Imposto aumenta a partir de julho
O Estado arrecadou 569,2 milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano com o imposto sobre o tabaco, mais 75% do que em...

Os dados foram publicados na semana passada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), uma semana antes de entrar em vigor o aumento deste imposto já previsto no Orçamento do Estado para 2016 (OE 2016).

O tabaco ao preço ainda em vigor à data só pode ser vendido até 30 de junho, escreve o Observador, tendo de ser praticado o novo preço, que reflete o aumento do imposto inscrito no OE 2016, a partir do primeiro dia do mês de julho.

Segundo uma portaria do Ministério das Finanças, publicada a 4 de abril, “as embalagens individuais de cigarros, que tenham aposta a estampilha especial referida no número anterior [antigas], só podem ser objeto de comercialização e venda ao público até 30 de junho de 2016”.

O aumento do Imposto sobre o Tabaco deverá resultar num aumento médio de um maço de cigarros de cerca de sete cêntimos, segundo cálculos efetuados pela consultora PricewaterhouseCoopers para a Lusa no início de fevereiro.

Partindo de um valor base de 1,63 euros para um maço de 20 cigarros, o imposto específico, face à proposta do OE 2016, aumentará de 1,76 euros para 1,82 euros. Já o elemento sobre o valor do tabaco deverá manter-se nos 0,28 cêntimos. Tudo somado, o acréscimo de tributação será de cinco cêntimos (de 2,04 euros para 2,09 euros).

A este valor ainda acresce a aplicação do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), pelo que o total dos impostos sobre este maço de cigarros atingirá 2,95 euros em 2016 face aos 2,89 euros de 2015. Ou seja, o maço de cigarros que custava 4,52 euros em 2015 passará para cerca de 4,59 euros em 2016, um aumento de sete cêntimos ou de 1,4%.

Além do aumento do preço, a estampilha de selagem do tabaco deixa de ser vermelha, como tinha sido definida em julho de 2015, para ser de cor verde.

Segundo a mesma consultora, o aumento para o tabaco de enrolar também deverá ser de cerca de 1,4%.

Especialista diz
O presidente do Congresso de Pneumologia do Centro, Carlos Robalo Cordeiro, disse que a região está bem posicionada ao nível...

O especialista, diretor interino do serviço de pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), salientou que, ao nível da tuberculose, a região tem uma taxa de incidência abaixo da média nacional, que é de 19 casos por 100 mil habitantes.

"Desde 2015 que Portugal foi declarado um país de baixa incidência, mas na região de Coimbra a taxa é inferior à média nacional, com 10 a 12 casos anuais", referiu o médico à agência Lusa, considerando tratar-se do "melhor indicador nacional".

No entanto, Carlos Robalo Cordeiro lamentou o "desinvestimento" verificado na especialidade, nomeadamente ao nível de equipamentos e de recursos humanos no serviço que dirige, associando-o à débil situação económica do país, que foi alvo de um "resgate financeiro" por parte da 'troika'.

"A renovação dos equipamentos e a sua atualização é o nosso maior desafio, porque é uma situação que se reflete a todos os níveis, desde os atrasos nos exames complementares de apoio como no aumento de dias de internamento", exemplificou o pneumologista.

A falta de recursos humanos, médicos e enfermeiros, também preocupa o especialista, que prevê uma agudização da situação com o retorno às 35 horas de trabalho semanal.

Carlos Robalo Cordeiro falava a propósito do sétimo Congresso de Pneumologia da Região Centro, que se realiza na quinta-feira e sexta-feira em Coimbra, com a participação de 300 médicos especialistas.

O congresso, que se realiza de dois em dois anos em Coimbra e roda nos outros anos por diversas cidades da região Centro, vai discutir novas capacidades diagnósticas e novidades terapêuticas e abordar temas como patologia respiratória no idoso, nomeadamente as particularidades do diagnóstico e os limites da terapêutica.

Outros dos temas fortes da iniciativa passam pela discussão da reabilitação pulmonar, as competências em pneumologia ou os conflitos de interesse e a abordagem da nova imagiologia respiratória na perspetiva da medicina nuclear, da eco-endoscopia e da intervenção.

O congresso, que tem a particularidade de discutir os temas com base em casos clínicos tratados nos respetivos serviços hospitalares, assinala nesta edição as 40.ª Jornadas de Atualização Pneumológica, que estiveram na sua origem e são a mais antiga ação pós-graduada regular de toda a Universidade de Coimbra, segundo Carlos Robalo Cordeiro.

"As jornadas sempre foram uma janela aberta para fora do país, com grande internacionalização e atualização de temas importantes com grandes nomes", sublinhou o médico, referindo que "não existe nenhum outro evento com tanta regularidade".

Novo estudo abre portas a terapias hormonais contra a doença
Por ocasião do Dia Mundial da Esclerose Sistémica, que se celebra a 29 de junho, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia destaca...

Os resultados de um estudo, apresentado este mês no Congresso Anual da Liga Europeia contra as Doenças Reumáticas (EULAR 2016), demonstraram, pela primeira vez, o efeito benéfico dos estrogénios em modelos experimentais de pele com fibrose, representativos da esclerose sistémica. Estes resultados podem explicar uma maior incidência da esclerose sistémica em mulheres após a menopausa, uma maior gravidade entre homens e criam a possibilidade de serem desenvolvidas terapias hormonais para esta doença difícil de tratar1.

A esclerose sistémica (também reconhecida como esclerodermia) é uma doença auto-imune que envolve vários órgãos, afetando sobretudo mulheres (num rácio face aos homens de 9 para 1)2. O espessamento da pele é uma das caraterísticas da doença: a produção excessiva de proteínas como o colagénio pelos fibroblastos resulta no endurecimento da pele3.

O envolvimento da pele pode ser limitado à face e às extremidades mas em alguns doentes a extensão da doença pode ser maior e com progressão rápida envolvendo órgãos internos, também com fibrose. A extensão de pele envolvida no caso da esclerose sistémica correlaciona-se inversamente com a sobrevivência e é considerada como um marcador válido para avaliar a gravidade da doença3. Atualmente, não existe medicação que trate todas as manifestações da doença mas há medicamentos com eficácia e estão em curso vários ensaios clínicos com novos fármacos promissores, tanto ao nível da pele como do pulmão.

