Governo
O Centro de Saúde das Velas, em São Jorge, nos Açores, recebeu a certificação de qualidade, dispondo o arquipélago de mais de...

Uma nota do executivo açoriano adianta que entre os 17 centros de saúde do arquipélago, já foram também certificados os de Angra do Heroísmo, Praia da Vitória, na Terceira, Horta, no Faial, e Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.

O processo de atribuição de acreditação das unidades de saúde dos Açores iniciou-se em fevereiro de 2016 com a certificação da Unidade de Saúde de Ilha do Faial.

Citado na nota do executivo açoriano, o secretário regional da Saúde manifestou satisfação pelo processo de certificação do Centro de Saúde das Velas, que "durante os próximos cinco anos vai ser acompanhado, de forma a cumprir o seu Plano de Melhoria Interna, tal como as restantes unidades que obtiveram a certificação".

“Neste momento, contando com os centros de saúde em processo final de certificação, já ascendem a mais de 50% as unidades de saúde certificadas na Região, o que é motivo de satisfação”, refere Rui Luís.

De acordo com o executivo, "o processo de acreditação rege-se por uma adequação constante dos procedimentos com base em padrões de referência em termos de boas práticas e estimula o trabalho em equipa, requerendo a participação e o envolvimento de gestores, profissionais de saúde e de todos os colaboradores da unidade".

“Esta distinção permite racionalizar recursos humanos e técnicos, aprofunda a confiança do utente nos serviços e contribui para a diminuição do risco clínico de utentes e profissionais”, sublinhou ainda o secretário regional da Saúde.

A secretaria regional refere ainda que "o estabelecimento de políticas de fomento da qualidade no sistema de saúde regional é crucial para a melhoria contínua dos cuidados prestados e consequente maior satisfação de utentes e profissionais", acrescentando que o Plano Regional de Saúde visa práticas que promovam um serviço de "excelência" na área.

Estudo
A grande maioria (93%) dos doentes com insuficiência cardíaca acompanhados em cuidados de saúde primários têm outras doenças...

Os doentes realizaram, em média, em 2014, cinco consultas com o médico de família e a quase totalidade consumiu medicamentos relacionados com a sua doença cardiovascular durante esse ano, adiantam as conclusões do estudo divulgado no Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca, assinalado hoje.

Em contrapartida, cerca de um terço (35%) não realizou quaisquer exames médicos relacionados com a doença cardiovascular, no contexto do seu seguimento nos cuidados de saúde primários.

Realizado pelo Centro de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e pelo Centro de Estudos Aplicados da Católica Lisbon School of Business and Economics, o estudo envolveu 1,9 milhões de utentes que teve pelo menos uma consulta com o médico de família na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo durante 2014.

Deste universo de doentes, 25.000 (1,4%) estavam registados com o diagnóstico de insuficiência cardíaca, um valor que é cerca de 30% do esperado de acordo com a prevalência da doença em Portugal.

“A diferença pode ser explicada pelo facto do diagnóstico de insuficiência cardíaca não ter sido registado ou realizado (subdiagnóstico) em cuidados de saúde primários, ou ainda, pelo facto de o doente não ter tido nenhuma consulta com o seu médico de família durante 2014”, explica a investigação.

Analisando o perfil destes doentes, o estudo aponta que tinham uma idade média de 77 anos e mais de metade (58%) eram mulheres.

Mais de 90% tinha pelo menos uma outra doença relevante associada, sendo as mais frequentes a pressão arterial elevada (81%), diabetes (32%) e doença isquémica do coração (27%).

Em média, o custo de seguimento destes doentes nos cuidados de saúde primários foi estimado em 552 euros por ano, sendo a medicação o principal componente deste custo.

“O consumo de recursos foi mais elevado no grupo etário dos 70 aos 79 anos”, referem as conclusões do estudo.

A insuficiência cardíaca é uma situação clínica debilitante e potencialmente fatal, em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para todo o corpo.

Na maioria dos casos, ocorre porque o músculo cardíaco responsável pela ação de bombear o sangue enfraquece ao longo do tempo ou torna-se demasiado rígido.

Os sintomas podem ser muito debilitantes: dificuldade em respirar, pernas inchadas devido a acumulação de líquidos, fadiga intensa, tosse ou pieira, náuseas e aumento de peso devido à acumulação de líquidos.

