Técnica milenar, apesar de popular, ainda causa muito cepticismo no ocidente
Do vício à dor, até à conotação hippie, a acupunctura tem sido objecto de desconfiança na Medicina Ocidental, fomentando a...

Embora exista há mais de 4000 anos e tenham sido realizados, apenas na última década, milhares de estudos em torno da sua eficácia, há ainda quem considere que o seu efeito é apenas placebo. Hélder Flor, especialista em Medicina Tradicional Chinesa, desmistifica e contrapõe algumas das ideias que mais dúvidas suscitam nos seus pacientes:

1. A acupunctura e a dor: ao contrário do que se possa pensar, as agulhas utilizadas nas terapias não provocam dor. “A sua espessura, equivalente a dois fios de cabelo humano, em nada se assemelha à das habituais agulhas utilizadas, por exemplo, para retirar sangue. Por esse motivo, mesmo quem sente a picada inicial, deixa de ter qualquer reacção em poucos segundos não sentido, na maioria das vezes, que tem uma destas agulhas no corpo.” Explica o especialista.

2. O efeito da acupunctura é apenas placebo: “Ainda que possamos considerar, como em qualquer outro tratamento, que quem acredita na sua eficácia consiga ter (ou acreditar que tem) melhores resultados, limitar os efeitos da acupunctura ao mesmo é bastante redutor.” Começa por frisar Hélder Flor. As investigações realizadas nos últimos anos, demonstram inclusive que o cérebro liberta químicos como endorfinas (analgésicos naturais) na sequência dos tratamentos, que têm ainda diversos efeitos anti-inflamatórios no corpo. 

3. A acupunctura vicia: “Todos gostamos de fazer algo que nos aumente a sensação de bem-estar. Não quer isso dizer que exista qualquer substância ou efeito viciante associado à acupunctura. Quanto muito, poderemos falar de pacientes crónicos que a prolongam no tempo, não por vício mas por necessidade.”  Salienta Hélder Flor.

4. A acupunctura só trata dor física: “Embora seja verdade que a sua eficácia localizada e para dores físicas é enorme, também é uma ajuda preciosa no desbloqueio de várias patologias mentais, como o stresse, a ansiedade, a depressão, entre outros.”- destaca.

5. Não se reutilizam agulhas: “Ao contrário daquilo que várias pessoas ainda pensam, as agulhas utilizadas na acupunctura não são reutilizadas em nenhuma circunstância” (nos sítios recomendados). Cada especialista deve possuir agulhas devidamente embaladas, esterilizadas e estas têm de ser descartáveis, pois estamos a falar de um instrumento que entra em contacto com o sangue do paciente.

6. As agulhas introduzem substâncias no corpo: “Apesar de serem introduzidas na pele, estas não possuem qualquer tipo de substância injectável. A agulha, simplesmente, estimula uma zona nervosa do organismo e é por isso que tem efeitos.”- remata o terapeuta com uma das perguntas que mais frequentemente lhe colocam em consulta.

Projeto europeu cria
Um projeto europeu coordenado pelo Instituto Tecnológico de Plástico (AIMPLAS), de Valência, Espanha, anunciou hoje um...

O AIMPLAS disse que terminou as investigações que possibilitaram o desenvolvimento de novos biopolímeros (produzidos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, como o milho), a partir dos quais se poderão fabricar novas garrafas, sacos e tampas biodegradáveis, num projeto em que participam duas empresas portuguesas (Vizelpas e a Espaçoplas).

Estes produtos apresentam-se como resistentes à esterilização, bem como à pasteurização, (esterilização através do calor, como a do leite), para que seja possível conter produtos lácteos como o leite fresco, batidos e iogurtes, com probióticos (organismos que quando administrados trazem benefícios à saúde do hospedeiro como facilitar a digestão ou a absorção de nutrientes), lê-se num comunicado do instituto, citado pela agência noticiosa Efe.

Após a sua utilização, as embalagens poderão ser transportadas juntamente com os restantes resíduos orgânicos e transformadas em fertilizantes, através de condições de compostagem.

O projeto denomina-se por ‘Biobottle’, é desenvolvido dentro do Sétimo Programa-Quadro da União Europeia, é coordenado pelo AIMPLAS e conta com um financiamento de um milhão de euros.

O desenvolvimento contou com a participação de sete empresas e centros tecnológicos, de cinco países distintos, nomeadamente, a Vizelpas e a Espaçoplas (Portugal), a VLB (Alemanha), a OWS (Bélgica), a CNR (Itália) e as Almuplas e Aljuan (Espanha).

Atualmente, as embalagens para este tipo de produtos são fabricadas a partir de polietileno, o qual ainda é facilmente reciclável, no entanto, na maioria das vezes, a sua vida útil é terminada em aterros devido aos problemas de odor provocados pelos resíduos deste produto.

Por este motivo, e também pela grande quantidade de lácteos que são consumidos na União Europeia, torna-se cativante o desenvolvimento destes recipientes biológicos e compostáveis, enuncia a mesma fonte.

O objetivo do projeto visava alcançar que as novas embalagens biodegradáveis fabricadas com os biopolímeros desenvolvidos no projeto, cumprissem com as exigências mecânicas e térmicas requeridas para a sua aplicação, e que, superassem as análises microbiológicas, sem afetar as propriedades organoléticas do produto.

Os resultados obtidos foram, garrafas e tampas com monocamadas e sacos com multicamadas, capazes de resistir a temperaturas até os 95 graus centígrados.

Foi possível modificar os materiais comerciais existentes, de forma a cumprir todas as expectativas, e também que estes fossem processáveis através dos métodos convencionais, de maneira a obter os distintos formatos de embalagens.

Este resultado foi praticável atendendo a um processo de extrusão reativa, um processo contínuo, mas com um tempo de residência curto, o qual utiliza uma extrusora como reator contínuo, uma máquina que força material para um molde de maneira a ficar com o formato pretendido.