Dado as claras evidências de diferença entre sexos na esclerose sistémica, os especialistas envolvidos no estudo decidiram avaliar se bloquear a ação dos estrogénios (hormonas femininas cuja produção diminui na menopausa) tem impacto no desenvolvimento ou vulnerabilidade à doença. 

Em modelos de doença avaliou-se a diferença entre ter estrogénios e estimular a sua produção ou bloqueá-los geneticamente ou com determinados fármacos, verificando-se que o bloqueio destas hormonas femininas podem agravar a fibrose.

Assim confirmando-se o potencial efeito protetor dos estrogénios na fibrose da pele em modelos experimentais representativos de esclerose sistémica abre-se mais uma linha de investigação na terapêutica desta doença.

Em http://worldsclerodermaday.org é possível ver como por todo o mundo está a ser celebrado o Dia Mundial da Esclerose Sistémica, que atinge em Portugal mais de três mil pessoas.

Muito debilitante, a esclerose sistémica é uma doença crónica que se carateriza sobretudo pelo endurecimento e/ou espessamento da pele, a que se chama fibrose, mas que também pode envolver outros órgãos, como os pulmões, o intestino, os rins e o coração. Para sensibilizar para a doença, foi lançado o vídeo “De mãos dados para um futuro melhor”:

Referências

1EULAR 2016; London: Abstract OP0304
2Gabrielli A, Avvedimento EV, Krieg T: Scleroderma. N Engl J Med. 2009, 360: 1989-2003
3Krieg T, Takehara K: Skin disease: a cardinal feature of systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2009, 48: iii14-iii18.

Receitas médicas
Médicos impedidos de prescrever receitas, utentes que não conseguem levantar medicamentos nas farmácias, cartões esquecidos nos...

Há conhecimento de casos de utentes que não puderam ter acesso aos seus fármacos, pois os médicos não tinham disponível o seu cartão do cidadão com assinatura digital qualificada ativada, nem o cartão da Ordem dos Médicos com chip, com os quais podem passar receitas.

Nestes casos – considerados de exceção – os médicos podem recorrer ao papel, mas em alguns casos, os médicos não tinham disponíveis receitas em papel e os utentes ficaram sem as suas receitas.

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) classificaram de “residuais” as dificuldades neste processo que visa acabar com as receitas em papel.

O coordenador da receita médica sem papel dos SPMS, António Alexandre, disse ter tido conhecimento de “dificuldades momentâneas e que, entretanto, foram imediatamente corrigidas”.

Fonte oficial da Ordem dos Médicos disse ter conhecimento de “várias dificuldades de prescrição que decorrem dos prazos irrealistas colocados pela SPMS e cujas consequências são da sua exclusiva responsabilidade”.

“Há situações que têm sido relatadas à Ordem dos Médicos em que o médico prescreve na Prescrição Eletrónica Médica (PEM), o doente recebe a mensagem no seu telemóvel e, uma vez na farmácia, não consegue a dispensa do fármaco, porque não se faz o reconhecimento dos respetivos códigos, nomeadamente em fármacos comparticipados a 100%”, adiantou a mesma fonte.

A Ordem dos Médicos aconselha “menos pressa e mais cuidado” e refere que já emitiu cerca de 36 mil cédulas com chip, o que corresponde a aproximadamente 75% dos médicos inscritos.

Outra situação relatada pela Ordem é a perda de cartões que “ficam esquecidos nos computadores, nomeadamente nos serviços de urgência, o que tem criado dificuldades adicionais de prescrição”.

Para a Ordem, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de ter condições para permitir a prescrição médica em quaisquer circunstâncias. É admissível que um médico a quem roubem a carteira fique impedido de prescrever no SNS”.

“A Ordem faculta por iniciativa própria e com espírito de colaboração um meio de prescrição desmaterializada, como é o cartão da Ordem dos Médicos, mas é o SNS que tem a obrigação de garantir as condições de prescrição, visto que a prescrição médica é um direito dos utentes”, adiantou a mesma fonte.

Este organismo considera que poderia ter sido adotada outra solução, como o controlo biométrico, “pois o dedo não se perde em lugar nenhum e a impressão digital não permite falsificações”.

Os SPMS mantêm a meta de, até ao final deste mês, 80 por cento das receitas prescritas já não usarem papel.

A prescrição eletrónica é obrigatória no SNS desde o dia 01 de abril.

Helena Roseta
A presidente da Assembleia Municipal de Lisboa afirmou que o ministro da Saúde se comprometeu a que o Hospital Dona Estefânia...

Esta posição foi transmitida a Helena Roseta por Adalberto Campos Fernandes, numa reunião que aconteceu "há relativamente pouco tempo" e a pedido da presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (AML).

O futuro Centro Hospitalar de Lisboa Oriental acolherá os atuais hospitais de São José, Santa Marta, Curry Cabral, Capuchos, Maternidade Alfredo da Costa e Dona Estefânia.

O "compromisso do Ministério da Saúde [vai] no sentido de defender intransigentemente que o espaço onde está o Hospital Dona Estefânia será sempre um espaço dedicado às crianças e à saúde das crianças", afirmou Helena Roseta na reunião plenária.

"Foi-me confirmado pelo senhor ministro da Saúde que a intenção do Ministério relativamente a esta matéria é, em primeiro lugar, inscrever no Orçamento [de Estado] de 2017 verbas para arrancar com o processo do Hospital Oriental de Lisboa e manter o Hospital Dona Estefânia em funcionamento enquanto o Hospital Oriental não existir", acrescentou.

Na quarta-feira o ministro foi ouvido na Comissão Parlamentar da Saúde, onde se defendeu das críticas nos últimos anos foram ouvidas contra a integração do Dona Estefânia no novo hospital, afirmando que a autonomia pediátrica está salvaguardada no plano funcional da unidade de saúde, que deverá ser conhecido em breve.

Helena Roseta indicou também que o ministro lhe transmitiu estar a "estudar a possibilidade de o futuro hospital pediátrico ser autónomo mas próximo de um hospital central", possivelmente o Hospital Oriental, dado que "há necessidade de complementaridade de serviços prestados às crianças".

Na sessão de ontem, os deputados municipais aprovaram por unanimidade uma recomendação do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) que visa a restituição do Monumento ao Calceteiro ao espaço público, quase dez anos depois de ter sido retirado.