“Contudo, tendo com conta as comorbilidades associadas, estes sinais e sintomas podem ser facilmente atribuídos a outra doença, levando a um subdiagnóstico da insuficiência cardíaca”, adianta o estudo que foi apresentado no Congresso Europeu de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Europeia de Cardiologia, que decorreu esta semana, em Paris, e divulgado hoje em Portugal.

Dia 08 de Maio
Sob o mote “Em todo o lado para todos” é assinalado, no próximo dia 08 de Maio, o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente...

Só em Portugal, a Cruz Vermelha abrange cerca de 1 milhão de pessoas, criando comunidades mais seguras e fortes através de uma gama diversificada e inovadora de serviços adaptados às necessidades locais.

Do apoio domiciliário à teleassistência, passando pelos berçários e residências assistidas, são muitas as atividades e serviços que apoiam diariamente milhares de pessoas, de todas as idades e condições, um trabalho que conta com a dedicação incansável dos 10 mil voluntários da Cruz Vermelha Portuguesa.

Segundo Luís Barbosa, presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa "os voluntários da Cruz Vermelha estão a trabalhar em praticamente todas as comunidades, oferecendo-lhes o seu compromisso, energia e tempo". Neste dia que assinala o aniversário do fundador do Movimento, Henry Dunant, há cerca de 189 anos atrás, Luis Barbosa reforça que “o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, 8 de Maio, é uma oportunidade para reconhecer o contributo e as realizações dos milhões de voluntários e funcionários em todo o mundo que estão a manter o nosso compromisso com a Humanidade todos os dias, garantindo que ninguém seja deixado para trás".

Em contextos complexos com vulnerabilidades crescentes, a nossa capacidade de chegar às pessoas carenciadas está constantemente a mudar, diz o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa. "Mas os nossos voluntários e funcionários procuram encontrar soluções criativas e inovadoras para alcançar as pessoas vulneráveis e ajudá-las a prepararem-se para lidar com estes desafios. "

O trabalho do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, formado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha, pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e por 190 Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, baseia-se em mais de 150 anos de ação humanitária.

Estudo
Uma jovem investigadora da Universidade de Oxford, no Reino Unido, criou a primeira retina com tecidos biológicos sintéticos,...

Até agora, toda a investigação sobre retinas artificiais, destinadas a devolver a visão a cegos, incidiu sobre materiais rígidos.

O novo estudo, liderado por Vanessa Restrepo-Schild, de 24 anos, é o primeiro a usar com sucesso tecidos biológicos gerados em laboratório, refere a universidade britânica em comunicado, realçando que, ao contrário dos implantes de retina artificial existentes, as culturas de células são criadas a partir de materiais naturais biodegradáveis.

Desta forma, o implante será menos invasivo do que um dispositivo mecânico e será menos provável que cause uma reação adversa no corpo.

Segundo a equipa de Vanessa Restrepo-Schild, a nova retina artificial, de dupla camada, imita praticamente uma retina humana.

A retina criada, mas ainda não testada em humanos, é composta por hidrogel (gel que tem água) e proteínas de membrana celular.

"O material sintético pode gerar sinais elétricos que estimulam os neurónios na parte detrás do olho, tal como o faz a retina natural", sustentou a investigadora, que patenteou a tecnologia.

Antes de testar em animais e em pessoas, Vanessa Restrepo-Schild pretende aperfeiçoar as funcionalidades da retina, nomeadamente o reconhecimento de cores, formas e símbolos.

Estudo
Cerca de 6.500 genes funcionam de maneira diferente em mulheres e homens, segundo investigadores de uma instituição israelita,...

Os médicos do instituto Weizmann analisaram cerca de 20 mil genes cuja informação é copiada para proteínas e identificaram cerca de 6.500 cuja atividade tendia mais para o sexo masculino ou feminino.

Por exemplo, genes que eram mais expressos na pele dos homens estavam relacionados com o crescimento dos pelos, genes que têm a ver com o desenvolvimento dos músculos estavam mais expressos nos homens e aqueles relacionados com o armazenamento de gorduras eram mais presentes nas mulheres.

Os investigadores Shmuel Pietrokovski e Moran Gershoni já tinham aflorado esta hipótese quando estudaram a infertilidade e verificaram o paradoxo de haver 15% de casais com diagnóstico de infertilidade, indicando uma prevalência alta, mas a seleção natural deveria eliminar precisamente este tipo de mutações que prejudicam a continuidade da espécie humana.

