Especialista diz
As doenças transmitidas por alimentos estão subdiagnosticadas e subnotificadas, disse uma especialista em segurança alimentar,...

“Para a maior parte das doenças, o que é capturado pelas autoridades de vigilância da saúde públicas representa apenas uma pequena fração das doenças que ocorrem na realidade”, uma situação que “é transversal à maioria dos países”, adiantou Sara Monteiro Pires, que vai participar na quinta-feira no Fórum do Prado ao Prato – Informar para viver melhor.

Segundo a investigadora do Instituto Nacional de Alimentação, da Universidade Técnica da Dinamarca, há dados de vigilância epidemiológica recolhidos pela Direção-Geral da Saúde, mas “ainda há muita subnotificação e subdiagnóstico”, apesar do reconhecimento da importância da segurança alimentar ser crescente.

“Portugal não está nada atrás de outros países europeus a nível de segurança alimentar. As autoridades e a indústria têm tido um papel extraordinário, sobretudo na última década, para prevenir doenças de transmissão alimentar. O que falta são dados”, realçou.

O número de casos reportados é sempre inferior ao número de casos reais, até porque nem sempre as pessoas doentes vão ao médico: “As pessoas que têm uma gastroenterite, a maior parte das vezes assumem que é autolimitante, que tem curta duração e que passa sem tratamento e quando vão ao médico estes nem sempre requisitam uma amostra”, explicou a especialista.

Normalmente, os casos reportados em Portugal estão associados a surtos, mais ou menos focados num grupo de pessoas que consumiram alimento contaminados e que ficaram doentes, o que leva a uma investigação e posterior notificação do surto.

Mas “há com certeza muitos outros casos esporádicos, que não são diagnosticados e que não aparecem nas estatísticas”, sublinha Sara Monteiro Pires.

As doenças transmitidas pelos alimentos apresentam diferenças regionais. As últimas estimativas para a região europeia alargada, que abrange cerca de 50 países, indicam que os agentes mais importantes são bactérias e vírus que causam gastroenterites diarreicas, nomeadamente a Campylobacter, a salmonela e o norovirus.

Em Portugal, ainda não há estimativas que permitam fazer um ‘ranking’ de doenças com maior incidência, mas segundo Sara Monteiro Pires a salmonelose permanece no topo dos casos reportados.

“Há imensos fatores que contribuem” para este tipo de doenças, mas a maior parte está associada a agentes com origem animal.

A contaminação pode ocorrer nas várias fases da cadeia alimentar, mas a maior parte dos agentes acaba por morrer se os alimentos forem cozinhados de forma adequada.

A especialista em avaliação de risco em segurança alimentar e saúde pública destacou igualmente a importância de pôr este tipo de doenças na agenda política para “mostrar que não são apenas um problema de países pouco desenvolvidos ou com fraca higiene”.

Os estudos que estão a ser desenvolvidos, explicou, permitem encontrar indicadores para comparar doenças, regiões, identificar os agentes mais importantes e identificar quais os alimentos mais importantes para intervir na segurança alimentar.

Segundo especialistas
O cancro do pulmão continua a ser o tipo de tumor que mais mata, mas nos últimos anos têm surgido novos tratamentos com ...

O presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, Fernando Barata, admite que as novas terapêuticas têm apresentado resultados extraordinários, nalguns casos permitindo duplicar o tempo de sobrevida dos doentes, com qualidade.

“O que se passou nos últimos dois anos foi muito animador e trouxe grande entusiasmo para a comunidade médica e para os doentes. Houve importantes avanços e inovação nesta área”, afirmou o especialista.

Estes avanços terapêuticos são um dos temas principais do 7.º Congresso Português do Cancro do Pulmão, que irá discutir por exemplo a resposta à pergunta “Será possível encarar o cancro do pulmão como uma doença crónica?”.

“Continua apesar de tudo, mesmo hoje, a ser a doença que mais mata entre as várias doenças oncológicas. O cancro do pulmão continua a ser uma doença grave. Mas, sim, nós estamos a conseguir paulatinamente avanços importantes. Devo deixar uma palavra de esperança para estas novas terapêuticas e em relação ao que elas têm conseguido para os doentes que têm condições clínicas e analíticas para as fazerem”, refere Fernando Barata.

Há bons resultados nas novas terapias, quer nas que abordam a doença na fase inicial (cirurgia e radioterapia), quer as que se destinam a fases mais avançadas: as terapêuticas alvo e a imunoterapia.

Nas terapêuticas alvo são identificados, na superfície da célula tumoral, recetores que, ao serem bloqueados, levam à morte da célula.

Segundo Fernando Barata, esta terapêutica trouxe “elevada eficácia, mais baixa toxicidade e maior duração da resposta”.

Nem todos os tumores podem ser tratados através de terapêuticas alvo (darão para cerca de 20 a 25% dos casos), mas estes tratamentos conseguiram duplicar o triplicar o tempo de sobrevida dos doentes com qualidade.

Um doente numa fase de cancro do pulmão avançada tinha uma sobrevivência mediana de oito ou dez meses, hoje tem 18 meses, 24 meses ou mais.

A imunoterapia tem tido resultados muito similares no combate ao cancro do pulmão.

“Os resultados têm sido extraordinários em termos de mais vida, baixa toxicidade e enorme qualidade de vida. Há doentes que voltaram a ficar assintomáticos e a fazer a sua vida normal, em termos familiares e sociais”, explica o presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão.

Mas também a imunoterapia não é aplicável a todos os doentes com cancro do pulmão, embora o número de potenciais beneficiados possa ser superior ao da terapêutica alvo.

Fernando Barata alerta para a necessidade de selecionar bem os doentes que possam clinicamente beneficiar efetivamente da imunoterapia, até porque é uma terapêutica com custos elevados.

O cancro do pulmão representa mais de 20% das mortes causadas por doença oncológica. O tabaco continua a ser o principal responsável, com 85% das mortes por cancro do pulmão a serem atribuídas direta ou indiretamente ao tabaco.

Em 2014, o cancro do pulmão foi responsável por 19.380 anos potenciais de vida perdidos em Portugal.

Tudo sobre a doença
A prevenção primária e a detecção precoce são as medidas mais eficazes e determinantes para a reduçã

 

A catarata é uma doença que aparece com a idade ou em consequência de uma doença sistémica. Gradualmente, a sua visão começa a tornar-se turva e os objectos deixam de lhe parecer brilhantes ou vivos como anteriormente. O aparecimento destes sintomas pode indicar o desenvolvimento de uma catarata. Convém consultar um oftalmologista de modo a saber se é recomendável ser submetido à cirurgia de catarata para melhorar a qualidade da sua visão.

A escolha do tipo de técnica cirúrgica é uma decisão que compete ao oftalmologista, após uma conversa de esclarecimento com o doente, que deverá compreender todo o procedimento que envolve ser submetido a uma cirurgia. Para tomar a decisão de se submeter a uma cirurgia é importante esclarecer todas as suas dúvidas.

De seguida, serão apresentadas algumas questões que o ajudarão a perceber os vários tipos e causas de cataratas, para que possa tomar a sua decisão.

O que é uma catarata e o que a causa?

O olho humano funciona como uma máquina fotográfica. Os raios visuais são focados pelo cristalino na retina, a camada de fotorecetores que funciona como o filme da câmara fotográfica, no fundo do olho.

No olho normal, os raios luminosos passam através do cristalino transparente e são focados na retina, o que dará origem a uma imagem clara e brilhante.

Com o avançar da idade, o cristalino continua a crescer, adicionando camadas às existentes na superfície. Com o evoluir do tempo, o cristalino endurece e perde transparência, o que resulta numa visão turva ou imperfeita.

Nesta situação clínica, a catarata está relacionada com a idade. É um processo normal e que, mais tarde ou mais cedo, ocorre em todas as pessoas.

Se o processo de formação da catarata afeta apenas uma pequena área do cristalino e se não é central, a sua visão pode não ser atingida ou grandemente perturbada. Se, pelo contrário, o processo é severo, atinge a zona central ou todo o cristalino e a sua visão é fortemente afetada.

Ainda que a catarata ocorra usualmente em ambos os olhos, raramente se desenvolve ao mesmo tempo em ambos os olhos.

Quais serão as outras causas de catarata?

