Papa
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) apelou hoje a um uso correto dos serviços de urgência e garantiu estar preparado para...

O Hospital de Santo André (HSA), unidade do CHL, está preparado para integrar a grande operação que rodeia a visita do papa Francisco a Fátima, na sexta-feira e no sábado.

"Sendo o hospital mais próximo de Fátima, temos, naturalmente, de estar preparados para qualquer acontecimento que possa trazer doentes aos nossos serviços de urgência", afirmou a diretora clínica do CHL, Elisabete Valente, citada numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

A responsável alerta que, "especialmente nestes dias, é essencial que os utentes usem de forma correta as urgências, nomeadamente a Urgência Geral e a Urgência Pediátrica, de forma a não congestionar desnecessariamente os serviços, prejudicando o atendimento a casos realmente urgentes".

Por seu lado, a vogal do Conselho de Administração responsável pela coordenação do plano de emergência e catástrofe do HSA, Alexandra Borges, explicou, na mesma nota, que "este é um plano que funciona a tempo inteiro, mas foi revisto e adaptado para a vinda do papa Francisco a Fátima, de forma a poder assegurar a resposta eficiente a qualquer eventualidade".

"No entanto, uma situação de crise implica sempre a grande concentração de meios humanos e materiais e uma enorme organização", o que "só é possível com a colaboração de todos, profissionais e utentes, que devem evitar dirigir-se aos serviços de urgência pelos seus próprios meios", acrescentou.

Segundo Elisabete Valente, o mau uso das urgências é ainda uma realidade, "com mais de 40% de utentes não urgentes". A médica revelou que "ainda há muito a fazer no que respeita à sensibilização dos utentes e de todos os profissionais envolvidos na rede nacional de cuidados de saúde, para a correta utilização das urgências hospitalares".

A diretora clínica salientou que "um acontecimento mais grave durante a vinda do papa Francisco pode implicar o encerramento parcial da Urgência Geral, pelo que é essencial que as pessoas estejam preparadas para, em caso de necessidade, usarem a primeira linha dos cuidados de saúde, que passa pelo contacto com a Linha Saúde 24 e o recurso ao centro de saúde/médico de família".

Em caso de urgência, o CHL adiantou que "terão prioridade as emergências, ou seja, situações em que a vida do utente corra perigo, as doenças súbitas e os doentes referenciados".

Se não souber como deve proceder, "o utente deve, antes de sair de casa, contactar, por telefone, a Linha Saúde 24 através do número 808242424, para se aconselhar".

Se precisar de ser visto por um profissional de saúde, o utente deve dirigir-se em primeiro lugar ao seu médico de família, no centro de saúde, ou ao seu médico assistente. Caso não tenha sido possível ser observado, deve recorrer à Consulta Aberta ou ao Serviço de Atendimento Prolongado (SAP).

Francisco visita Fátima na sexta-feira e no sábado, tornando-se o quarto papa a marcar presença na Cova de Iria.

Direitos Humanos
Bebés que não encaixam na norma aceite do que é feminino ou masculino (interssexo) estão em perigo de ser sujeitos a...

"Estas operações 'normalizadoras' realizam-se sem conhecer plenamente os danos a longo prazo nos menores de idade", afirmou a investigadora Laura Carter, especialista da AI sobre orientação sexual e igualdade de género.

A AI refere-se em concreto a "incisões em tecidos sensíveis, com consequências para a vida inteira, baseadas unicamente em estereótipos sobre o aspeto que deve ter um menino ou uma menina".

Laura Carter frisou que "a questão é a quem beneficia esta prática", porque o relatório "mostra que para as pessoas a ela submetidas foi uma experiência trágica".

A Amnistia refere que na Dinamarca e na Alemanha, estas operações não urgentes são feitas a bebés e a crianças com menos de 10 anos, apesar de não existir investigação médica a justificá-las.

A organização considera que os direitos humanos não estão a ser protegidos com estas práticas e lembra que peritos das Nações Unidas também "condenaram expressamente" este tipo de intervenções.

A AI pede "aos legisladores e aos profissionais de saúde de ambos os países" para garantirem que nenhum menor de idade será submetido a tratamentos "não urgentes, invasivos e irreversíveis", defendendo antes que "a pessoa possa de forma significativa participar na determinação do que fazem ao seu corpo".

No relatório intitulado "Em primeiro lugar, não prejudicar", apontam-se operações para ocultar o clítoris que podem causar lesões nervosas, cicatrizes e dor, cirurgias vaginais para criar ou alargar o orifício vaginal, cirurgias para ligar a uretra ao extremo do pénis.

Estima-se que 1,7 por cento da população mundial - percentagem semelhante à de pessoas ruivas - nasce com variações nas características sexuais.

A Amnistia Internacional ressalva que "em algumas ocasiões estas intervenções médicas são precisas para proteger a vida ou a saúde do menor de idade", mas que "nem sempre é assim", de acordo com testemunhos de pessoas que relataram "o trauma físico e mental que sofreram" por causa das intervenções.

Novo balanço
O número de casos confirmados de sarampo em Portugal este ano subiu para 28, divulgou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS),...

De acordo com o boletim epidemiológico hoje divulgado pela DGS, o número de notificações totaliza 134 desde 01 de janeiro.

O balanço anterior, de sexta-feira, dava conta de 27 casos confirmados e 123 notificações desde 01 de janeiro.

Os casos confirmados de sarampo concentram-se nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (20), onde se registou a única morte até à data, Algarve (7) e Norte (1 em vez de 2 no balanço corrigido).

Das situações confirmadas, 18 reportam-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos, registados em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve. No Norte, o único caso verificou-se numa criança da faixa etária entre 1 e 4 anos.

Segundo o boletim, o sarampo levou já este ano ao internamento de 13 pessoas, todas com alta. Dos 28 casos confirmados, 17 não eram vacinados.

Nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, o sarampo foi confirmado em 12 profissionais de saúde, sendo que nove estavam vacinados.

Parlamento
Organizações da sociedade civil e ligadas à saúde reafirmaram hoje a ideia de que os deputados que estão a decidir sobre...

“Ressalvamos que é do conhecimento público que, ao longo de vários meses, houve participação ativa e aberta de lobistas de tabaco no espaço da AR (Assembleia da República), nas reuniões dos grupos parlamentares e das sessões parlamentares. Estas iniciativas têm também sido identificadas no seio de algumas organizações de saúde e ONG” (Organizações não-Governamentais), diz-se numa carta aberta hoje divulgada.

