“Fome de Perfeição”
Dicas para provocar os vómitos, perder o apetite e disfarçar a fome estão disponíveis na internet e mais facilmente influenciam...

“Fome de Perfeição” é o nome do livro de Diana Mendes que pretende acabar com alguns mitos que envolvem as doenças do comportamento alimentar, como estas serem consideradas “doenças da moda”.

“O grande objetivo deste livro foi precisamente eliminar este e outros mitos. Quando falamos em doenças de comportamento alimentar falamos em doenças psiquiátricas, definidas nos manuais clínicos”, disse.

Diana Mendes recordou estudos que mostram que as imagens, conteúdos relacionados com a magreza, por exemplo, levam a uma insatisfação corporal e à procura de um ideal de perfeição pela perda de peso.

“Mas para desenvolver estas doenças não bastam estes fatores ambientais. Há fatores biológicos, genéticos ou de personalidade que conduzem a isso. Basta perceber que há crianças, jovens e adultos que iniciam dietas e não desenvolvem uma anorexia. Não basta querer, há condições prévias ao seu desenvolvimento”, adiantou.

A autora defende que se falem sobre estes temas, “até porque o desconhecimento leva a que o diagnóstico seja tardio, haja tratamento por profissionais que não são os indicados, como os nutricionistas que não fazem parte de uma equipa multidisciplinar”.

“Estas doenças tendem a tornar-se crónicas quando não são tratadas rapidamente. A internet, as redes sociais, os media em geral, podem contribuir para enviar imagens positivas, que combatam as que contribuem para a insatisfação com a imagem”, disse.

Ao longo da sua investigação, Diana Mendes concluiu que “todas as pessoas que tenham estas características podem ser perturbadas ou influenciadas por mensagens que vêm da publicidade, das novelas e filmes e dos sites”.

Sobre a resposta do Serviço Nacional da Saúde (SNS), Diana Mendes classificou-as de “bastante vastas, embora, claro, as unidades de maior dimensão consigam conjugar melhor os fatores para tratar também melhor: têm mais recursos, mais recursos dedicados e equipas multidisciplinares”.

“Há algumas unidades mais pequenas que assumem essa dificuldade porque têm dois psiquiatras para uma região em que a população está espalhada, com acesso a transportes muito mais limitado e respondem a todo o tipo de patologias psiquiátricas. Uma até me admitiu que estas doenças tendiam a tornar-se crónicas por incapacidade de ter um trabalho mais sólido, mas nunca por falta de vontade”.

Diagnóstico precoce pode salvar a vida
São diagnosticados, todos os anos, em Portugal 12 mil casos de cancro da pele, estimando-se que cerc

O diagnóstico “cancro” continua a provocar calafrios a quem o recebe. É o que se passa com o melanoma, o mais mortífero dos cancros de pele. Mas não tem que ser assim. Quando diagnosticado na fase inicial é curável em mais de 90% dos casos. Ou seja, estar informado, fazer rastreios cutâneos periódicos e detetar manchas e sinais suspeitos precocemente é crucial.

O que é um Melanoma?

O melanoma é um tumor resultante da transformação maligna das células melanócitos que existem na camada profunda da epiderme, na pele. Quando se transformam, invadem e destroem outros órgãos levando à falência dos mesmos.  É, portanto, um cancro maligno.

O melanoma afeta sobretudo população adulta, tem predomínio na 4ª década de viva, não tem preferência de sexo, e tem maior incidência na população com fotótipos baixos. A sua incidência tem vindo consistentemente a aumentar na ordem dos 6% ao ano. Nos EUA 1 em cada 50 pessoas terá melanoma se se mantiveram as condições existentes. Em Portugal é semelhante. Sabendo que no estádio 0 há uma taxa de sobrevivência de 97% aos 5 anos, mas que esta baixa para 10% no estádio 4, percebe-se o quanto é importante em termos de saúde pública apostar no diagnóstico precoce e na informação das populações.

Quais os fatores de Risco?

História familiar: antecedentes de melanoma na família aumenta o risco em 2,2 vezes.

Caraterísticas individuais: fotótipo baixo, ou seja, pele clara, olhos claros, cabelo louro ou ruivo; reação da pele ao sol (bronzeia pouco ou nada); quantidade de sinais (nevos) com características atípicas; nível de imunidade (imunossupremidos, transplantados).

Hábitos de exposição solar: exposições repetidas e intensas a radiação Ultravioleta A e B (UVA e UVB), exposições prolongadas em pessoas que aplicam filtros solares (que nunca protegem integralmente a pele do sol!), número de queimaduras solares, habitar em latitudes baixas.

Genética: síndroma dos nevos atípicos. Famílias com esta síndroma têm 11% maior risco de vir a desenvolver melanoma e se tiverem 2 familiares diretos com melanoma o risco aumenta para 100%. É relativamente raro.

Estrato socioeconómico: pessoas com baixas condições económicas de acesso à saúde e com baixo nível de instrução têm tendência a recorrer menos aos serviços de saúde e o diagnóstico ser mais tardio.

Como se diagnostica?

Sendo o melanoma um cancro de pele e a pele um órgão visível na totalidade, simplesmente vê-se! A regra do A, B, C, D é muito útil para nos ajudar nesta tarefa:

  • Assimetria: sinais com são assimétricos têm maior risco.
  • Bordo: sinais com bordo irregular têm maior risco.
  • Cor: cor negra, com irregularidades, vários tons de castanho, têm maior risco
  • Diâmetro: por definição um cancro é maligno porque cresce e invade; lesões que estão a crescer e são maiores que 6 mm devem ser observadas pelo dermatologista.

Portanto, sinais que aparecem de novo ou são pré-existentes, que estão a mudar e a crescer, assimétricos, com bordo irregular e com diferenças na cor (partes escuras, negras e outras castanhas), devem ser obrigatoriamente avaliadas por dermatologista.

No dermatologista será feita uma avaliação com dermatoscópio, instrumento que ajuda ao diagnóstico diferencial de melanoma.

O que se faz em caso de suspeita de Melanoma?

