Infarmed
Ministros da saúde de seis países europeus, incluindo Portugal, assinaram um acordo considerado inédito com o objetivo de...

Segundo uma nota hoje divulgada pela Autoridade do Medicamento portuguesa (Infarmed), o acordo de cooperação foi assinado na segunda-feira em Malta pelos ministros de Portugal, Malta, Chipre, Grécia, Espanha e Itália.

Uma das ideias partilhadas pelos seis ministros da Saúde europeus é tentar criar mecanismos para negociação de preços e aquisição conjunta de medicamentos.

Na declaração assinada, os países comprometem-se a criar uma comissão técnica que “explore diversas estratégias e modelos de cooperação voluntária” que incluem “a partilha de informação, a identificação das melhores práticas, a avaliação alargada de medicamentos e tratamentos inovadores, a exploração de mecanismos possíveis para a negociação de preços e aquisição conjunta”.

Este consenso pode vir a ser alargado a outros países europeus que assim o entendam, prevê ainda a declaração de La Valletta.

O ministro da Saúde português, Adalberto Campos Fernandes, defendeu já alterações na formulação de preços dos medicamentos em benefício dos doentes.

“É necessária uma mudança nos mecanismos para a formulação dos preços que beneficie os doentes, garanta essa sustentabilidade e promova a concorrência e o retorno do investimento da indústria farmacêutica”, referiu o ministro citado na nota divulgada pelo Infarmed.

10 de Maio - Dia Mundial do Lúpus
A Associação de Doentes com Lúpus promove a sua 2ª Corrida Solidária “Vamos Correr com o Lúpus” no próximo dia 04 de Junho, no...

A par desta corrida, a Associação de Doentes com Lúpus (ADL) irá organizar o “XI Encontro Nacional de Doentes” no dia 24 de Junho no Hotel Sana Metropolitan em Lisboa.

Para mais informações sobre estes eventos podem consultar o site da Associação aqui ou enviar um mail aqui.

As várias Associações de Doentes com Lúpus em todo o mundo estão a organizar pelo 13º ano consecutivo a celebração do Dia Mundial do Lúpus, que decorrerá no próximo dia 10 de Maio. Esta doença afeta pelo menos 5 milhões de pessoas em todo o mundo.

Porquê o Dia Mundial do Lúpus?
Os benefícios conseguidos com um diagnóstico precoce são uma das principais razões que levaram a união das organizações em todo o mundo à celebração do Dia Mundial do Lúpus.

Esforços para identificar as causas do Lúpus e a cura têm sido desenvolvidos em todo o mundo. O dia Mundial do Lúpus pretende que as várias descobertas sejam partilhadas pela comunidade interessada nesta temática.

A investigação médica e os esforços para conseguir o desenvolvimento de terapias mais eficazes para esta doença ficam muito aquém quando comparadas com outras doenças similares. Esta situação é agravada pelo facto de em todo o mundo muitos médicos não estarem completamente informados dos sintomas e das consequências da doença, o que leva a que muitos doentes esperem vários anos por um diagnóstico. É necessário também educar os doentes e as suas famílias para as possíveis alterações do estilo de vida.

Além disto, o Dia Mundial do Lúpus pretende dar conforto e esperança aos doentes com Lúpus, elevando o nível de conhecimento sobre a doença, o que pode ajudar a manterem uma qualidade de vida e a serem cidadãos ativos.

O que é o Lúpus?
Lúpus é uma doença do sistema imunitário. Este geralmente produz anticorpos ou proteínas que defendem o organismo de ataques exteriores. Por razões desconhecidas o sistema imunitário dos doentes com Lúpus produz anticorpos que atacam o próprio organismo, podendo provocar a falência de órgãos, incapacidades, ou até a morte. Pode apresentar vários sintomas como a fadiga, dores articulares, dores musculares, entre muitos outros.

Atualmente a doença não tem cura, é de causa desconhecida e pode ser fatal. Qualquer parte do organismo pode ser afetada, nomeadamente a pele, o coração, os pulmões, os rins ou o cérebro.

Trata-se de uma doença de difícil diagnóstico porque pode apresentar os mais variados sintomas e acaba por afetar não só o doente como também a sua família, os amigos e os colegas de trabalho.

Quem tem Lúpus
Se o Lúpus pode afetar pessoas de todos os países, existem determinadas raças que têm mais probabilidades que outras para desenvolveram Lúpus.

O Lúpus afeta essencialmente as mulheres em idade fértil (entre os 15 e 44 anos), no entanto, homens, crianças e mulheres de todas as idades podem ter Lúpus. As últimas estimativas referem que mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo têm 1 forma de Lúpus e pensa-se que 100.000 novos casos aparecem a cada ano.

O Impacto do Lúpus
Estudos internacionais mostraram que o Lúpus tem um impacto considerável no sistema de Saúde e na sociedade, devido à complexidade da doença e do seu tratamento.

Dependendo dos órgãos afetados e da frequência e gravidade da atividade da doença, os doentes com Lúpus podem ter que fazer medicação muito diversificada e serem tratados por várias especialidades.

Web Summit
Duas das 67 ‘startup’ que representaram Portugal na cimeira tecnológica Web Summit relataram casos de sucesso: a knok...

Segundo José Bastos, da knok healthcare, os objetivos da participação na conferência tecnológica e de empreendedorismo de realizar contactos e formalizar investimentos foram alcançados, precisando que a empresa levantou 350 mil euros e que avança para a internacionalização.

“Como consequência do levantamento de fundos, ainda durante o primeiro semestre de 2017 conseguiremos lançar a knok em Madrid e, simultaneamente, lançar a aplicação knok 2.0, com mais serviços e uma oferta ainda mais relevante, que vai ao encontro do ‘feedback’ [retorno] que temos recebido dos nossos pacientes e dos nossos médicos”, afirmou o cofundador da aplicação.

