Saúde à mesa
Considerado um dos queijos mais saudáveis que pode incluir na sua alimentação, o queijo Quark é um d
Bola de queijo quark

Eleito pelos desportistas por ser uma excelente fonte de proteína, o queijo Quark é feito a partir do leite de vaca, apresentando uma consistência cremosa que faz lembrar o iogurte. Com um ligeiro travo ácido, adapta-se a quase todo o tipo de receita, doce ou salgada, sendo uma excelente opção para refeições leves.

Muito usado na Alemanha, este queijo apresenta vários benefícios.

O queijo Quark é rico em proteína de alto valor biológico (como a caseína), essencial para a formação de massa muscular.

Sendo de absorção lenta, este queijo faz com que se sinta saciado durante mais tempo.

Com baixo teor de gordura e hidratos de carbono, é ideal para manter a linha. 100 gramas deste queijo contém cerca de 9 gramas de proteína e apenas 50 calorias.

Por outro lado, trata-se de um alimento rico em cálcio contribuindo para a boa saúde dos seus ossos. Uma porção de queijo Quark fornece 5% da ingestão diária recomendada deste mineral.

E se achava que os benefícios deste alimento acabavam por aqui, saiba que este queijo pode trazer resultados inesperados. Na realidade, e de acordo com a organização australiana – Food Intolerance Network – este queijo é um excelente substituto para quem tem intolerância à lactose.

Agora que já conhece o porquê de o consideramos como um super alimento, delicie-se com estas receitas:

Gelado de Banana

  • 3 bananas
  • 300 ml de leite sem lactose
  • 350 gramas de queijo quark
  • Canela q.b.

Modo de preparação

Misture bem todos os ingredientes no liquidificador: as bananas, o leite sem lactose e o queijo quark e, por fim, a canela.
Depois, coloque numa taça e leve ao frigorífico.  

Mousse de Quark e café

  • 50 gramas de quejo quark
  • 3 doses de stevia
  • 50 gramas de chocolate preto (70 % cacau) em pó
  • 2 colheres de sopa de café instantâneo

Modo de preparação

Misturar o queijo com a stevia e reservar. Preparar o café à parte e, depois de pronto, misturar bem com o queijo e a stevia. 
Acrescentar o chocolate ao preparado até que todos os ingredientes se liguem.  
Deixar repousar no frigorífico durante cerca de duas horas.

Cheesecake de banana

  • ¼ de aveia instantânea ou farinha de aveia
  • 2 colheres de sopa de molho de maçã
  • 170 gramas de queijo quark magro
  • 1 colher de sopa de mel
  • ¼ de banana esmagada
  • ½ colher de chá de farinha maizena (amido de milho)
  • ¼ colher de chá de extrato de baunilha

Modo de preparação

Pré-aqueça o forno a 150°C e aplique um pouco de spray anti-aderente (tipo Pam) em duas formas para bolos pequenos.
Misture a aveia com o molho de maçã numa tigela pequena. Divida a mistura em dois e pressione-a contra as formas para bolos. Leve ao forno, a 150°C, durante oito minutos. Deixe arrefecer no forno.
Numa tigela de tamanho médio, misture o queijo quark com o mel até obter uma mistura bem cremosa. Em seguida misture também a banana, a farinha maizena e o extrato de baunilha. Deite esta mistura por cima da crosta das duas formas.
Coloque as formas no forno e deixe-as a assar a 150°C durante 19-22 minutos. Deixe arrefecer à temperatura ambiente antes de cobrir com um filme plástico.
Deixe as formas a arrefecer no frigorífico durante pelo menos 3 horas antes de servir.

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Os alimentos certos para equilibrar o pH do organismo

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Investigadores da Universidade do Porto participaram num estudo internacional onde se concluiu que consumir peixe mais que três...

"O peixe é uma fonte de poluentes orgânicos e uma exposição frequente a esse tipo de produtos químicos (incluindo os desreguladores endócrinos), aumenta os riscos de desenvolver obesidade na infância ou mesmo transtornos durante o crescimento da criança", lê-se num comunicado divulgado hoje pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).

Os investigadores do ISPUP Henrique Barros e Andreia Oliveira participaram nesta investigação através do programa Geração XXI, que acompanha o desenvolvimento de 8647 crianças até à idade adulta, iniciado em 2005.

Durante a investigação foram recolhidas informações de 26.184 mulheres grávidas e dos filhos destas, na Europa e nos Estados Unidos. Concluiu-se do trabalho que Espanha é o país com maior consumo de peixe durante a gestação, estando Portugal em segundo lugar, com um consumo médio de peixe de quatro vezes por semana.

Os investigadores, que estabeleceram uma ligação entre o consumo de peixe por parte da mãe e o desenvolvimento da criança até aos seis anos, afirmam que os excessos são nocivos e comuns, embora não esclareçam sobre a quantidade e o tipo de peixe ideal que deve ser consumido.

Das 8.215 crianças acompanhadas, verificou-se que 31% tiveram uma rápida taxa de crescimento desde o nascimento até ao segundo ano, enquanto cerca de 19% (4.987) registaram excesso de peso ou estavam obesas aos quatro anos e 15% (3.476) aos seis anos.

"A contaminação dos peixes por poluentes no meio ambiente pode ser uma explicação para os efeitos observados em crianças pequenas entre a quantidade de peixe consumida pelas mães quando estavam grávidas e o aumento do excesso de peso entre as crianças", conclui o estudo.

Em 2014, a agência do medicamento norte-americana (FDA, sigla em inglês) e a Agência de Proteção Ambiental (EPA) já tinham alertado que as mulheres grávidas ou que pretendiam engravidar não deviam consumir peixe mais do que três vezes por semana, para não expor o feto ao mercúrio, considerado "um metal pesado e tóxico para o desenvolvimento do cérebro infantil".