Mas a resposta é que a mutação nos genes que produzem espermatozoides prevalece precisamente porque só ocorre em metade da espécie, e é passada às gerações seguintes.

"O genoma básico é quase igual em todos nós, mas é utilizado de forma diferente no corpo e em cada indivíduo", afirmou Gershoni, assinalando que "a evolução funciona muitas vezes ao nível da expressão genética".

Paradoxalmente, os genes ligados ao género são aqueles em que "as mutações perniciosas são mais prováveis de passar para os descendentes, incluindo as que afetam a fertilidade".

Uma das conclusões do estudo é que é necessário compreender melhor as diferenças entre homens e mulheres nos genes que provocam doenças ou respondem a tratamentos, salientou.

Na pesquisa, os cientistas do instituto sedeado em Rehovot, no centro de Israel, descobriram ainda genes que se expressavam apenas no ventrículo esquerdo do coração das mulheres.

Um deles, que está relacionado com a absorção de cálcio, manifesta-se na juventude e vai diminuindo com a idade, o que leva os cientistas a pensar que protege as mulheres até à menopausa e depois leva a doenças cardíacas e osteoporose quando a sua atividade diminui.

Especialista
O presidente do Porto Vascular Conference, que se realiza hoje e no sábado, disse que atualmente “mais de 70% dos procedimentos...

“Muitas das intervenções são feitas por cateterismo, por via endovascular, são minimamente invasivos, com anestesia local e com tempos de internamento muito reduzidos, e isso é, obviamente, uma transformação enorme em relação à situação que se vivia há não muitos anos”, afirmou Armando Mansilha, docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Em declarações, a propósito do encontro que se realiza na Faculdade de Medicina do Porto, com a participação de cerca de 800 profissionais que trabalham na área, Armando Mansilha considerou tratar-se de “uma mudança de paradigma no tratamento do doente vascular, do ponto de vista cirúrgico e de intervenção”.

“Do ponto de vista mais médico, daquilo que tem a ver com a política do medicamento, quero realçar que teremos duas sessões exclusivamente dedicadas à utilização dos novos anticoagulantes orais de ação direta. Estes novos medicamentos são importante para várias especialidades, daí que sejam duas sessões, com envolvimento da medicina interna, da cardiologia, da neurologia, da oncologia médica, da medicina geral e familiar e da angiologia e cirurgia vascular”, salientou.

De acordo com o especialista, “são dois painéis, muito multidisciplinares e muito dedicadas à trombose e anticoagulação e à importância que têm em termos de mortalidade cardiovascular a nível mundial”.

“É uma doença que continua a matar, a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar matam, temos de tratar eficazmente em fase aguda para evitar a mortalidade e temos que também tratar eficazmente e com a duração certa para evitar que haja recorrências”, sublinhou.

Segundo explicou, o encontro “está muito vocacionado para a patologia vascular periférica, mas não é exclusivamente dedicado a médicos, é dedicado aos profissionais de saúde envolvidos em todo este processo do tratamento do doente vascular”.

“Está representada não só a angiologia e cirurgia vascular, mas também a medicina geral e familiar e os nossos enfermeiros dedicados à cirurgia vascular e os técnicos de diagnóstico vascular”, sustentou, referindo que no total haverá 18 sessões e nove workshops práticos.

De acordo com Armando Mansilha, haverá ainda a oportunidade para apresentar alguns dos destaques das ‘guidelines’, que foram publicadas este ano no tratamento da doença aneurismática da aorta torácica.

“Hoje temos cada vez mais conhecimento, cada vez mais tecnologia que nos permite que a inovação seja muito rápida e todos os anos temos coisas diferentes, em termos do tratamento minimamente invasivo para tudo o que é doença venosa ou doença arterial”, acrescentou.

O Porto Vascular Conference conta com 27 palestrantes internacionais de 10 países diferentes e vai decorrer no auditório do Centro de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca
Para assinalar o Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca, o cardiologista Pedro Bico descreve-nos uma

Baseada nos últimos dados divulgados na reunião Heart Failure 2017 que recentemente reuniu os maiores especialistas mundiais desta patologia em Paris, o número de doentes diagnosticados com insuficiência cardíaca congestiva tem vindo a aumentar, atingindo cerca de 2 % do total da população europeia.

