Europacolon Portugal
A Europacolon Portugal, Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, congratula-se com o conhecimento do “Lançamento” do...

“Registamos que começam a surgir efeito as pressões ativas que a Europacolon Portugal tem feito junto da tutela no sentido de ser resolvido um problema de saúde pública, que mata 11 Portugueses por dia em Portugal” diz Vitor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.

“Presumindo que se trata de uma “ação piloto” naquela área geográfica específica, devemos afirmar que, de facto, a ação iniciada não será o lançamento do Rastreio do Cancro Colo-Retal de base populacional nacional, situação que lamentamos. A Europacolon Portugal espera que esta ação não se identifique com outras ações similares em anos anteriores que não vieram a representar uma evolução positiva neste tipo de patologias, nem tiveram continuidade para os anos que lhes sucederam” expõe ainda o responsável pela Associação.

O Rastreio do Cancro Colo-Retal deve ser implementado, da mesma forma em todo o território nacional, conforme existe para outro tipo de patologias, como é o caso do cancro da mama. A Europacolon Portugal estará, como sempre, comprometida e a monitorizar esta situação, rumo a uma melhoria dos processos de saúde desta patologia.

Aumento da prevalência de doenças mentais em Portugal eleva a necessidade de formação
Portugal é o país da Europa com maior número de pessoas com doenças mentais, tendo-se registado um aumento de cerca de 19% em...

O curso “pretende dar aos formandos conhecimentos e competências na área da psiquiatria e saúde mental, abordando as bases da psicopatologia, a descrição das principais doenças psiquiátricas e as suas respetivas terapêuticas” refere Pedro Afonso, psiquiatra e um dos coordenadores da pós-graduação. Pretende-se, ainda, fomentar a atuação na saúde mental de acordo com princípios éticos e deontológicos, contribuindo assim para a melhoria dos resultados nos cuidados de saúde prestados à população.

A pós-graduação, cujas inscrições estão abertas, destina-se não só a médicos e internos das especialidades de psiquiatria, pedopsiquiatria, medicina geral e familiar, como também, a enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, entre outros profissionais de saúde.

O curso de Psiquiatria e Saúde Mental conta com 22 unidades curriculares, abrangendo diferentes áreas: Neurociências e Psicopatologia, perturbações psiquiátricas e alterações do sono, psiquiatria forense e sexologia clínica, abordagens terapêuticas em psiquiatria e saúde mental e investigação no contexto destas doenças.

Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral abriu concurso para atribuição de uma Bolsa de Investigação em Doença...

“Esta bolsa, de periocidade anual, destina-se fundamentalmente a financiar parcial ou totalmente o melhor projeto de investigação científica na área da doença vascular cerebral”, avança o Prof. Doutor José Castro Lopes, presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC). As candidaturas podem ser enviadas via email até ao dia 10 de janeiro de 2017. Apenas serão admitidos projetos de trabalhos científicos a serem realizados, pelo menos parcialmente, em instituições portuguesas.

O presidente da SPAVC explica que a bolsa decorre do artigo 3.º dos Estatutos da SPAVC, o qual refere que “a SPAVC tem um objetivo de cariz social, concretamente traduzido na prevenção e redução da mortalidade, morbilidade e incapacidade devidas ao Acidente Vascular Cerebral, e na promoção do estudo, investigação e educação sobre esta doença, mediante a criação de planos de ação e de apoio, identificando os níveis de intervenção mais efetivos, assim contribuindo para a melhoria da saúde em Portugal”, cita o documento.

José Castro Lopes frisa ainda que “o júri terá em conta o interesse da candidatura, bem como o mérito científico dos candidatos e instituições participantes, de acordo com uma grelha de avaliação com critérios bem definidos pela SPAVC”.

Para além desta distinção, a SPAVC atribuirá oito prémios no âmbito do 11.º Congresso Português do AVC: três prémios para as três melhores apresentações orais, com um 1º prémio no valor de 1500€, um 2º prémio no valor de 1000€ e uma Menção Honrosa correspondente à inscrição no Congresso Português do AVC do ano subsequente; um prémio para a melhor apresentação oral em caso clínico no valor de 1000€; três prémios para as três melhores apresentações em cartaz, com um 1º prémio para o ESOC 2017 (viagem, alojamento e ingresso) um 2º prémio  no valor de 500€  e uma  menção honrosa correspondente à inscrição no Congresso Português do AVC do ano subsequente. A SPAVC inova ainda com um prémio denominado SPAVC 2017, destinado a premiar o melhor trabalho sobre AVC da autoria de enfermeiros ou técnicos da área do AVC, no valor de 1000€.

“Pretende-se reconhecer o interesse que essas classes profissionais têm no combate ao AVC e o dinamismo que demonstram ao participar nas organizações que vamos fazendo ao longo do ano”, explica o neurologista. Os prémios serão entregues no decurso do Congresso, agendado para os dias 2, 3 e 4 de fevereiro de 2017, no Porto.

Num último apelo à participação dos especialistas interessados, José Castro Lopes lembra que “estamos a tratar da primeira causa de morte e invalidez de Portugal, pelo que toda a investigação e trabalhos científicos são bem-vindos”, destacando ainda o papel da valorização científica na internacionalização dos trabalhos nacionais.

Universidade do Algarve
Investigadores do Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve descobriram um novo composto químico que...

Segundo Wolfgang Link, o novo composto - cuja função é ativar uma proteína que, nas células cancerígenas, está deslocada do seu local de origem - pode ser o primeiro passo para desenvolver um fármaco para tratamento de certos tipos de cancro, em alternativa à quimioterapia clássica, que é mais tóxica e pode causar mais efeitos secundários.

