia geral. "É uma condição profundamente humilhante que desencadeia sentimentos de vergonha e de depressão. É um tema que provoca repulsa e constrangimento social e que impede os doentes de falarem abertamente sobre o seu sofrimento", acrescenta admitindo, por isso, que esta condição se encontre subestimada e possa ser mais frequente do que se imagina. "Em números absolutos, estima-se que afete mais de 19 milhões de adultos na Europa. Calcula-se que atinja aproximadamente 7,7% (intervalo: 2-21%) da população", revela explicando que a incontinência fecal (IF) se define "como a perda involuntária de fezes sólidas, líquidas ou gases pelo ânus". Ou seja, "ter vontade urgente de evacuar e não conseguir chegar à casa de banho a tempo, ou aperceber-se que tem sujidade na roupa interior, sem ter sentido vontade de evacuar". 

Embora possa depender de vários fatores - "a continência anal depende de uma série de fatores, nomeadamente da função cognitiva, volume e consistência das fezes, trânsito intestinal, distensibilidade rectal, função esfincteriana anal, sensibilidade e reflexos anorectais" -, as causas mais frequentes de IF são o traumatismo obstétrico e o traumatismo cirúrgico, as doenças médicas (neurológicas, degenerativas, endócrinas e psiquiátricas) e os efeitos secundários de medicamentos. "É importante estar atento a perturbações psicológicas por abuso físico/sexual e emocional, desporto de alto-impacto,  distúrbios alimentares e falta de cuidados assistenciais", acrescenta José Assunção Gonçalves. 

Esta condição encontra-se dividida em dois tipos: incontinência de urgência e incontinência passiva. "A IF de urgência caracteriza-se pela vontade de defecar e incontinência apesar do esforço voluntário para reter as fezes e/ou gases. A IF passiva caracteriza-se pela ausência de perceção da necessidade de defecar, antes do episódio de incontinência", explica o médico. No entanto, ambas podem coexistir no mesmo doente. "Nesses casos designa-se de IF mista", esclarece. 

"O diagnóstico é clínico e feito pelo doente, ao referir perda involuntária de fezes sólidas, líquidas ou gases pelo ânus", acrescenta. 

Joana teve o diagnóstico numa consulta de cirurgia geral, "com exames complementares de diagnóstico - sendo alguns deles a ecografia anal, a eletromiografia do nervo podendo, a manometria ano-retal e a ressonância magnética pélvica e perianal". 

"Foi-me explicado que tive rotura do músculo externo do anus e lesão pélvica decorrentes do parto da minha filha mais nova", revela quanto às causas.  

Sendo tão jovem, admite que não foi fácil descobrir que sofria desta condição. "Ainda era uma pessoa jovem e quando se aborda o tema “incontinência” está usualmente associado a pessoas de mais idade", explica. E, apesar de tentar lidar com o assunto com normalidade, esta condição impactou fortemente a sua vida. "No início, apesar das dificuldades inerentes a esta condição fui tentando levar uma vida “normal” tanto a nível profissional como pessoal. Porém, após a esfinctroplastia, esta condição piorou passando as perdas de fezes e gases a serem recorrentes mais que uma vez por dia, impactando a vida familiar e ainda mais a social porque não tinha condições para sequer sair de casa". 

"Por norma, estas situações trazem consequências devastadoras visto que são sofridas em silêncio, a vergonha impede-nos de falar sobre este assunto com outros e diretamente implica faltas ao trabalho, compromissos pessoais, familiares ou sociais que podem destruir carreiras e a vida conjugal e íntima, levando inclusivamente são isolamento e problemas psicológicos graves por terem um elevado impacto na nossa auto-imagem e saúde mental", explica adiantanto que, no seu caso, após uma baixa prolongada, viu a sua carreira de 10 anos chegar ao fim. "Por um despedimento sem bases relacionadas com o meu profissionalismo mas sim devido à incapacidade e falta de condições para assegurar o meu emprego", recorda. 

Por ser uma condição "devastadora" que "pode comprometer em definitivo um emprego ou uma carreira profissional, destruir a vida íntima e conjugal, levar ao isolamento e a problemas psicológicos gravíssimos", é, na opinião do cirurgião geral do Hospital da Luz, "absolutamente essencial o médico transmitir uma mensagem de esperança, que é realista, porque existe tratamento para a incontinência". "Nenhum doente está condenado a viver incontinente para o resto da sua vida. Existem tratamentos eficazes que devolvem a qualidade e dignidade de vida aos doentes que sofrem de incontinência", afirma. 

