Relatório revela
As mortes por overdose de heroína estão a aumentar e o consumo de ecstasy está novamente a crescer, revela o relatório europeu...

O “Relatório Europeu sobre Drogas 2016: Tendências e Evoluções”, destaca novos riscos para a saúde devido à mudança dos produtos e dos padrões de consumo.

Uma das novidades que mais está a preocupar as autoridades é o aumento das mortes por overdose associadas sobretudo à heroína e outros opiáceos, estimando-se que tenham ocorrido em 2014 pelo menos 6.800 mortes.

O relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) destaca o facto de alguns países, como Irlanda, Lituânia, Suécia e Reino Unido, terem comunicado “um preocupante aumento destas mortes”.

“As razões subjacentes a estes aumentos de overdoses fatais não são claras”, afirma o documento, apontado como hipóteses mais prováveis uma maior disponibilidade de heroína, o aumento do seu nível de pureza, a existência de consumidores envelhecidos e a mudança dos padrões de consumo, incluindo o uso de opiáceos sintéticos e medicamentos.

As overdoses são reportadas mais frequentemente entre os consumidores mais velhos (entre os 35 e os 50 anos), embora em alguns países se esteja a verificar também um aumento de mortes por overdose entre jovens com menos de 25 anos.

Apesar de a heroína continuar a ser o opiáceo mais usado, o consumo de opiáceos sintéticos está a aumentar, sendo em muitos países apontado como a principal droga referida pelos consumidores que iniciaram tratamento.

O relatório é reforçado com novos dados obtidos a partir de urgências hospitalares de várias cidades europeias, que indicam que apesar de a heroína continuar a ser a droga ilícita mais frequentemente comunicada, a cocaína, outros estimulantes e a cannabis começam a surgir com proeminência em determinadas zonas.

O observatório destaca também o aumento do consumo de estimulantes como a MDMA (vendida como “ecstasy”) e da cannabis.

A MDMA reapareceu e “está a tornar-se mais popular, tanto junto dos consumidores de estimulantes habituais como de uma nova geração de jovens consumidores”, indica o documento.

Cerca de 2,1 milhões de jovens entre os 15 e os 34 anos afirmaram ter consumido MDMA no último ano (1,7% deste grupo etário).

Embora, até há pouco tempo, o consumo de MDMA tenha registado um declínio, os dados dos últimos inquéritos apontam para um aumento do seu consumo na Europa, estando agora a ser consumida por um leque mais vasto de jovens em ambientes de diversão noturna.

O relatório cita ainda dados de um estudo complementar realizado em várias cidades, que revelam que a quantidade de resíduos de MDMA nas águas residuais municipais é maior em 2015 do que em 2011, o que poderá estar relacionado com uma maior pureza da MDMA ou com um aumento da oferta e do consumo desta droga.

O seu reaparecimento está associado à “inovação no fornecimento de precursores de MDMA, às novas técnicas de produção e à oferta online”, explica o observatório.

Pós, cristais e comprimidos com doses elevadas deste estimulante estão atualmente mais disponíveis, sendo por vezes “promovidos através de sofisticadas e direcionadas técnicas de marketing”.

“Pensa-se que esta poderá ser uma estratégia deliberadamente adotada pelos produtores para reforçar a reputação da MDMA, após um período em que a fraca qualidade e a adulteração dos produtos resultaram no declínio do seu consumo”, indica o relatório.

Quanto à cannabis, mantém-se a tendência de aumento da sua potência, do seu consumo e, consequentemente, da procura de tratamento.

“Os níveis de potência de resina de cannabis e de cannabis herbácea são os mais elevados de sempre”, revela o relatório, indicando que o número de utentes que iniciaram o tratamento pela primeira vez devido a esta droga aumentou de 45 mil, em 2006, para 69 mil, em 2014.

Estima-se que 16,6 milhões de jovens europeus com idades compreendidas entre os 15 e os 34 anos terão consumido cannabis nos últimos 12 meses.

No geral, as estimativas apontam para que, em 2014, 1,2 milhões de pessoas tenham recebido tratamento por consumo de drogas ilícitas na União Europeia e cerca de 644 mil consumidores de opiáceos tenham recebido tratamento de substituição.

1 de junho - Dia do Nariz Vermelho
A Feira do Livro de Lisboa vai estar de nariz vermelho no dia 01 de junho, o Dia do Nariz Vermelho, com um concerto da banda de...

A atuação dos Doutores Palhaços leva até à feira mais de uma centena de crianças de escolas lisboetas e vem recordar a importância do Dia do Nariz Vermelho (DNV) para a associação. O DNV é o maior evento anual de angariação de fundos e dinamização de atividades de solidariedade social da ONV.

Em 2016, pela primeira vez, o DNV estende-se além da população escolar e contempla ações que pretendem chegar a todas as pessoas. As dinâmicas nas escolas mantêm-se, mas há também ações com empresas e instituições e uma campanha de angariação de fundos na rua entre 01 e 05 de junho.

Vários municípios do país assinalam este dia, de norte a sul, entre os quais Leiria, Lisboa, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Sousel, Óbidos, Oeiras, Cascais e Loulé. Dezenas de empresas aderiram ao DNV, como as cadeias Celeiro, Go Natural, Zillian e PC Clinic.

Ainda a propósito do Dia do Nariz Vermelho, celebrado em cerca de 300 escolas de todo o país, os Doutores Palhaços da ONV vão também marcar presença nas escolas Externato O Lar da Criança, em Lisboa, e Colégio Novo da Maia, no Porto.

