Opinião
Segundo o CENSOS 2021, Portugal tem pouco mais de 10 milhões de habitantes, sendo que os idosos com

O equilíbrio entre saúde e doença oral foi explicado pela hipótese de eubiose-disbiose, que sugere que o oraloma pode mudar de um estado saudável para um estado de doença, com interações destrutivas entre hospedeiro e microrganismos patogénicos. Vários fatores podem concorrer para tal desequilíbrio: fatores clínicos como patologias sistémicas, problemas cognitivos que podem dificultar a comunicação e a execução dos cuidados à boca bem como problemas físicos que podem constituir barreiras à independência. A cavidade oral atua como o ponto principal para a interação da pessoa com o meio externo, através das suas principais funções: mastigação, paladar, fala e deglutição.4,5 A higiene da cavidade oral é considerada um cuidado importante para a manutenção do conforto e integridade da mucosa oral, além de intervir no controlo de doenças associados à boca.

Na pessoa hospitalizada, e após 48 horas da admissão, estima-se que a flora oral seja colonizada por microrganismos com alto potencial de virulência, o que associado a uma inadequada ou não realizada higiene, resulta na formação de biofilme (placa) e decorrentes complicações, como por exemplo, dor e infeção7. Embora não existam microrganismos patogénicos específicos associados aos estadios iniciais da inflamação periodontal, a carga bacteriana e a quantidade de placa presente, além da sua maturidade, foram correlacionadas com a gravidade da doença.  

Uma variedade de medidas de higiene oral têm sido defendidas para a remoção da placa dentária, sendo a escovagem com pasta de dentes o método de primeira linha e o mais recomendado. A evidência sustenta que técnicas como a escovagem convencional com dentifrício fluoretado e o uso de antissépticos orais, melhoram a inflamação gengival e reduzem os índices de placa, desde que a limpeza seja suficientemente completa e realizada em intervalos de tempo apropriados. Embora a frequência e a duração da escovagem dentária ainda não estejam totalmente esclarecidas, é consensual a recomendação de escovagem 2 vezes ao dia com pasta fluoretada, pelo tempo de 2 minutos. Assim, a higiene oral frequente é uma técnica importante para controlar a carga microbiana na dentição e na cavidade oral, para prevenir infeção oral e infeção sistémica8.   

Segundo uma revisão integrativa da bibliografia, os cuidados à boca, onde se insere a higiene oral, são subestimados nos internamentos hospitalares, existindo justificações para a sua não realização, nomeadamente, tempo insuficiente para a prestação destes cuidados, falta de material específico, falta de formação e falta de protocolos orientadores de boas práticas9,10. Assim sendo, há muito trabalho a fazer, muitos cuidados à boca a prestar por parte de todos e para todos. 

*(Este artigo não visa populações de doentes internados em cuidados intensivos, sob ventilação mecânica invasiva e ventilação não-invasiva.) 

Referências: 
2 Ana Oliveira. Tese de Mestrado: Internamentos hospitalares da população com mais de 65 anos em Portugal – Análise Descritiva. UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA, Escola Nacional de Saúde Pública, 2016 
3 Organização Mundial da saúde. Oral Health, https://www.who.int/health-topics/oral-health#tab=tab_1
4 Kane, S. F. (2017) The effects of oral health on systemic health. General Dentistry. November / December 2017, 30-34. 
5 Martin, K.; Johnston, L.; Archer, N. (2020). Oral conditions in the community patient: part 2—systemic complications of poor oral health. British Journal of Community Nursing November 2020 Vol 25, No 11 
6 MacNeil, B. A., & Sorenson, H. M. (2009). Oral hygiene for the ventiled patient. AARC Times Magazine, vol.15. 
7 Karen K., Giuliano, K. K.; Penoyer, D., Middleton, A. (2021). Oral Care as Prevention for Nonventilator Hospital-Acquired Pneumonia: A Four-Unit Cluster Randomized Study. American Journal of Nursing Vol. 121, No. 6
8 Allan Radaic, Yvonne L. Kapila, The oralome and its dysbiosis: New insights into oral microbiome-host interactions, Computational and Structural Biotechnology Journal, Volume 19, 2021, Pages 1335-1360, ISSN 2001-0370, https://doi.org/10.1016/j.csbj.2021.02.010
9 Joana Capaz, Sonia Batista, Patricia Ribeiro. Cuidados à boca na pessoa idosa: que controvérsias - revisão integrativa da literatura. https://revistas.rcaap.pt/servir/article/view/24495/18170 
10 Munro, S.; Phillips, T.; Hasselbeck, R.; Lucatorto, M., A.; Hehr, A.; Sheila Ochylski, S. (2022). Implementing Oral Care as a Nursing Intervention to Reduce Hospital-Acquired Pneumonia Across the United States Department of Veterans Affairs Healthcare System. DOI: 10.1097/CIN.0000000000000808
 
 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SPOT realiza o seu 8.º webinar
A SPOT anunciou o seu 8.º webinar, que se irá realizar no dia 18 de dezembro, das 19h00 às 22h00 através da plataforma ZOOM....

Os objetivos do webinar incluem a divulgação de conhecimento atual sobre as técnicas e tratamentos mais recentes de Ortopedia oncológica, a promoção da discussão sobre casos clínicos e a partilha de experiências entre especialistas. Além disso, a iniciativa destaca a relevância das técnicas e materiais da Ortopedia oncológica no tratamento de casos complexos fora desse âmbito.

De acordo com João Paulo Freitas, coordenador da STAL e cirurgião ortopédico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e moderador do evento, a complexidade e a constante evolução na área da Ortopedia oncológica são os fatores-chave que justificam a relevância deste webinar. “A realização deste webinar é motivada pela constatação de que, mesmo com os avanços na Medicina, persistem lacunas nos conhecimentos práticos e teóricos relacionados à gestão de patologias ortopédicas do foro oncológico. A complexidade destes casos exige uma abordagem multidisciplinar e um entendimento detalhado das opções terapêuticas atualmente ao nosso dispor, evidenciando ainda mais a importância de eventos educativos desta natureza”, explicou.

Os palestrantes serão Rúben Fonseca e Inês Balacó, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Carlos Pedrosa, do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, e Vânia Oliveira, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António.

A participação é gratuita para todos os sócios da SPOT e as inscrições são limitadas.