A abordagem terapêutica da IF, explica José Assunção Gonçalves, "deve ser dirigida à causa subjacente e focada nos resultados clínicos (continência e qualidade de vida)". Ao dispor estão "medidas de suporte, dietéticas, ajuste da medicação habitual, terapêutica farmacológica, reeducação períneo-esfincteriana, biofeedback, estimulação elétrica e cirurgia". 

Quanto a esta última, o cirurgião revela que "está reservada para a última linha de tratamento da IF, quando todas as medidas mais conservadoras já foram implementadas e não obtiveram o resultado desejado". 

Joana Oliveira foi submetida a uma esfinctroplastia, dois anos após a lesão que deu origem ao problema. No entanto, esta só agravou a sua condição. "Como esta cirurgia provocou um agravamento do meu estado de saúde, foi me sugerido fazer fisioterapia de reabilitação do pavimento pélvico e manometria ano-retal", recorda. Não havendo melhoras, Joana procurou tratamento alternativo, tendo descoberto a neuroestimulação sagrada. "Fui candidata ao programa, na altura ainda em fase experimental, e como obtive bons resultados coloquei o neuroestimulador definitivo", conta. 

"As melhorias foram sendo graduais, como em qualquer problema de saúde não resolveu em definitivo, mas devolveu-me a qualidade de vida necessária para eu poder voltar a ter uma atividade profissional, vida familiar e social com menos restrições e tantos receios associados", acrescenta sublinhando a importância de não se esconder um problema para qual existe solução. 

"Existem vários tipos de tratamento como farmacológico, cirúrgico e a reeducação pélvica, que possibilitam um regresso à normalidade para quem sofre destas patologias. Os tratamentos conservadores devem estar presentes em todas as fases da doença, mas quando estes falham a esperança não está perdida. A estimulação dos nervos sagrados (neuromodelação), uma técnica minimamente invasiva que consiste na implantação do neuroestimulador mais pequeno que existe (3cm), permite controlar os esfíncteres urinário e anal e a dor pélvica. Através do diagnóstico precoce, é possível adotar tratamentos conservadores, como a reeduacação pélvica ou o tratamento farmacológico, mas existe esperança mesmo em casos avançados. O passo mais importante é pedir ajuda!", reforça. 

De acordo com José Assunção Gonçalves, "a prevalência da IF aumenta com a idade, estimando-se que afete cerca de 50% dos idosos institucionalizados ou residentes em lares. E, devido ao aumento da esperança média de vida e envelhecimento da população, é expectável que a prevalência da IF tenderá a aumentar". Atualmente estima-se, que na sua forma mais grave, afete 1% da população. 

Assim, é de extrema importância que seja um assunto que continue a ser divulgado e partilhado, quer junto da comunidade médica, quer da população em geral. É aqui que entra em ação a Associação Portuguesa de Disfunção Pélvica e Incontinência - APDPI, presidida por Joana Oliveira, que pretende ser a voz dos doentes junto da sociedade e poderes políticos, incentivando, incusive  "a alteração da lei de incapacidade". 

"Perder a capacidade de controloar a urina e as fezes não é normal, mas também não é motivo de vergonha!", reforça Joana Oliveira. 

 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relembram Nefrologistas
Em Portugal, aproximadamente 10% da população sofre de insuficiência renal crónica (IRC), doença sem cura e cujo tratamento é...

A gestão da IRC requer consultas regulares e deslocações frequentes do doente ao hospital, com encargos elevados a nível de tempo, comodidade, disponibilidade e custos. A maioria dos doentes faz tratamento de substituição da função renal, no domicílio (peritoneal) ou numa clínica/ hospital (hemodiálise). 

Com a redução da necessidade do número de visitas não planeadas ao hospital, proporcionada pela DP, torna-se possível diminuir os custos relacionados com essas deslocações e o tempo alocado, com impacto positivo na qualidade de vida do doente. Do ponto de vista clínico, o acesso rápido aos dados específicos do tratamento permite um acompanhamento mais proativo por parte dos profissionais de saúde, uma deteção mais rápida de problemas associados ao tratamento, uma monitorização mais próxima e frequente, bem como uma maior disponibilidade para o suporte adequado. A possibilidade de redução de todos estes encargos a nível de recursos, deslocações e tempo alocado com a implementação da telemedicina em diálise peritoneal, com a plataforma de telemonitorização em diálise domiciliária, traduz-se num melhor equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, maior independência e autonomia do doente e ainda numa poupança tanto para o doente como para o hospital e, por último, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“A opção por diálise peritoneal é ainda bastante inferior ao que se esperava face aos benefícios previstos”, afirma Edgar Almeida, médico nefrologista e presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN).