Na véspera da discussão das sugestões de alteração da proposta do Governo, em sede de comissão de Saúde (Grupo Tabaco), a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo (COPPT) e outras organizações e movimentos enviaram uma carta à Assembleia, Governo, instituições de saúde europeias e Organização Mundial de Saúde na qual se pede ao primeiro-ministro que assegure que o parlamento “proteja a sua tomada de decisão da influência do ‘lobby’ do tabaco e seus aliados”.

Numa outra carta aberta enviada à Comissão de Saúde, as sociedades portuguesas de Pneumologia, Cardiologia, Pneumologia Pediátrica e Oncologia expressam “grande preocupação” pela necessidade de o país seguir a Convenção-Quadro para o Controlo do Tabaco (CQCT), que Portugal assinou há uma década, bem como a diretiva europeia sobre produtos de tabaco de 2014.

“As doenças respiratórias, cardiovasculares e oncológicas, responsáveis por grande parte da mortalidade e morbilidade nos países ocidentais, têm como fator comum o tabaco, nas suas várias formas”, dizem as sociedades na carta.

No documento pede-se que se eliminem as exceções à proibição de consumo na restauração e se proíba o fumo em espaços exteriores vulneráveis, como junto de escolas ou hospitais.

No outro documento assinado nomeadamente pela COPPT também se faz referência à necessidade de cumprir a CQCT mas começa-se por lamentar “o nível surpreendente de acesso dos lobistas da indústria do tabaco e seus parceiros ao Parlamento de Portugal”.

E lamenta-se que os deputados tenham posições “que deixam antever a possibilidade de sérios retrocessos na lei original”, com argumentos “que não têm em conta os valores e os princípios da saúde pública, evidenciando a influência das pressões da indústria tabaqueira”.

E isso, advertem os subscritores, é “uma grave violação” do artigo 5.3 da CQCT, que se destina a “salvaguardar as políticas de saúde pública da interferência da indústria do tabaco”.

“Rogamos ao Governo e ao parlamento de Portugal que reconheça (…) as suas obrigações nos termos da CQCT e seu artigo 5.3, que estipula que as políticas de saúde pública devem ser priorizadas em detrimento dos interesses comerciais da indústria”.

A proposta do Governo, em discussão no parlamento visa no essencial equiparar os novos produtos ao tabaco tradicional e proibir o fumo junto de edifícios como hospitais e escolas. Os deputados deverão aceitar a primeira medida e chumbar a segunda.

Estudo
O consumo de suplementos de vitamina D tem pouca probabilidade de reduzir o risco de asma, alergias e dermatite, segundo um...

"As nossas descobertas sugerem que associações anteriores entre baixos níveis de vitamina D e a doença atópica podem dever-se a outros fatores", defendeu o autor-principal do estudo, Despoina Manousaki, do Instituto Lady Davis para a Investigação Médica, no Canadá, citado num comunicado da PLOS, que edita a revista PLOS Medicine, que publicou os resultados da investigação.

Estudos epidemiológicos anteriores indicavam que quantidades baixas de vitamina D no organismo estão associadas a risco acrescido de asma, dermatite atópica (inflamação na pele) e alergias.

No novo estudo, os investigadores analisaram dados genéticos e do estado de saúde de mais de 100 mil pessoas, recolhidos em trabalhos precedentes, para determinar se variações genéticas ligadas aos níveis de vitamina D predispõem as pessoas a terem asma, dermatite atópica ou alergias.

A equipa de cientistas do Instituto Lady Davis e da Universidade McGill, também no Canadá, não encontrou diferenças estatisticamente significativas entre a taxa de prevalência de asma, dermatite atópica e alergias em pessoas com ou sem as quatro mutações genéticas associadas a quantidades mais baixas de vitamina D.

Segundo Despoina Manousaki, os "esforços para aumentar os níveis de vitamina D não vão, provavelmente, resultar na diminuição do risco" daquelas doenças.

O mesmo grupo de investigadores defendeu, num estudo anterior, que quantidades baixas de vitamina D aumentam o risco de algumas doenças inflamatórias como a esclerose múltipla, conclusão que, de acordo com o novo trabalho, não se reflete noutras doenças inflamatórias, como a asma ou a dermatite atópica.

Cooperação
Mais três países europeus assinaram hoje o acordo de cooperação que tem como objetivo garantir o acesso a medicamentos...

Segundo uma nota hoje divulgada pela Autoridade do Medicamento portuguesa (Infarmed), os ministros da Saúde da Irlanda, Roménia e Eslováquia também assinaram o acordo de cooperação.

A declaração de La Valetta já tinha sido subscrita na segunda-feira em Malta pelos ministros de Portugal, Malta, Chipre, Grécia, Espanha e Itália.

Uma das ideias partilhadas pelos ministros da Saúde europeus é tentar criar mecanismos para negociação de preços e aquisição conjunta de medicamentos.

Na declaração assinada, os países comprometem-se a criar uma comissão técnica que “explore diversas estratégias e modelos de cooperação voluntária” que incluem “a partilha de informação, a identificação das melhores práticas, a avaliação alargada de medicamentos e tratamentos inovadores, a exploração de mecanismos possíveis para a negociação de preços e aquisição conjunta”.

Este consenso pode vir a ser alargado a outros países europeus que assim o entendam, prevê ainda a declaração de La Valletta.

O ministro da Saúde português, Adalberto Campos Fernandes, defendeu já alterações na formulação de preços dos medicamentos em benefício dos doentes.

“É necessária uma mudança nos mecanismos para a formulação dos preços que beneficie os doentes, garanta essa sustentabilidade e promova a concorrência e o retorno do investimento da indústria farmacêutica”, referiu o ministro citado na nota divulgada pelo Infarmed.

Dia Mundial do Lúpus
Lesões cutâneas, dores articulares, fadiga ou emagrecimento são alguns dos sintomas do Lúpus Eritema

O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença auto-imune crónica, resultante no seu essencial da produção  de anticorpos contra o próprio organismo (auto-anticorpos). Embora a sua etiologia não esteja esclarecida, factores genéticos, hormonais e ambientais parecem ter um Appel essencial na sua patogênese.

De facto, factores de risco ambientais, como o tabagismo, a exposição solar (radiação ultravioleta) e determinados vírus (sobretudo o Epstein-Barr - EBV), tem sido apontados como desencadeados da doença.

O LES é mais frequente (75% dos casos) no sexo feminino (9 mulheres: 1 homem), com um pico de incidência em idade reprodutiva (entre os 16 e os 49 anos), podendo surgir também em crianças e adolescentes (lupus juvenil), ou ainda em indivíduos idosos.