Mais informação sobre o Dia do Nariz Vermelho, aqui.

Infarmed
A Plataforma de Comunicações – Transparência e Publicidade foi atualizada com vista a facilitar a sua utilização, bem como,...

Há a destacar as seguintes alterações:

Na área Registo e Submissão:
- Introdução do Número de Carteira Profissional, no registo e comunicações relativas a Pessoas Singulares/Profissionais de Saúde;
- Introdução do Número de Cartão de Cidadão ou de Bilhete de Identidade, de preenchimento alternativo apenas para Pessoas Singulares/Profissionais de Saúde que declarem não dispor de Número de Carteira Profissional.

Na Listagem Pública:
- Introdução de um campo de pesquisa livre nas listas contribuições declaradas e aceitações declaradas.

Estas alterações foram já apreciadas pela Comissão Nacional de Proteção de Dados e ficam disponíveis a 31 de maio de 2016.

O Número de Carteira Profissional ou o Número de Cartão de Cidadão/Bilhete de Identidade passará a ser campo de preenchimento obrigatório a partir de 1 de julho de 2016, quer se tratem de comunicações de benefícios recebidos ou concedidos respeitantes a Pessoas Singulares/Profissionais de Saúde

Os esclarecimentos adicionais sobre esta matéria podem ser solicitados à Direção de Inspeção e Licenciamentos/Equipa da Publicidade através de [email protected].

Dia Mundial sem Tabaco
Os portugueses gastaram por dia uma média de nove mil euros em produtos para ajudar a deixar de fumar no ano passado, que ainda...

Os dados da consultora IMS Health conhecidos hoje, Dia Mundial sem Tabaco, mostram que em 2015 os portugueses gastaram 3.286.631 euros em embalagens de produtos antitabagismo.

O consumo deste tipo de medicamentos ou produtos tem registado uma quebra desde 2012, ano em que foram vendidas mais de 216 mil embalagens. Já em 2015, o consumo não atingiu as 133 mil.

Na comparação dos quatro anos, entre 2012 e 2015, as vendas de produtos para ajudar a deixar de fumar diminuíram quase 40% em unidades vendidas, com o valor das vendas a registar uma diminuição de 21% no mesmo período.

A queda de vendas foi mais acentuada nas farmácias, com quebras superiores a 40% em termos de unidades, enquanto as parafarmácias registaram uma diminuição de 26%.

Apesar desta diferença nas quebras, em 2015 as farmácias venderam quase 70% dos produtos antitabágicos.

As gomas antitabágicas são o tipo de produto para deixar de fumar com mais adesão, com 87 mil unidades vendidas em 2015 e um ligeiro aumento de 1% face a 2012.

Já os comprimidos ou cápsulas, que há quatro anos eram os produtos mais procurados, sofreram quedas severas, de 78%, vendendo em 2015 cerca de 23.000 embalagens, contra as mais de 100 mil que se consumiram em 2012.

Estudo
Os portugueses fazem com a devida frequência mamografias e citologias, mas menos consultas de saúde oral e pesquisas de sangue...

O estudo, que contou com a participação de 4.911 pessoas, representativas da população portuguesa, analisou o estado da saúde dos portugueses, mas também os seus comportamentos preventivos.

“Na população feminina entre os 50 e os 69 anos de idade, o Inquérito Nacional de Saúde com exame físico (INSEF) observou uma elevada prevalência de realização de mamografia nos dois anos anteriores à entrevista, estimada em 94,8%”, lê-se nas conclusões do inquérito.

O exame não é, contudo, feito com a mesma frequência em todo o país, pois a região Centro apresenta a prevalência mais elevada (98,7%), enquanto a região do Algarve a mais baixa: 87,1%.

Em relação à citologia cervico-vaginal, este exame foi realizado nos três anos anteriores à entrevista por 86,3% da população feminina entre os 25 e os 64 anos de idade, enquanto 9,8% o terá realizado há mais de cinco anos, ou nunca o realizou.

“As percentagens mais elevadas de realização deste exame nos três anos anteriores observaram-se entre os 35 e os 44 anos (90,8%), na região Norte (91,7%), nas mulheres com ensino superior (88,2%) e naquelas com trabalho remunerado (88,7%), e as menores (77,0%) entre os 55 e os 64 anos de idade, grupo no qual 17,4% das mulheres nunca terá realizado este exame ou o terá realizado há mais de cinco anos, na região autónoma dos Açores, Alentejo e na Região Autónoma da Madeira, com respetivamente 22,1%, 16,1% e 16,0%”.

Os autores do estudo sublinham que “na população alvo com médico de família atribuído, 87,3% tenha realizado citologia cervico-vaginal nos três anos anteriores, valor significativamente superior ao da população alvo sem médico de família atribuído (79,9%)”.

Sobre a pesquisa de sangue oculto nas fezes nos dois anos anteriores à entrevista, esta foi a que registou “as menores estimativas a nível nacional (45,7%), valor muito próximo a estimado para a população que nunca realizou este exame na sua vida (44,2%)”.

Números igualmente reduzidos foram os identificados no decorrer do inquérito sobre as consultas de saúde oral.

“Nos 12 meses anteriores à entrevista, pouco mais de metade da população estudada (51,3%) consultou um profissional de saúde oral, com maior frequência na população feminina”.

O motivo mais frequente foi a consulta de rotina (43,1%) e o tratamento de emergência (39,4%).