Há outros tipos menos comuns de cataratas e que não estão relacionadas com o envelhecimento. Destaquemos alguns desses tipos:

Catarata congénita – Ocorre nas crianças e pode ser hereditária ou devida a traumatismos do parto. Algumas ocorrem sem qualquer causa óbvia.

Catarata secundária – É causada por doenças ou cirurgia prévia aos olhos. A formação de cataratas secundárias pode ser acelerada por doenças crónicas, como a diabetes ou o uso excessivo de esteróides.

Catarata traumática – A causa é um traumatismo ocular. O seu aparecimento pode surgir imediatamente após o traumatismo ou desenvolver-se lentamente meses ou anos após o acidente.

Quais são os sintomas das cataratas?

Os doentes que apresentam cataratas podem apresentar um ou alguns dos seguintes sintomas:

  • Sensibilidade à luz ou deslumbramento, especialmente à luz solar intensa ou aos faróis dos outros carros ao conduzir;
  • Redução da noção de profundidade;
  • Aumento das dificuldades de leitura, o que requer múltiplas mudanças de óculos;
  • Perda das cores vivas;
  • Distorção ou imagens fantasma;
  • Turvação ou escurecimento das imagens;
  • Diminuição da acuidade visual.

Mitos

Há alguns conceitos muito divulgados e que estão incorretos pelo que devem ser corrigidos.

A catarata NÃO É:

  • Uma membrana a crescer por cima do olho;
  • Um tumor, cancro ou infeção;
  • Uma causa irreversível de cegueira;
  • Uma doença contagiosa que se transmite de olho para olho e de pessoa para pessoa.

Como se faz o diagnóstico de uma catarata?

O uso de uma lâmpada de fenda ou um biomicroscópio permite ao oftalmologista o exame tridimensional e magnificado do cristalino. Através do exame biomicroscópico pode-se detetar a presença da catarata, assim como qualquer outra doença que provoque uma acuidade visual turva ou desconforto ocular.

Após o diagnóstico de uma catarata e para se analisar e preparar a intervenção cirúrgica, é necessário efectuar alguns exames complementares, nomeadamente:

  • Topografia corneana;
  • Microscopia especular;
  • Biometria com cálculo da potência da lente intraocular;
  • Ecografia ocular.

A CIRURGIA DE CATARATA

Quando se deve efectuar a cirurgia de catarata?

Antigamente, existia o conceito de que só se devia operar a catarata quando o doente já não visse nada. Hoje, se a visão estiver um pouco turva e perturbar as actividades diárias, deve considerar-se a possibilidade de cirurgia.

A cirurgia é o único meio para remover a catarata. Nenhum outro tratamento pode remover a catarata, quer sejam gotas, exercícios ou óculos. Refira-se também que nenhum tratamento, gotas ou óculos, irá influenciar a evolução da catarata. Esta irá aumentar de acordo com uma evolução própria que varia de pessoa para pessoa.

A cirurgia à catarata deve ser efectuada por um oftalmologista com experiência cirúrgica.

Qual a técnica que se utiliza na catarata?

Actualmente, há duas técnicas para a realização da cirurgia de catarata, a técnica convencional, chamada de facoemulsificação, e o laser, uma cirurgia inovadora e de vanguarda. A consulta e exames pré-operatórios serão decisivos para a escolha da técnica mais adequada.

A técnica facoemulsificação envolve a execução de duas incisões, uma maior de 3mm e outra de 1mm na córnea, através das quais o cirurgião introduz a ponta do facoemulsificador (a maior), um instrumento de ultrasons de alta frequência, com o qual se desfaz e aspira o núcleo (centro) da catarata. O restante da catarata é aspirado com a ponta de irrigação-aspiração. A incisão menor serve para utilizar o manipulador ou instrumento de ajuda.

A técnica de laser representa um passo inovador e qualitativo para os doentes, e consiste na utilização de um equipamento de vanguarda, o Femtofaco LenSX, com elevados  índices de segurança e precisão.

Após a remoção da catarata, independentemente da técnica, é implantada ou colocada uma lente intra-ocular no espaço da catarata. Esta nova lente intra-ocular vai permitir a focagem do feixe luminoso na retina. A lente intra-ocular vai tornar-se parte permanente do olho, ao contrário das lentes de contacto que são retiradas e colocadas diariamente.

Na maior parte dos casos, é colocada a lente intra-ocular (LIO) no saco capsular, tratando-se assim de uma LIO posterior. Se a técnica utilizada for a focoemulsificação, usa-se uma lente desdobrável, que entra enrolada e só se abre dentro do olho. Se, pelo contrário, a LIO é colocada à frente da íris ou na câmara anterior, chama-se LIO de câmara anterior.

Por último, só em alguns casos é preciso suturar a incisão, pois se a técnica for facoemulsificação e se usar uma LIO desdobrável, não é preciso suturar (dar pontos).

CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

Quais são os cuidados pré-operatórios?

Como já foi referido, é necessário realizar alguns exames antes da operação para definição de qual a técnica, tipo de LIO ou cuidados a ter.

Algumas recomendações serão feitas ao doente pelo cirurgião, como ir para a clínica em jejum ou comer até uma determinada hora. Na clínica ser-lhe-ão colocadas gotas antes da intervenção cirúrgica.

No bloco operatório, o olho a operar será desinfectado, e será aplicado um campo operatório esterilizado para protecção da zona operatória.

Qual o tipo de anestesia a usar?

A cirurgia da catarata não necessita de uma anestesia geral. Hoje, a cirurgia realiza-se com uma anestesia tópica (gotas) e com sedação dada por via sistémica. Este tipo de anestesia permite que o doente não sinta qualquer dor e não se lembre de nada.

INTERNAMENTO

Quanto tempo fica na clínica?

Hoje em dia, a cirurgia de catarata não precisa de vários dias de internamento.

A cirurgia de catarata é um procedimento cirúrgico que pode ser efectuado em regime ambulatório ou com internamento de curta duração (24 horas) conforme o tipo de doente ou técnica que se usa. Com as técnicas actuais, o doente pode retomar logo de seguida a sua actividade diária.

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

Qual é o processo de recuperação?

O actual procedimento permite que não haja necessidade de tapar o olho operado, devendo somente repousar com tranquilidade e depois regressar a casa. Esta tranquilidade é essencial para evitar complicações, nomeadamente hemorragias, infecções ou outro tipo de problemas.

Alguns outros cuidados a ter são os seguintes:

  1. Aplicar as gotas prescritas correctamente;
  2. Esperar 3 a 5 minutos entre cada tipo de gotas;
  3. Não esfregar ou pressionar o olho;
  4. Não executar tarefas perigosas enquanto recupera a visão;
  5. Não recomeçar actividades intensas sem autorização do oftalmologista.

Quais os controlos pós-operatórios?

O doente deverá efectuar alguns controlos pós-operatórios, geralmente 2 a 3 exames nas primeiras 6 a 8 semanas. Nestas consultas, vai-se controlando o processo de cicatrização e recuperação funcional da visão do olho operado.

Por vezes, quando se utiliza LIOs posteriores, ao fim de alguns meses ou anos, a cápsula posterior onde a lente está apoiada pode “sujar-se” ou opacificar, o que provocar uma visão algo embaciada. O oftalmologista, com recurso a um laser YAG, vai abrir o centro desta cápsula, um procedimento indolor e eficaz, sem precisar de internamento, e com recuperação imediata.

É necessário usar óculos depois da cirurgia?

Os doentes que usavam lentes bifocais/progressivas ou somente lentes para perto, vão continuar a precisar de, pelo menos, óculos para perto, ainda que hoje já haja lentes intra-oculares progressivas/multifocais e, em alguns casos, possam ser implantadas.

OUTRAS QUESTÕES

Para além das questões que foram expostas, há quem considere alguns outros parâmetros, como sejam comparar os potenciais benéficos e os possíveis riscos.

Quando se pondera a possibilidade da cirurgia deve-se pensar-se em:

Quais os riscos de complicações?

Como em qualquer cirurgia, um bom resultado não pode ser garantido por ninguém. Mas é importante referir que 95 a 97% das cirurgias a cataratas decorrem sem qualquer tipo de complicações. Ainda que raras, as complicações podem ocorrer durante ou após a cirurgia, impondo algumas limitações visuais.