Apresentando-se estilo ‘Uber para médicos’ e com o objetivo de melhorar o acesso a cuidados primários de saúde, a plataforma liga em tempo real doentes e médicos para “consultas pessoais, personalizadas e de elevada qualidade”.

A sua ronda ‘seed’ (ronda de investimento inicial), no valor de 350 mil euros, foi liderada pela Mustard Seed, uma empresa de capital de risco londrina. O acordo foi divulgado aquando da realização da Web Summit, que decorreu em 2016 pela primeira vez em Lisboa.

A B-PARTS, que garante ser o maior distribuidor de peças usadas da Europa, garantiu ter quintuplicado (400%) o seu crescimento em 2016.

O cofundador Luís Vieira resumiu o percurso da empresa, relatando o início em 2014, a entrada no mercado nacional em 2015 e a internacionalização para Espanha em 2016.

“O arranque comercial da B-PARTS em 2015 superou as nossas expectativas em faturação e 2016 comprovou a resiliência do modelo de negócio com um crescimento de 400%. 2017 arranca com ‘break-even’ (equilíbrio) operacional do negócio”, garantiu o responsável.

Na base da evolução esteve o aumento contínuo do ‘stock’ na plataforma e a aposta em produtos mais competitivos adquiridos em Espanha. “Atualmente, 35% do volume de negócios da B-PARTS é exportação”, acrescentou Luís Vieira, notando que a participação na Web Summit possibilitou exposição internacional e ‘networking’ (contactos) com investidores e empresas do setor.

Quando passam seis meses sobre a realização da Web Summit, as empresas em início de atividade e com grande potencial de crescimento (‘startups’) que representaram Portugal voltaram a ser contactadas, para atualização do balanço da sua participação.

Com possibilidade de respostas múltiplas, o inquérito questionava sobre se os objetivos de participação tinham sido alcançados, quais os objetivos traçados e as hipóteses de voltar a participar no evento fundado em Dublin.

Das 31 empresas que responderam, a maioria referiu ter cumprido os objetivos definidos, que eram sobretudo para fazer contactos e dar a conhecer a empresa. Apenas três ‘startup’ indicaram que tinham por meta formalizar investimentos.

Vinte e duas empresas indicaram que voltariam a participar na Web Summit através de concurso, como em 2016.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A Web Summit é uma conferência global de tecnologia que volta a decorrer este ano na capital portuguesa, entre 06 e 09 de novembro, depois de ter atraído na edição anterior a Lisboa cerca de 53.000 participantes, de 166 países, incluindo 15.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em Lisboa até 2020 e poderá ficar por mais dois anos.

Serviço de Urologia e Transplantação Renal
O serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra anunciou ter ultrapassado a...

"De há muitos anos para cá tem sido o centro português com maior número de transplantes", disse o diretor do serviço, Arnaldo Figueiredo, que dirige a unidade desde maio de 2016, salientando que Portugal é o quarto país europeu com maior taxa de transplantes por milhão de habitantes.

Em declarações, o especialista salientou que 3.000 transplantes é um número muito representativo a nível europeu, pois a maioria dos centros de transplantação "não tem este número de doentes", o que "coloca o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), verdadeiramente, na linha da frente".

Em Espanha, que tem um nível de transplantação global superior a Portugal, mas distribuídos por 50 centros, haverá individualmente apenas "um centro em Madrid que tem um volume de transplantação como o do CHUC, sendo os outros todos inferiores".

A organização dos transplantes em Portugal assenta em três centros: Sul, Norte e Centro. O do Centro tem uma taxa de 38 a 40 dadores por milhão de habitantes, superior aos 27 do Sul e 22 do Norte.

"Se considerássemos a zona Centro um país, o Centro seria o país da Europa que tinha maior taxa de dadores por milhão de habitantes", sublinhou Arnaldo Figueiredo, que realça o trabalho desenvolvido pelo gabinete de coordenação da região Centro na colheita dos órgãos.

"O nosso recorde de transplantes é 177 num ano, mas temos uma média dos últimos dois anos que andará nos 140, o que faz com que o número 2.000 tenha sido festejado em 2010 e que, menos de sete anos depois, estejamos a assinalar o número 3.000", acrescentou.

O número 3.000, alcançado a 27 de abril, assume importância "não só por ser, de longe, no centro português com maior número de transplantes feitos, acumulado e anual, mas também por ser numa área que é merecedora de atenção especial, porque a insuficiência renal crónica é uma doença com uma prevalência crescente".

Desde essa data, o serviço de Urologia e Transplantação Renal do CHUC, que trabalha em estreita parceria com o serviço de Nefrologia, já efetuou 12 transplantes, mantendo um ritmo "irregular, com picos, em que se pode fazer num fim de semana 12 e depois estar 15 dias sem fazer nenhum, porque a maioria [90%] são transplantes de cadáver".

Na transplantação renal não se pode falar em listas de espera, porque, segundo Arnaldo Figueiredo, um doente pode demorar "uma semana ou oito anos" a ser transplantado, dependendo de vários fatores, sobretudo da compatibilidade do doente com o dador.

"A oferta é inferior à procura. Temos menos órgãos para transplantação do que aqueles que seriam necessários, sendo inevitável que quem entre em hemodiálise fique algum tempo a aguardar", disse o médico.

O aumento significativo da sobrevida dos doentes registado nos últimos anos "deve-se ao avanço da medicina e dos fármacos, e ao acompanhamento" médico, refere o diretor do serviço, considerando que "isso é tanto mais notável quanto a qualidade dos órgãos dos dadores tem diminuído".

Segundo o especialista, a idade média dos dadores cadáver há 10 ou 15 anos era cerca de seis anos inferior àquela que é agora, porque grande parte dos dadores eram jovens vítimas de acidentes de viação e traumatismos cranioencefálicos.

"Agora, é o contrário, a grande maioria dos dadores são vítimas acidentes vasculares cerebrais, mais idosos, com hipertensão", adiantou Arnaldo Figueiredo.