Na população estudada, “1,9% nunca utilizou uma consulta de saúde oral, valor que era mais elevado na população sem escolaridade (6,4%) ou com escolaridade a nível do primeiro ciclo e na população sem atividade profissional (8,8%)”.

Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico
Uma elevada prevalência de hipertensão arterial, obesidade e diabetes, bem como altos níveis de sedentarismo, de consumo de...

Trata-se do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), promovido e desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), em parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Pública e com as administrações regionais de saúde do continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Os indicadores apurados referem-se à população com idades entre os 25 e os 74 anos, tendo contado com a participação de 4.911 pessoas (2.265 homens e 2.646 mulheres), que realizaram, para o efeito, um exame físico, colheita de sangue e entrevista.

Carlos Dias, coordenador geral do INSEF, disse que o inquérito proporciona dados que, “ainda numa fase de análise muito prévia, confirmam alguns indicadores preocupantes em termos da prevalência da obesidade, hipertensão e da diabetes”, mas também outros que atestam “um elevado grau de sedentarismo”.

O estudo indica que, em 2015, o estado de saúde da população portuguesa entre os 25 e os 74 anos de idade caracterizava-se por uma “elevada prevalência de algumas doenças crónicas”, como a hipertensão arterial, a obesidade e a diabetes.

O INSEF abordou também o consumo das bebidas alcoólicas, apurando que cerca de um terço (33,8%) da população masculina referiu consumo perigoso de álcool (binge drinking), valor muito superior ao do sexo feminino (5,3%).

Este tipo de consumo era mais prevalente no grupo etário mais jovem, tanto nos homens (51,9%), como nas mulheres (13,7%), diminuindo com a idade.

A regiões do Alentejo e a Região Autónoma da Madeira tinham as prevalências mais elevadas em qualquer dos sexos.

Em relação ao tabaco, o inquérito refere que este era consumido diariamente ou ocasionalmente por 28,3% da população masculina e por 16,4% da população feminina, observando-se prevalências mais elevadas no grupo etário 25 a 34 anos (45,6% nos homens e 25,1% nas mulheres) e menores no grupo etário 65 a 74 anos (10,8% nos homens e 2,5% nas mulheres).

A região Autónoma dos Açores tinha as prevalências mais elevadas nos homens (42,8%) e a região do Algarve (22,2%) nas mulheres.

Nas mulheres, o consumo de tabaco aumenta com a escolaridade mais elevada, enquanto nos homens era mais prevalente nos grupos com escolaridade intermédia, independentemente da idade.

Os desempregados tinham prevalências mais elevadas em qualquer dos sexos (43% nos homens e 27% nas mulheres).

A exposição ambiental ao fumo do tabaco afetava 12,8,% da população e era mais frequente entre os homens na Região Autónoma dos Açores, na população com segundo ou terceiro ciclo do básico e nos desempregados.

A investigação adianta que o sedentarismo nos tempos livres afetava 44,8% da população, com maiores prevalências nas mulheres, no grupo etário entre os 55 e os 64 anos (46,9%), na Região Autónoma dos Açores (52,5%), na população com menor escolaridade (51,6%) e desempregada (46,9%).

Para Carlos Dias, estes indicadores mostram-nos “algumas necessidades em saúde que certamente irão ser levadas em consideração pelos serviços públicos”.

Esta radiografia revela ainda que o país não é todo igual nas matérias abordadas, o que, para o seu coordenador, “é uma vantagem”.

“O INSEF mostra-nos que, em termos geográficos, existem regiões onde alguns indicadores tomam níveis mais preocupantes, como a Região Autónoma dos Açores, onde o elevado consumo de tabaco é confirmado, assim como outros indiciadores como um baixo consumo de frutas e legumes”, prosseguiu.

Além das diferenças regionais, o inquérito identificou diferenças entre os grupos com mais ou menos escolaridade e entre os que têm trabalho remunerado e os que não têm, como domésticas ou desempregados.

Relatório revela
Dos 1,1 milhões de pessoas elegíveis para rastreio do cancro do colon e reto em Portugal, apenas dois por cento estão cobertos...

Os dados constam do relatório de Avaliação e Monitorização dos Rastreios Oncológicos de Base Populacional, disponibilizado pela Direção Geral da Saúde no seu site, o qual refere que, em 2015, a cobertura populacional total aumentou ligeiramente em relação a 2014.

Para este rastreio foram convocados 24.535 utentes (22.187 em 2014) e rastreados 15.639.

O documento aponta ainda dados referentes aos rastreios ao cancro do colo do útero e do cancro da mama.

Sobre este tipo de exames, os autores referem que, “pese embora alguns avanços verificados no ano 2015 na implementação dos três rastreios oncológicos de base populacional, ainda há um significativo caminho a percorrer para alcançar o desiderato desejado da cobertura total nacional”.

“Passados todos estes anos de implementação dos programas de rastreio de base populacional, os progressos nesta matéria tem sido quase nulos”, lê-se no documento.

Para os responsáveis do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, que elaboraram o documento, “subsistem problemas na qualidade dos dados (moradas desatualizadas e/ou incompletas) que servem de base à extração da população alvo do rastreio, que ultrapassam a esfera de competência das ARS e que condicionam o processo e os resultados dos programas de rastreio designadamente taxa de adesão e taxa de rastreio)”.

Os rastreios de base populacional do cancro colo-retal têm de começar a nível nacional até ao fim deste ano, segundo um despacho publicado em abril em Diário da República.

