Norte
Quatro agrupamentos de centros de saúde e dois hospitais da região Norte vão iniciar experiências-piloto de rastreio de saúde...

O rastreio de saúde visual infantil, de base populacional, deve observar todas as crianças no semestre em que completam dois anos de idade.

Um segundo rastreio, a complementar o efetuado aos dois anos, deverá ser feito a todas as crianças entre os quatro e os cinco anos de idade.

Este segundo rastreio tem como objetivo detetar novos casos de crianças com ambliopia ou em risco de a desenvolver. As crianças com rastreio positivo são referenciadas para uma consulta de oftalmologia no Serviço Nacional de Saúde num prazo máximo de quatro semanas.

Vão ainda avançar, também de modo inicial na região Norte, os rastreios da degenerescência macular da idade (DMI), que deve abranger todos os utentes do SNS selecionados para o rastreio primário da retinopatia diabética, excetuando os já diagnosticados e acompanhados.

Os utentes que derem resultado positivo no rastreio da DMI serão enviados para consulta de oftalmologia no SNS também num prazo máximo de quatro semanas, segundo o despacho com data de segunda-feira, mas publicado no Diário da República eletrónico às 00:00 de hoje.

As experiências-piloto que arrancam com estes rastreios serão realizadas nos agrupamentos de centros de saúde do Porto Ocidental, Porto Oriental, Gondomar e Maia e Valongo. Integram ainda estes projetos o Centro Hospitalar de São João e o Centro Hospitalar do Porto.

Direção-geral da Saúde lança
A Direção-geral da Saúde (DGS) lançou hoje um manual sobre nutrição no desporto que pretende ter um conjunto de orientações com...

“Os praticantes de desporto de todos os níveis, desde aspirantes a profissionais, são hoje confundidos por uma grande profusão de informação de má qualidade, nomeadamente na internet”, refere o manual “Nutrição no Desporto”.

A DGS admite que há “muitos pretensos especialistas” a aconselhar produtos ou estratégias alimentares sem base científica e com riscos, “muitas vezes a coberto de interesses comerciais”.

Neste manual hoje lançado e acessível através do site da DGS, são abordados vários temas, como a relação da alimentação com o rendimento e a recuperação do exercício através de estratégias nutricionais bem escolhidas e individualmente planeadas.

O documento pretende resumir estratégias, “focando-se no cálculo das necessidades energéticas do atleta, do tipo, quantidade e momento de ingestão nutricional e de fluidos para manter e promover uma ótima saúde e adaptação ao treino”

Investigação
Uma investigação desenvolvida na Universidade de Coimbra (UC) revelou que um radiofármaco utilizado na deteção de metástases...

O radiofármaco fluoreto de sódio marcado com fluor-18, “usado classicamente na deteção de metástases ósseas, parece ser eficaz na identificação precoce da doença cardiovascular”, de acordo com um estudo piloto realizado no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), em Coimbra, afirma a UC numa nota hoje divulgada.

O método, que recorre a imagem não invasiva, foi aplicado a “indivíduos com risco cardiovascular, seguidos na consulta externa de cardiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), por uma equipa multidisciplinar liderada pela docente e investigadora da Faculdade de Medicina da UC Maria João Ferreira.

Os investigadores verificaram que é possível “identificar placas ateroscleróticas em processo de microcalcificação ativa, mais vulneráveis” e, por isso, “mais sujeitas a rotura, o que parece relacionar-se com o risco de se associarem a quadros agudos, como o enfarte do miocárdio ou o acidente vascular cerebral”, adianta a UC.

“O seu reconhecimento pode condicionar tratamentos que visam a sua estabilização e, consequentemente, a diminuição do risco de eventos cardiovasculares”, acrescenta.

Os resultados obtidos “são muito promissores e parecem apoiar esta nova aplicação deste ‘velho’ marcador”, sustenta Maria João Ferreira.

“Mas há ainda muito trabalho a ser desenvolvido” e é “indispensável” dar continuidade ao “esforço de uma equipa onde a investigação básica e clínica interagem de forma profícua”, sublinha a investigadora.

“A importância deste conhecimento poderá, num futuro que se antevê próximo, relacionar-se com o risco cardiovascular do indivíduo e, por isso, com a sua orientação terapêutica”, admite Maria João Ferreira.

Apostar em novos métodos de diagnóstico precoce das doenças do foro cardíaco é muito relevante porque, salienta a docente da Faculdade de Medicina de Coimbra, “a doença cardiovascular, nas suas várias componentes, é uma das principais causas de morte”.

De acordo com estatísticas europeias, a doença cardiovascular é responsável por cerca de 42% das mortes nos homens e 51% nas mulheres, salienta a investigadora.

“Trata-se por isso de uma entidade clínica associada a enormes custos, de difícil contabilização, que urge tratar e sobretudo prevenir”, salienta Maria João Ferreira.

“O diagnóstico precoce, bem como a estratificação de risco, são dois pilares importantes em qualquer estratégia que vise lidar com esta doença”, conclui a especialista.

3 de Maio - Dia Mundial da Asma
Assinala-se hoje o Dia Mundial da Asma, doença respiratória crónica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo...

No âmbito do Dia Mundial da Asma (DMA), a SPAIC divulga os resultados do estudo CASCA (Custo da Asma na Criança), que consiste na avaliação do custo da asma nas crianças portuguesas (0-17 anos) e que estima os custos incrementais associados à asma controlada e à asma não controlada. O CASCA foi orientado pelo Professor João Fonseca do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Segundo os dados obtidos, por ano, são gastos 40 milhões de euros com urgências/atendimentos não programados devido a crises de asma nas crianças, sendo que, em média cada criança com asma vai 1,6 a 1,9 vezes por ano a serviços de urgência. Em termos de custos, por cada criança com asma não controlada são gastos entre 400 e 700€ por ano em idas a serviços de urgência/atendimentos não programados.

O CASCA avaliou também o impacto que a asma tem no quotidiano das crianças e verificou que, em cada ano, as crianças asmáticas faltam mais de 500.000 dias à escola devido à doença. Em média, as crianças com asma faltam 6 dias por ano à escola.

