Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção
Estima-se que 4% da população adulta seja hiperativa.

A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é uma doença neuropsiquiátrica crónica que se carateriza pelo excesso de atividade motora, impulsividade e/ou desatenção, em maior frequência e gravidade do que habitual, perturbando negativamente a capacidade para estudar, trabalhar ou ter relacionamentos familiares e sociais. Estima-se que afete entre 5 a 7 por cento das crianças em idade escolar e cerca de 4 por cento dos adultos.

Usualmente a doença é identificada e tratada na infância. Contudo existem casos em que a doença persiste na idade adulta e casos em que o diagnóstico só surge nessa altura. O diagnóstico precoce ou reconhecimento da doença na vida adulta é fundamental para evitar consequências mais graves.

As pessoas com PHDA habitualmente demonstram, na vida adulta, uma atividade mental incessante, sensação de inquietação (por exemplo têm as mãos e pés inquietos quando estão sentados), dificuldade em manter a atenção na leitura ou na televisão, fraca concentração e incapacidade para se envolver em atividades calmas ou sedentárias. 

Os adultos hiperativos são irrequietos, falam excessivamente, sentem-se oprimidos, têm baixa tolerância à frustração, rápidas variações de humor, desorganização (de tempo, dinheiro, no lar, no trabalho) e procuram sensações fortes e de gratificação imediata, o que pode resultar em comportamentos “viciantes”, como abuso de drogas, álcool, jogos e internet.

De acordo com um estudo realizado em Portugal, em 2013, cerca de 75 por cento dos adultos com PHDA apresenta pelo menos uma outra perturbação psiquiátrica como depressão, ansiedade, dificuldades específicas de aprendizagem, abuso/dependência de substâncias ou perturbações do sono.

O diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequado pode ajudar os adultos a gerir a PHDA, reduzindo o impacto negativo nas suas vidas. Infelizmente, em Portugal, a resposta do Sistema Nacional de Saúde para os adultos com PHDA é ainda muito escassa, quer pelo reconhecimento relativamente recente desta doença, quer pela própria negação da mesma por muitos psiquiatras de adultos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar
Foram detetados 774 tipos de pesticidas em 84 341 amostras. A grande preocupação da Quercus e da Deco são os chamados cocktails...

Sabe quantos pesticidas comeu hoje? Provavelmente mais do que imagina. Um estudo feito pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, que analisou mais de 84 mil amostras de alimentos em 2015, revelou que 97,2% tinham vestígios de pesticidas, embora dentro dos limites legais. Apesar de a EFSA considerar que o risco para a saúde dos consumidores continua baixo, a Quercus e a PAN-Europe estão preocupadas, sobretudo com os resíduos múltiplos, já que 28% dos alimentos apresentavam vestígios dos chamados "cocktails de pesticidas".

Entre a percentagem de comida europeia com vestígios (97,2%), 53,3% estava "livre de resíduos quantificáveis" - o que não quer dizer que estivesse isenta - e 43,9% tinham resíduos "não superiores aos limites legais". Bananas, passas e pimentos eram os alimentos com mais pesticidas, numa análise que também incluiu sumo de laranja, beringelas, brócolos, ervilhas, azeite, trigo, manteiga e ovos. Três quartos das amostras tinham origem na UE e as restantes em países terceiros, e 5,6% destas apresentavam resíduos acima dos limites europeus, uma percentagem que na UE é de 1,7%.

Para a Quercus, as conclusões da EFSA, que considera que o risco para a saúde dos consumidores permanece baixo, são "um engano para os europeus", sobretudo devido aos cocktails. "O que seria desejável é resíduo zero. Os efeitos múltiplos são mais uma preocupação, na medida em que não são totalmente conhecidos os efeito sinérgicos e/ou cumulativos, havendo no entanto indícios bastante preocupantes nos estudos existentes", diz ao Diário de Notícias Paula Silva, da Quercus, que lamenta o facto de a EFSA ter deixado de publicar os números de pesticidas por amostra.

Esta é também uma das principais preocupações da Deco, que nos últimos anos fez vários estudos sobre o tema. "Já não se encontram valores acima do limite máximo permitido e já há produtos livres de pesticidas. Mas encontramos várias misturas e não sabemos qual o efeito que têm sobre o consumidor", adianta Dulce Ricardo, do departamento de alimentação.

A longo prazo, os pesticidas podem provocar efeito nefastos no organismo. Num artigo de opinião publicado neste mês no Diário de Notícias, o médico José Miguel de Freitas alertou para alguns perigos de doses elevadas de pesticidas: "Este cocktail químico influencia-nos através de uma redução da fertilidade, de um aumento de alguns tipos de tumores, do aparecimento de diabetes mellitus e da obesidade."

Ao Diário de Notícias, a nutricionista Cláudia Cunha diz que, para fugir ao consumo de pesticidas, o ideal "é optar pelos alimentos biológicos". Embora, como revela Dulce Ricardo, já tenham sido encontrados vestígios destes produtos em alguns alimentos ditos biológicos. Em qualquer caso, destaca Cláudia Cunha, é importante que haja "uma boa lavagem com água" e que os alimentos sejam descascados. Como é na casca que está a fibra, a autora do blogue Nutrição e Companhia propõe "fazer uma mini-horta em casa".

Ressalvando que desconhece o relatório da EFSA, João Dinis, da Confederação Nacional da Agricultura, acredita que "será fidedigno". Em Portugal, sublinha o dirigente, "fizeram-se grandes melhorias neste campo nos últimos anos". "Para o bem e para o mal, os produtos de tratamento, controlo de pragas e doenças são caros, um fator que é inibidor para os pequenos e médios produtores", explica. Acredita, no entanto, que "é na agroindústria intensiva que há excessos", porque "não existem problemas económicos".

Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência
Mais de 81.000 alunos com Necessidades Educativas Especiais frequentam as escolas regulares, um aumento de 4%, segundo dados...