A partir dos novos biopolímeros desenvolvidos, que superaram as provas de compostagem realizadas, irá ser possível obter-se os recipientes para os produtos lácteos, segundo o instituto.

Relativamente aos preços correntes dos materiais biodegradáveis, estes novos materiais aumentaram em menos de 10% no custo final do produto embalado e colocado nas prateleiras.

IPMA
Seis regiões do país estão hoje em risco ‘Extremo’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), enquanto outras 17 estão com...

De acordo com o instituto, em risco ‘Extremo’ estão as regiões de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real e Funchal.

O IPMA colocou também as regiões de Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo e Ponta Delgada em risco ‘Muito Alto’ e Santa Cruz das Flores e Angra do Heroísmo com nível ‘Alto’.

A Horta apresenta hoje risco ‘Moderado’ de exposição à radiação UV.

Segundo o instituto, nas regiões com risco ‘Extremo’ a população deve evitar a exposição ao sol.

Nas regiões com níveis 'Muito Alto' e 'Alto' recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Alto'), 8 a 10 ('Muito Alto') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje, no continente, tempo quente com céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade, com neblina ou nevoeiro, no barlavento Algarvio e no litoral oeste até final da manhã, podendo persistir em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo Raso.

Durante a tarde, está previsto aumento temporário de nebulosidade no interior da região norte com possibilidade de aguaceiros.

A previsão aponta também para vento fraco, soprando moderado de sueste no Algarve até meio da tarde, e sendo moderado a forte do quadrante sul, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, nas terras altas da região sul.

Está ainda prevista uma pequena descida da temperatura mínima na região sul e pequena descida da máxima.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, diminuindo temporariamente de nebulosidade durante a tarde e vento em geral fraco do quadrante norte, soprando por vezes moderado de sul nas terras altas a partir do início da manhã.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros, geralmente fracos e vento noroeste moderado a bonançoso.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 19 e 32 graus Celsius, no Porto entre 16 e 26, em Braga entre 17 e 35, em Viana do Castelo entre 15 e 24, em Vila Real entre 21 e 37, em Viseu entre 21 e 35, em Bragança entre 18 e 38, na Guarda entre 23 e 32, em Coimbra entre 16 e 34, em Castelo Branco entre 22 e 37, em Santarém entre 17 e 37, em Portalegre entre 21 e 35, em Évora entre 17 e 38, em Beja entre 19 e 35, em Faro entre 22 e 29, no Funchal entre 20 e 25, em Ponta Delgada entre 18 e 25, na Horta entre 18 e 24 e em Santa Cruz das Flores entre 19 e 23.

Entram até agosto
Cerca de 525 mil portugueses até aqui sem médico de família vão passar a ter um clínico atribuído tendo em conta os 276 novos...

Terminou hoje o processo de escolha dos agrupamentos dos centros de saúde por parte dos médicos de família recém-especialistas. Nesta primeira fase do concurso foram preenchidas 276 das 338 vagas, segundo números hoje avançados pelo Ministério da Saúde.

Estes 276 médicos, que devem entrar em funções até início do próximo mês, vão permitir cobrir uma população de cerca de 525 mil utentes até agora sem médico de família.

Das 338 vagas que estavam disponíveis, 175 estavam na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 68 no Norte, 54 no Centro, 30 no Algarve e 11 no Alentejo.

Nesta primeira fase houve 290 candidatos, mas oito foram excluídos. A segunda fase do concurso decorre entre outubro e novembro.

Estudo
Um total de 66% dos atletas portugueses de alto nível recorre a suplementos alimentares, a maioria combinando quatro produtos...

"Estes dados vão a encontro do que se passa noutros países", disse Mónica Sousa, coordenadora do projeto, indicando que em Portugal os suplementos mais utilizados são os multivitamínicos/minerais, as bebidas desportivas, o magnésio e a proteína.

Os resultados surgem no âmbito do projeto "Suplementos nutricionais e alimentação no desporto", cujo um dos objetivos era caracterizar a utilização de suplementos nutricionais dos atletas de alta competição em Portugal.

Para obtenção dos dados foram avaliados 304 desportistas de diversas federações (ciclismo, atletismo, triatlo, ginástica, râguebi, basquetebol, voleibol, judo, natação, basebol, andebol, boxe e esgrima), de diferentes idades, através de dois questionários.

Constatou-se que os atletas que usavam suplementos eram aqueles que "já se alimentavam melhor e que apresentavam uma menor probabilidade de ter carências em micronutrientes", nomeadamente em alguns minerais, indicou a nutricionista.

Noutro estudo associado a este projeto, pretendia-se verificar quais os efeitos resultantes da substituição dos suplementos por uma alimentação combinada.

Tendo sido a aceleração da recuperação muscular a principal razão indicada para a ingestão de suplementos, os investigadores compararam as diferenças entre o consumo de um batido com uma mistura de alimentos e o de um suplemento, tendo ambos uma composição nutricional semelhante.

Depois de medidas algumas variáveis, como é o caso do dano e do desconforto muscular, da recuperação funcional, do 'stress' oxidativo e de parâmetros metabólicos, chegou-se à conclusão de que o "padrão de recuperação era o mesmo".

A nutricionista indica que 15% dos suplementos utilizados pelos atletas estão potencialmente contaminados, podendo conter substâncias que acusam positivo no teste de 'dopping', o que pode afastar o atleta da prática desportiva oficial.

Apesar de serem "mais práticos" de utilizar e ideias para viagens, outras duas desvantagens associadas a estes produtos são o preço elevado e o sabor. "Nem sempre são fáceis de beber e podem tornar-se enjoativos com o passar do tempo", explicou a investigadora.

"Os alimentos podem ser uma alternativa a alguns suplementos desde que se façam as combinações adequadas, para além de serem mais seguros e terem uma matriz alimentar muito mais rica", afirmou ainda.