Este monumento composto por duas estátuas em bronze, representando um calceteiro e um ajudante, e foi inaugurado em dezembro de 2006, na Rua da Vitória, entre a Rua da Prata e a Rua dos Douradores, frente à Igreja de S. Nicolau.

Cerca de um mês depois da inauguração, o monumento foi vandalizado, tendo sido recolhido pelos serviços do município para ser recuperado.

Outra recomendação do PEV que mereceu votação unânime prevê que o município faça um "estudo técnico sobre a viabilidade de colocação de painéis solares na Casa dos Animais de Lisboa, de modo a permitir a redução dos consumos energéticos" e promova "a sua instalação nos diversos edifícios municipais".

A mesma votação mereceu a recomendação do Partido Comunista para que o executivo de maioria socialista "envide esforços para a manutenção das árvores previstas no projeto de requalificação do Eixo Central" da cidade.

Os comunistas pediam também a "elaboração do relatório fitossanitário", cujos resultados deviam ser comunicados à AML, mas este ponto do texto foi aprovado por maioria, merecendo a abstenção do Partido Socialista.

ONU pede
A Organização das Nações Unidas pediu que os países invistam mais na investigação da contaminação de alimentos através da...

Sarah Cahill, especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura (FAO) disse em Roma que a técnica de Sequenciação Total do Genoma (WGS, na sigla em inglês) permite entender melhor o funcionamento das bactérias, vírus ou parasitas que provocam muitas intoxicações alimentares.

A sequenciação de genoma permite identificar alterações no código genético (ADN), caracterizar geneticamente o microorganismo infecioso e levar à identificação de cadeias de transmissão e de fontes de contaminação, pelo que, segundo Sarah Cahill, é mais adequada do que outras técnicas moleculares.

Cahill admitiu, no entanto, que há países que carecem de meios para aplicar essa tecnologia avançada, que produz grandes quantidades de dados para interpretação.

A FAO e a Organização Mundial da Saúde (OMS) foram coautoras de uma publicação técnica que indicava que a WGS pode contribuir para melhorar a gestão alimentar e garantir o bom estado dos produtos alimentares, mas não é suficiente.

As agências da ONU consideram que os dados obtidos em laboratório devem ser interpretados em combinação com outros resultados e não substituem as boas práticas da agricultura, da indústria, da higiene alimentar ou dos sistemas de vigilância da saúde pública.

Também uma responsável da OMS, Amy Cawthtrone insistiu na necessidade de apoiar os países em desenvolvimento no reforço dos sistemas de vigilância, o que implica fortalecer as suas capacidades laboratoriais e apostar na investigação conjunta com especialistas em estatística e epidemiologia.

Estudo
Experiências com dois tipos de vacinas diferentes mostraram-se eficazes na proteção de ratos infetados com o vírus Zika, um...

De acordo com um artigo publicado na página na Internet da prestigiada revista científica, as experiências mostraram que duas imunizações – uma delas com a inoculação de uma vacina produzida através de ADN e outra com a inoculação de uma vacina feita a partir da purificação de uma forma do vírus – resultaram numa completa proteção de ratos infetados com uma estirpe isolada do vírus Zika do nordeste do Brasil.

Os animais inoculados produziram anticorpos que reconheceram proteínas específicas do vírus e desenvolveram a proteção para o nível dos anticorpos desenvolvidos, de acordo uma equipa de cientistas norte-americana, liderada por Dan Barouch, professor no Center for Virology and Vaccine Research no Beth Israel Deaconess Medical Center da Harvard Medical School.

As experiências com modelos de ratos justificam algum cuidado com eventuais extrapolações sobre a eficácia da mesma abordagem em humanos, mas os resultados obtidos oferecem esperança no sentido da descoberta de uma solução para a prevenção da doença através de uma vacina segura e eficiente.

A infeção com o vírus Zika pode provocar problemas neuronais, incluindo a microcefalia, tendo levado a Organização Mundial de Saúde a declará-la uma emergência de saúde pública a nível global.

O desenvolvimento de uma vacina segura contra o vírus Zika é uma prioridade, mas há ainda um muito pouco conhecimento sobre os processos relacionados com a imunologia do vírus.

Direção-Geral da Saúde
A incidência da bactéria 'Staphylococcus aureus' resistente ao antibiótico meticilina (MRSA) diminuiu em 2015, embora...

Francisco George falava durante uma mesa-redonda sobre infeções associadas aos cuidados de saúde, no âmbito das conferências da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) “Saber investir, saber inovar”.

A atividade desta bactéria em Portugal, responsável por muitas infeções em meio hospitalar, preocupa as autoridades de saúde.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a incidência deste agente resistente aumentou de 45,5 para 54,6 por cento, entre 2003 e 2011.

O diretor geral da Saúde anunciou que esta percentagem baixou para 46% em 2015. Ainda assim, um valor preocupante.

Segundo o Relatório Global sobre a Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos – 2015, verificou-se nesse ano uma redução das taxas de resistência em alguns microrganismos multirresistentes, como a MRSA.

A forma como as unidades de saúde combatem as infeções hospitalares não é uniforme. No debate, alguns responsáveis mostraram diferentes maneiras de tratar o problema.

No Hospital São João, no Porto, cerca de 40 por cento dos doentes que dão entrada na urgência têm fatores de risco para rastreio à presença de agentes que causam infeções hospitalares, segundo o coordenador da Unidade de prevenção e controlo de infeção e de resistências aos antimicrobianos do Centro Hospitalar de São João.

Carlos Alves explicou que a política do hospital é colocar estes doentes em isolamento, embora tal represente um custo acrescido para a instituição e um certo desconforto para os doentes.

No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, são rastreados todos os doentes que estiveram institucionalizados, são oriundos de lares, foram recentemente operados ou fazem hemodiálise, segundo o coordenador do Grupo de coordenação local do plano de prevenção e controlo de infeção e de resistências aos antimicrobianos desta unidade de saúde.

Carlos Palos disse que o objetivo é “os doentes irem para o sítio certo quando deixarem o serviço de urgência”.

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos recorre a testes rápidos à presença de determinados agentes em doentes de risco, como os provenientes de lares, de outros hospitais ou que façam hemodiálise.