A cobertura regional total para os rastreios de base populacional tem de ser garantida até 31 de dezembro de 2017.

APDP destaca intervenção dos cuidados de saúde
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em Portugal, em 2014, registaram-se menos 6% de mortes causadas por diabetes...

“A diminuição de mortes com origem na diabetes é o resultado do desempenho e do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos pelos profissionais dos cuidados de saúde junto da população com diabetes, e de uma melhor articulação entre os diferentes níveis de cuidados, nomeadamente através da criação das Unidades Coordenadoras Funcionais de Diabetes de todo o país e da APDP”, comentou João Filipe Raposo, diretor clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

As estatísticas do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que as mortes motivadas por diabetes representam 4,1% da mortalidade no país. No total, em 2014, morreram 4.275 pessoas por causa da diabetes, sendo a idade média do óbito de 80,5 anos.

No ano em análise, as mulheres foram as principais vítimas (2.422), registando-se uma relação de género de 76,5 óbitos masculinos por cada 100 femininos.

Olhando para a distribuição geográfica, verifica-se que as taxas mais elevadas situam-se nas regiões da Beira Baixa e Alentejo Central (88,2 e 72,6 respetivamente) e a mais baixa na região do Cávado (16,4).

A diabetes, apesar da diminuição de 6%, continua a ser a maior causa de morte no campo das doenças metabólicas.

1 de junho - Dia Mundial da Criança
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra proporciona manhã lúdica e pedagógica, que visa promover o conhecimento dos mais novos...

São 136 os meninos do 1º ciclo do ensino básico que, no dia 1 de junho, vão participar num conjunto de workshops organizados pela Escola Superior de Enfermagem (ESEnfC) para comemorar o Dia Mundial da Criança, subordinados ao tema "Aprender, brincando aos enfermeiros".

Mostrar aos mais novos o que é ser enfermeiro e promover o conhecimento da criança sobre cuidados de Enfermagem em Saúde Infantil e Pediatria são objetivos da participação nestes ateliês, com início às 9h30, nas instalações a ESEnfC em São Martinho do Bispo (Polo B).

“A vacinação é muito importante!”, “Tenho uma ferida, e agora o que faço?”, “Vamos à consulta de Enfermagem em Saúde Infantil e Pediatria! ” e “Nasceu um bebé, e agora como se faz? ” são alguns temas das oficinas dirigidas às crianças da Escola Básica do 1º Ciclo (EB 1) de Almas de Freire, da freguesia de Santa Clara, em Coimbra.

O programa de atividades compreende, ainda, os workshops “As minhas mãos estão bem lavadas?”, “Sinais vitais, o que é isso? ”, “Estou dentro de um Bloco Operatório” e “Será que há oxigénio engarrafado?! ”.

"Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. É uma preparação para a vida adulta, pela interiorização de habilidades e comportamentos", afirma a organização da atividade comemorativa, da responsabilidade da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem da Saúde da Criança e do Adolescente, da ESEnfC, e que tem a colaboração dos estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Enfermagem em ensino clínico de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria.

Paralelamente aos workshops, decorre, nos polos A (Avenida Bissaya Barreto, em Celas) e B da ESEnfC, uma exposição de desenhos realizados pelos alunos da EB 1 de Almas de Freire, a respeito do tema "Eu sou enfermeiro".

Em Lisboa
O comissário europeu para os Assuntos Internos, Dimitris Avramopoulos, apresenta na terça-feira em Lisboa o relatório sobre...

Avramopoulos irá apresentar o relatório anual elaborado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), sediado em Lisboa, e que centraliza as informações relativas ao fenómeno da droga na União Europeia.

"A Europa enfrenta um problema crescente com drogas", disse o comissário, salientando que o relatório "irá fornecer dados importantes sobre as tendências atuais, sendo um instrumento importante para os decisores europeus definirem as suas políticas e ações para reduzirem os malefícios relacionados com a droga".

O comissário disse ainda esperar que o relatório faça uma "análise de alto nível" sobre as tendências da oferta, prevalência de consumo, prevenção e tratamento na UE, Turquia e Noruega.

Durante a sua estada em Lisboa, Avramopoulos, que tem também a pasta das migrações, irá encontrar-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Instituto de Higiene e Medicina Tropical
Quando tiver vontade de matar aquele mosquito irritante, pegue antes num copo e apanhe-o, porque assim pode ajudar a prevenir a...

O apelo é do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), em Lisboa, que tem em vigor o programa de ciência cidadã Mosquito Web, através do qual qualquer pessoa pode apanhar um mosquito e enviá-lo gratuitamente para ser estudado no instituto.

O IHMT faz a vigilância das populações de mosquitos em Portugal, em colaboração com as autoridades de saúde, mas "dez milhões de cidadãos ativos superam largamente a eficiência de todos os entomologistas de Portugal", pode ler-se na página do programa (http://mosquitoweb.ihmt.unl.pt/).

Se não o fizer apenas por curiosidade científica, pode fazê-lo para se proteger de doenças graves, como o Zika, febre-amarela ou as febres de Dengue e de Chikungunya, todas transmitidas por mosquitos.

É que Portugal continental é, há duas ou três décadas, um território de alto risco para a introdução de duas espécies invasoras de mosquitos transmissores desses vírus, disse em entrevista à Lusa a investigadora Carla Sousa, do IHMT.

Embora o programa Mosquito Web exista desde junho de 2014, a adesão tem ficado "muito aquém do que poderia ser", disse a investigadora do IHMT.