Dependendo da localização do sinal e dimensões, far-se-á biópsia ou excisão cirúrgica total da lesão e enviar-se-á para análise histológica. Só o exame histológico permite determinar a gravidade – estádio – do melanoma, que depende do nível de profundidade da lesão em milímetros. A biópsia ou excisão é indispensável e não tem contraindicações. Após o diagnóstico de Melanoma, é efetuada nova cirurgia para garantir margens de segurança em relação à lesão tirada. Melanomas avançados obrigam a investigação de atingimento de gânglios ou outros órgãos.

O tratamento médico do melanoma avançado com vários citostáticos e imunomoduladores tem tido resultados medíocres na alteração das taxas de sobrevida dos doentes. Vários medicamentos de engenharia genética, de última geração, estão já comercializados e disponíveis a nível hospitalar (inclusive em Portugal), com resultados promissores a nível das taxas de sobrevida e melhoria da qualidade de vida.

Como já se referiu, o prognóstico depende largamente do estádio em que é diagnosticado o melanoma. Estádios avançados têm taxas de mortalidade muito altas.

Assim sendo, a prevenção e eliminação dos fatores de risco possíveis é essencial.

Examinar a pele em casa regularmente, rever em consulta de dermatologia anualmente, adotar medidas de proteção da exposição solar excessiva (chapéu, roupa protetora, aplicação de filtros solares) e evitar as horas de maior exposição solar indo para áreas de sombra, são medidas simples e ao alcance de todos nós para diminuir a incidência do melanoma. Porque é verdade que pode matar se não tivermos cuidado!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista
A diretora do serviço de Medicina de Reprodução do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra salientou hoje que as mulheres...

Em declarações, a médica Teresa Almeida Santos disse que tem sido um desafio "muito gratificante" levar aos oncologistas a mensagem de que é preciso discutir com as doentes o risco de infertilidade e a preservação da sua fertilidade, caso estejam interessadas.

"O grande desafio dos últimos sete anos foi concretizar, não apenas aqui, mas também no resto do país, fruto de um estímulo que se difundiu, uma resposta ao potencial reprodutivo das mulheres com doença oncológica", sublinhou Teresa Almeida Santos, coordenadora de um projeto sobre o processo de formação de vasos sanguíneos no tecido ovárico transplantado de mulheres com cancro que desejam engravidar desenvolvido pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), Serviço de Medicina da Reprodução do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (SMR-CHUC) e Faculdade de Medicina da UC.

Desde 2010, que o serviço de Medicina de Reprodução do CHUC dá resposta às mulheres com doença oncológica que desejam preservar a sua fertilidade, embora os ensaios clínicos tivessem tido início dois anos antes.

"Fruto do adiar da gravidez, hoje é cada vez mais provável uma mulher jovem ter a surpresa de um diagnóstico de cancro quando nem sequer pensou ainda em engravidar. E muitos destes tratamentos oncológicos que existem, com taxas de sobrevida na ordem dos 80%, têm como efeito secundário a infertilidade", frisou Teresa Almeida Santos.

"Se temos uma população crescente de pessoas jovens em idade reprodutiva que tem diagnóstico de cancro e que tem de fazer um tratamento que pode ser lesivo da fertilidade impõe-se dar uma resposta que tecnicamente existe", acrescentou.

Até à data, 170 mulheres, entre os 16 e os 39 anos, submeteram-se à preservação da fertilidade no Centro de Oncofertilidade do CHUC, das quais a maioria através da criopreservação de ovócitos (células germinativas).

Só depois do tratamento oncológico concluído e passados cinco anos, para assegurar que não há recidiva, é que as mulheres podem ser autorizadas a engravidar.

"Os resultados são animadores, desde logo porque temos gravidezes em curso, que provavelmente não teriam existido se não tivéssemos acautelado efetivamente a congelação dos ovócitos destas mulheres antes dos tratamentos", congratulou-se Teresa Almeida Santos.

A diretora do serviço de Medicina de Reprodução do CHUC salienta que a conversa com as doentes sobre a preservação da sua fertilidade tem um impacto muito positivo e "restaura a esperança numa altura em que emocionalmente estão perturbadas".

Para a especialista, "mais gratificante é saber que estas pessoas que tiveram oportunidade de discutir este efeito secundário e de biopreservar as suas gâmetas se sentem melhor na sobrevida, porque não lhes foi roubado um projeto de parentalidade e de vida".

"Quer se queira ou não, o projeto de parentalidade é praticamente universal, a maioria das pessoas deseja ter filhos e um doente oncológico ainda deseja mais uma família, porque precisa de uma rede de suporte e de sentirem que há uma resposta e uma vida para além do cancro", enfatizou.

No Porto
Investigadores do Porto estão a estudar as propriedades de alimentos e bebidas benéficas para a saúde, mas com compostos que...

"O sabor dos alimentos é a chave na escolha do consumidor", indicou a responsável pelo projeto, Susana Soares, acrescentando que "não interessa o quão saudável um determinado alimento ou bebida possa ser, se o seu sabor não agradar, é pouco provável que tenha sucesso".

Segundo indica a investigadora do Departamento de Química da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), neste projeto, designado "FoodNanoSense", estão a ser estudados os compostos fenólicos (CF) produzidos pelas plantas e presentes em alimentos de origem vegetal, como o vinho tinto, o chocolate, a cerveja e os sumos de fruta.

Estes compostos "têm propriedades sensoriais não muito agradáveis", nomeadamente sabor amargo e adstringência (sensação de secura e aspereza), o que "pode comprometer" a sua ingestão, mas são também responsáveis por outras sensações na cavidade oral, como o aroma, a textura e as sensações de calor e de frio.

São, no entanto, considerados “nutracêuticos” (junção de nutriente e farmacêutico), devido aos seus benefícios para a saúde, como é o caso da ação anticancerígena e da proteção cardiovascular.

A equipa de investigação pretende então perceber como é que os CF desencadeiam esses "sabores" e estudar algumas opções para os modular a nível industrial, tendo assim "influência na área da saúde preventiva e dos alimentos funcionais".

O teor em CF, segundo indica, pode ser controlado e adaptado através da escolha da matéria-prima (tipo de frutos ou vegetais), da altura da colheita (frutos pouco ou mais maduros) e de uma série de tratamentos a nível industrial.

"Um dos tratamentos mais comuns na indústria vinícola", por exemplo, "é a colagem", que resulta na "clarificação do vinho por precipitação de alguns CF mais reativos, nomeadamente os taninos", explicou.

