Estudo
Um estudo feito pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco revelou que a incidência anual de fraturas do fémur em mulheres...

"Os resultados deste estudo são preocupantes e demonstram a importância da problemática que constituem as fraturas do fémur, sobretudo em mulheres pós-menopáusicas, entre as quais as taxas de incidência e mortalidade associadas são significativas", refere em comunicado o presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), José Canas da Silva.

Segundo a SPR, o estudo realizado pelo reumatologista da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) Pedro Abreu, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015, envolvendo doentes internadas naquela unidade de saúde por fratura do fémur de baixa energia, coloca em evidência "o grave problema" das fraturas do fémur e do subdiagnóstico da osteoporose no distrito de Castelo Branco.

"A análise, levada a cabo pela ULSCB, revelou que a incidência anual de fraturas do fémur, a consequência mais séria da osteoporose, em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos é de 922,4 por 100 mil habitantes", lê-se no documento.

Apurou-se ainda que 32,3% dos casos apresentavam antecedentes de fratura e 8,8% tinham registo de dois ou mais episódios prévios de fratura, mas em apenas 11,6% das mulheres haviam sido diagnosticadas previamente com osteoporose e somente 7,8% estavam medicadas com tratamento anti-osteoporótico.

O documento adianta ainda que, um ano após fratura, a taxa de mortalidade verificada foi de 16,3%.

"Apesar de se tratar de uma patologia muito divulgada entre profissionais de saúde e até na população em geral, existem ainda muitas deficiências na prevenção, diagnóstico e tratamento da osteoporose, mesmo com a existência de recomendações nacionais e internacionais", sustenta José Canas da Silva.

Este responsável sublinha que esta é uma situação que se repercute por todo o país, com lacunas na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença que afeta mais de 800 mil portugueses.

“Saúde.come”
Dois terços dos idosos portugueses são sedentários, sendo a camada da população mais inativa e com comportamentos que revelam...

O projeto “Saúde.come”, que tem como um dos objetivos caraterizar os estilos de vida população portuguesa, analisou mais de 10.600 portugueses representativos da população, entre os quais mais de 2.300 pessoas com mais de 65 anos.

“A população idosa apresenta vários comportamentos que revelam um estilo de vida menos saudável. Tendencialmente é a população mais sedentária e revela maus hábitos alimentares, tabágicos e de consumo de álcool”, sintetiza Helena Canhão, investigadora principal do “Saúde.com”.

A partir das entrevistas feitas à população com mais de 65 anos, os investigadores concluíram que os últimos cinco a seis anos de vida dos portugueses são cumpridos com má qualidade ao nível da saúde.

São mais de 66% os idosos portugueses que são sedentários, um número que Helena Canhão considera “muito elevado”.

O projeto realizou ainda uma comparação com a população norueguesa. Apesar de Portugal ter mais sol, os idosos da Noruega praticam “muito mais atividade física” do que os portugueses.

Em relação ao uso da tecnologia, 80% dos idosos portugueses não utilizam computador, mas são 60% os que veem mais de três horas de televisão por dia.

Helena Canhão refere que a televisão se mostra, nesta população, como um meio importante para transmitir conhecimentos e até para encorajar à atividade física.

Outro dado que os investigadores consideram relevante é o facto de mais de 77% dos idosos portugueses terem apenas até quatro anos de escolaridade.

O retrato mais detalhado da população com mais de 65 anos vai ser apresentado em Lisboa na quinta-feira, numa sessão que contará com a presença do reitor da Universidade Nova de Lisboa.

Vai ser ainda apresentado um manual que pretende ser prático, com um programa de três meses para promover estilos de vida saudáveis entre os mais velhos.

O livro “Viver com Saúde depois dos 60 anos”, que terá distribuição gratuita, pretende ajudar “de forma económica e sustentável” a alcançar uma vida mais saudável.

Terá conselhos e exemplos sobre exercício físico, receitas de cozinha, exercícios de memória, estímulo aos sentidos e outras informações sobre sexualidade, segurança ou sono.

O projeto "Saúde.come" é financiado pelo Programa Iniciativas de Saúde Pública, EEA-Grants, que resulta do memorando de entendimento celebrado entre o Estado Português e os países doadores (Islândia, Liechtenstein e Noruega) do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu.

Estudo
Uma investigação da docente Nádia Osório, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, identificou proteínas...

O estudo, que vai ser apresentado hoje em livro, partiu da necessidade de compreender o comportamento das bactérias face aos antibióticos e conhecer os mecanismos de resistência envolvidos.

"Se soubermos que mecanismos a bactéria desenvolve, ou passa a expressar quando se adapta ao antibiótico, podemos desvendar novos alvos para o desenvolvimento de novos antibióticos ou de outros compostos químicos ou terapêuticas que depois atuem neles", explica a investigadora, citada em comunicado da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC).

Segundo Nádia Osório, esta é "uma necessidade urgente, dado que cada vez mais as pessoas estão restritas à utilização de antibióticos e que, num futuro próximo, estes podem ser ineficazes e gerar um maior descontrolo no combate a infeções".

A investigadora salienta que o uso excessivo ou mal aplicado de antibióticos é hoje considerado um problema de saúde pública, "na medida em que existe uma resistência cada vez maior por parte de bactérias e, consequentemente, maiores dificuldades no combate a infeções".

"As pessoas tomam antibióticos errados, em quantidades erradas, porque se automedicam ou então porque às vezes alguém prescreve um antibiótico de largo espetro para erradicar a bactéria sem saber sequer qual é a bactéria ou seu antibiograma", explica a docente da ESTeSC.

O estudo conseguiu identificar proteínas envolvidas no ganho de resistência bacteriana na espécie estudada, "que pode vir a ajudar no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas neste âmbito".

Para Nádia Osório, a investigação veio reforçar que é fundamental uma aplicação regrada dos antibióticos, que "só deveriam ser aplicados em situações muito concretas e devidamente estudadas".