O que acontece se não for operado?

Com algumas excepções, a presença da catarata vai evoluir sem que se possa modificar a sua progressão com a respectiva perda de visão. Contudo, o esperar, ainda que não coloque em risco a recuperação da visão, vai colocar alguns problemas de técnica motivado pelo endurecimento da catarata.

Recorde-se que 90 a 95% dos doentes se sentem satisfeitos com o resultado da cirurgia. Mas lembre-se que a cirurgia da catarata não irá melhorar uma má visão provocada por outras doenças, como sejam a diabetes ou tromboses.

Por último, a decisão é sua, mas lembre-se que a catarata é uma causa comum de perda de visão no processo de envelhecimento. Quanto mais idoso, maior a possibilidade de ter uma catarata que interfere com a sua qualidade de vida. Logo, é de considerar fortemente a possibilidade de realizar uma cirurgia que é segura, com bons resultados e quase nenhumas complicações.

As novas técnicas, como o laser, oferecem-lhe uma nova qualidade de vida, segurança e precisão.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
13 de outubro - Dia Mundial da Visão
Colaboradores da Alcon e do grupo Novartis em Portugal vão pedalar para apoiar a organização sem fins lucrativos Optometry...

A Alcon, empresa líder mundial nos cuidados da visão, vai desafiar os seus colaboradores e das outras empresas do grupo Novartis a apoiar a organização sem fins lucrativos Optometry Giving Sight’s através do desafio “Pedalar pela Visão 20/20”. Para celebrar o Dia Mundial da Visão, a 13 de outubro, a Alcon vai também promover a importância dos rastreios visuais para a deteção de doenças oftalmológicas, desafio que será lançado a todos os colaboradores do Grupo Novartis.

No Dia Mundial da Visão, a Alcon vai promover a participação do maior número possível de colaboradores neste desafio, que ocorre em todos os países em que está presente. Para isso, cada colaborador terá de pedalar, pelo menos, 20 minutos e 20 segundos em cima de uma bicicleta que pode ser estática ou não. Os países que atingirem este objetivo, habilitam-se a receber 5.000 dólares que podem atribuir a uma organização local à sua escolha.

O projeto “Pedalar pela Visão” (Cycle for Sight, no original) leva empresas em todo o mundo a dirigir a atenção para os cuidados da visão e a angariar fundos para combater as principais patologias oftalmológicas através da investigação e prestação de serviços.

No âmbito desta iniciativa, a Alcon vai disponibilizar um donativo de 25.000 dólares à Optometry Giving Sight’s, que serão distribuídos equitativamente por sorteio a uma organização local em cinco mercados que atinjam os objetivos do desafio “Pedalar pela Visão”.

A organização Optometry Giving Sight distribui fundos para projetos de formação de profissionais de cuidados da visão e construção de centros de diagnóstico da visão, permitindo a disponibilização de tratamentos e dispositivos médicos a baixo custo em comunidades e países onde esses serviços não existem.

Campanha “Conhecer é a melhor forma de Prevenir”
Oito centros comerciais de norte a sul do país disponibilizam informação aos visitantes sobre a relação entre Cancro e Trombose...

Alameda Shop & Spot, Almada Fórum, Armazéns do Chiado, Atrium Saldanha, Fórum Coimbra, Fórum Montijo, Fórum Viseu e Spacio Shopping são os centros aderentes a esta iniciativa promovida pelo Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT). Entre as 13h e as 15h, os visitantes receberão um folheto informativo sobre tromboembolismo venoso (TEV), segunda causa de morte em doentes com cancro.

“Estaremos em espaços públicos de grande afluência para divulgar a importância do TEV e assim alcançar o maior número de pessoas”, explica a Dr.ª Ana Pais, médica oncologista e presidente do GESCAT.

A par desta ação de rua, o dia de amanhã será marcado pela campanha digital “Veste Vermelho Contra o TEV”. O GESCAT desafia todos os portugueses a partilharem uma fotografia com uma peça de roupa vermelha nas redes sociais usando as hashtags #VesteVermelhoContraTEV e #VVTEV.

“O vermelho celebra a vida mas também o dinamismo e a força de todos os que aderirem a esta campanha. Esperamos que o eco mediático desta Campanha possa alcançar os decisores políticos fundamentais para que o TEV possa ser encarado como um problema de saúde pública crescente”, afirma a especialista.

O tromboembolismo venoso (TEV) é uma complicação grave e comum nos doentes com cancro, representando a segunda causa de morte nesta população. Para sensibilizar e consciencializar a comunidade científica, as autoridades políticas e a população em geral, o GESCAT lançou uma campanha, em curso desde o início do mês, reforçando a mensagem “Conhecer é a melhor maneira de prevenir”.

 

No âmbito desta Campanha foi criada, no início do mês, uma página de Facebook (https://www.facebook.com/TEV.pt) onde, diariamente, são partilhadas informações sobre o cancro e o TEV, assim como artigos, notícias ou atualizações científicas sobre o tema. Também nesta página será publicado um vídeo de sensibilização e de apelo à ação, esclarecendo esta relação tão frequente quanto desconhecida.

Em Portugal
A pneumonia, doença que mata cerca de seis mil portugueses por ano e é responsável por quase 42.500 internamentos, será um dos...

Em declarações, o presidente da Fundação Portuguesa de Pneumologia (FPP), José Alves, afirmou que se irá tentar, nomeadamente, perceber porque é que a taxa de mortalidade por pneumonia é superior em Portugal do que em alguns países da Europa.

“Se não somos geneticamente diferentes da população do resto da Europa e o tratamento que se faz, em termos de pneumonias, é semelhante, então porque é que se morre mais em Portugal por esta doença?”, é uma questão a que os especialistas irão tentar responder no encontro.

Na opinião deste pneumologista, uma das explicações é que podem existir “incorreções nas estatísticas”.

Ou seja, referiu o presidente da FPP, o “desvio” poderá estar relacionado com o diagnóstico da morte. “Uma pessoa que tem cancro no pulmão e tem uma pneumonia, a causa da morte é o cancro do pulmão e não é a pneumonia, mas é identificado como sendo a pneumonia”, exemplificou.

“O que sabemos é que a taxa de mortalidade é mais frequente nas pessoas mais idosas e nos doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e que é, de facto, em termos de doença evitável, uma das mais frequentes”, acrescentou o especialista.

Neste âmbito, José Alves considera que “a prevenção é importante” e defende a vacina contra a pneumonia em determinados grupos de doentes.

“Vai impedir que doentes, por exemplo, com neoplasias, com cancro que tem diminuição da capacidade imunológica, tenham pneumonias, ao contrário do que é frequente se não forem vacinados. As pessoas com mais de 65 anos devem ser vacinadas. Fica mais barato ao Estado e é melhor as pessoas gastarem o dinheiro nessa vacina do que estar a sofrer de pneumonia”, acrescentou.

O programa do congresso da FPP, que irá reunir mais de 120 especialistas, inclui uma homenagem a Sobrinho Simões, fundador e presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular, que foi integrado no Instituto de Investigação em Saúde (i3S).

Considerado um dos patologistas mais influentes do mundo, Sobrinho Simões irá ser reconhecido como “Personalidade do ano”.

O VII Congresso da FPP, que decorrerá sob o tema genérico “Pulmão e Ambiente”, serão também apresentados estudos sobre tuberculose, qualidade do ar que respiramos, amianto ou alergias no ambiente urbano.

De acordo com a organização do encontro, as doenças respiratórias em Portugal são a 3.ª causa de internamento por doenças e são a 5.ª causa de morte na população.

Presidente do Conselho Nacional de Educação diz
O presidente do Conselho Nacional de Educação defendeu que Portugal nunca teve alunos tão bons, que o nível de formação dos...

“Nós nunca tivemos tão bons alunos como temos agora”, resumiu hoje o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), David Justino, durante a audição na comissão parlamentar de Educação agendada para discutir o relatório sobre o Estado da Educação 2016.

O ex-ministro da Educação explicou aos deputados que o estudo fez uma avaliação da evolução dos alunos nos últimos anos e lembrou uma das principais mudanças: “Atualmente os miúdos vêm de famílias mais qualificadas porque, em média, a população portuguesa também está mais escolarizada”.