De acordo com estes especialistas, existem várias razões para este aumento, que pode estar relacionado com o aumento da longevidade e com o aumento do número de doentes que sobrevive a um enfarte do miocárdio, resultante dos avanços médicos no tratamento desta doença súbita.

Em Portugal, de acordo com o estudo português EPICA de 2002 (Epidemiologia da Insuficiência Cardíaca e Aprendizagem), a prevalência estimada da insuficiência cardíaca em Portugal aumenta claramente com a idade sendo estimada em 12,67% para indivíduos entre os 70-79 anos e 16.14% para os que têm mais de 80.

A insuficiência cardíaca é uma doença crónica embora tenha agravamentos súbitos que obrigam ao internamento através dos serviços de urgência.

A doença pode definir-se de forma simples como a falência do músculo cardíaco como bomba mecânica, condicionando deste modo que o sangue se acumule, por exemplo, nos pulmões, fígado, tubo gastrointestinal, braços e pernas. Por outro lado ocorre a falta oxigénio e nutrientes para os órgãos onde o sangue não chega em condições nomeadamente ao cérebro, rins e músculos.

O sintoma mais característico é o cansaço fácil, associado muitas vezes à retenção de líquidos e aumento do peso corporal. As causas mais comuns para além da doença das artérias coronárias (enfarte do miocárdio) são a hipertensão arterial não controlada; o consumo excessivo de álcool, as miocardites (infecção viral do musculo cardíaco) e as doenças das válvulas cardíacas.

O diagnóstico na maioria das vezes poderá ser feito baseado na história clínica do paciente, na sintomatologia e no exame físico. Os exames laboratoriais (doseamento do BNP: Pró-BNP) e de imagem (RX Torax; Ecocardiograma Transtorácico; Ressonância Magnética Cardíaca) serão complementares no diagnóstico e ajudarão no tratamento e seguimento deste paciente.

O tratamento da insuficiência cardíaca pode ser feito através da prescrição de fármacos que ajudam a melhorar a qualidade de vida e a diminuir a mortalidade: os diuréticos, que diminuiem a retenção de líquidos (furosemido, espirinolactona), de medicamentos que controlam o ritmo cardíaco, como a digoxina e os beta-bloqueantes, ou de vasodilatadores (Inibidores da enzima de conversão da angiotensina), que permitem reduzir a sobrecarga exigida ao coração.

Quando a insuficiência cardíaca é muito grave e não responde de modo adequado ao tratamento farmacológico, pode ser colocada a indicação para implantação de um pacemaker com características particulares que ajuda a sincronizar o musculo cardíaco (CRT), implantar um cardioversor-desfibrilhador ; que previne a morte súbita que pode ocorrer nestes doentes ou equacionar em última análise o transplante cardíaco

O envelhecimento é um dos fatores prognósticos adversos desta doença. A expectativa de vida em idosos depende da natureza da doença subjacente. O prognóstico é variável e depende do quadro clínico do indivíduo.
Quase 50 por cento das pessoas que vivem com esta doença têm uma expectativa de vida curta que pode ser inferior a 5 anos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médica pediatra
A pediatra Maria do Céu Machado foi ontem nomeada para presidente da Autoridade do Medicamento, substituindo Henrique Luz...

Maria do Céu Machado vai substituir Henrique Luz Rodrigues, que atingiu os 70 anos e sairá da liderança da Autoridade do Medicamento (Infarmed).

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, Maria do Céu Machado foi nomeada “para completar o mandato em curso do atual conselho diretivo”.

Maria do Céu Machado é médica pediatra e dirigia até agora o departamento de Pediatria do Hospital de Santa Maria. Foi também Alta Comissária para a Saúde.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde anunciou que vai começar um projeto-piloto para pré-qualificar medicamentos biossimilares contra...

O objetivo é alargar o acesso a alguns dos tratamentos mais caros contra o cancro nos países em desenvolvimento.

Se no processo a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinar que os biossimilares podem ser comparados aos produtos originais em termos de qualidade, segurança e eficácia, estes vão ser colocados numa lista que inclui todos os medicamentos que podem ser comprados pelas agências das Nações Unidas e por organizações especializadas e humanitárias.