No entanto, para que as combinações alimentares resultem, "é necessária a atuação de um profissional", neste caso de um nutricionista, enquanto o suplemento já traz a composição nutricional preparada, podendo ajustar-se mais facilmente ao peso do atleta.

O projeto, desenvolvido na FCNAUP e na FADEUP, no âmbito do doutoramento em Ciências do Desporto, contou com a colaboração de investigadores da Faculdade de Medicina da UP e do Instituto de Saúde Pública do Porto e profissionais do Hospital São João.

Defesa do AC Milan
O defesa do AC Milan e da Seleção Nacional da Colômbia, Christian Zapata, foi hoje operado ao tornozelo esquerdo pelo Prof....

A equipa da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre FIFA Medical Centre of Excellence - a única clínica em Portugal reconhecida como "Centro Médico de Excelência da FIFA".–, continua desta forma, a afirmar-se como destino preferencial para realizar cirurgias a atletas de alta competição de clubes como o FC Porto, FC Paços de Ferreira, SC Braga, Real Madrid, AC Milan, Wigan, Tottenham, Al Ahli, Al Jazeera, Nothingam Forest, Verona, entre outros.

Recordamos que foram já realizadas por esta equipa uma série de cirurgias de traumatologia desportiva relacionadas com diversas lesões dos ligamentos, cartilagem, menisco, tornozelo, entre outras, recuperando atletas internacionais de diversas áreas desportivas e de várias nacionalidades. 

No Algarve
Dermatologistas, personalidades da televisão e do desporto juntam-se no sábado (16.07) para um dia de sensibilização sobre ...

Desportistas como a campeã olímpica de atletismo Rosa Mota, personalidades da televisão como o apresentador Jorge Gabriel e o realizador de novelas Atílio Riccó entres outros irão estar juntos com a população, na Praia da Falésia em Vilamoura, no Algarve, para lembrar quais os cuidados a ter com o Sol neste Verão, na praia e no Desporto, bem como dar o seu testemunho como pacientes que tiveram Cancros da Pele.

Na ação de sensibilização, escreve o Sapo, vão estar presentes também dermatologistas da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) que, junto da população, vão disponibilizar informação sobre a melhor maneira de se protegerem do Sol, bem como ensinar a reconhecer os vários tipos de Cancros da Pele, e promovendo o auto-exame.

Serão disponibilizadas em Vilamoura informações sobre a importância dos índices das radiações ultravioleta (UV) (que este verão têm assumido níveis bastante elevados), com consequente risco de queimaduras solares, alergias ao Sol e maior risco de cancros da pele.

Será disponibilizada informação sobre o correto uso de protetor solar (nem todos os protetores protegem adequadamente) e a importância do chapéu e do tipo de roupa (não porosa, com design adequado).

Existirão ainda cartazes exemplificando os vários tipos de cancros da pele, quais os sinais com risco e sem risco de evoluírem para cancros da pele bem como ensinar a efetuar o auto-exame da pele.

12 mil novos casos de cancro cutâneo em Portugal
A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o Mundo estimando-se que em Portugal sejam diagnosticados, em 2016, mais de 12 mil novos casos de cancros da pele sendo cerca de mil os novos casos de melanoma.

Correm riscos acrescidos de cancro de pele as pessoas:

·         De pele clara ou propensa a queimaduras

·         Adultos que sofreram queimaduras solares na infância, adolescência ou adultos jovens que estão ou costumavam passar demasiados tempo expostos ao sol

·         Expostas a sol intenso e durante períodos curtos de tempo (exemplo: férias, sobretudo tropicais)

·         Que frequentaram ou frequentam solários

·         Os que têm mais de 50 sinais (nevos) na pele

·         Com antecedentes familiares de cancro da pele

·         Transplantados de órgão

A exposição solar é útil se lenta e progressiva, evitando as horas de maior intensidade, entre as 11 e as 17 horas, sobretudo nos dias de maior índice UV.

É essencial evitar os solários, pois está demonstrado que mesmo exposições episódicas aumentam significativamente o risco de cancro cutâneo e acelera o envelhecimento da pele. Reforce a hidratação, bebendo bastante água, consumir frutas e legumes.

A APCC e seus médicos estarão a partir das 9h até às 19 h do dia 16 de Julho a sensibilizar os veraneantes na Praia da Falésia, distribuindo material informativo, chapéus e camisolas e explicando como fazer um auto-exame da pele e detetar precocemente os vários tipos de Cancros da Pele.

Hospital Garcia de Orta
O Hospital Garcia de Orta, em Almada, está a fazer rastreios de dermatologia à distância. Em menos de duas semanas, já foram...

O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, está a disponibilizar, desde o início do mês, um serviço inovador de teledermatologia. O sistema, ainda em fase experimental, permite a realização de rastreios de dermatologia à distância, garantindo “uma rápida assistência dermatológica à população”, informa a unidade hospitalar em comunicado. “Encontra-se em funcionamento desde o início do corrente mês e conta já com mais de 30 pareceres dermatológicos realizados através deste sistema”, refere ainda o documento.

Para a implementação deste serviço, escreve o Sapo, foram adquiridas quatro máquinas fotográficas digitais que foram distribuídas por quatro unidades de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal, que vão possibilitar o rastreio dermatológico à população de lesões malignas da pele. “Desta forma, o médico de medicina geral e familiar, ao detetar no utente uma situação suspeita, tira algumas fotografias que envia pelo sistema eletrónico de marcação de consultas”, explica fonte hospitalar.

Depois do Serviço de Dermatologia do HGO receber a informação e fazer a análise dermatológica da imagem, “serão transmitidas indicações de diagnóstico e tratamento ao médico da unidade de saúde ou o utente será encaminhado para consulta de dermatologia no hospital”, pode ler-se ainda no comunicado. No Algarve, onde o sistema já entrou em funcionamento, esta técnica permitiu reduzir em 20 dias tempo de espera para consulta.

