Fundos europeus
Doze projetos relativos a intervenções em centros hospitalares vão ser apoiados por cerca de 20 milhões de euros de fundos da...

O Programa Operacional Regional do Centro - Centro 2020 aprovou este novo pacote da área da saúde, que integra projetos de remodelações físicas e aquisição de equipamentos, entre outras intervenções.

Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), “estes projetos envolvem um investimento de cerca de 32 milhões de euros e terão um apoio do Centro 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), de cerca de 20 milhões de euros”.

Na opinião da presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, “estes projetos têm um impacto muito significativo na qualidade de vida das populações, por um lado, pela melhoria dos serviços de saúde de proximidade, através da requalificação e dos equipamentos dos centros de saúde”.

A responsável frisou que, por outro lado, haverá também a “melhoria das condições de trabalho e de atendimento dos centros hospitalares, que têm um âmbito de intervenção territorial mais abrangente e onde as áreas de saúde são mais amplas e de maior complexidade, carecendo, por isso, de contínuos investimentos de modernização tecnológica”.

O projeto “Solução Integrada de Tratamentos de Radioterapia”, do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, é o que recebe o maior apoio FEDER, 3.924.754 euros, de um investimento total de 4.617.358 euros.

Entre os apoios mais elevados estão também os 3.220.140 euros (de um investimento total de 3.821.000 euros) atribuídos à Unidade Local de Saúde de Castelo Branco para remodelação e ampliação do Hospital Amato Lusitano e os 2.613.750 euros (de um investimento total de 4.202.233 euros) que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra vai receber para ampliação e remodelação do serviço de urgência do polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Dos doze projetos, aquele que implica um investimento total mais elevado é o do alargamento e remodelação das instalações da urgência polivalente do Centro Hospitalar Tondela Viseu, de 5.649.039 euros, que terá um apoio FEDER de 1.338.425 euros.

De acordo com a CCDRC, o Centro 2020 já aprovou, no total, 33 projetos na área da saúde, que totalizam um investimento de 44 milhões de euros e um valor de fundos europeus de cerca de 30 milhões de euros.

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde do Algarve abriu concurso para contratar temporariamente médicos de várias especialidades,...

A contratação de médicos especialistas de medicina interna, geral e familiar, anestesiologia, ortopedia, ginecologia/obstetrícia, pediatria, cirurgia geral, nefrologia e oncologia, decorre no âmbito do modelo excecional de mobilidade de pessoal médico aprovado pelo Governo, com vista a reforçar os cuidados de saúde no Algarve, até 30 de setembro.

Em declarações, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve assegurou que, no processo de recrutamento especial que decorre em conjunto com o Centro Hospitalar do Algarve (CHA), “serão também aceites candidaturas de clínicos de outras especialidades, além das indicadas no concurso”.

Paulo Morgado considerou que este regime de exceção concedido pelo Governo “é muito importante, pois permite que médicos de outras regiões do país possam prestar serviços” durante um período em que a população do Algarve aumenta significativamente.

O responsável da ARS/Algarve acredita que o regime de mobilidade de exceção possa ser aliciante para alguns médicos, perspetivando que as necessidades para o reforço de verão sejam preenchidas.

“À semelhança do que aconteceu no ano passado, acredito que consigamos ter médicos interessados. Os médicos não precisam de ter autorização das instituições de origem, o que é muito importante, bastando apenas a vontade de vir”, sublinhou.

O regime de mobilidade de exceção vigora até 30 de setembro e pretende atrair médicos qualificados que possam reforçar os serviços de saúde algarvios e garantir a cobertura de cuidados, bem como para assegurar a constituição de escalas de urgência.

A adesão ao Reforço à Assistência Médica no Algarve durante o período de verão é voluntária, dependendo sempre da apresentação de candidatura dos clínicos, mediante preenchimento do formulário disponibilizado pela ARS/Algarve.

As candidaturas dispensam o acordo das instituições hospitalares de origem e conferem ao médico o direito ao pagamento das ajudas de custo e eventuais despesas de transporte.

DiabPT United
A equipa portuguesa de futsal DiabPT United está em preparação para o Campeonato Europeu para pessoas com Diabetes – DiaEuro...

Constituída por elementos do Núcleo Jovem da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (NJA) e da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), a DiabPT United irá participar, pela quinta vez consecutiva, no campeonato internacional dedicado às pessoas com diabetes.

Alexandra Costa, Coordenadora do NJA, comenta: “Este tipo de iniciativas tem o propósito de incentivar à prática de atividade física, fator determinante para a terapia da diabetes tipo 1 e prevenção e tratamento da diabetes tipo 2. As pessoas com uma boa gestão da diabetes podem ter uma vida ativa e saudável, e estes jogadores são exemplo disso mesmo. São uma inspiração para todas as crianças e jovens com diabetes tipo 1”.

Paula Klose, presidente da AJDP, refere: “É com muito orgulho que participamos mais uma vez no DiaEuro, estas conquistas têm sido fruto do esforço e dedicação da equipa que conta já quase com 30 elementos. Acreditamos que a diabetes não nos limita e praticar desporto, como o futsal, é a prova disso. Por acréscimo, a atividade física também contribui para a partilha, trabalho em equipa e a autoconfiança”.

Ferramenta 'online'
Investigadores do Porto estão a participar num projeto europeu para desenvolver uma ferramenta 'online' onde os...

"A nanotecnologia e a utilização de nanomateriais tem um maior impacto no setor dos plásticos, onde a sua utilização como aditivos em matrizes poliméricas (resinas) é generalizada, a fim de proporcionar novas propriedades" a esses produtos, disse a investigadora Natália Cordeiro, do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

Os nanomateriais, explicou a especialista, são materiais ou substâncias químicas cujas partículas têm um tamanho muito pequeno (abaixo dos 100 nanómetros, isto é, de 0,0000001 metros), utilizados em pilhas, revestimentos, vestuário antibacteriano (que inibe o crescimento de bactérias), cosméticos e produtos alimentares, por exemplo.