A sua prevalência é 4 vezes superior na raça negra, onde é particularmente mais grave.

As manifestações clinicas do LES são muito heterogéneas, envolvendo de forma variável órgãos e sistemas, podendo mimetizar um grande numero de outras doenças sistêmicas, nomeadamente infecciosas, malignas ou imuno-mediadas.

São achados clínicos frequentes os sintomas constitucionais, como febrícula, fadiga e emagrecimento, bem como manifestações muco-cutâneas que ocorrem em 80-90% dos doentes.

São lesões cutâneas especificas do LES o clássico rash malar em asa de borboleta, ou o rash difuso maculo-papular e eritematoso fotossensível que pode ocorrer em qualquer area corporal.

Úlceras orais/nasais, alopecia e fenómeno de Raynaud também são achados frequentes.

O atingimento articular sob a forma de artrite não erosiva, sobretudo de punhos e pequenas articulações das mãos, ou artralgias migratórias ocorrem em cerca de 95% dos doentes.

O envolvimento renal no LES é comum (50% dos casos) e aparece nos primeiros 36 meses de doença: glomerulonefrites com deposição de imuno-complexos são as mais comuns. A apresentação clinica é muito variável, desde alterações do sedimento urinário até síndromes nefróticos e insuficiências renais rapidamente progressivas. A nefrite lúpica confere morbo-mortalidade significativa neste doentes.

Pode ocorrer doença pulmonar, sob a forma de pleurite/ derrame pleural, e mais raramente doença intersticial pulmonar, pneumonite aguda, hemorragia alveolar difusa ou hipertensão arterial pulmonar.

O envolvimento cardio-vascular manifesta-se mais frequentemente por pericardite, podendo também ocorrer derrame pericárdico, miocardite ou doença isquémica cardiovascular por aterosclerose precoce e acelerada. Uma forma de endocardite (Libman–Sacks) é característica desta patologia.

A nível hematológico, anemia de doença crónica ou hemolítica, diminuição dos glóbulos brancos e plaquetas podem ocorrer.

Do ponto de vista neuro-psiquiátrico, as manifestações são extremamente variadas, desde doença cérebro-vascular, meningites assépticas, convulsões, plexopatias, assim como polineuropantias. Disfunções cognitivas e psicoses são também manifestações possíveis.

O diagnostico deve ser pois efetuado com base na clinica, e apoio laboratorial, apoiados pelos critérios de classificação existentes (ACR 1997 e SLICC 2012) em virtude da ausência de critters de diagnóstico específicos.

O tratamento é complexo, e equacionado à gravidade e variabilidade das manifestações clinicas e da sua atividade, sendo o objetivo principal a indução da remissão e prevenção do dano.

O prognóstico tem melhorado significativamente, em virtude do diagnóstico precoce, tratamentos mais efetivos, e implementação de estratégias preventivas de forma a minorar as várias comorbilidades. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vários estudos actuais referem:
Vários estudos revelam que ácidos gordos ómega 3 além dos benefícios cardiovasculares, nomeadamente

Havia, há uns anos atrás, entre a comunidade médica, algumas dúvidas sobre o risco dos triglicéridos e os benefícios dos ómega 3. Hoje parece já não levantar questões e, inclusive, já se fala de outros benefícios que os ómega 3 podem ter, nomeadamente ao nível dos síndromes depressivos, na degenerência macular ou na alteração no declínio cognitivo.

Conforme nos explica Pedro Marques da Silva, especialista de medicina interna no Hospital de Santa Marta, em Lisboa, o processo é o mesmo: “os ómega 3 incorporam-se nas membranas celulares de todos os órgãos e tecidos e melhoram a actividade funcional e estrutural das membranas”, diz, acrescentando que, por isso surgem agora estudos que indicam outros benefícios dos ómega 3 para além dos cardiovasculares.

A verdade é que quando se começou a falar de ómega 3 havia apenas dados epidemiológicos e estudos de intervenção que, conforme refere o especialista, “não nos permitiam a compreensão dos mecanismos de acção. Actualmente conhecemos ao pormenor a sua acção anti-inflamatória, antiarrítmica, antitrombótica e antiplaquetária, com efeitos comprovados na doença aterosclerótica, na diminuição da morte súbita e dos triglicéridos”.

Contudo, na opinião do especialista, ainda muitas confusões de fazem quando se fala em ómega 3. “Surgem muitas notícias apelando ao consumo de peixe rico em ómega 3. No entanto, em muitos casos, as doses preventivas exigidas de ómega 3, não são comportáveis com a ingestão diária. Outro erro, habitualmente, cometido é achar que os suplementos alimentares com ómega 3 lhes resolvem o problema. Ora nem os alimentos têm o teor de ómega 3 exigidos, nem os suplementos não são controlados”.

Pedro Marques da Silva refere que, “apenas os ómega 3 em medicamento nos permite garantir um teor de ómega 3 correctamente adequado àquilo que as recomendações médicas estabelecem: 1 grama por dia para a prevenção cardiovascular; 2 a 4 gramas na redução dos triglicéridos”.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministro da Agricultura
O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse hoje que não há, por enquanto, registo de prejuízos evidentes na...

"Neste momento, estamos apenas numa situação em que há indícios claros de que poderemos vir a ter um período de seca, não há neste momento ainda prejuízos imediatos e evidentes" na agricultura, declarou o governante aos jornalistas.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, falava hoje na conferência internacional “A Herança Cultural da Dieta Mediterrânica", que se realiza até quarta-feira na Universidade do Algarve.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicou no início de maio que 96% do território de Portugal continental estava em abril em situação de seca fraca a moderada, o que representa um aumento de 20% em relação a março.

De acordo com o IPMA, as regiões do Norte e Centro foram as mais afetadas no último mês, com um aumento significativo da área em situação de seca, com a região do Algarve a ser a única a não se encontrar nessa situação.

Lembrando que o fenómeno é característico do Mediterrâneo e que ocorre em Portugal, habitualmente, de dez em dez anos, Capoulas Santos frisou que a seca é um "risco" para a atividade económica, nomeadamente, a agricultura, sendo possível mitigar os seus efeitos.

"A água nas barragens, estando em níveis mais baixos, não é suscetível de comprometer a campanha do regadio, mas é um assunto que o Governo, naturalmente, acompanha dia a dia e a cada momento e, sempre que se justifique, não deixará de acionar as medidas adequadas", referiu.