Uma forma de triagem mais rápida e eficiente
Essa redução dos períodos de espera é também a grande esperança dos profissionais da unidade hospitalar de Almada. De acordo com Elvira Bártolo, diretora do Serviço de Dermatologia do HGO, “a implementação poderá representar uma diminuição efetiva do tempo de resposta ao utente bem como uma triagem mais eficaz dos doentes, estabelecendo prioridades de forma mais correta”. As vantagens não se ficam, contudo, por aqui.

“Por outro lado, poderá ainda ser evitada a deslocação de doentes sem indicação para a consulta de dermatologia e permitir que algumas situações simples sejam resolvidas nas Unidades de Saúde do ACES Almada-Seixal, através da indicação do diagnóstico e tratamento ao médico de medicina geral e familiar”, acredita a especialista. A teledermatologia possibilita o envio de informação médica dermatológica entre dois ou mais pontos separados fisicamente.

A transmissão de dados é feita “utilizando tecnologia de telecomunicação e informática, visando à promoção de saúde e educação de doentes, médicos e outros profissionais de saúde”, esclarece o hospital. “Sendo o dermatologista o profissional médico mais qualificado no reconhecimento dessas afeções, o manejo de dermatoses por médicos não especialistas pode representar atraso diagnóstico, uso de terapêuticas inadequadas, desenvolvimento de sequelas e aumento do custo de saúde”, refere ainda o documento.

Em Lisboa
São 20 camas destinadas a utentes entre os 15 e os 25 anos. A unidade está a ser construída no antigo Júlio de Matos, em Lisboa...

Há 15 anos que o país vive com apenas 20 camas - 10 em Lisboa e 10 no Porto - para internamento de crianças e jovens com problemas de saúde mental. Ao que a TSF apurou, dentro de meses, serão 46.

Primeiro vão abrir 10 camas nos Hospitais da Universidade de Coimbra, depois haverá mais no Hospital D. Estefânia e finalmente, no final deste ano ou início do próximo, abre a nova unidade no Hospital Psiquiátrico de Lisboa - tem 20 camas, metade serão para os mais novos, escreve a TSF.

A unidade que está a ser construída no antigo Hospital Júlio de Matos vai ser partilhada com o serviço de pedopsiquiatria do Hospital D. Estefânia.

O serviço de pedopsiquiatria do D. Estefânia tem a única urgência do país aberta 24 horas e só 10 camas para responder a toda a população que vive desde Leiria até ao Algarve e nas ilhas.

O diretor do serviço, Augusto Carreira, vai finalmente ter algum alívio, mas "tendo em conta o que se passa lá fora, deveríamos ter entre 100 e 120 camas. Vamos continuar a não ter uma resposta eficaz."

"Não podemos mandar para casa crianças em risco de vida"
Melhor do que é hoje será seguramente. Todos os anos há crianças internadas em serviços de adultos por falta de espaço próprio. "É uma má solução", reconhece Augusto Carreira. Mas "temos alturas é que é um verdadeiro desespero. Temos de arranjar alternativas. Não podemos enviar para casa miúdos em situação crítica, em risco de vida." É nesse estado que chegam adolescentes com distúrbios alimentares ou com comportamentos suicidários.

Os casos de anorexia pesam especialmente. "Precisam de uns 2 meses de internamento. Se temos 5 camas ocupadas com esses doentes e ainda mais difícil dar resposta aos outros..."

Chegam cada vez mais casos à urgência
A pressão crescente sente-se também na urgência. Há 4 vezes mais procura que em 2009, sobretudo jovens que estão em instituições, com famílias problemáticas ou sob vigilância das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco. "Está tudo ligado", explica Augusto Carreira, "essas instituições têm falta de técnicos, não têm apoios na comunidade e acabamos por ser a única porta a que bater. Aumenta a procura e aumenta a dificuldade em dar resposta."

O médico não tem dúvidas de que foi também a pressão que acabou por atingir os decisores políticos e determinou a abertura de novas camas. à falta de capacidade para criar um boa resposta, Augusto carreira concentra-se na que seria a resposta "suficiente". Termos dentro de 5 anos entre 50 a 60 camas para estes utentes, Até lá, teremos profissionais de saúde formados em número, também ele, suficiente.

Associação Nacional das Farmácias
A Associação Nacional das Farmácias informou, em comunicado, que o sistema informático que permite a dispensa de medicamentos,...

A Associação Nacional das Farmácias (ANF) comunicou que o processo de dispensa de medicamentos, por via de receita eletrónica, já está totalmente regularizado.

A associação e os seus associados vão trabalhar com o Ministério da Saúde “de modo a que este instrumento tecnológico continue ao serviço dos portugueses e que os problemas técnicos recentes sejam definitivamente ultrapassados”, acrescentou o comunicado.

Muitos doentes, nos últimos dias, saíram das consultas sem as receitas para os medicamentos porque o sistema informático falhou “sistematicamente” e os médicos já não tinham vinhetas suficientes para passar a tradicional receita manual, denunciou a Ordem dos Médicos.

Só na terça-feira, os centros de saúde e os hospitais estiveram durante quatro horas impossibilitados de passar a receita desmaterializada, devido ao sistema estar em baixo.

Estudo
Um estudo publicado na revista Current Biology revelou que a exposição à luz artificial de forma constante e durante meses...

A investigação feita com experiências em ratos é liderada por Johanna Meijer, do centro médico da Universidade de Leiden, na Holanda, que realçou que este trabalho demonstra que o equilíbrio no ciclo de luz natural/escuridão é importante para a saúde e interrupções no mesmo provocam vários problemas de saúde.

Para investigar a relação entre a doença e uma alteração do ciclo luz-escuridão, os investigadores expuseram ratos à luz artificial todo o dia durante 24 semanas e mediram vários parâmetros de saúde importantes, segundo uma nota de imprensa da Cell, um grupo que edita a revista onde o artigo foi publicado.