Valquíria Alves, membro da Comissão de prevenção e controlo de infeção e de resistências aos antimicrobianos desta ULS, a possibilidade deste teste, que garante resultados em duas horas, melhorou significativamente as taxas de infeção.

Consoante o resultado, o doente será, ou não, colocado em precaução, adiantou.

Relatório das Nações Unidas
Cerca de 95% da população urbana da União Europeia está exposta a níveis de poluição do ar acima dos recomendados pela...

Peritos do Programa da ONU para o Ambiente (UNEP, na sigla inglesa) estiveram em Lisboa para apresentar e debater o relatório da 6.ª Avaliação “Global Environmental Outlook GEO – 6”, avaliações que se realizam periodicamente desde 1995 e produzem análises do estado do ambiente abrangentes.

Diana Mangalagiu, uma das responsáveis pela avaliação, destacou que a poluição do ar se assume como um dos maiores riscos à saúde na região pan-europeia, que foi visada por este relatório.

Cerca de 95% da população urbana na União Europeia está exposta a níveis de poluição acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde e 87% estão expostos a partículas inaláveis que excedem as recomendações (as partículas inaláveis constituem um dos poluentes atmosféricos mais graves em termos de saúde pública).

Cerca de 600 mil mortes prematuras são provocadas na região devido à poluição: 500 mil pela poluição do ar exterior e cerca de 100 mil ficam a dever-se à qualidade do ar interior.

Para Diana Mangalagiu estes dados mostram que a poluição do ar contribui para que os orçamentos de estado na área da saúde estejam sobrecarregados.

Aliás, os peritos estimam que os custos com os problemas de saúde ligados à falta de qualidade do ar possam atingir os 940 mil milhões de euros, por ano, só na União Europeia.

Outro dos destaques da avaliação aponta para a duplicação da produção de químicos na última década, havendo ainda expetativa de que o crescimento continue.

Também é evidente o aumento de produção de resíduos elétricos e eletrónicos: de nove milhões de toneladas em 2005, estima-se que em 2020 a União Europeia passe a produzir 12 milhões de toneladas.

Segundo a avaliação das Nações Unidas, a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas continua na região pan-europeia, sendo causada principalmente intensificação agrícola, urbanização e alterações na utilização do uso dos solos.

O declínio da biodiversidade é particularmente elevado na Europa Ocidental e Oriental, com taxas mais baixas na Europa Central, na Rússia e nos países da Ásia Central.

Todos os dias, os países da União Europeia perdem 275 hectares de terras agrícolas para a impermeabilização do solo e para a ocupação de terras.

Infarmed
Já se encontra disponível em Portugal uma vacina BCG de um fabricante japonês.

A única vacina licenciada em Portugal, e destinada à prevenção da tuberculose, tem estado indisponível e sem alternativa. Neste sentido, o Infarmed já concedeu uma autorização de utilização excecional à Direção-Geral da Saúde para uma vacina oriunda de um laboratório japonês.

Atendendo a que esta vacina dispõe de uma estirpe distinta da que era anteriormente administrada no âmbito do Programa Nacional de Vacinação, o Infarmed recomenda que os médicos, farmacêuticos e enfermeiros estejam especialmente atentos a eventuais reações adversas a esta vacina, à semelhança do que sucede com todos os novos medicamentos.

A comunicação das reações adversas decorrentes desta vacina deve ser feita através do Portal RAM ou da Ficha de notificação para profissionais de saúde, para o Infarmed ou para as Unidades de Farmacovigilância. Sugere-se que os utentes e familiares de crianças que vão receber esta vacina notifiquem de igual forma estes efeitos.

Adalberto Campos Fernandes
O ministro da Saúde defendeu que a ação do Serviço Nacional de Saúde deve ir mais longe, sendo capaz de fazer "mais coisas...

Na cerimónia de inauguração da Unidade de Ambulatório do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), Adalberto Campos Fernandes admitiu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é "um dos melhores exemplos" de realização do Estado social, "hoje reconhecido em Portugal e na Europa".

Mas, partindo do caso de Leiria, "um dos melhores exemplos de organização dos cuidados de gestão hospitalar do país", o ministro da Saúde admitiu que o SNS deve ir mais longe.

"Estamos a viver tempos muito difíceis. Não apenas na governação. Também na governação dos hospitais e instituições. Torna-se por isso muito mais exigente aquilo que cada um faz. Face à escassez de recursos, temos de investir mais no SNS. Temos de pôr o SNS a fazer mais coisas, internalizando mais atividade, sendo capaz de responder por aquilo que são as necessidades dos portugueses".

No contexto em que o país vive, "em que a Europa dá sinais de grande preocupação, todos têm de ser mais exigentes e rigorosos", alertou o ministro, lembrando que "para fazer bem não é preciso inventar. Recomendo muitas vezes apenas que se copie. Copiar, replicar boas práticas".

"O CHL, consistentemente ao longo dos últimos anos, tem sido aquilo que é um bom exemplo de gestão parcimoniosa, baseada na ideia de que os recursos são escassos. E mesmo quando o país cresce e tem maior folga, eles são sempre escassos", sublinhou.

A abertura da Unidade de Ambulatório do Serviço de Pneumologia do CHL mostra, para Adalberto Campos Fernandes, "que com poucos recursos mas com boas ideias e bons líderes é possível fazer mais e melhor por esta região, que não se esgota no concelho de Leiria. É uma região ampla que deseja que o hospital de Leiria seja um hospital de referência".

Dirigindo-se ao presidente do Conselho de Administração do CHL, Helder Roque, o ministro pediu que o hospital "ajude a fazer um SNS sem muros, sem limitações e sem barreiras".

"Ajude-nos a fazer do CHL uma resposta vigorosa e ainda mais competente àquilo que são as necessidades dos portugueses e suas expectativas", concluiu.

A unidade hoje inaugurada custou 680 mil euros, garantidos em autofinanciamento, e destaca-se por permitir ao utente realizar todo o percurso da especialidade de pneumologia. Conta para isso com áreas dedicadas à consulta externa, exames complementares de diagnóstico, terapêutica e hospital de dia.

Depois da inauguração no CHL, o ministro da Saúde preside, à tarde, à inauguração do novo Centro de Saúde de Pombal.