Para inscrições consulte: https://zoom.us/webinar/register/WN_nTQLw_DeScmjqqtIPKDxPA

Impacto do exercício na cognição e função cerebral
Uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um projeto de investigação que pretende...

O projeto Estudo dos efeitos do exercício regular no cérebro e em biomarcadores de neuroinflamação e neurogénese procura voluntários na região de Coimbra, com idades compreendidas entre os 55 e os 75 anos de idade, para participarem num programa de exercício gratuito durante 12 semanas, que vai decorrer em 2024 no Estádio Universitário de Coimbra.

“O exercício físico tem a capacidade de reverter ou atrasar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento”, contextualizam a docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da UC (FCDEFUC), Ana Maria Teixeira, e a investigadora da Faculdade de Medicina da UC (FMUC) e do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), Maria Ribeiro. Com este estudo “pretendemos investigar qual o tipo de programa de exercício que oferece um maior benefício e quais as alterações cerebrais que resultam do exercício e que melhor explicam as melhorias observadas”, explicam as coordenadoras do projeto.

“Os resultados desta investigação irão informar qual a melhor forma de usar o exercício físico para prevenir a perda de capacidades cognitivas e as doenças cerebrais associadas ao envelhecimento. Espera-se também um aumento da capacidade física e funcional dos participantes e consequente melhoria na qualidade de vida”, elucidam as investigadoras.

Os participantes vão ter a oportunidade de integrar um programa de exercício de duas sessões semanais de treino, cada uma com a duração de 45 minutos, ao longo das 12 semanas de intervenção. O programa de treino inclui exercícios de treino aeróbio de baixo impacto. As sessões vão ser orientadas e supervisionadas por um estudante de doutoramento em Atividade Física e Saúde.

A função cerebral e os biomarcadores de neurogénese (processo de formação de neurónios no cérebro) vão ser testados antes e depois dos programas de exercício, para aferir o impacto do programa na função cerebral dos participantes, através do eletroencefalograma (EEG), um exame neurofisiológico que regista a atividade elétrica do cérebro e permite estudar a sua função de forma não-invasiva, avaliação cognitiva e análises ao sangue.

São fatores de exclusão à participação no estudo problemas de saúde que impeçam a prática de exercício físico, historial de doença cardiovascular, neurológica ou psiquiátrica, traumatismo craniano ou consumo atual de substâncias psicoativas (por exemplo, ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos ou betabloqueadores).

As inscrições para participação no programa de exercício decorrem até ao final deste mês e podem ser feitas no sítio da internet https://voluntarios.cibit.uc.pt/, através do e-mail [email protected] ou do número de telemóvel 915 234 593.

Esta investigação vai contar com a participação de várias faculdades e centros de investigação da Universidade de Coimbra: Faculdade de Medicina, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde, Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional, Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental e Centro de Investigação em Desporto e Atividade Física.

 
Prémio global que totaliza 10 mil euros
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) acaba de anunciar os vencedores do Prémio de Jornalismo 2022 – trabalhos sobre...

Nesta edição, a LPCC elegeu “Terapias de Esperança” de Ana Sofia Tulha, da revista Notícias Magazine, como o melhor trabalho na categoria Imprensa. Em audiovisual, o prémio foi para a equipa da RTP - jornalista Filipa Burnay, operadores de câmara Nuno Tavares e Rui Alves Cardoso e editora Vanessa Brízido -, pelo trabalho “35 Anos de Transplantação de Medula Óssea em Portugal”. Foi ainda atribuída uma menção honrosa na categoria audiovisual à reportagem “Laços”, da autoria da jornalista da SIC, Lúcia Gonçalves.

Para Francisco Cavaleiro de Ferreira, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, este prémio pretende homenagear o importante papel desempenhado pelos jornalistas na sensibilização das comunidades para a doença oncológica, seja sobre prevenção, diagnóstico, tratamento ou desenvolvimento científico sobre a doença. “O nosso prémio nasceu em 2001, com a viragem do século, com o objetivo de incentivar o interesse dos jornalistas pela área da Oncologia, de forma a fazermos chegar mais e melhor informação aos cidadãos”, acrescentou.

A cerimónia oficial de entrega do Prémio de Jornalismo 2022 teve lugar hoje, pelas 13h00, no Clube de Jornalistas e contou com a presença dos vencedores das diferentes categorias e dos membros do júri - Marçal Grilo (Presidente do Júri); Maria do Céu Machado, Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa; Pedro Pita Barros, Professor de Economia da Nova SBE; António Granado, cocoordenador do mestrado em Comunicação de Ciência na Universidade Nova e Dulce Neto, editora executiva do Observador -, entre outros convidados.

Cabazes biológicos e sustentáveis para oferecer este Natal
Cabazes de Natal são presentes muito característicos desta época e este ano a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), do...

Os produtos da Loja da Agrária têm todos uma particularidade em comum: o modo convencional e biológico na sua base – e os cabazes natalícios não são exceção. Estes são compostos por queijos curados, doces (como por exemplo de abóbora, de morango, de marmelo e de kiwi), vinhos de mesa, infusões e fruta desidratada. É ainda possível solicitar uma personalização de cabazes com outros produtos disponíveis na loja, onde se encontram diversos produtos hortícolas.

“Na Loja da Agrária promovemos a sensibilidade ambiental e mantemos sempre o respeito pelo animal. Para nós, também é importante incluir a comunidade e disponibilizamos a opção de personalizar os cabazes, adaptando-os a cada pessoa e tornando-os ainda mais especiais. São um ótimo presente para oferecer este Natal e mimar quem mais gostamos com cabazes únicos”, afirma o responsável pelo setor na ESAC.

Qualquer pessoa, mesmo que não seja estudante, pode adquirir estas caixas na loja física, que se situa na ESAC, no Campus do IPC, em Coimbra. A compra também pode ser efetuada através de encomenda, enviando um e-mail para [email protected].

Os produtos estão limitados ao stock existente e as encomendas dos cabazes de Natal podem ser feitas até ao dia 19 de dezembro.

Saúde Animal
Com a aproximação do Natal e do final do ano chegam as festas, as luzes, o convívio e o fogo de arti

“Os cuidadores devem ter especial atenção ao barulho, já que o ruído compromete o aparelho auditivo dos animais, causando mudanças no seu comportamento, medos e até fobias, representando um problema grave para o bem-estar animal” explica Mariana Silva, médica veterinária e Regional Operations Partner da AniCura. "Nos cães, a fobia mais recorrente está associada a sons muito altos, como os que são produzidos pela música ou pelo fogo de artifício", acrescenta.