Ao aceder a esta plataforma, "de livre acesso e fácil utilização", e cuja informação estará disponível em português, espanhol, francês e inglês, o utilizador poderá escolher o setor industrial ao qual pertence ou que lhe interessa, bem como a propriedade que deseja melhorar ou conferir a um dado produto, por meio do uso de nanomateriais, explicou.

Nessa fase, "diferentes fatores podem influenciar tal escolha", como, por exemplo, "o preço, a disponibilidade no mercado e o nível de segurança do nanomaterial", dados que são facultados pela aplicação.

De acordo com a investigadora, todos esses aspetos constituem o ponto de partida para definir um conjunto de critérios de seleção específicos, quantificados pela aplicação, que atribui uma pontuação a cada nanomaterial considerado e sugere ao utilizador as melhores opções para o setor industrial e produto selecionado.

"Nos últimos anos os nanomateriais têm vindo a revolucionar todos os setores industriais", tendo o seu uso aumentando "imenso".

No entanto, segundo Natália Cordeiro, a informação que se tem sobre os mesmos "é muito superior à que se tem sobre os seus efeitos para a saúde humana ou ambiental".

Embora ofereçam "novas oportunidades técnicas e comerciais", podem "apresentar riscos para o ambiente e suscitar preocupações de saúde e segurança para os seres humanos e animais", acrescentou.

Ao longo do projeto será ainda desenvolvido um observatório de segurança, que permitirá ao utilizador pesquisar informação sobre as propriedades tóxicas dos nanomateriais que lhe interessem e que possam afetar os trabalhadores e o ambiente, em diferentes cenários de exposição.

Para além da FCUP, participam no projeto o 'International Iberian Nanotechnology Laboratory' (INL), de Portugal, o 'Instituto Tecnológico del Embalaje, Transporte y Logística' (ITENE), a 'ProtoQsar 2000 SL', a 'Universitat Rovira I Virgili' (URV) e o 'Instituto Valenciano de la seguridad y la salud en el trabajo' (INVASSAT), de Espanha, e o 'Centre National de la Recherche Scientifique' (CNRS-CEMES), de França.

Financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o "NanoDesk - Ferramentas Web avançadas para a aplicação segura da nanotecnologia no setor dos plásticos", finaliza em agosto de 2019.

13 de junho - Dia Internacional do Ritmo Cardíaco
O nosso coração também tem um ritmo que, quando não é o desejado, pode pôr em causa a marcha da sua vida.

O que é que os Santos Populares e a Cardiologia têm em comum? No Dia Internacional do Ritmo Cardíaco, dia 13 de junho, data também associada aos Santos Populares, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, sensibiliza para o tema das Arritmias Cardíacas em doentes com Insuficiência Cardíaca.

As arritmias cardíacas são perturbações do ritmo cardíaco que acrescentam um risco substancial à mortalidade e morbilidade dos doentes com Insuficiência Cardíaca. As arritmias resultam de alterações da atividade elétrica do coração que condicionam o batimento cardíaco. Este fenómeno traduz-se, habitualmente, em palpitações (sensação de alteração do batimento cardíaco), cansaço fácil, falta de ar, tonturas, sensação de desmaio ou desmaio e, em casos mais graves, pode resultar em eventos fatais.

Por sua vez, a Insuficiência Cardíaca é uma condição em que o coração bombeia um volume de sangue insuficiente para satisfazer as necessidades do organismo. Trata-se de uma doença que já afeta cerca de 400 mil Portugueses, e um total de 15 milhões de Europeus, apresentando-se como uma das principais causas de hospitalizações, em todo o mundo. Na realidade, estes números tornam-se mais assustadores quando percebemos que 1 em cada 25 pessoas não sobrevive ao 1º internamento, com o diagnóstico principal de insuficiência cardíaca e que 1 em cada 10 pessoas morre nos 30 dias após o internamento hospitalar.

A combinação da Insuficiência Cardíaca e de Arritmias é responsável por um grande número de hospitalizações, um dos grandes gastos do investimento público, no que diz respeito ao tratamento dos doentes cardiovasculares.

Estas duas patologias podem coexistir, bem como, precipitar-se mutuamente. Segundo relatórios oficiais da European Heart Rhythm Association /Heart Failure Association, da Sociedade Europeia de Cardiologia, aproximadamente 40% dos doentes hospitalizados por insuficiência cardíaca já possui um historial de arritmias. Números absolutamente alarmantes.

Para a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a chave para a redução da morbilidade e mortalidade induzida por estas patologias passa pela prevenção e diagnóstico precoce. Numa primeira fase, alertando para os vários fatores de risco, sensibilizamos a população para as consequências que o seu estilo de vida pode ter na sua saúde cardiovascular.

Por outro lado, a deteção precoce garante um menor nível de deterioração do coração, permitindo preservar, por um período mais longo de tempo, a sua vitalidade.

Nas palavras do Dr. Diogo Cavaco, membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “Palpitações, sensação de irregularidade no pulso ou sintomas mais graves, como desmaio ou quase desmaio, devem ser valorizados. Se tiver estes sintomas deve procurar o seu médico assistente. A investigação destas queixas, um diagnóstico precoce e uma terapêutica correta e em tempo útil podem salvar muitas vidas.”

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Instituto Nacional de Saúde, principais hospitais portugueses e Universidade de Harvard testam método inovador para detetar...

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge está a desenvolver, em parceria com a Harvard Medical School e vários hospitais do país, numa investigação internacional, um projeto para identificar de forma muito mais precisa as causas das anomalias congénitas que estão na origem de várias doenças genéticas raras e graves.

Os ensaios clínicos destes testes genéticos pré e pós nascimento de tecnologia de ponta estão a ser feitos em vários países, permitindo detetar alterações cromossómicas até agora desconhecidas, fazendo a chamada "sequenciação pangemónica, ou seja, abrangendo todo o genoma".