Estudo
Cientistas espanhóis demonstraram que as meninas recém-nascidas apresentam cientificamente uma maior defesa antioxidante e...

As meninas apresentam também maiores atividades enzimáticas antioxidantes, desmon cientificamente a teoria do “sexo fraco', segundo um estudo da Universidade e Hospital San Cecilio de Granada.

As mães que dão à luz meninas apresentam uma maior defesa antioxidante no seu organismo e menos danos nas principais biomoléculas - em comparação com as que dão à luz meninos -, sofrendo ainda um menor processo inflamatório durante o parto.

Em resumo, o parto de uma menina é menos agressivo para a mãe do que o de um menino, segundo os investigadores, que dizem que até à data não existiam estudos deste tipo, dado que todos os que estão disponíveis avaliavam apenas o stress oxidativo e a inflamação em adultos.

Trata-se do primeiro estudo que avalia o stress induzido nas mães e nos bebés na etapa perinatal.

Neste trabalho multidisciplinar demonstrou-se que as meninas recém-nascidas e as suas mães enfrentam de maneira mais eficaz a agressão do parto em comparação com os meninos e as suas mães, e revela uma clara associação entre o género do bebé, o processo oxidativo e a sinalização inflamatória.

Segundo os investigadores principais deste trabalho, Julio José Ochoa Herrera e Javier Díaz Castro, do departamento de Fisiologia da Universidade de Granada, abre-se assim um campo de investigação que se centra no sexo do bebé como fator de risco para várias alterações funcionais, “com importantes repercussões na esperança de vida e desenvolvimento de patologias na sua vida futura”.

Para levar a cabo esta investigação, os cientistas trabalharam com um universo de 56 mulheres saudáveis e grávidas, das quais 27 deram à luz meninos e 29 tiveram meninas no Hospital Clínico de Granada.

Depois do parto, os investigadores obtiveram mostras de sangue da veia e da artéria do cordão umbilical e do bebé, que analisaram.

De acordo com os resultados obtidos, as meninas enfrentam melhor o stress oxidativo e as inflamações, já que possuem uns sistemas enzimáticos mais maduros no momento do nascimento, limitando os dano nas células e melhorando o seu metabolismo celular.

 

“Por isso, o sexo do bebé é um fator que não só condiciona o processo do parto, mas também influencia o desenvolvimento de patologias futuras”, explicaram os investigadores.

Hospital de Penafiel
A família de uma jovem que morreu com um tumor cerebral alegadamente não diagnosticado nas onze vezes que se terá deslocado à...

Em declarações, a advogada da família, Filomena Pereira, não quis especificar o montante da indemnização por, em simultâneo, estar a decorrer um inquérito-crime alusivo ao caso no Ministério Público junto da Comarca de Porto-Este.

Segundo Filomena Pereira, a ação para reclamar a indemnização deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel em a 26 de abril, estando agora a correr os seus trâmites.

Foram solicitados esclarecimentos sobre este caso ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, mas até ao momento não se obteve resposta.

O caso, hoje revelado pelo Jornal de Notícias (JN), refere que, durante três anos, uma jovem, de Recarei, Paredes, deu entrada 11 vezes no serviço de urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, e que “em todas as ocasiões, os médicos apresentaram o mesmo diagnóstico: estado de ansiedade”.

Sara Moreira, 19 anos, acabou por morrer, dois dias depois da última passagem pelo hospital. A autópsia revelou um tumor com 1,670 quilogramas alojado na cabeça.

“Apesar de a rapariga vomitar, ter perdas de consciência e não controlar a urina, nunca a submeteram a uma tomografia axial computorizada (TAC) ou ressonância magnética”, acrescenta o JN.

Os pais de Sara Moreira alegam que houve negligência médica, numa ação administrativa para efetivação de responsabilidade civil extracontratual contra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), ao qual pertence o Hospital Padre Américo.

No processo, os pais da jovem defendem que o diagnóstico da neoplasia ficou comprometido porque o hospital nunca submeteu a rapariga a uma tomografia axial computorizada (TAC) ou a uma ressonância magnética.

“Uma TAC permitiria o diagnóstico correto, atempado, praticamente sem qualquer margem de incerteza”, argumentam, os advogados, considerando ainda que “os médicos não atuaram com a diligência que lhes era imposta, agindo deste modo com culpa”.

No processo lê-se ainda que “os errados diagnósticos, a não utilização de meios complementares de diagnóstico em imagiologia e a omissão de tratamento adequados são de considerar causas do dano sofrido, a morte, pois que a evolução da neoplasia podia ter sido evitada com o tratamento adequado”.

Serviço Nacional de Saúde
Utentes vão ter novas aplicações móveis com toda a informação sobre o Serviço Nacional de Saúde e os seus dados clínicos....

Ter toda a informação sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) literalmente na mão ou no bolso vai ser possível em breve com as novas aplicações para telemóveis que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) conceberam. A My SNS, assim se chama a aplicação para smartphone que disponibiliza informação geral sobre os serviços públicos, vai ser lançada este Verão numa primeira versão e pode integrar a “carteira eletrónica de saúde” — outra aplicação que vai permitir guardar informações clínicas do próprio utente, desde a lista de alergias, contactos em caso de urgência, receitas médicas e guias de tratamento, boletim de vacinas e testamento vital.

Na prática, o que a My SNS faz é a portabilização da informação já disponível na área do cidadão do Portal do SNS. Depois de ter desenvolvido a sua primeira — e até agora única — aplicação móvel, que permite consultar os tempos de espera nas unidades públicas, a SPMS avança agora com esta app cuja primeira versão será descarregada para teste já em Julho e se prevê esteja a funcionar em pleno em Setembro. “Vai ser um processo gradual”, explicou ao jornal Público Henrique Martins, presidente da SPMS.

Até ao final do ano, o cidadão passará ainda a ter informação sobre os benefícios e custos do SNS, ou seja, toda a despesa suportada pelo Estado com os seus internamentos, consultas e medicamentos. “É uma forma de responsabilizar as pessoas, de motivá-las para o uso racional dos serviços”, enfatiza Henrique Martins. Esta funcionalidade já se encontra em fase piloto no Algarve, nos cuidados de saúde primários.