Segundo os números da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC), são 81.672 os alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) inscritos no ano letivo 2016/2017, a maior parte (26.102) no 3.º ciclo.

Os alunos com NEE aumentaram neste ano letivo em quase todos os níveis escolares, escreve o Sapo, à exceção da educação pré-escolar, onde baixaram de 3.553 (2015/2016) para 3.463 (menos 3%).

O aumento dos alunos com Programa Educativo Individual deveu-se, segundo a DGEEC, ao acréscimo registado no Ensino Secundário (18%, são agora 13.077) e no 3.º ciclo do ensino básico (8%). Em sentido inverso variou o número de crianças registados na educação pré-escolar (- 3 %, são agora 3.463) e no 1.º ciclo do ensino básico (-3%, são agora 21.314).

Estes dados resultam de um questionário enviado às escolas e instituições de educação especial, em dezembro de 2016, pedindo sobretudo informação relativa às crianças e alunos com NEE, aos recursos humanos afetos à educação especial, aos agrupamentos de referência para a intervenção precoce na infância e aos níveis de dificuldade observados e medidas educativas aplicadas.

As crianças e alunos com necessidades especiais de educação frequentam sobretudo os estabelecimentos públicos do Ministério da Educação (87%). Apenas 13% destes alunos estão nos privados.

Nas instituições de educação especial, segundo a DGEEC, diminuiu em 3% o número de alunos.

Os dados registam um pequeno aumento (mais 23) de alunos a frequentarem as unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdo-cegueira congénita (de 2.081 em 2015/2016 passaram para 2.104 em 2016/2017), tendo esse crescimento ocorrido sobretudo no secundário.

Nas unidades de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do espectro do autismo registou-se um aumento (mais 66) de estudantes no básico e no secundário (de 1.878 para 1.944).

No presente ano letivo aumentou para 2.065 (mais 87 casos) o número de crianças que são apoiadas simultaneamente pelo Decreto-Lei n.º 3/2008 (que define os apoios especializados a prestar aos alunos NEE no pré-escolar e nos ensinos básico e secundário dos sectores público, particular e cooperativo) e pelo Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância.

Do total das crianças e alunos com necessidades especiais de educação que frequentam as escolas regulares, 17% não estão a tempo total na sua turma, ou seja, a cumprir o currículo escolar do seu ano de escolaridade. Estes alunos ou têm um currículo específico individual ou são apoiados no contexto de uma unidade especializada. No ano letivo anterior eram 13% as crianças e alunos nessas condições.

As medidas educativas que são aplicadas à grande maioria das crianças/alunos são o apoio pedagógico personalizado (95% têm essa medida), as adequações no processo de avaliação (88%) e as adequações curriculares individuais (47%).

O número de professores a desempenharem funções de educação especial nas escolas públicas também subiu 7%, passando de 6.797 em 2015/2016 para 7.264 em 2016/2017. Este reforço ocorreu predominantemente nos docentes que não pertencem ao quadro de educação especial, mas desempenham as funções de docentes de educação especial.

Também cresceu o número de técnicos das escolas públicas a apoiarem os alunos com NEE (mais 63%), passando de 834 no passado ano letivo para 1.141, mas diminuiu o número de horas mensais nessas funções (menos 21%).

Os agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas apoiadas pelos Centros de Recurso para a Inclusão passaram de 580 para 581 (aumento verificado na Região Norte), sendo que o número de técnicos diminuiu 25%, passando de 2.819 em 2015/2016 para 2.251 em 2016/2017), com uma diminuição de 3% nas horas mensais disponibilizadas para este apoio.

Os dados da DGEEC indicam que se manteve o número de Agrupamento de Referência para a Intervenção Precoce e aumentou em 34% o número de docentes a desenvolverem trabalho nessa área (passou de 368 em 2015/2016 para 559 em 2016/2017). Esse aumento foi mais acentuado nas Regiões Centro (52%) e Norte (42%).

Estudo
Um estudo da Universidade Nacional de Medicina de Seul descobriu que homens e mulheres são igualmente propensos à depressão se...

Os especialistas acreditam ter encontrado a primeira evidência de uma ligação significativa entre estar abaixo do peso recomendando e ser-se deprimido. Segundo o estudo publicado no British Journal of Psychiatry, os homens e as mulheres são afetados por pensamentos negativos quando são demasiados magros, o que difere no caso das pessoas obesas, que são as mulheres que mais sofrem de depressão.

No entanto, os cientistas da Universidade Nacional de Medicina de Seul não foram capazes de dizer se a depressão conduz à magreza ou vice-versa., escreve o Sapo.

A meta-análise foi publicada no referido jornal científico britânico com base em 183 estudos.

Quanto mais obeso, mais deprimido
A investigação adianta que a obesidade aumenta o risco de depressão de forma proporcional - quanto mais obeso, mais deprimido, embora haja diferenças de género. "Parece que o ideal atual de magreza afeta mais as mulheres do que os homens e provoca mais sofrimento psicológico nelas, o que pode, por sua vez, conduzir à depressão", lê-se na investigação, cita o The Mirror. "Em contraste, os homens acima do peso apresentaram um risco diminuído de depressão", escreve o estudo.

No caso das mulheres, os cientistas concluíram que "tanto o baixo peso, como a obesidade aumentam o risco de depressão".

"Na prática clínica, os prestadores de cuidados médicos devem prestar mais atenção à saúde mental das pessoas que estão abaixo do peso", alerta o estudo. "Do mesmo modo, as mulheres com excesso de peso e obesidade devem ser controladas para evitar uma possível depressão".

Estudo
Um equipa de médicos britânicos conseguiu identificar com um ano de antecedência uma recidiva de um tumor maligno...

Através de uma amostra de sangue, a equipa médica conseguiu rastrear no sangue sinais de cancro quando o tumor era apenas constituído por minúsculas células, praticamente invisíveis nos exames de raio-X e nas tomografias axiais computorizadas.