A formação dos encarregados de educação é reconhecida como um dos fatores para o sucesso educativo e David Justino lembrou que “os estudantes têm melhores resultados nos testes internacionais”.

O grande desafio agora é conseguir que a economia e a sociedade consigam gerar as respostas necessárias que respondam ao aumento de qualificações dos portugueses.

“Este é o ponto que temos de olhar com muito cuidado”, alertou.

Outras das boas notícias do relatório são a redução significativa de substâncias aditivas por parte dos estudantes e a melhoria dos indicadores de comportamentos nas salas de aulas.

Sobre os casos de indisciplina, o presidente do CNE defendeu que é preciso compreender os alunos e perceber que nas aulas deve haver períodos de concentração mas também períodos de mais flexibilidade.

Já no que toca a problemas detetados no estudo, o presidente do CNE lembrou as elevadas taxas de retenção e o fenómeno “extremamente surpreendente do aumento imprevisível de Ritalina – um dos medicamentos mais utilizados para combater o deficit de atenção”.

Segundo David Justino, atualmente são vendidas 300 mil embalagens por ano.

“Eu não creio que seja um bom sinal”, resumiu, criticando o facto de em vez de se desenvolverem processos de educação, “tenta-se tratar tudo com medicamentos”.

Sobre o consumo excessivo de Ritalina e o excesso de retenção, Joana Mortágua (do Bloco de Esquerda) questionou a capacidade de o sistema educativo se adaptar às crianças e suas diferenças.

“Temos ou não um sistema educativo que está feito para não saber lidar com crianças irrequietas? Temos ou não um sistema educativo que não sabe lidar com estas crianças e diagnostica como doença? O próprio sistema educativo está ou não excessivamente padronizado e não sabe trabalhar com a diferença?”, questionou a deputada do Bloco de Esquerda.

O CDS sublinhou alguns pontos do estudo como o aumento da retenção, o consumo de Ritalina e a redução da procura do ensino superior para deixar uma pergunta: “Não é o tempo de repensarmos o modelo de ensino de aprendizagem?”.

“Este sistema educativo é eminentemente seletivo. Foi concebido para selecionar”, concluiu David Justino, tendo por base as taxas de retenções no país, que atingem cerca de 30% dos alunos, uma das mais elevadas dos países da OCDE.

Para o presidente da CNE, só devem passar os alunos que sabem, mas para isso é preciso perceber porque é que determinado aluno não sabe e, nesse momento, dar-lhe as ferramentas para que consiga ultrapassar as suas dificuldades.

Assim, acrescentou, não será preciso reprovar, porque os estudantes serão apoiados quando é necessário e o custo da reprovação de um aluno passa a ser canalisado para o apoio dado quando é necessário.

Infarmed
A vacina da tosse convulsa, que esteve esgotada durante uns dias, começou a ser distribuída na terça-feira por mais de 2.700...

Esta vacina esteve esgotada em Portugal durante uns dias “na sequência da decisão das autoridades de saúde internacionais de estender a vacinação às grávidas, o que provocou um aumento da procura superior à capacidade de produção da vacina", segundo a autoridade.

Em comunicado, o Infarmed adiantou a “vacina já se encontra em Portugal, estando neste momento a seguir o seu processo normal de distribuição pelas farmácias do país”.

Na semana passada, e na sequência de uma notícia do Correio da Manhã, a subdiretora-geral da Saúde disse que a vacina esteve “descontinuada por uns dias nas farmácias” devido a um aumento da procura.

A responsável explicou na altura não existia risco para a saúde pública, uma vez que a vacina afeta sobretudo crianças muito pequenas, que ainda não tiveram tempo de a apanhar (só aos dois meses de idade).

Segundo Graça Freitas, a taxa de vacinação em Portugal é de 97/98%, tendo sido registados 260 casos em 205 e este ano pouco mais de 400.

A subdiretora-geral da Saúde lembrou ainda que este ano a vacina da tosse convulsa é comprada e nas farmácias, mas a partir de 01 de janeiro será gratuita e fará parte do Plano Nacional de Vacinação.

Ministério da Saúde
Ministério da Saúde pretender criar um sistema mais eficiente. Para isso, quer utentes mais informados e capazes de tomar...

Um Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais centrado no doente a ponto de ser este a elaborar o seu próprio plano de saúde é um dos conceitos que estão a ser desenvolvidos pelo grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para as reformas de proximidade, coordenado pelo ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Constantino Sakellarides, e que será apresentado e debatido numa conferência nos dias 18 e 19. O objetivo é simples: tornar o SNS mais eficiente e acessível, com utentes mais informados e responsáveis, capazes de controlar e melhorar a sua saúde.

Mas para isso é necessário apostar em três áreas: mais informação, estando para isso prevista a criação de uma biblioteca virtual, depois uma melhor gestão de percursos, ou seja, dotar profissionais e doentes com ferramentas próprias para que todos possam saber onde são tratados, por quem, como ou o que pretendem melhorar, etc., finalmente a requalificação dos espaços de atendimento, tornando-os afáveis e decentes. No final, o Ministério da Saúde espera que os resultados alcançados se traduzam em menos gastos, com a redução de exames e medicação desnecessária. Esta mudança, que assenta num conceito que já está a ser desenvolvido noutros países, como no Reino Unido, poderá levar dez anos a ficar concluída e começará a ser testada com os médicos de família e com alguns dos seus utentes.

Segundo explicou ao Diário de Notícias Constantino Sakellarides, a biblioteca virtual que ficará disponível no Portal do SNS pretende dar aos utentes a informação necessária para que evitem situações de risco e sejam capazes de tomar decisões partilhadas com o médico. Os primeiros conteúdos para consulta vão ficar disponíveis dentro de duas semanas. Dentro de seis meses esperam ter uma nova plataforma capaz de enviar informação às escolas, aos centros de saúde, aos hospitais e às associações de doentes. "Estamos a colocar informação associada ao bem-estar das pessoas. Temos de ter conhecimentos específicos para os momentos críticos com que nos deparamos ao longo da vida. Haverá informação sobre alimentação saudável, gravidez, testamento vital, bullying, prevenção de quedas. Damos informação que vai favorecer a tomada de decisões. É aqui que esta se junta à gestão de percursos."

O que existe agora são normas para tratar cada doença. Mas uma pessoa pode ter várias. Foi por isso que o sistema de saúde inglês criou uma norma de como tratar estes doentes, que passa por fazer planos individualizados de cuidados, e é isso que está a ser discutido em Portugal. Quem é o principal gestor do percurso do utente? "O próprio, que precisa de um cogestor que o ajude a percorrer o SNS. Será o profissional de saúde com quem mais contacta, o médico ou o enfermeiro de família. A lógica é assegurar que todos os que tratam o doente o fazem com profundo conhecimento dos seus antecedentes. Isso só é possível com um plano que é feito entre o doente e o contacto habitual."

E o que é este plano? Será um compromisso em que constará a história de doença da pessoa e ao mesmo tempo os objetivos a que se propõe alcançar para controlar e melhorar a sua saúde. Pode passar pelas queixas constantes, pelas principais preocupações, pelas doenças diagnosticadas, pela redução do colesterol ou da diabetes, não aumentar de peso, etc. Com o médico ou cogestor (o contacto habitual no SNS), o doente definirá um número limitado de compromissos, o que deverá fazer para atingir resultados e em que prazo. Sempre que outro médico tiver de alterar o plano, porque uma das doenças piorou, o cogestor saberá que isso aconteceu. Tal como saberá as ineficiências do sistema: se por exemplo um exame não for feito dentro do prazo, irá surgir um alerta. "Estamos a criar uma plataforma informática e até ao final do ano ter os primeiros planos estabelecidos. As primeiras experiências serão feitas com médicos e utentes voluntários", adianta. Os primeiros a beneficiar serão os utentes com várias doenças, que vão mais ao médico, os que têm mais dificuldades económicas.

O último passo desta mudança é a qualificação dos espaços de atendimento: "Há espaços que são inaceitáveis e grande parte das vezes não é preciso um grande investimento para terem um aspeto decente", justifica Constantino Sakellarides. A juntar a isto há o aspeto relacional. Por isso, vão ser desenvolvidas ações de formação para que os profissionais percebam o papel que têm. "Iremos ver se os espaços foram pensados para passar conhecimento. Há informação que pode passar nas televisões da sala de espera. O que volta ao primeiro ponto: dar informação aos utentes", aponta.