Ainda assim, acrescentou, "conseguem-se taxas de sobrevida do enxerto ao final de um ano na casa dos 95% e a 10 anos na ordem dos 70%".

Para prevenir doenças renais, o responsável médico aconselha a população a praticar exercício físico com regularidade, não fumar e ter uma alimentação equilibrada, sem excesso de proteínas.

O serviço de Urologia e Transplantação Renal do CHUC abrange doentes do Algarve a Bragança e serve toda a zona Centro, onde residem 2,7 milhões de pessoas, sendo o único serviço de urgência da região com urologista permanente.

Estudo
Dormir mais ou tomar estimulantes como a cafeína, aliviam mais a dor crónica do que analgésicos como o ibuprofeno e a morfina,...

O estudo, conduzido por investigadores do Hospital Pediátrico de Boston e pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, Estados Unidos, e publicado na revista científica Nature conclui que, em vez de tomar analgésicos, os pacientes com dor crónica poderiam beneficiar de melhores hábitos de sono com medicamentos para as insónias, e com agentes que aumentem o nível de alerta durante o dia.

Os investigadores usaram ratos para medir a relação entre as perdas de sono agudas ou crónicas e a sensibilidade a estímulos dolorosos.

Segundo Chloe Alexandre, doutorada em fisiologia do sono, os ratos foram privados de sono com brinquedos e atividades, imitando o que ocorre com as pessoas que, por exemplo, reduzem as suas horas de descanso a ver televisão à noite.

A sensibilidade à dor foi avaliada através da exposição dos animais a quantidades controladas de calor, frio, pressão e capsaicina (componente ativo das pimentas) e medindo o tempo que estes demoravam a reagir.

“Descobrimos que cinco dias de privação moderada do sono podem agravar significativamente a sensibilidade à dor em ratos saudáveis”, explicou Chloe Alexandre.

Surpreendentemente, os analgésicos comuns, como o ibuprofeno, não bloqueiam a hipersensibilidade à dor induzida pela privação de horas de descanso.

Os resultados mostram que os pacientes que usam este tipo de medicamentos para aliviar a dor podem ter que aumentar a dose dos mesmos para compensar a menor eficácia devido à falta de sono, o que aumentaria o risco de efeitos secundários.

No entanto, a cafeína e o modafinil, estimulantes que promovem as insónias, inibem a hipersensibilidade à dor causada em ratos privados do sono, mas não tiveram efeito analgésico nos ratos que não viram as suas horas de descanso reduzidas.

“Isto representa um novo tipo de analgésico que não se tinha considerado antes, um que dependa do estado biológico do animal”, disse o diretor do laboratório da investigação.

Infarmed
Os ministros da Saúde de dez países europeus discutem hoje, em Malta, o acesso e o custo dos medicamentos, com o ministro...

“A procura de soluções para garantir o acesso a novos medicamentos, mantendo a segurança e a estabilidade financeira dos países europeus, é um objetivo comum a todos os participantes desta mesa-redonda. Por essa razão, é necessária uma mudança dos mecanismos para a formulação dos preços que beneficie os doentes, garanta essa sustentabilidade e promova a concorrência e o retorno do investimento da indústria farmacêutica”, referiu o ministro Adalberto Campos Fernandes, citado num comunicado divulgado pelo Infarmed.

O encontro junta os ministros de Portugal, Grécia, Espanha, Itália, Chipre, Bélgica, Roménia, Irlanda e Malta, o país anfitrião, e o secretário de Estado da Eslováquia em torno de uma mesa redonda, em La Valleta, a capital maltesa.

“A concorrência, os desafios da transparência e a elaboração de novos modelos de preços são os três temas centrais” em discussão, de acordo com o comunicado do Infarmed-Autoridade Nacional do Medicamento.

Da delegação portuguesa, para além do ministro Adalberto Campos Fernandes, fazem também parte a presidente e o vice-presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado e Rui Ivo, e o coordenador da Estratégia Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Henrique Luz Rodrigues.

Para além de responsáveis governamentais, o encontro conta com a presença de representantes da indústria farmacêutica e associações de doentes.

Esta vai ser a terceira mesa-redonda de ministros da Saúde tendo por base objetivos definidos pela presidência maltesa da União Europeia, que passam pela “procura de respostas em áreas ainda sem alternativas terapêuticas”, o “uso racional do medicamento” ou o “acesso a tratamentos por parte de doentes que ainda não têm resultados favoráveis”.

“Tendo em conta o espírito de aproximação e partilha desta mesa-redonda, pretende-se ainda que haja um suporte à inovação, ao retorno do investimento por parte da indústria farmacêutica e novos modelos que permitam uma avaliação justa dos resultados e do valor dos novos medicamentos”, acrescenta o comunicado.

O encontro segue-se a outro que decorreu em abril, em Lisboa, e que juntou à mesa responsáveis governamentais de 11 países, e do qual saiu a proposta para a criação de um Grupo de Alto Nível, que deve ver os seus termos de referência aprovados em Malta.

No Brasil
Os casos de dengue, Zika e chikungunya registados no Brasil caíram 89% nos quatro primeiros meses do ano relativamente ao mesmo...

As três doenças têm as estatísticas divulgadas em conjunto porque são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito 'Aedes aegypti'.

Na comparação entre 2017 e 2016, respetivamente, os casos de dengue diminuíram 91%, passando para 113.381 face aos 1.180.472 casos registados no ano passado.

O número de mortes provocados pela dengue neste ano chegou a 17 contra as 507 em 2016.

Os casos de vírus Zika - que alarmaram o mundo após a doença ser associada ao aumento do número de recém-nascidos com microcefalia -, recuaram 95%, passando para 7.911 suspeitas de infeção ante 170.535 suspeitas reportadas no mesmo período do ano passado.

Já as infeções por febre chikungunya somaram 43.010 casos em 2017, menos 69% relativamente aos 135.030 registos oficiais de 2016.