O ministro da Agricultura lembrou que adotou em novembro um conjunto de medidas de apoio financeiro no baixo Alentejo para que os agricultores pudessem abrir furos ou adquirir equipamentos para transportar a água.

Relativamente à exportação de produtos alimentares relacionados com a dieta mediterrânica, o governante apontou um crescimento das exportações de fruta em 15%, nos meses de janeiro e fevereiro.

A produção de azeite quadruplicou na última década, com as exportações a triplicarem no mesmo período.

Em crescimento, encontra-se também a exportação de frutos secos, que sofreu uma "grande evolução", concluiu.

‘Brain Week’
A cada duas horas morrem três pessoas em Portugal por AVC, que é revertível graças à angiografia cerebral descoberta por Egas...

Basta que nas primeiras seis horas de manifestação dos sintomas o doente seja encaminhado para o hospital certo, diz presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências (SPNR), Pedro Melo Freitas, que aconselha a ser acionado sempre o 112.

“O 112 está predestinado a levar o doente para o sítio certo. Se um familiar leva o doente pelos seus próprios meios para um hospital que não dispõe desse tratamento, estão a ser consumidas horas que podem tornar irrecuperável ou levar à morte”, explica.

A relevância da descoberta da angiografia cerebral em 1927, por Egas Moniz, faz com que a SPNR lhe dedique a primeira edição da “Brain Week” (semana do cérebro), que entre os dias 31 de maio e 06 de junho vai fazer de Aveiro, região onde o cientista nasceu, a “capital das neurociências”, com a participação de vários peritos nacionais e internacionais, que se vão desdobrar por Estarreja, Aveiro e Santa Maria da Feira.

Além da temática do AVC (acidente vascular cerebral), com ações para sensibilizar a população para os primeiros sinais de alerta e a possibilidade de tratamento em fase aguda, o encontro científico centrar-se-á também na esclerose múltipla, de que se assinala o dia mundial na data de abertura.

O Congresso Nacional de Neurorradiologia, que decorre nos dias subsequentes, conta com a participação de Alex Rovina, presidente da Sociedade Europeia de Neurorradiologia e perito em esclerose múltipla.

Nesse congresso deverão ser estabelecidos consensos para produzir um documento com vista a uniformizar os critérios de diagnóstico imagiológico e os protocolos terapêuticos.

A esclerose múltipla é uma doença típica do adulto jovem, com maior expressão no sexo feminino e maior prevalência nos países do norte da Europa, que é diagnosticada por uma avaliação clínica, do ponto de vista neurológico, depois dos sintomas referidos pelo doente, e confirmada, quer por dados analíticos laboratoriais, quer por estudos de ressonância magnética, através de neurorradiologia diagnóstica.

“Sabe-se que há um processo inflamatório e degenerativo no sistema nervoso central, mas não se sabe qual é o agente causal. De qualquer das formas, a terapêutica evoluiu muito e hoje temos muitas armas farmacológicas à disposição, que conseguem parar o retardar a evolução da doença”, salienta Melo Freitas.

Durante a “Semana do Cérebro e da Neuroradiologia”, que vai decorrer em Estarreja, Aveiro e Santa Maria da Feira, repartem-se pelas três cidades várias conferências que terão como palestrantes especialistas nacionais e internacionais na área das Neurociências, nomeadamente da Neurocirurgia, Psiquiatria, Neurologia e Neurorradiologia, contando com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos e de instituições de ensino superior com formação ou investigação em Medicina e Ciências da Saúde.

Em homenagem a Egas Moniz, será entregue um “Prémio de Carreira e Tributo à Neurorradiologia” em seu nome e serão apresentados dois livros, resultantes do trabalho conjunto da SPNR com a Casa Museu Egas Moniz: um bilingue, "The legacy of Egas Moniz in present-day Neuroradiology - a global perspective, 90 years after the first cerebral angiography" e outro comemorativo, “Os trilhos da Neurorradiologia depois da primeira angiografia cerebral”.

No último dia da “Brain Week”, a Casa Museu Egas Moniz em Estarreja, onde o médico nasceu em 1874, abre as portas aos visitantes para um dia especial com visita documentada na área da História da Medicina.

2,6 ME
A Unidade Local de Saúde do Alto Minho vai investir, até final de 2017, mais de 2,6 milhões de euros na modernização...

Em comunicado, o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) adiantou que aquele investimento, "já em curso", permitirá " ligar em rede toda a estrutura" daquela unidade local de saúde.

Aquela unidade local de saúde integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente superior a 250 mil pessoas. No total, a ULSAM emprega mais de 2.500 profissionais, entre eles, 501 médicos e 892 enfermeiros.

Na nota, a ULSAM revela que aquele montante vai ser aplicado "na melhoria e simplificação do processo de atendimento ao utente, nomeadamente através da desmaterialização dos processos, com a instalação de quiosques informáticos de atendimento automático, nas diversas áreas da consulta hospitalar".

"A ULSAM pretende disponibilizar um portal ‘online', em formato de balcão único, que permitirá a consulta de informação e interação com as diversas unidades da ULSAM, minimizando a necessidade de deslocação por parte dos utentes e diminuindo a carga administrativa dos balcões de atendimento", especificou.

Promover a utilização de plataformas transversais de suporte à prestação de serviços eletrónicos e a implementação de um sistema de comunicações com recurso à tecnologia VOIP (Voice Over Internet Protocol), são outras das áreas previstas naquele investimento.

"Através da introdução de uma solução de VOIP é possível promover a integração e complementaridade de serviços de comunicação unificadas que resultam numa melhor e maior comunicação entre profissionais de saúde e uma redução de custos com a rede telefónica", concretizou.

O investimento na modernização tecnológica, que deverá estar concluído até final de 2017, inclui ainda a criação de "uma plataforma única de controlo entre os pedidos efetuados nos centros de saúde para os convencionados e os pedidos das unidades hospitalares para o exterior".

"Os resultados serão disponibilizados na plataforma, ligada ao Sistema de Informação Médica (SINUS/SClinico), para que os relatórios e imagens dos exames realizados possam ser vistos pelos médicos dos Centros de Saúde e Unidades Hospitalares", acrescentou.

Além dos 2,6 milhões de euros em modernização tecnológica, a ULSAM iniciou em janeiro um investimento de 1,2 milhões de euros na requalificação do serviço de urgência do hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, para "acabar com doentes no corredor".

Na altura, o presidente do conselho de administração da ULSAM disse à Lusa que a intervenção deverá estar concluída em agosto.

A funcionar desde 1984, por aquele serviço "passam, por ano, 70 mil doentes".