Os últimos dados disponíveis revelam que a hemodiálise continua a representar a principal técnica de substituição da função renal, com mais de 90% dos doentes em tratamento em Portugal. Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, cerca de 12 500 doentes realizam hemodiálise, cerca de 800 em diálise peritoneal e os restantes são transplantados.

“É importante que, na fase de decisão, os doentes possam contactar com outros doentes em diálise peritoneal para que a sua decisão seja bem fundamentada. Apesar de todos os esforços de informação, os profissionais de saúde não são capazes de transmitir por completo a vivência da DP”, reforça Edgar Almeida.

Nefrologia e desenvolvimento sustentável

A Nefrologia apresenta um conjunto de especificidades geradoras de impactos ambientais significativos. Das diferentes técnicas de substituição da função renal, a hemodiálise é a que consome mais recursos e gera mais resíduos. Em média, são necessários 380 litros de água por sessão de diálise. De acordo com o presidente da SPN, "estas especificidades estão associadas às técnicas dialíticas, mas, também, à transplantação renal, embora se considere que esta é a modalidade com menor impacto. Os impactos associados à diálise estão intrinsecamente relacionados com as especificidades das técnicas: necessidade de deslocações, consumo de água e de energia, e produção de resíduos”. O objetivo passa por manter a qualidade do tratamento ao mesmo tempo que se reduz o impacto ambiental.

 
Estudo liderado pela Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigação liderada pela Universidade de Coimbra (UC) identificou um novo mediador responsável pela alteração...

No artigo científico The amygdala NT3-TrkC pathway underlies inter-individual differences in fear extinction and related synaptic plasticity, com recurso a um modelo comportamental de extinção do medo, os cientistas conseguiram identificar “um aumento da ativação da proteína TrkC na amígdala – a região cerebral que controla a resposta do medo – na fase da formação da memória de extinção de medo, o que leva a um aumento da plasticidade sináptica [capacidade dos neurónios alterarem a forma como comunicam entre si em função dos estímulos que recebem]”, explica a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Mónica Santos.

Atualmente, uma das opções terapêuticas para as perturbações de ansiedade são as terapias de exposição, que se baseiam no mecanismo de extinção do medo. No entanto, “as terapias de exposição, bem como o uso de fármacos, como ansiolíticos e antidepressivos, não são 100% eficazes no tratamento destes problemas de saúde e, por isso, esta investigação abre novas opções terapêuticas para esta categoria de perturbações”, avança Mónica Santos.

“Este estudo valida a via TrkC como um potencial alvo terapêutico para indivíduos com doenças relacionadas com o medo, e revela que a combinação de terapias de exposição com fármacos que potenciam a plasticidade sináptica pode representar uma forma mais eficaz e duradoura para o tratamento de perturbações de ansiedade”, acrescenta a também líder da investigação.


A equipa (da esquerda para a direita): Carlos B. Duarte, Mónica Santos, Gianluca Masella e Francisca Silva

Quanto aos próximos passos, a equipa de investigação pretende “identificar compostos que tenham a capacidade de ativar de forma específica a molécula TrkC e, assim, serem usados como fármacos aliados à terapia de exposição no tratamento de doentes com perturbações de ansiedade”, revela a investigadora.

A investigação foi financiada pela Fundação Bial (no âmbito da bolsa de financiamento 85/18 - Role of NT3/TrkC in the regulation of fear), tendo contado com a participação de outros investigadores do CNC-UC – Gianluca Masella, Francisca Silva e Carlos B. Duarte – e de investigadores da Faculdade de Medicina da UC, e do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC. Teve também a participação da Universidade do País Basco.

O artigo científico encontra-se publicado na revista Molecular Psychiatry e está disponível em https://doi.org/10.1038/s41380-024-02412-z.

ANGEL promove ainda uma caminhada solidária
No próximo dia 15 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional da Síndrome de Angelman. O dia 15 foi escolhido, dado a Síndrome...