A febre chikungunya causou nove mortes neste ano. Em 2016, o governo brasileiro reportou que 196 pessoas morreram em consequência desta doença no país.

Nos EUA
Bioengenheiros da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram tecidos ósseos que podem fornecer nova medula a...

A equipa desenvolveu tecidos ósseos com medula óssea funcional que foram preenchidos com células de dadores e implantados sob a pele dos roedores doentes.

As células de dadores sobreviveram pelo menos durante seis meses e deram aos ratos novas células sanguíneas.

Segundo o primeiro autor do estudo, Yu-Ru Shih, o trabalho realizado poderá contribuir para desenvolver melhores tratamentos para as doenças não cancerígenas da medula óssea, como a anemia aplástica (produção insuficiente de células sanguíneas na medula óssea).

Atualmente, antes de receberem um transplante de medula óssea, os doentes são submetidos a radiação, por vezes combinada com medicamentos, para que as suas células estaminais que ainda existam sejam eliminadas.

Este pré-tratamento visa melhorar o sucesso do transplante pela libertação de espaço na medula, permitindo que as células do dador sobrevivam e cresçam sem competir com as células do doente.

Contudo, este tratamento causa, muitas vezes, efeitos adversos como náuseas, fadiga ou infertilidade.

Num comunicado, a Universidade da Califórnia realça que os resultados do estudo são significativos, uma vez que a medula implantada é funcional, as células dadoras podem crescer e sobreviver durante longos períodos de tempo na presença de células hospedeiras e as células hospedeiras e dadoras podem circular entre a medula implantada e o sangue do hospedeiro através da rede de vasos sanguíneos formada no tecido ósseo implantado.

O grupo de bioengenheiros criou implantes que imitam a estrutura dos ossos longos do corpo, constituídos por um compartimento externo, de osso, e um interno, de medula.

Os implantes são feitos de hidrogel (gel composto por água) e de minerais de fosfato de cálcio. As células estaminais (que dão origem a outras células) cultivadas nestes minerais diferenciam-se em células de formação óssea.

A medula óssea aloja células estaminais que produzem células do sangue.

Quando colocados sob a pele de ratos, os implantes amadurecem em tecidos ósseos (que têm uma rede de vasos sanguíneos) com uma medula óssea funcional que produz novas células sanguíneas.

Ao fim de um mês, os investigadores descobriram que a medula implantada nos roedores continha uma mistura de células sanguíneas do hospedeiro e do dador. A mesma mistura foi detetada passados seis meses.

Numa outra experiência, os cientistas pegaram nas células estaminais da medula óssea implantada e transplantaram-nas num segundo grupo de ratos, cujas células estaminais foram destruídas por radiação e medicamentos, e observaram que as células transplantadas se tinham disseminado na corrente sanguínea dos roedores.

Matosinhos
O Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, vai investir mais de 200 mil euros num novo equipamento de imagiologia (Raios X) que...

“O Hospital Pedro Hispano, integrado na Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), está a investir na modernização do equipamento de Imagiologia com a aquisição de um novo aparelho de Raios X que vai permitir aumentar a capacidade de resposta do serviço, reduzindo o tempo de espera dos utentes para a realização destes exames”, refere o hospital em comunicado.

Segundo o documento, a aquisição do “novo aparelho de RX telecomandado, num investimento superior a 200 mil euros, vem substituir o equipamento existente aumentando a capacidade instalada do Serviço de Imagiologia, que passa a conseguir realizar um maior número de exames e assegurar a resposta mais rápida aos seus utentes”.

“Desta forma, é possível garantir a continuidade da internalização destes meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) de que a ULSM foi pioneira, cumprindo o compromisso com os objetivos da tutela, de aumentar e aproveitar a capacidade instalada das unidades de saúde”, refere Victor Herdeiro, presidente do Conselho de Administração da ULSM, citado no comunicado.

O hospital recorda terem sido inauguradas na passada sexta-feira as novas instalações da Unidade de Saúde Familiar de Custóias - um investimento superior a 328 mil euros (328.410,00 euros), cofinanciado pelo programa Norte 2020 em 192 mil euros.

Câmara de Sesimbra e Ministério da Saúde
A Câmara de Sesimbra e o Ministério da Saúde assinam hoje um protocolo para a instalação de uma nova Unidade de Saúde Pública,...

Segundo revelou a vice-presidente da Câmara de Sesimbra, Felícia Costa, "a autarquia cede ao Ministério da Saúde um edifício na Rua Aníbal Esmeriz, perto do atual Centro de Saúde, por um período de 50 anos, onde irá funcionar a parte mais importante do futuro Centro de Saúde - atendimento de doentes e serviços administrativos".

"Conforme prevê o protocolo, o Ministério da Saúde atribui-nos uma verba de 900 mil euros para a elaboração do projeto, execução e fiscalização da obra. Tudo o que for para além deste montante - e estamos convictos de que o custo do novo centro de saúde vai ser superior - será suportado pela autarquia", acrescentou.

Segundo uma nota de imprensa da Câmara de Sesimbra, a futura unidade de saúde de Sesimbra, que só deverá estar concluída em 2021, vai ter um outro espaço, no antigo dispensário, na Rua Amélia Frade, que é propriedade do Ministério da Saúde e que irá acolher as "unidades de cuidados continuados e recursos de assistência partilhada".

Esta solução para a futura unidade de Saúde de Sesimbra surgiu como alternativa a uma proposta anterior da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que pretendia a construção de um novo edifício no terreno do antigo dispensário, mas essa proposta não foi bem aceite pela autarquia, por se tratar de um "espaço longe do centro da vila, afastado de transportes, estacionamento, comércios e serviços, e de acesso difícil, sobretudo para a população mais idosa".

A Câmara de Sesimbra e o Ministério da Saúde acabaram, no entanto, por encontrar uma solução que mereceu o acordo das duas partes, e que será ratificada esta terça-feira através da assinatura do respetivo contrato-programa.