As análises da atividade cerebral destes ratos mostraram que a exposição constante à luz reduz o ritmo cardíaco até 70% numa zona do hipotálamo chamada núcleo supraquiasmático - que controla o funcionamento do sistema nervoso.

O ritmo cardíaco é o relógio biológico dos seres vivos que se ativa a cada 24 horas e rege as funções fisiológicas.

Segundo a nota de imprensa, o que mais surpreende é que a alteração do ritmo cardíaco e dos padrões normais de luz e escuridão levaram a uma redução da função do músculo-esquelético nestes animais, que pode ser medida consoante padrões de teste de força.

Os ossos destes ratos mostraram sinais de deterioração e os animais entraram em estado pró-inflamatório, que normalmente se observa só na presença de bactérias e outros estímulos nocivos.

Contudo, os cientistas qualificam estes efeitos negativos para a saúde como reversíveis quando o ciclo natural de luz-escuridão se restabelece: quando os ratos voltaram a um ciclo normal depois de duas semanas, os neurónios da região do núcleo supraquiasmático recuperaram o seu ritmo normal e os problemas de saúde diminuíram.

O estudo mostra que a influência dos padrões de luz-escuridão na saúde não é tão neutra como se pensava.

Neste sentido, Meijer destacou que “são dados de muitos laboratórios do mundo os que apontam neste mesma direção”.

Cerca de 75% da população mundial está exposta à luz durante a noite, muitos trabalham nesse horário ou encontram-se, por exemplo, em residências ou unidades de cuidados intensivos submetidos a luz constante, lembra o comunicado.

Segundo os autores do estudo, os resultados da experiência deveriam levar as pessoas a terem em conta a quantidade de luz artificial a que estão expostas.

Face a 2015
O Governo anunciou um aumento de 1,3% da comparticipação financeira ao setor social este ano, face a 2015, para compensar o ...

Os valores das comparticipações financeiras a atribuir este ano pela Segurança Social às entidades com acordo de cooperação foram acordados entre os ministros do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde e da Educação, e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, a União das Misericórdias Portuguesas e a União das Mutualidades.

Este acordo baseia-se no compromisso do Governo em prestar “particular atenção” à cooperação com o setor solidário em áreas como o combate à pobreza, reforço no apoio às famílias e às comunidades e maior integração de grupos sujeitos a riscos de marginalização, adianta o comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Esse sinal havia já sido dado quando, em sede de Orçamento da Segurança Social para 2016, o Governo inscreveu uma dotação de 1.426,5 milhões de euros para as despesas de cooperação com as instituições do setor social, o que corresponde a um crescimento de 5,6% face a 2015, ou seja, um reforço de 75 milhões de euros”, sublinha.

Em 2015, o incremento na despesa com cooperação, face a 2014, situou-se em 1,9%, enquanto em 2014 foi de 3,8% (face a 2013) e, em 2013, em 1,4%, comparativamente a 2012.

Este ano, “a comparticipação financeira, devida por força dos acordos de cooperação celebrados para as respostas sociais, aumenta 1,3% face ao observado em 2015”, refere o ministério.

Deste aumento, 0,4% visa compensar os encargos decorrentes do crescimento gradual da taxa contributiva para a segurança social, e 0,9% traduz a atualização de todos os acordos de cooperação em vigor, o que representa um acréscimo de 0,3% nesta componente face ao ano anterior.

Segundo o ministério, este aumento visa “compensar o acréscimo de despesas com o funcionamento das respostas sociais e contribuir para a sustentabilidade económica e financeira das instituições”.

Na Adenda ao Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário 2015-2016, foram ainda estabelecidos compromissos nas áreas da Segurança Social, Saúde e Educação.

Na área da Segurança Social, foi decidido, entre outras medidas, retomar a proposta de reestruturação da resposta social Lar de Infância e Juventude, para crianças e jovens em perigo, proceder a “curto prazo” a alterações na legislação que regulamenta o Fundo de Reestruturação do Setor Social, por terem sido identificados constrangimentos, e fazer revisões legislativas em matérias determinantes para o funcionamento das instituições, para a sua sustentabilidade económica e financeira.

Na área da Educação, será retomado um Grupo de Trabalho para avaliar e propor mecanismos para a racionalização e agilização do funcionamento da Rede de Educação Pré-escolar.

Já na área da Saúde, a prioridade vai para a Rede de Cuidados Continuados Integrados.

O Registo Nacional Integrado de Cirurgia Cardíaca será uma realidade
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular assinaram, no dia 12 de...

A criação de uma base-de-dados com toda a informação relativa a cada doente candidato a cirurgia cardíaca permitirá, não só, avaliar os cuidados médicos prestados, mas também trará um conhecimento mais profundo do panorama nacional de cirurgia cardíaca. A integração e atualização automática destes dados viabilizará obter uma avaliação da atividade da cirurgia cardíaca em Portugal, que traduza a situação real do país.

Na prática, vai ser implementada uma base-de-dados com toda a informação sobre cada doente, desde o momento em que o cardiologista considera propor o doente para cirurgia, passando pela avaliação e intervenção do cirurgião cardíaco, incluindo ainda o seguimento durante o primeiro ano, após a cirurgia cardíaca. De acordo com o Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Dr. Miguel Mendes, o registo de todas as etapas deste processo facultará uma análise da realidade nacional. “A monitorização constante, inerente a este sistema, possibilitará a identificação das etapas do processo que devem melhorar,” comenta o cardiologista.