"Seria mais assertivo na prática clínica tentar reduzir a aplicação de antibióticos nas situações mais fáceis de tratar. Deveria ser totalmente impeditivo a aquisição de antibióticos sem prescrição, tanto para a veterinária como para a saúde humana, e a população deveria ser constantemente informada das consequências negativas que estes comportamentos podem gerar", sublinhou.

Em laboratório, a investigadora concluiu que o uso inadequado de antibióticos cria maior resistência e dificuldades no combate das infeções bacterianas, que anteriormente eram facilmente eliminadas.

O lançamento do livro, que resulta da tese de doutoramento de Nádia Osório em microbiologia, decorre hoje, às 16:00, na ESTeSC, inserido na Coleção "Ciência, Saúde e Inovação - Teses de Doutoramento".

15.ª edição do Congresso da Sociedade Ibérica de Citometria
A citometria de fluxo e seus avanços tecnológicos são o tema central da 15.ª edição do Congresso da

Desde há muitos anos que a citometria de fluxo, fruto da sua capacidade de estudar vários parâmetros simultaneamente numa única célula, se tem afirmado como uma ferramenta de utilidade reconhecida na área clínica, nomeadamente no diagnóstico, prognóstico e monitorização terapêutica das hemopatias malignas, na monitorização da infecção pelo VIH, e também na investigação aplicada à clínica e na investigação básica.

O aparecimento de novos citometros de fluxo, com uma maior capacidade multiparamétrica e de processar uma grande quantidade de células em menor tempo, associado a softwares de análise mais versáteis e capazes de realizar uma análise automática de todas as populações celulares presentes numa amostra e, acima de tudo, capazes de cruzar a informação obtida nessa amostra com uma base de dados representativa da maioria das hemopatias malignas, vai reduzir de forma significativa a subjectividade diagnóstica dependente do “expertise” de quem analisa e permitir, através da estandardização dos painéis de diagnóstico e de calibração dos equipamentos, que se obtenha, para uma mesma amostra processada em laboratórios diferentes, o mesmo resultado.

Estes avanços irão, seguramente, colocar a citometria de fluxo numa posição de maior relevo na área clínica das hemopatias malignas, quer ao nível do diagnóstico, quer no aumento da sensibilidade para a pesquisa da doença mínima residual. Estes mesmos avanços tecnológicos em citometria de fluxo serão igualmente uma mais-valia no que respeita ao diagnóstico das imunodeficiências primárias.

Perspectivam-se, também, novas áreas de intervenção da citometria de fluxo, nomeadamente no estudo de alterações periféricas (numéricas ou funcionais) que ocorrem nas células do sistema imune, após terapêutica imunomoduladora, em particular as com base em anticorpos monoclonais, e que estão a ser cada vez mais utilizadas no tratamento de tumores.

Finalmente, fruto da capacidade que alguns citometros de fluxo têm de funcionar como separadores celulares (“cell sorters”), e cuja utilização é já uma realidade, em alguns laboratórios clínicos, poder-se-ão estabelecer interfaces de colaboração e de complementaridade com outras tecnologias, também importantes na área do diagnóstico das hemopatias malignas, como a hibridação in situ de fluorescência (FISH) e a biologia molecular, em particular, e ainda em fase de implementação, a sequenciação de nova geração (NGS). Estes separadores celulares já são largamente utilizados por muitos grupos de investigação, sendo uma ferramenta fundamental para os novos avanços científicos em diferentes áreas.

Estes e outros avanços serão abordados na 15.ª edição do Congresso da Sociedade Ibérica de Citometria (SIC), que vai ter lugar entre os dias 25 e 27 de maio, em Lisboa. Os detalhes sobre o evento poderão ser consultados no website oficial: http://www.transalpino-eventos.com.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) vai...

No dia 24 de maio, a partir das 10h30, terá lugar uma sessão inaugural em que Susana Protásio, vice-presidente da SPEM, vai apresentar os “Sete Princípios da Qualidade de Vida das Pessoas com EM”, um documento que contribui para o movimento internacional em prol das pessoas com EM e compilado pela Federação Internacional das associações de doentes, organização a que a SPEM pertence. Ainda nesta manhã, o Dr. Carlos Capela neurologista do Centro Hospitalar Lisboa Central, vai apresentar a perspetiva clínica de como é “Viver com EM” e uma doente vai partilhar o seu testemunho. 

Na “Casa da EM” são duas as divisões representadas e aquelas onde, normalmente, passamos mais tempo, a sala de estar e a cozinha. Na sala, a experiência de atravessar um tapete com barbatanas calçadas pretende sensibilizar para a dificuldade que estes doentes têm em levantar os pés e a falta de equilíbrio; na cozinha, sentir uma onda de calor ao abrir o frigorífico mostra como as pessoas que sofrem de EM reagem às alterações bruscas de temperatura. Ao afetar o sistema neurológico central, a EM origina uma multitude de perturbações físicas e sensoriais.

Ainda no âmbito desta iniciativa, no dia 27 de maio, vai realizar-se uma sessão gratuita de cinema, também no Centro Colombo, para visionar o filme “100 Metros” que conta a história de um homem diagnosticado com EM e que mesmo assim, desafiando o prognóstico e as limitações impostas pela doença, conseguiu concluir o IronMan, uma das provas mais duras do planeta. Esta sessão realiza-se no sábado, pelas 19h00 e os bilhetes1 podem ser solicitados às promotoras junto da “Casa da EM”.

Nas palavras de Susana Protásio, “É muito importante conseguirmos transmitir à população em geral, media e tutela, o que é viver com EM. A correta gestão da doença não é apenas responsabilidade da pessoa afetada. Depende de toda a sociedade assegurar que estas pessoas, jovens e em idade ativa, possam fazer face à doença e continuar as suas vidas apesar deste diagnóstico, com os mesmos direitos e oportunidades. Esta iniciativa pretende promover a igualdade e desafiar o estigma em torno da EM.”

 

Semana Internacional da Tiroide
Sondagem internacional revela que quase um terço das mulheres não consegue explicar o que é um distúrbio da tiroide.