Verificou-se também que o principal fator agravante de custos é ter a asma não controlada. O impacto económico (custo) médio por criança com asma não controlada é 2 a 3 vezes superior ao de uma criança com asma controlada. A obesidade, a rinite e até a ausência de seguro ou subsistema de saúde são fatores que contribuem fortemente para um pior controlo da asma. Além disso, absentismo escolar das crianças e o respetivo absentismo laboral dos cuidadores é, aproximadamente, 3 vezes maior nas crianças com asma não controlada.

De acordo com o coordenador do estudo, “além dos elevados custos que a asma mal controlada acarreta, ela acaba também por ter um prejuízo indireto da vida social e profissional das famílias. Um terço das crianças asmáticas portuguesas são internadas num hospital por asma pelo menos 1 vez na vida.”

Este ano, a SPAIC assinala o DMA com a campanha “Que a asma não te pare!” que conta com a presença de várias caras conhecidas do grande público. António Zambujo, José Eduardo Agualusa, Andreia Rodrigues, Maria Rueff e Dalila Carmo são os protagonistas de um vídeo de sensibilização para o diagnóstico e controlo da asma. Com esta campanha pretende-se alertar os asmáticos que existe uma solução para o seu problema respiratório crónico, que não necessitam de viver em esforço e com falta de ar, que podem controlar e vencer a sua asma e que podem e devem conquistar a sua saúde e o seu bem-estar.

3ª edição
Montante será investido na missão da Maratona da Saúde, que esta 3ª edição visa sensibilizar o público e financiar a...

O Espetáculo Solidário da Maratona da Saúde voltou a ser um grande sucesso nos ecrãs da RTP no passado dia 30 de Abril, numa emissão de 5 horas, entre as 15H00 e as 20H00. Uma maratona televisiva que uniu a música à angariação de fundos para a investigação científica sobre doenças neurodegenerativas, o tema desta terceira edição da Maratona da Saúde. Katia Guerreiro foi a embaixadora deste ano, e este espetáculo solidário foi apresentado por Catarina Furtado e José Carlos Malato.

Para Katia Guerreiro: “Ser a embaixadora da Maratona da Saúde é para mim um enorme orgulho. É uma situação muito triste receber um diagnóstico que não dá esperança às famílias, o que acontece muitas vezes no caso das doenças neurodegenerativas. A investigação científica é urgente e fundamental para que possamos alimentar a esperança a milhares de pessoas que sofrem destas doenças e a todos os que acompanham o seu processo, sem esperança. E é esta a principal missão da Maratona da Saúde”

Esta iniciativa permite, através do entretenimento, sensibilizar os portugueses para as doenças neurodegenerativas, com testemunhos e histórias de vida que falam na primeira pessoa como é lidar com estas doenças, tais como Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica, Doença dos Pezinhos, entre outras.

Uma emissão que contou com muitos convidados: Deolinda Kinzimba, St. Dominic’s Gospel Choir, Nelson Antunes, Sete Saias, Ana Sofia Varela, Diogo Lopes, Master Jake, LTCTFG, Luísa Rocha e muitos outros.

Ao longo da emissão, os telespectadores puderam contribuir para esta causa através de chamadas para o número de valor acrescentado 760 20 60 90 (0,60 euros + IVA) e do 21 324 62 70 que deu acesso a um call-center gentilmente organizado pela PT. Aqui participaram muitos voluntários da PT, cientistas e caras conhecidas da RTP.

Na primeira edição, dedicada ao tema do Cancro, a maratona televisiva foi emitida durante nove horas em direto, na RTP1 e RTP Internacional, e permitiu angariar mais de 160 mil Euros para a causa da Maratona da Saúde, através de cerca de 230 mil chamadas telefónicas e o envolvimento de mais de 150 voluntários e na segunda edição, dedicada a Diabetes, permitiu angariar mais de 91 mil Euros.

Para António Coutinho, Presidente da Maratona da Saúde, “Ao todo, depois de dois anos de edições da Maratona da Saúde, já foi possível angariar cerca de 250 Mil euros que já financiou a informação e a sensibilização do cancro e da diabetes e 7 cientistas que desenvolvem a sua investigação no Cancro e na Diabetes. Este ano, o dinheiro angariado será dedicado ao tema das,  doenças neurodegenerativas, que afectam tantas pessoas no nosso país e no mundo. A Maratona da Saúde quer acelerar a investigação científica possibilitando assim uma melhor prevenção, um melhor diagnóstico e melhores tratamentos”

O que são doenças neurodegenerativas?
As doenças neurodegenerativas são condições muito debilitantes, com causas desconhecidas e ainda sem cura, que afetam milhões de pessoas de todas as idades e resultam da degeneração progressiva e/ou morte de neurónios – as células responsáveis pelas funções do sistema nervoso. Esta degradação pode afetar o movimento do corpo e o funcio­namento do cérebro, originando demência.

Estas doenças têm um grande impacto na vida profissional, social e familiar dos pacientes, podendo le­var a uma incapacidade total para exercerem qualquer tipo de atividade quotidiana e mesmo à morte.

Os seres humanos nascem com cerca de 100.000 milhões de neurónios - mais do que o número de estrelas na via láctea!! -  que são um tipo de células presentes no nosso sistema nervoso. Com a passagem do tempo, alguns vão-se perdendo e morrem.

Contudo, por vezes os neurónios degeneram ou morrem mais rápido do que o normal e surgem as doenças neurodegenerativas que podem aparecer em qualquer idade, e não só em pessoas mais idosas.

Existem neu­rónios no cérebro e na espinal medula, os dois órgãos principais do sistema nervoso.

As doenças neurodege­nerativas são diferentes dependendo do local onde os neurónios morrem ou degeneram no sistema nervoso.

A investigação científica é essencial para acelerar o conhecimento sobre a causa destas doenças, o que exige muito financiamento para os cientistas poderem trabalhar.