A vice-presidente da Câmara de Sesimbra apela, no entanto, ao Ministério da Saúde para que prepare devidamente a afetação dos meios humanos necessários ao bom funcionamento da futura unidade de saúde, "para que não se verifique o mesmo que tem acontecido com outros equipamentos de saúde do país, que, depois de concluídos, não podem abrir portas devido à falta de recursos humanos".

O Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, preside à cerimónia de assinatura do contrato-programa entre o Ministério da Saúde e a Câmara de Sesimbra, que terá lugar às 12:30 de terça-feira, no Auditório Conde Ferreira.

Até ao fim do ano
Portugal vai ter até ao fim do ano mais 53 mil vacinas para a hepatite A, a juntar às cerca de 11 mil que ainda existem...

O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, que considerou que o país terá um ‘stock’ de vacinas que será suficiente e confortável para lidar com o atual surto da doença, que ocorre também em vários países europeus.

Estas 53 mil doses de vacinas chegarão de forma faseada até ao final do ano e juntam-se às 11 mil que há atualmente disponíveis.

Assim, Portugal fica com cerca de 64 mil vacinas, cerca do dobro do que é administrado geralmente num ano.

Havia no início do atual surto de hepatite A cerca de 12 mil vacinas, das quais foram administradas até agora cerca de 1.200.

Têm sido administradas desde abril a um ritmo médio de 48 por dia, sendo que 97% foram dadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, aquela que concentra maior número dos 242 casos da doença até hoje.

Cerca de 60% foram administradas a homens que têm sexo com homens, 38% a viajantes e 2% a contactos próximos (íntimos ou familiares) de doentes com hepatite A.

Para incentivar e reforçar a vacinação, as autoridades de saúde criaram uma unidade móvel (uma ambulância do INEM) que durante algumas noites e madrugadas procurou vacinar a população com maior risco (homens que fazem sexo oro-anal com homens).

Foram vacinadas na zona do Bairro Alto, nesta unidade móvel, 314 pessoas em cinco noites.

A responsável pelo Programa das Hepatites Virais da Direção-Geral da Saúde (DGS), Isabel Aldir, diz que no futuro próximo as autoridades querem continuar o reforço da vacinação, antes dos festivais de verão e de encontros da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) em Portugal e em Espanha.

Francisco George voltou a mostrar preocupação com estes encontros, indicando que até ao fim deste mês as autoridades vão preparar um “pacote de proteção” para prevenir a infeção a tempo dos festivais de verão.

Embora não tenha esclarecido em que consistirá esse “pacote de prevenção”, Francisco George indicou que conterá material informativo no que se refere à prevenção das hepatites A e B e de outras doenças sexualmente transmissíveis, bem como a medidas de higiene pessoal.

Sobre a progressão do surto, o diretor-geral mostrou-se otimista quanto à desaceleração dos casos.

No que respeita ao reforço das vacinas, Hélder Mota Filipe, do conselho diretivo da Autoridade do Medicamento (Infarmed), disse que as 53 mil doses são provenientes de laboratórios da Europa mas também da América do Norte.

O reforço das vacinas vai permitir alargar os critérios de administração aos viajantes, até porque a partir de junho as farmácias vão ter novamente à venda doses para compra direta aos utentes que necessitem e mediante receita médica.

Neste atual surto, para gerir o stock de vacinas, a DGS decidiu que os viajantes que quiserem ser vacinados terão de submeter, através do médico, um pedido às autoridades de saúde.

Dos 480 pedidos feitos até ao momento por viajantes que pretendiam levar a vacina, cerca de 40% foram recusados.

As vacinas, que estão agora a ser administradas de forma gratuita, dirigem-se sobretudo a homens que têm sexo com homens de forma desprotegida e podem ter comportamentos de risco e a contactos íntimos e familiares de doentes com hepatite A.

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não provoca cronicidade e dá imunidade para o resto da vida.

Calcula-se que em Portugal mais de 95% da população com mais de 55 anos esteja imune, dado que a doença chegou a ser frequente e começou a decair com a melhoria das condições sanitárias e socioeconómicas.

Comissão Europeia
Este medicamento previne as náuseas e vómitos tardios associados a quimioterapia moderadamente ou altamente emetogénica em...

Durante os ensaios clínicos de fase 3, mais de 50% dos doentes a quem foi administrado este tratamento manifestou um retrocesso nos efeitos secundários da quimioterapia.

Com mais de metade dos doentes tratados com quimioterapia emetogénica a manifestarem náuseas e vómitos, a aprovação desta substância dará aos médicos na Europa uma nova opção para ajudar a prevenir este grave efeito secundário. 

Desenvolvido nos EUA
Um novo dispositivo para colonoscopias usa uma cápsula robótica magnética com 18 milímetros comandada do exterior com um íman,...

"Não há dúvidas sobre o valor das colonoscopias para detetar o cancro do cólon, mas muitas pessoas evitam este procedimento por terem medo do exame, o desconforto ou o risco por causa da anestesia", afirmou o professor catedrático de medicina Keith Obstein, do centro médico da Universidade Vanderbilt, em Nashville, no estado do Tennessee.

Keith Obstein afirmou esperar que a cápsula, introduzida no intestino através do reto e depois comandada por um braço robótico equipado com um íman, possa ser usada de forma segura e eficaz para identificar e retirar lesões pré-cancerosas e tumores detetados nos exames.

Os investigadores testaram a cápsula, com diâmetro mais pequeno do que o dos endoscópios usados habitualmente nas colonoscopias, 30 vezes no intestino de um porco, verificando que permite fazer mais manobras do que os aparelhos existentes.

Obstein afirmou que a equipa vai fazer testes em humanos, que pretende começar no fim de 2018. Enquanto isso, vão continuar a trabalhar no braço robótico que guia a cápsula no percurso pelo intestino.

Direção-Geral da Saúde
Portugal tem até hoje 242 casos registados de hepatite A, num surto que começou no início do ano e afeta outros países europeus.