A ausência de conhecimentos sobre esta Síndrome é, ainda, elevada e traduz-se em erros de diagnóstico - sendo muitos casos confundidos com outras perturbações como o autismo infantil e a paralisia cerebral - ou atraso na sua identificação, o que compromete uma intervenção precoce essencial a potenciar a melhoria dos sintomas. As famílias das pessoas afetadas por esta condição genética rara enfrentam dificuldades semelhantes na sua procura por um diagnóstico, informação relevante e orientação adequada para profissionais qualificados, no acesso a cuidados de saúde de qualidade, apoio geral social e médico, entre outras.

Com o objetivo de consciencializar a sociedade para a existência desta síndrome, promovendo uma maior visibilidade e deteção dos sintomas associados a esta condição, a ANGEL – Associação Síndrome de Angelman Portugal associa-se anualmente ao Dia Internacional da Síndrome de Angelman com a organização e promoção de várias iniciativas.

A nível internacional mais de 50 Organizações para a Síndrome de Angelman reúnem-se para iluminar edifícios e monumentos emblemáticos com a cor azul como modo de alertar para a Síndrome de Angelman. Desde 2021 que a ANGEL Portugal aderiu a esta iniciativa, dirigindo o convite a cerca de 308 Câmaras Municipais de Portugal continental e ilhas e outras entidades para iluminarem edifícios ou monumentos das suas cidades.

Até a esta data, Angra do Heroísmo; Braga; Câmara de Lobos; Campo Maior; Cascais; Elvas; Espinho; Funchal; Góis; Lisboa; Machico; Monção; Ribeira Brava e Santo Tirso são municípios confirmados na demonstração pública de apoio a pessoas com Síndrome de Angelman e às suas famílias, às quais se junta ainda a Parques de Sintra. Em todos estes municípios será possível observar, na noite de 15 de fevereiro, um edifício ou monumento iluminado de azul.

A somar a esta iniciativa, a ANGEL Portugal lança uma campanha de comunicação sem precedentes. Em Lisboa, mupis digitais em edifícios empresariais, estações de metropolitano, comboio e fertagus e alguns centros comerciais, divulgam o vídeo de consciencialização produzido com o apoio da Unimagem - Comunicação e Imagem. No Porto, o mesmo vídeo poderá ser visualizado junto de estações do metro e um pouco por todo o país, em diversos espaços comerciais e ginásios. A esta ação adere ainda a Câmara Municipal de Lisboa divulgando o vídeo em Mupis Digitais e TOMI. O convite, dirigido também a cerca de uma centena de hospitais portugueses, pretende informar sobre esta condição genética rara e, desse modo, concorrer para uma intervenção precoce essencial para potenciar a melhoria da condição de vida das pessoas com Síndrome de Angelman. A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, o Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca e o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada são unidades de saúde que já confirmaram a sua adesão a esta iniciativa.

Para celebrar as pessoas com Síndrome de Angelman, a ANGEL Portugal volta a organizar a caminhada solidária Walk'IN ANGEL! A 3.ª edição realiza-se no dia 25 de fevereiro (domingo) às 10h30, no Norte – em Vila do Conde, na Avenida Marginal, da Igreja de Caxinas ao Forte de São João (ida e volta) com ponto de Encontro na Av. D. António Bento Martins Júnior 55, Caxinas. Em Lisboa, será em Belém, da Fundação Champalimaud ao MAAT (ida e volta) e o ponto de Encontro no Jardim Anna Sommer.

Vencedores são conhecidos dia 9 de fevereiro
O desafio foi lançado aos estudantes do secundário de todo o país no Dia Mundial da Alimentação: submeterem a concurso pratos...

Mais de 200 alunos do secundário participaram no concurso do Dia Mundial da Alimentação. Uma iniciativa que tem como objetivo sensibilizar os mais jovens para a importância de idealizarem e confecionarem aquilo que pode ser a alimentação do futuro. “As propostas são surpreendentes e permitem-nos perceber tendências, mas também a aptidão que existe por parte dos estudantes para proporem pratos disruptivos,” refere Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia. “Como faculdade que forma e investiga nas áreas das ciências da nutrição, da biotecnologia, mas também da engenharia alimentar, é importante promovermos este tipo de iniciativas e sermos agentes de mudança,” conclui.