É trabalho para uma década para o grupo consultivo para esta reforma integrado também por Luís Campos, Rui Santana, Humberto Martins, José Luís Biscaia e Manuel Lopes.

Campanha "Olhe Pelas Suas Costas"
Em cada 10 portugueses, 7 sofrem de dores nas costas mas são poucos os que sabem como tratar este problema e a que...

De acordo com o neurocirurgião e coordenador nacional da campanha "Olhe Pelas Suas Costas" Paulo Pereira, "o número de pessoas que sofre de dores nas costas em Portugal é muito elevado e não devemos desvalorizar estas queixas."

"Mais preocupante ainda, para a comunidade médica, é o facto de a população não saber o que deve fazer e quem deve consultar quando esta situação se torna persistente e aguda", explica.

E acrescenta: "As pessoas tendem a subvalorizar as dores e outros sintomas, deixando a situação agravar e prolongar-se no tempo. É preciso mudar esta realidade, informando-as de que há tratamentos capazes de diminuir, ou mesmo eliminar, as queixas. Mas para isso, primeiro que tudo, devem saber a quem recorrer para os ajudar".

Os principais sintomas que exigem um aconselhamento clínico, segundo o Sapo, são: dor intensa ou que dura há mais de três semanas, dor que se estende aos membros superiores ou inferiores, dormência ou perda de força nos braços ou pernas e dor que se agrava com repouso ou surge durante a noite.

Procurar um médico
"Quando as dores passam a ser fortes e/ou persistentes, deve ser marcada uma consulta com o médico assistente [ou médico de família], que avaliará clinicamente o doente e decidirá sobre a necessidade de realizar exames complementares de diagnóstico, orientando assim o tratamento. Dependendo da gravidade do quadro clínico e da evolução com o tratamento, poderá também referenciar o doente para uma consulta de neurocirurgia ou ortopedia, no sentido de avaliar a necessidade de uma intervenção cirúrgica", diz Paulo Pereira.

"Existem vários tipos de tratamento, que podem ir desde mudança de hábitos de vida, medicação, fisioterapia/reabilitação ou outras modalidades. Para os casos mais graves, em que a cirurgia está indicada, esta deve ser realizada por um cirurgião com experiência neste tipo de intervenções. Neste contexto, a probabilidade de melhorar de forma significativa a qualidade de vida do doente é, em regra, muito superior à de conduzir a um mau resultado", refere o médico.

"Pelo que, o medo da cirurgia não deve ser motivo para não ir ao médico. Para além da cirurgia convencional, em muitas situações é possível optar por técnicas minimamente invasivas ou mesmo por tratamentos realizados em ambulatório, sem necessidade de cirurgia", conclui o neurocirurgião.

As doenças que afetam a coluna vertebral são a principal causa de incapacidade física a nível mundial. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4% dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida, de alguma forma, pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho, por ano, por este motivo.

No Porto
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal vai realizar uma ação de formação para novos voluntários no próximo dia 22 de...

Esta iniciativa pretende educar os participantes sobre questões relacionadas com a diabetes para que possam fazer chegar a informação aos alunos, professores e auxiliares através de sessões de esclarecimento nas escolas, que desmistifiquem mitos, diminuam situações de discriminação e eduquem a comunidade sobre a diabetes.

A presidente da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), Paula Klose, destaca que “ainda existe muito desconhecimento face à diabetes, muitos mitos e por isso são cada vez mais as escolas que pedem este tipo de sessões de esclarecimento. Face a este aumento de interesse e pedidos que a AJDP tem registado, a formação de novos voluntários é essencial para colmatar esta necessidade e para continuar este projeto.”

As inscrições para a área do Porto estão abertas até dia 18 de outubro. Estas podem ser realizadas através do email: [email protected] com o nome, morada, contacto telefónico e de email.

A formação que decorreu em Lisboa a 8 de outubro, contou com 8 participantes e futuros voluntários e teve um impacto bastante positivo junto dos participantes que aspiram a ser voluntários da AJDP e a contribuir para a educação da população.

O projeto “AJDP nas escolas” existe desde 2009 com o principal objetivo de educar a comunidade sobre a diabetes, minimizar as situações de discriminação e mostrar o verdadeiro impacto desta doença no quotidiano dos jovens. O projeto conta com uma rede de voluntários que se deslocam a instituições e a escolas para desmistificar a diabetes e debater temáticas como os hábitos das pessoas com diabetes, as diferenças entre a diabetes tipo I e tipo II, a importância de uma alimentação saudável e do exercício físico.

18 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian
A Associação Salvador realiza no próximo dia 18 de outubro o 2º Encontro de Recrutamento para pessoas com deficiência motora,...

Este Encontro insere-se num programa vasto de promoção da empregabilidade da Associação Salvador, no qual os candidatos com deficiência motora passam por um processo de orientação profissional, capacitação em diversas áreas e matching das suas competências com o perfil pretendido pelas empresas. ‘O Encontro de Recrutamento é uma oportunidade para as empresas desmistificarem algumas crenças sobre as capacidades das pessoas com deficiência motora, ao mesmo tempo que permite aos candidatos passar pela experiência de participar num processo de recrutamento real mas em ambiente controlado.’, alerta Salvador Mendes de Almeida, o fundador da Associação, reforçando que ‘Ter um emprego é essencial para a autonomia e para a qualidade de vida de qualquer pessoa!’.

O Seminário sobre Emprego Inclusivo acontece às 9h30, na Fundação Calouste Gulbenkian. Neste encontro, vários agentes essenciais para a promoção da igualdade de oportunidades na área do Emprego (IEFP, Organizações, Empregadores e Pessoas com Deficiência) terão a possibilidade de aprofundar a colaboração e a partilha de boas práticas para a construção de uma sociedade mais inclusiva. Serão dadas a conhecer vantagens e incentivos à contratação e serão desmistificadas algumas crenças sobre as potencialidades das pessoas com deficiência motora e o impacto que a sua contratação pode ter numa empresa e na sociedade.

As inscrições poderão ser feitas aqui! Os lugares são limitados.

O Encontro de Recrutamento acontece de tarde, pelas 15h00 também na Fundação Calouste Gulbenkian. Será um momento propício e facilitador para a mediação de contacto entre recrutadores e candidatos através de entrevistas Flash (rápidas e rotativas). Serão um total de 20 empresas a participar e que irão receber esclarecimentos e documentação sobre as medidas de apoio à contratação de pessoas com deficiência, vão ter o apoio da Associação Salvador na submissão de candidaturas para medidas de emprego junto do IEFP, vão entrevistar candidatos cujo perfil corresponda aos interesses de recrutamento da empresa, e serão ainda divulgadas enquanto exemplos de boas práticas de integração profissional.

A ação conta com alto patrocínio da Secretaria de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, tem como mecenas o INR- Instituto Nacional para a Reabilitação e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e está inserida no programa de empregabilidade da Associação Salvador ‘O talento não tem limites’.

Programa:

Manhã: Seminário sobre Emprego Inclusivo
09h30 – Chegada e Registo dos participantes
10h00 – Sessão de abertura
INR, Associação Salvador, F.C. Gulbenkian
10h15 – Painel ‘Porquê Contratar? Mais valias da diversidade para a sua empresa’
IEFP, Associação Salvador, OED
11h00 – Momento Inspirador – ‘Agarrar oportunidades’
Rehapoint – colaborador com deficiência e empregador
11h15 – Painel ‘Qual o Impacto? A transformação na vida da sua empresa e das pessoas com deficiência?’
Santa Casa da Misericórdia, L´Oreal, Psinove, Pessoa com Deficiência
12h00 – Momento Inspirador – ‘Não deixar o sonho escapar’
NetJets – colaborador com deficiência e empregador
12h15 – Painel ‘Como ser uma empresa mais inclusiva? Fatores de sucesso.’
Associação Salvador
12h30 – Reconhecimento de Boas Práticas – Empresas Inclusivas
12h45 – Sessão de Encerramento
Exma. Sra. Secretária de Estado para a Inclusão das pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes

Tarde: Encontro de Recrutamento
14h30 – Receção e briefing do Candidatos e Empresas
15h00 – Entrevistas rápidas
17h45 - Encerramento

Sobre a Associação Salvador
A Associação Salvador foi fundada por Salvador Mendes de Almeida em 2003 e tem como missão promover a integração das pessoas com deficiência motora na sociedade e melhorar a sua qualidade de vida.