O balanço foi feito hoje pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, numa conferência de imprensa em Lisboa.

Segundo a responsável do Programa das Hepatites Virais da Direção-Geral da Saúde, 93 por cento dos casos ocorrem em homens e em 57 por cento confirmou-se contágio por via sexual.

Isabel Aldir adiantou ainda que a maioria das situações (quase 90 por cento) ocorre em pessoas dos 18 aos 50 anos, sobretudo em pessoas dos 18 aos 39 anos.

Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
Heterogeneidade inter e intra-tumoral é um fenómeno bem conhecido que com a explosão da medicina personalizada se tornou um...

Segundo, Luis Alvarez, responsável pela OncoDNA em Portugal e no Brasil, “aqui analisamos a aplicação na rotina clínica de uma nova abordagem integrada que combina a análise de biópsia sólida (FFPE) e líquida (amostra de sangue) em pacientes com diferentes tipos de cancro metastático”.

A OncoDNA analisou 112 amostras de doentes metastáticos, com diferentes tipos de cancro, utilizando a solução OncoSTRAT&GO™ (OncoDNA SA, Gosselies, Bélgica) que permite i) sequenciamento de mais de 200 genes, identificação de 350 genes de fusão e avaliação do nível de expressão de dezenas de proteínas em biópsia sólida e ii) sequenciamento de mutações hotspot de um painel de 27 genes em biópsia líquida.

Assim, a OncoDNA focalizou a análise das variantes que podem ser detetadas em biópsias sólidas e líquidas. Observou-se uma concordância completa de 60,7% entre as variantes dos dois tipos de biópsias. As frequências das variantes alélicas concordantes e discordantes (VAFs) foram comparadas mostrando distribuições semelhantes, sem diferenças estatísticas significativas: valores médios de 7,8 / 9,4% (P = 0,58; teste de Mann-Whitney) e 34,9 / 25,7% (p = 0,08) , Teste de Mann-Whitney) em biópsia líquida e sólida, respetivamente.

Em conclusão, as variantes discordantes não podem ser atribuídas na sua totalidade à sensibilidade da análise e, consequentemente, devem estar associadas à heterogeneidade tumoral, baixa carga tumoral e/ou resposta ao tratamento. Segundo Luis Alvarez, “Os nossos resultados mostram a utilidade da combinação de biópsias sólidas e líquidas na prática clínica, proporcionando informação adicional em 39,3% dos casos (81,8 e 18,2% devido a variantes diferenciadas em biópsia sólida e líquida, respetivamente), resultando numa ampla caracterização do perfil molecular do tumor para uma melhor gestão da doença”.

Este estudo vai ser apresentado no 24th Porto Cancer Meeting, que se realiza nos dias 11 e 12 de maio no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e que será focado no tema “Liquid Biopsy: Bringing precisión medicine closer to oncology”.

“7 dias do coração”
E se, num só local pudesse realizar um Eletrocardiograma, um Rastreio para saber se tem Insuficiência Cardíaca, Fibrilhação...

Os factos são inquestionáveis! Vivemos mais anos, mas menos anos saudáveis! As doenças cardiovasculares continuam a ser a primeira causa de morte em Portugal, e no mundo, e a esperança média de vida saudável em Portugal é inferior à média da União Europeia, tendo diminuído cerca de 3 anos em 2014, relativamente ao ano anterior. O investimento na prevenção e promoção de estilos de vida saudáveis representam apenas 3% dos orçamentos anuais dos países desenvolvidos, comparativamente aos 97% gastos em tratamentos e cuidados de saúde (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).

É, também, indiscutível que uma avaliação global e precoce do risco cardiovascular, associada a estratégias de educação para a saúde, constitui um meio importante para a diminuição da morbilidade e mortalidade cardiovascular. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que, uma diminuição dos fatores de risco, pode reduzir a incidência da doença cardiovascular para menos de metade, a Carta Europeia para a Saúde do Coração, promovida inicialmente pela Sociedade Europeia de Cardiologia e a European Heart Network, coloca a problemática da doença cardiovascular nas primeiras linhas da agenda de trabalho de Governos, Organizações não-Governamentais e Sociedades Científicas, apontando no seu artigo 7º que: “o peso associado da doença cardiovascular estabelecida pode ser reduzido com um diagnóstico precoce, tratamento adequado da doença, reabilitação e prevenção, nomeadamente através do aconselhamento em prol de um estilo de vida mais adequado”.

A vantagem das ações preventivas são inquestionáveis. Importa, pois, implementá-las ativamente, já que contribuem, em simultâneo, para a melhoria da qualidade de vida das populações e redução dos gastos com a saúde. O desenvolvimento de estratégias de promoção de saúde e prevenção da doença, são cruciais e responsabilidade de todos os agentes da saúde e, por isso, o projeto “7 Dias do Coração” propõe-se a lutar contra a doença e contra a iliteracia tendo como lema: educar, sensibilizar e responsabilizar pela e para a saúde.

A ação “7 Dias do Coração” assume-se como um projeto inovador, que criou um modelo que pode ser replicado, de utilidade pública inequívoca, já que constitui um contributo efetivo para a promoção da saúde e prevenção das doenças cardiovasculares, através de educação e rastreio de fatores de risco cardiovasculares.

Desenvolvido pelo Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Setúbal, EPE (CHS), o projeto “7 Dias do Coração”, organizado anualmente desde 2011, ao longo de 7 dias, durante o mês de Maio, integra ações de educação para a saúde e rastreio de fatores de risco cardiovascular e de fibrilhação auricular, bem como ensino sobre sinais e sintomas de doenças cardíacas mais frequentes, e medidas a tomar em caso de alerta, com especial ênfase no enfarte agudo do miocárdio, sendo os principais objetivos:

- Promoção da educação para a saúde e rastreio de fatores de risco cardiovasculares;
- Avaliação do risco de diabetes e do risco cardiovascular a 10 anos;
- Promoção de medidas de estilo de vida saudável (alimentação, exercício físico);
- Rastreio da fibrilhação auricular (realização de ECG) e esclarecimento sobre hipocoagulação oral;
- Informação sobre a doença coronária (angina de peito e enfarte agudo do miocárdio) e a insuficiência cardíaca.