"Nós prevemos que este tipo de tratamento é especialmente eficaz nos cancros em que [a proteína] Foxo está fora da sua localização, como o cancro da mama ou da próstata", explicou o investigador, sublinhando que foram testados 500 diferentes compostos até se conseguir encontrar um que tem a função de realocar a proteína no núcleo das células.

Bibiana Ferreira, que também participou no projeto, observou que o que esta investigação traz de novo ao que já se sabia "é exatamente a descoberta de um novo composto que atua como um gene supressor de tumor", gene que, normalmente, numa célula cancerígena, está "sequestrado" no citoplasma.

"Esta droga atua especificamente neste gene e faz com que ele passe para o núcleo, onde pode ter a sua função normal", referiu, acrescentando que o próximo passo é "caracterizar melhor esta molécula a nível celular", para depois testá-la em laboratório num modelo animal, ou seja, em ratos.

Uma das vantagens da utilização deste tratamento no cancro é que, apesar de também ser químico como a quimioterapia, é mais específico e localizado, atuando apenas na proteína em questão, acrescentou.

"O nosso objetivo é matar as células cancerígenas e livrarmo-nos delas, mas sem danificar as células normais", referiu, observando que o projeto precisa agora de obter financiamento para poder avançar.

Contudo, Wolfgang Link avisa que ainda podem demorar alguns anos até se conseguir desenvolver um produto final, uma vez que é preciso testar a toxicidade do composto e perceber se não danifica as células do corpo que estão saudáveis.

"A longo prazo, é uma porta que se abre ao tratamento", salientou, lembrando que o projeto envolveu investigadores nacionais e internacionais, da Universidade do Algarve (UAlg), em colaboração com a de Milão, em Itália, e a Fundação Medina, em Granada.

Por forma a identificar os agentes capazes de ativar as referidas proteínas, Wolfgang Link e a sua equipa testaram um conjunto de compostos químicos, servindo-se de tecnologia de ponta, nomeadamente, um microscópio fluorescente totalmente robotizado.

A descoberta foi divulgada num artigo científico na revista "Plos One", prevendo-se que venha também a ser publicado, no início do ano, na revista "Nature".

O Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve é uma unidade de investigação e desenvolvimento em ciências biomédicas cujos principais objetivos são a formação avançada de recursos humanos, investigação da etiologia da doença e consequente implementação de estratégias de combate à doença ao nível da prevenção, diagnóstico e terapêutica.

O centro integra 42 membros doutorados com atividade científica.

Conselho de Ministros
O Governo propõe dar incentivos aos médicos que aceitem fixar-se em zonas carenciadas, entre as quais 40% da sua remuneração,...

A proposta consta de um decreto-lei que será discutido hoje no Conselho de Ministros e que vai alterar o anterior diploma que visava a redução de assimetrias regionais, mas que teve uma baixíssima adesão por parte dos médicos.

Nesse sentido, o Governo quer alterar os incentivos a estes profissionais para aumentar a sua mobilidade geográfica para zonas carenciadas de médicos com contrato de trabalho por tempo indeterminado ou a contratar, mediante vinculo com estabelecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Uma das alterações propostas consiste, no que respeita aos incentivos não pecuniários, em dar preferência ao cônjuge do médico para, nos concursos de recrutamento para ocupar cargos públicos, ser colocado na mesma localidade onde está o médico.

O diploma prevê também o aumento da duração do período de férias (enquanto permanecer na localidade) em dois dias, acrescido de mais um por cada cinco anos, o aumento de 11 dias para a totalidade do gozo do período de férias a que legalmente tem direito, em simultâneo com o cônjuge, bem como o gozo de 11 dias úteis consecutivos do período de férias a que legalmente tem direito, durante as férias escolares dos filhos.

Ainda no mesmo âmbito, é permitida ao médico a participação em atividades de investigação e formação por um período máximo de 15 dias por ano, preferência na sua colocação (caso se candidate) em cargo de assistente graduado sénior.

Quanto a incentivos financeiros, está prevista a fixação de 40% da remuneração base correspondente à primeira posição remuneratória da categoria de assistente, da carreira especial médica ou da carreira médica.

Atualmente, o valor do incentivo a cinco anos é de 21 mil euros. Com esta alteração, o valor do incentivo passa a três anos com uma média mensal de mil euros, o que resulta em 36 mil euros no período de três anos, ou seja mais 15 mil euros do que está atualmente previsto para cinco anos.

Centros de Responsabilidade Integrada
O Governo vai criar Centros de Responsabilidade Integrada nos hospitais, para melhorar os resultados nos cuidados de saúde, e...

O diploma, que aprova o regime jurídico aplicável às unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a natureza de Entidades Públicas Empresariais, uniformiza os regimes jurídicos das entidades prestadoras de cuidados de saúde do SNS.

O objetivo é dar prioridade às pessoas, melhorar a governação do SNS, de forma a obter mais e melhores resultados face aos recursos disponíveis (aumento de eficiência).

Assim, ao nível organizativo, o Governo quer criar os Centros de Responsabilidade Integrada (CRI), com vista a potenciar os resultados da prestação de cuidados de saúde, melhorando a acessibilidade dos utentes e a qualidade dos serviços prestados, aumentando a produtividade.

O ministro da Saúde já tinha anteriormente manifestado esta intenção, assinalando, na altura, que com estes centros seria possível realizar mais exames diferenciados dentro do SNS, e considerando que o ideal seria internalizar o mais possível os exames, sem ter de estar a pagar aos convencionados.

Sobre os CRI, Adalberto Campos Fernandes disse também que serão orientados essencialmente para o desempenho, para a investigação e para a ciência.