Além da "humanização", a empreitada visa "criar uma urgência de acordo com os tempos atuais".

Segundo dados do administrador da ULSAM, trabalham atualmente no hospital de Santa Luzia 289 médicos e 644 enfermeiros.

12 de maio - Dia Europeu da Saúde Periodontal
Portugal associa-se ao combate a esta doença que afeta 35% da população mundial, com o objetivo de sensibilizar a opinião...

No dia 12 de maio de 2017 celebra-se o Dia Europeu da Saúde Periodontal. A doença periodontal afeta 35% da população mundial e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50% dos adultos. Os números são alarmantes, a prevenção é fundamental e o tratamento, em qualquer estado, é totalmente eficaz.

A doença periodontal – a patologia crónica mais prevalente em humanos, segundo a OMS –, é uma infeção nas gengivas que afeta os tecidos periodontais e pode dar lugar à destruição irreversível do osso e do ligamento que suporta os dentes. Normalmente evolui de uma gengivite, que não provoca dor e é caracterizada pela inflamação das gengivas.

Esta patologia é de origem multifatorial. As causas frequentes, segundo vários ensaios clínicos, são a coexistência da ação de bactérias, a resposta do nosso sistema imunitário, a genética e os fatores de risco, tais como o consumo de tabaco, a má higiene oral, a diabetes, o stress emocional ou a osteoporose.

Não só a doença periodontal constitui um problema em si mesmo, afetando 4 em cada 5 pessoas com mais de 35 anos, como também está comprovada cientificamente a evidência de relação entre a periodontite e a diabetes, a doença cardiovascular, as lesões musculares e nas articulações, e outras doenças crónicas não transmissíveis. A ocorrência de partos prematuros e recém-nascidos de baixo peso estão também muitas vezes associados a esta patologia.

Assim, a saúde periodontal pode e deve desempenhar um papel relevante na prevenção, diagnóstico e controlo das referidas doenças crónicas.

A doença periodontal evolui silenciosamente, muitas vezes sem sintomas, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento precoce. A gengivite e a periodontite, as duas principais formas de doença periodontal, são caracterizadas pela inflamação das gengivas. São doenças possíveis de prevenir e com tratamento eficaz através da combinação de um estilo de vida e de uma higiene oral adequada.

Portugal: Pioneiro na especialização em periodontologia, um dos países associados ao Dia Europeu da Saúde Periodontal 2017

Portugal associou-se ao primeiro leque de países Europeus a introduzir a Periodontologia como especialidade na Medicina Dentária.

O nosso país é um dos vários da Europa, mais de 21, que se vão associar a esta causa no combate à doença periodontal, com o objetivo de sensibilizar a opinião pública em relação à importância de manter as gengivas saudáveis ao longo da vida.

O Dia Europeu da Saúde Periodontal 2017 é organizado pela Federação Europeia de Periodontologia (EFP), em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes, membro da EFP, com o objetivo de lembrar o público que a saúde periodontal é uma forma eficaz e pouco dispendiosa de melhorar a saúde oral, a saúde geral e a saúde pública.

Assim, a SPPI está a preparar um conjunto de ações de consciencialização em todo o país, a partir do dia 9 de maio, para alertar para a doença periodontal: causas, riscos, prevenção e tratamento.

“Todos juntos vamos combater a doença periodontal”
Este é o mote escolhido para o Dia Europeu da Saúde Periodontal 2017.

Para garantir a eficácia desta data e se cumprirem os objetivos traçados, a SPPI e a EFP encorajam médicos dentistas, investigadores, clínicos, instituições, empresas e membros da comunidade médica em geral a assinar e difundir o Manifesto Periodontologia e Saúde Geral, um alerta internacional para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças periodontais. O objetivo do Manifesto da EFP é alcançar um conhecimento alargado relativo às doenças periodontais como uma preocupação maior de saúde pública e geral. O EFP Manifesto Perio and General Health pode ser assinado em www.efp.org/efp-manifesto/sign.php.

Doença periodontal: Testemunhos de especialistas
Filippo Graziani, coordenador do Dia Europeu da Saúde Periodontal 2017, explica que "o Dia Europeu da Saúde Periodontal 2017 tem como objetivo lembrar a população que a doença periodontal é crónica, grave e é uma das doenças mais comuns em Portugal e no resto da Europa. Oito em cada dez pessoas com trinta e cinco anos ou mais apresentam algum sintoma associado às gengivas, de forma que podemos considerar um problema de saúde pública largamente disseminado, uma epidemia silenciosa".

De acordo com o professor Graziani, "a prevalência e severidade das doenças periodontais aumentam com a idade e são influenciadas por fatores modificáveis como o tabaco, a diabetes e a obesidade”. Adicionalmente afirma que as doenças periodontais podem ser prevenidas e tratadas com êxito, especialmente quando for realizado um diagnóstico precoce".

Segundo Susana Noronha, Presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia, em Portugal, "o dia Europeu da Saúde Periodontal é mais um passo na divulgação à população da importância das doenças periodontais. A prevalência crescente, a natureza crónica, as possíveis complicações e a inter-relação com outras doenças como a diabetes, reforçam a necessidade de informar e esclarecer a população em geral…".

Ricardo Faria Almeida, ex-Presidente da SPPI, conclui que "este é um verdadeiro problema de saúde pública. É fundamental alertar a população que o sangramento das gengivas não é normal e que é possível efetuar o tratamento. A consciencialização dos profissionais de saúde para estas temáticas é fulcral, porque só assim, é possível reduzir as altas taxas de prevalência que em Portugal ultrapassam largamente as europeias".

Infarmed
Ministros da saúde de seis países europeus, incluindo Portugal, assinaram um acordo considerado inédito com o objetivo de...

Segundo uma nota hoje divulgada pela Autoridade do Medicamento portuguesa (Infarmed), o acordo de cooperação foi assinado na segunda-feira em Malta pelos ministros de Portugal, Malta, Chipre, Grécia, Espanha e Itália.

Uma das ideias partilhadas pelos seis ministros da Saúde europeus é tentar criar mecanismos para negociação de preços e aquisição conjunta de medicamentos.

Na declaração assinada, os países comprometem-se a criar uma comissão técnica que “explore diversas estratégias e modelos de cooperação voluntária” que incluem “a partilha de informação, a identificação das melhores práticas, a avaliação alargada de medicamentos e tratamentos inovadores, a exploração de mecanismos possíveis para a negociação de preços e aquisição conjunta”.

