Óxido de Zinco contra as assaduras no bebé
Caracterizada por uma inflamação da pele que ocorre por contato com urina e fezes, a dermatite da fralda é uma doença de pele bastante frequente nos primeiros meses de vida de um bebé, e corresponde a uma dermatite de contato irritativa primária.
Embora se desconheça a causa específica para este tipo de dermatite, pode dizer-se que não existe na sua origem um agente responsável único, mas sim um conjunto diverso de fatores que possuem diferentes capacidades irritativas.
A verdade é que, o uso da fralda potencia o aumento da temperatura e humidade da pele, o que resulta na perda da integridade da barreira cutânea e na sua consequente maceração.
Apresentando-se como uma vermelhidão ou eritema que afeta as superfícies que entram em contato direto com a fralda, sobretudo as nádegas, a parte interna das coxas, os genitais e a região mais baixa do abdómen e, por vezes, também as pregas, a dermatite da fralda constitui-se como uma fonte significativa de desconforto para as crianças.
A intensidade das alterações cutâneas provocadas por esta inflamação pode variar entre leve e grave.
Em determinadas condições, a alteração do pH da pele pode levar ao aparecimento de infeções “oportunistas” de origem bacteriana, fúngica ou viral, sendo que, nos casos mais graves, o eritema pode atingir áreas não cobertas pela fralda.
A candidíase é considerada a principal complicação da dermatite e, quando ocorre em simultâneo, o eritema intensifica e surgem lesões papulopustulosas.
Apesar das complicações mais comuns serem infecciosas, sobretudo as sobreinfeções por fungos (Candida Albicans) ou bactérias (Staphylococcus Aureus), podem surgir outras mais raras.
O granuloma glúteo infantil, por exemplo, surge habitualmente associado à utilização de corticóides tópicos fortes na zona da dermatite, que levam à formação de nódulos de cor púrpura com dois a três centímetros de diâmetro.
Cicatrizes ou zonas de hipopigmentação podem surgir como resultado de uma dermatite moderada a grave.
Dado tratar-se de uma dermatite frequentemente tratada de forma conservadora em casa, desconhece-se a sua prevalência exata, no entanto, estima-se que atinja entre 25 a 65 por cento das crianças, independentemente do sexo, entre os seis e os 12 meses de idade.
Principais cuidados
A prevenção é a principal arma contra a dermatite da fralda. Quer a prevenção quer o tratamento desta afeção deve englobar um conjunto de medidas que têm como principais objectivos manter a zona da fralda seca, limitar a mistura e dispersão da urina e das fezes, reduzir o contato da pele, evitar a irritação e maceração e manter, sempre que possível, o pH ácido.
Mudar as fraldas com frequência: a fralda deve ser trocada sempre que a criança defecar ou urinar e, sempre que possível, deve ser deixada sem fralda durante um bom período de tempo. No caso dos recém-nascidos, a muda da fralda deve ser mais frequente.
Usar fraldas descartáveis absorventes: é uma ideia errada pensar que as fraldas de pano, que se usavam antigamente, são melhores.
Na verdade, as fraldas descartáveis superabsorventes são as que possuem maior capacidade de manter a área da fralda seca.
Esta capacidade foi já demonstrada em vários estudos, quando comparadas com as fraldas de pano.
Higiéne diária: A higiéne da área da fralda com água morna e algodão ou com produtos emolientes dispersíveis na água, sem recurso a sabonetes, é suficiente para a limpeza diária.
Quando são utilizados sabões suaves, a sua utilização não deve ultrapassar as duas vezes por dia.
Os toalhetes de limpeza não são aconselhados.
Utilização de cremes barreira: após cada muda da fralda deve ser aplicada uma pasta protetora ou um emoliente. Constituídos pela mistura de pós (como é o caso do óxido de zinco) e gorduras (vaselina ou parafina), estes cremes são ótimos aliados para a redução da maceração.
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