Nos cães e nos gatos o medo pode manifestar-se desde uma inquietação ligeira até um estado de ansiedade intensa. Os sinais mais comummente observados nos cães são a paralisia, tentativas descontroladas de fuga ou desejo de se esconderem, tremores, taquicardíaca, agachamento com as pernas dobradas, orelhas para trás e cauda entre as pernas. No caso dos gatos, estes sinais podem passar mais despercebidos, já que geralmente tentam fugir ou esconder-se.

Os sinais de medo podem desencadear um ataque de pânico, pelo que é recomendado manter a calma, sem repreender o animal. A médica veterinária aconselha a que “perante um caso crítico que não seja possível ao cuidador gerir ou controlar, o recomendado é procurar o serviço de urgências veterinárias mais próximo.”

A decoração de Natal também deve pressupor alguma atenção por parte dos cuidadores: algumas plantas ou flores como os jacintos e a estrela de Natal, muito comuns nesta época, são toxicas para cães e gatos; o mesmo acontece com a ingestão de peças de decoração de Natal, que facilmente podem obstruir o sistema digestivo dos animais. Também é necessário redobrar os cuidados com a alimentação, evitando dar-lhes doces e gorduras, já que podem desencadear transtornos gastrointestinais graves e sistémicos. Passas, fruta cristalizada ou frutos secos são tóxicos para os animais.

Todos estes incidentes podem dar lugar a casos de urgências veterinárias possíveis de evitar. No último mês do ano, o stress e os problemas causados por indigestão e intoxicação são os que mais se verificam nos serviços de urgência.

Prevenir situações de urgência e garantir o bem-estar dos animais de companhia

Os cuidadores devem garantir aos seus animais de companhia, tanto quanto possível, um ambiente tranquilo durante a época festiva. É recomendado que nos dias anteriores às festas, comecem a preparar os animais para o que se avizinha, sobretudo para o ruído e para a confusão que se instala. Durante os dias festivos, e no caso dos cães, é recomendado que se mantenham os passeios, mas sempre com trela para evitar fugas no caso de ruídos inesperados. Aquando do lançamento de fogo de artifício, os animais de estimação devem permanecer no interior de casa, com janelas, estores e portas fechadas para insonorizar o ambiente. Distraí-los com jogos e comida e colocar música tranquila que os desconcentre dos sons externos pode ajudar a prevenir uma crise de stress.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Curiosidades
Porque é que algumas pessoas espirram quando olham para o sol?

Porque é que os nossos dedos ficam enrugados na água?

"Inicialmente, a perceção era de que os dedos se enrugavam na água devido à troca de fluidos que ocorria entre os tecidos e a água circundante", começa por explicar Amy Rantala. De acordo com os especialistas em evolução, revela a médica, há indícios de que isso pode ter ajudado os humanos a melhorar a sua capacidade de agarrar objetos na água. "As pessoas com lesões nervosas nas mãos ou nos pés não apresentam o mesmo enrugamento nos dedos", esclarece. 

Por que razão se sente ocasionalmente uma pulsação nos ouvidos?

Segundo Amy Rantala, sentimos uma pulsação nos ouvidos por várias razões. "A tinnitus é frequentemente descrita como um zumbido nos ouvidos, mas existe uma variante em que é possível sentir uma pulsação nos ouvidos. A isto chama-se tinnitus pulsátil". Um aumento da pressão arterial ou um bloqueio no canal auditivo podem provocar uma pulsação. Uma anomalia nas artérias próximas dos ouvidos também pode causar esta sensação. Neste caso, aconselha a médica, fale com a sua equipa de saúde.

Porque é que trememos quando sentimos frio?

Trememos quando sentimos frio porque "é uma forma de abanar os músculos para criar calor". De acordo com a especialista, o corpo tenta manter a sua temperatura o mais próximo possível dos 37ºC.

Porque é que algumas pessoas espirram quando olham para o sol?

É o chamado reflexo fótico do espirro, conhecido como o "espirro do sol". "A teoria por detrás desta reação é a seguinte: o nervo ótico, que percebe a mudança de luz, está próximo do nervo trigémeo, que controla os espirros. Um espirro típico é provocado por uma irritação no nariz, que estimula o nervo trigémeo e desencadeia o espirro. Quando saímos de um quarto escuro para uma luz brilhante, as nossas pupilas contraem-se. Este reflexo rápido é iniciado pelo nervo ótico e pode dar a sensação de irritação no nariz e desencadear um espirro", esclarece. Mas,adianta, nem toda a gente tem esta reação e não se sabe muito bem porque é que algumas pessoas têm e outras não.

Porque é que sentimos pontadas laterais no corpo quando corremos?

Segundo a especialista da Mayo Clinic, as pontadas laterais são causadas pela irritação do diafragma, um músculo que separa a cavidade pulmonar da cavidade abdominal. Os corredores principiantes ou os corredores que estão a aumentar o ritmo ou a distância são mais propensos a sentir dores laterais. Por vezes, são provocadas por uma respiração demasiado rápida ou por uma alimentação incorreta antes da corrida. "Se sentir uma pontada lateral, abrande, alongue os músculos centrais e concentre-se em respirar lenta e ritmicamente", recomenda. 

Porque é que a pálpebra se contrai aleatoriamente?

A contração da pálpebra é chamada de blefaroespasmo. Segundo Amy Rantala, não se sabe exatamente porque é que isto acontece, mas a fadiga, a cafeína e o stress foram identificados como possíveis culpados. "Recomendo que alongue o músculo que está a contrair, puxando suavemente a área com as pontas dos dedos, e que descanse mais tempo. Normalmente, a contração desaparece por si só. Se a contração durar mais tempo do que o habitual ou se houver dificuldade em abrir a pálpebra, é aconselhável procurar uma avaliação de um profissional de saúde", aconselha. 

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Redução dos custos energéticos e menor dependência da rede elétrica
A Alliance Healthcare acaba de instalar, em parceria com a Helexia, duas centrais fotovoltaicas de autoconsumo, nas suas...