Segundo a BBC, a descoberta permite aos médicos tratar o tumor mais cedo, o que aumenta as hipóteses de cura e sobrevivência.

A investigação em causa focou-se no cancro do pulmão, escreve o Sapo, mas os processos estudados podem ser aplicados a outros tipos de cancro, garantem os cientistas.

A equipa em causa é do Instituto Francis Crick, em Londres. Os cientistas analisaram o ADN defeituoso dos tumores para obter um "mapa genético" do cancro de cada paciente. A cada três meses, foram realizados exames para verificar vestígios do ADN do cancro no sangue dos pacientes.

Os resultados, divulgados na publicação científica Nature, mostraram que a recorrência do cancro pode ser identificada cerca de um ano antes quando comparada com os exames convencionais.

Controlar a terapêutica
Em declarações à BBC, o cientista Cristopher Abbosh, do Instituto do Cancro UCL, comenta que a descoberta é significativa. Segundo ele, "poderemos identificar pacientes para fazerem o tratamento mesmo quando eles ainda não têm qualquer sinal clínico da doença" e "também controlar como a terapêutica está a evoluir".

"Isso representa uma nova esperança para combater a recidiva do cancro de pulmão depois da cirurgia, algo que acontece em cerca de metade dos pacientes", afirmou.

Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
Investigadores do Porto desenvolveram uma vacina que ajuda a prevenir ao mesmo tempo infeções bacterianas que causam doenças...

As bactérias que originam essas patologias ('Klebsiella pneumoniae', 'Escherichia coli', 'Estreptococus' do Grupo B, 'Streptococcus pneumoniae' e 'Staphylococcus aureus') são estirpes muito resistentes e causam "um enorme problema para a saúde pública", disse o investigador do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, Pedro Madureira.

"A partir do momento que essas bactérias infetam o hospedeiro [indivíduo], são capazes de libertar uma molécula (uma proteína designada de GAPDH)", que as torna "invisíveis" ao sistema imunológico, "impedindo assim o início de uma resposta imune", explicou o cientista, um dos fundadores da empresa Immunethep, responsável pela criação da vacina.

Sem uma resposta adequada do nosso sistema imune, continua Pedro Madureira, as bactérias "rapidamente proliferam" na corrente sanguínea e nos órgãos infetados, podendo levar às tais patologias, consideradas "bastante severas".

"Embora esta vacina seja destinada a todas as pessoas", existem indivíduos nos quais a "incidência desse tipo de infeções é maior", como os recém-nascidos, os idosos, os portadores de diabetes do tipo I, os pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas invasivas (operações ao coração ou à espinal medula) ou com doença pulmonar obstrutiva, por exemplo.

O investigador considera que esta vacina é "inovadora", visto que, ao invés de induzir uma resposta imune (produção de anticorpos) contra a bactéria em si, induz sim uma resposta que neutraliza uma única molécula (GAPDH), libertada pelas bactérias, permitindo ao sistema imune controlar as diferentes infeções.

A vacina, que já passou por ensaios laboratoriais com ratos e coelhos, vai passar à fase dos ensaios clínicos no último trimestre de 2017, prevê o investigador.

Este foi um dos projetos apresentados hoje, no i3S, um dos institutos de investigação que participa nas comemorações do Dia Internacional da Imunologia, evento organizado pela Sociedade Portuguesa de Imunologia (SPI).

A iniciativa, que no Porto finaliza por volta das 17:00, conta com palestras e um conjunto de atividades, que pretendem dar a conhecer aos alunos do ensino secundário a investigação desenvolvida na área da Imunologia.

De acordo com Pedro Madureira, para além da vacina, a Immunethep está a desenvolver uma forma de terapia baseada em anticorpos monoclonais, que neutralizam a proteína GAPDH, podendo ser usados em pessoas já infetadas e para as quais não há tempo para vacinação.

"Estes anticorpos têm a vantagem, em relação à vacina, de atuaram muito rápido e a desvantagem de não induzirem "memória imunológica"", que está associada à capacidade do nosso sistema imune de, após um primeiro contacto com um agente estranho, conseguir "desencadear uma resposta muito mais rápida e eficiente", explicou.

Durante a apresentação no i3S, Pedro Madureira falou também sobre a importância e a história das vacinas, de forma a "desmistificar" algumas incertezas sobre a vacinação e, ainda, sobre esta ter sido a "grande conquista da imunologia e da medicina".

Questionado sobre tal, Pedro Madureira acredita que grande parte da polémica atual relacionada com a vacinação deve-se à "má informação" ou ao "pouco esclarecimento" que se tem sobre o tema, daí a necessidade de se transmitir uma informação "clara e precisa" quando se "fala publicamente" acerca deste assunto.

A vacina "é algo que funciona", sendo esta a abordagem clínica que "melhores resultados trouxe para a humanidade".

Apesar de compreender os casos em que os indivíduos não podem ser vacinados (devido à uma resposta alérgica), se "todas as outras pessoas estivessem vacinadas e não houvesse movimentos anti vacinas", estes estariam seguros porque não haveria forma de transmitir a doença, concluiu.

O Instituto de Medicina Molecular (iMM), de Lisboa, o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, a Universidade de Aveiro e o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho são as outras cinco entidades envolvidas nas comemorações do Dia Internacional da Imunologia.

Dia 7 de maio no Parque das Nações
Com o fim de assinalar o Dia Mundial da Asma que se celebra, todos os anos, na primeira terça-feira de maio e que, este ano,...