Susana Soares considera que níveis equilibrados de adstringência "são quase sempre desejados" no vinho tinto, na cerveja e no chá, sendo "importante", no entanto, "salientar que esses níveis dependem muito dos hábitos culturais da população".

"Na nossa cultura, a adstringência é um fator de qualidade do vinho tinto", o qual pretende-se que "desenvolva níveis equilibrados", mas, caso isso não aconteça, o mesmo "é percebido como um vinho "sem corpo" e aguado".

Outro dos objetivos do projeto é desenvolver um biossensor para a adstringência, de "uso fácil e exato", passível de ser usado diretamente na produção.

Participam nesta investigação membros da FCUP, do CINTESIS - BioMark Sensor Research - da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, do 'German Institute of Human Nutrition' (DIfE) e da UNICER.

O projeto "FoodNanoSense: Compreensão do amargor e adstringência dos polifenóis presentes em alimentos para o desenvolvimento de um biossensor" finaliza em 2019 e é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Direção-Geral da Saúde
O número de casos confirmados este ano de sarampo em Portugal subiu para 29, num total de 145 notificações, divulgou a Direção...

De acordo com a última atualização de dados disponível na página da internet da Direção-Geral da Saúde (DGS), mais de metade dos casos (59%) ocorreram em pessoas não vacinadas, 45% em profissionais de saúde e quase metade (45%) dos casos confirmados precisaram de internamento.

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que apresenta mais casos confirmados (21), a maior parte (16) com idade igual ou superior a 18 anos, e um óbito.

Dos 21 casos confirmados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, 11 ocorreram em pessoas não vacinadas e das sete pessoas que precisaram de internamento todas já tiveram alta.

Na região do Algarve, a DGS registou sete casos confirmados de sarampo, cinco dos quais em não vacinados. Quatro dos casos ocorreram em crianças com idade inferior a um ano e todas as cinco pessoas que precisaram de internamento já tiveram alta.

A DGS registou ainda um caso da região Norte, de uma criança na faixa etária 1-4 anos que não estava vacinada, precisou de ser internada, mas já teve alta hospitalar.

Na sequência do surto de sarampo em Portugal, a Assembleia da República aprovou na semana passada, por unanimidade, quatro projetos de resolução - CDS-PP, BE, PSD e PCP - no sentido de aumentar a cobertura de vacinas e sensibilizar a população para a sua necessidade. Um dia depois, rejeitou a proposta do CDS-PP para que fosse ponderada a possibilidade de impedir as matrículas ou as renovações a alunos que não comprovem a vacinação recomendada no programa nacional.

No passado mês de abril, depois da morte de uma jovem de 17 anos com sarampo, o Governo emitiu um despacho a obrigar as escolas a comunicarem aos delegados de saúde os casos de alunos que não tivessem as vacinas em dia, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV).

O objetivo de as escolas transmitirem esta informação aos delegados de saúde é, segundo o despacho, “promover o aconselhamento e esclarecimento adequados”, bem como sensibilizar as famílias para os benefícios da vacinação.

As vacinas do PNV, que são gratuitas, não são obrigatórias, mas geralmente as escolas, públicas e privadas, pedem o boletim vacinal dos alunos no ato da matrícula ou da inscrição.

A vacinação é o meio de prevenção mais eficaz contra o sarampo, uma doença altamente contagiosa e que, ainda que geralmente tenha evolução benigna, pode gerar complicações graves e até levar à morte.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, exceto...

De acordo com o Instituto, as regiões de Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Aveiro, Porto, Funchal e Porto Santo (Madeira), Ponta Delgada (ilha de S. Miguel, Açores), Angra do Heroísmo (Terceira), Horta (Faial) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores).

As exceções são para Braga e Viana do Castelo que estão em risco ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O Instituto prevê para hoje nas regiões do norte e centro céu geralmente muito nublado, diminuindo temporariamente de nebulosidade durante a tarde, períodos de chuva ou aguaceiros, diminuindo de intensidade e frequência nas regiões do litoral a partir do meio da tarde e condições favoráveis à ocorrência de trovoada nas regiões do interior.

A previsão aponta para vento fraco a moderado do quadrante oeste, tornando-se de noroeste a partir da tarde e intensificando para moderado a forte, por vezes com rajadas até 60 quilómetros por hora, no litoral e nas terras altas, neblina matinal em alguns locais do litoral e descida de temperatura, em especial da máxima.

No sul prevê-se períodos de céu muito nublado, tornando-se gradualmente pouco nublado a partir da tarde, possibilidade de ocorrência de aguaceiros e de trovoada no interior do Alentejo durante a tarde.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê ainda vento fraco a moderado de noroeste, tornando-se moderado a forte, por vezes com rajadas até 60 quilómetros por hora, no litoral oeste e nas terras altas a partir da tarde e pequena descida de temperatura.

Para a Madeira prevê-se céu pouco nublado, tornando-se muito nublado a partir do final da tarde, aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas para o final do dia e vento moderado a forte de norte, rodando para nordeste.

Nos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas e vento fraco, tornando-se sueste bonançoso.

Em Lisboa as temperaturas vão oscilar entre 14 e 25, no Porto entre 13 e 21, em Vila Real entre 10 e 23, em Viseu entre 09 e 22, em Bragança entre 13 e 24, na Guarda entre 08 e 20, em Coimbra entre 14 e 22, em Castelo Branco entre 13 e 28, em Santarém entre 13 e 27, em Évora entre 12 e 30, em Beja entre 13 e 30 e em Faro entre 18 e 31.

Em dia de rastreio nacional
A Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo alertou para a importância de conhecer os sinais para tornar mais eficaz o autoexame...

“Os cancros de pele estão a aumentar e isto tem que ver com comportamentos de risco tidos há anos, seja por exposição profissional seja de lazer, pois as lesões aparecem mais tarde”, alertou o secretário-geral da Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo (APCC), Osvaldo Correia.

Em declarações, o responsável sublinha que o rastreio nacional que arranca hoje – Dia dos Cancros de Pele/Dia do Euromelanoma – é especialmente dirigido a adultos que tenham sofrido queimaduras solares em jovem, seja por desporto ao ar livre ou por exposição pro questões profissionais, os que frequentaram solários ou que têm antecedentes de familiares co cancro de pele.