Estudo
Doenças inflamatórias, retinopatia diabética que pode conduzir à cegueira ou cancros são algumas das enfermidades que podem...

O estudo científico sobre o efeito dos polifenóis da framboesa na angiogénese (formação de vasos sanguíneos), publicado recentemente no Jornal of Cellular Biochemistry, indica que a ingestão de compostos bioativos da framboesa, com as suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, melhora a capacidade das pessoas em evitar doenças inflamatórias e o cancro do cólon ou da mama, por exemplo.

“Aquilo que os resultados demonstram de uma forma consistente no nosso modelo celular é que os compostos bioativos que estão presentes na framboesa (polifenóis) comprovam que existe uma enorme potencialidade de modelação da atividade biológica por interação com o ambiente e, neste caso quanto maior for o consumo deste alimento, teoricamente maior a nossa capacidade de evitarmos doenças como inflamações e o cancro”, explica Mário Sousa Pimenta, um dos investigadores que participou no estudo intitulado “Polifenóis das framboesas inibem angiogénese. Comer para parar o cancro e evitar a lenta acumulação de doenças”.

O trabalho científico da equipa de investigadores de Universidade do Porto consistiu em analisar os efeitos dos polifenóis, compostos bioativos presentes na framboesa e que têm potencial anti-inflamatório e antioxidante, na modulação da formação de novos vasos sanguíneos (angiogénese).

Segundo Mário Sousa Pimenta, dos resultados obtidos no ensaio experimental, os polifenóis da framboesa e de outros frutos vermelhos com cor intensa apresentam “um potencial de inibir a angiogénese, ou seja, tem potencial para inibir a formação de novos vasos sanguíneos, proliferação de células que revestem as paredes dos vasos sanguíneos e evitar a sua capacidade migratória das células.

A retinopatia diabética, doença oftalmológica associada à diabetes e a causa mais frequente de cegueira adquirida, traduz-se precisamente por um aumento da produção de vasos sanguíneos. Com este estudo, “teoricamente nós inibimos a giogénese, e podemos impedir consequências de uma diabetes.

Os polifenóis estão também associados a longa vida.

A ingestão diária de polifenóis na Sardenha (Itália), através de vinhos tintos a partir da uva Cannonau, que faz aquele néctar ter em média três vezes mais polifenóis do que outros vinhos consumidos, tem sido associado a “uma maior longevidade das populações”, refere o espacialista.

Num outro local do mundo, no arquipélago de Oquinaua (província mais ao sul do Japão), o consumo de derivados da soja está associado a uma alta longevidade, porque nessa região asiática há um elevado consumo de polifenóis através daquela leguminosa, que se associa a uma diminuição de "cinco a seis vezes da taxa de incidência de cancro do cólon ou da mama ou doença cardiovascular", acrescenta.

No caso da framboesa, diz o investigador, percebeu-se que há uma diminuição da proliferação das células que revestem os vasos sanguíneos e registou-se também uma diminuição da sua capacidade de migrar das células, que é tanto maior quanto mais forem concentrados os compostos bioativos, explicou Mário Sousa Pimenta, que admite ter aumentado o consumo de frutos vermelhos diariamente.

O consumo de polifenóis ajudam as pessoas a proteger-se quer seja o cancro, quer seja a própria metastização do cancro, quer seja de doenças inflamatórias, reiterou o médico, referindo que dados do estudo concluiem também que se registaram "alterações de citoesqueleto", que tem um função de suporte das células e do movimento.

O estudo científico foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e enquadra-se num contexto de promoção da investigação científica pré-graduada.

Médicos concordam
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, manifestou-se de acordo com a intenção do Governo de colocar jovens...

Em declarações, José Manuel Silva comentou as declarações à rádio TSF do coordenador nacional para a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área dos Cuidados de Saúde Primários, Henrique Botelho, segundo as quais o “meio principal” para resolver o problema da falta de médicos de família será “a fixação dos jovens acabados de sair do internato e que nos últimos anos foram ‘afugentados do país’".

O bastonário concordou com a intenção do Governo, mas reiterou que, “no imediato”, a questão só se resolve contratando médicos de família reformados.

“Neste momento, o que há a fazer é efetivamente contratar os médicos que acabam a especialidade. Isso é o normal, o expectável e o mínimo que o governo tem a fazer”, sustentou.

Para José Manuel Silva, o problema de falta de clínicos a exercer no SNS “resolve-se com os jovens que estão atualmente a ser formados como especialistas de medicina geral e familiar a um ritmo de 400 por ano”.

“É preciso contratá-los, e que os concursos sejam justos, transparentes e céleres. Isso é o normal, é o que se espera que o Estado faça”, sublinhou.

O bastonário insistiu na ideia de que em Portugal não há falta de clínicos mas de concursos “justos, transparentes e céleres” para admissão no Serviço Nacional de Saúde.

“Nós não temos um problema de falta de médicos em Portugal. Temos um problema de contratação para o Serviço Nacional de Saúde, ou de não contratação ou de dificuldade na contratação”, explicou José Manuel Silva.

No entanto, alertou que, no imediato, a questão só se “resolve contratando médicos de família reformados”, salientando que o atual Governo tomou uma “medida justa” ao possibilitar que os clínicos reformados possam acumular a sua pensão com 75% do salário.

“Isso pode, no imediato, permitir recrutar mais de dois mil médicos de família reformados recentemente, e ir buscar um número de médicos de família para durante dois, três anos permitir atribuir um médico de família a todos os português”, sublinhou José Manuel Silva.

O bastonário lembrou que nos últimos quatro anos emigraram mais de mil médicos de família devido “às dificuldades de contratação criadas pelo anterior Governo”, e também pela desqualificação do trabalho médico e a “enorme pressão burocrática” sobre aqueles.