Comparando estas doenças com um acidente rodoviário, Dezso David, investigador do Instituto Ricardo Jorge na área do Departamento de Genética Humana, explica à TSF que hoje os métodos de análise permitem dizer aos doentes e às famílias que a falha genética ou o acidente genético aconteceu "algures entre Lisboa e Setúbal".

No futuro será possível dizer exatamente onde aconteceu o acidente, o que permitirá melhorar o diagnóstico e aconselhar melhor as famílias sobre o que fazer depois da deteção da doença, nomeadamente, também, porque a avaliação genética pré-natal será muito mais rápida. "A resolução do diagnóstico será muito mais fina, permitindo saber exatamente as causas da anomalia congénita".

Recorde-se que atualmente nem todas as mulheres portuguesas e respetivos filhos fazem testes genéticos pré-natais (apenas nos casos de risco). Estas novas técnicas ainda estão, contudo, em desenvolvimento e na fase de ensaios clínicos. A aplicação concreta nos hospitais vai demorar alguns anos.

Doença inflamatória do intestino
O Prémio Nacional de Gastrenterologia 2016 foi atribuído a Joana Torres, médica gastrenterologista do Hospital Beatriz Ângelo,...

O trabalho incidiu sobre um tipo de doença inflamatória do intestino que se denomina colite microscópica.

A colite microscópica (CM) é uma forma de doença inflamatória intestinal idiopática, que cursa com diarreia não sanguinolenta, afetando especialmente doentes idosos.

A CM pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes, devido ao aumento do número de dejeções, presença de urgência, incontinência, diarreia noturna e, por vezes, perda ponderal.

Vários estudos mostraram que a maioria dos doentes responde à terapêutica com corticóides, mas estima-se que cerca de 13% dos doentes apresentem um curso recidivante com necessidade de terapêutica imunossupressora e, raramente, cirurgia.

Previamente considerado um diagnóstico raro, a CM é atualmente considerada a causa de diarreia crónica em 4-13% dos casos. Os estudos epidemiológicos referem um aumento da incidência da CM, atingindo, nalguns países, frequências comparáveis com as formas mais comuns de doença inflamatória intestinal, como a doença de Crohn e colite ulcerosa.

Sendo uma doença sobre a qual se tem acumulado conhecimento de forma relativamente recente, a investigação sobre CM tem-se focado principalmente sobre a incidência, as características clínicas e história natural da doença, através de estudos epidemiológicos.

No entanto, ainda há muitas questões por responder sobre a sua etiologia e patogenia, e até agora a causa desta doença intrigante permanece desconhecida, sendo provavelmente multifatorial.

Neste trabalho procurou-se estudar o papel dos sais biliares na fisiopatologia da doença, nomeadamente, o papel do principal recetor de sais biliares (Recetor Farnesóide X) na doença. Observou-se que os doentes com CM apresentam uma expressão bastante diminuída deste recetor em relação a doentes controlo, o que abre a possibilidade de explorar fármacos agonistas deste recetor no tratamento de doentes mais refratários.

O Prémio Nacional de Gastrenterologia, o mais importante da especialidade em Portugal e também o mais vultuoso, tem como finalidade distinguir trabalhos científicos inéditos, de excelência no âmbito da gastrenterologia, tendo em vista a prossecução dos objetivos científicos da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

O valor do Prémio Nacional de Gastrenterologia para o ano de 2016 é de 30.000€.

Congresso da ESEnfC
Termina, amanhã (10 de junho), na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), o I Congresso Internacional de Enfermagem...

“Preparação da alta do bebé prematuro. Processo de capacitação parental” (por Denise Araújo, enfermeira no Centro Hospitalar São João), “Neonurturing como referencial de melhoria das práticas” (por Liliana Ferraz, enfermeira na Unidade de Cuidados Intensivos ao Recém-Nascido do CHUC) e “NIDCAP - Avaliação do programa na UCIN do Centro Hospitalar do Algarve” (por Elsa Silva, enfermeira no Centro Hospitalar do Algarve) são os temas das comunicações do primeiro painel.

Segue-se, a partir das 11h30, o painel “Gestão de cuidados à criança com doença complexa e sua família”. Dois professores da ESEnfC (Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem de Saúde da Criança e do Adolescente), Luís Batalha e Manuel Gameiro, falarão, respetivamente, sobre a “Intervenção do enfermeiro na avaliação e controlo da dor em situações complexas” e sobre os “Processos adaptativos dos adolescentes com doença oncológica em tratamento”.

O impacto da morte em idades pediátricas
O último painel do congresso trará, ainda, à discussão o tema dos “Cuidados paliativos pediátricos e de suporte. Necessidade e realidade”, numa comunicação a apesentar por Teresa Fraga, enfermeira e diretora da Unidade de Cuidados Paliativos Pediátricos Kastelo Marta Ortigão, em Matosinhos.

Por fim, Maria Dulce Carvalho, enfermeira no Hospital Pediátrico de Coimbra, analisará “O impacto da morte em idades pediátricas e o processo de luto”.

Subordinado ao tema “Investigação, Conhecimento e Prática Clínica”, o I Congresso Internacional de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, feito com o apoio da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, tem procurado refletir sobre as evidências produzidas e sobre as práticas adotadas em áreas tidas como prioritárias nos cuidados à criança e família, nos vários ambientes de intervenção.

Os trabalhos, que se concentram no Polo A da ESEnfC (Avenida Bissaya Barreto, em Celas), encerram às 14h00.

Mais informações sobre o congresso em www.esenfc.pt/event/esip2017.

Taxa para 'junk food'
A Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal escusou-se a comentar a possibilidade de o Governo avançar com...

“Não podemos comentar o que não sabemos o que é”, disse José Manuel esteves, da Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), sublinha do que a associação terá “a breve trecho uma reunião com o responsável pela pasta da Saúde.

Numa entrevista, o ministro Adalberto Campos Fernandes revelou que as taxas sobre as bebidas açucaradas vão ser redefinidas para penalizar as mais prejudiciais à saúde e que o Governo pondera passar a taxar também produtos alimentares com elevados teores de sal ou gordura saturados.