A ideia é que nesses centros académicos os médicos, os enfermeiros e os técnicos possam ter tempo disponível só para investigar, para ensinar e para formar, uma forma de assegurar maior qualidade.

Os CRI são uma das principais alterações suscitadas pela nova legislação, que também vai reduzir para dois o limite de mandatos dos conselhos de administração dos hospitais e vai exigir maior qualificação dos profissionais que os integram.

Segundo o decreto-lei, passa a exigir-se uma maior capacitação dos conselhos de administração e dos órgãos de gestão intermédia, cujos membros “devem possuir formação especifica relevante em gestão em saúde e experiência profissional adequada”.

O diploma prevê ainda a limitação de mandatos a apenas uma renovação, lembrando que atualmente o estado do gestor público prevê uma nomeação por três anos podendo ocorrer até três renovações.

Finalmente, os processos com vista à nomeação de diretores de serviço devem ser alvo de aviso público, permitindo assim manifestações de interesse individual “em nome da transparência e da igualdade de oportunidades”.

União Europeia
O Parlamento Europeu pediu hoje, numa resolução, um controlo mais apertado da importação de citrinos para a União Europeia,...

Os eurodeputados exigiram hoje da Comissão Europeia controlos fitossanitários mais exigentes sobre os citrinos importados, incluindo análises por amostragem e certificados de rastreabilidade.

Para o Parlamento Europeu (PE), a revisão proposta pela Comissão dos anexos da diretiva sobre a proteção das plantas contradiz os objetivos do novo regulamento sobre medidas de proteção contra as pragas dos vegetais, na medida em que “põe em causa os requisitos aplicáveis à introdução na União de determinados frutos sensíveis às pragas, especialmente no que se refere à Phyllostictina citricarpa [mancha negra] e à Xanthomonas citri [bactéria que provoca cancro do citrino].

Numa resolução hoje aprovada por 463 votos a favor, 168 contra e três abstenções, os eurodeputados pedem a Bruxelas que modifique o projeto de diretiva de execução de modo a reforçar os controlos dos citrinos importados e prevenir a propagação de pragas aos pomares de citrinos europeus.

Reino Unido
O Reino Unido tornou-se hoje o primeiro país no mundo a autorizar a conceção de bebés a partir do ADN de três progenitores, com...

Sally Cheshire, presidente da Autoridade de Fertilização e Embriologia Humana (HFEA na sigla em inglês), considerou “histórica e importante” a decisão de aprovar a utilização da terapia genética mitocondrial, para evitar a transmissão de uma doença hereditária.

“Tenho a certeza que os doentes prontos a beneficiar desta técnica ficarão encantados”, declarou, adiantando: “Vamos proceder com cautela”.

Para os opositores do tratamento, ele vai demasiado longe na modificação genética e abre a caixa de Pandora da seleção de bebés.

Os deputados britânicos aprovaram em fevereiro a fertilização ‘in vitro’ de bebés com ADN de três pessoas, mas os estabelecimentos de saúde precisavam da “luz verde” da HFEA.

A técnica permite que mulheres que têm doenças que causam mutações nos genes mitocondriais possam ter filhos sem as transmitirem.

As doenças mitocondriais causam sintomas que vão da visão fraca à diabetes e à fraqueza muscular e as autoridades da saúde calculam que cerca de 125 bebés nascem com as mutações no Reino Unido todos os anos.

Discutido em Conselho de Ministros
Os trabalhadores de empresas públicas com contrato individual de trabalho, os cônjuges de beneficiários e filhos maiores de 26...

O decreto-lei, que está a ser discutido em Conselho de Ministros e deverá ser hoje aprovado pelo Governo, define um novo modelo de governação que “garante a representatividade dos seus associados e a autonomia necessária para assegurar uma gestão técnica profissional e eficiente”.

O futuro regime de benefícios do sistema de saúde ADSE ainda não é conhecido, pois terá de ser criado após a entrada em vigor do diploma.

Contudo, neste regime de benefícios “poderá ser alargado o universo de beneficiários, designadamente a trabalhadores de empresas públicas com contrato individual de trabalho, a cônjuges, ainda que sejam trabalhadores, ou a filhos maiores de 26 anos, mediante o pagamento de contribuição”.

Outro aspeto desta reforma da ADSE é a composição do conselho diretivo, que será constituído por três membros: dois nomeados pelo governo e o terceiro escolhido pelos membros do conselho geral e de supervisão.

O conselho geral e de supervisão será composto por 15 membros e inclui na sua constituição quatro representantes eleitos dos beneficiários titulares da ADSE, três das organizações sindicais e dois das associações de reformados, três indicados pelo Ministro das Finanças e três indicados pelo Ministro da Saúde.

O futuro instituto será tutelado pelos membros do governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde.

Ácido Obeticólico (OCA)
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) acabou de aprovar novo tratamento para a Colangite Biliar Primária. Em combinação com o...

A Colangite Biliar Primária (CBP) é uma doença rara do fígado causada por uma reação autoimune que provoca a inflamação constante dos pequenos canais biliares presentes neste órgão, que pode conduzir à destruição parcial do fígado ou ao cancro.

Afetando sobretudo mulheres, estima-se que, em Portugal, afete entre 500 a 1000 pessoas, tendo o diagnóstico da doença aumentado nos últimos 60 anos.

Sem cura, o único tratamento disponível consiste no controlo dos sintomas, e tem como objetivo evitar a progressão da doença. No entanto, até hoje, eram muitos os doentes que não respondiam ao tratamento.

Depois de aprovado nos Estados Unidos, o Ácido Obeticólico, chega finalmente à Europa.