“O computador está a substituir o doente como elo central da consulta, o doente está a deixar de ser o centro da consulta para ser o computador e as pressões burocráticas, as regras e os indicadores. Todo esse trabalho destabiliza o trabalho do próprio médico e muitos optaram por sair do SNS, emigrar e ir para o setor privado ou para reformas antecipadas”, disse, acrescentando: “o que se passou nos últimos quatro anos foi mau”.

O Governo apresenta hoje um plano para reformar os cuidados de saúde primários, onde se inclui a fixação de profissionais jovens acabados de sair do internato como uma das soluções para resolver o problema da falta de médicos de família nos centros de saúde, segundo avançou à TSF Henrique Botelho.

Reforma do SNS
Ministério apresenta esta quarta-feira o Plano Estratégico da Reforma do SNS para os Cuidados de Saúde Primários. Entre outras...

Os objetivos são muito ambiciosos: dar, finalmente, um médico de família (e mesmo um enfermeiro e um secretário clínico) a todos os portugueses inscritos nos centros de saúde, arrancar com consultas de saúde oral e de oftalmologia, enquanto se aumenta o número de nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos clínicos e assistentes sociais nos cuidados de saúde primários. As ideias têm sido avançadas ao longo das últimas semanas pelos responsáveis do Ministério da Saúde, mas esta quarta-feira vão ser explicitadas durante a apresentação do Plano Estratégico da Reforma do SNS para os Cuidados de Saúde Primários.

Simultaneamente, pretende-se equipar os centros de saúde com alguns meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica, por exemplo eletrocardiograma, espirometria e monitorização da tensão arterial ao longo do dia. Tudo para retirar pessoas dos hospitais onde os cuidados de saúde são mais dispendiosos e de forma a apostar na sempre tão propalada prevenção.

Para poder concretizar todos estes objetivos – e é preciso lembrar que ainda mais de um milhão de portugueses não tem médico de família atribuído, de acordo com os últimos dados disponíveis -, vai ser necessário criar mais Unidades de Saúde Familiar (USF) e conseguir cativar médicos de família aposentados para um regresso transitório ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) . Para isso, como já foi anunciado, os aposentados poderão acumular a reforma com 75% da remuneração correspondente à sua categoria.

Também o modelo do concurso para admissão dos novos médicos de família será alterado. O ministério quer passar a fazer um concurso único a nível nacional em que conte apenas a nota final do exame, como já explicou em Janeiro, em entrevista ao jornal Público, o secretário de Estado adjunto da Saúde Fernando Araújo. “Os médicos que realizem o exame com aproveitamento serão colocados logo no mês a seguir”, ao contrário do que acontece atualmente, mas isto implicará que médicos formados no Norte, onde a cobertura já é superior a 98%, tenham que ir para Lisboa e para o Algarve, onde mais um quinto dos inscritos não tem médico assistente nos centros de saúde, admitiu.

Quanto ao reforço de outros profissionais nos centros de saúde, as áreas da saúde oral e a oftalmologia serão as primeiras a avançar com experiências–piloto. No primeiro caso, “a estratégia passa por selecionarmos um conjunto de centros de saúde no Alentejo e Lisboa e faremos com a OMD [Ordem dos Médicos Dentistas] a seleção dos médicos e locais”. A OMD entregou entretanto uma proposta no ministério. Neste área será dada prioridade “aos utentes mais vulneráveis, com insuficiência económica e com patologias crónicas associadas, isto é, adultos com patologia oncológica, diabetes e patologia cardiovascular”, por exemplo, disse Fernando Araújo.

Na oftalmologia, a ideia, explicou também o governante, é “aproveitar o rastreio da retinopatia diabética que já realizamos em várias regiões de forma muito bem estruturada e utilizar o mesmo processo para efetuar o rastreio da doença macular e do glaucoma” e ainda despistar precocemente a ambliopia nas crianças.

Outra intenção da equipa para a reforma dos cuidados de saúde primários que é coordenada pelo médico de família Henrique Botelho passa por aumentar a afabilidade e a qualidade dos serviços prestados através, entre outras coisas, da aposta na figura do “serviço de secretariado clínico”, que é o primeiro ponto de contacto com o utente. “Temos que ter um sistema simpático, disponível para as pessoas, para as ouvir”, explicou já em Dezembro Henrique Botelho.

Quanto às taxas moderadoras, estas apenas vão diminuir 50 cêntimos nas consultas nos centros de saúde (de 5 para 4,5 e euros), valores ainda assim bem mais baixos do que os que são pagos nas consultas hospitalares (e que vão passar para 7 euros).

Investigação revela
Em Portugal, 26% dos professores faltam por problemas de voz um a dois dias por ano e 82% vão trabalhar mesmo com problemas...

Eugénia Castro, coordenadora da Unidade da Voz do Hospital CUF Porto, afirma que "os profissionais que usam muito a sua voz e, sobretudo os que usam a voz como instrumento básico de trabalho, designados de profissionais da voz, devem aprofundar os seus conhecimentos sobre saúde e higiene vocal".

Nomeadamente em relação aos "princípios fundamentais de uso da voz para evitar as situações designadas de abuso e mau uso vocal, respeitar os princípios gerais de higiene de vida como manter uma hidratação regular, exercício físico, cumprir o horário adequado de repouso noturno e evitar a ingestão de tabaco e álcool".

Em Portugal, um trabalho da investigadora Isabel Guimarães, publicado na Revista Portuguesa de Saúde Pública, aponta para uma incidência de problemas vocais em mais de metade dos professores no ativo. Verificou-se ainda, em inquéritos realizados à classe docente, que 26 % dos professores faltaram por problemas de voz um a dois dias por ano, 82% foram trabalhar mesmo com problemas limitantes e apenas 32% procurou tratamento médico. Cerca de 85% dos professores nunca tiveram formação em voz ou treino vocal no grupo estudado, em Portugal.