“Se vivêssemos num mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como ‘junk food’, hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados, seria claramente a nossa prioridade”, disse o governante.

Contactado, o diretor-geral da AHRESP afirmou apenas: “o ministro Saúde vai a breve trecho conversar connosco sobre a matéria para analisar mais detalhadamente a questão”.

Na entrevista, como medidas paralelas e adicionais já tomadas, Adalberto Campos Fernandes recordou a introdução de ementas vegetarianas nas escolas e as restrições a alguns alimentos mais calóricos nas máquinas de vendas automáticas dos hospitais do SNS.

“Vamos seguramente ser mais agressivos em 2018”, prometeu, indicando que as medidas são sempre tomadas e acompanhadas pelos representantes dos setores.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Portugal continental e o arquipélago da Madeira apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta,...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Beja, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Aveiro, Porto, Funchal e Porto Santo (Madeira) estão hoje em risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

No arquipélago dos Açores, Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Angra do Heroísmo (Terceira) e Horta (Faial) estão com risco ‘moderado’ e Santa Cruz das Flores está com níveis ‘elevados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado, apresentando temporariamente períodos de maior nebulosidade por nuvens altas.

Segundo o Instituto, no litoral das regiões Norte e Centro, o céu apresentar-se-á geralmente muito nublado até ao final da manhã, com possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco a norte do Cabo Mondego até ao meio da manhã.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado de noroeste no litoral oeste a sul do Cabo Carvoeiro, em especial durante a tarde, e nas terras altas, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais, descida da temperatura mínima no interior, em especial da região Centro e pequena descida da máxima, em especial no interior.

Na Madeira prevê-se céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte e na ilha de Porto Santo e vento fraco a moderado de nordeste.

Para os Açores, o IPMA prevê céu muito nublado, com abertas a partir da tarde, períodos de chuva, que poderá ser pontualmente forte durante a madrugada, passando a aguaceiros e vento sudoeste forte com rajadas até 80 quilómetros por hora e tornando-se fresco a muito fresco.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 16 e 27 graus Celsius, no Porto entre 14 e 22, em Vila Real entre 14 e 26, em Bragança entre 12 e 28, em Viseu entre 11 e 25, na Guarda entre 12 e 24, em Castelo Branco entre 16 e 32, em Coimbra entre 15 e 26, em Portalegre entre 15 e 30, em Santarém entre 15 e 29, em Évora e Beja entre 14 e 32, em Faro entre 18 e 31, no Funchal entre 18 e 24, em Ponta Delgada entre 17 e 21, na Horta entre 16 e 20 e em Santa Cruz das Flores entre 15 e 20.

Estudo: principais conclusões
Estudo LASS: As três pilulas em estudo apresentaram os mesmos valores relativamente ao risco de um a

A associação entre a utilização da contraceção hormonal e o potencial risco de doença tromboembólica é reconhecida desde a comercialização das primeiras pílulas. Consiste numa eventual associação ou seja “se eu tomar a pílula posso ter uma trombose” e não “eu vou tomar a pílula e vou ter uma trombose”. Trata-se duma perceção realista, mas os valores absolutos (número de mulheres que realmente apresentam trombose com as pílulas) são considerados muito baixos.

Se compararmos com o risco de ocorrer um fenómeno tromboembólico numa gravidez incluindo de baixo risco, a utilização da contraceção hormonal oral associa-se a um risco inferior.

É um tema em discussão com apontamentos de mais ou menos ênfase no problema, sobretudo quando surgem novas formulações contracetivas disponíveis. Por esse motivo foi  um dos temas em destaque no maior encontro nacional dos especialistas na área de Ginecologia e Obstetrícia, organizado pela Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia que ocorreu em Coimbra entre 1 a 4 de Junho.

De realçar que a contraceção hormonal tem efeitos não contracetivos benéfico para a mulher e na avaliação global equilibram com eventuais eventos adversos, ao prevenirmos uma gravidez não planeada estaremos a reduzir a doença e mortalidade que podem associar à gestação mesmo de baixo risco.

Não é de mais referir que a condição clínica e fatores de risco do hospedeiro (a mulher que vai tomar a pílula) devem ser considerados na avaliação clínica no ato de equacionar a contraceção hormonal.

Os contracetivos com associação de etinilestradiol e levonorgestrel são considerados como o padrão do risco ao tromboembolismo e classificados como de 2ª geração, e aparentam ter o risco mais baixo. Por isso, têm sido promovidos estudos observacionais, alargados, multicêntricos/multinacionais de longo prazo para efetivamente representar as consequências clínicas da intervenção farmacológica na área da contraceção (contraceção hormonal oral).

O estudo The Log-Term Active Surveillance Study for Oral Contraceptives (LASS) corresponde a uma avaliação a longo prazo e comparativa duma formulação (etinilestradiol e drospirenona) e outras formações contracetivas (com levonorgestrel e outros progestatgénios).

Os resultados não mostram diferenças significativas na ocorrência de eventos cardiovasculares venosos ou arteriais quando comparadas as diferentes formulações, mantendo a diferença em relação às mulheres que não utilizam contraceção hormonal. Os números absolutos são reduzidos.

A contraceção hormonal oral associa-se à possibilidade de ocorrerem fenómenos cardiovasculares e na prática clínica, as diferenças não aparentam ser significativas entre as formulações estudadas. 

 

 

 

 

 

   

Autor: Dr. Joaquim Neves, médico especialista em Obstetrícia e Ginecologia, Assistente na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministro da Saúde
As taxas sobre as bebidas açucaradas vão ser redefinidas para penalizar as mais prejudiciais à saúde e o Governo pondera passar...

Em entrevista, o ministro da Saúde disse que está a trabalhar com o Ministério das Finanças e com as empresas do setor para introduzir um novo perfil “mais inteligente” do modelo de taxas sobre as bebidas açucaradas.