Não tendo havido qualquer inovação no tratamento farmacológico da Colangite Biliar Primária nos últimos 20 anos, a notícia da aprovação, pela Agência Europeia do Medicamento, de um novo tratamento devolve a esperança a milhares de doentes.

O Ácido Obeticólico (OCA) é um agonista do recetor farnesóide X (FXR), um regulador importante das vias inflamatória, fibrótica e metabólica dos ácidos biliares. O OCA aumenta o fluxo da bílis a partir do fígado e suprime a produção de ácidos biliares, reduzindo assim a exposição do fígado a níveis tóxicos dos ácidos biliares.

Ao progredir, a Colangite Biliar Primária pode levar à cirrose ou mesmo ao cancro do fígado, sendo responsável por cerca de 9% dos transplantes de fígado realizados na Europa.

Estudo
Se é uma daquelas pessoas que critica os mais velhos por imitarem a fala de uma criança ao conversar com bebés, um novo estudo...

Investigadores da Universidade de Cambridge conduziram um estudo com bebés e mães para entenderem como funciona o desenvolvimento do cérebro das crianças. Os cientistas descobriram que estas aprendem melhor quando as suas ondas cerebrais estão em sincronia com as dos pais, escreve o Sapo. E mais do que isso: quando a comunicação é feita por uma conversa com voz de criança ou por músicas infantis.

De acordo com a BBC, o estudo, que foi feito com recurso ao controlo tomográfico dos cérebros dos bebés, também sugere que estes precisam de se sentirem seguros e amados para que as conexões do cérebro se formem e gerem aprendizagem.

Para um recém-nascido, o mundo são várias ondas de imagens e sons, uma sobrecarga de informação. Mas com o tempo, o bebé vai ganhando foco - aprende a reconhecer rostos e vozes e, ao longo dos meses, aprende a gatinhar, entender a língua e a comunicar com quem está à sua volta.

As primeiras descobertas dos cientistas da Universidade de Cambridge mostram que as crianças não aprendem tão bem quando as suas ondas cerebrais e as da mãe estão dessincronizadas. Mas, quando ambos estão plenamente sincronizados, a assimilação da informação ocorre de maneira eficaz.

Victoria Leong, que lidera a investigação, afirma que o estudo mostrou que os bebés tendem a aprender melhor quando as mães comunicam com recurso a uma voz calma e tranquila, que até imita os próprios bebés - ela chama-lhe "língua" de "motherese" (linguagem de mãe, em tradução livre).

A cientista também sugere que rimas musicais infantis são uma forma eficaz de sincronizar o cérebro das mães com o dos bebés. "Pode soar estranho para nós, mas os bebés amam ouvir o 'motherese', mais do que o estilo adulto normal de falar. Prende-lhes melhor a atenção e também é mais claro. Já sabemos que, quanto mais o bebé ouvir 'motherese', melhor será o desenvolvimento da sua linguagem", explicou.

Leong explica que a mesma máxima vale para pais, avós e pessoas próximas - sempre que se ouvem rimas infantis ou a chamada "voz de criança", os bebés conseguem conectar-se melhor com o interlocutor.

Evitar a diabetes antes do seu aparecimento
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal promove ações de formação a 100 enfermeiros para integrarem o primeiro...

Evitar a diabetes antes do seu aparecimento é a missão do Programa Gosto!, um programa de alteração de estilos de vida. “O objetivo da formação promovida pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) consiste em capacitar enfermeiros dos cuidados de saúde primários para orientarem sessões de educação em grupo dirigidas a pessoas identificadas com risco acrescido de diabetes tipo 2, através da modificação dos hábitos alimentares e da prática de atividade física”, explica a Enfª. Lurdes Serrabulho, coordenadora pedagógica do programa.

A investigação clínica tem evidenciado que, quando se realizam pequenas mudanças nos estilos de vida, há uma redução de mais de 50% no risco de desenvolver diabetes. Estas mudanças, se forem mantidas, podem ter efeitos significativos positivos a longo prazo e na saúde em geral.

As ações de formação iniciaram esta semana em diferentes unidades de saúde e na Escola da Diabetes da APDP. Almeirim, Alpiarça, Alvito, Azambuja, Arruda dos Vinhos, Benavente, Braga, Carregal do Sal, Cartaxo, Chamusca, Coimbra, Coruche, Grândola, Golegã, Montemor-o-Velho, Oliveira de Azeméis, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém Sátão e Viseu, são os Municípios que integram a primeira fase de formação.

O Programa Gosto! insere-se no âmbito do Não à Diabetes! Desafio Gulbenkian, um projeto de prevenção da diabetes tipo 2 promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian e cuja responsabilidade de implementação é da APDP. Este projeto, um dos maiores de sempre na luta contra a diabetes, tem como objetivo diminuir a prevalência nacional da diabetes nos próximos 5 anos. Para tal, pretende, por um lado, evitar que 50 mil pessoas de risco desenvolvam diabetes tipo 2 e, por outro, diagnosticar 50 mil pessoas que têm diabetes e não o sabem.

“A diabetes é a primeira doença crónica a desafiar a sociedade com a necessidade de programas de prevenção primária, fundamentais para reduzir uma das maiores pandemias da humanidade”, sublinha João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

65 anos da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
No próximo dia 16 de dezembro, pelas 18h00 na Faculdade de Ciências Médicas/Nova Medical School, será realizado um evento de...

Portugal é, provavelmente, o país no mundo que melhor soube preservar a vocação generalista da Medicina Interna e a posição nuclear da especialidade no hospital. Os internistas em Portugal têm capacidade para abordar todas as doenças médicas dos adultos, seja nos serviços de urgência, nas enfermarias ou no ambulatório, podem tratar a maioria das doenças, decidir quando necessitam a cooperação de outras especialidades ou em que circunstância devem referenciar os doentes a outras especialidades. Além disso, têm também a capacidade para abordar os doentes sem diagnóstico, tratar as doenças sistémicas e prestar cuidados paliativos.