Qual o impacto das doenças neurodegenerativs na sociedade?
As doenças neurodegenerativas são processos degenerativos progressivos que se vão tornando mais graves com o passar dos anos. Os doentes podem, por exemplo, ter problemas motores terminando imóveis ou numa cadeira de rodas; ter dificuldades respiratórias que podem causar a morte; ter problemas cognitivos ou rela­cionados com a gradual perda de memória, eventualmente afetando a memória sobre tudo o que se aprendeu ao longo da vida.

Estas doenças têm um grande impacto na vida profissional, social e familiar dos pacientes, podendo le­var a uma incapacidade total para exercerem qualquer tipo de atividade quotidiana. Por esta razão, os próprios cuidadores e familiares que acompanham o dia-a-dia destes doentes acabam também por ser vítimas invisíveis da doença, sendo fácil de imaginar o forte impacto negativo que uma doença deste tipo tem no núcleo familiar.

Estudo
Uma intervenção psicoeducativa em cuidadores informais de doentes esquizofrénicos permite diminuir a sobrecarga e melhorar...

O Estudo de efetividade de um Programa de Intervenção Psicoeducativo (PIP) pretendeu avaliar a eficácia de um programa de intervenção psicossocial para prevenir ou reduzir a sobrecarga do cuidador de doentes esquizofrénicos ou transtorno esquizoafectivo

O estudo envolveu 223 cuidadores informais, como familiares e amigos, dos quais 114 receberam apoio estandardizado do serviço de psiquiatria e os restantes foram sujeitos ao PIP.

Os que participaram no programa frequentaram sessões de apoio durante 12 semanas, em que receberam informação clínica sobre a esquizofrenia e treinaram habilidades cognitivas e comportamentais, que incluíram competências de comunicação, a capacidade de encontrar e apreciar eventos agradáveis, procurar auxílio quando necessário e técnicas de relaxamento.

“As avaliações feitas em três momentos (durante o programa, quatro meses depois e oito meses após a intervenção) permitiram verificar uma melhoria contínua e significativa na saúde mental destes cuidadores, evidenciando a redução do impacto da doença”, sublinha o estudo que envolveu 16 centros das Irmãs Hospitaleiras em serviço ambulatório em Portugal e Espanha.

Quando questionados sobre as “ferramentas mais úteis” que obtiveram com este programa, os cuidadores referiram “conhecimentos sobre a doença”, “formas de ajudar o meu familiar”, “relaxação”, “importância de cuidar de mim”, “maior tolerância nas situações difíceis” e “melhoria da comunicação”.

Em declarações, a psicóloga Catarina Vigidal, que ministrou o PIP na Casa de Saúde da Idanha, adiantou que este programa é inovador porque é dirigido aos cuidadores.

“Foi muito gratificante para nós desenvolver este trabalho” com familiares, porque ”a maior parte da informação e dos programas psicoeducativos que existem é para ajudar o utente”, adiantou.

Para a psicóloga, os cuidadores são uma “população de risco”, porque estão expostos a uma grande sobrecarga.

A doença mental grave é crónica e “consome muito da disponibilidade dos cuidadores”, que podem “sofrer consequências negativas”, nomeadamente psicológicas, somáticas, sociais, conhecidas como sobrecarga do cuidador.

Esta sobrecarga pode ter “efeitos adversos” na sua vida como falta de tempo, dificuldades financeiras, problemas de saúde, alterações na vida pessoal, social, profissional e na qualidade de vida, explicou.

Neste programa, “o cuidador tem que olhar para si” e perceber o que pode fazer para se proteger.

“A pessoa vive a doença, os sintomas, os médicos e de repente tem de olhar para si e é isto que faz a diferença”, disse Catarina Vidigal, sublinhando que se o cuidador “estiver bem pode ajudar melhor o doente”.

“É muito importante que o cuidador se sinta bem consigo, que tenha menos sobrecarga, se não pode adoecer e deixamos de ter uma pessoa doente para passarmos a ter um agregado familiar”, frisou.

O estudo aponta a necessidade de desenvolver estes programas nas instituições para cuidadores de doentes mentais graves

A Casa de Saúde da Idanha adaptou este programa para os profissionais de saúde que trabalha com doentes mentais e que apresentam “risco de sobrecarga”.

Os principais cuidadores de doentes mentais graves são os pais e 42% dedicam mais de 60 horas semanais em tarefas de cuidados.

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo
Quarenta serviços de dermatologia de todo o país vão realizar no dia 11 de maio, dia do Euromelanoma, o rastreio gratuito anual...

Segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), que divulga na quarta-feira os dados mais recentes do cancro da pele no país, é fundamental que as pessoas façam o autoexame e tomem medidas preventivas contra os cancros de pele.

“No dia 11 de maio, Dia do Euromelanoma, mais de 40 serviços dermatologia vão fazer o rastreio gratuito. No dia 4 em www.apcancrocutaneo.pt estarão discriminados os serviços e contactos a que as pessoas poderão recorrer”, disse Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC.

Desde 2000, há a dedicação de um dia à mensagem do autoexame e do diagnóstico precoce de vários tipos de cancro de pele, acrescentou.

Osvaldo Correia explicou que o melanoma não é o cancro mais frequente, mas é o “mais temível, porque é mortal”.

Existem outros - os mais frequentes são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular -, sendo que estas lesões se traduzem no maior espetro de cancro humano que existe, explicou o responsável.

“Queremos que as pessoas percebam que não existe um cancro de pele, existem vários cancros de pele e que conheçam as várias fases que um cancro pode ter, para fazerem o autoexame”, sublinhou.

Fazendo um balanço do rastreio de 2015, Osvaldo Correia revelou que entre mais de 1.600 pessoas, foram detetadas 112 com queratoses actínicas, um precursor de carcinoma espinoceular, 16 suspeitas de melanoma e 61 com suspeita clínica de carcinomas.

O responsável da APCC destacou que 65% dos casos já eram suspeitados pelo paciente, o que considerou um motivo de “regozijo no estímulo ao autoexame”.

“À medida que os anos passam vamos tendo cada vez mais sinais, mas é preciso reconhecer o patinho feio: um sinal novo com aspeto mais escuro ou que mudou de cor, que ficou irregular ou uma ferida que não cicatriza. É pelo autoexame que podemos ter menos morbilidade e menos mortalidade”, considerou.