Um programa semelhante foi lançado na Holanda e, ao fim de três semanas, o instituto responsável teve de parar todas as outras atividades para conseguir dar resposta aos exemplares enviados pela população, contou Carla Sousa.

Hoje, com o verão à porta e com ele uma nova época de mosquitos, a investigadora lança o desafio: "Participem no Mosquito Web porque o Aedes albopictus está a chegar à região de Sevilha".

E porque é que é importante detetar cedo a presença destes mosquitos?

"O que sabemos é que se estas espécies forem detetadas precocemente - diz-se empiricamente antes de passar o primeiro inverno - há ainda uma boa probabilidade de se impedir a instalação da espécie. (...) Se tal não for feito atempadamente, é quase impossível erradicar a espécie de uma nova região", explicou Carla Sousa.

O problema é que estes mosquitos estão muito bem adaptados ao ambiente humanizado: "Eles exploram-nos de todas as maneiras. Este mosquito consegue fazer todo o seu ciclo de vida sem sair da mesma habitação. Pode coabitar connosco e fazer todo o seu ciclo de vida sem sair para o exterior", exemplificou a investigadora, referindo-se ao A. aegypti.

Por isso, a solução é ter sistemas de vigilância e atuar assim que é detetada uma nova espécie, aproveitando o período em que a população de mosquitos está suficientemente frágil para poder ser erradicada.

Para facilitar a participação da população nesta tarefa, o Instituto está a preparar, juntamente com a Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, uma aplicação para telemóveis.

Se tudo correr bem, no próximo verão poderá deixar o copo no armário e munir-se antes do telemóvel para fotografar o próximo mosquito irritante.

Por ano
Os insetos transmitem doenças que matam mais de um milhão de pessoas por ano em todo o mundo e todos os anos registam-se mais...

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças transmitidas por insetos vetores representam 17% de todas as doenças infecciosas.

A malária, transmitida pelos mosquitos Anopheles, infetou mais de 214 milhões de pessoas e matou 438 mil doentes em 2015,

A febre de Dengue, transmitida pelos mosquitos Aedes, é a doença transmitida por vetores que mais tem crescido, tendo a sua incidência aumentado 30 vezes nos últimos 50 anos.

Os mesmos mosquitos provocam outras doenças, como a febre-amarela, o vírus do Rio Nilo, a Chikungunya ou o Zika, que já fez mais de um milhão e meio de casos no Brasil e que os cientistas associam a casos de microcefalia congénita e de encefalite.

A transmissão do agente patogénico - parasita no caso da malária e vírus no caso do Dengue ou do Zika - é feita através da picada do inseto e apenas as fêmeas picam porque só elas precisam de uma refeição de sangue para produzirem os ovos.

Existem cerca de 3.500 espécies de mosquitos e graças à globalização - viajam com os humanos em automóveis, camiões, navios e aviões - estão espalhados por todo o mundo.

Mas a maioria dos mosquitos não viaja longe sozinho. Se tiverem onde se alimentar e onde se reproduzir por perto, não se deslocam mais longe.

Na sua fase imatura, os mosquitos são seres aquáticos, eclodindo e desenvolvendo-se em água estagnada, onde se alimentam de algas microscópicas e onde, por sua vez, servem de alimento aos peixes.

Enquanto adultos, são consumidos por aves, morcegos e aranhas.

Desde a invenção do inseticida DDT em 1939, os humanos têm tentado acabar com os mosquitos, mas eles aprendem a resistir a cada nova geração de veneno, tornando-se ainda mais fortes.

Como diz a entomologista do Instituto Pasteur de Paris Anna-Bella Failloux, "simplesmente não conseguimos erradicar os mosquitos".

Por isso, a solução é evitarmos servir-lhes de alimento, usando todas as técnicas possíveis para impedir a picada.

Usar repelente e roupas largas e claras, recomenda a entomologista Carla Sousa, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

Se houver declaração de um surto é obrigatório, mas mesmo que não haja, caso se viaje para zonas onde existem os mosquitos Aedes, como a Madeira ou outras zonas da Europa, é recomendável "até porque a picada é dolorosa e provoca reação alérgica".

Cientista alerta
Portugal continental é um território de alto risco para a introdução de duas espécies de mosquitos que transmitem doenças como...

Carla Sousa, entomologista e investigadora no Instituto de Higiene e Medicina Tropical falava em entrevista depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevar de baixo para moderado o risco de propagação do vírus Zika na Europa este verão, em particular na Madeira e na costa do Mar Negro.

Sem se mostrar surpreendida com a decisão da OMS, Carla Sousa explicou que o alerta para a ilha da Madeira e para a costa do Mar Negro se deve à existência, nesses dois pontos da Europa, de populações do mosquito Aedes aegypti, o mais competente para a transmissão do Zika.

No entanto, uma outra espécie que já se provou em laboratório transmitir a doença, o Aedes albopictus, colonizou 20 países na Europa desde os anos 80 e tem vindo a descer a costa sul de Espanha em direção ao Algarve.

"Portugal, desde há duas ou três décadas, quando vemos mapas de risco para a introdução destes mosquitos, por questões geográficas, históricas e agora por questões económicas, é sempre um território de alto risco para a introdução de qualquer uma destas espécies", disse Carla Sousa.

Ambas as espécies transmitem também Dengue, Chikungunya ou febre-amarela, doença que já fez mais de 2.500 casos suspeitos e 299 mortos em Angola.