Estas inovações são apenas um dos muitos temas em destaque na semana internacional dedicada ao e-health, que começou nesta segunda-feira e termina na sexta, na FIL, em Lisboa. Especialistas nacionais e estrangeiros debatem a telemedicina, a literacia em saúde e a segurança dos dados de saúde.

Direito a ser esquecido
Nos aspetos legais da partilha da informação, há muita coisa que vai mudar, sublinha Henrique Martins. O novo regulamento de dados pessoais prevê que o chamado “direito a ser esquecido” passe a ser obrigatório nas entidades públicas. Como vai funcionar? Imagine que está registado no Portal do SNS e que pretende que os seus dados sejam retirados. As entidades públicas vão ser obrigadas a apagar os registos, à exceção dos que estiverem envolvidos em processos-crime, sintetiza o presidente da SPMS, que lembra que a nova legislação entra em vigor em Maio de 2018.

Outra questão, a da regulamentação das aplicações em saúde, vai ser igualmente analisada. No “livro verde” sobre mobile health concluía-se que cerca de 80% das mais de 100 mil apps então existentes eram pouco úteis. Portugal está integrado num subgrupo de países para avaliação e regulação das aplicações. “Discutir como as apps podem contribuir e não ser um desgoverno. Neste momento, é a selva”, descreve Henrique Martins.

A prescrição eletrónica também vai estar em foco. Neste momento, cerca de nove mil médicos, quase metade dos prescritores regulares no SNS, já receitam desta forma. “Entram entre 200 a 300 médicos por dia”, diz Henrique Martins, que lembra que se passou de 1%, em Fevereiro, para mais de 50%. Atualmente, nota, "já estamos a poupar pelo menos 1,5 milhões de folhas A4 por mês".

Outro tema é a aposta na telemedicina, que permitiu já, no Algarve, a redução em 20 dias do tempo de espera para uma consulta na especialidade de dermatologia. Nesta região, onde só existe um dermatologista, mais de metade dos doentes são referenciados pelos médicos de família, primeiro para teledermatologia (rastreio) e mais tarde, se necessário, para uma consulta presencial. Mas há mais experiências em curso, como o uso da telemedicina na via verde do AVC (acidente vascular cerebral), na zona Centro, ou o recurso à telemedicina na população reclusa.

Estudo
O consumo de ácidos gordos ómega 3, presentes em peixes como salmão, sardinha e anchova, diminui em 10% o risco de morrer por...

Os investigadores analisaram os níveis de ómega 3 no sangue e nos tecidos de participantes de 19 estudos realizados em 16 países, segundo o artigo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine, escreve o Sapo.

Os cientistas descobriram que o ómega 3 "está associado a um risco 10% menor de ataque cardíaco fatal", ainda que essa correlação não tenha sido observada em enfartes não mortais. Isso sugere "um mecanismo mais específico para os benefícios do ómega 3 relacionados com a morte", dizem os investigadores citados pela agência de notícia France Presse.

Os novos resultados "oferecem o quadro mais completo obtido até hoje sobre os efeitos preventivos do ómega 3 contra as doenças cardíacas", comenta a coautora do estudo Liana Del Gobbo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia.

Onde podemos encontrar ómega 3?
O ómega 3 está presente tanto em vegetais como em frutos do mar e em alguns peixes, que também são ricos em proteínas específicas, vitamina D, selénio e outros minerais e elementos, dizem os cientistas responsáveis pelo referido estudo.

Nos vegetais, o ómega 3 está presente em nozes, óleo de linhaça, óleo de canola e em algumas outras sementes.

O novo estudo oferece "uma oportunidade sem precedentes para compreender como biomarcadores sanguíneos de diferentes gorduras e ácidos gordos se relacionam com diferentes estados de saúde", afirmou o autor sénior Dariush Mozaffarian, da Escola de Nutrição da Universidade de Tufts.

Os investigadores estudaram mais de 45.630 pacientes. Desses, 7.973 sofreram ataques cardíacos pela primeira vez, com 2.781 óbitos.

"Os resultados de diversos estudos foram similares independentemente de idade, sexo, raça, presença ou ausência de diabetes, uso de aspirina ou de medicamentos para baixar o colesterol", esclarece ainda Del Gobbo.

Nos últimos 30 anos
A qualidade do ar na área metropolitana de Lisboa melhorou nos últimos 30 anos, mas a Avenida da Liberdade continua a ser a...

Investigadores do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais e do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), em colaboração com cientistas da Faculdade de Ciências e do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, chegaram a estas conclusões através da utilização de líquenes e briófitos, muito sensíveis aos poluentes existentes no ar.

Os líquenes, segundo o Sapo, consistem na associação entre fungos e algas, enquanto os briófitos englobam três grandes grupos de organismos, sendo os musgos os mais conhecidos.

O estudo foi publicado na revista científica Ecological Indicators e comparou dados recolhidos entre 1980-1981 e entre 2010-2011.

Segundo Cecília Sérgio, coordenadora do estudo e investigadora no cE3c, o estudo permitiu concluir que “os principais poluentes se alteraram na cidade, que são diferentes e que os mais gravosos, como o dióxido de enxofre (SO2), apresentam níveis muito menos elevados e quase não é necessário contabilizá-los, porque atingem raramente valores superiores aos regulamentados”.

“Há 30 anos eram valores altíssimos, no entanto, agora são bastante mais baixos”, afirma a cientista, atribuindo esta descida às restrições e regulamentações ambientais que “modificaram a qualidade do ar para melhor”.

Margem Sul com melhorias significativas
Um dos locais onde esta melhoria se verificou foi na Margem Sul, que suportava “diversas indústrias no Barreiro e Seixal, com bastante peso nos níveis de poluentes que emitiam”, acrescentou.

Para Palmira Carvalho, investigadora especialista em líquenes, o estudo permite concluir também que a “qualidade do ar melhorou em Lisboa devido às regras ambientais e à preocupação ambiental que foi aumentando nestes últimos 30 anos, que Monsanto é realmente o ‘pulmão’ da cidade e é o local onde há maior diversidade florística”.

Já a Avenida da Liberdade é “um dos locais mais poluídos e que apresenta o menor número de espécies”.

A investigadora defendeu que este estudo deve ser repetido “com a mesma metodologia num futuro próximo para avaliar possíveis alterações e certificar se as novas políticas ambientais, sobretudo de tráfego, foram ou não eficazes”.