Entre as medidas profiláticas, além do autoexame, Osvaldo Correia destaca a importância dos rastreios periódicos e o cuidado com o sol, sobretudo entre praticantes de desporto ou trabalhadores ao ar livre.

Na quarta-feira serão ainda revelados dados relativos ao perfil do praticante de desporto ao ar livre que pode ter comportamentos de risco, sendo os mais novos e os mais velhos quem mais se expõe: apenas 7% dos praticantes com menos de 25 anos usam chapéu quando estão a correr e 22% dos que têm mais de 45 anos.

Além disso, um inquérito feito a mais de 1.300 participantes em maratonas, revelou que essas pessoas têm um conhecimento de sinais de risco muito baixo: 90% identificam melanoma como sendo um cancro de pele, mas poucas associam os outros.

Assim, apenas 37% associaram o carcinoma vasocelular e 26% associaram o carcinoma espinocelular a cancro, enquanto só 14% reconheceram as queratoses actínicas como risco de cancro de pele.

Osvaldo Correia reconhece a importância da corrida ao ar livre, mas lembra a necessidade de usar e renovar protetor solar, camisola, chapéu e óculos escuros, e de escolher os horários antes das 10:00 ou depois das 20:00, que são as “horas mais seguras”.

As queimaduras solares são reportadas com frequência por estas pessoas, sobretudo no couro cabeludo (homens), orelhas, pescoço e face.

Osvaldo Correia anunciou ainda que durante os dias 13 e 14 de maio vão decorrer ações de formação sobre cancro de pele para profissionais de saúde e educação, com varias sessões, na Universidade católica, em Lisboa.

O secretário-geral da APCC lembrou ainda que as pessoas que frequentam solários têm um histórico de mais queimaduras solares, menores proteções e mais exposição a horas perigosas.

Apesar de já existir legislação para regular o uso dos solários, Osvaldo Correia considera que é preciso mais fiscalização e, idealmente, a sua abolição.

“Já somos dos melhores da Europa, mas queremos alinhar com a Austrália e com o Brasil, que já desistiram dos solários, reconhecidos como cancerígenos da pele e do olho”.

Estudo
Um estudo divulgado pela revista Nature identifica genes e processos de mutações genéticas envolvidos no desenvolvimento do...

O estudo, muito bem recebido pela comunidade científica no Reino Unido, por se tratar do mais exaustivo até à data, foi liderado por Michael Stratton, diretor do Instituto Sanger, em Cambridge (sudeste da Inglaterra).

Em declarações à cadeia pública britânica BBC, Stratton disse que a descoberta "é um marco significativo para a investigação do cancro".

“No fim do século passado, fomos capazes de identificar os primeiros genes individuais mutantes. Agora, com a nossa capacidade de sequenciar todo o genoma de um grande número de cancros, estamos no caminho para criar uma lista completa destes genes mutantes do cancro", explicou.

A equipa internacional de cientistas examinou os 3.000 milhões de letras que compõem o código genético em 560 casos de cancro da mama (556 mulheres e quatro homens).

Encontrando um total de 93 conjuntos de genes que, se mutarem, podem causar tumores.

Os autores identificaram um número de "assinaturas de mutações" (marcas deixadas pela mutação) nos genomas de pacientes com cancro, que estavam associadas a reparações imperfeitas do ADN e à função dos genes supressores dos tumores BRCA1 ou BRCA2.

No geral, os cientistas identificaram 12 tipos de "dano" que podem causar mutações no peito, alguns relacionados com o historial médico familiar, enquanto outros continuam sem ter uma explicação associada.

“No futuro, gostaríamos de traçar o perfil individual dos genomas de cancro, a fim de identificar o tratamento mais benéfico para uma mulher ou um homem diagnosticado com cancro da mama", afirmou Serena Nik-Zainal, uma das investigadoras.

Investigação:
O aleitamento materno reduz o risco de cancro da mama, afirmou hoje um investigador espanhol, afirmando que permite à glândula...

“Amamentar os filhos é concluir o ciclo fisiológico funcional da glândula mamária e proteger a mulher do cancro da mama,” assegura o presidente da Fundação Instituto Valenciano de Oncologia (IVO) e vice-presidente da Associação Espanhola Contra o Cancro (AECC), António Llombart, em declarações à agência EFE.

O especialista explicou que a secreção látea “é um produto final do que constitui a função fisiológica da glândula mamária.”

“Interrompê-la no momento em que funciona no seu momento alto de expressão condiciona a aparição de alterações na vida das células da glândula com mortes precoces que podem iniciar fenómenos de mutações oncogénicas,” acrescentou.

Segundo Llombart, o aleitamento materno beneficia não só o filho, que recebe através da mãe uma imunidade que o protege de várias doenças, “como a própria mãe, que vai completar o ciclo da glândula mamária durante a gestação com a secreção látea.”

O aleitamento materno é uma das recomendações do “Código Europeu contra o Cancro em Espanha” para impedir o aparecimento do cancro da mama tal como evitar o tabaco, o álcool, exposições solares excessivas e realizar a vacinação contra o vírus do papiloma humano.

O responsável pelo Serviço de Oncologia do IVO, Vicente Guillem, destacou que em Espanha há cerca de 250.000 novos casos de cancro por ano e morrem 100.000 todos os anos, ou seja, 40 por cento dos pacientes, pelo que Guillem defende ser “necessário” uma investigação em oncologia tanto epidemiológica, como básica, clínica e biotecnológica.

Estudo
Metade das crianças asmáticas em Portugal tem a sua asma por controlar e todos os anos são gastos 40 milhões de euros com...

Os resultados parciais do estudo Custo da Asma na Criança, a que a agência Lusa teve acesso, mostram que, em média, cada criança com asma vai 1,6 a 1,9 vezes por ano a serviços de urgência.

Na véspera do Dia Mundial da Asma, que se assinala na terça-feira, o estudo refere que são gastos por criança entre 400 a 700 euros por ano em idas às urgências ou atendimentos não programados por causa da asma por controlar.