Os internistas portugueses são competentes e dedicados e, são essas características que têm permitido dar resposta à variabilidade da pressão sobre os hospitais nas urgências e no internamento e tem evitado ruturas no SNS. No entanto, este esforço tem um impacto relevante sobre a vida pessoal e familiar de cada internista, que aliado à diminuição do rendimento mensal e do preço das horas extraordinárias, tem lançado muitos na procura do duplo emprego e tem provocado um crescente burnout entre estes profissionais e assistentes. Luís Campos alerta que “este é um problema a que urge fazer frente, através da discriminação positiva da Medicina Interna e de outras medidas que atenuem este problema e tornem o exercício desta especialidade mais compensador e atrativo.”

Reunião plenária
A Comissão Nacional para os Direitos Humanos, tutelada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, vai realizar, na sexta-feira,...

Na informação de agenda divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, lê-se que a reunião plenária terá como “principal objetivo abordar as políticas nacionais na área da saúde mental numa perspetiva de direitos humanos” e “promover o contacto direto com organizações que trabalham em áreas relacionados com a temática (…), procurando criar um espaço para a partilha de informação e identificação de desafios e boas práticas”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, vai intervir na sessão de abertura, às 15:00. Seguir-se-ão intervenções da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, que preside à Comissão Nacional para os Direitos Humanos (CNDH), do embaixador de Portugal junto das organizações internacionais em Genebra, Pedro Nuno Bártolo, do diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro Andrade de Carvalho, e do especialista em saúde mental José Caldas de Almeida.

Questionado a 04 de novembro, dia em que Portugal foi eleito para a Comissão de Direito Internacional, sobre a inatividade da CNDH, o ministro Augusto Santos Silva frisou que “uma das prioridades” do seu mandato seria “justamente fortalecer a atividade e a visibilidade” do organismo criado em 2010, que integra representantes de vários ministérios, para assegurar “o cumprimento das obrigações de direitos humanos” assumidas por Portugal.

“É preciso dar coerência, também nacional, à participação de Portugal na área dos direitos humanos”, justificou. “Essa frente interna não pode ser descurada”, reconheceu, adiantando que faria “questão de participar na próxima reunião” da CNDH.

O regulamento da CNDH prevê a realização de três reuniões plenárias, uma das quais em formato alargado à sociedade civil – a que respeita a 2016 vai acontecer na sexta-feira.

“O diálogo aberto com a sociedade civil constitui um pilar fundamental”, garantiu a diplomacia portuguesa, na informação de agenda divulgada.

O tema da reunião, que se realiza no Palácio das Necessidades, será a saúde mental, num contexto em que Portugal apresenta das taxas de prevalência de perturbações mentais mais elevadas da Europa.

O tema foi objeto de uma resolução apresentada por Portugal e Brasil e apoiada por outros 61 países, que foi adotada pelo Conselho de Direitos Humanos a 01 de julho.

Essa resolução assinala que as pessoas com perturbações mentais estão mais sujeitas a discriminação, exclusão e violência, a “institucionalização ilegal ou arbitrária” e a práticas de “sobremedicação”.

Face a isso, a resolução apela aos Estados que “tomem medidas ativas para integrar a perspetiva de direitos humanos nos serviços de saúde mental” e “promovam o direito de todos à inclusão total e à efetiva participação em sociedade”.

Em Londres
Uma mulher em Londres tornou-se na primeira a dar à luz depois de ter visto a sua fertilidade restaurada com tecido do seu...

Moaza Al Matrooshi, de 24 anos, retirou o ovário direito aos nove anos de idade por causa de um tratamento de quimioterapia para uma doença grave de sangue, segundo a Universidade de Leeds, local onde o ovário foi congelado.

A sua fertilidade foi restaurada após o tecido preservado ter sido transplantado o ano passado, referiu a universidade.

“É a primeira vez que o procedimento é feito com sucesso numa menina em pré-puberdade e eu estou feliz que esta jovem tenha tido o seu bebé”, disse Helen Picton, chefe da divisão de reprodução e desenvolvimento inicial da universidade.

A jovem deu à luz na terça-feira num hospital privado de Londres.

“É um milagre. Estive tanto tempo a esperar por este resultado (…) um bebé saudável”, disse a jovem à BBC.

Moaza Al Matrooshi, nacional do Dubai, nasceu com talassemia beta, uma doença de sangue que reduz a produção de hemoglobina e pode ser fatal.

A jovem teve de fazer quimioterapia para se preparar para um transplante da medula óssea para tratar a doença, mas o tratamento danificou o seu ovário remanescente, fazendo com que iniciasse a menopausa aos 20 anos, explicou a universidade.

“Após o transplante, os seus níveis hormonais começaram a voltar ao normal, ela começou a ovular e a sua fertilidade foi restaurada”, acrescentou.

Segundo o presidente da Sociedade Britânica de Fertilidade, Adam Balen, aquele é um “passo inovador nesta área de preservação da fertilidade e tem potencial para ajudar muitas jovens que enfrentam tratamentos de cancro a preservar a sua fertilidade no futuro”.

Hospital São João
A associação “Um Lugar para o Joãozinho”, que visa construir uma ala pediátrica no hospital São João, no Porto, defendeu que...