Em Alverca, a central tem uma potência instalada de 400kWp, produz anualmente 600 MWh de energia solar para autoconsumo, e vai contribuir para uma operação mais verde a partir da redução de 281 toneladas de CO2 por ano. Em Almancil, a central fotovoltaica com 41 kWp produz anualmente 70 MWh de energia limpa e evitará as emissões de 33 toneladas de CO2 anualmente.

Com a utilização de energia limpa em autoconsumo, a Alliance Healthcare reduz os custos energéticos e contribui para a descarbonização da sua atividade. Para garantir que a produção de energia é otimizada e os rácios de produção solar são cumpridos, foi celebrado um contrato de monitorização e manutenção, de 10 anos, com a Helexia.

A Alliance Healthcare é o único distribuidor farmacêutico com presença em todo o território nacional, garantindo mais de 2.200 entregas diárias em todo o país e movimentando quase 100 milhões de embalagens ano.

Esta operação de armazenamento, e posterior distribuição, requer muita energia, já que grande parte dos processos são automatizados e o ambiente está climatizado a uma temperatura regular ao longo do ano entre 20°C e 22°C, com uma humidade relativa abaixo dos 60%.

“A aposta no autoconsumo solar com a Helexia foi uma evolução natural. Trabalhamos diariamente para minimizar o nosso impacto no ambiente e, com a utilização de energia renovável, conseguimos reduzir a pegada ecológica e, em paralelo, os custos energéticos.” - Afirma Ana Folgosa, “Diretora de Recursos Humanos, Certificação e Qualidade” da Alliance Healthcare Portugal.

“Várias empresas, como a Alliance Healthcare, estão já a fazer este roteiro de descarbonização, dando o exemplo de compromisso com a sustentabilidade, mas em simultâneo tornando-se mais competitivas. Os custos da energia neste setor são muito importantes para garantir rentabilidade, portanto poder ter poupanças significativas e previsibilidade nestes custos é crucial para promover a competitividade." - afirma João Guerra, diretor de marketing e comunicação da Helexia Portugal.

Apoio à formação académica
A NOVA Medical School (NMS) ofereceu 25 microscópios a oito escolas situadas na região de Lisboa para promover o ensino e a...

"Esta iniciativa reflete o nosso compromisso sólido com a comunidade educativa da região de Lisboa. Estamos entusiasmados por poder contribuir de forma significativa para a formação académica dessas escolas. Ao promover o interesse pelas ciências, estamos a investir no progresso e desenvolvimento da sociedade como um todo", afirma Helena Canhão, Diretora da NOVA Medical School.

Foram escolhidas as escolas do distrito de Lisboa que apresentaram um histórico de mais de cinco alunos matriculados nos últimos três anos na Faculdade num total de 29 Escolas secundárias. O universo variou entre 5 e 18 alunos, demonstrando o interesse e o empenho dessas escolas na formação de futuros profissionais da área da saúde.

“Peça um desejo para a sua Saúde!” é o mote da campanha de consciencialização de Ano Novo
A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) está a promover a campanha de Ano Novo “Peça um desejo para a sua Saúde!”...

Esta iniciativa alerta para a realização de colonoscopia como uma ferramenta essencial na deteção, visto que o exame permite identificar pólipos ou outras anomalias no cólon e reto na ausência de sintomas, e, assim, promover a sua remoção antes que as lesões se tornem malignas.

Para uma abordagem proativa em relação à saúde digestiva, a SPED destaca, ainda, alguns dos sintomas frequentemente associados ao cancro colorretal, tais como perda de sangue nas fezes, alterações prolongadas no padrão intestinal, desconforto abdominal persistente, fadiga e perda de peso inexplicáveis.

A campanha vai ser divulgada nas redes sociais da SPED. Para obter mais informações sobre o cancro colorretal consulte www.sped.pt.

Falta de organização e de meios no SNS
Direção Executiva do SNS incluiu as farmácias comunitárias no processo e agora está a pedir às equipas das USF para ajudarem a...

O processo de vacinação sazonal - uma competência que esteve sempre na esfera dos cuidados de saúde primários, com os enfermeiros na primeira linha - está este ano com uma cobertura abaixo do que se vinha registando nos últimos anos. Isto num ano em que a Direção Geral de Saúde decidiu incluir no processo as farmácias comunitárias.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, considera, a este propósito, que “este foi mais um passo na asfixia do SNS, quando o processo, em anos anteriores, apresentou excelentes resultados”, acrescentando que “os sinais dados foram de alguma subalternização da importância da vacinação e do conhecimento que os enfermeiros de família têm do histórico de cada doente”.

Os dados mais recentes divulgados pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia indicam que, nos últimos quatro anos, Portugal superou as metas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde para a cobertura vacinal de pessoas com mais de 65 anos. Ora, em setembro de 2023, apenas 17% do total de vacinas disponíveis no País foram encaminhas para os centros de saúde.

“Em menos de mês e meio, os centros de saúde já tinham administrado 30% do total de vacinas dadas em Portugal, quase o dobro da percentagem que estava inicialmente prevista”, sublinha o líder sindical, colocando ainda o enfoque no facto de, “em 2022, pela mesma altura, os centros de saúde evidenciarem um desempenho superior de vacinas administradas, nas faixas dos 70 e 80 anos, grupo etário que este ano começou a tomar as vacinas nas farmácias”. Relativamente à vacinação contra a COVID 19, a diferença ainda é mais latente. Em 2022, mais de 22% da população de 70 anos e 16,5% de 80 anos tinham sido já vacinados.

Sendo certo que as farmácias estão a receber 2,5 euros por cada vacina, a realidade demonstra que “estamos a falar do valor mais ou menos correspondente ao necessário para contratar e remunerar mais de 600 enfermeiros em falta no Serviço Nacional de Saúde, mais de 85.000 horas de cuidados de saúde que se perdem”, enfatiza Pedro Costa. Que sublinha que a opção “garantiria a total cobertura vacinal e cuidados de enfermagem qualificados a cerca de um milhão de utentes sem enfermeiros de família”.

Perante as dificuldades, a direção-executiva do SNS solicitou aos profissionais das USF e das UCSP para convocarem urgentemente os utentes com idade superior a 60 anos. “Isto num ano de uma grave crise nos serviços de atendimento à doença aguda e numa altura que total insatisfação dos profissionais de saúde”, afiança Pedro Costa.