“Verificou-se que o principal fator agravante de custos é ter a asma não controlada. O custo médio por criança com asma não controlada é duas a três vezes superior ao de uma criança com asma controlada”, referem os responsáveis do estudo, orientado por um professor do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e que contou com o apoio da Fundação Gulbenkian.

O estudo abrangeu a análise de crianças asmáticas portuguesas até aos 17 anos. Em Portugal existem cerca de 175 mil crianças ou adolescentes asmáticos, uma prevalência de 8,4%.

A investigação avaliou ainda o impacto que a asma tem no quotidiano das crianças e verificou que, em cada ano, as crianças asmáticas portuguesas faltam mais de 500 mil dias à escola devido à doença. Em média, uma criança asmática falta seis dias num ano letivo.

Concluiu-se ainda que o absentismo das crianças, e respetivo absentismo laboral dos cuidadores, é três vezes maior em quem não tem a asma controlada.

A asma é uma doença crónica, não tem por isso cura, mas pode ser controlada, através de medicação. A asma diz-se controlada perante a ausência de sintomas, sem necessidade de medicação de alívio (ou medicação mínima) e sem crises ou exacerbações.

Presidente francês
O Presidente francês, François Hollande, instou a comunidade internacional a "assumir responsabilidades” em matéria de...

“A França vai lutar contra o preço proibitivo de certos novos medicamentos, enquanto fomenta a inovação”, explicou num número especial da revista britânica.

Nesse sentido, a França “tomou a iniciativa de mobilizar o G7” para o assunto, lembrou o Presidente, recordando o que foi anunciado em março.

“Pela primeira vez este ano, uma reunião dos ministros da Saúde dos sete países mais ricos do planeta [Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá] deverá promover um diálogo e uma coordenação entre autoridades de regulação, indústria farmacêutica e pacientes”, acrescentou.

O objetivo é “assegurar aos que estão doentes um efetivo acesso aos cuidados”.

“A França já está a dar o seu contributo, tornando, por exemplo, gratuita a assistência a crianças com menos de cinco anos em quatro países do Sahel”, sublinhou.

Hollande apelou “à comunidade internacional que assuma as suas responsabilidades” e sublinhou que a determinação de França em implementar uma “verdadeira cobertura na saúde dependerá da capacidade de financiar infraestruturas de qualidade e implementar verdadeiras políticas de prevenção e educação contra as doenças crónicas”.

“A França, fiel aos seus valores fundamentais, continuará a estar na vanguarda”, escreveu o Presidente, acrescentando que em 2015 o seu país se comprometeu com “mais de mil milhões de euros para o desenvolvimento do apoio à saúde”.

Estudo
Um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde alerta que as doenças não transmissíveis, como a diabetes ou a...

Realizado por cientistas do México e dos EUA, o estudo surge numa edição especial do Boletim da Organização Mundial de Saúde (OMS) e revela que, embora o número de mulheres que morrem nos países de baixo e médio rendimento por causas relacionadas com a gravidez e o parto seja hoje mais baixo do que há dez anos, mais mulheres morrem de causas indiretas.

"Estamos a vencer a batalha contra as causas tradicionais de morte materna, como as hemorragias pós-parto, mas não contra as causas indiretas da mortalidade materna", disse o coautor do estudo, Rafael Lozano, do Instituto Nacional de Saúde Pública do México, citado num comunicado da OMS.

As conclusões agora divulgadas juntam-se a evidências crescentes sobre as causas de morte durante a gravidez no México e são consistentes com as mais recentes análises globais de que mais de um quarto das mortes maternas em todo o mundo se deve a causas indiretas.

A mortalidade materna, que corresponde às mortes de mulheres durante a gravidez, o parto ou nos 42 dias após dar à luz, é uma medida importante quando se calcula o nível de desenvolvimento humano de um país.

As causas diretas da mortalidade materna resultam de complicações obstétricas durante a gravidez e o parto, enquanto as causas indiretas resultam muitas vezes de doenças pré-existentes que se agravam com a gravidez e incluem doenças não transmissíveis como a diabetes ou problemas cardiovasculares, assim como doenças infecciosas ou parasitárias como o VIH, a tuberculose, a gripe ou a malária.

Os autores do estudo identificaram e reclassificaram 1.214 mortes como mortes maternas, revelando que a mortalidade materna no México tinha sido subestimada em cerca de 13%.

Como resultado, os números da mortalidade materna no México, no período do estudo, foram corrigidas de 7.829 para 9.043.

As mortes adicionais foram identificadas através de um novo método, desenvolvido pela equipa de Lozano, chamada Pesquisa Intencional e Reclassificação de Mortes Maternas.

Ao aplicar este método ao período em estudo, de oito anos, os autores concluíram que a mortalidade materna por causas obstétricas diretas diminuiu de 46,4 para 32,1 por 100.000 nados vivos, enquanto a mortalidade materna por causas indiretas aumentou de 12,2 mortes por 100.000 nados vivos, em 2006, para 13,3 mortes por 100.000 nados vivos, em 2013.

"As mortes maternas por causas diretas afetam mulheres nos municípios mais pobres, mas as mulheres que morreram de causas indiretas tinham menos gravidezes, tinham níveis mais elevados de educação e tendiam a viver em municípios mais ricos", disse Lozano.

Como muitos países de médio rendimento, o México tem registado um aumento rápido dos níveis elevados de colesterol e obesidade, deixando as mulheres em idade reprodutiva em maior risco de hipertensão e diabetes de tipo 2 pré-existentes.

A diretora-geral adjunta da OMS para a Saúde da Família, das Mulheres e das Crianças, Flavia Bustreo, lembrou que os programas de saúde materna se foram em pessoal mais qualificado nos serviços de partos e emergências obstétricas.

Mas estas medidas, que têm resultado numa redução da mortalidade materna em todo o mundo, não permitem reduzir a mortalidade por causas indiretas, sublinhou.

O estudo sublinha a necessidade de os serviços de saúde dirigidos às grávidas, recém-nascidos e crianças serem repensados para reagir a novos desafios, nomeadamente a emergente ameaça das doenças não transmissíveis para a saúde materna.