Todos os anos se assinala, a nível global, a Semana Internacional da Tiroide que integra o Dia Mundial da Tiroide, cujo objectivo é destacar algumas das características menos conhecidas das doenças tiroideias e garantir que as pessoas tenham as informações necessárias para saber identificar possíveis sintomas de uma doença que em Portugal afecta cerca de 1 milhão de portugueses (cerca de 10% da população), estando grande parte ainda por diagnosticar.

“Não é você: é a sua tiroide” é o tema central da campanha global de sensibilização da 9ª edição da Semana Internacional da Tiroide, que este ano decorre de 22 a 28 de maio, e que destaca as semelhanças que existem entre os sintomas dos distúrbios da tiroide com os efeitos do estilo de vida acelerado dos nossos dias. Esta campanha baseia-se nos resultados de um inquérito internacional que revela que muitas mulheres se culpam a si próprias, e às escolhas relativas ao seu estilo de vida, com sintomas como alterações de peso, irritabilidade, ansiedade, insónias e fadiga, não compreendendo que uma doença da tiroide pode ser a causa subjacente.

Para Maria João Oliveira, médica endocrinologista e membro do Grupo de Estudo da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) “este estudo revela que a doença tiroideia pode, secretamente, ser a responsável por detrás dos sintomas que muitos de nós atribuímos ao estilo de vida sobrecarregado da atualidade e com cada vez menos tempo para descansar a motivos como o cansaço excessivo, a má concentração, a falta de motivação, a depressão, a perturbações do sono ou até mesmo à dificuldade em conseguir engravidar, não percebendo que um distúrbio da tiroide pode ser a causa subjacente. Daí que promover o conhecimento sobre a doença é fundamental para que os sintomas não sejam negligenciados e haja uma diminuição de casos por diagnosticar”.

Principais sintomas 

Regula o humor, o peso e a memória, mas se produzir hormonas em excesso ou por defeito – hipertiroidismo e hipotiroidismo – desregula o metabolismo.

Alguns dos sintomas relacionados com baixos níveis de hormonas tiroideias (hipotiroidismo) são obstipação, falta de motivação, falta de concentração, depressão ou aumento de peso. Os sintomas relacionados com níveis aumentados de hormonas tiroideias (hipertiroidismo) incluem perda de peso e irritabilidade.

Quer o hipotiroidismo, quer o hipertiroidismo podem causar ansiedade, irregularidades menstruais e alterações do sono. A maioria das mulheres que participaram nesta sondagem desconhece que sintomas podem ser resultado de um problema subjacente da tiroide.

Hospital Todos os Santos
A Câmara de Lisboa vai discutir a venda ao Ministério da Saúde, por 4,2 milhões de euros, de cinco parcelas de terreno, em...

A proposta, que será apreciada na reunião privada de quinta-feira, recorda que esta venda decorre do acordo celebrado em dezembro de 2007 entre o Ministério da Saúde e o município para a criação do Hospital Todos os Santos.

Nessa altura, o Estado comprou várias parcelas municipais de terreno (que totalizavam 100.561,00 metros quadrados) por 13.394.725,20 euros.

Entretanto, estão a decorrer “estudos técnicos tendo em vista o lançamento do concurso público para a conceção/construção” deste equipamento de saúde, nos quais se verificou “que a área de terreno de que o Estado é atualmente proprietário para a construção do hospital é insuficiente”.

Isto porque “não permite uma adequada implementação dos volumes nem os melhores acessos, ao mesmo tempo que não garante reserva mínima de expansão, sempre aconselhável nestas situações”, revela a proposta assinada pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, e à qual a Lusa teve hoje acesso.

Salientando que é “do interesse público e da maior relevância para a cidade de Lisboa que o futuro hospital seja dotado de todas as condições para presente e futuro e que possa, a todos os níveis, ser uma unidade de referência”, o autarca propõe a alienação de terrenos contíguos aos já vendidos.

Em causa estão terrenos sem “caráter estratégico” para o município, localizados na Rua Engenheiro Ferreira Dias e na Avenida Dr. Augusto Castro, freguesia de Marvila, que perfazem uma área total de 28.000,00 metros quadrados.

Ao todo, serão vendidos por 4.172.000,00 euros, tendo um valor unitário de 149 euros por metro quadrado (isto já considerando o ajuste ao Índice de Preços no Consumidor).

“Com os referidos terrenos será, sem dúvida, possível desenvolver um programa de intervenção e preparar o procedimento de contratação do futuro hospital em muito melhores condições, quer do ponto de vista técnico, quer em termos urbanísticos, com significativa mais-valia para o interesse público”, sublinha Manuel Salgado.

De acordo com o responsável, o “Ministério da Saúde manifestou a sua anuência à formalização do negócio nos termos descritos, do qual também foi dado conhecimento à Direção-Geral de Tesouro e Finanças”.

A proposta visa também uma cedência complementar de terrenos - do domínio público para o domínio privado do município - para que possam ser vendidos, visando que este equipamento de saúde avance com a “máxima urgência”, nota Manuel Salgado.

Abrangido será um troço da antiga Azinhaga do Ferrão, também em Marvila, com 779 metros quadrados, o que implica o pagamento de 3.895,00 euros, adianta a proposta, que será depois submetida à apreciação da Assembleia Municipal.

SNS
Liberdade de escolha no SNS está a funcionar desde junho de 2016. Mais de 166 mil escolheram o hospital para ter consulta.

Mais de 166 mil utentes já escolheram um hospital diferente do da sua área de residência para terem uma primeira consulta da especialidade. Números que representam 10,5% do total das primeiras consultas realizadas entre junho do ano passado, quando o livre acesso e a liberdade de escolha dentro do SNS entrou em vigor, e abril deste ano. "Estão a fazê-lo nas especialidades tradicionalmente com maiores dificuldades de resposta: oftalmologia, ortopedia, dermatologia e otorrinolaringologia", adianta ao DN Ricardo Mestre, vogal da Administração Central do Sistema de Saúde.