“Creio que temos condições para que no próximo Orçamento do Estado possamos dar um passo inovador”, disse, garantindo que o “objetivo é proteger a saúde pública, mas sempre respeitando a “razoabilidade fiscal”.

Adalberto Campos Fernandes explicou que a ideia é recriar o modelo para que seja “mais indutor de um comportamento do consumidor mais saudável”.

Questionado sobre se a ideia é ter mais caro o que é menos saudável, o ministro confirmou que “o caminho só pode ser por aí”.

“Ser mais fácil e mais barato comprar produtos saudáveis. E ser mais caro e penalizador comprar produtos que não são saudáveis. Num quadro de grande equilíbrio. Estamos a falar de proteger os interesses das empresas do ponto de vista da sua atividade industrial, mas também populações de baixo rendimento que não podem ser prejudicadas com uma abordagem muito fundamentalista”, afirmou.

Campos Fernandes ficou satisfeito com os resultados da introdução, este ano, da taxa sobre as bebidas açucaradas, que desde fevereiro levou a uma quebra de 72% do consumo daquelas bebidas.

Mais do que o dinheiro conseguido com a taxa, que contribui para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro diz que o importante é o efeito na saúde das pessoas, que “provavelmente será visível dentro de meia-dúzia de anos”.

“Alterou a própria atitude dos industriais, sensibilizou as populações e os efeitos sobre o consumo são muito mais importantes, do ponto de vista da prevenção da obesidade e diabetes, do que os 80, 90 ou 100 milhões significam”, declarou.

Quanto ao alargamento de uma taxa do mesmo género a produtos alimentares, Campos Fernandes reconhece que o chamado “lixo alimentar” (‘junk food’) será um alvo prioritário:

“Se vivêssemos num mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como ‘junk food’, hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados, seria claramente a nossa prioridade”.

Como medidas paralelas e adicionais já tomadas, Campos Fernandes recordou a introdução de ementas vegetarianas nas escolas e as restrições a alguns alimentos mais calóricos nas máquinas de vendas automáticas dos hospitais do SNS.

“Vamos seguramente ser mais agressivos em 2018”, prometeu, indicando que as medidas são sempre tomadas e acompanhadas pelos representantes dos setores.

Estudo
Cerca de 5% dos bebés e fetos de mulheres infetadas com o vírus zika sofrem de malformações congénitas, segundo estatísticas...

Esta taxa atinge 8% entre as mães infetadas no primeiro trimestre de gravidez, precisa este estudo dos centros de controlo e de prevenção de doenças (CDC).

O estudo indica que quanto mais tardia é a infeção da mulher grávida mais fraca é a frequência das anomalias (5% no segundo trimestre e 4% no terceiro trimestre).

Estas estatísticas são as mais extensas disponíveis até agora do vírus zika em territórios norte-americanos ultramarinos, que incluem a Ilha de Guam, Ilhas Samoa, Ilhas Virgens, da Micronésia, Ilhas Marshall e de Porto Rico.

Os peritos da CDC sublinham que as taxas correspondem aos observados nos Estados Unidos.

Estas estatísticas foram calculadas com base em 2.549 casos de possíveis infeções com o vírus zika em mulheres que levaram a gravidez até ao fim.

Entre este grupo, a infeção foi confirmada em 1.508 mulheres entre janeiro de 2016 e abril de 2017 e 120 destas mulheres tiveram bebes com defeito cerebral, incluindo a microcefalia.

Excluindo as mulheres grávidas, o vírus zika não é geralmente perigoso.

O zika transmite-se principalmente por uma picada de mosquito ou por contacto sexual.

Desde a emergência do Zika durante o verão de 2015, mais de 1,5 mil milhões de pessoas foram infetadas na maioria no Brasil e noutros países da América do Sul. No total cerca de 70 países foram atingidos.

A Organização Mundial da Saúde (ONU) anunciou em novembro de 2016 que a infeção com Zika já não era uma urgência de saúde pública.

Estudo
Cientistas criaram um medicamento mais seguro para prevenir tromboses a partir de veneno de cobra, revela um estudo divulgado...

Trata-se de um fármaco da classe de medicamentos que impedem a ativação e aglomeração de plaquetas (células sanguíneas) e a formação de coágulos, sendo usados para prevenir tromboses cerebrovasculares ou a doença cardiovascular.

Os medicamentos anticoagulantes atuais, alguns dos quais baseados também em veneno de cobra, têm um efeito secundário grave, o de poder causar hemorragia prolongada após um ferimento.

Investigadores da Universidade Nacional de Taiwan desenvolveram o novo medicamento para interagir com uma proteína, a glicoproteína VI, localizada na superfície das plaquetas.

Num estudo anterior, a equipa descobriu que uma proteína existente no veneno de uma espécie de cobra, a "Tropidolaemus wagleri", da família das víboras e nativa do sudeste asiático, estimula as plaquetas a formarem coágulos no sangue ao ligarem-se à glicoproteína VI.

Trabalhos precedentes concluíram que plaquetas sem a glicoproteína VI não formam coágulos em doentes e não conduzem a hemorragias graves, o que levou os cientistas a pensarem que o bloqueamento da ação da glicoproteína poderia prevenir o aparecimento de coágulos e evitar os efeitos das hemorragias prolongadas.

Este novo estudo, pode ser o primeiro a descrever uma molécula baseada na estrutura de uma proteína específica do veneno de cobra (a proteína tem o nome científico de "trowaglerix") para bloquear a atividade da proteína da superfície das plaquetas.

A equipa científica da Universidade Nacional de Taiwan administrou o novo medicamento a ratos e observou que a formação de coágulos era mais lenta quando comparada com a de roedores que não foram tratados com o fármaco.

Além disso, verificou que os ratos medicados não sangravam mais do que os ratos do grupo de controlo.

Os investigadores pretendem otimizar os efeitos do fármaco - para que interaja apenas com a glicoproteína VI e não com outras proteínas e assim evitar reações indesejáveis - e testá-los de novo em animais, mas também em pessoas.