“Esta obra tem de ser feita. Por isso, já a seguir, vou pedir ao senhor Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que convoque uma reunião com as diferentes partes envolvidas – Administração do HSJ, Direção da Associação Joãozinho, Administração do Continente/Sonae e Administração do Consórcio Lucios-Somague – para tratar de dois pontos, um que está a impedir a obra, outro que assegura uma parte significativa do seu financiamento futuro”, indica o presidente da associação, Pedro Arroja, num email hoje remetido ao presidente do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) e ao Ministério da Saúde.

Na missiva, a que a Lusa teve acesso, Pedro Arroja defende o “desimpedimento imediato do espaço por parte do hospital para que a obra possa prosseguir” e a “prossecução do dossier Mecenas-Continente, que garante uma parte importante do financiamento futuro da obra”.

No documento, o responsável tece duras críticas ao parecer jurídico divulgado em outubro sobre a construção da nova ala pediátrica financiada pelo Continente Hipermercados, em troca da construção de um supermercado no terreno do hospital.

“Caro Dr. Oliveira e Silva [presidente do CHSJ], já deve antecipar o valor que eu atribuo ao parecer, aliás, nota jurídica, da autoria do Dr. Vasco Moura Ramos – zero. Um papel feito de generalidades, banalidades e suposições falsas e mentirosas e, no fim, inconclusivo – como não podia deixar de ser para quem não sabe daquilo que está a tratar”, pode ler-se.

Ainda sobre o parecer, Pedro Arroja refere ter existido um “conflito de interesses” por parte do autor, advogado da Cuatrecasas, sociedade que contra ele “tinha apresentado uma queixa-crime” por difamação.

“Aproxima-se mais um Natal e as crianças continuam internadas num barracão”, escreve Pedro Arroja, acrescentando: “um dia estas crianças vão-nos perguntar por que é que não fizemos esta obra, se a comunidade estendeu as mãos para reunir os recursos que a tornam possível”.

Contactado, o Centro Hospitalar de São João escusou-se a comentar o assunto.

No final de outubro, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que o projeto “Joãozinho” é “um problema que tem de se resolver”.

O “Joãozinho” nasceu em 2009 e em março de 2015 foi lançada a primeira pedra da obra pelo então primeiro-ministro, Passos Coelho. O projeto só avançou nove meses depois com a demolição de instalações junto à Urgência Pediátrica, mas a obra voltou a parar pouco tempo.

Bastonária revela
Quase metade das farmácias portuguesas estão em situação de insolvência ou de grande fragilidade económica, revelou a...

Ana Paula Martins falava numa conferência subordinada ao tema “A transparência nas relações entre os Profissionais de Saúde e a Indústria Farmacêutica”, que contou ainda com a participação da Ordem dos Médicos, da Apifarma (associação da industria farmacêutica) e do Infarmed (autoridade do medicamento).

Num universo de três mil farmácias, “há cerca de 500 em insolvência, 800 em grande fragilidade económica e 1.500 não pagam aos fornecedores”, afirmou a bastonária, lembrando que esta realidade ainda é um reflexo da crise das farmácias.

Em situações destas, em que os farmacêuticos têm de gerir com menos dinheiro, “há um risco adicional de haver práticas menos corretas, sim”, admitiu Ana Paula Martins, defendendo, contudo, que nem na situação de maior fragilidade, um farmacêutico se pode deixar levar pelas más práticas.

“É um farmacêutico, antes de mais, e o primado do farmacêutico é o doente, é o cidadão, temos de manter completamente longe as questões de má prática. Não podem acontecer nunca”, afirmou, sublinhando que quando a prescrição é por DCI (denominação comum internacional), o farmacêutico tem de vender um dos cinco genéricos mais baratos.

Todo o painel de debate sobre a transparência girou em torno da ideia de que as más práticas ou a corrupção entre profissionais da saúde e da indústria farmacêutica podem ser apetecíveis, mas que não existe área na sociedade portuguesa mais transparente, mais legislada e mais escrutinada do que esta.

Relativamente aos congressos científicos, em Portugal ou no estrangeiro, em que os médicos participam e que são pagos pelos laboratórios, todos (representantes dos médicos e da área do medicamento) foram unânimes em considerar que não se trata de “influência”, mas sim de “conhecimento”.

O próprio presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, considerou que a “formação médica permanente é fundamental”.

“Não quero ir a um médico que nunca foi a um congresso ou viu um ‘paper’ científico”, afirmou.

No debate foi ainda recordado que só entre 2015 e 2016 houve 50 alterações ao quadro normativo do medicamento, que a legislação é muito rigorosa, que todas as declarações de interesses têm de estar publicadas na plataforma do Infarmed, que em termos de autorregulação, os profissionais têm de ser mais rápidos e eficazes.

Miguel Guimarães, presidente do Conselho Regional Norte da Ordem dos Médicos, e candidato a bastonário, afirmou a este propósito que “se tudo fosse escrutinado em Portugal como acontece hoje com os médicos e os farmacêuticos, estaria tudo melhor em Portugal”.

“É impossível ser mais transparente. É ler os protocolos”, afirmou.

João Almeida Lopes acrescentou que nesta área “Portugal é um país exemplar, em termos de leis, deontologia e autorregulação”, e, citando o responsável da Ordem dos Médicos, considerou que bem estaria o país “se este exemplo fosse utilizado noutras atividades”.

Dia Internacional do Chá
Com mais de cinco mil anos, o chá é das bebidas mais populares do mundo, fazendo parte da tradição d

Existem diferentes tipos e variedades de chá e várias tradições associadas ao seu consumo. Por exemplo, nos países orientais ditam os costumes que a refeição seja acompanhada por chá quente. Mais especificamente na China, ao longo dos séculos, o chá teve um papel central em muitas festas e eventos de degustação.

Mais tarde, depois  dos portugueses o levarem para o Reino Unido, o tradicional “chá das cinco” tornou o chá ainda mais famoso.