O mesmo explica que nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e no Norte a maioria dos utentes escolhe hospitais alternativos dentro da região. Já o Centro "tem capacidade de atrair mais pedidos do que os que deixa sair da região". A medida faz parte do plano do Ministério da Saúde de melhorar a organização e rentabilização da resposta do SNS. Exigência maior quando os tempos máximos de resposta garantidos para primeiras consultas foi reduzido de 150 para 120 dias. A portaria entra em vigor em junho, embora o prazo antigo se mantenha em vigor até ao final do ano.

A reação à liberdade de escolha, explica Rui Nogueira, presidente da Associação dos Médicos de Família, "tem sido boa, quer quando os doentes nos interpelam quer quando lhes propomos poderem ir para outro hospital". Da sua experiência as escolhas acontecem muitas vezes em ortopedia e otorrino. A razão fundamental de ambos os lados é uma: conseguir menores tempos de espera. "Quando voltam ao consultório dizem-nos "ainda bem que fui para lá". Acho que a medida está a funcionar muito bem e que só peca por tardia", diz, referindo que a qualidade dos serviços em geral é boa e por isso o que leva o doente a escolher outra solução é o acesso. "Nós temos uma qualidade nos serviços médicos muito boa. Onde temos défice é na organização e no planeamento, que se reflete na capacidade de resposta", aponta.

Manuel Vilas Boas, do Movimento de Utentes da Saúde, considera que a "medida foi uma saída para os constrangimentos". Mas "o ideal seria que houve resposta no hospital da zona. Esta é uma saída de emergência que tem dado algum resultado e o que interessa aos utentes é terem o problema resolvido". Manuel Vilas Boas salienta que há outros problemas que também gostariam de ver resolvidos como a falta de médicos em algumas especialidades. "Deixamos um apelo ao ministro para ver se consegue reivindicar mais verba do Orçamento para a saúde."

Para o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, o que existe não é uma verdadeira liberdade de escolha. "O que faria sentido, se os doentes tivessem acesso aos cuidados, era discutir a qualidade dos diferentes serviços e dos diferentes hospitais de forma a competirem entre eles e estimular a fazer melhor. Este seria o espírito da liberdade de escolha. Ter liberdade por causa do acesso é uma liberdade."

Mais investimento

O livre acesso faz parte de um plano que passa também pelo reforço do investimento e maior articulação entre as unidades do SNS. "Já foi publicado um despacho que dá orientação aos hospitais para reforçar a articulação entre as unidades para garantir os tempos máximos de resposta e rentabilizar o SNS. Estão a ser feitos investimentos significativos nas instalações e equipamentos em quase todos os hospitais e centros de saúde, temos mais profissionais - mais mil médicos e mais dois mil enfermeiros no primeiro trimestre de 2017 em comparação com 2016 - e estamos a avançar com a implementação da plataforma eletrónica de gestão partilhada de recursos, em que quem tem coloca o que pode oferecer e quem não tem pode recorrer a uma destas unidades. A ideia é partilhar atividade - consultas, cirurgias e exames - e equipamento", explica Ricardo Mestre. O objetivo é que todas as instituições do SNS estejam ligadas à plataforma até ao final de setembro.

Debate
O médico e investigador Sobrinho Simões, que defende a despenalização da eutanásia, disse hoje que será objetor de consciência...

“Por um lado acho que as pessoas têm todo o direito a terem acesso à eutanásia, mas eu não a farei e serei objetor de consciência”, afirmou Sobrinho Simões, um dos subscritores de um apelo ao Presidente da República e ao presidente da Assembleia da República a defender uma lei “que permita a cada um encarar o final da vida de acordo com os seus valores e padrões”.

O médico falava no primeiro de um conjunto de debates promovidos pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) e que irá percorrer dez cidades de Portugal com o tema “Decidir sobre o final da Vida”.

Neste primeiro painel, participaram Sobrinho Simões, o filósofo José Gil, o especialista em ética Walter Osswald e a ex-ministra da Saúde Maria de Belém Roseira, cabendo a moderação ao médico Miguel Oliveira da Silva.

A autonomia foi um dos temas em redor do qual os oradores se pronunciaram, com a jurista Maria de Belém Roseira a assumir-se como “defensora do aprofundamento da autonomia no âmbito da pessoa e da pessoa em sociedade”.

Sobre a autonomia, Walter Osswald referiu que a legalização do suicídio assistido ou da eutanásia irá precisamente reforçar a autonomia do médico.

“Só o médico é que pode determinar as condições do doente. Há um reforço do poder do médico e não do doente”, afirmou.

Já em relação às crianças, este especialista em ética alertou: “Os pais são tutores, mas não são os seus donos”.

O filósofo José Gil referiu-se às mudanças na sociedade portuguesa, o que “afastou os mortos das instituições”.

“Quanto mais os vivos apagam os mortos da sua vida, mais empobrecidos ficam”, disse, considerando que a eutanásia é “uma maneira da sociedade os acolher”.

No debate foi ainda abordada a aplicação da eutanásia em países como a Bélgica e a Holanda, para alguns considerados maus exemplos, tendo em conta a sua aplicação em crianças ou menores deficientes.

O próximo debate do CNECV realiza-se no Porto, a 05 de Junho. Este primeiro contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Estudo
De acordo com os resultados globais da atividade dos centros de PMA em 2015, divulgados pelo Conselho Nacional de Procriação...

De acordo com os resultados globais da atividade dos centros de PMA em 2015, divulgados pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), desde 2013 estão registadas 1.316 dadoras, das quais resultaram 1.856 dádivas.

A maioria das dadoras (66,6%) fez um ciclo de doação, 22,8% dois ciclos e 10,6% três.

No mesmo período, o CNPMA registou 123 dadores de espermatozoides que proporcionaram 494 dádivas.

Foram ainda aplicados 88 embriões doados.

Projeto Universitário
Um produto alimentar eco-inovador, combinando medronhos, amoras silvestres e algas, foi produzido por uma equipa de estudantes...