Despesas de saúde
Embora exista Serviço Nacional de Saúde em Portugal e um em cada cinco portugueses já possua um segu

A saúde não tem preço, é um facto, mas pode não ser tão acessível à totalidade da população como deveria ser. A resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) muitas vezes não é tão célere como são as necessidades dos pacientes e por isso mesmo é que as alternativas privadas ganham terreno para financiar despesas (ainda mais quando são inesperadas) com cuidados médicos.

Os dados confirmam esta tendência: a 27 de junho, a Conta Satélite da Saúde do Instituto Nacional de Estatística acusa que, em 2015, a despesa corrente em saúde aumentou 2% face ao ano anterior e, dentro desta, a despesa privada aumentou 2,6%. Este valor foi superior ao da despesa pública, que se fixou em 1,6%. As famílias portuguesas estão a gastar mais nos hospitais e clínicas privados.

A saúde é uma área crucial da vida humana. Existem situações que não podem ser deixadas ao abandono pelas repercussões gravosas que podem gerar: o aparecimento de uma doença grave e os respetivos tratamentos, a necessidade urgente de uma cirurgia ou de uma consulta de especialidade fazem com que proliferem, neste mercado, as soluções dos seguros de saúde, dos planos de saúde e outros métodos de financiar despesas médicas mais elevadas.

Um seguro de saúde consiste no pagamento (anual, semestral, trimestral ou mensal) de uma prestação de cuidados médicos que estão cobertos conforme o valor do prémio. Em troca, as despesas de saúde que estiverem incluídas no contrato são comparticipadas para o segurado. Em termos de benefícios deste sistema, apontam-se geralmente as poupanças de tempo em filas de espera nos hospitais públicos e de dinheiro no caso de utentes com maior propensão a adoecer, bem como a possibilidade de escolher os médicos e as clínicas desejadas. Os gastos são ainda dedutíveis no IRS. Para famílias numerosas, nas quais há gastos para todos os membros, trata-se de um sistema que em muito pode compensar.

De modo geral, um seguro de saúde com valores mais reduzidos de prémio pode incluir: assistência hospitalar e ambulatória; comparticipações variáveis para consultas dentro e fora da rede; cirurgias até um montante de 5.000€. Os preços vão aumentando conforme a abrangência de coberturas. No campo das desvantagens, é possível salientar o facto de não abrangerem doenças do foro psiquiátrico, neurologia e acidentes causados por prática de desporto.

Para além dos seguros, existem também os planos de saúde – uma moda da qual ainda pouco se ouve falar. Enquanto que num seguro de saúde, por norma, o utente paga as suas despesas e a companhia de seguros reembolsa-o posteriormente, tal nunca se verifica no caso do plano de saúde, com o qual é feita uma estimativa de custos para o consumidor, que pagará sempre um valor fixo. Embora também seja possível ter um seguro de saúde com este sistema, o mesmo não é obrigatório. Todavia, no plano de saúde, ao contrário do seguro, o segurado não tem oportunidade de escolher os médicos e hospitais que pretende.

E quem não tiver nenhum destes programas e tiver uma emergência médica, como é o caso de uma cirurgia que custa alguns milhares de euros? Vai ficar dois anos à espera através do SNS? E se essa demora for fatal para a condição do paciente? Neste caso, a solução poderá passar por solicitar um empréstimo destinado a financiar emergências médicas – existem instituições financeiras que até disponibilizam uma modalidade de crédito pessoal específica para estas situações e para quem não dispõe de rendimentos suficientes.

Ainda é possível falar da cobertura de cuidados médicos nas férias. Especialmente quando se vai para fora da União Europeia (desaparecendo assim a possibilidade de usar o Cartão Europeu de Seguro de Doença), é benéfico contratualizar um seguro de viagem para resolver imprevistos, uma vez que, usualmente, este cobre o transporte dos doentes, a sua hospitalização e o respetivo acompanhamento médico no estrangeiro. O utente deve tirar férias, mas a sua saúde não. Os próprios cartões de crédito podem ter seguros de saúde acoplados.

“A saúde é um direito universal e a proteção dos cidadãos é assegurada pela Constituição da República Portuguesa. No entanto, esta salvaguarda não é totalmente abrangente para todos e não são raras as vezes em que os utentes têm de financiar cuidados médicos a partir da sua própria carteira”, sublinha Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt.

Em 2014, 20% dos portugueses já beneficiava de um seguro de saúde, consoante a Associação Portuguesa de Seguradores. Os dados de 2015 do INE corroboram um aumento das despesas das famílias em prestadores de cuidados de saúde privados. Os números não mentem e atestam que os portugueses estão mais cautelosos com a sua saúde.

“Quem tem de fazer face a despesas médicas elevadas pode ter de abdicar de bens de primeira necessidade e o caso agrava-se quando se fala de famílias, daí a necessidade crescente de proteção, sendo que a melhor forma de financiar gastos avultados em saúde prende-se com a situação específica e as necessidades (consultas de especialidade, cirurgias ou exames médicos, entre outros) de cada utente em particular”, conclui o responsável da plataforma gratuita de comparação financeira.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vírus Zika
O Instituto Butantan, do Brasil, e o Ministério da Saúde dos Estados Unidos fecharam uma parceria para o desenvolvimento de uma...

A instituição brasileira receberá 3 milhões de dólares (2,7 milhões de euros) de um órgão do Ministério da Saúde dos Estados Unidos para realizar pesquisas e desenvolver uma vacina com o vírus inativado.

A transferência será feita através do acordo entre a Biomedical Advanced Research and Development Authority (Barda), dos Estados Unidos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS), firmado para a expansão da capacidade de pesquisa e produção de vacinas no Brasil.

A OMS também destinará doações de outros países e organizações para o expandir a produção do Instituto Butantan.

As autoridades brasileiras informam que os recursos serão investidos em equipamentos e elementos essenciais para a produção da vacina.

O acordo também prevê cooperação técnica entre os especialistas dos Estados Unidos e do Brasil.

O diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, afirmou em nota que o órgão "já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus inativado. Esse tipo de vacina tem desenvolvimento científico e tecnológico mais rápido e, por usar vírus não infetante, tem aprovação pelos órgãos reguladores".