Mais do que uma bebida, beber uma chávena de chá é um ritual e um momento de relaxamento de partilha e de convívio.

Apesar de existirem diferentes variedades de chá, esta bebida tem em comum o facto de ser elaborada a partir das folhas da Camellia Sinesis.

É a mesma planta, a Camellia Sinesis, que através do processo de oxidação e secagem das folhas dá origem a quatro tipos de chá, com sabores e aromas diferentes: o chá branco, chá verde, chá oolong e chá preto.

Depois das folhas serem colhidas, o momento em que é interrompido o processo natural de oxidação é o fator que determina o tipo de chá que vamos ter.

O mais leve e suave é o chá branco que não sofre o processo de oxidação, ou seja é um chá elaborado com folhas jovens e flores acabadas de apanhar. Este chá tem um teor de cafeína ligeiramente mais reduzido e é o que apresenta uma maior riqueza em antioxidantes.

Uma breve e ligeira oxidação das folhas de Camellia Sinesis vai dar origem ao chá verde, que preserva o seu poder antioxidante, mantendo a sua riqueza em bioflavenoides como as catequinas (galato de epigalocatequina) - substâncias responsáveis por neutralizar a ação dos radicais livres que causam o envelhecimento celular prematuro. Para além disso, o consumo do chá verde está associado a uma menor prevalência de alguns tipos de cancro e tem mostrado ser um bom aliado da saúde do sistema cardiovascular e da memória.

Por sua vez, um processo de oxidação de duração média (entre o chá verde e o preto), vai dar origem ao chá oolong, um chá elaborado com folhas parcialmente oxidadas.

Já o chá preto, o mais intenso, é elaborado com folhas que foram sujeitas a um processo de oxidação significativamente mais longo.

De acordo com a região onde é produzido, o chá preto, pode ter outras designações como, Darjeeling, Assam, Ceilão ou Nilgiri.  

O chá preto parece ser ter uma ação positiva na capacidade cognitiva, uma vez que contribui para uma melhor capacidade de concentração e de resposta.

Apesar dos benefícios do chá, a dose diária aconselhada é de duas canecas, de preferência ao início do dia, devido ao seu poder estimulante, uma consequência da presença de teína na sua composição.

A teína, também conhecida como cafeína do chá, está desaconselhada a pessoas com hipertensão ou hipertiroidismo. Para além disso, a sua toma deve ser evitada ao final do dia por gestantes e pessoas com problemas de sono, de forma a evitar as insónias.

Por outro lado, as infusões a que muitas vezes chamamos “chás de ervas” e que são preparadas e elaboradas através de folhas, flores ou raízes de outras plantas secas são na realidade tisanas, como por exemplo, tisana de camomila, cidreira, tília, lúcia lima, cavalinha, dente de leão, entre outras.

O chá e as tisanas podem ser bebidos ao longo do dia e à refeição. A seguir à água, são uma excelente forma de manter o organismo hidratado, enquanto protegemos o nosso corpo, graças à ação das substâncias antioxidantes.

O chá é uma bebida versátil, e de acordo com o tipo de chá, dos diferentes aromas e dependendo das suas propriedades, pode ser consumido quente ou frio, em distintos momentos do dia.

Ao pequeno-almoço o chá pode ser utilizado como alternativa ao café e é uma excelente forma de promover a hidratação logo no início do dia. Durante a manhã e a tarde, o chá pode complementar um snack ou pode ser uma alternativa saborosa e aromática à água.

Em vez de sumos e bebidas artificiais, o chá pode ser um excelente acompanhante das refeições principias.

Ao final do dia, podemos escolher uma tisana com propriedades calmantes e relaxantes, depois de uma refeição, o ideal será escolher uma infusão digestiva.

As tisanas, muitas vezes utilizadas como remédios caseiros, apesar de serem naturais requerem determinados cuidados. Algumas quando consumidas em excesso podem ter efeitos indesejáveis, como por exemplo efeitos abortivos, elevação da pressão arterial, ou alteração do efeito de alguns fármacos, como por exemplo, a tisana de hipericão que reduz o efeito dos anti contracetivos orais.

No momento de preparar um chá, sempre que possível opte pelas folhas secas, uma vez que estas têm mais espaço para se expandirem e em contacto com a água libertarem o seu aroma e sabor.

De preferência opte pelas folhas de agricultura biológica, embaladas em vácuo e confirme se estão devidamente identificadas.

Por outro lado, as saquetas revelam-se uma opção mais prática, uma vez que não é necessário utilizar outros acessórios como os coadores, por exemplo.

Para preparar um verdadeiro ritual de degustação de chá, idealmente, a água deve ser mineral e mesmo antes de começar a ferver devemos adicionar as folhas, flores ou saquetas que deverão ficar em repouso cerca de 3 a 8 minutos, dependendo da variedade do chá ou tisana.

O tempo de infusão é indicativo, mas um tempo de infusão mais longo vai refletir-se num chá com sabor e aroma mais intenso.

No final, evite adicionar açúcar, podendo optar por infusões mais leves ou com aromas frutados, se preferir os sabores doces. Pode ainda optar por adicionar canela, gengibre ou leite.

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Infarmed
Infarmed afirma que até ao final do ano estarão aprovados 50 novas substâncias, das quais 20% são para tratar vários cancros.

Até ao final do ano, a Autoridade Nacional do Medicamento vai ter aprovados 50 novas substâncias inovadoras, das quais 20% são para o tratamento de vários tipos de cancro. Será o maior número de medicamentos aprovados desde que há registos, escreve o Diário de Notícias. Só 2014 se aproxima destes valores: na altura foram aprovados 45 inovadores. O ministro da Saúde reforçou que a aposta do governo é na prevenção e diagnóstico precoce do cancro. Estima-se que por ano surjam cerca de 50 mil novos casos da doença.