Semelhante a uma gelatina com polpa, o novo produto alimentar, denominado ‘gratô’, é 100% natural, sublinham os seus criadores, uma equipa de alunos do mestrado em biodiversidade e biotecnologia vegetal da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A ideia de criar “um novo produto alimentar que pudesse ser ingerido por todos – crianças e adultos, intolerantes à lactose e ao glúten, vegetarianos, diabéticos, etc. –, surgiu num ‘roadshow’ realizado no âmbito de uma parceria entre a Universidade de Coimbra (UC) e a PortugalFoods, promovida pelo gabinete do vice-reitor para a investigação e inovação, Amílcar Falcão”, refere uma nota da UC, enviada hoje à agência Lusa.

O ‘gratô’ consiste num “combinado de fruta e algas 100% natural e de origem vegetal”, salientam Daniela Pedrosa, Isabel Cardoso e Nádia Correia, as estudantes envolvidas no projeto.

“O medronho é o ingrediente principal porque queremos promover o consumo deste fruto, com muito potencial, mas pouco explorado além dos licores. Contém também amora silvestre e algas marinhas, nomeadamente grateloupia turuturu e undaria pinnatifida (vulgarmente conhecida como wakame)”, descrevem as mestrandas, citadas pela UC.

“A introdução das algas no combinado é uma mais-valia relevante do ponto de vista nutricional porque são muito ricas em iodo (essencial para o desenvolvimento cognitivo em crianças) e em fibras alimentares”, salientam.

As autoras do ‘gratô’ adiantam ainda que querem promover uma alimentação saudável e, por isso, o combinado “não tem na sua composição açúcares refinados, tem apenas o açúcar natural das frutas e uma pequena porção de stevia (adoçante natural)”.

Para a produção do novo combinado alimentar, as estudantes contaram com a orientação dos professores Leonel Pereira, especialista da FCTUC em macroalgas marinhas, que conduziu a escolha, identificação e recolha das algas, e de Goreti Botelho, da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), que guiou todas as etapas da confeção.

O ‘gratô’, em fase de protótipo, já foi apresentado numa feira agroalimentar e a reação dos consumidores que experimentaram “foi extremamente positiva, incentivando-nos a colocar o produto no mercado”, referem as alunas da FCTUC, revelando que já estão “em contacto com algumas empresas do setor”, que manifestam interesse em comercializar o produto.

Falta ainda, no entanto, “realizar mais testes, mas, se tudo correr como previsto, o ‘gratô’ poderá estar na mesa dos portugueses dentro de um ano”, preveem.

Na sexta-feira, as estudantes vão disputar a final nacional do Ecotrophelia, um concurso de âmbito internacional promovido pela PortugalFoods e Federação das Indústrias Portuguesas Agro Alimentares (FIPA), para “premiar a inovação do meio académico no setor agroalimentar”.

Se o projeto vencer a final nacional, o ‘gratô’ será apresentado na Ecotrophelia Europa 2017, que decorre em 21 e 22 de novembro em Londres.

Cientistas Portugueses
Estudo de cientistas portugueses publicado na revista Cell revela como as bactérias dos intestinos podem alterar as...

E se algumas das bactérias que vivem nos nossos intestinos não só não nos fizessem mal nenhum (como, aliás, é o caso da maioria que lá se encontra), mas ainda nos ajudassem a melhorar a eficácia de um tratamento para o cancro? Uma equipa de cientistas liderada por investigadores portugueses na University College de Londres publicou um artigo na revista Cell que mostra como as bactérias nos intestinos podem interagir com um fármaco usado no cancro colorrectal e melhorar a eficácia do tratamento.

Há vários cientistas que suspeitam que a resposta para muitos dos nossos problemas de saúde pode estar no microbioma intestinal (o conjunto de bactérias que habita os intestinos). Passo a passo, têm sido reveladas relações íntimas entre o ambiente dos intestinos e as mais diversas funções (e disfunções) do nosso organismo, desde neurológicas e cognitivas até às inflamatórias e metabólicas, entre outras. Desta vez, uma equipa de cientistas confirmou a interacção entre o microbioma intestinal e os fármacos usados para combater o cancro, esclarecendo o mecanismo que explica uma influência positiva das bactérias.

Para o estudo foi utilizado um verme que é muito usado pelos cientistas como modelo animal (o nemátodo Caenorhabditis elegans, ou apenas C. elegans) e uma bactéria comensal (que não causam problemas e que são a maioria no nosso corpo) que existe nos intestinos deste verme e também do ser humano, que neste caso foi a bactéria Escherichia coli (E. coli).

Os investigadores analisaram 55 mil diferentes “cenários” no C. elegans, manipulando e variando os genes das bactérias e também alterando as doses e o tipo de fármacos. Por fim, recorreram à informática para mapear em detalhe como o perfil genético das bactérias, a dieta e os compostos químicos afectavam a eficácia de um medicamento que é usado para tratar o cancro colorrectal.

“Conseguimos identificar genes nas bactérias que regulam a acção do fármaco (fluorouracil) no hospedeiro e descobrimos que tanto a vitamina B6 como a vitamina B9 (ácido fólico) são essenciais na eficácia do tratamento induzido pelas bactérias no contexto deste fármaco”, explica ao PÚBLICO Leonor Quintaneiro, investigadora no University College de Londres (UCL) e primeira autora do artigo publicado na Cell. De acordo com um comunicado da UCL, esta descoberta reforça a ideia dos benefícios que poderão surgir da manipulação das bactérias dos intestinos e da dieta para melhorar o tratamento de cancro.

A cientista confirma que “existem diversos estudos que ilustram a relação que pode haver entre o microbioma intestinal e a eficácia de certos tratamentos oncológicos”, mas nota que “apesar das recentes descobertas, desconhecia-se o método e mecanismo da influência positiva ou negativa das bactérias durante certos tratamentos”. “Ao contrário destes estudos, o nosso trabalho, ao utilizar um modelo simples e facilmente manipulável, permitiu-nos decifrar os mecanismos metabólicos nas bactérias e que são responsáveis pelo impacto na eficácia destas drogas.”