A materialização desta parceria permitirá, ainda, a definição estatística de médias nacionais. “Estes dados permitem que os diversos centros possam comparar a sua performance com a média nacional e avaliar a qualidade dos serviços prestados. Com esta estratégia de benchmarking será possível, a cada centro hospitalar, comparar processos e resultados e verificar quais são as etapas que requerem intervenção, com vista à sua melhoria. Desta forma, estamos a criar ferramentas de qualidade e a introduzir uma competição sã, de forma a permitir que a Cardiologia e a Cirurgia Cardíaca portuguesas tomem consciência da sua situação e tentem superar-se”, ressalvou o Dr. Miguel Mendes.

A assinatura deste protocolo uniformizará os dados recolhidos permitindo a partilha de informação entre o Estado Português e as Sociedades Médicas. Desta forma “criaremos um Registo Nacional de Cirurgia Cardíaca, que facultará a avaliação da medicina praticada no nosso País, bem como a perceção das tendências de maior prevalência na população

Portuguesa”, assim apresentou o Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular, Dr. José P. Neves, o acordo entre as três entidades.

Nas palavras do Presidente da Direção-Geral da Saúde, Prof. Francisco George, “a cooperação no domínio técnico e científico, que a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sociedade Portuguesa Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular propõem é importantíssima na definição dos dados estatísticos que moldam a saúde da cirurgia cardíaca, em Portugal. Trabalhamos a saúde em Portugal, olhando para o futuro e perspetivando estratégias assentes na análise informativa que conduzimos em conjunto. Esperamos que esta nova cooperação permita desenvolver a perceção nacional através da integração dos serviços de bioestatística e engenharia da informação na análise estatística, com o fito de implementar e desenvolver estratégias de melhoria”. A celebração deste acordo marca o início de uma nova era de cooperação entre estas duas Sociedades Médicas apoiada pela Direção-Geral da Saúde que está sempre disponível para integrar medidas inovadoras e que visem a melhoria da saúde dos Portugueses. A efetivação deste protocolo tem início imediato tendo-se, já, iniciado as primeiras negociações para o desenvolvimento das infraestruturas digitais requeridas por este novo sistema.

Infarmed
Suspensão imediata do fabrico, comercialização e recolha do mercado de todos os lotes de produtos cosméticos fabricados por ...

O fabricante de produtos cosméticos “Egiquímica – Produtos Químicos Industriais, S.A”, irá proceder de forma voluntária à suspensão imediata do fabrico, comercialização e recolha de todos os lotes de produtos cosméticos de marca própria e de todos os lotes de produtos cosméticos produzidos em nome ou marca dos clientes do mesmo, listados em tabela anexa.

Esta medida foi adotada por se ter verificado o incumprimento, por parte do fabricante dos referidos produtos, com o artigo 25.º do Regulamento (CE) n.º 1223/2009, de 30 de novembro, nomeadamente no que respeita a ausência de, aplicação de Boas Práticas de Fabrico, avaliação de segurança e notificação dos produtos cosméticos no Portal Europeu, o qual pode colocar em risco a segurança e a saúde dos consumidores. Assim, o Infarmed ordena a suspensão imediata do fabrico, comercialização e a recolha do mercado de todos os lotes dos produtos listados.

Determina, ainda:

  • As entidades que disponham destes produtos não os podem vender;
  • Os utilizadores finais que disponham destes produtos não os devem utilizar.

Pode consultar a lista de todos os produtos aqui.

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna reclama incentivos económicos para atrair os médicos internistas a admitir pelos...

Um levantamento do Ministério da Saúde publicado em Diário da República esta semana veio mostrar que a medicina interna é a especialidade com maior carência de médicos nos hospitais públicos.

“Consideramos importante o reconhecimento da carência de internistas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a necessidade da sua contratação, mas gostaríamos que houvesse maior flexibilidade e autonomia dos hospitais na escolha das pessoas, mantendo o respeito pela equidade, e que se encontrem formas de compensação económica e outras que tornem mais satisfatória e atrativa a atividade desta especialidade”, refere a Sociedade de Medicina Interna em comunicado.

Estes profissionais salientam que a necessidade e internistas nos hospitais tem crescido de uma forma mais rápida do que o número de internistas admitidos pelos hospitais do SNS, apesar de até irem sendo abertas vagas em “número generoso”.

“Temos observado uma incapacidade de contratarmos os internos que formamos e a quem damos formação para responder a necessidades específicas dos nossos hospitais, vendo-os sistematicamente fugir para os grupos privados de saúde ou hospitais PPP, que têm mais facilidade de contratação e escolha, oferecendo-lhes melhores salários e condições”, resume a Sociedade de Medicina Interna.

Os profissionais desta especialidade queixam-se de que veem as outras especialidade cirúrgicas serem pagas por produção adicional, enquanto os internistas têm de “cuidar do dobro dos doentes” espalhados por todo o hospital “sem incentivo de qualquer espécie”.

As equipas estão envelhecidas e muitos dos profissionais já ultrapassaram a idade para fazerem urgências, sem que haja renovação dos quadros.

Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, ao todo são 736 os especialistas em falta nos hospitais públicos do país, entre os quais se destacam os de medicina interna, os anestesiologistas e os psiquiatras, relativamente aos quais a tutela identificou, respetivamente, 129, 57 e 46 vagas a preencher urgentemente.

Até outubro
O Ministério da Educação anunciou que começou a desbloquear processos de juntas médicas de docentes que se encontravam...

“Centenas de docentes com juntas médicas pendentes já começaram a ser chamados”, afirma o ministério em comunicado.

Até outubro, segundo a tutela, deverão ficar resolvidos perto de 500 casos que aguardavam decisão médica na Região de Lisboa e Vale do Tejo, a área com mais situações por resolver e onde os atrasos nos processos são maiores.

No tratamento das situações que aguardam análise será dada prioridade aos casos considerados mais prementes, como pedidos de regresso de licença sem remuneração por motivo de doença, acrescenta o ministério.

Médicos Sem Fronteiras
A organização Médicos Sem Fronteiras criticou o “preço exorbitante” que os governos e as organizações não-governamentais têm de...