Tradicionalmente, a migração destes mosquitos faz-se no transporte de cargas, nomeadamente de pneus usados ou de bambus da sorte, plantas que foram moda há alguns anos.

Com transporte terrestre por toda a Europa e trocas comerciais regulares com países que têm populações destes mosquitos, Portugal tem muitas 'portas de entrada'.

As migrações humanas são outro meio preferencial.

O mosquito que existe na Madeira, por exemplo, será originário da Venezuela ou do Brasil, o que "faz sentido", tendo em conta as tendências migratórias, explicou a entomologista: a Venezuela tem uma vasta comunidade de madeirenses e a Madeira tem vindo a ser muito procurada por imigrantes brasileiros, logo há correntes migratórias de saída e de entrada.

Os ovos dos mosquitos sobrevivem até seis meses mesmo sem água e podem ser transportados de uma zona endémica para uma zona livre num simples prato, daqueles que se põe debaixo dos vasos e que acumulam sempre alguma água, contou Carla Sousa.

Ao chegar a um novo destino, basta que o prato volte a servir de recetáculo para água para os ovos eclodirem e darem origem a uma nova população.

Como cada fêmea distribui por vários pontos os cerca de 200 ovos que põe por postura, cada pratinho poderá ter ovos de várias fêmeas diferentes, o que é "uma grande vantagem do ponto de vista da sobrevivência", disse a entomologista.

Vantagem para o mosquito equivale a dizer desvantagem para os humanos.

Impedir a entrada de mosquitos é difícil, por isso o trabalho das autoridades concentra-se na vigilância, para detetar precocemente a presença de uma comunidade invasora e tomar medidas para tentar erradicá-la enquanto ainda é frágil.

"Mas o primeiro sinal de alerta muitas vezes nem vem dos sistemas de vigilância. A grande maioria das vezes, vem da população local", já que estes mosquitos são muito agressivos, picam até através de calças de ganga, e a picada provoca reações alérgicas fortes.

No entanto, desde que surgem as primeiras queixas no centro de saúde até as autoridades suspeitarem de uma espécie invasora, "geralmente já se passou muito tempo".

Como para haver um surto de uma doença destas é preciso haver simultaneamente e no mesmo lugar uma população humana suscetível, o vírus causador da doença e uma população de mosquitos competentes para transmiti-lo, evitar a instalação dos insetos é uma boa aposta.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, lanç

Este documento, com autoria de docentes das faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação e de Medicina da Universidade do Porto, foi criado com o objetivo de informar, educar e ajudar os setores da restauração, hotelaria e turismo a lidar com a alergia alimentar e com disposições europeias previstas para esta área. A informação disponível relativamente à presença de alergénios nos alimentos processados e preparações culinárias é exemplificativa, permitindo a adaptação ao desenvolvimento de novos géneros alimentícios e receitas culinárias.

A possibilidade de um doente com alergia alimentar poder desfrutar de uma refeição “fora de casa” em segurança e com qualidade de vida, depende em grande parte do compromisso da restauração em criar situações que facilitem a integração destes doentes.

A legislação que entrou em vigor em Dezembro de 2014 vem reforçar a necessidade de promoção da segurança do doente com alergia alimentar, obrigando a que os clientes devam ser avisados que poderão solicitar informações sobre a presença de alergénios nos produtos que vão consumir.

Assim sendo, é importante que todos os colaboradores dos estabelecimentos de Hotelaria e Restauração saibam o que é a alergia alimentar, quais as suas manifestações clinicas, e quais os alimentos maioritariamente implicados, para poderem assegurar a qualidade e a segurança das refeições servidas.

No manual participaram ativamente a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo, a ALIMENTA – Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares e a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

A componente científica é endossada pela SPAIC - Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, e por médicos e nutricionistas das Faculdades de Medicina e Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.

Consulte aqui o manual:

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista aconselha
A menopausa é um processo natural que inaugura uma nova etapa da vida da mulher em termos fisiológicos e deve ser acompanhada...

"Entre as primeiras manifestações do início do processo e o final dos ciclos menstruais, que marca a entrada efetiva na menopausa, podem decorrer anos. No entanto, impõe-se, desde logo, a adoção de medidas ao nível do estilo de vida: adequar os hábitos às transformações do organismo permite, a prazo, minimizar os riscos consequentes, assegurando uma transição mais cómoda e tranquila para esta nova etapa da vida", explica Joaquim Neves, ginecologista do Hospital Lusíadas Lisboa.

"Nesta fase é ainda mais importante a adoção de uma dieta rica em fruta e vegetais, reforçar a ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, que ajudam a preservar os ossos, moderar a ingestão de sal e proteínas, que potenciam a eliminação de cálcio pela urina e evitar bebidas alcoólicas e estimulantes como o café, que favorecem o risco de problemas cardiovasculares e cancro da mama", acrescenta.

O especialista aconselha ainda que as mulheres, durante esta fase da vida, mantenham um estilo de vida ativo, escreve o Sapo. "Praticar exercício três vezes por semana e praticar desporto com carga durante 30 a 45 minutos são bons aliados para preservar a massa muscular, controlar o peso, estimular a formação óssea e reduzir o risco de problemas cardiovasculares".

De acordo com Joaquim Neves, o risco de incontinência urinária também pode ser reduzido através do fortalecimento da musculatura pélvica: "a musculatura pélvica pode ser fortalecida com exercícios de Kegel: com a bexiga vazia, a mulher deve contrair os músculos a que recorre quando está a urinar e interromper o fluxo urinário. Manter a contração durante cinco segundos e relaxar durante outros cinco. Ao longo do dia, repetir três séries de dez exercícios".