O Sindicato dos Enfermeiros mostra-se cada vez mais preocupado com a transferência de verbas públicas para um sistema privado de assistência em saúde, o que revela, mais uma vez, que o SNS está a viver sua pior crise desde a sua criação. “É preciso explicar aos portugueses porque não valorizamos o maior ativo do SNS, os seus profissionais e, em particular, os enfermeiros, é preciso explicar porque hoje metade dos enfermeiros formados abandonam o país, é preciso explicar aos portugueses por que é que o setor privado, que não investe na formação dos enfermeiros os recruta e lapida”, considera Pedro Costa, acrescentando, ainda, que é preciso explicar aos portugueses porque um enfermeiro em início de carreira, com 10, 20 ou 30 anos, ganha exatamente o mesmo dinheiro. Se isto é investir no SNS e no seu maior grupo profissional, então expliquemos aos portugueses que a saúde é para quem tem recursos financeiros, pois no SNS só vai ficar os que não poderem sair”.

Literacia em saúde
O Grupo de Trabalho “Patients Advocacy” da Sociedade Portuguesa de Oncologia, em parceria com a associação de doentes ...

Dirigido a doentes, familiares/cuidadores e profissionais de saúde, esta nova edição vai possibilitar a oportunidade de os doentes revelarem como interpretam um dos estudos que alterou o tratamento de primeira linha do carcinoma do endométrio avançado.

Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, explica que «este webinar da SPO tem como principal objetivo melhorar a literacia em saúde dos doentes, empoderando-os para que se transformem nos verdadeiros “líderes de mudança”. Seguindo a linha da mesa-redonda que apresentámos este ano durante o 20º Congresso Nacional de Oncologia sobre o que realmente importa aos doentes com doença avançada, iremos aferir qual a perceção dos doentes sobre os ensaios clínicos que mudam a prática clínica. Consideramos que, com esta iniciativa, teremos doentes ainda mais informados e esclarecidos em relação ao tema dos ensaios clínicos tornando-se também sensíveis à forma como se gera a evidência para a aprovação de novos fármacos em oncologia.»

Com início marcado paras as 19h00 da próxima 5ª feira, e as inscrições podem ser realizadas em:  https://sponcologia.pt/web/form-22.php

Prémio SPP, GRESP e Linde Saúde
A OSABAYES, aplicação para smartphone que ajuda a rastrear a apneia obstrutiva do sono, foi a vencedora da primeira edição do...

Criada para ser predominantemente utilizada em contexto de medicina geral e familiar, a OSABAYES consiste numa ferramenta de predição clínica que tenta prever a probabilidade de um doente ter Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) com base em variáveis clínicas e demográficas de fácil recolha. “O objetivo passa por ajudar o encaminhamento de doentes em contexto de medicina geral e familiar para laboratórios especializados em medicina do sono”, explica Pedro Amorim, cardiopneumologista e um dos responsáveis pelo projeto.

“É uma ferramenta que está disponível para usar na prática clínica e que está validada. Fizemos uma validação prospetiva, construímos a aplicação para smartphones, realizando a respetiva avaliação de usabilidade. Os próximos passos do projeto são a validação e implementação da ferramenta em contexto clínico direto”, acrescenta o especialista.

Com a validação prospetiva, o grupo de especialista que desenvolveu a aplicação conseguiu provar que é possível reduzir o número de exames não diagnósticos, o que pode ajudar a acelerar o encaminhamento de doentes e, com isso, trazer também vantagens económicas.

Os especialistas Pedro Amorim, Daniela Ferreira Santos, Clara Pinto Ferreira, Isabel Fragoso, Marta Drummond e Pedro Pereira Rodrigues integram o grupo que recebeu a distinção no 39.º Congresso da SPP, realizado entre 9 e 11 de novembro, no Centro de Congressos do Epic Sana Algarve.

Lançado no 38.º Congresso da SPP, o Prémio da SPP, GRESP e Linde Saúde teve como mote ‘A Pneumologia e a Medicina Geral e Familiar na abordagem ao doente com SAOS’, com o intuito de incentivar a colaboração entre as especialidades que acompanham diariamente os doentes com esta patologia.

stress crónico pode ter efeitos a longo prazo na saúde
Pode ser uma surpresa para si, mas nem todo o stress é mau.

O stress é uma reação física e psicológica a uma exigência e essa exigência pode ser qualquer coisa, começa por explicar a médica. O stress que é bom para nós e pode até dar-nos uma sensação de bem-estar é o eustress, por oposição ao distress. O mesmo acontecimento, por exemplo um casamento, pode gerar um ou outro, revela a especialista. 

"Trata-se da perceção desse stress e da forma como o nosso corpo lida com ele", acrescenta.  "O stress crónico tem impacto em todos os órgãos do corpo. Pode sentir ansiedade, depressão e problemas digestivos, por exemplo."

O stress desencadeia uma sequência de reações na mente e no corpo à medida que se responde a ele. Em condições normais de stress, as pessoas partem de uma base de relaxamento, deparam-se com um fator de stress, a resposta ao stress é desencadeada, esta atinge o seu pico e depois regressam à base.

Entre as mudanças físicas que podem ocorrer quando se percebe uma ameaça estão:

  • O sistema nervoso simpático e a produção da principal hormona do stress, o cortisol, são ativados.

  • Os pensamentos tornam-se negativos à medida que se experimenta ou antecipa algo mau. A hiperatenção é dirigida para o que está a acontecer.

  • O coração, os pulmões e os músculos preparam-se para lutar ou fugir. Há um aumento do ritmo cardíaco, da pressão arterial e da frequência respiratória, uma vez que o corpo precisa de enviar mais oxigénio para as células. Os músculos ficam mais tensos.

  • Os sistemas digestivo e reprodutor abrandam, uma vez que a sua atividade não é necessária.

  • O sistema imunitário concentra-se na luta contra invasores microscópicos, como vírus ou células cancerígenas, e entra em modo inflamatório, aumentando a produção de proteínas, chamadas citocinas, que regulam este processo.

Quando se apercebe de que a ameaça já não existe, o corpo começa a reparar-se e a organizar-se. Passa para um estado de reparação, renovação e crescimento à medida que a resposta ao stress passa. Fisicamente, a respiração e o ritmo cardíaco abrandam, a pressão sanguínea normaliza, começa a respirar mais profundamente, a tensão muscular diminui, os sistemas digestivo e reprodutor retomam a atividade normal e começa a ligar-se a outras pessoas para lhes falar sobre a ameaça que acabou de sofrer, explica a médica. 