Num comunicado, a Médicos Sem Fronteiras (MSF) assinala que negoceia há seis anos sem êxito com as farmacêuticas Pfizer e GlaxoSmithKline (GSK) uma diminuição do preço da vacina contra a pneumonia, a doença com a maior taxa de mortalidade entre os menores de cinco anos.

“Os governos e as organizações humanitárias necessitam das ferramentas para proteger as crianças que vivem uma das maiores crises do nosso tempo. Pfizer e GSK têm de baixar o preço da vacina contra a pneumonia”, disse o diretor de operações médicas da MSF na Grécia, Apostolos Veizis.

Para imunizar um menor contra a pneumonia são precisas três doses de vacina e cada uma custa à MSF 60 euros nas farmácias locais, 20 vezes mais que o preço mais baixo que se pode pagar no mundo por ela, 2,80 euros.

A vacina só pode ser adquirida aquele preço reduzido nos países mais pobres e através da Gavi, uma aliança internacional público-privada para a disponibilização de vacinas.

A MSF juntou mais de 416.000 assinaturas em 170 países pedindo às duas empresas farmacêuticas que reduzam o preço para os cinco dólares (4,5 euros) pelas três doses por criança em caso de crise humanitária e nos países em desenvolvimento.

“Com o colapso dos sistemas de saúde na Síria, Iraque e Afeganistão, a maioria das crianças não foi imunizada. Estes menos vivem em condições terríveis e não deveriam pagar com a sua saúde o preço de fugirem para sobreviver. Temos de os proteger a qualquer preço contra a pneumonia e outras doenças mortais”, disse Veizis.

Além da pneumonia, a MSF vacinou na Grécia mais de 5.000 crianças refugiadas entre os seis meses e os 15 anos contra outras nove doenças.

Aumento da baixa visão e cegueira na população idosa preocupa os oftalmologistas
Os oftalmologistas portugueses estão preocupados com o aumento da baixa visão e da cegueira que se verificam na população idosa...

As causas de cegueira preveníveis ou tratáveis mais frequentes nesta faixa etária são: catarata senil; glaucoma; olho seco; degenerescência macular da idade e erros de refração não corrigidos. Também a diabetes e a hipertensão arterial (HTA) são responsáveis por complicações oculares graves que podem levar à cegueira.

A catarata senil é a doença visual mais comum no idoso e uma vez operado o doente recupera a visão. Por outro lado, o glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo e a principal causa de cegueira irreversível. O glaucoma leva a uma perda irreversível do campo visual da periferia para o centro e pode terminar em cegueira total. A perda de visão no glaucoma pode ser evitada se a doença for detetada precocemente e convenientemente tratada. O olho seco, frequente no idoso, ocasiona uma diminuição significativa da qualidade de vida do indivíduo. A má lubrificação da superfície ocular leva a fotofobia, lacrimejo, visão flutuante e afeta tarefas tão simples como a leitura, a condução e o trabalho no computador. O seu tratamento passa pelo uso de colírios hidratantes e tratamento das doenças sistémicas e locais que podem levar a este olho seco.

Já a degenerescência macular da idade (DMI) afeta o indivíduo numa altura e que ainda está ativo e independente. “A sua prevalência aumentou em consequência da maior longevidade e do aumento exponencial da população idosa. O Ministério da Saúde iniciou recentemente os rastreios da DMI e a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia é uma participante ativa neste programa”, explica Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

A especialista realça ainda que “a visão é fundamental para a qualidade de vida do indivíduo. Um dos problemas principais do idoso são as quedas por várias causas, entre elas as deficiências visuais. Um envelhecimento ativo e saudável valoriza o papel do idoso na sociedade e a limitação das suas atividades pela diminuição visual, tem uma grave repercussão na sua qualidade de vida, levando muitas vezes à depressão”.

E tendo em conta a diminuição da qualidade de vida do idoso causada pela sua deficiência  visual, a SPO aconselha:

- Exames oftalmológicos regulares, principalmente após os 40 anos de idade uma vez que são medidas de elevado valor preventivo

- Uma visita periódica ao oftalmologista, mesmo que anual, pode ser suficiente para prevenir e até curar doenças visuais, diminuindo assim a probabilidades de quedas.

- No caso de baixa visão procure um oftalmologista especialista em sub-visão pois existem muitos auxílios óticos que permitem melhorar significativamente a visão e utilizar da melhor forma possível a visão remanescente.

- Os hábitos de vida saudáveis tem repercussão positiva sobre todo o organismo, inclusive sobre os olhos. A prevenção e o controlo de doenças como a diabetes e a HTA contribuem para a manutenção de uma boa visão. 

Estudo
Um estudo sobre a adição ao Facebook em Portugal revela que os jovens com este problema apresentam níveis de saúde mental e de...

Segundo o estudo, coordenado pelo investigador português Halley Pontes, da Nothingham Trent University, no Reino Unido, “a adição ao Facebook está associada a maior preferência para interação social online e níveis elevados de sintomas depressivos, ansiedade patológica e stress”.

A investigação, publicada no ‘International Journal of Mental Health and Addiction’, decorreu em maio e junho de 2015 e envolveu uma amostra de 547 jovens estudantes portugueses do 2º e 3º ciclo do ensino básico.

O estudo procurou avaliar a extensão dos problemas relacionados com a utilização excessiva e problemática do Facebook, entre outras adições, numa amostra exclusivamente portuguesa, disse o investigador Halley Pontes.

“Dada a penetração da Internet e dos sites de redes sociais entre os jovens portugueses, juntamente com a necessidade de mais investigação sobre o uso contextualizado da Internet, tornou-se fundamental entender” os efeitos que o uso excessivo e viciante destas redes podem ter sobre a saúde mental dos adolescentes, refere o estudo.