O desconforto vaginal pode ser reduzido
"O desconforto vaginal também pode ser reduzido através de um lubrificante à base de água (sem glicerina, que pode provocar irritação) ou através da aplicação local de uma solução (creme, anel, comprimidos) com estrogénios, sempre com aconselhamento de um ginecologista", revela.

E aconselha ainda: "as mulheres que fumam devem abandonar o hábito de forma progressiva, uma vez que para além de a menopausa tender a surgir mais cedo, as mulheres fumadoras também sofrem mais com os sintomas da menopausa e têm um risco agravado de problemas cardiovasculares, osteoporose e cancro".

"Para reduzir os sintomas da menopausa e o processo de envelhecimento, as mulheres podem ainda recorrer a um tratamento hormonal ou a outras alternativas sugeridas pelo seu ginecologista, informando-se sempre sobre as vantagens e inconvenientes destes tratamentos", conclui.

10.ª Mostra Nacional de Ciência
Uma luva para cegos que 'deteta' obstáculos, através de sensores sonoros, ou um capacete de ciclista que os '...

A exposição, que reúne cem projetos de várias áreas científicas, realizados maioritariamente por estudantes do ensino secundário, decorre, de segunda a quarta-feira, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, sob organização da Fundação da Juventude.

Alunos da Escola Secundária de Oliveira do Bairro, em Aveiro, desenvolveram um protótipo de uma luva para cegos, a partir de uma luva de karaté, para melhorar a sua qualidade de vida, autonomia e independência.

Na prática, segundo o Sapo, a luva tem incorporado dois sensores de ultrassons para detetar obstáculos e desníveis. Sempre que são detetados, geram-se sons audíveis, para cada um dos sensores, e, simultaneamente, são produzidas vibrações na mão.

O sinal sonoro é produzido de acordo com a proximidade, ou não, do obstáculo ou desnível. A luva pode 'detetar' obstáculos a uma distância máxima de quatro metros e desníveis até um metro.

Estudantes da Escola Profissional de Espinho conceberam um capacete 'inteligente' para ciclistas, um capacete de ciclista convencional, mas com um dispositivo, com sensores, que, ao permitirem acompanhar a posição e o andamento do ciclista, conseguem detetá-lo, em caso de paragem repentina ou queda.

O dispositivo estará ligado ao telemóvel do ciclista, que, nestas situações, enviará uma mensagem para um número pré-definido, alertando para a possibilidade de um acidente. O dispositivo poderá facultar ainda informação sobre a localização da pessoa.

O capacete tem, ainda, duas luzes que indicam a intenção de o ciclista mudar de direção, bastando-lhe para tal inclinar a cabeça no sentido pretendido.

O uso da casca de banana para diminuir a concentração de corantes e metais pesados, nos esgotos industriais, ou o crescimento de feijões em águas com diferentes origens são outras experiências que constam na mostra.

No certame vão estar também patentes, a convite da Fundação da Juventude, projetos de estudantes de Moçambique, Brasil e Espanha.

Biologia, ciências do ambiente, engenharias e química são as áreas científicas que concentram maior número de projetos, com os distritos de Castelo Branco, Aveiro e Leiria a lideraram a lista de participações nacionais.

No último dia da mostra, serão anunciados os premiados do 24.º Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores.

Em Coimbra
Foi realizada em Coimbra, no Spine Center, pela primeira vez em Portugal, a primeira cirurgia de fixação da articulação sacro...

O responsável pelo procedimento foi o cirurgião Ortopedista Luís Teixeira. A atuação teve uma duração de cerca de 45 minutos e representa um elemento totalmente inovador no campo da medicina ortopédica, uma vez que, de acordo com o especialista, consiste numa “técnica pouco agressiva para as estruturas musculares, praticamente sem perdas sanguíneas e a sua realização através da navegação permite uma segurança enorme para o médico e para o doente, com resultados muito satisfatórios.”

“Neste caso, já tinham sido executadas outras formas de tratamento, como infiltrações farmacológicas e técnicas de radiofrequência, mas o alivio das queixas da doente era apenas temporário." assegura o médico ortopedista.

Este procedimento apresenta maior segurança e menor agressividade para o doente além de ser um grande avanço para a medicina ortopédica em Portugal, como explica Luís Teixeira: “Muitas das dores articulares acabam por não ter uma solução imediata e persistem ao longo do tempo. Apesar de existirem outras técnicas de tratamento e alívio da dor como infiltrações, radiofrequência, entre outras, quando a dor é resistente tendia a fazer-se uma incisão aberta controlada através de raio-x e, agora com este procedimento minimamente invasivo através de navegação, existe um menor dano muscular, sendo que possibilita uma recuperação funcional, rápida e um maior índice de segurança.” 

O procedimento foi aplicado com sucesso numa doente com 80 anos cujas alterações degenerativas da articulação sacroilíaca direita condicionavam a sua qualidade de vida, gerando muitas dores e incapacidade funcional. "Tendo em conta o desgaste na articulação sacroilíaca com alguma instabilidade, optámos por esta solução terapêutica. Esta técnica, realizada de forma mini-invasiva por uma pequena incisão de cerca de 2 cm, permitiu à doente ter alta no dia seguinte à cirurgia. Foi feita uma fixação com recurso à introdução de novas implantes de forma piramidal, que substituem os antigos parafusos, possibilitando uma maior capacidade de fixação e uma maior integração óssea.” remata.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que o cirurgião ortopédico inova na área da coluna, em Portugal. Luís Teixeira foi também responsável pela primeira cirurgia da coluna vertebral feita em território nacional com recurso ao O-ARM (sistema de navegação eletrónica corporal sob controlo de imagiologia 3D intraoperatória) que fornece imagens intraoperatórias multidimensionais completas.