"Para reduzir a mortalidade materna indireta, os obstetras e outros profissionais de saúde que seguem mulheres durante a gravidez e o pós-parto têm de se treinar a olhar para a saúde da mulher holísticamente e não só para a sua gravidez", disse Bustreo.

Maternidade Júlio Dinis
Setenta crianças nasceram graças aos óvulos e espermatozoides doados ao Banco Público de Gâmetas, que iniciou funções há cinco...

“Gostaríamos que a afluência de dadores e dadoras fosse maior”, afirmou Isabel Sousa Pereira, responsável por este banco público, sediado na Maternidade Júlio Dinis, que pertence ao Centro Hospitalar do Porto.

Ainda assim, o Banco tem respondido de uma forma imediata aos ciclos de Procriação Medicamente Assistida (PMA), com recurso a sémen de dador, realizados no Centro de Procriação Medicamente Assistida do Centro Hospitalar do Porto (CPMA - CHP).

Já em relação aos ciclos com recurso a doação de gâmetas femininos, existe uma lista de espera de dois anos, um tempo que os responsáveis do banco gostariam de diminuir.

Desde que abriu portas, a 02 de maio de 2011, e até ao final de 2015, candidataram-se a dadores de sémen 100 homens, dos quais 22 viram o seu material utilizado.

As candidatas femininas foram 132, tendo 25 efetivado a doação dos seus óvulos.

O Banco Público de Gâmetas realizou 298 envios de gâmetas masculinos e 32 de óvulos para ciclos de PMA realizados pelo CPMA-CHP.

Isabel Sousa Pereira reconhece que o objetivo do Banco Público de Gâmetas é enviar material para todo o país e não apenas para os casais seguidos no CPMA-CHP.

Desde 2011, nasceram 70 crianças através deste material doado por “candidatos benévolos” que, “por algum motivo, estão sensibilizados para a importância da PMA e da possível necessidade de recurso a doação de gâmetas”.

Na origem da necessidade de recorrer a gâmetas de dador estão situações de azoospermia (ausência de espermatozoides), no caso masculino, e falência ovárica prematura, nas mulheres.

Isabel Sousa Pereira referiu que não tem existido promoção do Banco Público de Gâmetas, no sentido de promover as dádivas, considerando-as “importantes”.

“É notório o aumento do número de candidatos sempre que há notícias sobre este tema”, adiantou.

Por resolver continua a falta de gâmetas de raça negra. ”Não tivemos, desde a abertura, qualquer candidato masculino de etnia negra”, disse, adiantando desconhecer “o motivo” para esta ausência.

Atenta a esta falta de dadores, a Associação Portuguesa de Fertilidade anunciou em abril que vai lançar uma campanha para doação de óvulos e espermatozoides junto das universidades e associação de estudantes, por considerar que aqui existe “um elevado número de pessoas com potencial para se tornarem dadores”.

A campanha, que começará brevemente, consistirá na afixação de cartazes e na distribuição de folhetos explicativos do processo, contando-se atualmente 104 faculdades e institutos politécnicos que já aceitaram divulgar a campanha juntos dos seus alunos.

A presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, Cláudia Vieira, sublinhou que “há muitos casais que precisam da doação de gâmetas (óvulos e/ou espermatozoides) para conseguirem concretizar o sonho de serem pais”.

“Estes casais apenas podem contar com o altruísmo de outras pessoas, que aceitam doar os seus gâmetas”, disse.

"É um primeiro passo para abordar esta questão, que ainda levanta tantas dúvidas à sociedade em geral. O que queremos é que as pessoas percebam que este é um gesto altruísta, que ajudará um casal a concretizar o sonho de uma vida”, acrescentou.

Ministério da Agricultura diz
O Ministério da Agricultura esclareceu que o potencial carcinogénico do herbicida glifosato está associado a um co-formulante ...

Um trabalho da RTP, divulgado na sexta-feira, dizia que "há vários portugueses contaminados com glifosato, um herbicida que é potencialmente cancerígeno”, e referia que “a sua presença foi detetada com valores elevados no norte e centro do país".

No seguimento de “dúvidas que a utilização da substância ativa glifosato, como herbicida, têm suscitado na opinião pública”, o Ministério da Agricultura divulgou um comunicado em que se lê que este herbicida “nunca fez parte da lista de substâncias a pesquisar, tendo sido determinada a sua introdução no Plano Nacional de Pesquisa de Resíduos (PNPR) em 2016”.

A tutela refere que “foi determinada a pesquisa de glifosato em sementes de centeio”.

“Na sequência das observações da Agência Internacional de Investigação para o Cancro, que apontavam para possíveis efeitos cancerígenos da substância ativa, e da exaustiva reanálise dos estudos e informações disponíveis pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, foi concluído que o potencial carcinogénico identificado está associado não ao glifosato, mas sim à presença, em certos produtos fitofarmacêuticos contendo glifosato, de um co-formulante (taloamina)”.

Este co-formulante “evidenciou um potencial genotóxico”, prossegue o ministério.

No comunicado, indica-se que “o Comité de Peritos da União Europeia reunir-se-á a 18 de maio para analisar e decidir sobre a utilização futura do glifosato a nível europeu”.

Na sexta-feira, o partido Pessoas Animais Natureza (PAN) pediu a realização de análises à água e aos alimentos para deteção da presença do herbicida glifosato.

O PAN pede explicações ao ministro da Agricultura, através da Assembleia da República, e recorda que, em junho, a Comissão Europeia vai tomar uma decisão acerca deste produto químico utilizado na produção agrícola e para erradicar ervas daninhas em jardins ou ruas das localidades, na maior parte dos concelhos portugueses.

Um comunicado da Plataforma Transgénicos Fora, divulgado na sexta-feira, insiste no alerta para este problema e salienta que "o Ministério da Agricultura tem de sair do estado de negação profunda em que se encontra e encarar finalmente o glifosato como o químico tóxico e omnipresente que de facto é".

Embora admita que "não se conhecem ao certo quais as principais vias de exposição", a plataforma, que reúne associações da agricultura e do ambiente, salienta que "a alimentação e a água são candidatos óbvios e devem começar a ser amplamente testadas e as fontes de contaminação eliminadas".