Alguns dos medicamentos anticoagulantes atuais têm como alvo outras proteínas, as glicoproteínas IIb/IIIa, e baseiam-se numa outra proteína de veneno de cobra, mas podem provocar hemorragias, um efeito adverso para o qual os cientistas da universidade de Taiwan não encontraram ainda uma explicação.

O estudo foi publicado na revista Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology, editada pela Associação Americana do Coração.

“Quicly Heal”
Um projeto de comercialização de produtos à base de uma planta medicinal para tratar lesões da pele venceu a quarta edição do...

A proposta de valor da marca “Quicly Heal” (cura rápida), apresentada por alunos da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil (EPTOLIVA), baseia-se na “criação de produtos na área da saúde utilizados para o tratamento de lesões na epiderme”.

“Os produtos apresentam-se no mercado sob a forma de um penso biodegradável e uma solução desinfetante 100% natural, com propriedades antibacterianas, feita a partir de extratos da celidónia, planta que é usada pelas gentes locais para tratar pequenas lesões na epiderme”, segundo uma nota da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), com sede em Coimbra, que organizou o concurso.

O projeto da EPTOLIVA, com sede em Oliveira do Hospital, representou a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.

A presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, disse que, independentemente da atribuição de prémios aos vencedores, o concurso contribui “para construir uma cultura e mudar atitudes” entre os participantes, como futuros empreendedores.

“É importante desenvolver nos nossos jovens o à vontade, o espírito de equipa e de iniciativa”, acrescentou.

A participação no concurso, envolvendo escolas de diferentes CIM do Centro, “ajuda a desenvolver essas competências nos jovens”, enquanto empreendedores a título individual, mas também na resposta às “exigências do mercado de trabalho”, como trabalhadores por conta de outrem, disse ainda Ana Abrunhosa.

Em segundo lugar classificou-se a proposta “COLTEC”, apresentada pela Escola Secundária de Estarreja, em representação da CIM da Região de Aveiro.

Esta ideia de negócio consiste no desenvolvimento de um colete tecnológico “que integra nas costas um ecrã (‘display’) de leds (díodo emissor de luz) para a passagem de sinais rodoviários e texto, com o objetivo de diminuir a sinistralidade rodoviária para ciclistas e peões”.

A Escola Profissional do Fundão, da CIM Beiras e Serra da Estrela, ficou em terceiro lugar, com a ideia de negócio “Lumpslipps”, para a produção de chinelos com “materiais endógenos de origem natural como a cortiça, o burel e os caroços de cereja”.

Ao longo do ano letivo que está a terminar, várias escolas básicas, secundárias e profissionais promoveram “ações de sensibilização para o empreendedorismo junto da população escolar”, com o acompanhamento dos professores, segundo uma nota da CCDRC.

“As ações ao nível de escola culminaram na realização de concursos municipais de ideias de negócio e posteriormente nos concursos intermunicipais, com a forte colaboração das CIM”, adianta.

Ao organizar este concurso, a CCDRC pretende “sensibilizar e motivar os jovens para a inovação e o empreendedorismo, promovendo a iniciativa e o dinamismo nas comunidades onde se inserem”.

Em cada edição da iniciativa, é eleito o “aluno empreendedor da região” entre os representantes das comunidades intermunicipais.

Composto por representantes de entidades públicas e privadas, “com reconhecido mérito na área empresarial e na promoção do empreendedorismo” na região, o júri pondera o grau de inovação de cada projeto finalista e a sua exequibilidade, bem como “o impacto para o território, a estruturação e o desenvolvimento de cada ideia” apresentada.

Desta vez, o júri integrou Ana Palmeira (Universidade da Beira Interior), António José Correia (presidente da Câmara Municipal de Peniche), Carlos Cerqueira (Instituto Pedro Nunes, de Coimbra), Domingos Chambel (TRM - Fábrica de Travões de Abrantes), Francisco Mendes (BEEVC – Electronic Systems, de Ílhavo) e Vera Cunha (Escola de Hotelaria de Coimbra).

Estudo
Um novo teste sanguíneo pode prever o risco de desenvolver a doença neurodegenerativa de Huntington, revelaram investigadores,...

Num estudo publicado na revista científica Lancet, avança-se com um novo teste que prevê quando alguém está em risco de contrair a doença e é capaz de dizer com que rapidez o cérebro se vai degradar.

A doença de Huntington, que é transmitida geneticamente, tem como sintomas movimentos involuntários e alterações de personalidade e comportamento que acabam por tornar os doentes completamente dependentes até ao fim da vida.

Como danifica os músculos e afeta sistemas vitais, como o respiratório ou cardíaco, acaba por provocar a morte.

Uma equipa internacional de cientistas observou ao longo de três anos 200 pessoas com genes que indicam probabilidade de contrair doença de Huntington, alguns já com manifestações, testando-os regularmente para medir os efeitos.

Nas amostras sanguíneas procuraram sinais da doença, medindo uma proteína libertada pelas células cerebrais danificadas e verificando que a sua presença no sangue aumenta com a progressão do problema.

O investigador Edward Wild, da University College de Londres, afirmou que essa proteína "poderá servir como 'velocímetro' da doença de Huntington".

Se a investigação avançar e se concluir que não tem efeitos negativos, o teste poderá tornar-se uma alternativa mais barata e menos invasiva para os doentes de medir o progresso da doença, o que atualmente se faz com recolha de líquido cerebroespinal e exames ao cérebro.

APOGEN
Lisboa vai receber, de 14 a 16 de junho, a elite mundial dos medicamentos genéricos e biossimilares. No hotel Epic Sana Lisboa...

O evento contará com a presença de Adalberto Campos Fernandes, Ministro da Saúde; Hélder Mota Filipe, do Conselho Diretivo do INFARMED e Jacek Glinka, Presidente da Medicines for Europe, entre muitos outros especialistas.

A APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares será a anfitriã do evento que acontece em Portugal pela primeira vez neste formato. Paulo Lilaia, presidente da APOGEN afirma que “É uma grande honra ter em Lisboa as figuras maiores das áreas dos medicamentos genéricos e biossimilares. Mostra que estamos no centro da discussão”.