A investigação verificou que “a adição ao Facebook estava presente em 3,6% da amostra total. Tendo em conta a população geral, esta percentagem poderia traduzir-se num total ligeiramente acima dos 380 mil indivíduos, o que é bastante significativo”, disse Halley Pontes, que já publicou mais de 50 estudos científicos na área da adição à internet e videojogos.

Os resultados do estudo apontam que, “em termos do bem-estar psicológico e saúde mental, os indivíduos com problemas de adição ao Facebook apresentaram níveis preocupantes e significativamente piores, em comparação aos participantes que não apresentavam problemas de adição” a esta rede social.

Para Halley Pontes, estudar o problema da adição às redes sociais online é de extrema relevância no contexto da promoção da saúde mental nos indivíduos.

Vários estudos sugerem que o excessivo uso das redes sociais online, leva a que os indivíduos apresentem níveis de saúde mental bastante reduzido.

Um estudo recente realizado numa amostra representativa da população jovem do Canadá verificou que os jovens que costumavam utilizar as redes sociais online por mais de duas horas diárias, apresentaram piores níveis de saúde mental geral, maior incidência de problemas do foro psiquiátrico, aumento da ideação suicida, bem como uma maior necessidade de suporte a nível da saúde mental.

Segundo o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias 2015, do Instituto Nacional de Estatística, a participação em redes sociais é mais frequente em Portugal do que na média dos países da União Europeia.

Em 2015, 70% dos utilizadores de Internet em Portugal participavam em redes sociais, ainda assim menos dois pontos percentuais do que em 2014, mas mais 13 pontos percentuais do que em 2011.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Dois ortopedistas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra realizaram, em Espanha, pela primeira vez fora do país, uma...

A intervenção cirúrgica, que decorreu em abril e que foi agora divulgada, durou 15 horas e passou por três fases - excisão do tumor, colocação da prótese em substituição dos ossos de metade da pélvis do paciente de 27 anos que foi removida e encerramento do procedimento. Envolveu uma equipa de vários profissionais, chefiada pelos dois cirurgiões da Unidade de Tumores Ósseos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) que trabalham juntos há oito anos.

"É uma cirurgia complexa pelas localizações anatómicas de diversas estruturas que estão na vizinhança dos locais intervencionados no ato cirúrgico. Envolvem vasos sanguíneos que transportam sangue para as pernas, vísceras ocas, como a bexiga, e também a parte óssea e a parte nervosa e obriga a um grande planeamento pré-operatório", disse o médico José Casanova.

O convite surgiu depois de um ortopedista do Hospital Universitário das Canárias (conhecido pela antiga sigla da unidade de saúde portuguesa, HUC, e localizado na ilha de Tenerife) ter feito um estágio em Coimbra: "Não é uma cirurgia que se faça todos os dias, é complexa e o doente teria de ser enviado para outro local em Espanha. Chamaram-nos e realizámo-la pela primeira vez fora de Portugal", explicou, por seu turno, o ortopedista João Freitas.

O especialista adiantou que o doente de 27 anos estava acamado há quatro meses com uma lesão "que o impedia de andar e punha em perigo a sua vida" e que a prótese utilizada, numa liga metálica específica, substituiu os ossos removidos da parte direita da bacia e permite que o jovem leve uma vida próxima do normal.

A intervenção cirúrgica começou ao início da manhã e terminou perto da meia-noite e envolveu "procedimentos muito demorados porque se solta tudo", ilustrou João Freitas, acrescentando que a intenção é curar o doente, mas também dar-lhe função motora.

"Isso tem de estar sempre presente na mente de um cirurgião, porque senão o homem ficaria ou numa cadeira de rodas ou numa cama, para sempre. E ele já anda", destacou.

"Andar é extremamente importante. Vai fazer, de certeza, as coisas básicas do dia-a-dia: levantar-se, ir à mesa, à casa de banho, sair à rua, até conduzir, talvez um carro adaptado numa fase inicial, mas terá potencialidade de fazer uma vida normal atendendo também à sua idade", frisou João Freitas.

Já José Casanova lembrou que a funcionalidade de um doente a quem é colocada uma prótese de substituição óssea depende de vários fatores, desde logo o grau de extensão da intervenção.

"E, depois, depende também da idade do doente. Um jovem de 27 anos tem um potencial de recuperação muito maior do que doentes de 70 anos e da vontade de recuperar, o empenho que põe na recuperação é muito importante", declarou o ortopedista.

O paciente mais antigo, intervencionado há 10 anos com uma prótese precursora da atual - a mais recente é usada há cerca de quatro anos - é um professor de engenharia de Lisboa que, segundo José Casanova, "conduz o seu carro e anda de bicicleta", apesar de usar uma canadiana na qual se apoia nos movimentos diários.

Hoje em dia, adianta João Freitas, é possível retirar e reconstruir "qualquer" osso do corpo humano afetado por tumores, embora note que há situações "que são impossíveis", nomeadamente as que surgem "muito tarde".

"Mas salvar a vida, primeiro, e poder salvar o membro, é fantástico. E temos meios para isso", sublinhou.

O doente espanhol vai continuar a ser seguido pelos especialistas do país vizinho - a nível oncológico e na parte ortopédica - mas também pelos ortopedistas do CHUC: "Continuamos a receber informações e a dar indicações em parceria com os colegas espanhóis. Estaremos sempre ligados a esse doente", afirmou João Freitas.

José Martins Nunes, presidente do conselho de administração do CHUC, lembrou a "dimensão de cooperação" do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, quer a nível interno, onde foi "pioneiro" em parcerias com outros hospitais, quer a nível internacional e dos países de língua oficial portuguesa.

"Temos vindo a trabalhar no reconhecimento internacional do nosso hospital. Estamos a começar a ser solicitados para integrar equipas de países estrangeiros e isso significa o prestígio da medicina portuguesa. Este hospital e os seus profissionais, de uma forma muito sólida, têm trabalhado no sentido da qualidade", referiu.

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