Este consenso pode vir a ser alargado a outros países europeus que assim o entendam, prevê ainda a declaração de La Valletta.

O ministro da Saúde português, Adalberto Campos Fernandes, defendeu já alterações na formulação de preços dos medicamentos em benefício dos doentes.

“É necessária uma mudança nos mecanismos para a formulação dos preços que beneficie os doentes, garanta essa sustentabilidade e promova a concorrência e o retorno do investimento da indústria farmacêutica”, referiu o ministro citado na nota divulgada pelo Infarmed.

10 de Maio - Dia Mundial do Lúpus
A Associação de Doentes com Lúpus promove a sua 2ª Corrida Solidária “Vamos Correr com o Lúpus” no próximo dia 04 de Junho, no...

A par desta corrida, a Associação de Doentes com Lúpus (ADL) irá organizar o “XI Encontro Nacional de Doentes” no dia 24 de Junho no Hotel Sana Metropolitan em Lisboa.

Para mais informações sobre estes eventos podem consultar o site da Associação aqui ou enviar um mail aqui.

As várias Associações de Doentes com Lúpus em todo o mundo estão a organizar pelo 13º ano consecutivo a celebração do Dia Mundial do Lúpus, que decorrerá no próximo dia 10 de Maio. Esta doença afeta pelo menos 5 milhões de pessoas em todo o mundo.

Porquê o Dia Mundial do Lúpus?
Os benefícios conseguidos com um diagnóstico precoce são uma das principais razões que levaram a união das organizações em todo o mundo à celebração do Dia Mundial do Lúpus.

Esforços para identificar as causas do Lúpus e a cura têm sido desenvolvidos em todo o mundo. O dia Mundial do Lúpus pretende que as várias descobertas sejam partilhadas pela comunidade interessada nesta temática.

A investigação médica e os esforços para conseguir o desenvolvimento de terapias mais eficazes para esta doença ficam muito aquém quando comparadas com outras doenças similares. Esta situação é agravada pelo facto de em todo o mundo muitos médicos não estarem completamente informados dos sintomas e das consequências da doença, o que leva a que muitos doentes esperem vários anos por um diagnóstico. É necessário também educar os doentes e as suas famílias para as possíveis alterações do estilo de vida.

Além disto, o Dia Mundial do Lúpus pretende dar conforto e esperança aos doentes com Lúpus, elevando o nível de conhecimento sobre a doença, o que pode ajudar a manterem uma qualidade de vida e a serem cidadãos ativos.

O que é o Lúpus?
Lúpus é uma doença do sistema imunitário. Este geralmente produz anticorpos ou proteínas que defendem o organismo de ataques exteriores. Por razões desconhecidas o sistema imunitário dos doentes com Lúpus produz anticorpos que atacam o próprio organismo, podendo provocar a falência de órgãos, incapacidades, ou até a morte. Pode apresentar vários sintomas como a fadiga, dores articulares, dores musculares, entre muitos outros.

Atualmente a doença não tem cura, é de causa desconhecida e pode ser fatal. Qualquer parte do organismo pode ser afetada, nomeadamente a pele, o coração, os pulmões, os rins ou o cérebro.

Trata-se de uma doença de difícil diagnóstico porque pode apresentar os mais variados sintomas e acaba por afetar não só o doente como também a sua família, os amigos e os colegas de trabalho.

Quem tem Lúpus
Se o Lúpus pode afetar pessoas de todos os países, existem determinadas raças que têm mais probabilidades que outras para desenvolveram Lúpus.

O Lúpus afeta essencialmente as mulheres em idade fértil (entre os 15 e 44 anos), no entanto, homens, crianças e mulheres de todas as idades podem ter Lúpus. As últimas estimativas referem que mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo têm 1 forma de Lúpus e pensa-se que 100.000 novos casos aparecem a cada ano.

O Impacto do Lúpus
Estudos internacionais mostraram que o Lúpus tem um impacto considerável no sistema de Saúde e na sociedade, devido à complexidade da doença e do seu tratamento.

Dependendo dos órgãos afetados e da frequência e gravidade da atividade da doença, os doentes com Lúpus podem ter que fazer medicação muito diversificada e serem tratados por várias especialidades.

Web Summit
Duas das 67 ‘startup’ que representaram Portugal na cimeira tecnológica Web Summit relataram casos de sucesso: a knok...

Segundo José Bastos, da knok healthcare, os objetivos da participação na conferência tecnológica e de empreendedorismo de realizar contactos e formalizar investimentos foram alcançados, precisando que a empresa levantou 350 mil euros e que avança para a internacionalização.

“Como consequência do levantamento de fundos, ainda durante o primeiro semestre de 2017 conseguiremos lançar a knok em Madrid e, simultaneamente, lançar a aplicação knok 2.0, com mais serviços e uma oferta ainda mais relevante, que vai ao encontro do ‘feedback’ [retorno] que temos recebido dos nossos pacientes e dos nossos médicos”, afirmou o cofundador da aplicação.

Apresentando-se estilo ‘Uber para médicos’ e com o objetivo de melhorar o acesso a cuidados primários de saúde, a plataforma liga em tempo real doentes e médicos para “consultas pessoais, personalizadas e de elevada qualidade”.

A sua ronda ‘seed’ (ronda de investimento inicial), no valor de 350 mil euros, foi liderada pela Mustard Seed, uma empresa de capital de risco londrina. O acordo foi divulgado aquando da realização da Web Summit, que decorreu em 2016 pela primeira vez em Lisboa.

A B-PARTS, que garante ser o maior distribuidor de peças usadas da Europa, garantiu ter quintuplicado (400%) o seu crescimento em 2016.

O cofundador Luís Vieira resumiu o percurso da empresa, relatando o início em 2014, a entrada no mercado nacional em 2015 e a internacionalização para Espanha em 2016.

“O arranque comercial da B-PARTS em 2015 superou as nossas expectativas em faturação e 2016 comprovou a resiliência do modelo de negócio com um crescimento de 400%. 2017 arranca com ‘break-even’ (equilíbrio) operacional do negócio”, garantiu o responsável.

Na base da evolução esteve o aumento contínuo do ‘stock’ na plataforma e a aposta em produtos mais competitivos adquiridos em Espanha. “Atualmente, 35% do volume de negócios da B-PARTS é exportação”, acrescentou Luís Vieira, notando que a participação na Web Summit possibilitou exposição internacional e ‘networking’ (contactos) com investidores e empresas do setor.