A Medicines for Europe, anteriormente conhecida como European Generics Medicines Association (EGA) é a associação europeia, com mais de 20 anos, que representa as empresas farmacêuticas da indústria de medicamentos genéricos e biossimilares. Os seus associados fornecem já 56 por cento do total de medicamentos consumidos na Europa, no entanto apenas contribuem em 22 por cento para o total da despesa com medicamentos. Sem a concorrência gerada pelos fabricantes de medicamentos genéricos a Europa, para ter o mesmo nível de acesso aos medicamentos, teria custos adicionais de 100 mil milhões de euros, por ano.

A Medicines for Europe é o parceiro líder ao nível dos cuidados de saúde, cujo objetivo é promover a saúde e o bem-estar de todos os europeus através de um melhor acesso a medicamentos de alta qualidade. O portfólio dos associados da Medicines for Europe cobre as mais diversas áreas terapêuticas incluindo diabetes, cardiovascular, e cancro, e, ao fazê-lo, contribui para a sustentabilidade dos sistemas de saúde da Europa para as gerações futuras. Em toda a Europa já existem 50 milhões de pessoas a tomar medicamentos genéricos para o controlo da pressão arterial e 20 milhões de doentes estão a ser tratados para a diabetes, também, com medicamentos genéricos.

No que respeita aos medicamentos biossimilares, a Medicines for Europe prevê que estes, até 2020 permitam poupanças de 33 mil milhões de euros em 8 países da UE.

Já a IGBA, que é composta pela Medicines for Europe; Canadian Generic Pharmaceutical Association; Generic Pharmaceutical Association; Japan Generic Medicines Association; Jordanian Association of Pharmaceutical Manufacturers; National Association of Pharmaceutical Manufacturers e Taiwan Generic Pharmaceutical Association, é uma associação empenhada na promoção dos medicamentos genéricos e biossimilares e na troca de conhecimento a nível mundial.

Transplantação: números aquém das possibilidades
Apesar do número de transplantes ter aumentado nos últimos anos em Portugal, especialistas afirmam q

Os dados da doação e transplantação de órgãos em 2016 apontam para um aumento de 10% de órgãos colhidos de dador falecido face ao ano anterior, com uma taxa de utilização a atingir os 84%. Dois números bastante positivos e que colocam o país em destaque a nível mundial.

No entanto, e apesar do esforço de todos os profissionais envolvidos neste processo, especialistas concluem que é possível fazer mais e melhor.

“O número de doações, e portanto de colheita, tem aumentado nos últimos anos embora sem atingir os números de 2009. A doação por milhão de habitante foi de 32.6 em 2016, um número que nos pode orgulhar a nível mundial”, começa por dizer Susana Sampaio, Presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT).

“No entanto, temos a noção de que poderemos melhorar”, refere apontando alguns dos motivos que condicionam a otimização das colheitas. “Existem unidades de cuidados continuados (UCI) que não sinalizam aos coordenadores hospitalares todos os potenciais dadores. São vários os motivos para esta situação, nomeadamente o facto das equipas de saúde se encontrarem reduzidas, limitando os recursos para a manutenção dos potenciais dadores”, afirma.

O reforço destas equipas, bem como a realização de campanhas de sensibilização e formação dos profissionais de saúde envolvidos no processo de sinalização, são algumas das soluções apresentadas de modo a melhorar o rácio de colheitas.

De acordo com a presidente da SPT, importa perceber que obstáculos existem a nível das organizações, que estão “aquém das suas potencialidades”, e tentar melhorar os  aspetos assinalados. “A qualidade assistencial das UCI pode ser avaliada pelo número de potenciais dadores e o número que de facto são sinalizados”, explica.

Por lado, importa ainda melhorar a taxa de aproveitamento de órgãos. “O tipo de dadores, nos últimos anos, modificou-se. Ou seja, há uns anos, os dadores eram essencialmente devido a morte por trauma (acidentes), eram mais jovens e portanto os orgãos também”, afirma a especialista.

Atualmente, os dadores são mais velhos e com mais doenças associadas, cuja principal causa de morte é a doença cerebro vascular ou hemorragia cerebral, o que faz com que a “qualidade do órgão” necessite de ser avaliada. “Nestas situações realiza-se uma biópsia – geralmente, falamos de rim ou de fígado para decisão de transplantar ou não. Quando o órgão não reúne condições o transplante não avança”, explica.

Deste modo, de acordo com Susana Sampaio, não podemos falar em desperdício de órgãos, como muitos insistem. “Se os rejeitássemos à partida por serem de dadores mais idosos ou com outras patologias, aí sim, poderiam desperdiçar-se órgãos implantáveis”, justifica.

Poderá ser, então, a transplantação de dador vivo parte da solução? Para a presidente da SPT esta é, sim, uma forma de aumentar a doação permitindo que mais doentes possam ser transplantados.

“Dado que o transplante de cadáver, em Portugal, como em qualquer parte do mundo, não consegue suprir as necessidades, o transplante de dador vivo aumenta as possibilidades dos doentes serem transplantados. Neste tipo de doação falamos essencialmente de transplante de rim”, refere a especialista.

Em termos legais, não é necessário existirem laços familiares para se poder doar um rim. Basta ser saudável e efetuar exames específicos e pormenorizados que permitirão avaliar que não correrá riscos no futuro. “Também tem de ser avaliado do ponto de vista social e psicológico antes de se avançar com a doação”, acrescenta recordando que “existem muitos doentes à espera de um transplante”.  “A doação é um ato de generosidade que devemos manter e louvar”, reforça.

Outra possibilidade recai sobre a utilização de órgão de dadores em paragem cardiocirculatória. “A vítima que entra em paragem respiratória é reanimada e transportada ao hospital para continuar e manter as manobras de suporte avançado de vida. Para melhorar a chegada de oxigénio aos tecidos é ligado a uma máquina de oxigenação”, explica Susana Sampaio que adianta que se ao fim “de um tempo muito bem estabelecido” não houver recuperação considera-se que a vítima poderá ser potencial dadora, mantendo-se “a oxigenação para melhor preservar os órgãos passíveis de serem transplantados”.