“Corra com a asma” é o mote desta campanha de sensibilização que será implementada no domingo, dia 7 de maio, no Parque das Nações e que promete uma manhã desportiva ao ar livre, onde não faltará uma aula de Zumba, com Dalila Salvador, uma sessão de yoga e uma corrida de cerca de 4 km, acompanhada por profissionais do O2 Life Center. O mesmo percurso pode ser feito a um ritmo mais lento, para os participantes que optarem pela caminhada. As atividades terão inicio às 9h30 (distribuição de material pelos participantes), junto ao pavilhão MEO Arena. A corrida e caminhada terão início às 10h00, seguida da aula de zumba e da sessão de yoga.

Os interessados em participar na corrida devem inscrever-se previamente através do e-mail [email protected] para que, no dia do evento, possam levantar o seu dorsal e saco de participante.

Segundo Filipa Todo Bom, coordenadora da Comissão de Trabalho de Alergologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, “a asma é uma doença obstrutiva das vias aéreas, cujos sintomas podem ser desencadeados pelo exercício físico. Como tal, a tendência de alguns asmáticos é de limitar a sua atividade de modo a não ter sintomas. Um dos objetivos desta campanha é mostrar que é possível fazer uma vida normal, sem limitações. Para tal pode ser necessário utilizar terapêutica de manutenção ou apenas antes da atividade física, sendo recomendada a prática regular de exercício físico a todos os doentes asmáticos”.

Cerca de um milhão de portugueses (10% da população nacional) sofrem de asma, mas apenas um terço das pessoas que apresentam queixas fazem algum tipo de medicação. A doença pode ocorrer em qualquer idade e, embora tenha pouco impacto em termos de mortalidade, pode condicionar a qualidade de vida dos doentes e está associada a uma elevada taxa de internamentos e ao consumo de muitos recursos de saúde. A par do subdiagnóstico, o subtratamento continua a ser um dos principais problemas que condicionam o controlo adequado da asma.

Para além de chamar a atenção para a relação entre a asma e o desporto, a campanha “Corra com a Asma” tem também como objetivos esclarecer sobre a doença e alertar para os seus principais sintomas e impacto na qualidade de vida, salientar a importância do diagnóstico precoce e do controlo adequado, e lembrar que, se for bem controlada, a asma não representa uma limitação na vida diária.

Estudo
Uma nova técnica de exame ocular, desenvolvida no Reino Unido, permite detetar os primeiros sinais de glaucoma, uma doença dos...

A técnica, testada num pequeno número, não especificado, de doentes com glaucoma, por comparação com pessoas saudáveis, possibilitou aos médicos ver a morte de células nervosas na parte detrás do olho.

A perda da visão em doentes com glaucoma é causada pela morte de células na retina na parte detrás do olho.

A técnica de diagnóstico, criada por investigadores da universidade University College London e do hospital oftalmológico Western Eye Hospital, usa um marcador fluorescente que se liga às proteínas celulares quando injetado em pacientes.

As células do nervo ótico doentes aparecem como manchas fluorescentes brancas num exame ocular.

"Pela primeira vez, fomos capazes de mostrar a morte celular [de células na retina] e detetar os primeiros sinais de glaucoma. Embora não possamos curar a doença, o nosso teste significa que o tratamento pode começar antes de os sintomas surgirem", sublinhou a coordenadora do estudo, Francesca Cordeiro, do Instituto de Oftalmologia do University College London, citada num comunicado da Wellcome Trust, fundação britânica que financia a investigação científica.

A especialista lembrou que "a deteção precoce de glaucoma é vital, pois os sintomas nem sempre são óbvios", e, apesar de os métodos de diagnóstico estarem a melhorar, "a maioria dos doentes perde um terço da visão" quando a doença é diagnosticada.

De acordo com a equipa de cientistas, o uso da nova técnica ocular poderá permitir, no futuro, o diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas como Parkinson, Alzheimer e Esclerose Múltipla.

Os resultados do ensaio clínico, em fase inicial, são publicados na hoje na revista Brain.

Agência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
A Agência para a Prevenção do Trauma e da Violação dos Direitos Humanos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra...

"Falamos muito em Portugal sobre violência sobre menores e mulheres, mas falamos ainda muito pouco sobre a violência sobre idosos, quando estes começam a ser a maior faixa da população do país", disse Duarte Nuno Vieira, presidente do conselho científico da agência.

Segundo o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, "investe-se muito na prevenção da violência sobre menores e sobre mulheres, mas investe-se muito pouco neste domínio da violência sobre os idosos".

Outra das prioridades da agência, de acordo com Duarte Nuno Vieira, passa pelo estudo da violência em centros de privação da liberdade, "onde alguém esteja detido contra a sua vontade", quer sejam centros educativos e tutelares de menores, de internamento compulsivo ou de acolhimento de imigrantes.

A Agência para a Prevenção do Trauma e da Violação dos Direitos Humanos, criada em 2014, constituiu ainda grupos de trabalho para analisar a violência no namoro e em contexto de serviços de saúde, com o objetivo, em todas as áreas trabalhadas, de propor medidas preventivas.

Duarte Nuno Vieira revelou ainda que está a ser preparado um curso de pós-graduação em violência, em colaboração com várias faculdades da Universidade de Coimbra, para proporcionar formação aos profissionais e cidadãos que se queiram envolver nestas áreas.

O psiquiatra João Redondo, coordenador executivo da estrutura, anunciou ainda que estas cinco áreas de intervenção vão ser discutidas na sexta-feira, no segundo encontro sobre "Trauma, medo e violência. Direitos Humanos, hoje!", que vai decorrer no auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra.

A iniciativa conta com a participação dos presidente da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, João Lázaro, do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, e da antiga ministra da saúde Maria de Belém Roseira, entre outros intervenientes.

Ministério do Ambiente
O Ministério do Ambiente esclareceu que, do total de 6.000 edifícios públicos identificados como tendo amianto, somente 3.700...

"Dos cerca de 6.000 edifícios, onde foi identificada a presença de materiais contendo amianto, apenas cerca 3.700 apresentam necessidade de remoção de materiais", refere o ministério liderado por João Matos Fernandes.