A expectativa é que uma vacina contra o vírus Zika esteja pronta para testes em seres humanos no primeiro semestre de 2017.

No início deste ano a OMS declarou a proliferação do Zika como sendo uma emergência de saúde pública global após a doença ser associada à microcefalia, uma malformação congénita em recém-nascidos.

O órgão mundial da saúde indica que 61 países e territórios do mundo já registam transmissão continuada desta infeção e pelo menos outros 10 países registaram transmissão de Zika por via sexual.

O Brasil é o país onde o vírus está mais disseminado. O país teve 138.108 casos prováveis de Zika neste ano, segundo dados do Ministério da Saúde.

Também foram confirmados 1.616 casos confirmados de microcefalia associada ao Zika desde outubro do ano passado.

Healthcare Excellence
O Hospital de Vila Franca de Xira venceu o prémio Healthcare Excellence com o projeto “capacitar para melhor cuidar”, uma...

O projeto visa “melhorar a articulação entre o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) e o hospital no sentido de identificar um familiar cuidador” ao qual é dada formação sobre os cuidados adequados ao doente após a alta hospitalar”, explicou a enfermeira especialista Edite Ferreira.

Desenvolvido desde agosto de 2015 na área da cirurgia ortopédica programada, o projeto tem por base uma consulta ativa em que os profissionais de saúde identificam as necessidades de formação do familiar para prestar apoio à pessoa intervencionada, dando-lhe indicações práticas sobre como “vestir e despir, transferências, marcha e utilização de dispositivos auxiliares, utilização do sanitário, entre outras”, explicou a mesma responsável.

Além deste projeto foram distinguidos com menções honrosas o projeto ARPAT – Aplicação de Registo de Pedidos de Altas e Transferências, desenvolvido pelo Centro Hospitalar Lisboa Central e o projeto Healthcare Insinght – Gestão por Objetivos, desenvolvido pelo Hospital Distrital da Figueira da Foz.

No primeiro caso trata-se de uma ferramenta informática implementada em janeiro de 2014 para gerir os pedidos de transferências, altas, óbitos e emissão de etiquetas, entre as Unidades de Internamento e a Urgência Geral Polivalente. O projeto foi depois alargado às admissões urgentes e programadas, ao pré-registo da cirurgia e à gestão de camas.

Já a segunda menção honrosa atribuída ao Hospital da Figueira da Foz distinguiu um projeto-piloto em que através da gestão por objetivos aquela unidade revelo “impactos positivos ao nível da produtividade, eficiência, efetividade e qualidade dos cuidados prestados”, através de processos de contratualização interna envolvendo os profissionais nos objetivos definidos pela gestão.

Os três vencedores foram distinguidos de entre 10 projetos finalistas escolhidos entre 15 de hospitais que concorreram à terceira edição do prémio promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) em parceria com a biofarmacêutica AbbVie.

O prémio monetário de cinco mil euros para o primeiro classificado e a distinção para as duas menções honrosas pretende “incentivar a reconhecer projetos de qualidade e orientados para a melhoria do serviço aos utentes”, sublinhou o presidente da APAH, Alexandre Lourenço, durante a apresentação dos dez trabalhos finalistas, realizada em Óbidos.

Entre os finalistas estiveram projetos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, do Centro Hospitalar Lisboa Central, do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Hospital Distrital da Figueira da Foz, do Hospital Garcia de Orta, do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães e do Hospital de Vila Franca de Xira, o único com dois projetos selecionados.

Nos próximos 3 anos
Estão estabelecidos os termos de uma parceria que vai ser desenvolvida nos próximos três anos e que prevê a partilha de...

A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver nos próximos três anos uma cooperação ativa com 18 entidades ligadas ao desporto. Os protocolos assinados na tarde de segunda-feira, dia 27 de junho, abrangem federações desportivas nacionais e distritais, clubes da região e outros organismos. A colaboração prevê a cedência de espaços, organização de atividades, apoio médico e a promoção e divulgação das instituições e das suas atividades.

A UBI cede instalações desportivas para atividades de treinos, jogos, estágios ou ações de formação, facilita o acesso às unidades de alimentação e residências e possibilita ainda a realização de exames médicos dos desportistas/estudantes. Os restantes parceiros deste acordo vão igualmente disponibilizar instalações e equipamentos desportivos, colaborar na organização de competições nacionais ou internacionais, sejam elas de âmbito universitário ou de interesse mútuo. Deverão também acolher alunos da UBI em estágio e distribuir material de promoção e divulgação da Universidade nos seus jogos e suportes de comunicação, como páginas web.

Tratou-se da primeira vez que a instituição de Ensino Superior sediada na Covilhã promoveu uma cerimónia neste âmbito, pretendendo desta forma juntar-se àquele “espírito associativo, que é uma marca distintiva da Covilhã e da região”, destaca António Fidalgo, reitor da UBI.

“Na nossa maneira de estar e trabalhar, partilhamos muito daquilo que é o esprito associativismo”, considera ainda o reitor, lembrando que a parceria resulta de uma demonstração de confiança de todas as entidades envolvidas: “É uma prova de que, da vossa parte, há um reconhecimento do papel da Universidade e, da nossa, a compreensão do quanto nos ajudam no dia-a-dia nas áreas cultural e desportiva, entre outras”.

Entidades envolvidas

1. Academia de Patinagem da Covilhã Associação APC/AAUBI
2. Associação Desportiva da Estação
3. C.C.D. Amigos do Basquete da Covilhã
4. Associação de Basquetebol de Castelo Branco
5. Associação de Futebol de Castelo Branco
6. Associação Desportiva do Fundão
7. B&B - Empreendimentos Turísticos e Desportivos, Lda.
8. Casa do Sport Lisboa e Benfica na Covilhã
9. C.C.D. Leões da Floresta
10. Escola da Quinta das Palmeiras - Covilhã
11. Federação de Desportos de Inverno de Portugal
12. Federação Portuguesa de Basquetebol
13. Grupo Desportivo da Mata
14. N.B.C. - Núcleo de Basket da Covilhã
15. Sporting Clube da Covilhã
16. TKSports & Events, Unipessoal, Lda
17. Unidos Futebol Clube do Tortosendo
18. Casa de Pessoal da UBI - Núcleo de Basquetebol

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