Os profissionais que façam uso frequente da voz devem, por isso, de acordo com a Otorrinolaringologista Eugénia Castro, "manter-se alerta e procurar apoio médico em caso de qualquer sintoma de alteração da voz". "Idealmente", acrescenta, "todos os profissionais de voz deveriam realizar pelo menos um exame às cordas vocais e fazer formação especifica em treino vocal".

Em linha com todas estas preocupações dos Otorrinolaringologistas, a Unidade de Voz do Hospital CUF Porto organiza, no próximo dia 26 de fevereiro, a reunião "Voz Profissional e Artística" dirigida a todos os profissionais da voz, como professores, cantores ou atores.

A inscrição é gratuita mas limitada à capacidade da sala.

Estudo
A janela de oportunidade para a humanidade controlar o aquecimento global, através da redução da emissão de gases com efeito de...

Estimativas iniciais do orçamento do carbono – a quantidade de dióxido de carbono, gás que retém calor, que se pode libertar na atmosfera sem aquecer a Terra em mais de dois graus Celsius (2ºC) – têm-se localizado entre 590 mil milhões e 2,4 biliões (milhão de milhões) de toneladas.

Porém, a nova investigação situa o limite máximo em metade deste, nos 1,24 biliões de toneladas de dióxido de carbono, escreve o Sapo.

“Concluímos que este orçamento está no limite inferior do que os estudos indicavam até agora”, afirmou o principal autor do documento, Joeri Rogelj, um cientista do clima, do International Institute for Applied Systems Analysis, da Áustria.

“Se não começarmos a reduzir as nossas emissões imediatamente, vamos rebentá-lo (ao orçamento) em poucas décadas”, avisou.

O objetivo de conter o aumento da temperatura da superfície em 2ºC, limite visto então geralmente como o limite a não superar sob pena de entrar em zona perigosa, foi estabelecido pela primeira vez em 2010.

Mas milhares de estudos científicos posteriores demonstraram que até uma pequena subida da temperatura pode ter consequências severas, em particular para as nações mais pobres.

Com o atual aumento inferior a 1ºC, em relação aos níveis pré-industriais, o mundo está a assistir a secas, inundações e mega tempestades agravadas pelas alterações climáticas.

Em resultado, o acordo alcançado em Paris na Cimeira do Clima, promovida pela Organização das Nações Unidas, adotou o objetivo mais ambicioso parta o aumento da temperatura “bem abaixo dos 2.ºC”, prometendo perseguir a meta dos 1,5ºC.

As emissões de dióxido de carbono em 2015 atingiram as 40 mil milhões de toneladas e prevê-se que continuem a aumentar na próxima década, mesmo considerando as promessas de corte destas emissões feitas por cerca de 190 Estados em Paris.

Se as emissões atuais continuarem a este ritmo, o ‘orçamento de carbono’ associado aos 2ºC será gasto entre 15 a 20 anos, segundo os novos cálculos.

Para um objetivo de 1,5ºC, este orçamento “seria esgotado dentro de uma década”, disse Rogelj à agência noticiosa AFP.

“É indubitável que é preciso aumentar radicalmente a ambição de qualquer coisa que se conheça para estabilizar o aquecimento global, seja nos 1,5 ou 2ºC – ou até já em aumentos superiores”, respondeu por correio eletrónico.

Para o estudo, publicado na revista Nature Climate Change, Rogelj e uma meia dúzia de coautores procuraram compreender porque as estimativas anteriores do orçamento de carbono variaram tanto.

Parte da distância é atribuída a diferentes métodos e cenários de projeção de tendências para o futuro.

Outro fator é o de muitos estudos considerarem apenas o dióxido de carbono, gás dominante nas emissões com efeito de estufa, tratando os outros da mesma maneira.

O dióxido de carbono é responsabilizado por mais de 80% do aquecimento global.

“Na nossa proposta de intervalo de variação, consideramos todas as emissões humanas e não apenas as do dióxido de carbono”, adiantou.

Ginecologistas defendem
Excisões "minimalistas", que permitam respeitar as tradições culturais sem pôr em perigo a saúde das mulheres, devem...

"Não defendemos que as intervenções sobre os órgãos genitais de mulheres são desejáveis, mas sim que certas intervenções devem ser toleradas pelas sociedades ocidentais", escrevem os dois autores numa revista especializada, o Jornal de Ética Médica. Em vez de falar sobre mutilação genital, os dois médicos ginecologistas recomendam o uso do termo "alteração genital" para descrever os diferentes métodos de excisão e os riscos que lhes estão associados, escreve o Sapo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), organização que lançou uma campanha contra esta prática, cerca de 200 milhões de mulheres foram vítimas de excisão no mundo, principalmente na África e no Médio Oriente.

O procedimento envolve a remoção parcial ou total da genitália externa feminina (clitóris, lábios grandes e pequenos) e é realizada em crianças, às vezes muito jovens, e em adolescentes por razões culturais, religiosas ou sociais. A prática pode levar à morte.

Para os médicos Shah Kavita Arora e Allan J. Jacobs, ambos de Cleveland, nos Estados Unidos, há dois tipos de excisão que podem ser tolerados: as que não têm efeito duradouro sobre a aparência ou o funcionamento dos órgãos genitais e aquelas que mudam "ligeiramente" a sua aparência, sem ter um efeito duradouro sobre a capacidade reprodutiva ou satisfação sexual das mulheres.

Os dois autores comparam essas intervenções à circuncisão masculina, que é aceite e legal no mundo ocidental. No mesmo artigo, os dois médicos defendem que todas as excisões que perturbem a sexualidade e o curso da gravidez ou do parto devem ser proibidas.

Esta opinião despertou fortes reações, nomeadamente na comunidade médica.

Para Ruth Mackin, médica na Escola de Medicina Albert Einstein de Nova York, "uma tradição cultural destinada a controlar as mulheres, mesmo da forma menos nociva, deve ser abandonada".