Os restantes edifícios "estão a ser monitorizados, não apresentam necessidade de qualquer intervenção ou já foram intervencionados", acrescenta.

A associação ambientalista Quercus estimou hoje ser necessário gastar pelo menos 750 milhões de euros para remover os materiais com amianto dos edifícios que poderão conter a substância e que refere serem cerca de seis mil.

"Na sequência das declarações do ministro do Ambiente sobre a estimativa de edifícios da administração pública suspeitos de estarem contaminados com amianto, a Quercus estima que seja necessário gastar pelo menos 750 milhões de euros para garantir a remoção da totalidade dos materiais" com aquelas fibras cancerígenas.

Um comunicado da associação de defesa do ambiente avançava que "os 300 milhões de euros atualmente disponíveis [para aquela tarefa] apenas conseguirão assegurar a remoção das coberturas em fibrocimento".

Os ambientalistas referiam a intervenção do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, na quarta-feira, na comissão parlamentar de Ambiente, dizendo que poderão existir muito mais que os 2.700 edifícios públicos, como escolas, hospitais ou bibliotecas, da lista já elaborada e divulgada e que podem chegar a seis mil.

O Ministério vem esclarecer que nem todos os 6.000 edifícios que contêm amianto têm de ser intervencionados.

Os materiais com amianto só se tornam perigosos se estiverem degradados, havendo o risco de a substância ser libertada para o ar.

A Quercus recordou que a variedade de produtos que incorporaram o amianto é muito grande e é fundamental identificar e referenciar a sua totalidade, que se estima rondar os 3.000 artigos diferentes.

Além das coberturas, é possível encontrar amianto em pavimentos, tetos falsos e revestimentos de condutas de edifícios.

A exposição dos seus ocupantes a este tipo de fibras poderá ter efeitos na saúde, tais como o desenvolvimento de doenças benignas (asbestose) ou malignas (cancro do pulmão, mesotelioma, laringe, ovários e gastrointestinal), explica.

O amianto é uma fibra mineral natural, abundante na natureza, com boas propriedades físicas e químicas, como resistência mecânica às altas temperaturas, durabilidade, facilidade de ser trabalhada como um tecido, e com baixo custo, por isso, foi muito utilizada na construção até aos anos 90.

Tecnologia
Uma nova aplicação informática é capaz de dizer aos diabéticos que impacto é que cada refeição pode ter nos níveis de açúcar do...

Cientistas do centro universitário norte-americano de medicina de Columbia desenvolveram um algoritmo, que pode ser personalizado para dizer a cada pessoa qual o impacto que determinado alimento tem nos seus níveis sanguíneos de açúcar e que foi associado à aplicação 'Glucoracle'.

"Embora saibamos o efeito genérico de diferentes alimentos na glucose sanguínea, os efeitos em pormenor podem variar muito de pessoa para pessoa e ao longo do tempo", afirmou o principal investigador, David Albers.

O algoritmo que criaram inclui um modelo matemático da resposta de cada pessoa à glucose, atualizado com dados de análises ao sangue e informação nutricional, capaz de fazer previsões mais exatas.

"Os dados são continuamente atualizados com o que o utilizador come e com medições do nível de glucose sanguínea, personalizando o modelo para esse indivíduo", indicou a coautora Lena Mamykina.

Os utilizadores do 'Glucoracle' podem enviar medições de glucose para a aplicação, bem como fotografias de cada refeição, recebendo uma previsão sobre os níveis de açúcar no sangue depois de a comer.

Antes de fazer previsões, aplicação precisa de cerca de uma semana para "conhecer" o utilizador e a maneira como reage a determinados alimentos.

Em Portugal
A Fundação La Caixa, dona do espanhol CaixaBank, que controla o BPI, vai investir 50 milhões de euros por ano em ação social em...

António Costa, ladeado da ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, e do secretário de Estado adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, recebeu ontem, em São Bento, o presidente da Fundação La Caixa, Isidro Fainé, mas também o presidente honorário do BPI, Artur Santos Silva, o futuro presidente executivo do BPI, Pablo Forero, e o ainda presidente executivo do BPI - que passará a presidente não executivo ('chairman') - Fernando Ulrich.

“Fruto da nossa aliança com o BPI, Portugal será o epicentro do nosso compromisso social”, afirmou Isidro Fainé, acrescentando que a Fundação La Caixa “vai dedicar 50 milhões à ação social em Portugal”.

O investimento na área social será feito em programas ligados à inserção no mercado de trabalho de pessoas em exclusão social (o ‘Incorpora’), mas também de apoio aos idosos (com atividades de desenvolvimento ativo) e de oferta de cuidados paliativos.

Artur Santos Silva, que é presidente honorário do BPI, mas que também representará a Fundação La Caixa em Portugal, acrescentou que o investimento de 50 milhões de euros será feito anualmente e, além da área social, prevê também apoiar o acesso ao microcrédito, o desenvolvimento da ciência, da inovação e área cultural.

Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, destacou “o investimento tão importante que o CaixaBank fez no BPI ao longo do último ano, ultrapassando o impasse acionista e dotando o banco dos capitais necessários para ser um pilar importante do sistema financeiro e ao serviço da economia” portuguesa.

Além disso, o chefe do Governo congratulou-se pelo facto de “o compromisso com o país não se ter limitado ao investimento no setor financeiro, mas por ter trazido a Fundação La Caixa (maior fundação privada da Europa continental) para Portugal”.

António Costa sublinhou ainda o facto de a Fundação La Caixa “vir apoiar a cultura, a ciência, o desenvolvimento regional, mas numa área de central importância: o combate as desigualdades e o desenvolvimento da coesão social” em Portugal.

O primeiro-ministro destacou ainda o “esforço muito grande” que a Fundação La Caixa terá de fazer para, “numa velocidade de cruzeiro poder distribuir 50 milhões por ano em Portugal”.