Somos mais do que genes

Os resultados obtidos estão associados ao cancro colorrectal. Mas, será possível extrapolar e afirmar que a eficácia de outros tratamentos para outros tipos de cancros também é influenciada pela microbiota nos intestinos? “Dada a complexidade do microbioma humano e a variedade de drogas utilizadas no tratamento oncológico, é possível que existam interacções, por enquanto desconhecidas, entre o hospedeiro e certas espécies de bactérias comensais”, refere a investigadora, que acredita que “a interacção não tem necessariamente de estar relacionada com doenças associadas ao intestino”. A descoberta sobre o mecanismo usado pelas bactérias para alterar as características químicas de um fármaco com impacto na eficácia será “apenas a ‘ponta do icebergue”, diz Leonor Quintaneiro.

or outro lado, a equipa percebeu também que as bactérias que “ajudam” a melhorar a eficácia dos fármacos para o cancro serão sensíveis a outros factores, como outras terapias que o doente esteja a fazer. Os investigadores concluíram, por exemplo, que um medicamento para a diabetes reduziu a eficácia do fármaco fluorouracil usado nos vermes, inibindo a influência positiva das bactérias.

E qual será o peso da dieta? O que enviamos para os intestinos e o ambiente que ajudamos a construir tem algum impacto? “De momento, estamos a investigar como a nossa dieta (e a sua composição) influencia estas interacções entre drogas, bactérias e hospedeiro na eficácia de certos tratamentos contra o cancro e também a diabetes”, responde a investigadora.

Filipe Cabreiro, investigador da UCL que coordenou este trabalho, acredita que todas as frentes de trabalho que exploram as possíveis interacções entre o microbioma e o seu hospedeiro vão acabar por dar importantes respostas. “O estudo do microbioma humano tem, de facto, demonstrado que somos muito mais do que apenas os nossos genes”, refere, defendendo que esta linha de investigação pode viabilizar, no futuro, novos meios de diagnóstico e terapêuticos, assim como uma forma de medicina personalizada. “Por exemplo, estudos sobre o impacto de fármacos no microbioma ajudarão a promover terapias oncológicas personalizadas que tenham a capacidade de reduzir a toxicidade e aumentar a eficácia de uma dada terapia. A ideia de que os nossos genes comandam a nossa vida começa a estar ultrapassada.”

Cancro
Os tomates são consumidos por todo o mundo e são um dos elementos principais da dieta mediterrânica, conhecida como potencial...

O extrato de tomate inteiro de duas plantações diferentes do sul de Itália inibe o crescimento de células de cancro de estômago e as suas características malignas, de acordo com um estudo da ‘Sbarro Health Research Organization’.

 As experiências realizadas analisaram extratos de lipofílicos de tomate inteiro quanto à sua capacidade de combater várias características neoplásicas de linhas celulares de cancro gástrico. Descobriu-se, então, que extratos das variedades de tomate de San Marzano e Corbarino foram capazes de inibir o crescimento e o comportamento de clonagem de células malignas.

O tratamento com extrato de tomate inteiro afetou processos-chave dentro das células que impedem a sua capacidade de migração, interrompendo, assim, o ciclo celular através da modulação de proteínas da família da retinoblastoma e inibidores específicos do ciclo celular. Por fim, induz a morte de células de cancro por apoptose.

 «Os resultados estimulam a avaliação do uso potencial de nutrientes específicos, não só no cenário de prevenção do cancro, mas também como uma estratégia de suporte, juntamente com terapias convencionais», remata o professor Antonio Giordano, diretor do ‘Sbarro Institute for Molecular Medicine’, EUA. «Espécies distintas podem exercer efeitos diferentes, em diferentes estágios de uma determinada neoplasia».

 O cancro de estômago está no top 5 dos cancros mais comuns a nível mundial e tem sido associado a causas genéticas, infeção e hábitos alimentares indesejados, como  consumo excessivo de alimentos fumados e salgados.

Estudo
Ficar sem dormir de forma crónica faz com que aumente a sensibilidade à dor segundo um novo estudo. Outro dado interessante é...

Um novo estudo do Centro Médico Beth Israel Deaconess em parceria com o Hospital Infantil de Boston, EUA, concluiu que a perda crónica de sono aumenta a sensibilidade à dor.

 Em ratos de laboratório, foram medidos com precisão os efeitos da perda de sono crónica na sonolência e na sensibilidade para dois estímulos: dolorosos e não-dolorosos. Foram testados medicamentos padrão para as dores, como ibuprofeno e morfina, bem como estimulantes de vigília, como a cafeína. Os seus resultados revelaram um papel inesperado para a agilidade na definição da sensibilidade à dor.

A equipa começou por medir os ciclos de sono normais. De seguida, fizeram os possíveis para que os ratos permanecessem nas rodas o maior tempo possível levando à privação de sono. Este protocolo de privação de sono foi desenvolvido de modo a que não provocasse stress, pois eram-lhes dado brinquedos e atividades dinâmicas para se manterem acordados. «Semelhante ao que a maioria de nós faz quando ficamos acordados mais tempo para ver televisão à noite», diz Thomas Scammell, um dos investigadores do estudo.

 Desta forma, conseguiram manter grupos de seis a 12 ratos acordados até 12 horas numa sessão, ou seis horas durante cinco dias consecutivos, monitorizando sempre o nível de sonolência, o stress e a dor. A sensibilidade foi medida pelo tempo que o animal levou até se afastar de um determinado ambiente: calor, fio pressão. Os investigadores testaram respostas a estímulos não-dolorosos como o aumento inesperado de um som.

«Descobrimos que cinco dias consecutivos de privação de sono moderado pode agravar significativamente a sensibilidade à dor ao longo do tempo em ratos saudáveis», afirma Chloe Alexandre, uma das autores.