Quando passam seis meses sobre a realização da Web Summit, as empresas em início de atividade e com grande potencial de crescimento (‘startups’) que representaram Portugal voltaram a ser contactadas, para atualização do balanço da sua participação.

Com possibilidade de respostas múltiplas, o inquérito questionava sobre se os objetivos de participação tinham sido alcançados, quais os objetivos traçados e as hipóteses de voltar a participar no evento fundado em Dublin.

Das 31 empresas que responderam, a maioria referiu ter cumprido os objetivos definidos, que eram sobretudo para fazer contactos e dar a conhecer a empresa. Apenas três ‘startup’ indicaram que tinham por meta formalizar investimentos.

Vinte e duas empresas indicaram que voltariam a participar na Web Summit através de concurso, como em 2016.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A Web Summit é uma conferência global de tecnologia que volta a decorrer este ano na capital portuguesa, entre 06 e 09 de novembro, depois de ter atraído na edição anterior a Lisboa cerca de 53.000 participantes, de 166 países, incluindo 15.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em Lisboa até 2020 e poderá ficar por mais dois anos.

Serviço de Urologia e Transplantação Renal
O serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra anunciou ter ultrapassado a...

"De há muitos anos para cá tem sido o centro português com maior número de transplantes", disse o diretor do serviço, Arnaldo Figueiredo, que dirige a unidade desde maio de 2016, salientando que Portugal é o quarto país europeu com maior taxa de transplantes por milhão de habitantes.

Em declarações, o especialista salientou que 3.000 transplantes é um número muito representativo a nível europeu, pois a maioria dos centros de transplantação "não tem este número de doentes", o que "coloca o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), verdadeiramente, na linha da frente".

Em Espanha, que tem um nível de transplantação global superior a Portugal, mas distribuídos por 50 centros, haverá individualmente apenas "um centro em Madrid que tem um volume de transplantação como o do CHUC, sendo os outros todos inferiores".

A organização dos transplantes em Portugal assenta em três centros: Sul, Norte e Centro. O do Centro tem uma taxa de 38 a 40 dadores por milhão de habitantes, superior aos 27 do Sul e 22 do Norte.

"Se considerássemos a zona Centro um país, o Centro seria o país da Europa que tinha maior taxa de dadores por milhão de habitantes", sublinhou Arnaldo Figueiredo, que realça o trabalho desenvolvido pelo gabinete de coordenação da região Centro na colheita dos órgãos.

"O nosso recorde de transplantes é 177 num ano, mas temos uma média dos últimos dois anos que andará nos 140, o que faz com que o número 2.000 tenha sido festejado em 2010 e que, menos de sete anos depois, estejamos a assinalar o número 3.000", acrescentou.

O número 3.000, alcançado a 27 de abril, assume importância "não só por ser, de longe, no centro português com maior número de transplantes feitos, acumulado e anual, mas também por ser numa área que é merecedora de atenção especial, porque a insuficiência renal crónica é uma doença com uma prevalência crescente".

Desde essa data, o serviço de Urologia e Transplantação Renal do CHUC, que trabalha em estreita parceria com o serviço de Nefrologia, já efetuou 12 transplantes, mantendo um ritmo "irregular, com picos, em que se pode fazer num fim de semana 12 e depois estar 15 dias sem fazer nenhum, porque a maioria [90%] são transplantes de cadáver".

Na transplantação renal não se pode falar em listas de espera, porque, segundo Arnaldo Figueiredo, um doente pode demorar "uma semana ou oito anos" a ser transplantado, dependendo de vários fatores, sobretudo da compatibilidade do doente com o dador.

"A oferta é inferior à procura. Temos menos órgãos para transplantação do que aqueles que seriam necessários, sendo inevitável que quem entre em hemodiálise fique algum tempo a aguardar", disse o médico.

O aumento significativo da sobrevida dos doentes registado nos últimos anos "deve-se ao avanço da medicina e dos fármacos, e ao acompanhamento" médico, refere o diretor do serviço, considerando que "isso é tanto mais notável quanto a qualidade dos órgãos dos dadores tem diminuído".

Segundo o especialista, a idade média dos dadores cadáver há 10 ou 15 anos era cerca de seis anos inferior àquela que é agora, porque grande parte dos dadores eram jovens vítimas de acidentes de viação e traumatismos cranioencefálicos.

"Agora, é o contrário, a grande maioria dos dadores são vítimas acidentes vasculares cerebrais, mais idosos, com hipertensão", adiantou Arnaldo Figueiredo.

Ainda assim, acrescentou, "conseguem-se taxas de sobrevida do enxerto ao final de um ano na casa dos 95% e a 10 anos na ordem dos 70%".

Para prevenir doenças renais, o responsável médico aconselha a população a praticar exercício físico com regularidade, não fumar e ter uma alimentação equilibrada, sem excesso de proteínas.

O serviço de Urologia e Transplantação Renal do CHUC abrange doentes do Algarve a Bragança e serve toda a zona Centro, onde residem 2,7 milhões de pessoas, sendo o único serviço de urgência da região com urologista permanente.

Estudo
Dormir mais ou tomar estimulantes como a cafeína, aliviam mais a dor crónica do que analgésicos como o ibuprofeno e a morfina,...

O estudo, conduzido por investigadores do Hospital Pediátrico de Boston e pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, Estados Unidos, e publicado na revista científica Nature conclui que, em vez de tomar analgésicos, os pacientes com dor crónica poderiam beneficiar de melhores hábitos de sono com medicamentos para as insónias, e com agentes que aumentem o nível de alerta durante o dia.

Os investigadores usaram ratos para medir a relação entre as perdas de sono agudas ou crónicas e a sensibilidade a estímulos dolorosos.

Segundo Chloe Alexandre, doutorada em fisiologia do sono, os ratos foram privados de sono com brinquedos e atividades, imitando o que ocorre com as pessoas que, por exemplo, reduzem as suas horas de descanso a ver televisão à noite.

A sensibilidade à dor foi avaliada através da exposição dos animais a quantidades controladas de calor, frio, pressão e capsaicina (componente ativo das pimentas) e medindo o tempo que estes demoravam a reagir.

“Descobrimos que cinco dias de privação moderada do sono podem agravar significativamente a sensibilidade à dor em ratos saudáveis”, explicou Chloe Alexandre.

Surpreendentemente, os analgésicos comuns, como o ibuprofeno, não bloqueiam a hipersensibilidade à dor induzida pela privação de horas de descanso.

Os resultados mostram que os pacientes que usam este tipo de medicamentos para aliviar a dor podem ter que aumentar a dose dos mesmos para compensar a menor eficácia devido à falta de sono, o que aumentaria o risco de efeitos secundários.