E resumiu: “É um dia para mim particularmente feliz que, depois de um ano e meio de trabalho em conjunto, temos não só um problema financeiro resolvido, mas sobretudo uma enorme oportunidade para a redução das desigualdades”.

Artur Santos Silva, que ficará responsável pela implementação dos programas de ação social da Fundação La Caixa em Portugal, disse que terá de ser delineado ainda um plano de investimento, mas insistiu na “velocidade de cruzeiro” para o investimento de 50 milhões de euros em Portugal.

Quercus
A associação ambientalista Quercus estimou que será necessário gastar pelo menos 750 milhões de euros para remover os materiais...

"Na sequência das declarações do ministro do Ambiente sobre a estimativa de edifícios da administração pública suspeitos de estarem contaminados com amianto, a Quercus estima que seja necessário gastar pelo menos 750 milhões de euros para garantir a remoção da totalidade dos materiais" com aquelas fibras cancerígenas.

Um comunicado da associação de defesa do ambiente avança que "os 300 milhões de euros atualmente disponíveis [para aquela tarefa] apenas conseguirão assegurar a remoção das coberturas em fibrocimento" e voltou a defender a necessidade de definir um plano.

Os ambientalistas referem-se à intervenção do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, na quarta-feira, na comissão parlamentar de Ambiente, dizendo que poderão existir muito mais que os 2.700 edifícios públicos, como escolas, hospitais ou bibliotecas, da lista já elaborada e divulgada e que podem chegar a seis mil.

A Quercus recordou que a variedade de produtos que incorporaram o amianto é muito grande e é fundamental identificar e referenciar a sua totalidade, que se estima rondar os 3.000 artigos diferentes.

Além das coberturas, é possível encontrar amianto em pavimentos, tetos falsos e revestimentos de condutas de edifícios.

A associação considera importante definir um Plano Nacional de Ação para o Amianto, com o levantamento exaustivo dos edifícios e a avaliação dos riscos de exposição a esta fibra cancerígena.

A exposição dos seus ocupantes a este tipo de fibras poderá ter efeitos na saúde, tais como o desenvolvimento de doenças benignas (asbestose) ou malignas (cancro do pulmão, mesotelioma, laringe, ovários e gastrointestinal), explica.

Segundo a Quercus, em Portugal, são 39 os casos de mesotelioma referenciados, indiciando que "muitos casos são mal diagnosticados ou não é feita a correta relação causa-efeito entre a doença e a exposição a este contaminante".

O amianto é uma fibra mineral natural, abundante na natureza, com boas propriedades físicas e químicas, como resistência mecânica às altas temperaturas, durabilidade, facilidade de ser trabalhada como um tecido, e com baixo custo, por isso, foi muito utilizada na construção até aos anos 90.

Boletim polínico
Os pólenes em suspensão no ar vão estar em níveis muito elevados nos próximos dias em Portugal continental, informou a...

No boletim polínico divulgado a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) prevê que entre 28 de abril e 04 de maio, estarão em níveis muito elevados os pólenes de árvores como o pinheiro, bétula, oliveira, azinheira ou carvalho e das ervas como a urtiga, gramíneas, parietária e tanchagem.

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira prevêem-se níveis baixos de pólenes em suspensão.

Os pólenes das árvores e das ervas provocam na primavera reações alérgicas em muitas pessoas, caracterizadas normalmente por espirros, comichões ou falta de ar. Em algumas pessoas podem provocar rinite, conjuntivite ou asma.

Fundação Portuguesa de Cardiologia
A Fundação Portuguesa de Cardiologia quer pôr o desporto a salvar de mortes por AVC e doenças coronárias, pondo-o no centro do...

O presidente da Fundação, Manuel Carrageta, apontou as duas doenças que mais matam em Portugal para ilustrar o risco que afeta toda uma sociedade com tendência para o sedentarismo e acumulação de calorias.

Uma solução simples é o desporto, entendido como atividade física que todos podem fazer, que deve estar presente na vida das pessoas com pelo menos "meia hora a pé todos os dias", defendeu.

O cardiologista reiterou que o exercício beneficia os níveis de colesterol, a tensão arterial, a diabetes e ajuda a evitar o cancro do cólon e da mama, reduzindo o risco de morte prematura.

Para passar esta mensagem, a Fundação promove durante o mês de maio atividades como um torneio de golfe, outro de futebol de cinco e várias reuniões científicas, bem como rastreios e um peditório nacional.

No dia 27 de maio, há rastreios gratuitos e atividades desportivas no Jardim da Estrela, em Lisboa, no Festival do Coração.

Durante o mês, a Fundação divulga uma campanha pelo desporto como forma de ter saúde, apelando à atividade física para todos, sem pensar no aspeto competitivo.

"Não importa se não nasceste para o desporto, desde que o faças com o coração" é o mote da campanha.

Candidatura aprovada
O Conselho de Ministros aprovou hoje a candidatura de Portugal a sede da Agência Europeia do Medicamento, pretendendo instalá...

No ‘briefing’ do Conselho de Ministros de hoje, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, anunciou que Portugal pretende "ganhar esta agência para o espaço nacional", sendo intenção do Governo que a Agência Europeia do Medicamente seja instalada em Lisboa.

"A saída do Reino Unido da União Europeia determina a relocalização das agências europeias sediadas em Londres, entre as quais a EMA [European Medecines Agency], uma das maiores e mais importantes agências europeias, que tem como missão promover a excelência científica na avaliação, supervisão e monitorização da segurança dos medicamentos cuja utilização se destine à União Europeia e Espaço Económico Europeu", pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Maria Manuel Leitão Marques explicou que Portugal decidiu "apresentar a candidatura de Portugal a este projeto", considerando que o país tem "capacidades técnicas e científicas, afirmadas a nível europeu pela qualidade da autoridade reguladora nacional em matéria de medicamento e o seu currículo internacional nesta matéria".