“É impossível observar todos os que gostariam de participar neste rastreio, mas é importante sensibilizar para a pessoa ir ao médico de família, que em caso de dúvida orienta para um especialista, e saber identificar as lesões”, afirmou Osvaldo Correia.

O responsável da APCC sublinha que “nem todas as lesões apresentam risco” e que, por isso, é importante que as pessoas se informem e conheçam os sinais.

“Cada vez mais detetamos lesões em casos mais precoces e isso é importante. Um cancro de pele detetado em fase precoce é tratado e se for detetado já mais tarde, sobretudo os melanomas, pois são lesões assintomáticas, podem ocorrer metástases e levar à morte”, disse.

Segundo a APCC, a taxa de incidência de cancro de pele é maior nos Açores, um dado que Osvaldo Correia explica não só por fatores genéticos – população de pele e olhos claros, fototipo com condições de maior risco -, mas também com o facto de anteriormente não ter tido acesso a tantas campanhas de informação.

Num rastreio feito a 350 pessoas na ilha de S. Jorge, nos Açores, 50 foram submetidas a cirurgia e 100 a criocirurgia.

“Foram populações que eventualmente tiveram menos campanhas de informação, tal como outras do interior do país, que têm menos acesso, logo menos informação e menos diagnóstico precoce”, explicou.

No dia da apresentação da campanha deste ano, no início de maio, o responsável da APCC apelou para a criação, em cada Unidade de Saúde Familiar, de equipas especializadas e preparadas para despistar através da teledermatologia suspeitas de cancro de pele.

De acordo com Osvaldo Correia, o equipamento necessário para estes médicos e enfermeiros pagar-se-ia ao evitar três cirurgias desnecessárias que hoje se fazem.

Questionado pela Lusa hoje, Osvaldo Correia diz que ainda não houve ‘feedback’ da parte do Governo, mas sublinhou: “Envolvendo os médicos de família, os centros de saúde, tal como hoje existe para hipertensão e para a diabetes um grupo dedicado, é importante que aconteça o mesmo com o cancro de pele”.

Mais de 40 serviços de dermatologia do continente e ilhas participam hoje no rastreio nacional gratuito, no âmbito do Dia do Euromelanoma, iniciativa que no ano passado detetou quase 100 suspeitas de cancro de pele.

O rastreio é promovido pela APCC, com o patrocínio da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia e da Direção Geral de Saúde, e no ano passado avaliou cerca de 1.700 pessoas.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, este ano, sejam diagnosticados mais de 12.000 novos casos de cancros da pele. Cerca de 1.000 serão casos de melanoma.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
O Brasil incluiu a canábis na lista de plantas medicinais do país, anunciou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Segundo este órgão regulador, que é responsável pela fiscalização e autorização da venda de medicamentos no Brasil, a medida não legaliza o consumo da marijuana, o cultivo ou posse sob quaisquer circunstâncias.

A inclusão formaliza a canábis como "um possível componente em futuros pedidos de registo de medicamentos ou outros regulamentos que possam ser discutidos no seu uso medicinal."

Em janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia aprovado o uso no Brasil de um medicamento produzido com substâncias extraídas da marijuana.

Este medicamento, registado no Brasil como o nome de Mevatyl (noutros 28 países chama-se Sativex), é produzido a partir de duas substâncias extraídas da canábis sativa (tetraidrocanabinol e canabidiol) e recomendado para pacientes com esclerose múltipla que não respondem a outros tratamentos.

A inclusão da canábis na lista de plantas consideradas de interesse médico pelo Governo brasileiro foi aprovada na semana passada, mas a divulgação da lista aconteceu apenas agora.

Açores
O Governo dos Açores revelou que foi detetada a presença da bactéria "listéria" num lote de queijos produzido na...

Num esclarecimento publicado pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS), o executivo açoriano adianta que a bactéria foi encontrada num lote composto por 241 unidades de queijo, com aproximadamente 900 gramas cada, 108 dos quais já tinham sido vendidos.

De acordo com a mesma nota, a Direção Regional de Agricultura decidiu, "de imediato", a "suspensão da venda e recolha de todos os queijos que integram esse lote", bem como a implementação de procedimentos de higienização, com o objetivo de "eliminar potenciais focos" da bactéria.

O executivo açoriano determinou ainda a recolha de amostras nos diversos processos de tecnologia alimentar, desde a receção da matéria-prima até à expedição do produto acabado, no sentido de "eliminar o possível foco de contaminação".

Entretanto, uma equipa técnica da Direção Regional de Agricultura já se deslocou à ilha das Flores, para acompanhar o processo "in loco" e apoiar a Cooperativa Ocidental na "resolução cabal e definitiva desta situação".

"Situações desta natureza são um indicador claro do bom funcionamento dos sistemas de controlo e acompanhamento das unidades de transformação de produtos agroalimentares na região, garantindo assim a confiança e segurança alimentar dos consumidores", conclui o mesmo esclarecimento.

O Governo Regional minimiza eventuais riscos para a saúde pública, por via da venda de queijos contendo a presença da bactéria listéria, mas adianta que o Centro de Saúde das Flores já está em alerta para eventuais casos de contaminação que possam ser detetados nos consumidores.

Hipertensão Arterial
Estima-se que em Portugal existam cerca de dois milhões de hipertensos.

A Hipertensão Arterial é um dos principais factores de risco para situações como o Acidente Vascular Cerebral (responsável por 60% dos casos), o Enfarte do Miocárdio, a Insuficiência Cardíaca e a Insuficiência Renal, bem como para patologia da Aorta que inclui o Aneurisma.

Apesar do enorme progresso na compreensão pública do problema e dos extraordinários avanços na terapêutica, o número de doentes tratados em que se consegue obter um adequado controlo, de acordo com as recomendações das organizações científicas, é diminuto.