Os pratos selecionados para a final são: Cogumelos recheados com patê de tremoço; Ratatouille do Remy e espetada de frango; Filete de cavala em crosta de quinoa, puré de brócolos aromatizado com coentros, ceviche de champignon e esferas de tangerina; Puré de Batata Doce com Casca de Banana; Omelete de aveia acompanhada de chips de banana e cenoura; Pão de algas mediterrâneo com tomate e manjericão; Quiche mista com base de curgete panada; Cheesecake de Legumes; Calzone à moda dos Deuses; Hamburguer Pirata; Paínço4all; Hambúrguer de grão-de-bico com molho de tomate e esparguete de curgete com molho pesto; Enrola que pica (cromesqui de urtigas); Hamburguer Vegano de Grão de Bico; Mini Hambúrguer de castanha e grão de bico com abóbora caramelizada e chips de cascas.

No dia 9 de fevereiro, as 15 equipas selecionadas vão finalizar os seus pratos na cozinha experimental da Escola Superior de Biotecnologia – o KitchenLab – e posteriormente apresentá-los a um júri que elegerá os pratos vencedores. Os grupos vão ser avaliados pelo sucesso com que integram os vários critérios no seu trabalho. Mas, para estimular a inovação, além do prémio principal (Receita do Ano) foram criadas quatro subcategorias com personalidade própria: Sabor a mar (para receitas que valorizam a alimentação de base marinha); Street food (quando a comida se come à mão); Sci-fi (alimentação para a idade do espaço); e Quintal (a melhor refeição é a que vem da própria horta).

A final do concurso do Dia Mundial da Alimentação, promovido pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, decorre no dia 9 de fevereiro, entre as 13h e as 17h.

15 de fevereiro
O Especial Grávida Online, organizado pela ‘’Mamãs Sem Dúvidas’’ vai realizar mais uma sessão no dia 15 de fevereiro, entre as...

A anestesia epidural alivia as dores do parto tornando-o numa experiência mais gratificante para a mãe. No entanto há um conjunto de mitos e dúvidas associados a este processo. A epidural é segura? Qual o melhor momento no trabalho de parto para receber a epidural? Alice Araújo, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, vai responder a estas e outras questões.

Diana Santos, Formadora do Laboratório BebéVida, irá falar acerca das ‘’Células Estaminais: um potencial de cura’’, destacando as potenciais vantagens terapêuticas do sangue e tecido do cordão umbilical no tratamento de diversas doenças.

A sexualidade durante a gravidez é um assunto que suscita dúvidas e medos angustiantes em alguns casais. A enfermeira Sandra Evangelista, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, vai abordar esta questão, o desejo sexual durante a gravidez e os efeitos das adaptações à gravidez na sexualidade.

Ao participar, os casais ficam habilitados a receber um cabaz que inclui uma mala Uriage e voucher Odisseias.

As inscrições para o evento estão abertas, são gratuitas, mas obrigatórias. Faça aqui a sua inscrição:  https://mamassemduvidas.pt/especial-gravida-online/

Estudo avalia impacto da pobreza menstrual na assiduidade escolar
23,5% das raparigas inquiridas entre os 18-24 anos reconhecem que já tiveram de recorrer a produtos como lenços higiénicos,...

Apesar de ainda pouco conhecida e falada, a pobreza menstrual é uma realidade que afeta a vida de muitas jovens raparigas no país. Segundo o estudo são sobretudo as jovens entre os 18-24 anos, que frequentam o ensino secundário, residentes na região Centro e inseridas em contextos familiares com rendimentos baixos, que revelam maior proximidade com o fenómeno. Das 12% das jovens que revelaram já ter faltado às aulas por não poderem comprar produtos menstruais, 3,2% referem que esta é uma situação que acontece recorrentemente. ‘Envergonhada’, ‘triste’, ‘mal’, ‘suja’, ‘vulnerável’, ‘nojenta’, ‘desconfortável’, ‘inútil’, ‘diferente’, foram algumas das palavras utilizadas pelas raparigas para descrever como se sentiram por faltar às aulas por não poderem comprar produtos menstruais (18% optou por não responder). Para justificar a ausência, mais de metade utilizou a ‘desculpa’ de estar doente e só 9,8% disse de facto a verdade.

Do total de raparigas inquiridas, duas em cada 10, ou seja, 17,2% dizem conhecer alguém que já faltou às aulas por não conseguir adquirir produtos menstruais, e 25,5% indica que já tiveram amigas que lhes pediram produtos menstruais por não conseguirem comprá-los. Cerca de 10% reconhece ainda já ter escondido o facto de não ter dinheiro para comprar produtos menstruais e 13% admite já ter tido ‘fugas menstruais’ por não ter dinheiro para trocar o penso ou o tampão.