"Temos também uma boa posição geográfica para este efeito e portanto vamos lutar para ganhar esta agência para o espaço nacional, mas naturalmente teremos que rivalizar com outras cidades europeias - penso que Barcelona será uma delas que apresentará candidatura à possibilidade desta agência", assegurou.

A sede da Agência Europeia do Medicamento - cuja decisão da nova localização será tomada em dezembro pela União Europeia - é, segundo o Governo, "um fator de prestígio para o país que a acolhe e tende a atuar como polo de atração da presença da indústria farmacêutica, potenciando, em particular, as áreas de investigação e desenvolvimento e os ensaios clínicos".

Lisboa, de acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, "reúne as condições adequadas para acolher uma agência com este perfil, tendo nomeadamente uma excelente localização geográfica, com boas acessibilidades, incluindo aéreas, e capacidade hoteleira instalada".

"Portugal acolhe neste momento a Agência Europeia da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, sendo este último, dentro das agências europeias, um dos principais parceiros da Agência Europeia de Medicamentos".

No espaço de um mês, esta é a segunda vez que o Governo aprova em Conselho de Ministros resoluções relativas às consequências do Brexit, tendo a 30 de março dado luz verde à criação de uma estrutura de missão temporária, sob dependência do primeiro-ministro, com o objetivo de atrair para Portugal investimentos que pretendam permanecer na União Europeia após a saída do Reino Unido.

Na conferência de imprensa de hoje, a ministra da Presidência foi ainda questionada pelos jornalistas se o Governo tinha discutido a tolerância de ponto nos serviços públicos a 12 de maio, a propósito da visita do papa Francisco a Portugal.

"Não foi uma questão tratada no Conselho de Ministros", respondeu apenas.

Fonte do executivo avançou na quarta-feira à agência Lusa que o Governo vai conceder tolerância de ponto nos serviços públicos a 12 de maio, dia em que o papa Francisco chega a Portugal para o centenário das "Aparições" de Fátima.

União Europeia
O comissário europeu da Saúde manifestou-se preocupado com o que diz ser o “vergonhoso” impulso dos movimentos anti-vacinas na...

Vytenis Andriukaitis alertou para o perigo do ténue mas constante decréscimo de população vacinada na União Europeia, que atribui em parte à “criação da sensação de que há multinacionais que fazem negócio, mas não se preocupam com a saúde das pessoas”.

“As pessoas estão saudáveis, no geral, e não sentem o perigo”, afirmou o comissário europeu numa entrevista à agência espanhola Efe, numa altura em que vários países europeus assistem a uma atividade epidémica de sarampo.

Andriukaitis, que é cirurgião de formação, advoga uma harmonização dos diferentes calendários de vacinação entre os países da União Europeia e “um número de vacinas obrigatórias”.

Atualmente, o sarampo afeta pelo menos 18 países europeus, entre os quais Portugal, onde, até quarta-feira, havia 25 casos confirmados da doença.

Estudo
Um estudo internacional, no qual participaram investigadores do Instituto de Saúde Pública do Porto, concluiu que, ao contrário...

Os resultados são considerados “surpreendentes”, uma vez que, de acordo com os investigadores, “o peixe é rico em ácidos gordos da série ómega 3 e este tipo de ácidos gordos promove a produção de um tipo de substâncias com propriedades anti-inflamatórias”.

“Pensávamos que este mecanismo anti-inflamatório poderia atuar como protetor para o desenvolvimento de doenças respiratórias nas crianças, o que não se observou, juntando dados de diferentes populações”, explicou Andreia Oliveira, uma das investigadoras do ISPUP envolvida neste estudo internacional, juntamente com Henrique Barros.

A investigação envolveu 60.779 mães e crianças, pertencentes a 19 coortes (estudos longitudinais) - 18 europeias e uma dos Estados Unidos - que integram a rede europeia CHICOS, a qual visa melhorar a saúde infantil na Europa, através da investigação integrada de coortes mãe-filho no espaço europeu.

O estudo integrou uma sub-coorte de cerca de 400 grávidas da Geração 21 – coorte que avalia o crescimento e desenvolvimento de mais de oito mil crianças da cidade do Porto, desde o seu nascimento - que tinha sido inquirida sobre consumo de peixe durante a gravidez, utilizando um questionário de frequência alimentar especificamente validado para Portugal. Foi também fornecida informação relativa à prevalência de sintomas respiratórios, asma e rinite alérgica nos primeiros anos de vida das crianças, dos 0 aos 2, dos 3 aos 4 e dos 5 aos 8 anos.

Os dados portugueses foram integrados com a informação proveniente das restantes coortes, e harmonizados, com o objetivo de se fazer, posteriormente, uma estimativa conjunta, que permitisse retirar conclusões a nível europeu.

“A vantagem deste tipo de estudos reside no facto de juntarmos informação de diferentes coortes que são muito heterogéneas. Existem coortes em que as mães consomem muito peixe e outras em que consomem pouco peixe. Como tínhamos um âmbito de variação da exposição bastante alargado, e dada a plausibilidade biológica conhecida, esperávamos encontrar uma associação entre o consumo de peixe durante a gravidez e a saúde respiratória da criança”, referiu Andreia Oliveira.

Contudo, os resultados não apontam para que exista evidência de um possível efeito protetor do consumo de peixe, de pelo menos uma vez por semana durante a gravidez, e o desenvolvimento de pieira, asma e rinite alérgica, durante a infância.

“Como não o conseguimos mostrar após harmonização e pooling de informação de mais de 60 mil pares de mãe-criança, podemos dizer que, de facto, não parece existir essa associação”, sublinhou a investigadora do Instituto de Saúde Pública do Porto (ISPUP).