Em Portugal, apenas um terço dos doentes tratados (os quais correspondem a cerca de metade dos casos conhecidos) se encontrava controlada, no conhecido estudo publicado pelo Prof. Mário Espiga de Macedo e desse e de outros estudos, calcula-se que entre nós existam  dois milhões de hipertensos, dos quais apenas metade terá sido diagnosticado, 500 mil fazem terapêutica e 250 mil estarão controlados. Todavia, o tratamento da hipertensão conduz a uma redução real do risco cardiovascular, por exemplo calculando-se que em hipertensos com risco cardiovascular elevado, a incidência de AVC se reduza em 20 a 30% para cada 1-3 mmHg de descida do valor tensional.

Em muitos casos, a obtenção de valores tensionais nos níveis recomendados é difícil e exige uma avaliação atenta dos doentes para excluir causas de pseudo-refractoriedade à terapêutica (hipertensão da bata-branca ou sobrecarga de volume por exemplo) ou casos mais raros de hipertensão secundária.

No entanto, excluídas essas situações, calcula-se a partir da experiência de ensaios clínicos, que em 20-35% dos casos não seja possível obter um adequado controlo tensional, apesar de medicação anti-hipertensiva com três ou mais fármacos. Estes casos de Hipertensão Refractária (HTR) podem ir de cerca de 5% no ambulatório de clínica geral até mais de 50% na clínica de nefrologia.

Apesar de não existirem números com suficiente poder para se saber com precisão o pronóstico da HTR, é muito clara relação entre os valores tensionais e o risco, a partir de vários estudos clínicos e epidemiológicos.

A hipertensão refractária ou de difícil controlo exige seguimento por especialistas com programas de acompanhamento individualizados, tendo sido propostos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos.

 

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Nos EUA
Ovários artificiais férteis são a última inovação conseguida através de uma impressora 3D por cientistas nos Estados Unidos,...

Os cientistas desenvolveram os ovários chamados bioprostéticos para ajudar a devolver a fertilidade e a produção de hormonas a mulheres que tiveram que fazer tratamentos para o cancro em adultas ou que sobreviveram a cancros infantis e têm mais riscos de ser inférteis ou ter problemas hormonais.

“O que acontece com algumas das nossas doentes de cancro é que os ovários não funcionam a um nível suficiente e precisam de terapias hormonais de substituição, afirmou a investigadora Monica Laronda, coautora do estudo hoje publicado na NAture Communications.

A inovação desta tecnologia de impressão a três dimensões, experimentada em ratos de laboratório inférteis, é o material usado, um hidrogel biológico gelatinoso feito a partir de colagénio, uma proteína presente nos tecidos humanos.

O material tem a consistência certa para ser moldado durante a cirurgia e é poroso o suficiente para interagir com os outros tecidos com que contacta.

Na maior parte dos casos, o hidrogel é fraco e “como é composto principalmente por água, muitas vezes colapsa”, afirmou o professor de ciência dos materiais e engenharia Ramille Shah, da Universidade do Noroeste, do estado norte-americano do Illinois.

Monica Laronda frisou que o objetivo desta tecnologia é reproduzir "como funcionaria um ovário em cada fase da vida de uma mulher, desde a puberdade à idade adulta, chegando a uma menopausa natural”.

A diretora do Instituto de Investigação de Saúde Feminina de Feinberg, Teresa Woodruff, afirmou que “usar bioengenharia, em vez de transplantes, para criar órgãos funcionais e devolver a saúde aos tecidos da pessoa” é o objetivo último da bioengenharia ao serviço da medicina regenerativa.

Para desenvolver os ovários artificiais, os cientistas partiram da premissa de que todos os órgãos têm um “esqueleto”, uma estrutura básica, e usaram a dos ovários para construir através de impressão 3D o que chamaram de “andaimes”, por ser uma estrutura que se assemelha aos andaimes usados para fazer obras em edifícios.

Ao ser implantado no corpo, o ovário artificial é capaz de alojar os óvulos na sua estrutura porosa e permite que amadureçam, ao mesmo tempo que vasos sanguíneos rodeiam o “andaime” permitindo a circulação de hormonas que desencadeiam a produção de leite após o parto.

“Esta investigação demonstra que estes ovários bioprostéticos conseguem funcionar a longo prazo”, afirmou Teresa Woodruff.

Investigadores portugueses e latino-americanos
Investigadores portugueses e latino-americanos iniciam este mês um estudo que pretende identificar “alvos genéticos”...

“O estudo consiste em identificarmos alvos genéticos que podem ser responsáveis pela mediação inflamatória que é partilhada entre as doenças do sono e algumas doenças cardiovasculares”, disse o presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono (APCMS).

“Acredita-se que essa pode ser uma área de convergência entre duas situações que partilham fatores de risco e pode dar-nos algumas pistas para a ligação entre estas duas condições”, acrescentou o especialista em medicina do sono.

O estudo, com a duração prevista de três anos, é dividido em várias etapas, sendo a primeira um rastreio populacional, com ações de rastreio sobre a pressão arterial e qualidade do sono, que arranca este mês, “Mês do Coração”.

O rastreio pretende alertar a população para a ligação entre o sono inadequado e o risco cardiovascular e confirmar a relação entre essas duas condições.

“Depois dessa observação e da confirmação que existe essa ligação vamos debruçar-nos sobre alguns mecanismos que podem estar associados a isso”, explicou.

Hoje sabe-se que o sono perturbado aumenta o risco de erros e acidentes, diminui a imunidade e as defesas gerais e aumenta a probabilidade de desenvolver doenças metabólicas e cardiovasculares.

“Mas os mecanismos são ainda pouco conhecidos e controversos, sobretudo quando se sai da área da apneia do sono, doença que claramente afeta a morbilidade e mortalidade cardiovascular”, frisou.

Meira Cruz lembrou que “as doenças cardiovasculares mantêm-se como primeira causa de morte no mundo e em Portugal, e o sono adequado é cada vez mais raro, com tendência a piorar”.

“Sabendo que a quantidade e a qualidade do sono afetam de forma independente a função do sistema cardiovascular e que muitos dos seus determinantes têm envolvidos fatores hereditários, torna-se compreensível que algumas respostas para melhorar o panorama da saúde em geral e cardiovascular em particular possam estar nos genes, mas também no que designamos de epigenética”, referiu.

O investigador responsável pelo projecto, Christian Ramos, sublinha que "existem diversas questões sobre esta relação que ainda não têm resposta, nomeadamente no que respeita a aos mecanismos genéticos e moleculares comuns".