As ações destinam-se ao público em geral e aos funcionários do Centro Hospitalar de Setúbal, EPE (CHS) e da Câmara Municipal de Setúbal, que é um dos parceiros do projeto, decorrendo, respetivamente, na Av. Luísa Todi em Setúbal, CHS e Quartel dos Bombeiros Sapadores de Setúbal.

Os participantes terão a oportunidade de visitar diferentes Stands, com diferentes propósitos. No Stand para o rastreio de fatores de risco cardiovasculares poder-se-á avaliar e abordar os diferentes fatores de risco como: A obesidade (através da avaliação do peso, altura e perímetro abdominal e cálculo do índice de massa corporal, ensino de medidas nutricionais corretas, distribuição de folhetos); O tabagismo (através da partilha de informação sobre os malefícios do tabaco, distribuição de folhetos informativos, realização de espirometrias); A hipertensão arterial (através da avaliação da tensão arterial, e partlha de informação relativa ao consumo de sal e outros fatores de risco associados à hipertensão arterial); a diabetes (por

meio da avaliação da glicemia e do risco de vir a ter diabetes tipo 2 nos próximos 10 anos, com base nos parâmetros avaliados e registados em ficha própria adaptada do Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) e ensino de medidas preventivas) e Hipercolesterolemia (através do doseamento do colesterol total, relação dos valores elevados de colesterol com as doenças cardiovasculares, ensino de medidas nutricionais mais adequadas).

De resto existirão stands para a realização de Eletrocardiograma e Rastreio de Fibrilhação Auricular, Informação sobre a doença coronária e sinais de alerta para enfarte do miocárdio, Rastreio da insuficiência cardíaca e avaliação do risco cardiovascular a 10 anos e ainda realização de atividades físicas dinamizadas por elementos do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do CHS e da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, bem como a avaliação da aptidão física e do equilíbrio de pessoas idosas (bateria de testes de Fullerton).

Este ano o projeto conta ainda com a participação da campanha “Eu Amo Viver” que se junta a esta iniciativa no dia 11 de maio, a partir das 11h, enfatizando a necessidade de divulgar a ferramenta que a Sociedade Portuguesa de Cardiologia desenvolveu e que está disponível para todos os Portugueses no endereço www.euamoviver.com.

Atividades planeadas:

06 de maio – Caminhada solidária (Serra da Arrábida) – População;

10, 11 e 12 de maio – Ação de educação para a saúde. Rastreio de fatores de risco cardiovascular, a realizar na placa central da Av. Luísa Todi, em Setúbal, dedicada à população.

17 de maio - Ação de educação para a saúde. Rastreio de fatores de risco cardiovasculares dedicada aos funcionários da Câmara Municipal de Setúbal.

24 de maio – Ação de educação para a saúde. Rastreio de fatores de risco cardiovascular dedicada aos funcionários do Hospital Ortopédico Sant´Iago do Outão.

A campanha “Eu Amo Viver” é uma campanha multimeios de Literacia e Educação para a Saúde Cardiovascular, promovida pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Tem o patrocínio platina da Novartis e Ouro da Medtronic. Juntamos, ainda, o apoio dos embaixadores: Gisela João, Marcantónio Del Carlo, Patrícia Bull, Nuno Delgado, Leonor Poeiras, José Carlos Malato, Afonso Vilela. www.euamoviver.com

Nações Unidas
Organizações internacionais estão a unir-se na luta contra doenças como a febre-amarela, o chikungunya, a dengue ou a malária,...

Esta nova aliança, que inclui o Centro Wilson e a ONU Meio Ambiente, entre outras, pretende lutar contra doenças transmitidas por mosquitos, que causam a cada ano 2,7 milhões de mortes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano registam-se 500 milhões de casos deste tipo de doenças.

Neste contexto, o Brasil apresentou 1.542 casos de febre-amarela (827 suspeitos e 715 confirmados), tendo registado 279 mortes (39 destas suspeitas e 240 confirmadas) entre 06 de janeiro e 27 de abril, de acordo com dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

Os estados brasileiros mais atingidos pela febre-amarela são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Tocantins.

A iniciativa das organizações internacionais, denominada “Alerta Global de Mosquitos”, está a unir milhares de cientistas e voluntários de todo o mundo para rastrear e controlar vírus transmitidos por mosquitos.

A aliança vai compartilhar abordagens de vigilância da propagação de mosquitos-chaves e os seus locais de reprodução, e medirá o valor da participação cidadã para apoiar a gestão dos riscos para a saúde.

Também vai partilhar conhecimento e experiência em programas de ciência cidadã na hora de vigiar mosquitos, mediante as últimas técnicas de identificação por ADN.

De acordo com a ONU Meio Ambiente, trata-se da primeira plataforma global dedicada a técnicas de ciência cidadã para vigiar as populações de mosquitos. O programa inclui as associações de ciência cidadã europeias, australianas, norte-americanas e do sudeste asiático.

A diretora de ciência da ONU Meio Ambiente, Jacqueline McGlade, explicou num comunicado que a “Alerta Global de Mosquitos oferecerá pela primeira vez uma plataforma compartilhada que permitirá a todos dividir observações e informações com cientistas, a fim de os ajudar a vigiar as tendências emergentes em tempo real”.

A iniciativa será apoiada por um consórcio de provedores de informação e dados, e será coordenada pela ‘Environment Live’, uma plataforma dinâmica de conhecimento da ONU desenhada para recolher, processar e dividir as melhores investigações mundiais nos campos de meio ambiente e ciência.

Criada e mantida pela ONU Meio Ambiente, a plataforma tem acesso aberto em tempo real ao público em geral.