Os investigadores analisaram ainda o consumo por tipo de peixe (gordo ou magro) e fizeram algumas análises de sensibilidade (retirando uma coorte de cada vez, analisando o efeito por área geográfica das coortes, por exemplo), mas não conseguiram mostrar qualquer associação.

Para além da coorte portuguesa, o estudo contou com a participação de coortes provenientes dos Países Baixos, Dinamarca, Bélgica, Itália, Noruega, Espanha, Irlanda, França, Grécia, Reino Unido e Estados Unidos.

Os resultados do estudo constam do artigo designado “Fish and seafood consumption during pregnancy and the risk of asthma and allergic rhinitis in childhood: a pooled analysis of 18 European and US birth cohorts”, publicado no “International Journal of Epidemiology”, considerado “o mais importante” jornal dedicado à investigação epidemiológica.

Asma afeta 700 mil portugueses
No dia 2 de Maio assinala-se o Dia Mundial da Asma, doença respiratória crónica que afeta 700 mil portugueses e 300 milhões de...

Cada nove em 10 doentes com asma não controlada tem perceção errada do estado de controlo da sua doença, o que pode dificultar a procura de melhor tratamento e controlo. Uma das consequências do mau controlo são as agudizações de asma com necessidade de internamento, consultas de urgência e o absentismo à escola e ao trabalho. Atualmente, as principais dificuldades no controlo da doença são a inadequada adesão ao tratamento regular e contínuo e a utilização incorreta dos dispositivos inalatórios. E isto leva a que quase metade dos asmáticos portugueses não tenham a doença controlada (43% da população geral e 51% da população pediátrica).

Esta campanha conta com a participação de José Mata como protagonista de um vídeo de sensibilização para o diagnóstico e controlo da asma que será divulgado nas redes sociais e em spots de TV. A iniciativa pretende, desta forma, chamar a atenção destes doentes para o facto de existir uma solução para o seu problema respiratório crónico. É responsável por frequentes faltas ao trabalho ou escola e limitações na participação nas atividades habituais do dia-a-dia, bem como na qualidade de vida dos doentes. Estes custos sócio-económicos ocorrem especialmente, quando o insuficiente controlo da patologia origina a necessidade de cuidados de saúde urgentes e/ou de internamento hospitalar.

De um modo geral, em Portugal, os doentes com asma menos controlada caracterizam-se por serem de classes socioeconómicas mais desfavorecidas, terem menor grau de escolaridade, serem de idade pediátrica ou idosos e terem um índice de massa corporal aumentado.

Importantes avanços têm ocorrido no conhecimento da fisiopatologia destas doenças e atualmente existem fármacos eficazes, bem como consistentes orientações para o seu tratamento.

Mário Morais de Almeida, alergologista e presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos, explica que "a asma é uma doença crónica que pode e deve estar controlada. E está nas mãos do asmático e dos seus cuidadores alcançar este objetivo que reduz custos e aumenta a qualidade de vida".

Esta campanha conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a Fundação do Pulmão, a Associação Portuguesa de Asmáticos (APA) e do Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).

Estudo
A região de Lisboa concentra a maioria dos médicos do Serviço Nacional de Saúde, com 250 profissionais por 100 mil habitantes,...

Excluindo os médicos internos, a Área Metropolitana de Lisboa concentra a maioria dos médicos do SNS, enfermeiros (496 por 100.000) e farmacêuticos (145 por 100.000), enquanto a região Norte concentra a maior parte dos dentistas (94 por 100.000), refere o relatório ‘Health Systems in Transition (HiT)’.

Segundo o ‘HiT’, realizado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), no âmbito do Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde, o Alentejo é a região que sistematicamente regista o rácio mais baixo de médicos do SNS (100 por 100.000)”, enfermeiros (273 por 100.000) e dentistas (36 por 100.000).

O Alentejo também regista o rácio mais baixo de médicos de família (41 por 100.000), bastante abaixo da área de Lisboa (69 por 100.000).

Para os autores do estudo, “a continuidade da reforma dos cuidados de saúde primários e a atribuição de um médico de família a todos os utentes do SNS”, é “fundamental para combater iniquidades e desajustes no acesso aos cuidados de saúde em Portugal”.

O Alentejo e o Algarve também têm o rácio mais baixo de psiquiatras (dois por 100.000), enquanto Lisboa tem sete psiquiatras por 100.000 habitantes.

“A área da saúde mental representa um problema importante nas áreas mais isoladas em Portugal, como o Alentejo, o que significa que a distribuição de profissionais de saúde não atende com rigor às necessidades da população”, observa o estudo coordenado em Portugal pelo economista Jorge Simões, do IMHT.

De acordo com o ‘HiT’, “apenas as cidades mais importantes do interior ou litoral interior” - Braga, Coimbra, Viseu, Leiria e Santarém – “revelam ser capazes de atrair alguns médicos, deixando a maior parte do território, sobretudo áreas rurais com população envelhecida, com escassez de profissionais”-

Relativamente aos cuidados de saúde primários, o relatório afirma que, “apesar dos progressos registados, o objetivo de atribuir a todos os cidadãos um médico de família numa unidade de cuidados de saúde primários do SNS não foi alcançado até agora”.

Contudo, a criação de Unidades de Saúde Familiar representou “um passo importante na prestação de cuidados de saúde primários”.

Sobre a reorganização e racionalização da rede hospitalar, o relatório afirma que “está ainda para ser concretizada” e defende que “a reforma deve visar a redução de excessos de capacidade em algumas regiões e a transferência de recursos para áreas com menor oferta, permitindo, ainda, uma otimização global dos recursos”.

O estudo assinala também o aumento da oferta do setor privado e a procura crescente destes serviços, explicado, em grande parte, pelos tempos de espera relativamente longos para consultas e cirurgias no SNS.

Dados do relatório indicam que o número de pessoas com seguro aumentou de aproximadamente de 500 mil pessoas em 1990 para quase 2,6 milhões em 2015, abrangendo mais de um quarto da população.

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