Essa lista é uma referência de grande importância para muitos países em desenvolvimento na hora de decidir a aquisição de medicamentos por parte das suas entidades públicas.

Em setembro, a OMS vai convidar empresas de biotecnologia para apresentar soluções de pré-qualificação para versões biossimilares de dois produtos.

Um dos produtos é utilizado no tratamento de tipos de linfoma (cancro do sistema imunitário) e leucemia (cancro do sangue que se inicia na medula óssea), o segundo é usado em casos de cancro da mama. A OMS também procura opções para pré-qualificar a insulina.

Os medicamentos biológicos são produzidos a partir de fontes biológicas (em vez de produtos químicos sintetizados), incluindo vacinas, sangue, componentes sanguíneos, células, terapias genéticas, tecidos e outros materiais.

O interesse dos biossimilares é que, tal como os medicamentos genéricos, podem ser versões mais baratas dos medicamentos biológicos e serem produzidos por diferentes empresas quando a patente do produto original expirar.

"Os produtos biológicos inovadores são, muitas vezes, demasiado caros para muitos países, de modo que os biossimilares são uma boa oportunidade para expandir o acesso", disse em comunicado a OMS.

A OMS acredita que a pré-qualificação dos biossimilares pode ser um incentivo para a competição entre as empresas, o que pode provocar uma diminuição do preço dos seus medicamentos.

"Os biossimilares podem ser uma mudança decisiva no acesso a medicamentos para certas condições complexas", disse a diretora dos Medicamentos Essenciais e Produtos Sanitários da OMS, Suzanne Hill.

No entanto, o uso destes medicamentos está fora do hábito dos médicos e pacientes, por isso, uma tarefa adicional que a OMS prevê fazer é facilitar a compreensão das vantagens que oferecem os biossimilares e construir a confiança neles, no caso de terem recebido pré-qualificação.

"Os benefícios deste tipo de medicamentos superam totalmente qualquer risco", disse a organização.

A regulamentação adequada dos biossimilares é fundamental porque o produto pode mudar durante o processo de produção, o que explica que um produto da mesma categoria não é exatamente igual a outro.

"Por isso, é mais difícil de comparar o biossimilar com o seu original", disse a organização.

Boletim polínico
Os níveis de pólenes em suspensão no ar vão estar muito elevados nos próximos dias em Castelo Branco, Coimbra, Lisboa, Évora e...

De acordo com o boletim polínico, hoje divulgado com previsões até 11 de maio, a SPAIC avisa que os níveis de pólenes também vão estar elevados em Vila Real e no Porto.

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira prevêem-se níveis baixos.

O alerta da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) vai, particularmente, para os pólenes de árvores como o pinheiro, carvalhos, oliveira, bétula e sobreiro, e das ervas urtiga, parietária, gramíneas e tanchagem.

Os pólenes das árvores e das ervas provocam, na primavera, reações alérgicas, caracterizadas normalmente por espirros, comichões ou falta de ar. Em algumas pessoas podem provocar rinite, conjuntivite ou asma.

Radioterapia
A entrada em funcionamento do terceiro acelerador linear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra reforça a capacidade...

A licença da tutela para a entrada em funcionamento do terceiro acelerador linear no serviço de radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) chegou na sexta-feira e, na terça-feira, o equipamento já estava a efetuar tratamentos, aumentando para três o número de aparelhos em atividade diária nos Hospitais de Coimbra.

Em declarações, o presidente do Conselho de Administração do CHUC, José Martins Nunes, sublinhou que a “atribuição da terceira licença é uma excelente notícia para o CHUC, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para a cidade, mas fundamentalmente para os doentes, que assim encontram mais uma nova esperança para o tratamento da sua doença”.

“Foi um processo de escrutínio técnico muito rigoroso e profundo por parte dos organismos que têm a responsabilidade de produzir parecer com vista à decisão do ministro da Saúde, dado que os aceleradores lineares são equipamentos ‘pesados’ atribuídos em função de múltiplos indicadores, como sejam demográficos e de incidência da patologia oncológica”, sublinhou o presidente do CHUC.

De acordo com José Martins Nunes, “com o aumento da capacidade terapêutica, Coimbra disponibiliza para a região, e até para fora da região, mais oportunidade de acesso dentro do SNS, cumprindo um dos seus mais importantes desígnios: dar um contributo decisivo para que seja possível tratar mais doentes, com mais qualidade, com mais oportunidade e com melhor acesso”.