"Existem alterações nos processos de transcrição e tradução de genes que influenciam esta relação e alguns aspetos particulares associados à expressão genética ou ao seu silenciamento, podem ajudar-nos e compreender melhor os mecanismos básicos que nos permitirão eventualmente otimizar terapêuticas", adiantou Christian Ramos.

O projeto internacional 'Sono-miRs' reúne o Instituto de Biociências e Sistemas Integrativos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Divisão Cardiovascular da Universidade Federal de São Paulo, o Grupo de Função Autonómica do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa, a APCMS, a Somnus Clinic e a Life Beat.

Isabel Rocha, responsável pelo Laboratório de Função Autonómica Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Lisboa e participante no projeto, assume que o caminho pode ser longo, mas promissor, e defende que todos os passos que possam ser dados são de aproveitar.

“Existem alguns obstáculos metodológicos que terão que ser ultrapassados, nomeadamente no que respeita à transferência do conhecimento obtido nos modelos animais, para os humanos, mas os ganhos serão provavelmente significativos com impacto real na saúde individual e coletiva”.

Mês do Coração
A Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Câmara Municipal de Lisboa vão organizar um Festival do Coração, integrado nas...

No Festival do Coração, será possível, de uma forma inteiramente gratuita, avaliar os fatores de risco mais importantes para as doenças cardiovasculares, mediante rastreios à glicose e medição da pressão arterial, do índice de massa corporal e do perímetro abdominal. As ações serão realizadas por equipas de enfermeiros e nutricionistas, que farão as avaliações técnicas e darão conselhos a nível nutricional.

Os visitantes serão ainda convidados a participar nas diversas iniciativas de sensibilização para a importância de uma alimentação saudável e atividades físicas que decorrerão em simultâneo.

Para mais informações sobre a campanha “Maio, Mês do coração”, consulte o site: http://www.fpcardiologia.pt/ ou https://www.facebook.com/FPCardiologia/

Associação Nacional de Esclerose Múltipla
A gravidez e a esclerose múltipla e os mitos e as verdades sobre a doença estão entre os temas a abordar num conjunto de...

Em declarações, a coordenadora da associação, Lurdes Silva, explicou que os temas, a analisar no âmbito do Dia Mundial da Pessoa com Esclerose Múltipla e em parceria com três hospitais e um centro de reabilitação, "refletem as preocupações dos nossos utentes ao longo do ano".

No dia 31, disse a fonte, a Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM) vai organizar, com o serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, um evento que, entre outros temas, vai abordar a questão da gravidez e da esclerose múltipla.

"A maior percentagem dos doentes com esclerose múltipla são mulheres que são atingidas numa idade muito jovem pela doença. E quando a questão da gravidez surge, a primeira pergunta é sobre se o bebé vai ter também a doença, depois sobre a medicação. É algo recorrente", explicou a coordenadora da ANEM, uma associação sediada em Gondomar, distrito do Porto.

"Por isso, é importante dar respostas, como, por exemplo, explicar-lhes que durante a gravidez não há surtos da doença, e que mal deem à luz devem prosseguir com a medicação", prosseguiu.

"Hoje em dia, nas consultas, os médicos não têm tempo para dar todas as explicações e esta é uma forma que temos de os complementar, esclarecendo os nossos utentes", revelou.

No Centro Hospitalar do Tâmega e Vale do Sousa, a ANEM vai procurar também atalhar caminho em torno das perguntas que recebe diariamente, inserindo como tema no debate os mitos e verdades sobre a doença.

"A maior parte das pessoas associam os doentes com esclerose múltipla a acamados e à cadeira de roda quando podem não ser, pois, com os fármacos disponíveis, isso pode até nem acontecer e terem uma vida normal", revelou.

As iniciativas agendadas para o final do mês abrangem também o Hospital da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar, onde os temas a abordar serão "Sintomatologia da Esclerose Múltipla" e "Benefícios no tratamento e na reabilitação".

Explicar "A vida com a Esclerose Múltipla" e "Saberes e Experiências" dominam o painel na sessão que vai decorrer na mesma data no Centro de Reabilitação do Norte, em Vila Nova de Gaia.

Artigo de Opinião
No âmbito do Dia Mundial da Hipertensão, celebrado anualmente a 17 de maio, a Sociedade Portuguesa d

A HTA, definida de uma forma sucinta como a presença de valores de Pressão Arterial (PA) sistólica (vulgarmente conhecida por máxima) iguais ou superiores a 140 mmHg e/ou PA diastólica (conhecida por mínima) iguais ou superiores a 90 mmHg é, de, facto um fator de risco presente em 30 a 45% da população em geral, aumentando progressivamente nas populações mais idosas, que são uma "fatia" importante das sociedades ocidentais. Por outro lado, sabe-se também, que muitos dos doentes hipertensos, mesmo que medicados, mantêm valores acima do desejável.

Estes valores elevados, poderão levar ao aparecimento de lesões em vários órgãos do corpo humano, entre os quais o nosso cérebro, surgindo assim a mais temível das complicações: o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que continua a ser a principal causa de morte e de incapacidade crónica em Portugal.

Sendo a HTA o principal fator de risco suscetível de intervenção na prevenção do AVC é, portanto, fundamental insistir em alguns pontos fundamentais:

  • A responsabilidade deverá começar no próprio cidadão, através de uma cultura de vida adequada, principalmente através de hábitos alimentares saudáveis (com redução do consumo de sal) e prática regular de exercício físico;
  • É uma prioridade o diagnóstico, tratamento e controlo da HTA, sendo neste processo fundamental a atuação do seu Médico e Enfermeiro de Família (para aconselhamento, vigilância, deteção e tratamento). Para tal, recorra aos cuidados de saúde, para que estes profissionais o possam ajudar;
  • Se indicado, tome regularmente a medicação, não caindo no erro frequente de deixar de a tomar porque as "tensões têm andado bem!".

Não desvalorize os valores elevados que possam surgir nas avaliações que faz em casa e que muitas vezes atribui ao facto de poder estar "nervoso" ou "ansioso".

Sabendo-se que, através destes mecanismos, poderemos conseguir uma redução de até 40% de AVCs, estão aqui os argumentos mais que suficientes para nos fazer pensar duas vezes ou mais!