‘O talento não tem limites’
Em Portugal, a taxa de desemprego das pessoas com deficiência motora é 2.5 vezes superior à média nacional. Face a esta realidade, a Associação Salvador criou o projeto ‘O talento não tem limites’ que tem como objetivo potenciar a integração profissional de pessoas com deficiência motora, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para uma sociedade mais inclusiva.

As iniciativas desenvolvidas incluem orientação profissional, ações de formação para desenvolvimento de competências, prospeção de ofertas de emprego e acompanhamento de entidades empregadoras nos processos de recrutamento.

A Associação Salvador presta apoio individual e personalizado às pessoas com deficiência motora que se encontram à procura de emprego e às entidades empregadoras que procuram bons profissionais. Para tal, desenvolve algumas iniciativas que potenciam a procura e obtenção de emprego, como a realização de entrevistas exploratórias, a orientação profissional de candidatos, a análise e apoio na melhoria do curriculum, a preparação para entrevistas de emprego e o acompanhamento na colocação e pós-colocação. As entidades empregadoras não ficam esquecidas neste processo e é dado um acompanhamento ao nível do esclarecimento acerca dos benefícios da contratação de pessoas com deficiência, apoio nos processos de recrutamento e de contratação, incluindo acompanhamento na elaboração de candidaturas a medidas de emprego. É garantido um encaminhamento pertinente dos candidatos para as vagas de emprego, através da realização de um matching entre o perfil dos candidatos e o perfil requerido pelas empresas.

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de competências, ao nível pessoal e profissional, a Associação Salvador identifica, em conjunto com os candidatos, as suas necessidades formativas, promovendo ações de formação que as colmatem ou encaminhando para outras soluções. A capacitação passa também pela preparação dos candidatos para entrevistas de emprego e simulações de recrutamento, através da técnica de role-play.

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
A presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alertou para o aumento do número de pessoas que não usam óculos por falta...

Mara João Quadrado a propósito de uma iniciativa que a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) vai apoiar e que decorrerá quinta-feira, Dia Mundial da Visão.

Trata-se de um Banco de Óculos, promovido da associação de solidariedade ABO, que visa promover a recolha de óculos (armações e lentes) doados e a sua distribuição a pessoas carenciadas.

Para Maria João Quadrado, a iniciativa acontece numa altura em que se vive “uma necessidade premente” de óculos, da qual os oftalmologistas têm conhecimento nos seus consultórios, quando se apercebem que os doentes não compraram os óculos recomendados ou manifestam dificuldades em fazê-lo.

“Há muita gente que não compra os óculos, ou não vai ao médico porque receiam ter de comprar os óculos e não têm dinheiro”, disse.

Esta é uma situação que se tem vindo a agravar e que, segundo a presidente da SPO, se intensificou nos últimos cinco, seis anos.

“A situação é transversal às idades e à diferenciação económica. Algumas pessoas, que há cinco anos tinham algumas possibilidades, passaram de ter quase tudo para quase nada”, sublinhou.

O risco desta falta de diagnóstico e do devido uso de óculos é maior nas crianças que, sem correção, podem ficar com defeitos permanentes na visão.

“Nas crianças, é gravíssimo não usarem óculos quando precisam. É fundamental, caso contrário pode haver defeitos permanentes”, sublinhou.

A falta de visão é ainda causa de outros acidentes, como quedas, e a nível psicológico, pois pode pôr em causa o convício social.

A presidente da SPA enaltece os propósitos do Banco de Óculos que poderá fazer chegar óculos aos mais carenciados.

O grande objetivo desta iniciativa é contribuir para o fim dos defeitos de refração em Portugal, disse.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
A Sociedade Portuguesa de Transplantação alertou para a necessidade de estender a todo o país os transplantes com dador de...

Susana Sampaio, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), afirma que “apesar de Portugal se situar num lugar cimeiro a nível mundial na colheita de órgãos, o número disponível não consegue suprir as necessidades”.

Segundo a médica, os transplantes com dador de coração parado (em paragem cardiocirculatória) arrancaram em 01 de janeiro deste ano no Hospital de São João, no Porto.

“Tem acontecido com regularidade no hospital. Entretanto, na sexta-feira passada, foi assinado um protocolo para que as VMERs [viaturas médicas de emergência e reanimação], se assistirem a situações deste tipo, façam a transferência das vítimas para o hospital para aproveitar os órgãos”, acrescentou.

O protocolo foi assinado entre o Instituto Português do Sangue e Transplantação, o INEM e o Centro Hospitalar de S. João, explicou a responsável, acrescentando que, apesar do programa ser nacional, só se encontra operacional no Porto, sendo urgente o seu alargamento a todo o país.

Segundo a médica, a doação através de coração parado é aquela em que se assiste à paragem cardiocirculatória, se inicia manobras de reanimação, a vítima é transportada e é mantida artificialmente, o que permite a colheita de órgãos.

Contudo, “para manter um dador até ir para o bloco, é preciso recursos humanos”, uma das principais falhas dos hospitais, que dificultam a extensão deste programa a todo o país, com a agravante das discrepâncias regionais existentes (no Norte e no Sul realizam-se mais transplantes do que no Centro).

“É importante montar em todo o país. O programa está lançado, existem recursos técnicos, tem que haver mais organização e vontade dos intervenientes. Há unidades com mais capacidade de detetar dadores, mas não conseguem fazê-lo por falta de recursos humanos e estruturação”, disse.

Outro problema apontado pela responsável é o número de órgãos que se perdem por falta de biopsias.

“É preciso verificar os rins e para tal é preciso fazer uma biopsia, mas há regiões do país em que ao fim de semana não é possível. As unidades de transplantação e de cuidados intensivos têm muito défice de recursos humanos”, criticou.

Apesar deste défice de transplantações, tem havido um aumento do número de transplantes.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), disponibilizados pela presidente da SPT, até agosto de 2016 tinha havido 238 dadores, mais 20 do que no mesmo período do ano anterior.

“Em termos regionais, temos um crescimento de 16% na região norte, 6% no centro e 7% no sul”, disse.

Relativamente aos órgãos, registou-se um aumento de 11% de órgãos colhidos (sendo que nem todos são implantados).

Em agosto de 2015 tinha sido feitos 305 transplantes renais, número que subiu para 356 este ano, 16 transplantes hepáticos, que aumentaram para 194, e 9 transplantes pulmonares em 2015, que passaram a 14 em 2016.

Estes temas serão debatidos a partir de dia 13 no congresso nacional e internacional na área da transplantação, que se realiza no Porto, onde estarão representadas as três Sociedades de Transplantação: Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e Sociedade Espanhola de Transplante (SET).

Dia Mundial das Doenças Reumáticas
No dia em que se assinala mundialmente as Doenças Reumáticas, António Vilar, reumatologista, fala-no

“O FUTURO NAS TUAS MÃOS”

É com este lema que celebramos a 12 de outubro o dia mundial da artrite.

O objetivo é aumentar a visibilidade das doenças reumáticas e permitir ao publico em geral uma melhor compreensão do impacto das doenças reumáticas (DR) na vida das pessoas.

Pretendemos encorajar a partilha dos casos pessoais, da forma como convivem com as DR, como ultrapassaram os seus problemas profissionais , familiares e sociais por forma a encorajar os doentes reumáticos a viver com a melhor qualidade possível .

Procuramos o empoderamento do público em geral e dos doentes em particular, nas suas associações , em intervenções nas redes sociais e na vida pública.

No sector da saúde fazendo-se representar em todos os níveis de decisão e não apenas como meros espectadores das decisões que são tomadas sobre a sua saúde e sobre as suas vidas.

Aproveitem todas as oportunidades para AGIR e fazer a diferença na qualidade de vida dos doentes em Portugal.

TOMEM O FUTURO NAS VOSSAS MÃOS!

Este tem sido o exemplo da ANDAR associação nacional dos doentes com artrite reumatóide que há mais de 20 anos apoia os doentes com artrite reumatóide em Portugal.