 Surpreendentemente, analgésicos comuns como o ibuprofeno não bloquearam a hipersensibilidade induzida pela perda de sono. E até a morfina perdeu a maior parte da sua eficácia. Estas observações sugerem que os pacientes que utilizam estes fármacos para o alívio da dor podem ter que aumentar a dose para compensar a eficácia perdida devido à falta de sono, aumentando assim o risco de efeitos colaterais. Por outro lado, a cafeína bloqueou com sucesso a hipersensibilidade.

Risco elevado
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ e ‘Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo...

De acordo com o Instituto, no continente apenas Beja, Lisboa e Santarém estão com risco "Elevado", pois as restantes regiões estão todas com risco "Muito Elevado" de exposição aos raios UV.

Nas ilhas, também a Madeira e Porto Santo estão com risco "Muito Elevado", tal como a Terceira e o Faial, nos Açores.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas regiões Centro e Sul até ao final da manhã e com possibilidade de ocorrência de chuvisco no litoral oeste a sul do cabo Espichel.

Durante a tarde, está igualmente previsto o aumento temporário de nebulosidade nas regiões do interior Norte e Centro, onde há condições para ocorrência de aguaceiros dispersos.

As previsões apontam ainda para uma ligeira descida da temperatura, que vai chegar aos 31 graus Celsius em Évora, aos 30º em Beja e Santarém, aos 29º em Portalegre, Castelo Branco, Braga e Vila Real e aos 28º em Bragança.

Em Lisboa e Coimbra as temperaturas não vão ultrapassar os 26º, em Faro os 25º e no Porto os 23 graus Celsius.

Despesa
A Organização Mundial de Saúde (OMS) gasta em viagens cerca de 200 milhões de dólares (179 milhões de euros) por ano, mais do...

De acordo com documentos da OMS, a que a agência de notícias AP teve acesso, o que a OMS gasta em ajudas para lutar contra alguns dos maiores problemas de saúde pública, caso da SIDA, tuberculose e malária é bastante inferior do que gasta anualmente em viagens realizadas pela organização.

À medida que ONU tem vindo a pedir mais dinheiro para dar resposta às crises mundiais na área da saúde, também tem vindo a lutar contra as despesas que faz com as viagens.

Embora a ONU tenha introduzido novas regras na tentativa de travar um orçamento crescente para as viagens dos seus funcionários, os documentos internos alertam para o facto de estarem a ser quebradas as regras de controlo de despesas com viagens.

“Há funcionários que procuram ter regalias, tais como a reserva de bilhetes de avião em classe executiva e a reserva de quartos em hotéis de cinco estrelas”, refere a AP, citando documentos internos da OMS.

No ano passado, a OMS gastou cerca de 71 milhões de dólares com a SIDA e com a hepatite e para travar a propagação da tuberculose despendeu 59 milhões de dólares.

Numa recente viagem à Guiné-Conacri, onde a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, elogiou as equipas de saúde na África Ocidental por terem triunfado na luta contra o vírus Ébola, ela instalou-se na maior suíte presidencial no hotel Palm Camayenne em Conacri.

O preço da suíte é de 900 euros (1.008 dólares) por noite, sendo que a OMS se recusou a dizer quem tinha pago à guia que a acompanhou.

Sobre o assunto apenas referiu que os hotéis são, por vezes, pagos pelo país anfitrião.

Saúde Mental
José, que estuda Medicina na Universidade do Minho após um cão labrador o ter ajudado a diminuir os seus ataques de ansiedade,...

José Filipe Costa, que reside em Famalicão, enfrentou desde criança ataques de ansiedade que lhe "dificultavam a respiração e provocavam vómitos" até que um dia uma oferta lhe fez surgir em casa o Bóris, um cão da raça Labrador então com cinco meses de idade, contou o estudante à agência Lusa.

Bóris entrou nas brincadeiras do jovem que estava então no 10.º ano de escolaridade e era "vítima de uma depressão" a que "nem as consultas de psicologia ajudavam muito".

"Ele surgiu de forma espontânea. Nos meus tempos livre comecei a passear com ele e apercebi-me de que ficava gradualmente mais relaxado e bem-disposto", confessou José que, chegado ao 11.º ano, viu as notas subirem de 15 para 19 valores.

Na passagem para o 11.º ano "essa permanência com o Bóris mais a medicação reduziu-me os ataques, passando a estar mais concentrado nas aulas. Foi uma mudança brutal", relatou.

Quando passou a residir em Braga nos dias úteis, após entrar na Escola de Medicina na Universidade do Minho, os problemas de ansiedade do José voltaram. Mas não por muito tempo.

A exigência do curso - por vezes tem de ficar no fim de semana em Braga - fez "regressar o problema da ansiedade" a José, que tem "também dificuldades para estudar". Mas, "uma hora depois de chegar a casa e passear com o cão, ficam ultrapassados".

Aproveitando a opção que o curso lhe faculta de, no âmbito do projeto de opção no 1.º ano, escolher uma área que lhe "possa ser útil", José foi atrás de uma "epifania".

Uma pesquisa na Internet fê-lo descobrir a associação Ladra Comigo e a terapia com cães de assistência.

"Neste estágio procuro saber se, para outras pessoas, estar com estes cães tem o mesmo efeito", explicou o estudante, para quem "poder lidar com um registo variado de indivíduos - de idosos a crianças, e deficientes mentais com várias síndromas - vai permitir uma aproximação à sua realidade futura".

E exemplificou-o: "Na segunda-feira estive a medir a tensão arterial a pessoas com défice mental - e treinámos isso na Faculdade, mas é entre nós - enquanto neste estágio trata-se de pessoas que não param quietas e uma realidade que teremos de enfrentar quando formos médicos".

"Repetidas as medições após a terapia com os cães, os valores mostraram que as mesmas pessoas estavam mais calmas", salientou do primeiro dia de um estágio que se prolonga até 03 de junho.

Clara Cardoso, uma das terapeutas da Ladra Comigo, explicou que a associação "está em várias instituições com diferentes tipos alvo e patologias distintas", pelo que ao longo do estágio José Filipe Costa "vai poder ver, na prática, os resultados do trabalho de estímulo com os cães".