"Se ficarmos stressados e depois nos acalmarmos, isso significa que completámos o nosso ciclo. Não foi feito nenhum mal", diz Debar. "De facto, provavelmente é bom para si, pois a sua resiliência aumenta. Se alguma vez passou por uma situação stressante na vida, processou e completou esse ciclo, da próxima vez que tiver uma experiência semelhante, saberá que é uma situação má, mas que será capaz de a ultrapassar."

No entanto, quando alguém está demasiado stressado e repetidamente, a capacidade de voltar à linha de base começa a diminuir pouco a pouco, alerta. 

"Podemos ficar stressados e permanecer nesse estado, tendo uma resposta prolongada. Isto acontece quando estamos em modo de hiperatenção, onde nos sentimos energizados mas cansados e ansiosos", diz Debar. "Ou quando sofremos muitos fatores de stress na nossa vida e não reagimos adequadamente a eles. É a falta de recuperação, e não o stressor em si, que é crítico. Ao fim de algum tempo, pode simplesmente deixar de reagir e sentir-se "entorpecido".

Por vezes, as pessoas pensam que seria bom não ter uma reação, acrescenta a especialista, mas internamente, a resposta ao stress e a sua sequência de acontecimentos internos acontecem de qualquer forma. Apenas acontecem de uma forma oculta.

Há vários sinais que podem indicar o risco de sobrecarga de stress e que é altura de os tratar: 

  • Se o stress parece implacável e constante.

  • Se o stress parece incontrolável e não consegue relaxar ou se sente como se estivesse em "piloto automático".

  • Se tem dificuldade em controlar as suas emoções.

  • Se começa a fugir da vida e/ou das pessoas.

Se tem sintomas físicos como dores de cabeça, dores no peito, dores de estômago, dificuldade em dormir ou se adoece com mais frequência.

"Pense na forma como o seu corpo gere o stress e como o gere emocionalmente, fisicamente e nas suas relações", salienta a especialista. "O que faz e o que não faz."

O stress crónico pode ter efeitos a longo prazo na saúde. As pessoas com sintomas físicos contínuos ou que acham que as mudanças no estilo de vida não parecem estar a ajudar devem consultar o seu médico, aconselha a médica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Três livros para profissionais e estudantes
A editora LIDEL apresenta uma seleção de novos livros da área da enfermagem que visam enriquecer o conhecimento e a prática dos...

Enfermagem do Trabalho - Ciências da Enfermagem - Enfermagem - Grupo LIDELA obra “Enfermagem do Trabalho – 2ª Edição Atualizada e Aumentada”, com a coordenação e autoria  de Elisabete Borges, Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem do Porto, aborda a importância da promoção da saúde dos trabalhadores, tendo em consideração as alterações que os locais de trabalho têm vindo a sofrer nos últimos anos pelos mais diversos fatores, como por exemplo: novas teorias de gestão e métodos organizacionais, mudança climática, sustentabilidade de recursos, digitalização, inovação e alterações demográficas.

Esta nova edição acompanha a evolução nesta área, aproveitando a oportunidade para rever e expandir conteúdos. Com o intuito de apoiar os diferentes ciclos de formação, a prática clínica e a investigação, foram acrescentados capítulos essenciais como "Emergências no local de trabalho" e "Plano de emergência no local de trabalho". Foram também atualizados todos os restantes tópicos.

A segunda novidade desta seleção diz respeito à área da neonatologia, mais precisamente à alimentação dos recém-nascidos. O livro “Competências Oro-Motoras do Recém-Nascido: Manual de Apoio à Alimentação Oral”, desenvolvido pelas especialistas em enfermagem de saúde infantil e pediatria, Ana Lúcia Brantes e Maria Alice Curado, pretende ser uma ferramenta útil e prática de apoio não só a todos os profissionais de saúde e estudantes que trabalham com recém-nascidos de termo e pré-termo e com os pais e famílias destes bebés.

“A alimentação oral é uma das atividades mais importantes para o recém-nascido pré-termo, durante o seu internamento na unidade neonatal, pelo que a sua introdução de uma forma equilibrada e segura é um passo crítico, com impacto positivo demonstrado na sobrevivência, no crescimento e no desenvolvimento da criança", escreve Enfermeira Sónia Semião na Nota Prévia do livro Competências Oro-Motoras do Recém-Nascido.

Este manual baseia-se na literatura científica atual e, através de uma linguagem clara e objetiva, aborda os principais aspetos a ter em consideração na alimentação oral do recém-nascido, nomeadamente o desenvolvimento oro-motor, os reflexos orais, as diferentes intervenções oro-motoras e as técnicas de alimentação. A par disso, promove uma alimentação oral segura e prazerosa, tanto para o recém-nascido como para a sua família, com recurso às intervenções mais adequadas ao processo de desenvolvimento das competências oro-motoras.

Por último, num contexto mais geral surge o livro “Preparação de Terapêutica Farmacológica: Manual Prático para Enfermeiros”, escrito por André Ferreira, especialista em enfermagem comunitária pela Escola Superior de Saúde Atlântica.

Esta obra é uma ferramenta técnica apropriada à linguagem e ao contexto da enfermagem, que conta com uma orientação científica devidamente detalhada e compila a informação essencial de mais de 150 fármacos administrados por via parentérica (os mais comuns na terapêutica medicamentosa). Os conteúdos incluem a apresentação do fármaco, a sua preparação e administração, as reações adversas e interações medicamentosas, os cuidados específicos de enfermagem, entre outros e faz também uma reflexão sistemática e criteriosa a respeito de algumas complexidades que envolvem a administração da terapêutica.

 
Ousar o futuro
No ano em que celebra 75 anos, uma longevidade ao alcance de poucas instituições em Portugal, o Instituto Português de...

O evento, que conta com o apoio da Alfasigma, companhia farmacêutica que também celebra 75 anos de atividade, terá lugar no próximo dia 15 de dezembro no Teatro Thalia, em Lisboa. O início, agendado para as 09h15, será marcado pela breve apresentação das entidades envolvidas. Ao longo do dia terão lugar quatro mesas redondas em que cada uma irá refletir sobre “Onde estamos e qual o caminho futuro?”. A primeira mesa, da responsabilidade do IPR, será dedicada ao “Sistema Nacional de Saúde 2048: envelhecimento populacional e a reumatologia”, com a presença de Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, à qual se seguirá a Mesa 2 da Beltrão Coelho, com o tema “Inovação e IA em 2048”. De referir que o robô Cruzr da Beltrão Coelho irá estar presente ao longo de toda a conferência, demonstrando as suas capacidades de entretenimento.