"Neste momento, estão aprovados mais de 40 medicamentos inovadores. Dez, que já estão terminados, são para a área da oncologia. Mama, linfoma, entre outros. Até ao final do ano, serão 50 aprovações. Será o maior número desde que há registos no Infarmed (2007)", afirmou Henrique Luz Rodrigues, presidente do Infarmed, que participou no debate "Cancro 2020 - Podemos fazer ainda melhor". O responsável salientou o esforço de organização que permitiu que em três meses fosse possível reduzir os atrasos na aprovação de medicamentos. Mudança que se deu depois de em junho ter sido aprovada a Comissão de Avaliação de Tecnologias de Saúde, que conta com cem peritos. Em breve, mais 20 deverão ser contratados para reforçar o serviço.

"O financiamento é um problema, dado os custos associados à terapêutica. Precisamos de apoio da indústria", afirmou o presidente do Infarmed, recordando a reunião realizada na semana passada, em Lisboa, que juntou vários ministros europeus e laboratórios. Também o ministro de Saúde, Adalberto Campos Fernandes, recordou a reunião para dizer que este tem de ser um esforço de todos, lembrando ainda o objetivo de terminar com as autorizações de utilização excecional (AUE), mecanismo usado quando os medicamentos ainda não estão aprovados pelo Infarmed. "Tem sido possível ter um diálogo direto com a indústria para estabelecer acordos estratégicos aplicados casos a caso. Tudo faremos para em 2017 terminar com as AUE, que não são boas para os doentes, hospitais, para o Estado. Foram 60 milhões de euros que resultaram de atrasos na decisão da agência do medicamento", afirmou o ministro da Saúde.

Ouvidos no Parlamento
Autores do estudo que detetou carências de iodo entre as crianças portuguesas vão ser ouvidos no Parlamento. A fortificação...

Legislar para que seja obrigatório que o sal que os portugueses consomem contenha iodo é uma das várias propostas que os investigadores do projeto IoGeneration, que fez um estudo sobre a deficiência deste micronutriente em crianças, vão apresentar nesta quarta-feira na Comissão Parlamentar da Saúde.

Os investigadores, segundo o jornal Público, vão pedir aos deputados que iniciem a discussão para a criação de legislação sobre a fortificação universal do sal com iodo, de forma a que sejam atingidos os níveis recomendados, garantindo, ao mesmo tempo, que não são ultrapassados os limites diários impostos ao consumo de sal por pessoa. A fortificação universal do sal com iodo como principal medida para prevenção e controlo dos distúrbios originados pela deficiência deste micronutriente é recomendada há mais de duas décadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sublinhando que a deficiência de iodo é um grave problema de saúde pública, Conceição Calhau, investigadora principal do IoGeneration , defende que, além da legislação, há outras “ações que são imperativas”, como a divulgação e a comunicação sobre este problema que ainda é “muito desconhecido em Portugal”. É ainda fulcral, diz, monitorizar a situação para perceber se as recomendações estão ou não a ser cumpridas.

“Queremos resolver um problema que tem sido silenciado em Portugal. Queremos que seja colocado na agenda política”, afirma. Devido à inadequada ingestão de iodo as crianças “não nascem com o potencial máximo de desenvolvimento” do sistema nervoso central, afirma. Isto “quando este problema é facilmente prevenível”, prossegue Conceição Calhau.

Em Portugal, as carências deste micronutriente são conhecidas desde há algum tempo. Ao longo dos últimos 10 anos, foram sendo publicados resultados de estudos que apontam para a carência de iodo quer em grávidas, quer em crianças. Um deles, divulgado em 2010, do Grupo de Estudo da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, com uma amostra de 3631 grávidas em 17 maternidades do interior, litoral e regiões autónomas, mostrava que 83% das mulheres tinham valores de iodo inferiores aos recomendados.

32% das crianças com carência
Face a esta evidência epidemiológica, em 2013, a Direcção-Geral da Saúde emitiu uma orientação recomendando a prescrição de suplementos com iodo às mulheres antes da gravidez, durante a gravidez e durante a amamentação, enquanto a Direcção-Geral da Educação fez sair uma circular em que determinava que os refeitórios das escolas deviam usar apenas sal iodado.

Três anos depois, os resultados do estudo efetuado pelo IoGeneration (que avaliou 2018 crianças, entre os seis e os 12 anos, de 83 escolas do Grande Porto, do Tâmega e de Entre Douro e Vouga) permitiram perceber que estas recomendações não surtiram grande efeito. Em nenhuma das cantinas das escolas envolvidas no estudo era usado sal iodado, 68% dos pais desconheciam a existência de sal iodado, apenas 2% o usavam em casa e 32% das crianças tinham níveis insuficientes deste micronutriente.

Persiste, lamenta Conceição Calhau, um grande desconhecimento sobre este matéria. O iodo  é um micronutriente essencial à síntese das hormonas da tiroide, as quais são cruciais para o neurodesenvolvimento. A deficiência de iodo compromete este desenvolvimento em qualquer fase da vida mas, quando isto acontece durante a gravidez ou nos primeiros anos de vida, o impacto será mais evidente, porque estas são as fases de maior relevância no neurodesenvolvimento.

O problema não é um exclusivo português. No mundo, um terço das crianças têm deficiência de iodo e os países têm tentado encontrar várias soluções para prevenir este problema.

O projeto IoGeneration durou um ano, foi liderado por uma equipa do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto com a colaboração da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário e da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Noruega.

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