No entanto, a cafeína e o modafinil, estimulantes que promovem as insónias, inibem a hipersensibilidade à dor causada em ratos privados do sono, mas não tiveram efeito analgésico nos ratos que não viram as suas horas de descanso reduzidas.

“Isto representa um novo tipo de analgésico que não se tinha considerado antes, um que dependa do estado biológico do animal”, disse o diretor do laboratório da investigação.

Infarmed
Os ministros da Saúde de dez países europeus discutem hoje, em Malta, o acesso e o custo dos medicamentos, com o ministro...

“A procura de soluções para garantir o acesso a novos medicamentos, mantendo a segurança e a estabilidade financeira dos países europeus, é um objetivo comum a todos os participantes desta mesa-redonda. Por essa razão, é necessária uma mudança dos mecanismos para a formulação dos preços que beneficie os doentes, garanta essa sustentabilidade e promova a concorrência e o retorno do investimento da indústria farmacêutica”, referiu o ministro Adalberto Campos Fernandes, citado num comunicado divulgado pelo Infarmed.

O encontro junta os ministros de Portugal, Grécia, Espanha, Itália, Chipre, Bélgica, Roménia, Irlanda e Malta, o país anfitrião, e o secretário de Estado da Eslováquia em torno de uma mesa redonda, em La Valleta, a capital maltesa.

“A concorrência, os desafios da transparência e a elaboração de novos modelos de preços são os três temas centrais” em discussão, de acordo com o comunicado do Infarmed-Autoridade Nacional do Medicamento.

Da delegação portuguesa, para além do ministro Adalberto Campos Fernandes, fazem também parte a presidente e o vice-presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado e Rui Ivo, e o coordenador da Estratégia Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Henrique Luz Rodrigues.

Para além de responsáveis governamentais, o encontro conta com a presença de representantes da indústria farmacêutica e associações de doentes.

Esta vai ser a terceira mesa-redonda de ministros da Saúde tendo por base objetivos definidos pela presidência maltesa da União Europeia, que passam pela “procura de respostas em áreas ainda sem alternativas terapêuticas”, o “uso racional do medicamento” ou o “acesso a tratamentos por parte de doentes que ainda não têm resultados favoráveis”.

“Tendo em conta o espírito de aproximação e partilha desta mesa-redonda, pretende-se ainda que haja um suporte à inovação, ao retorno do investimento por parte da indústria farmacêutica e novos modelos que permitam uma avaliação justa dos resultados e do valor dos novos medicamentos”, acrescenta o comunicado.

O encontro segue-se a outro que decorreu em abril, em Lisboa, e que juntou à mesa responsáveis governamentais de 11 países, e do qual saiu a proposta para a criação de um Grupo de Alto Nível, que deve ver os seus termos de referência aprovados em Malta.

No Brasil
Os casos de dengue, Zika e chikungunya registados no Brasil caíram 89% nos quatro primeiros meses do ano relativamente ao mesmo...

As três doenças têm as estatísticas divulgadas em conjunto porque são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito 'Aedes aegypti'.

Na comparação entre 2017 e 2016, respetivamente, os casos de dengue diminuíram 91%, passando para 113.381 face aos 1.180.472 casos registados no ano passado.

O número de mortes provocados pela dengue neste ano chegou a 17 contra as 507 em 2016.

Os casos de vírus Zika - que alarmaram o mundo após a doença ser associada ao aumento do número de recém-nascidos com microcefalia -, recuaram 95%, passando para 7.911 suspeitas de infeção ante 170.535 suspeitas reportadas no mesmo período do ano passado.

Já as infeções por febre chikungunya somaram 43.010 casos em 2017, menos 69% relativamente aos 135.030 registos oficiais de 2016.

A febre chikungunya causou nove mortes neste ano. Em 2016, o governo brasileiro reportou que 196 pessoas morreram em consequência desta doença no país.

Nos EUA
Bioengenheiros da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram tecidos ósseos que podem fornecer nova medula a...

A equipa desenvolveu tecidos ósseos com medula óssea funcional que foram preenchidos com células de dadores e implantados sob a pele dos roedores doentes.

As células de dadores sobreviveram pelo menos durante seis meses e deram aos ratos novas células sanguíneas.

Segundo o primeiro autor do estudo, Yu-Ru Shih, o trabalho realizado poderá contribuir para desenvolver melhores tratamentos para as doenças não cancerígenas da medula óssea, como a anemia aplástica (produção insuficiente de células sanguíneas na medula óssea).

Atualmente, antes de receberem um transplante de medula óssea, os doentes são submetidos a radiação, por vezes combinada com medicamentos, para que as suas células estaminais que ainda existam sejam eliminadas.

Este pré-tratamento visa melhorar o sucesso do transplante pela libertação de espaço na medula, permitindo que as células do dador sobrevivam e cresçam sem competir com as células do doente.

Contudo, este tratamento causa, muitas vezes, efeitos adversos como náuseas, fadiga ou infertilidade.

Num comunicado, a Universidade da Califórnia realça que os resultados do estudo são significativos, uma vez que a medula implantada é funcional, as células dadoras podem crescer e sobreviver durante longos períodos de tempo na presença de células hospedeiras e as células hospedeiras e dadoras podem circular entre a medula implantada e o sangue do hospedeiro através da rede de vasos sanguíneos formada no tecido ósseo implantado.

O grupo de bioengenheiros criou implantes que imitam a estrutura dos ossos longos do corpo, constituídos por um compartimento externo, de osso, e um interno, de medula.

Os implantes são feitos de hidrogel (gel composto por água) e de minerais de fosfato de cálcio. As células estaminais (que dão origem a outras células) cultivadas nestes minerais diferenciam-se em células de formação óssea.

A medula óssea aloja células estaminais que produzem células do sangue.

Quando colocados sob a pele de ratos, os implantes amadurecem em tecidos ósseos (que têm uma rede de vasos sanguíneos) com uma medula óssea funcional que produz novas células sanguíneas.

Ao fim de um mês, os investigadores descobriram que a medula implantada nos roedores continha uma mistura de células sanguíneas do hospedeiro e do dador. A mesma mistura foi detetada passados seis meses.

Numa outra experiência, os cientistas pegaram nas células estaminais da medula óssea implantada e transplantaram-nas num segundo grupo de ratos, cujas células estaminais foram destruídas por radiação e medicamentos, e observaram que as células transplantadas se tinham disseminado na corrente sanguínea dos roedores.

Páginas