Dizin Saúde
O Grupo de clínicas dentárias O Meu Dentista, detido pela Dizin Saúde, pediu a insolvência e fechou as 12 clínicas que tinha em...

O Grupo O Meu Dentista "encerrou as 12 clínicas espalhadas em grandes espaços comerciais e cessou totalmente a sua atividade", lê-se no comunicado.

"O pedido de insolvência entrou ontem (na sexta-feira) à noite. Hoje todas as clínicas já estão fechadas, todos os centros [comerciais] foram avisados e as pessoas que se dirigirem às clínicas terão lá informação a dizer quem devem contactar para obterem uma explicação sobre o que vai acontecer", explicou Lusa fonte da Dizin Saúde.

O grupo de clínicas dentárias explicou que o processo de reestruturação que tinha em curso não estava a produzir os resultados pretendidos, "inviabilizando a manutenção da atividade e o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, trabalhadores, colaboradores e fornecedores".

Criada em 2009, a empresa O Meu Dentista prestou ao longo dos anos serviços de medicina dentária a milhares de pacientes, mas "infelizmente, a redução de atividade nos últimos meses inviabilizou a manutenção da operação da empresa", refere o documento.

A administração de O Meu Dentista refere que envidou todos os esforços com vista à viabilização do grupo e manutenção das clínicas mas não foi possível recuperar a empresa.

“A administração da Dizin Saúde trabalhou em vários cenários para tentar evitar o pedido de insolvência que agora foi obrigada a concretizar mas todos eles acabaram por se revelar infrutíferos”, refere o administrador da Dizin Saúde, Carlos Diniz, citado no comunicado.

Nos EUA
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos aprovou a comercialização do primeiro teste para diagnosticar o...

A farmacêutica Quest Diagnostics assegurou ter recebido a autorização de emergência da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para vender o primeiro teste de diagnóstico desenvolvido comercialmente para o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

O teste deverá começar a ser comercializado na próxima semana, pelo menos em Puerto Rico, um dos locais mais afetados.

As organizações internacionais de saúde já confirmaram que a infeção com o vírus Zika durante a gravidez pode causar microcefalia no feto.

Os sintomas do Zika incluem febre, erupção cutânea, dor nas articulações e vermelhidão ocular.

O Departamento de Saúde de Porto Rico anunciou a primeira morte na ilha associado ao vírus Zika.

A primeira morte associada ao Zika é de um homem de 70 anos que morreu em fevereiro de uma trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas de sangue), ligado ao referido vírus, explicou o secretário de Estado de Saúde de Porto Rico, Ana Rius.

Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias
O alerta foi lançado: é fundamental a realização de um diagnóstico como forma de prevenção. Estima-se que existam mais de seis...

Sabia que atualmente a taxa de sobrevivência dos casos com Imunodeficiência Combinada Grave é de 40%, mas seria maior caso houvesse um diagnóstico aos 3 meses de idade? Foram estes os tópicos, e outros igualmente relevantes, que foram apresentados e discutidos no último sábado na cidade de Coimbra no V Encontro de Famílias com o objetivo de “Melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos doentes com Imunodeficiências Primárias”.

 

É sob o tema “Testar, Diagnosticar, Tratar” que é apresentada a 6.ª edição da Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias. Marcada por várias iniciativas, esta semana pretende consciencializar a população em geral acerca da importância de um diagnóstico precoce que pode aumentar a esperança de vida e reduzir impactos negativos no quotidiano de um doente com IDPs.

 

A Sociedade Portuguesa de Imunologia, através de algumas instituições nacionais que se distinguem na investigação em Imunologia, está a preparar um conjunto de atividades que pretende dar a conhecer à população, a investigação feita em Portugal nesta área científica, através de palestras com cientistas, atividades práticas e visitas a laboratórios. Estas atividades estão agendadas para o dia 29 de abril, o Dia Internacional da Imunologia.

 

Sobre a importância do estudo da Imunologia, Susana Lopes da Silva, Imunoalergologista, responsável pela consulta de IDP no adulto no Centro de IDP do CHLN-HSM / FMUL / IMM, revela: “A disciplina da Imunologia tem tido um crescimento muito acentuado nos últimos anos, que se traduz num aumento de aplicações práticas, quer no domínio do diagnóstico, quer no tratamento de múltiplas doenças. As IDPs são exemplos muito óbvios desta realidade, mas, para além destas, muitas outras áreas têm crescido com o progresso no conhecimento da Imunologia (desde a Imunoalergologia e Reumatologia, à Cardiologia, Gastrenterologia ou mesmo Dermatologia)”.

 

A culminar esta semana de sensibilização a nível mundial, Belém irá receber no próximo dia 1 de maio a III Caminhada pela Saúde, promovida pela Associação Portuguesa de Doentes com Imunodeficiências Primárias (APDIP). Esta caminhada, que terá a distância de 5km, terá a Torre de Belém como ponto de encontro (pelas 10h) e qualquer pessoa poderá participar sem qualquer custo associado. As inscrições deverão ser feitas em http://www.apdip.pt/caminhada.

Investigadoras do Porto criam
Investigadoras do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) estão a desenvolver dois dispositivos "autónomos e...

De acordo com Goreti Sales e Lúcia Brandão, responsáveis pelos projetos, o objetivo é criar dispositivos de fácil manuseamento, semelhantes aos utilizados para a leitura da glucose em pessoas com diabetes, mas que necessitam apenas da tira de glucose e não precisam da caixa de medida elétrica.

O projeto 3 P's (plastic antibodies, photovoltaics, plasmonics), liderado pela investigadora Goreti Sales, do laboratório BioMark, pertencente ao ISEP, engloba três áreas do conhecimento que "nunca se encontraram antes".

Nesta investigação, pretende-se juntar anticorpos plásticos a células fotovoltaicas (dispositivo elétrico em estado sólido, capaz de interagir com biomarcadores do cancro e de converter a luz em energia elétrica de forma interdependente) e, de seguida, a estruturas plasmónicas (que aumentam a eficiência da célula fotovoltaica).