Simpósio sobre Impacto Social da Dor
Especialistas médicos em dor, doentes, cidadãos e políticos definiram recomendações detalhadas para que os governos dos países...

As principais medidas envolvem estabelecer uma plataforma europeia sobre o impacto social da dor; integrar a dor crónica no âmbito das políticas da União Europeia sobre doenças crónicas; implementar ajustes no local de trabalho das pessoas com dor crónica; aumentar o investimento na investigação em dor, e dar prioridade à educação no campo da dor junto de profissionais de saúde, doentes e público em geral.

Estas recomendações são o resultado do Simpósio sobre Impacto Social da Dor, que teve lugar no Parlamento Europeu, em Bruxelas, e contou com a participação de mais de 300 pessoas, escreve o Sapo.

Esta iniciativa teve como objetivos aumentar a consciencialização dos governos e dos cidadãos para a dor crónica, promover a partilha das melhores práticas entre os profissionais, e apelar à implementação de estratégias políticas e atividades para melhorar a gestão da dor, na Europa.

Em Portugal, os custos diretos e indiretos anuais relacionados com a dor crónica ascendem aos 4.611 milhões de euros.

Estima-se que a dor crónica afeta mais de 30% dos adultos portugueses. É uma situação de dor persistente que se não for seguida e tratada de modo adequado, poderá afetar gravemente a qualidade de vida das pessoas e pode levar à incapacidade total ou parcial para o trabalho.

Estudo
Cientistas descobriram que é possível combater tumores cancerígenos utilizando células do sistema imunológico de uma pessoa...

Os investigadores observaram que ao inserir em laboratório componentes de células do sistema imunológico de um doador saudável nas células de um paciente com cancro é possível fazer com que o seu organismo reconheça os tumores e passe a atacá-los. A pesquisa foi feita com três pacientes com melanoma, um tipo de cancro de pele.

É função dos linfócitos T diferenciar células do organismo de corpos estranhos, escreve o Diário Digital. Quando esses corpos são reconhecidos, são desencadeados estímulos imunológicos que destroem ou eliminam o invasor. O problema é que nem sempre as células imunológicas reconhecem o cancro como um invasor. Isso permite a sua proliferação pelo corpo.

“A célula tumoral é traiçoeira. Ela tem algumas técnicas para desligar e escapar do sistema imunológico”, afirma Denyei Nakazato, oncologista do Hospital Sírio-Libanês e do Icesp (Instituto do Cancro do Estado de São Paulo).

Para avaliar essa capacidade de reconhecimento pelos linfócitos T, os cientistas mapearam todos os antígenos que poderiam estimular uma resposta às células de cancro de pele de três pacientes. Antígeno é toda a substância que, ao entrar no organismo, é capaz de iniciar uma resposta imune, ativando os linfócitos.

Os linfócitos T dos pacientes com a doença deixavam passar despercebido fragmentos estranhos de células tumorais. Já linfócitos derivados de voluntários saudáveis conseguiram detetar um número significativo de antígenos.

Para Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o estudo é promissor, apesar de envolver apenas três pacientes. Ele afirma que uma técnica parecida já havia sido testada com tumor de rim no Hospital Sírio-Libanês, mas teve uma resposta pouco eficaz. A novidade com o novo estudo seria a sugestão de transferir as células entre pacientes imunologicamente parecidos através do sangue.

XXII Congresso Nacional de Medicina Interna
Carlos Vasconcelos, Chefe de Serviço de Medicina Interna do Hospital Santo António, Centro Hospitalar do Porto e Professor...

Este galardão que será a partir de agora atribuído anualmente pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), visa distinguir um(a) Internista que tenha contribuído relevantemente para a divulgação, avanço científico e/ou implementação da especialidade em Portugal.

O prémio, entregue na sessão inaugural do XXII Congresso Nacional de Medicina Interna, tem um carácter não pecuniário, contemplando a oferta de uma peça artística original da autoria do artista Pedro Calapez, e a oportunidade de o laureado apresentar uma lição magistral no decorrer da comemoração do aniversário da SPMI, assinalado em dezembro.

Luís Campos, presidente da SPMI, explica que “este prémio foi criado com o objetivo de distinguir Internistas portugueses que se tenham destacado pelo seu contributo para a evolução desta especialidade, quer a nível nacional, quer internacional. É o caso do Prof. Carlos Vasconcelos, cuja carreira dedicada à Medicina Interna, em particular nas áreas das doenças auto-imunes e do VIH/Sida, caracterizada pela dedicação, competência e capacidade de agregação de saberes diversos, contribuiu sem dúvida para o prestígio desta especialidade.  O Prof. Carlos Vasconcelos desenvolveu um notável trabalho a nível clínico, científico e académico que catapultaram a unidade de Imunologia Clínica do Hospital de Santo António, que dirigiu durante muitos anos, para um reconhecimento nacional e internacional como centro de excelência no tratamento das doenças autoimunes e da infeção pelo VIH”.

Páginas