Os benefícios no tratamento e controlo da HTA são para si e para quem o ama, pois pense que no caso de ocorrência de um AVC, os que o rodeiam também sofrerão!

Para terminar, insiste-se na importância da redução do consumo de sal, a prática de exercício físico e a vigilância dos valores da pressão arterial, com toma regular de medicação, se para isso for necessário.

E, não se esqueça:  o futuro pode estar nas suas mãos!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Mais de metade dos profissionais dos cuidados de saúde inquiridos num estudo da Entidade Reguladora revelou um conhecimento...

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) realizou um estudo, hoje divulgado, sobre o grau de conhecimento dos utentes e dos profissionais prestadores de cuidados de saúde sobre os direitos dos utilizadores dos cuidados de saúde.

Entre os profissionais de saúde, foram analisadas mais de 3.400 respostas, entre profissionais a exercer funções em privados, público ou na área social.

Os profissionais abrangem médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, técnicos superiores de saúde ou administrativos.

Quanto aos utentes, foram avaliadas mais de mil respostas, tendo a amostra sido estruturada para refletir as características da população residente em Portugal continental com idade igual ou superior a 18 anos.

Segundo o estudo, mais de 50% dos profissionais e dos utentes desconhecem que o consentimento informado “é sempre necessário” e que não tem de ser realizado por escrito.

O consentimento informado é a autorização esclarecida prestada pelo utente antes da submissão a determinado ato médico ou a qualquer ato integrado na prestação de cuidados de saúde, participação em investigação ou ensaio clínico. No consentimento informado, o profissional de saúde tem o dever de averiguar se a pessoa entendeu a informação e o esclarecimento que lhe foram prestados.

Ainda em relação ao consentimento informado, menos de 40% dos profissionais de saúde e 26,6% dos profissionais administrativos responderam acertadamente.

Os profissionais revelaram também um conhecimento inadequado no que se refere à literacia sobre o direito de proteção dos dados pessoais e da vida privada dos doentes.

“Quando questionados sobre a propriedade do processo clínico, apenas 49,2% dos profissionais de saúde e 35,7% dos profissionais administrativos responderam acertadamente, indicando pertencer ao utente”, refere o documento.

O estudo do regulador conclui ainda que há um “elevado desconhecimento” sobre a existência de tempos máximos de resposta garantidos para consultas nos cuidados primários e hospitais, bem como para algumas cirurgias e meios complementares de diagnóstico.

“A grande maioria dos utentes e profissionais desconhece ainda os grupos de beneficiários do cheque-dentista”, conclui a ERS.

“O estudo permitiu constatar que o nível de literacia dos utentes e profissionais é maioritariamente inadequado”, refere o documento hoje divulgado.

A entidade reguladora sublinha que os utentes apresentam um índice global de conhecimento inadequado e que a literacia dos profissionais é, ainda assim, maior.

Contudo, os profissionais revelaram um “conhecimento problemático” no que se refere aos direitos dos utentes, o que exige uma “reflexão profunda”, defende a ERS.

“Os profissionais são o principal veículo de transmissão de informação aos utentes, pelo que o seu nível de desconhecimento irá, naturalmente, replicar-se nos utentes que por eles são informados”, indica o estudo.

Por isso mesmo, o regulador adianta que pretende avaliar as limitações no conhecimento dos profissionais com mais detalhe.

Grande Encontro realiza-se a 20 de maio
No âmbito do seu 91º aniversário a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal realiza, no próximo dia 20 de maio, no...

Em Portugal, a diabetes atinge já um milhão de portugueses, o excesso de peso e a falta de exercício físico são alguns dos fatores que contribuem para o aparecimento da doença. A sensibilização para a importância da atividade física será uma das iniciativas do Grande Encontro da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), estando prevista, pelas 11h00, a realização de uma aula de exercício a cargo do treinador Rui Barros. O evento que conta com o apoio da Câmara Municipal de Sintra aguarda a presença de associações de pessoas com diabetes de todo o país para participar neste dia especial, de convívio e de solidariedade.

O programa do Encontro inclui também, espaços de debate sobre a temática da diabetes que interessam à comunidade diabética em Portugal nomeadamente o futuro da diabetes tipo 1 e a importância das novas tecnologias para facilitar a rotina do diabético. De acordo com José Manuel Boavida, presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, “nos dois últimos anos, a diabetes tem registado um crescimento acentuado em Portugal. Em média, a diabetes matou 12 pessoas por dia, 160 pessoas são diagnosticadas com a doença e 500 são internadas. Para que a diabetes não se torne uma epidemia consideramos importante que haja uma aproximação entre os cuidados hospitalares e os cuidados primários”, explica.

O Grande Encontro da APDP promete ainda momentos emotivos com a atribuição do Prémio Ernesto Roma e uma homenagem a pessoas com 50 ou mais anos de diabetes, sendo a animação do evento feita com alguns espaços musicais que contarão com a presença de Fernando Pereira, António Pinto Basto e Matilde Cid.

A entrada é gratuita podendo a sua inscrição ser feita através do número 21 381 61 51 ou para o email [email protected].

Pode consultar o programa aqui.

Há três milhões de hipertensos em Portugal
Cerca de 42% dos portugueses têm valores anormais de pressão arterial. Contas feitas, isto significa que há qualquer coisa como...

“Infelizmente, hoje ser hipertenso é saber que está muito e largamente acompanhado”, confirma o especialista. Acompanhado pelos que se preocupam com a doença, pelos que não sabem que a têm e pelos outros, aqueles que, refere o médico, “não tomam os medicamentos ou recusam, consciente ou inconscientemente, as propostas de estilos de vida que lhe foram indicadas: comer sem sal, emagrecer, deixar de fumar…”.

Por cá, cerca de 25% dos indivíduos com hipertensão arterial não tomam medicamentos. A culpa, explica Pedro Marques da Silva, não morre aqui solteira. “Os médicos, o sistema de saúde, as preocupações de todos os dias, o dinheiro que não estica também ajudam. Mas já que temos que tomar um medicamento, pelo menos que consigamos baixar a pressão arterial.” No entanto, “dos hipertensos que estão medicados, só 42% estão controlados”.