Brian D. Earp, investigador norte-americano especialista em bioética, teme, por seu lado, que a autorização de excisões "mínimas" seja um "fiasco", multiplicando os problemas legais, regulamentares, médicos e sexuais.

Este cientista defende também uma "atitude menos tolerante" diante da circuncisão, sublinhando que as crianças dos dois sexos "não devem ter seus órgãos sexuais alterados ou retirados antes que possam compreender e autorizar este tipo de intervenção".

Arianne Shahvisi, da universidade britânica de Sussex, estima que uma abordagem minimalista teria poucas chances de culminar no objetivo desejado por estas mutilações, "que é controlar o apetite sexual das mulheres".

Médico português garante
Daniel Pereira diz que é preciso perceber se a nova campanha a favor do copo menstrual não está relacionada com a investigação...

A experiência do médico Daniel Pereira da Silva, antigo diretor do serviço de ginecologia do IPO de Coimbra, diz-lhe que apenas houve problemas com a primeira geração de tampões, que surgiram há muitos anos.

Atualmente, os tampões e pensos higiénicos, utilizados cada vez mais pelas mulheres, não têm contraindicações, escreve a TSF. "O uso nesta geração é cada vez maior e não tenho verificado na prática corrente, nem li na literatura idónea qualquer aumento de ocorrências relativamente a infeções ou alterações tóxicas de outra natureza, relacionadas com o uso destes dispositivos", garante.

Pereira da Silva salienta que atualmente há uma campanha na defesa de um novo método para utilizar durante o período menstrual e isso pode explicar alguma coisa. "É o chamado copo menstrual e há uma crescente promoção deste método. Também temos que ver se esses estudos que agora aparecem não estão relacionados com essa situação e se são idóneos".

De qualquer modo, o médico ressalva que, embora nunca lhe tenham surgido casos de infeções ou cancros provocados pelos tampões, novos estudos são sempre importantes.

Caso diferente é o uso dos chamados pensos higiénicos diários. Muitas vezes este e outros ginecologistas desaconselham o seu uso porque eles são, por vezes, causadores de dermatites.

Cientistas australianos
Um tratamento testado em ratos conseguiu devolver a memória à maior parte dos indivíduos da amostra. A técnica ainda não foi...

Cientistas australianos desenvolveram um tratamento que pode eliminar substâncias neurotóxicas causadoras de perda de memória e de funções cognitivas em pessoas com Alzheimer. A técnica, testada em ratos, conseguiu devolver a memória a 75% da amostra através de uma tecnologia ultrassónica não invasiva. Mas o tratamento ainda não foi testado em humanos, escreve o Observador.

O desenvolvimento de Alzheimer deve-se normalmente a dois tipos de lesões: placas de amiloides – filamentos de proteínas que se depositam nos tecidos do corpo prejudicando a sua função – e novelos neurofibrilares – que alteram a composição do citoplasma dos neurónios do córtex cerebral. Essas placas depositam-se entre os neurónios formando massas densas de moléculas de proteínas. Os novelos, por sua vez, estão dentro das células e nascem a partir de proteínas deformadas que formam uma massa insolúvel. Essa massa origina filamentos que se emaranham e impedem o transporte de matérias essenciais, como os nutrientes.

Estes investigadores dizem que foram capazes de eliminar estas lesões utilizando uma terapêutica de ultrassom focalizado, que envia ondas sonoras para o interior do cérebro. A sua oscilação é tão rápida que essas ondas conseguem contornar a barreira hematoencefálica (uma camada permeável que protege o cérebro de bactérias) e ativar as células gliais, que protegem os neurónios. Como essas células são as responsáveis pela “limpeza” das células, tornam-se capazes de eliminar as placas de amiloides.

Nenhum dos ratos onde o tratamento foi testado e bem-sucedido apresentou danos colaterais, garantiram os cientistas no comunicado de imprensa. Pelo contrário, ficaram mais capacitados para identificar objetos, recordar espaços que devem evitar e lembrar caminhos em labirintos.

Estudo revela
Metade das grávidas hipertensas e que estão medicadas desenvolvem complicações no parto ou pós-parto, segundo um estudo...

Após avaliadas 139 grávidas hipertensas, concluiu-se que apesar da existência de um controlo da tensão 51,5% das grávidas com medicação prescrita apresentam eventos adversos no parto, puerpério ou pós-parto.

“O controlo de tensão não é suficiente para evitar complicações. A doença hiperativa na gravidez não depende apenas do controlo tensional”, explica José Mesquita Bastos, coordenador do estudo e cardiologista do Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

A investigação, que vai ser apresentada no 10º Congresso Português de Hipertensão, que começa na quinta-feira em Vilamoura, mostra ainda que a hipertensão anterior à gravidez aumenta a probabilidade de outros problemas.

Por exemplo, a probabilidade de aparecer diabetes gestacional na gravidez com hipertensão arterial é de 21%, enquanto numa gravidez normal é apenas de 12%.

A hipertensão na gravidez está ligada à pré-eclampsia ou eclâmpsia, que pode mesmo levar a mulher à morte. Aliás, a hipertensão é responsável por 16% da mortalidade materna.

José Mesquita Bastos alerta ainda para a importância de se fazer a medição da tensão arterial durante 24 horas (a MAPA – monitorização ambulatória da pressão arterial), nomeadamente para detetar falsas hipertensas.

“O mapa é muito importante. Se formos medir a tensão por esse aparelho podemos ter a surpresa de 30% não serem hipertensas”, refere o médico, explicando que muitas mulheres apresentam hipertensão em ambiente de consulta, numa reação de alerta, mas que não se revela se for medida durante 24 horas.

O coordenador do estudo avisa que há riscos em medicar uma falsa hipertensa, nomeadamente porque pode diminuir-se a profusão da placenta e comprometer a alimentação do bebé.