E com o José interessado em aprender com os cães a "dar a atenção às pessoas", destacou que por vezes "a situação psicológica destas é dramática", sendo que algo que o "ajuda a perceber isso é avaliar a gravidez psicológica das cadelas", particularidade corroborada por Clara Cardoso.

"Anualmente, acontece isso com uma das minhas cadelas! Fica até com leite nas maminhas e escolhe um sítio onde supostamente esconde os seus filhos", revelou.

Dados
Mais de 1.300 mulheres doaram óvulos e 123 homens espermatozoides, desde 2013, segundo dados do regulador desta área que...

De acordo com os resultados globais da atividade dos centros de PMA em 2015, divulgados pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), desde 2013 estão registadas 1.316 dadoras, das quais resultaram 1.856 dádivas.

A maioria das dadoras (66,6%) fez um ciclo de doação, 22,8% dois ciclos e 10,6% três.

No mesmo período, o CNPMA registou 123 dadores de espermatozoides que proporcionaram 494 dádivas.

Foram ainda aplicados 88 embriões doados.

A maior parte das dadoras tem idades entre os 25 e os 30 anos, enquanto no caso dos homens essa faixa situa-se entre os 18 e os 24 anos.

De acordo com o CNPMA, em 31 de dezembro de 2016 existiam 24.158 embriões crio preservados, tendo 223 embriões sido descongelados e eliminados.

O mesmo documento refere que existem em Portugal 27 centros que praticam técnicas de PMA, os quais, entre 2009 e 2016 foram responsáveis por 6.937 ciclos de Fertilização In Vitro (FIV) e Microinjeção Intracitoplasmática (ICSI), dos quais 3.712 no setor privado e 3.225 no público.

Nesse período, 621 ciclos de FIV e ICSI foram realizados com ovócitos de dadora e realizaram-se 236 inseminações artificiais com espermatozoides de dador.

Em 2015, o número de crianças nascidas com recurso a PMA foi de 2.481, mais 53 do que no ano anterior.

Estudo
Um estudo realizado na Dinamarca e apresentado no 24.º Congresso Europeu de Obesidade, que decorre no Porto, sugere que rapazes...

O estudo defende, no entanto, que "os rapazes com peso a mais que conseguirem atingir um peso saudável no início da idade adulta não parecem ter um risco mais elevado de cancro do cólon enquanto adultos".

Partindo do facto de "o cancro do cólon ser o quarto com maior incidência em adultos, com cerca de 41.000 casos diagnosticados todos os anos no Reino Unido, investigações anteriores sugerem que as crianças com excesso de peso têm maior risco de desenvolver cancro do cólon enquanto adultos", lê-se no relatório do estudo a que a agência Lusa teve acesso.

Britt Wang Jensen e Jennifer Baker, dos hospitais Frederiksberg e Bispebjerg, em Copenhaga, analisaram os registos de saúde de mais de 61.000 rapazes dinamarqueses em idade escolar entre 1939 e 1959, para investigar de que modo as mudanças no Índice de Massa Corporal (IMC) durante a infância e no início da idade adulta estão associadas ao risco de cancro do cólon.

O peso e altura dos participantes foram medidos aos sete anos e no início da idade adulta (17-26 anos), e feito o respetivo cálculo de IMC. Estes jovens adultos foram então encaminhados para o Registo Oncológico Dinamarquês e seguidos a partir dos 40 anos de idade para identificar casos de cancros do cólon.

Durante um período médio de 25 anos desse acompanhamento, mais de 700 desses rapazes desenvolveram cancro do cólon.

As análises mostraram também que os rapazes que tinham excesso de peso aos sete anos, mas peso normal no início da idade adulta, tinham um risco de desenvolver cancro do cólon semelhante aos que mantiveram um peso saudável nesse período.

Pelo contrário, prossegue o estudo apresentado no Porto, os rapazes com excesso de peso que assim permaneceram no início da idade adulta tinham um risco de cancro do cólon duas vezes superior.

O estudo teve em consideração o nível educacional, mas não fatores de estilo de vida que podem contribuir para o risco de uma pessoa desenvolver cancro.

Especialista afirma
A água "é ideal para a hidratação", continuando a ser a melhor alternativa às bebidas açucaradas, disse hoje à Lusa o...

De acordo com o especialista, esta é a "mensagem absolutamente verdadeira" passada hoje durante uma conferência organizada pela Associação Internacional de Adoçantes (ISA), no âmbito do 24.º Congresso Europeu sobre a Obesidade (ECO), que decorre até sábado na Alfândega do Porto.

Durante o evento, foram divulgados os resultados de estudos relacionados com o impacto dos adoçantes de baixas calorias na gestão do peso, do apetite e da ingestão calórica, na diabetes e na obesidade, bem como sobre os comportamentos associados ao seu consumo.

Para o académico, embora a água seja ideal para substituir os produtos açucarados, a ideia que se tem sobre as bebidas com adoçantes é que estas constituem um "elevado perigo" para a saúde, não havendo, contudo, estudos que o comprovem.

Segundo Alejandro Santos, caso houvesse dados a demonstrar que este tipo de produtos é "francamente perigoso", as agências de segurança alimentar "já teriam tomado providências", no sentido de retirá-los do mercado, visto que seria "politicamente insustentável não o fazer".

Numa das apresentações, o investigador da Universidade de Toronto (Canadá), John Sievenpiper, defendeu que embora exista uma "preocupação" sobre risco associado ao consumo de bebidas de baixas calorias (com adoçantes) e o aumento da obesidade e da diabetes, estudos "de alta qualidade" mostram que há "um sinal claro de perda de peso" quando os consumidores trocam as bebidas açucaradas por estes produtos.

Numa outra comunicação, Charlotte A. Hardman, investigadora da Universidade de Liverpool (Reino Unido), considerou que o consumo de produtos com adoçantes podem ajudar a conciliar o conflito entre uma "alimentação agradável" e o controlo do peso e que estes podem ser utilizados para combater o "desejo por alimentos doces".

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