"A leitura da amostra de sangue vai dar origem a uma cor, que vai permitir ao médico verificar se o paciente tem um biomarcador (biomolécula que circula no nosso organismo) alterado e indicar a necessidade de realizar análises aprofundadas e específicas", explicou à Lusa a investigadora.

Este processo é "uma despistagem local muito mais intensa do que a que se faz atualmente, com uma taxa de erro muito inferior", acrescentou.

"Com o desenvolvimento deste novo conceito de biossensor, vamos poder fazer testes em várias linhas de cancro, utilizando diferentes biomarcadores, podendo ainda estender-se a sua aplicação a outras doenças".

Neste momento, a equipa de investigação já conseguiu associar os anticorpos plásticos às células fotovoltaicas, segundo indicou a investigadora, e estão a trabalhar num composto que seja capaz de mudar de cor de uma forma evidente, com o auxílio de materiais orgânicos.

O que se espera é que seja um produto, de utilização única, "barato e produzido a grande escala".

Por seu lado, o projeto Symbiotic, liderado pela também investigadora do BioMark Lúcia Brandão, associa os anticorpos plásticos a um dispositivo autónomo que produz energia, mas não usa a célula fotovoltaica.

Neste caso, é utilizada uma célula de combustível - uma pilha - "que vai detetar a presença do biomarcador", esclareceu a coordenadora.

"Se o sinal elétrico dessa célula combustível variar, vai dar indicação a um outro dispositivo agrupado, que muda de cor, indicando ao médico se o paciente tem indícios de cancro".

No projeto 3P's participam as investigadoras Alexandra Santos, Ana Moreira, Ana Margarida Piloto, Carolina Hora, Felismina Moreira e Manuela Frasco, bem como a responsável pelo Symbiotic, Lúcia Brandão.

Esta investigação teve início em fevereiro de 2013 e foi financiada através de uma "Starting Grant" da Europeran Research Council (ERC) em um milhão de euros.

O projeto finaliza em janeiro de 2018, contando com a colaboração do IPO-Porto para o teste do dispositivo em amostras de sangue, urina e saliva.

O Symbiotic é desenvolvido por um consórcio, composto pelo ISEP, pelo Imperial College, de Londres, pelo UNINOVA, da Universidade Nova de Lisboa, pela organização finlandesa de investigação VTT e pela Universidade Aarhus, da Dinamarca.

Neste projeto participam pelo ISEP as investigadoras Liliana Carneiro, Maria Helena Sá, e Nádia Ferreira.

Iniciado em junho de 2015, teve um financiamento de cerca de 3,4 milhões pelo Horizonte 2020 e tem a duração de três anos.

6 de Maio, Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca
João Didelet e José Peseiro juntam-se ao Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia pela...

A Campanha “Ouve o teu coração!” conta com a participação destas duas figuras públicas com o objetivo de sensibilizar a população, os profissionais de saúde, a classe política e a comunicação social para uma doença que afeta cerca de 400 mil portugueses e que todos os anos mata mais pessoas que alguns tipos de cancro.

O ator João Didelet e o treinador de futebol José Peseiro são os protagonistas de um Spot de Televisão de 20 segundos sobre os principais sintomas da Insuficiência Cardíaca e a necessidade de se estar atento aos sinais para um diagnóstico precoce. Durante o mês de Maio será veiculado nos principais canais generalistas e nos Cinemas NOS, de norte a sul do país.

Em Portugal, a insuficiência cardíaca afeta mais de 4% da população, ou seja, cerca de 400 mil pessoas e representa uma despesa que varia entre os 140 milhões e os 210 milhões de euros anuais em saúde. Prevê-se que a sua prevalência possa aumentar entre 50% a 70% até 2030, sendo, dessa forma, crucial prestar atenção a esta doença que, na Europa, é já a principal causa de internamento hospitalar após os 65 anos de idade.

A Campanha “Ouve o teu coração!” é uma iniciativa do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e conta com o apoio da Merck, Novartis e Servier. 

Sociedade Portuguesa de Pneumologia adverte
Só nos hospitais portugueses são internadas, todos os dias, 81 pessoas com pneumonia. Morre uma delas a cada 90 minutos. Na...

O envelhecimento enfraquece o sistema imunitário, tornando o ser humano mais vulnerável a bactérias como o pneumococo, um dos grandes responsáveis pelas pneumonias. 

“A imunização no adulto, em particular contra a doença pneumocócica, é uma das nossas grandes preocupações enquanto sociedade científica”, começa Venceslau Hespanhol, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. “Crianças e adultos com mais de 50 anos estão mais susceptíveis a contrair a doença pneumocócica. No entanto, se no caso dos mais novos há uma natural aposta na imunização, com a chegada à idade adulta, preocupamo-nos menos e acabamos por descurar a prevenção. Por isso, na Semana Europeia da Vacinação relembramos que a vacinação antipneumocócica não deve ser um exclusivo das crianças. Os adultos também devem ter essa preocupação”, continua.

Pessoas nos extremos das idades, bem como adultos com mais de 50 anos que tenham co-morbilidades como Diabetes, Asma, DPOC e Doença Cardíaca ou pessoas cuja imunidade está comprometida também devem vacinar-se.

Para a Sociedade Portuguesa da Pneumologia, a prevenção é fundamental. “Existe, desde 2014, uma recomendação da SPP para que os principais grupos de risco sejam imunizados com a vacina antipneumocócica. Em junho do ano passado, esta recomendação foi reforçada por uma norma da Direção-Geral da Saúde (DGS), que recomenda a vacinação a todos os adultos (pessoas com mais de 18 anos) pertencentes aos grupos de risco, nomeadamente diabéticos, pessoas com asma, DPOC ou doença cardíaca crónica. É tempo de agir. Todos os dias são internadas 81 pessoas com Pneumonia. Uma pessoa morre a cada hora e meia. Só em custos diretos com internamentos, gastamos anualmente 80 Milhões de euros, o equivalente a 218 mil euros por dia. Custos que não contemplam despesas indiretas incalculáveis como sequelas graves ou mortes, a maioria potencialmente prevenível”, conclui o presidente da SPP.

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