Conselho Português de Proteção Civil denuncia
O movimento cívico Conselho Português de Proteção Civil manifestou preocupação com o socorro prestado à população, afirmando...

Em causa está o Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa (CODU), onde “quando a situação o exige os técnicos operadores de telecomunicações de emergência contactam um médico do CODU do Porto ou de Coimbra”, afirma a organização em comunicado.

“Nem sempre é fácil, já que por vezes aqueles médicos estão ocupados, o que aumenta a demora na decisão e coloca em causa o socorro atempado à população”, lê-se no documento.

O movimento diz que a situação é ainda “mais preocupante” pelo facto de ser no CODU de Lisboa que funciona o CODU – Mar, onde “deveria estar o médico que devia prestar aconselhamento em situações de emergência médica a bordo de navios”.

Esta estrutura afirma que Portugal “falta à verdade” quando afirma que tem um centro telemédico marítimo a funcionar 24 horas por dia durante 365 dias por ano: “é falso e viola as mais elementares regras internacionais”.

“A situação é muito preocupante e pode eventualmente estar a causar atrasos no socorro ou mesmo mortes em terra ou no mar”, sublinha o organismo, que se apresenta como um movimento cívico composto por especialistas em proteção civil e socorro de pessoas e bens.

Em Portugal
A Mars Portugal anunciou que vai promover a recolha voluntária de determinados lotes de chocolates Mars e Snickers do mercado,...

“A qualidade e a segurança alimentar são imperativos dos quais a Mars não abdica. Assim, a empresa decidiu promover, por precaução, uma recolha voluntária de determinado lotes das marcas Snickers e Mars”, afirmou a representante portuguesa do grupo alimentar, em comunicado.

A decisão surge perante a possibilidade de algumas das barras de chocolate destas marcas poderem conter pequenos pedaços de plástico vermelho, segundo a Mars, que diz tratar-se de “um incidente isolado”.

O grupo agroalimentar Mars ordenou uma gigantesca retirada de chocolates Mars e Snickers em 55 países, depois de um pedaço de plástico ter sido encontrado numa tablete.

A decisão surge depois de um consumidor ter encontrado um pedaço de plástico vermelho numa tablete de Snickers comprada a 8 de janeiro na Alemanha.

Após se ter queixado à Mars, verificou-se que o plástico provinha da fábrica em Veghel, de uma capa protetora utilizada no processo de fabrico.

Assim, o grupo decidiu de modo “voluntário” e “por precaução” ordenar a recolha de produtos em vários países, incluindo a maioria dos europeus, como Holanda, Alemanha, França e Reino Unido, bem como o Sri Lanka e o Vietname.

Trata-se da primeira vez que a Mars tem de retirar produtos feitos na fábrica de Veghel, que abriu em 1963 e que emprega 1.200 pessoas.

A Mars Incorporated é um gigante norte-americano do setor agroalimentar, conhecido sobretudo pelos seus chocolates, mas que fabrica também arroz, massas e alimentos para animais domésticos.

Saúde e bem-estar
Tonturas, enxaquecas, queda de cabelo ou irritabilidade podem ser alguns dos sintomas apresentados p

O stress é parte integrante da nossa vida e, na dose certa, pode até ser benéfico uma vez que impede muitas situações de avançarem e/ou resolverem-se. O problema é quando ele existe em doses exageradas condicionando o nosso dia-a-dia e a nossa saúde.

De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, apesar de não ser a principal causa de problemas cardíacos, o stress pode contribuir, e muito, para o seu aparecimento ou agravamento.

O stress aumenta a pressão arterial, dificulta a cicatrização e deixa-nos, sobretudo, “mais vulneráveis a ataques de agentes patogénicos exteriores”.

Para entendermos como nos afeta, importa saber que o stress se encontra dividido em três fases.

Numa primeira fase, as regiões situadas na parte inferior do cérebro enviam os primeiros sinais de alarme para todo o corpo. “O hipotálamo e a hipófise libertam uma série de substâncias químicas – como adrenalina, cortisol e aldosterona – que fazem reagir o nosso organismo ao 'perigo' que se aproxima”.

Após a fase de alarme, o corpo já se adaptou às circunstâncias voltando ao seu estado normal (2ª fase).

A fase extenuante é a última fase do stress, e é aqui que aumenta o risco de doença.

O primeiro passo para combater o stress é identificar os fatores que o provocam, estando atento aos sinais exteriores.

No entanto, é ainda importante manter uma atitude positiva face aos desafios que a vida apresenta.

Ocupar a mente com pensamentos positivos, aprender a gerir o tempo, estabelecendo prioridades e definindo objetivos são outros pequenos truques que o podem ajudar.

Praticar exercício físico com regularidade e ter cuidado com alimentação são, ainda, ótimos aliados no combate ao stress.

Por isso, não se esqueça de apostar numa dieta equilibrada, rica em fruta, verduras, fibras e vitaminas, que ajuda a reforçar o sistema imunitário, aumentando a sensação de bem-estar físico.

Por outro lado, a ingestão de alimentos ricos em ómega-3 (como salmão, truta, sementes de chia) melhora o funcionamento do sistema nervoso, contribuindo para o seu equilíbrio.