Um controlo que passa por cada um, até porque “a subida da pressão arterial pode ser evitada”. E quando existe, pode também ser tratada, determinando “uma redução muito significativa no risco de ocorrência de um qualquer acontecimento indesejável cardiovascular (uma trombose cerebral ou um enfarte do miocárdio, por exemplo”.

Mas afinal de que se trata quando falamos de hipertensão? O médico explica. “Fala-se de hipertensão arterial quando há uma elevação da pressão sanguínea nas artérias, ou seja, quando o sangue - o fluxo sanguíneo - exerce, nas artérias, uma força maior do que a habitual. É esta pressão excessiva, deslocada, não fisiológica que, em última análise, acaba por causar danos nos vasos, no coração, no cérebro ou nos rins.”

No que diz respeito à pressão arterial, nem sempre apresenta os mesmos valores, adaptando-se a diferentes circunstâncias. “Varia consideravelmente durante o dia e, naturalmente, também durante a noite”, refere Pedro Marques da Silva, que considera essencial saber como medir e quais os valores saudáveis. “Quando mede a pressão arterial, são-lhe ditos dois valores. Por exemplo, 134/82 mm Hg (milímetros de mercúrio): o primeiro número (134), mais elevado, produz-se quando o coração se contrai (sístole) e é a pressão arterial sistólica, máxima; o segundo (82), menor, corresponde à relaxação entre um batimento e outros (diástole) e é a pressão arterial diastólica, a mínima.” Geralmente, na hipertensão, tanto a pressão máxima como a mínima estão aumentadas.

Há atitudes e comportamentos que se sabe estarem na origem do problema que é urgente modificar. “A atividade física regular que deixamos de fazer, a comida em demasia, o peso quem tem vindo a aumentar, o saleiro que insistimos em pôr na mesa… tantos gestos, tantos sinais de que a hipertensão arterial pode estar a chegar…”, acrescenta o médico, que defende que “um projeto de saúde cardiovascular só é atingido em pleno quando conseguimos ultrapassar as barreiras de informação, postura e comportamento”.

Centro Desportivo Nacional do JAMOR
Os Diab(r)etes – grupo de doentes diabéticos criado no Facebook há cerca de 6 meses e que conta, atualmente, com mais de 2000...

Foram convidados para o Evento, enquanto entidades oficiais, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, e o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas.

Para assinalar este momento, e porque a prática regular de atividade física cumpre um papel importante no controlo e gestão da Diabetes, o Grupo Diab(r)etes irá reunir cerca de 200 participantes neste dia, provenientes de vários pontos do país, dando-lhes a oportunidade de aprender e/ou praticar uma modalidade desportiva que se torna muito benéfica para o doente diabético - o Ténis.

No âmbito deste 3º Encontro Nacional serão realizadas “Clínicas de Ténis” e dinamizados Torneios entre todos os participantes, seguindo-se depois a realização de um almoço/piquenique e de um momento de convívio, onde todos os participantes irão vestir uma t-shirt de cor azul para que seja criado visualmente, entre todos, o “Círculo Azul”, simbolizando assim o logótipo mundial da Diabetes.

Este Encontro conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, do Clube de Ténis do JAMOR, do Instituto Português do Desporto e Juventude, do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, El Corte Inglés e várias empresas ligadas ao setor farmacêutico.

A entrada neste Encontro é gratuita e extensível a todos os interessados.

Programa

3º Encontro Nacional dos Diab(r)etes

10H00-10H30m                 Registo dos Participantes e Entrega de kit

10H30m-11H00                 Distribuição de todos os participantes pelos respetivos Campos

11H00-13H00                    Clínicas de Ténis e Torneio

13H00-15H30m                 Almoço com todos os participantes (piquenique no Jamor)

15H30m-17H00                 Convívio e Entrega de Prémios

                                          Realização do “Círculo Azul”

“Quality Improvement Award 2017”
O Hospital de Braga foi o único hospital português distinguido no prémio Quality Improvement Award 2017, atribuído pelo Caspe...

O prémio “Quality Improvement Award 2017”, atribuído em função da análise de um painel de peritos de várias áreas e organizações da saúde, distingue o Hospital de Braga (HB) pela qualidade da prestação dos cuidados de saúde, pela experiência que proporciona ao doente e pelo trabalho desenvolvido no bem-estar, segurança e satisfação dos profissionais.

O anúncio foi feito na cerimónia anual do CHKS Top Hospitals Awards 2017, que juntou, em Londres, mais de 200 intervenientes e líderes de organizações de saúde internacionais. Esta distinção é o reconhecimento internacional da implementação contínua de ações que elevam a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos utentes do Hospital de Braga, como é o exemplo dos compromissos assumidos nos processos de acreditação na área da Qualidade, Ambiente e Segurança.

Os sucessivos reconhecimentos, pelas entidades competentes, da qualidade e eficiência do Hospital de Braga foram valorizados nesta distinção. Destacando-se a conquista do título de melhor hospital de média/grande dimensão – TOP5 dos Hospitais - em dois anos consecutivos, que avalia a qualidade assistencial, a eficiência e adequação dos cuidados de saúde.

Esta distinção reconhece, ainda, os vários projetos implementados para melhorar a qualidade clínica e satisfação dos utentes como são exemplo as práticas de regulares de auditorias clínicas, com especial enfoque no programa de Enfermagem, o desenvolvimento do movimento Cuidar+, e a criação da Direção de Serviço ao Utente, assumindo o Hospital de Braga o papel de líder nacional na criação deste Serviço que gere de forma integrada todo o percurso do doente.

O trabalho desenvolvido na satisfação dos profissionais é, também, reconhecido neste prémio através das várias medidas implementadas, anualmente, e nas quais se distinguem ações que beneficiam colaboradores com vencimentos mais reduzidos com a oferta de Cabazes de Natal, Bolsas de Livros Escolares, ou ainda, uma forte política de recrutamento interno que permite uma progressão na carreira profissional.

Os Top Hospital Awards comemoram o sucesso dos profissionais de saúde a nível internacional e premeiam a inovação e a melhoria da prestação dos cuidados de saúde, desafiando continuamente as instituições prestadoras de cuidados de saúde para a persecução de uma estratégia orientada para a melhoria da experiencia dos seus utentes. 

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