Desde 1 de janeiro de 2016 que este tipo de transplante está a ser realizado no Centro Hospitalar de São João, permitindo o aumento do número de doações.

“Uma vida, Duas vidas...”, o livro que apoia a Investigação

No passado dia 26 de Maio chegou às livrarias a obra “Uma vida, Duas vidas”, escrito por 22 conceituados médicos especialistas em transplantação, que se espera não deixar ninguém indiferente.

“Este livro conta a história de 22 médicos da área do transplante, dos seus doentes e dos momentos que os moldaram. São histórias de esperança, de determinação e de coragem, de quem tem a vida por um fio nas mãos de um estranho...”, revela a presidente da STP.  

Os direitos do livro revertem a favor da Sociedade Portuguesa de Transplantação que “os irá utilizar para a Bolsa que a Sociedade atribui para projetos de Investigação”.

Melhorar as técnicas existentes que permitam ultrapassar a barreira imunológica, tratando eficazmente a rejeição por anticorpos e, quem sabe um dia, produzir órgãos para transplante são algumas das ambições da especialidade. “A investigação nesta área tem mostrado pequenos avanços que nos fazem ter esperança”, refere Susana Sampaio.


«Um livro comovente, cujos direitos revertem a favor da Sociedade Portuguesa de Transplantação»

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Diabetes
Investigadores do Porto estão a coordenar um projeto que visa desenvolver uma plataforma digital de rastreio da retinopatia...

Esta plataforma de análise de imagem vai permitir, assim, "um tratamento precoce e mais eficaz, para uma população diabética mais alargada", disse Aurélio Campilho, responsável pelo Centro de Engenharia Biomédica do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), entidade que coordena o projeto a nível nacional.

Para tal, a plataforma, que estará disponível aos oftalmologistas, vai incorporar tecnologias de informação e comunicação, para avaliar a qualidade das imagens recolhidas do fundo ocular dos pacientes, detetar as imagens normais e atribuir um grau de severidade à patologia, auxiliando assim o trabalho no processo de decisão.

De acordo com Aurélio Campilho, é exigido um "elevado esforço" aos oftalmologistas na análise das diversas imagens de cada paciente, visto que "muitas não apresentam sinais de qualquer patologia (cerca de 75%) e outras não têm uma visibilidade adequada, o que não permite avaliar (cerca de 5% do total)".

"A diabetes é uma doença com um crescimento galopante a nível mundial e uma das suas complicações mais comuns é a retinopatia diabética (RD)", referiu o professor, acrescentando que "apesar de se estimar que cerca de 50% dos diabéticos tipo 2 e de 70% tipo 1" venham a desenvolver a doença, "esta pode ser evitada com tratamento precoce, se diagnosticada numa fase inicial".

De acordo com o investigador, existem programas de rastreio de RD, como o desenvolvido pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), que abrange uma população diabética de cerca de 250 mil diabéticos, mas que envolve, no entanto, uma "logística complexa".

Esta plataforma, que se prevê concluída em 2020, está a ser desenvolvida para o rastreio de retinopatia diabética, no entanto, segundo Aurélio Campilho, o conceito pode ser alargado para outras situações de rastreio, como o do cancro pulmonar ou do colorretal.

O projeto "Plataforma de Análise de Imagem e Aprendizagem Computacional para a Inovação do Rastreio de Retinopatia Diabética" é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no âmbito do programa Carnegie Mellon Portugal.

Para além do INESC TEC, participam neste projeto a Carnegie Mellon University, dos Estados Unidos, a Universidade de Aveiro, a ARS-Norte e a empresa BMD Software, com a colaboração do Centro Hospitalar de São João e da First Medical Solutions.

Este trabalho deu origem a um artigo, que vai ser publicado na revista 'IPSJ Transactions on Computer Vision and Aplications', dedicada a destacar projetos de investigação, nomeadamente na área da visão computacional e as suas aplicações.

Dia Mundial dos Oceanos
A associação ambientalista Quercus apelou hoje à responsabilidade de cada pessoa para evitar a contaminação dos mares com lixo,...

"Há uma situação extremamente dramática nos oceanos" com o excesso de plástico, disse o presidente da Quercus, João Branco, que no Dia Mundial dos Oceanos, que se assinala hoje, pede um compromisso dos cidadãos e do governo para combater um ciclo de poluição que acaba por voltar-se contra os seres humanos.

João Branco ilustrou que "um saco de plástico ou a embalagem de um gelado que é deitado sem querer ao chão em Bragança ou na Guarda acaba por ir parar ao mar porque o vento leva-o para um ribeiro".

"O mar atualmente, está quase a ter mais plástico do que peixes", afirmou, acrescentando que, chegado ao mar, o plástico vai-se fragmentando lentamente até acabar em nanopartículas tão pequenas que entram nas células dos peixes consumidos pelos seres humanos.

A contaminação com medicamentos, fertilizantes e outros produtos é outra área em que o papel dos cidadãos é fundamental, indicou.

Reduzir o uso de plástico, optar por material reciclável, evitar cosméticos e dentífricos com microplásticos e escolher bem os produtos de limpeza são alguns dos conselhos da Quercus.

Quanto aos governos, têm condições para fazer campanhas de sensibilização ambiental que as organizações como a Quercus não conseguem igualar, assinalou.

No capítulo das leis, uma exigência da Quercus é uma lei "que acabe de vez com os sacos de plástico".

João Branco afirmou que houve uma queda no consumo com a lei que impôs uma taxa aos sacos de plástico de supermercado, mas salientou que uma ida às compras ainda significa trazer "10 ou 15 sacos de plástico" usados para os produtos frescos, além de embalagens de plástico para trazer produtos como carne, charcutaria ou iogurtes.

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