Alimentos que combatem o stress

  1. Abacate: vários estudos mostram que comer abacate ajuda a reduzir o apetite e a combater a ansiedade.
  2. Mirtilos: pesquisas recentes revelam que o consumo de mirtilos aumenta a ação dos glóbulos brancos. Ricos em antioxidantes ajudam no reforço das defesas, aumentado a resposta do organismo ao stress.
  3. Vegetais de folhas verdes: um estudo realizado por investigadores da Universidade de Otago demonstrou a existência de uma relação entre o consumo de frutas e legumes e os estados de calma, energia e alegria. De acordo com os especialistas, legumes e frutas verdes ajudam a produzir dopamina, químico que ajuda à sensação de calma.
  4. Peito de Frango: os aminoácidos (triptofanos) presentes na proteína do frango ajudam a produzir serotonina, que contribui para o controlo do apetite, aumentando o bem-estar geral. Nozes, sementes, lentilhas, aveia, feijões e ovos são outros alimentos ricos em triptofanos.
  5. Iogurte: as substâncias probióticas presentes nos iogurtes reduzem a atividade cerebral em áreas associadas a emoções como o stress.
  6. Salmão: os ácidos gordos presentes no salmão possuem propriedades anti-inflamatórias que podem atuar sobre as hormonas do stress. Um estudo realizado em estudantes, nos Estados Unidos, mostrou uma redução de 20% nos níveis de ansiedade naqueles que haviam tomado suplementos de ómega-3.
  7. Chocolate Negro: está provado que o consumo moderado de chocolate negro pode ajudar a reduzir os níveis de stress. Os antioxidantes presentes ajudam a regular os níveis da pressão arterial e melhoram a circulação sanguínea.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação pede ajuda ao SICAD
Mais de dois alcoólicos por semana estão a pedir ajuda à SOS Hepatites para deixar de beber e para ter apoio médico, um número...

A presidente da SOS Hepatites, Emília Rodrigues, revelou que a associação se tem confrontado com um enorme número de doentes alcoólicos a pedir apoio e para os quais precisa de ajuda para dar resposta mais rápida e efetiva.

Por isso, reúne-se com o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), a quem vai “propor uma parceria”, já que este organismo “tem um bom trabalho”, com o qual pode ajudar a SOS Hepatites, “através dos seus conhecimentos”, para que possa ser dada “uma resposta mais célere, mais forte e sem errar”.

Segundo Emília Rodrigues, em 10 anos, houve um total de cerca de 50 alcoólicos a pedir ajuda à SOS Hepatites, mas só nos últimos seis meses já houve mais pedidos de ajuda do que nesses dez anos.

“Estão interessados em deixar de beber e em ter apoio especializado de médicos. Estamos dispostos a ajudar, através de consultas”, afirmou.

Trata-se de doentes com hepatite alcoólica, alguns cirróticos, que “querem saber o que podem fazer para não morrer”.

Emília Rodrigues explica este aumento de pedidos de ajuda, não com um crescimento efetivo do número de alcoólicos, mas com a diminuição da vergonha e do preconceito associados a esta doença.

O relatório anual “A situação do país em matéria de álcool 2014”, do SICAD, apresentado no início deste mês, revela que os pedidos de ajuda contra o alcoolismo estão a aumentar, sendo que doze pessoas por dia iniciaram tratamento e dez foram internadas por problemas relacionados com o uso de álcool em 2014.

Segundo o relatório, estiveram em tratamento no ambulatório da rede pública quase 11.881 utentes, dos quais 3.353 iniciaram tratamento pela primeira vez e 930 foram readmitidos.

Estes números revelam uma tendência de acréscimo, registando-se nos últimos três anos os valores mais elevados de novos utentes e de readmitidos.

Quanto a internamentos devido ao alcoolismo, deram entrada em Unidades de Alcoologia e Unidades de Desabituação 1.472 utentes e 2.256 em Comunidades Terapêuticas.

Pelo segundo ano consecutivo aumentou o número de internamentos por problemas relacionados álcool em unidades de alcoologia, enquanto nas comunidades terapêuticas a tendência de subida verifica-se já há vários anos.

Segundo especialista
As poeiras vindas de África que afetaram a qualidade do ar no sul de Portugal já estão a dissipar-se, mas foram atingidos dos...

"No sul de Portugal, ontem [segunda-feira] registámos dos valores mais elevados de sempre nas estações de monitorização de qualidade do ar", avançou Francisco Ferreira da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

O valor limite diário é de 50 microgramas de partículas inaláveis (PM10) por metro cúbico (mg/m3) de ar e chegou-se a "valores horários da ordem dos 260/270 mg/m3 no Algarve", especificou.

"Agora já estamos numa fase de dissipação deste episódio, a massa de ar está a deslocar-se para norte e noroeste e está a alargar e as concentrações que vamos encontrar mais a norte tenderão a ser mais reduzidas", salientou Francisco Ferreira.

Este é um fenómeno recorrente que afeta nomeadamente a Península Ibérica em determinadas alturas do ano, quando ventos mais quentes do norte de África trazem as poeiras dos desertos do Sahel ou do Sahara em nuvens de grandes dimensões que habitualmente permanecem por um, dois ou três dias.

Nestas situações, "as partículas inaláveis e por vezes também as partículas finas, ou seja, as PM10 e PM2.5, podem atingir valores elevados", referiu o especialista em poluição do ar.

Quanto à PM2.5, em algumas estações atingiram-se valores de 40 ou 50, também um valor muitíssimo elevado por comparação a circunstâncias normais, acrescentou.

As partículas podem ter algumas consequências para a saúde, principalmente se a exposição às poeiras for muito prolongada, para grupos mais vulneráveis, como as crianças, os idosos ou as pessoas com problemas respiratórios.

Como é um fenómeno natural, não é possível evitar a sua ocorrência e a legislação, que penaliza os valores acima dos limites de poluição estipulados, não condena estas ultrapassagens.

A nuvem de poeira foi alvo da atenção do astronauta britânico Tim Peake que, na segunda-feira, publicou na sua conta do Twitter uma imagem de Portugal e Espanha cobertos por uma espécie de pluma.

Promotora de petição diz
Laura Ferreira dos Santos, uma das promotoras da petição a favor da despenalização da morte assistida, considera que o elevado...

A professora universitária e autora de vários livros sobre a eutanásia, reagiu desta forma à notícia de que mais de 5.000 pessoas assinaram, nos últimos sete dias, a petição a favor da despenalização e regulamentação da morte assistida.