Hospitais
A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou hoje o investimento de “mais de 13 milhões de euros” em obras em hospitais...

Em comunicado divulgado hoje, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) explica que devem começar “ainda no decurso deste semestre” as obras de “beneficiação e ampliação” das unidades hospitalares de Santo António (Porto, Senhora da Oliveira (Guimarães); Chaves; Bragança; São Sebastião (Vila da Feira); Vila Nova de Gaia e Viana do Castelo.

De acordo com a ARS-N, “está igualmente prevista, dentro do mesmo período, a assinatura de vários contratos no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Integrados – Saúde Mental” e a conclusão da renovação do parque informático nos Cuidados de Saúde Primários, num investimento superior a 1,7 milhões de euros.

A ARS-N espera concluir a renovação do parque informático “até ao fim desta semana, com a instalação de mil novos computadores (no total são mais de 3.300)”.

Segundo a ARS-N, “brevemente” vão estar operacionais os rastreios através da teledermatologia em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do distrito de Braga, em Vila Real, nos ACES Marão e Douro Sul (com o Hospital de Viseu) e nos ACES de Vila do Conde (com o Hospital Pedro Hispano).

A ARS-N recorda que a teledermatologia já é aplicada nos “ACES de referência da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste para o Centro Hospitalar do Porto, de todos os ACES de referência para o Centro Hospitalar de São João, e em Matosinhos, Guimarães e Viana do Castelo.

“O valor do investimento só em equipamento de imagem foi de, aproximadamente, 45 mil euros”, descreve a ARS-N.

Estudo
Perto de 90% dos inquiridos num estudo sobre literacia digital em saúde dizem utilizar com frequência a Internet para procurar...

O inquérito, que envolveu 3.500 utentes do Serviço Nacional da Saúde, foi desenvolvido pela “Comissão de Tecnologias de Informação em Saúde” do “Parlamento da Saúde”, composto por 60 pessoas, entre os 21 e os 40 anos, de origens geográficas e percursos curriculares variados, que tem como objetivo refletir sobre o futuro da saúde em Portugal e produzir recomendações

Em declarações, escreve o Sapo, a presidente da comissão e médica, Sofia Couto da Rocha, adiantou que o estudo visou “perceber como os doentes percecionam a literacia digital em saúde” e avaliar o seu grau de literacia neste domínio.

Os resultados do inquérito, que foi distribuído informaticamente e em papel em vários hospitais e continua disponível até 30 de junho, revelam que a realidade portuguesa nesta matéria vai ao encontro da europeia. “O público tem a noção que procura imenso na internet”, disse a médica, adiantando que 88% dos inquiridos a utilizam para procurar informação. Outros dados do estudo apontam que 60% procuram os sintomas da doença e o seu significado na internet, 46% usam as redes sociais para pesquisar informação sobre saúde e 23% só as usa ocasionalmente.

Apenas 20% acham a informação sobre saúde na Internet credível e, destes, só 6% avaliam-na como tão credível como a de um médico ou outro profissional de saúde, e 41,3% consideram-na ocasionalmente. Já metade dos participantes acha que “nem sempre a informação transmitida pelos médicos é percetível e esclarecedora”.

Há também muita pesquisa sobre tratamentos disponíveis (47%), informação sobre médicos e hospitais (43%) e prevenção de doenças (41%). Três em cada dez inquiridos dizem não tem por hábito verificar a qualidade dos ‘sites’ que consulta e 29% só o faz ocasionalmente.

Sofia Couto da Rocha salienta que “a credibilidade e a quantidade excessiva de informação” foram os principais problemas apontados por 78% e 38% dos participantes, respetivamente. Para a médica, estes resultados “são interessantes”, porque um dos problemas identificados na comissão foi as fontes de informação. “Há uma diversidade imensa de fontes de informação em saúde na internet, o famoso “Dr. Google, mas a verdade é que não há uma metodologia de certificação dessas fontes”, observou Sofia Couto da Rocha.

Traçando o perfil dos participantes, o estudo refere que 64,5% são mulheres, entre 30 e 60 anos, 80% tem estudos superiores e 94% usa a internet regularmente.

Os resultados do inquérito vão ser apresentados no sábado no plenário do Health Parliament, na Fundação Calouste Gulbenkian, onde a comissão vai apresentar algumas recomendações, como criar “uma metodologia de certificação” da informação na internet, como um selo de validade ou qualidade.

“Somente um terço dos inquiridos disse não conhecer o portal do SNS, o que não significa que o utilizem na sua globalidade”, disse a médica, defendendo que devia centralizar-se ”a informação que possa provir do Serviço Nacional da Saúde”.

Estudo
Investigadores norte-americanos descobriram a razão pela qual alguns tumores apresentam recidivas vários anos após a sua...

A investigação do Instituto de Investigação Scripps, nos Estados Unidos, descobriu que os tumores invasivos podem começar a espalhar-se mais cedo do que o imaginado.

Segundo o estudo, escreve o Sapo, as células tumorais entram no fluxo sanguíneo mesmo antes de o tumor primário ser detetado, formando tumores secundários minúsculos que só são identificáveis em exames complementares de diagnóstico numa fase posterior.

Os investigadores descobriram que as células tumorais que se espalham chegam ao fluxo sanguíneo através dos vasos sanguíneos que trespassam o tumor, desfazendo a teoria de que as células que formam metástases são oriundas da parte exterior do tumor invasivo.

Elena Deryugina, autora principal do estudo, adiantou que "o processo atual da disseminação das células cancerígenas através de vias hematógenas é um processo relativamente pouco estudado", lê-se numa nota do referido centro de investigação.

Para o estudo, a equipa analisou a formação de metástases a partir de linhas de células de fibrossarcomas e carcinomas humanos. A equipa descobriu que os tumores primários quando se encontram num estado inicial podem libertar células no sangue, independentemente da invasão do cancro para tecidos adjacentes.

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