Temos partilhado com os nossos doentes as grandes conquistas e descobertas no tratamento da artrite reumatóide (AR), e podemos mesmo dizer que nos últimos 15 anos, grandes avanços e progressos vieram modificar o prognóstico e a qualidade de vida na AR.

Os medicamento inovadores chegaram em 2000 e com eles uma nova oportunidade para os doentes com AR em Portugal. Em 2006 termina a discriminação no acesso aos medicamentos inovadores com o despacho de comparticipação.

As palavras de “resignação” e “não há nada a fazer” são hoje substituídas por “foi o melhor que me aconteceu na vida”, “pena não ter começado mais cedo” “ nem me lembro que tenho artrite”.

Mas ainda não é a cura! Na AR a remissão da doença sem medicamentos é ainda uma quimera, e mais de metade dos doentes que param os biotecnológicos (BT) vêm agravar a sua doença no prazo de 1 ano…

Noutras doenças reumática também surgem avanços. Na artrite associada á psoríase novos medicamentos inovadores vêm enriquecer a panóplia dos BT.

O Sekukinumab demonstra reduzir o dano estrutural após 1 ano de tratamento.

Na gota novos fármacos apareceram como alternativa ao alopurinol, para além do Febuxostat que tem mostrado eficácia e boa tolerância mesmo em doentes com insuficiência renal moderada a grave.

No Lúpus a remissão é possível após 3 anos em cerca de 1/5 dos doentes, mas recaídas podem ocorrer mesmo após 10 anos de remissão.

Novas enzimas (inibidores JAK) parecem tão eficazes como alguns BT.

Uma melhor compreensão pelos doentes do risco cardiovascular na AR, parece ser importante para além da correção dos fatores de risco conhecidos como a hipertensão e dislipidémia.

Novos marcadores de doença e fatores de risco são conhecidos na AR e fazem do diagnóstico precoce e do tratamento da artrite inicial uma vantagem no melhor prognóstico.

Na artrose a mais frequente doença reumática em todo o mundo, novos avanços são conhecidos e a imunologia começa a dar novas informações sobre a doença e esperamos os resultados dessas investigações.

Mas para além dos avanços mantém-se os cuidados do passado que vale a pena referir e insistir: os fatores de risco para a artrose são a idade…, o excesso de uso e traumatismos repetidos, os nossos genes e o excesso de peso nalgumas articulações de carga.

É possível intervir já nalguns deles pelo que a marcha, desde que não agrave os sintomas, (e uma alternativa são os exercícios em descarga ou dentro de água), a redução do peso que também é relevante no desencadear da diabetes e das alterações do colesterol, vão na direção de uma vida mais saudável, sem tabaco nem abuso de bebidas alcoólicas.

Na gota o controlo do peso e a DIETA são a base muitas vezes esquecida e ofuscada pelo aparecimento do Alopurinol. Os desmandos alimentares são ainda hoje uma causa de recidiva das crises agudas.

Uma boa parte das consultas de reumatologia são motivadas por manifestações músculo esqueléticas localizadas a que chamávamos inadequadamente de reumatismos justa articulares ou periarticulares.

Correspondem ás queixas localizadas ao cotovelo (epicondilite) também conhecida pelo cotovelo do tenista, do ombro com lesão dos tendões (tendinose/tendinite) , inflamação das bolsas (bursite) que podem ser muitíssimo dolorosas e incapacitantes. Também nas ancas podem ocorrer e imitar outras doenças crónicas ou ser uma manifestação inicial de um reumatismo inflamatório crónico.

Os quadros acima descritos aparecem também hoje associados ao trabalho e merecem a atenção da saúde ocupacional.

Estas e muitas outras (mais de 130) manifestações das Doenças Reumáticas  são bem conhecidas dos reumatologistas que devem ser consultados quando uma dor persiste para além das 4 semanas, ou sempre que um diagnóstico está em dúvida ou não surge resposta é terapêutica utilizada.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
Os consumidores vão começar a receber nos pontos de venda informação sobre os benefícios do consumo de leite, quer através de...

A campanha de esclarecimento foi hoje anunciada no Ministério da Agricultura, numa iniciativa que juntou toda a fileira do leite, desde os produtores até à distribuição, e os profissionais de saúde, representados na Direção-geral de Saúde e na Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), que disponibiliza um livro eletrónico sobre o leite no seu ‘site’ e que pode ser gratuitamente descarregado.

“É a primeira vez que os parceiros se juntam e vêm ao ministério apresentar uma iniciativa tão importante para a saúde e economia agrícola”, disse o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, à margem da cerimónia, congratulando-se pelos “esforços conjuntos” para chamarem a atenção para as boas qualidades do leite.

O governante disse que “nos últimos meses ou anos, o setor do leite “tem sido alvo de sucessivas campanhas de destruição da imagem”, o que tem consequências económicas e na “boa alimentação” dos consumidores.

A diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Ana Isabel Trigo Morais, explicou ainda que o objetivo da campanha é o de levar a mensagem do benefício do consumo de leite a todos os pontos de venda do país e “transformar” o comportamento do consumidor, ajudando a fileira do leite.

Helena Real, da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), defendeu que o leite é um alimento com muitas proteínas de alto valor biológico e vitaminas, sendo um alimento muito saudável, mas não indispensável.

“Quando escolhemos um leite devemos olhar para o rótulo e ver as suas propriedades”, explicou, defendendo ainda a importância de saber ler se o leite é nacional, para preservar a economia nacional, e se é oriundo de uma produção sustentável, mais benéfico em termos ambientais.

Quanto à existência de antibióticos no leite, respondeu: “É importante perceber que a legislação é cumprida e todo o leite comercializado passou por testes e análises que fazem com que o consumidor possa estar tranquilo”, afirmou Helena Rea.

Listas de espera
O diretor-geral de Saúde, Francisco George, disse hoje no Porto que o problema das listas de espera nas cirurgias da obesidade...

“Estamos a resolver esse assunto. A situação do país não é particularmente preocupante, se compararmos com outros estados membros da União Europeia, mas em particular com os EUA, mas temos de acelerar o acesso dos doentes à cirurgia especializada”, afirmou Francisco George.

De acordo com o Diário de Notícias de hoje – Dia Nacional de Prevenção da Obesidade – “até junho havia 1.493 doentes à espera, sendo que há muitas pessoas que esperam dois anos pela cirurgia”.

O DN refere ainda que o Ministério da Saúde vai avançar com um programa para reduzir as listas de espera nas cirurgias da obesidade e disponibilizar 12 milhões de euros para operar dois mil doentes em 2017.

Em declarações aos jornalistas, à entrada da cerimónia de assinatura de contratos com o Centro Hospitalar de São João para o processo de certificação e acreditação de onze centros de referência, o diretor-geral de Saúde defendeu a necessidade de “levar mais a sério” a prevenção do excesso de peso, “insistindo mais na qualidade dos alimentos que adquirimos para consumo”.

“Desde que as escolhas sejam alimentos saudáveis, sem apresentarem teores excessivos, não só em calorias, mas também em sal, açúcar e gorduras, ainda vamos a tempo de fazer recuar a epidemia, porque é de epidemia que tratamos, a epidemia do excesso de peso e da obesidade”, acrescentou.

Reconhecimento
O Centro Hospitalar de São João (CHSJ), no Porto, viu hoje reconhecidas onze áreas clínicas como centros de referência nacional...

Na assinatura de contratos entre o CHSJ e a Direção Geral de Saúde para o processo de certificação e acreditação das onze unidades, chamadas agora centros de referência, Francisco George considerou que “estes contratos são da maior importância no quadro de Portugal, incluindo as regiões autónomas, porque estas unidades podem receber doentes de todo o país”.

Segundo explicou, “deixa de prevalecer a referência geográfica da residência do doente para passar a ser mais importante a referência em relação ao tratamento da doença”.

“Mas, por outro lado, estamos envolvidos num grande movimento, no contexto europeu, para a mobilidade de doentes, e é também neste sentido que estes centros têm toda a importância, visto que no conjunto da União Europeia, a acreditação destes centros também interessa a doentes de qualquer um dos outros países dos 28 estados membros da União”, sublinhou.