“Os portugueses não estão tão a leste da temática [da morte assistida] como muitos davam a entender”, disse, acrescentando: “As pessoas mais adversas a esta causa foram desaparecendo, até pela sua idade, e as gerações mais novas estão mais reivindicativas”.

Uma vez que tem mais de 4.000 assinaturas, a petição terá de ser discutida em plenário da Assembleia da República, mas Laura Ferreira dos Santos considera que a pressa não é bem-vinda.

“Não se pode legislar com pressa. É preciso um amplo debate e tornar conhecidos os relatórios credíveis nesta área”, acrescentou.

Para Laura Ferreira dos Santos, este não é um processo que se conclua de um dia para o outro, pois “exige debate”.

A petição, dirigida à Assembleia da República, está disponível online e o texto que a acompanha é o mesmo do manifesto assinado por 112 personalidades da sociedade portuguesa, como Alexandre Quintanilha, José Pacheco Pereira, António Sampaio da Nóvoa ou Olga Roriz.

Francisco Louçã, João Goulão, o oncologista Jorge Espírito Santo, o “capitão de Abril” Vasco Lourenço, o sociólogo Boaventura Sousa Santos e o ex-diretor geral da Saúde Constantino Sakellarides assinaram igualmente este manifesto.

No texto que acompanha a petição – que às 13:25 contava com 5.221 assinaturas - , o movimento apresenta-se como um conjunto de “cidadãs e cidadãos de Portugal, unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”.

Defendem, por isso, “a despenalização e regulamentação da morte assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

“A morte assistida é um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento. É um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado. Nestas circunstâncias, a morte assistida é um ato compassivo e de beneficência”, lê-se no texto.

Novo órgão da OMD tem representantes de todas as regiões do país
Paulo Ribeiro de Melo vai liderar o Conselho Geral da Ordem dos Médicos Dentistas, um novo órgão social, criado na sequência da...

Doutorado em medicina dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, onde é professor associado desde 2008, Paulo Ribeiro de Melo pertence aos corpos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) desde 2001, e ocupava até aqui o cargo de secretário-geral da OMD, entretanto extinto.

Paulo Ribeiro de Melo é o representante da OMD na Direção-Geral da Saúde para o Programa Nacional de Prevenção da Saúde Oral e é vice-presidente do Comité de Saúde Pública da Federação Dentária Internacional.

Paulo Ribeiro de Melo salienta que “os desafios e as exigências na OMD são permanentes. O patamar a que a OMD foi elevada nos últimos anos representa uma responsabilidade acrescida para este mandato e para este novo órgão”.

O primeiro presidente do Conselho Geral da OMD traça como prioridades para o novo mandato “a necessidade de garantir um maior acesso da população a cuidados de saúde oral, a regulação da profissão, a valorização do médico dentista e a organização da OMD”.

Para além de Paulo Ribeiro de Melo como presidente, o conselho geral da OMD elegeu Paulo Durão Maurício para vice-presidente e Fernando Ferreira e Ana Augusta Costa para os cargos de secretários da mesa do Conselho Geral.

“Direito a morrer com dignidade”
Mais de 5.000 pessoas assinaram, nos últimos sete dias, uma petição a favor da despenalização e regulamentação da morte...

A petição, dirigida à Assembleia da República, está disponível online, e o texto que a acompanha é o mesmo do manifesto assinado por 112 personalidades da sociedade portuguesa, como Alexandre Quintanilha, José Pacheco Pereira, António Sampaio da Nóvoa ou Olga Roriz.

Francisco Louçã, João Goulão, o oncologista Jorge Espírito Santo, o “capitão de Abril” Vasco Lourenço, o sociólogo Boaventura Sousa Santos e o ex-diretor geral da Saúde Constantino Sakellarides assinaram igualmente este manifesto.

No texto que acompanha a petição – que às 11:10 contava com 5.050 assinaturas - , o movimento apresenta-se como um conjunto de “cidadãs e cidadãos de Portugal, unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”.

Defendem, por isso, “a despenalização e regulamentação da Morte Assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

“A morte assistida é um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento. É um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado. Nestas circunstâncias, a Morte Assistida é um ato compassivo e de beneficência”, lê-se no texto.

Os signatários dirigem-se à Assembleia da República, órgão legislativo por excelência, ao abrigo da Constituição e da legislação aplicável, exortando os deputados e os grupos parlamentares a discutir e a promover as iniciativas legislativas necessárias à despenalização da morte assistida.

Os proponentes da petição são António Pedro Vasconcelos, Isabel Ruivo, João Ribeiro Santos, João Semedo, Laura Ferreira dos Santos, Lucília Galha e Tatiana Marques.

Agência Portuguesa Ambiente
A qualidade do ar do Algarve, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo, Centro, interior norte e Madeira é hoje afetada por partículas e...

"Durante o dia 23 de fevereiro [hoje], a influência da massa de ar nas concentrações de partículas irá diminuir gradualmente de intensidade, devido à previsão de alterações das condições meteorológicas", refere uma informação divulgada no site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Trata-se de um fenómeno natural, mais frequente na primavera e no verão, que afeta a qualidade do ar ambiente.

A APA estima que possa contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10) entre 40 a 80 mgm-3 nas regiões do Algarve e Alentejo e entre 10 a 40 mgm-3 nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e interior Norte.

A análise comparativa dos modelos de prognóstico de dispersão e transporte de poeiras pela circulação atmosférica indica que este episódio deverá terminar na quarta-feira.

O transporte de longa distância de partículas com origem natural, em zonas áridas do Norte de África, como é o caso dos desertos do Sahara e Sahel, pode levar à subida dos níveis de PM10.

As poeiras podem tornar-se visíveis quando se verifica a sua deposição nas superfícies, sobretudo nos automóveis, varandas ou outros elementos que estejam ao ar livre.

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