A visão dos professores também foi tida em conta neste estudo, e quase 22% referiu conhecer nas suas escolas situações de raparigas que não podem comprar produtos de proteção menstrual. Destes, mais de metade reconhece que estes casos acontecem com uma frequência elevada. Quase 10% dos professores inquiridos refere ter alunas que faltam às aulas ou têm de sair da sala de aula por não conseguirem adquirir produtos menstruais. Também 18,2% assumem que já tiveram pais que lhes confidenciaram que não podem comprar produtos menstruais para as suas filhas, e 34,5% indica já ter ajudado de alguma forma na aquisição de produtos menstruais para pessoas em risco de pobreza menstrual.

Entre os pais inquiridos, 8,4% reconhece já ter tido dificuldades para conseguir comprar produtos de proteção menstrual para as suas filhas e 5,5% confessa que, em algum momento, as suas filhas terão ido para a escola sem produtos de proteção menstrual. Esta é uma realidade que assume maior expressão entre os pais mais jovens (25 a 34 anos) e residentes na região Sul. Questionados se alguma vez permitiram que as suas filhas ficassem em casa e faltassem à escola por não poderem comprar produtos menstruais, 5,5% do total da amostra de pais respondeu que sim. Apenas 19,6% dos pais, contra 80,4%, afirmaram alguma vez terem ajudado a adquirir produtos menstruais para pessoas em risco de pobreza menstrual, tendo sido as mulheres as que mais o fizeram no passado.

Por fim,  23,6% da população em geral afirmou conhecer pessoas que já lhes confessaram ter tido dificuldades económicas para conseguir comprar produtos menstruais para si mesmas ou para as suas filhas. Por outro lado, dos 76,4% que indicaram não conhecer ninguém, 13%   assume que já teve dificuldades económicas para comprar produtos menstruais para si e quase 15% confessa mesmo que já teve que abdicar da compra de outros produtos para conseguir comprar produtos de proteção menstrual. 8,5% afirmou que já se viu obrigada a ir para o trabalho ou para a escola sem proteção menstrual e 10,4% indica que já teve de pedir produtos menstruais a outros por não conseguir adquiri-los. Um quarto da população inquirida, ou seja 24,5%, já ajudou, de alguma forma, na aquisição de produtos menstruais para pessoas em risco de pobreza menstrual.

Para este estudo foram realizados um total de 1054 questionários, estratificados por 4 targets: raparigas, professores, pais e população em geral. De destacar ainda que os targets inquiridos revelaram ter, maioritariamente, um nível de vida sem excessos ou cómodo, o que torna os resultados do estudo ainda mais impactantes.

 
 
Capacitação essencial para profissionais de saúde
O Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo (NEUrgMI), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai organizar,...

Este curso tem como principal objetivo a aquisição pelos formandos de conhecimentos essenciais para a abordagem das situações mais frequentes em Urgência e em Emergência em Medicina Interna.

“O serviço de urgência é o local onde o internista despende grande parte da sua atividade assistencial. Faz parte do Curriculum Vitae de qualquer internista demonstrar competências clínicas, não clínicas e conhecimentos teóricos na abordagem de todas as patologias que fazem com que os doentes recorram aos serviços de urgência. Estas competências adquirem-se através da formação", afirma Maria da Luz Brazão, coordenadora do NEUrgMI.

O curso destina-se a médicos internos ou especialistas de Medicina Interna, médicos de outras especialidades médicas e a médicos Internos da Formação Geral e nasce da necessidade de atualização permanente do conhecimento nesta e em todas as áreas da Medicina, cuja evolução acontece a um ritmo vertiginoso.

O objetivo é que os formandos concluam o curso com aproveitamento e recebam o Certificado de Formação Profissional de conclusão do CEUMI. Para isso, têm de participar em pelo menos 75% das horas de formação, em Webinares, realizar todos os conteúdos de e-learning na Plataforma da SPMI, ter aprovação na avaliação contínua (25%) e passar na avaliação Sumativa (75%).

Este curso vem complementar a vertente teórica do curso anual “O Internista e a urgência “, que é um curso com uma vertente prática muito forte e que já é realizado pelo NEUrgMI desde há muitos anos.

 

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