Da parte da tarde, a Liga para a Protecção da Natureza conduzirá a Mesa 3, “Cumprir metas, cumprir Portugal: o Ambiente que queremos em 2048” e, a finalizar, o Hot Clube de Portugal apresentará a Mesa 4 dedicada ao “Papel da cultura em 2048.”

Augusto Faustino, presidente do Instituto Português de Reumatologia, revela que «o objetivo desta conferência é assinalar os 75 anos da nossa instituição, como a mais antiga instituição dedicada à Reumatologia em Portugal, realçando o papel fundamental que tem levado a cabo, nomeadamente através da assistência que tem prestado aos doentes reumáticos ao longo de todos estes anos. Por outro lado, consideramos também que seria muito interessante celebrar esta data com outras instituições e empresas que se destacam no nosso país pelo trabalho desenvolvido em áreas que consideramos essenciais na sociedade como a saúde, o ambiente, a tecnologia e a cultura. Para nós, IPR, será uma honra juntarmo-nos e partilhar este momento de celebração com a Beltrão Coelho, o Hot Clube de Portugal e a Liga para a Protecção da Natureza».

Segundo Ana Cantinho, diretora-geral da Beltrão Coelho “É com grande satisfação que aceitámos estar presentes e participar nesta conferência ao lado destas entidades de enorme renome e que, tal como a Beltrão Coelho, celebram este ano 75 anos de existência. Penso que é sempre útil não só fazer balanços, mas acima de tudo pensar sobre aquilo que nos reserva o futuro. Por isso, é com profundo agrado que iremos debater e partilhar visões sobre a importância, impacto e papel da Inovação e da IA em 2048!”.     

Rúben Oliveira, membro da Direção Nacional da LPN nota a feliz coincidência da data e da vontade das várias instituições se unirem para pensar o futuro: “É a primeira vez que a LPN se relaciona institucionalmente com os três parceiros do evento e a experiência tem sido verdadeiramente positiva. Mais do que olhar para trás, estamos todos empenhados em provar o importante papel que continuaremos a ter na sociedade”, refere Rúben Oliveira. “Ao longo da sua existência, a LPN tem sido incansável na proteção do património natural português, com resultados visíveis e tangíveis em diferentes regiões do país. Hoje, é tão importante valorizar e salvaguardar esse passado, como pensar os desafios do futuro e agir pelos valores e qualidade de vida que queremos ter nas próximas décadas”, acrescenta o dirigente.

Pedro Moreira, presidente do conselho directivo do Hot Clube Portugal, refere que “é com grato prazer que o Hot Clube se associa a estas prestigiadas instituições para celebrar os seus 75 anos, como expressão das suas ricas histórias assim como da vitalidade e relevância nas suas áreas de intervenção na sociedade portuguesa. Será um momento de partilha e reflexão com vários parceiros sobre caminhos futuros e afirmação das respectivas missões”.

O evento encerrará com um momento musical, a cargo do Hot Clube de Portugal, numa celebração da história e do compromisso destas instituições.

 
Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigação, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), apresenta novas informações para entender a...

Esta nova descoberta pode servir como potencial ajuda à criação e desenvolvimento de implantes cocleares (dispositivos eletrónicos usados por pessoas com surdez, que estimulam o nervo auditivo) e outros dispositivos médicos que possam traduzir-se num aumento da qualidade de vida de pessoas com privação auditiva.

Ao longo dos anos, estudos científicos têm mostrado que o cérebro humano possui uma enorme capacidade de se adaptar a situações de privação sensorial – como a cegueira ou a surdez –, característica conhecida como neuroplasticidade. Neste estudo, são reveladas alterações neuroplásticas nas redes auditivas e visuais causadas pela surdez, sublinhando a natureza dinâmica dos sistemas sensoriais em resposta à surdez congénita.

O estudo envolveu 31 pessoas, divididas em dois grupos (15 surdos congénitos e 16 normo-ouvintes), que foram sujeitas a diferentes estímulos visuais durante a realização de uma ressonância magnética. “Sabemos que a organização e a estrutura do cérebro sofrem alterações em pessoas privadas de um sentido, e que áreas do cérebro onde não chega informação assumem outras funções, o que não se verifica em indivíduos com as mesmas áreas sensoriais a trabalhar em pleno. Também sabemos que, em surdos congénitos, o córtex auditivo é ativado após receber estímulos visuais. O nosso objetivo foi perceber como é que a informação visual chegava ao córtex auditivo dos indivíduos surdos congénitos”, contextualiza a investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), Zohar Tal.

A equipa de cientistas concluiu que, nos surdos congénitos, a informação visual que é processada no córtex auditivo advém de estruturas subcorticais como o núcleo geniculado lateral, o tálamo ou o pulvinar, “estruturas tipicamente dedicadas ao processamento visual que transmitem informação, em normo-ouvintes, para o córtex visual”, explica o docente e investigador da FPCEUC, Jorge Almeida. “Estas estruturas processam aspetos sensoriais e visuais mais simples e são parte integrante do processamento visual inicial”, acrescenta o também líder do estudo.

O artigo científico Neuroplastic changes in functional wiring in sensory cortices of the congenitally deaf: A network analysis, que contou também com a participação de cientistas de universidades da Alemanha, China e Estados Unidos da América, foi publicado na revista Human Brain Mapping, estando disponível em https://doi.org/10.1002/hbm.26530

À escala mundial
A Magic Beans selecionou e implementou uma solução de automatização que capacitou a iFeel com um mecanismo escalável, aberto,...

A iFeel é uma empresa pioneira na prestação de cuidados de saúde mental e bem-estar através do digital e que atua em mais de 30 países, entre os quais se contam Espanha, França, Portugal, Brasil, México e Colômbia. Com uma rede de mais de 600 psicólogos altamente experientes e qualificados que prestam apoio a mais de 1 milhão de pacientes em 25 idiomas, a iFeel tinha diante de si o desafio de implementar uma solução tecnológica que lhe permitisse responder, de forma simples, segura, escalável e resiliente, ao crescimento exponencial (+ 70%) que os seus serviços para empresas registaram a partir da eclosão do Covid19. A multinacional portuguesa Magic Beans, especializada e totalmente vocacionada para a prestação de serviços de aconselhamento em tecnologia para a Cloud, foi a escolhida para apoiar a iFeel neste projeto.