Em declarações aos jornalistas, o diretor clínico do CHSJ, José Artur Paiva, referiu que se trata de “um processo que promove a cooperação interinstituições e inter-hospitalares, polarizando em determinados hospitais um acervo de experiência de intervenções que, para serem bem feitas, precisam de ser feitas muitas vezes”.

“Cria-se uma 'network', uma rede de discussão de casos, que promove a cooperação interinstitucional, que permite a todo o cidadão com uma determinada patologia, que neste caso são onze, que seja discutida numa rede de conhecimento mais alargada e, portanto, mais segura para o doente. Promove, além do acesso à discussão, o acesso à transferência, quando isso se justifica”, explicou.

No fundo – acrescentou – “o que estamos a fazer aqui não é o fim de um processo, é certo que fomos selecionados para ter na região Norte a maioria dos centros de referência nas várias áreas, desde a oncologia, pediatria ou a transplantação, por exemplo, mas mais do que isso é o início de um processo porque vai promover uma metodologia de certificação e acreditação que, com avaliação contínua do que fazemos, cria círculos virtuosos de melhoria de qualidade sistemática”.

José Artur Paiva anunciou ainda duas candidaturas a centros de referência europeus, “uma delas pertencente a um destes onze centros de referência nacional, na área das doenças hereditárias e do metabolismo, e outra área não identificada ainda nacionalmente como centro de referência que é a área do cancro genético”.

“A Europa teve a mesma consciência que Portugal tem, isto é, o acesso dos cidadãos dos países europeus à qualidade em saúde não é igual e, portanto, é importante identificar vários polos dentro da Europa que são muito bons no tratamento de determinada patologia. Portugal está dentro deste barco e, felizmente, é polarizador em algumas patologias”, frisou.

Na cerimónia foram assinados contratos de Certificação e Acreditação nacional para as áreas clínicas de Cardiologia de Intervenção Estrutural, Cardiopatias Congénitas, Doenças Hereditárias do Metabolismo, Oncologia de Adultos - Cancro do Esófago, Oncologia de Adultos - Cancro do Testículo, Oncologia de Adultos - Cancro do Reto, Oncologia de Adultos - Cancro Hepatobilio/Pancreático, Transplante de Rim Adultos, Epilepsia Refratária, Oncologia Pediátrica e Transplante de Coração de Adultos.

Parceria
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou hoje a celebração de um acordo com a Universidade de São Paulo...

Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUC adianta que o protocolo de colaboração incentiva estágios recíprocos, pós-graduações e linhas de investigação.

O acordo tem ainda como objeto a cooperação nas áreas de anestesiologia, transplantação renal e hepática, cirurgia cardiotorácica, investigação e translação em células estaminais e investigação clínica.

O protocolo foi assinado pelo presidente do CHUC, Martins Nunes, e pelo responsável da Universidade de São Paulo/Hospital das Clínicas, José Otávio Auler.

A cerimónia foi presenciada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, o reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, o diretor executivo das Relações Internacionais da Faculdade de Medicina da Universidade de S. Paulo, Eduardo Moacyr Krieger, e o presidente da Aliança M8, Detlev Ganten.

O CHUC salienta que a Universidade de São Paulo foi a instituição que "apoiou desde a primeira hora" a candidatura portuguesa para a realização em Coimbra da conferência intercalar de 2018 da Cimeira Mundial de Saúde.

Portugal, representado pelo consórcio CHUC/UC, foi admitido a 11 de outubro de 2015 na Aliança M8, que tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global e organiza anualmente a Cimeira Mundial de Saúde.

A Assembleia Geral da Aliança M8 realizou-se no sábado em Berlim, e até hoje decorre a Cimeira Mundial de Saúde, também nesta cidade alemã, com a presença do Governo português, representado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, do consórcio CHUC/UC e da Academia Portuguesa de Medicina.

A conferência intercalar da Cimeira Mundial de Saúde de 2018 vai realizar-se em Coimbra, a 20 e 21 de abril, no Convento São Francisco, de acordo com a decisão votada por unanimidade na assembleia-geral da Aliança M8.

"O evento de Coimbra será dedicado ao tema da Medicina de Fronteira, analisando diversas vertentes da prestação de cuidados de saúde em condições adversas, quer por se tratar de zonas subdesenvolvidas, quer por haver situações de guerra e pós-guerra, fluxos de refugiados, alterações climáticas e pandemias", anunciou o consórcio português em comunicado enviado à agência Lusa.

A presença do consórcio Universidade de Coimbra e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra na Aliança M8 - o G8 da Saúde - é um motivo de orgulho e uma honra para o Governo português, disse na sexta-feira o secretário de Estado da Saúde.

Reduzir obesidade e diabetes
A Organização Mundial de Saúde apelou à tributação das bebidas açucaradas como forma de reduzir o consumo e os seus impactos na...

Numa altura em que se discute, em Portugal, a eventual introdução de um 'fat tax', um imposto sobre produtos alimentares que prejudicam a saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que uma política fiscal que aumente, pelo menos em 20%, o preço a retalho das bebidas açucaradas resultará numa redução proporcional do consumo desses produtos.

Os dados constam de um relatório intitulado "Políticas fiscais para a Dieta e a Prevenção de Doenças Não Transmissíveis", citado num comunicado hoje divulgado pela agência das Nações Unidas para a Saúde.

Segundo o documento, a redução do consumo de bebidas açucaradas significa uma menor ingestão de "açúcares livres" e de calorias, uma melhoria nutricional e uma queda do número de pessoas a sofrer de excesso de peso, obesidade, diabetes e cáries dentárias.

Os açúcares livres são monossacarídeos (como a glucose e a frutose) e dissacarídeos (como a sacarose ou o açúcar de mesa) adicionados aos alimentos e bebidas pelo fabricante, cozinheiro ou consumidor, assim como os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e sumos de fruta concentrados.

"O consumo de açúcares livres, incluindo produtos como bebidas açucaradas, é um fator importante no aumento global da obesidade e da diabetes", disse Douglas Bettcher, diretor do departamento de prevenção de doenças não-transmissíveis da OMS, citado no comunicado.

"Se os governos taxarem produtos como as bebidas açucaradas, podem reduzir o sofrimento e salvar vidas. Podem também reduzir os custos da saúde e aumentar receitas para investir nos serviços de saúde", acrescentou.

A OMS recorda que em 2014 mais de um em cada três (39%) adultos em todo o mundo tinha excesso de peso e que a prevalência global da obesidade mais do que duplicou desde 1980, com 11% dos homens e 15% das mulheres atualmente considerados obesos.

Estima-se também que 42 milhões de crianças com menos de cinco anos tenham excesso de peso ou obesidade, um aumento de cerca de 11 milhões nos últimos 15 anos.

Também o número de pessoas a viver com diabetes tem vindo a aumentar, de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014 e estima-se que a doença tenha sido diretamente responsável por 1,5 milhões de mortes só em 2012.

"Nutricionalmente, as pessoas não precisam de qualquer açúcar na sua dieta. A OMS recomenda que, se as pessoas consumirem açúcares livres, mantenham a sua ingestão abaixo de 10% de todas as suas necessidades energéticas, reduzindo-a abaixo dos 5% para benefícios sanitários adicionais. Isto equivale a menos de uma dose (250 ml) diária de uma das bebidas açucaradas normalmente consumidas", disse Francesco Branca, diretor do departamento de Nutrição para a Saúde e o Desenvolvimento na OMS.

Além de propor a tributação dos alimentos e bebidas para os quais existem alternativas mais saudáveis, o relatório agora divulgado sugere a concessão de subsídios aos legumes e frutas frescas que permitam reduzir os preços em 10 a 30% para aumentar o seu consumo.

A OMS cita o exemplo do México, que já aplicou um imposto sobre o consumo de bebidas não alcoólicas com açúcar adicionado, e a Hungria, que impôs um imposto sobre produtos com elevados níveis de açúcar, sal ou cafeína.

Em Portugal, o governo planeia introduzir uma taxa do género, que o Jornal de Negócios diz hoje dever recair apenas sobre refrigerantes, deixando de fora outros produtos, como sumos, néctares e bebidas doces à base de leite, ou alimentos com excesso de sal, açúcar ou gorduras.

O plano em cima da mesa é que existam dois escalões, até um máximo de 16,44 cêntimos por litro, o que significa mais cinco cêntimos numa lata de bebida, escreve aquele diário.

Páginas