A Magic Beans apoiou a iFeel nesta jornada de transformação digital, analisando as diferentes opções disponíveis no ecossistema global de serviços na cloud e propôs a implementação da solução de gestão de APIs Google Cloud Apigee, que considerou ser a mais adequada para este caso concreto, integrando-a completamente com as aplicações da iFeel, que correm sobre a infraestrutura implementada na AWS. A Apigee, uma das melhores APIs Managers do mercado, oferece um ambiente seguro e escalável sem qualquer limitação ao crescimento quer do número de utilizadores, quer do negócio da iFeel

Graças à Google Cloud Apigee, a iFeel viu o tempo de integração dos utilizadores dos seus serviços passar de dias a escassas horas, e dispõe agora de um sistema sobre o qual tem um maior nível de controlo, que suporta as necessidades atuais e futuras do seu negócio e que chega a muito mais utilizadores. Desta forma, a empresa pôde também abandonar o processo tradicional que utilizava, e que para garantir a precisão e a segurança estava assente em vários procedimentos de controlo e em elevadas cargas de trabalho manuais. Consequentemente, a iFeel enfrentava riscos de atraso que punham em causa a qualidade da experiência que oferecia aos seus clientes, bem como o nível de satisfação dos seus parceiros.

A iFeel recorreu também às equipas da Magic Beans para desenharem e implementarem a solução baseada no serviço Apigee X. A implementação decorreu de forma ágil e transparente, proporcionando uma camada de comunicação abstrata entre os sistemas, facilitando o desenvolvimento e simplificando o nível de complexidade inerente a este projeto.

 Segundo Santy Prada, CTO da iFeel: “A solução que a Magic Beans nos propôs substituiu a nossa forma tradicional de trabalharmos, permitindo-nos evoluir para uma solução automatizada mais escalável e segura, para assim oferecermos os nossos serviços a um número crescente de parceiros e clientes, e com capacidade para integrar facilmente as plataformas dos nossos parceiros. A implementação da Apigee pela Magic Beans representou uma transformação radical para a iFeel e preparou-a para suportar melhor o crescimento do seu negócio, tanto agora como no futuro.”

“A nova solução baseada em Apigee reduz significativamente o processo de integração dos utilizadores dos serviços, que passa de dias para horas, e permite que a iFeel chegue a mais e novos clientes importantes. Sem ela, a sua integração com o método de onboarding anterior teria sido mais lenta e complexa. Além de ter passado a dispor de um mecanismo escalável, aberto, elástico e adaptável de onboarding dos seus utilizadores empresariais, a iFeel passou a estar capacitada com um sistema que lhe permite enfrentar o crescimento do seu negócio agora e no futuro,” explica Felix del Barrio, Google Global Business Leader da Magic Beans.

 
Datas disponíveis a partir de fevereiro de 2024
A Clínica do Gil, um projeto da Fundação do Gil que visa proporcionar cuidados de saúde focados na saúde mental das crianças e...

Localizada no jardim da Fundação do Gil, em Lisboa, a Clínica do Gil encontra-se na fase final de construção, contando com o apoio dos mecenas ZIPPY e Jerónimo Martins. Com inauguração prevista para janeiro e total operacionalização em fevereiro de 2024, a Clínica do Gil pretende proporcionar um espaço aberto a toda a comunidade, com preços sociais e preços de mercado. Focada na promoção da saúde mental de crianças, adolescentes e famílias, a clínica oferece uma abordagem integrada e multidisciplinar e disponibilizará terapias tão diversas quanto: Pedopsiquiatria, Psicologia Clínica, Psicopedagogia, Terapia da Fala, Educação Especial, Terapia Ocupacional, o Yoga, Terapia pelas Artes, entre outras. 

A clínica visa atender as seguintes necessidades no âmbito da saúde mental através de três níveis de intervenção:

  • Prevenção e Promoção da Saúde Mental: Terapias Expressivas em grupo, incluindo musicoterapia pré-natal, pós-natal e para pais-bebés.
  • Intervenção Terapêutica na Saúde Mental: Consultas especializadas, abrangendo pedopsiquiatria, psicologia, terapia familiar, terapia ocupacional, entre outras e grupos terapêuticos para diversas faixas etárias e problemáticas.
  • Psicoeducativo e Formativo na Saúde Mental: Workshops e grupos de promoção de competências socioemocionais para pais, professores e crianças.

Para mais informações sobre a reserva das consultas disponíveis, envie email para [email protected]

Conheça melhor o projeto da Clínica do Gil aqui: https://youtu.be/wyj8cwykBKw?si=VYfJVARw-Jgc2Mt5  

 
Problema afeta 95% da mulheres após puberdade
A celulite é uma acumulação de gordura que se caracteriza pelo aspeto ondulado da pele, tipo “casca

A celulite observa-se nas áreas onde a gordura está sob a influência das hormonas femininas (estrógeno), como nas ancas, coxas e nádegas, embora possa ocorrer em diferentes zonas. A causa da celulite é multifatorial. Os fatores predisponentes são a genética, parte hormonal, alimentação e sedentarismo.

Os graus de celulite são determinados através de uma escala que avalia as suas principais características:

  • Grau 1: sem ondulações ou irregularidades. Ao comprimir a pele, surgem pequenas ondulações e “buraquinhos”.

  • Grau 2: ondulações e “buraquinhos” já são percebidos sem comprimir a pele.

  • Grau 3: presença de nódulos

  • Grau 4: vários nódulos, celulite “dura”, inchaço, comprometimento da circulação, pele com aspeto acolchoado.

Nos graus avançados, a celulite pode causar dor, pois promove a compressão de terminações nervosas locais.

O tratamento da celulite passa por alterações do estilo de vida, alterações na alimentação e tratamentos concebidos para tratar de forma eficaz esta condição. O lipolaser4k é um procedimento que numa única sessão permite tratar a celulite. É feito recorrendo a uma fibra ótica que trata a pele e a gordura desde o interior. Nas fases iniciais, a tecnologia Deep Slim está indicada. Trata-se de ultrassons de baixa frequência, tecnologia exclusiva e patenteada que permitem desinflamar os tecidos e corrigir o aspeto casca de laranja.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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