“Com os recursos que temos e fazendo a utilização dos três aparelhos é muito mais fácil colocar os doentes em tratamento de uma forma mais rápida e diminuir a espera para a realização de tratamento”, defendeu, por outro lado, Margarida Borrego, diretora do Serviço de Radioterapia do CHUC.

Segundo esta responsável, a partir de agora vai ser possível “diminuir o tempo de espera e tornar muito mais fácil o acesso ao tratamento do doente oncológico”.

Antes da entrada em funcionamento do terceiro equipamento, o serviço de Radioterapia tratava, em média, cerca de 120 doentes por dia, dependendo do tipo de patologia, em dois turnos ininterruptos, das 08:00 às 20:00, de segunda a sexta-feira.

O serviço de Radioterapia tem notado uma procura crescente ao longo dos últimos anos, tendo verificado em 2016 um aumento de doentes em tratamento na ordem dos 06% relativamente ao ano anterior.

“Verifica-se também o pedido de tratamentos para doentes muito deles para terapêutica paliativa, em que um acesso rápido é fundamental, porque são doentes que têm dor que não é controlada ou ainda para evitar fraturas”, disse Margarida Borrego.

Com os turnos lotados, “era difícil conseguir, muitas vezes, colocar mais um doente em tratamento”.

“A possibilidade de termos esta máquina a funcionar permite-nos tratar os doentes de uma forma mais célere”, acrescentou.

Para o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, que, em meados de abril, denunciou a inatividade do acelerador linear por falta de licença da tutela, prevaleceu “o bom senso e a superior preocupação com os doentes”.

Salientando que se trata de uma “vitória dos doentes”, Carlos Cortes frisou que a região Centro “está mais forte do que na semana passada”.

O presidente da SRCOM volta a referir que são precisos mais aceleradores lineares para responder às necessidades da região nesta área da saúde.

Segundo Carlos Cortes, a região possui seis equipamentos de radioterapia (três no CHUC e outros tantos no IPO de Coimbra), e, em breve, vai dispor de mais um, no Centro Hospitalar de Tondela/Viseu, mas a rede de referenciação aponta para a necessidade de “11 a 12 aparelhos”.

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Como é que uma doença que atinge cerca de 26 milhões de pessoas em todo o mundo, cerca de 400 000 portugueses, que tem um...

Esta doença não tem cura, mas tem tratamento! É uma doença complexa e desafiante para a qual não existe cura, conduzindo à morte em cerca de metade dos doentes, nos 5 anos após o diagnóstico e que coloca a tónica na importância de um diagnóstico precoce. É urgente, por isso, aumentar o reconhecimento e conhecimento público dos sintomas da Insuficiência Cardíaca ajudar e bem como ajudar todos aqueles que vivem com esta patologia a viver mais e melhor.

Esta é uma das missões da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, em nome de uma maior democratização e no acesso aos cuidados de saúde, e sobretudo por uma vida, mais longa e com mais qualidade.

Fatos sobre a Insuficiência Cardíaca?

A Insuficiência Cardíaca é uma situação clínica debilitante e potencialmente fatal, em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para manter as necessidades do organismo.

Na maioria dos casos, ocorre porque o músculo cardíaco, responsável pela ação de bombear o sangue, enfraquece ao longo do tempo ou torna-se demasiado rígido. De uma forma muito simples, o que se sucede é que o coração não consegue executar as tarefas que lhe são exigidas de uma forma adequada.

Na maioria dos casos, a Insuficiência Cardíaca não tem uma causa única e a lesão do músculo cardíaco pode acontecer após um ataque cardíaco ou outra doença súbita que afete o coração, ou devido a uma lesão continuada e mais gradual, como acontece na diabetes, hipertensão, colesterol elevado, consumo excessivo de álcool, abuso de drogas, doença das artérias coronárias, arritmias, entre outras.

Para quem vive com Insuficiência Cardíaca, os sintomas podem ser muito debilitantes: Dificuldade em respirar; inchaço dos membros inferiores devido a acumulação de líquidos, fadiga intensa, tosse, pieira, náuseas e aumento de peso devido à acumulação de líquidos.

O risco de desenvolver insuficiência cardíaca aumenta com a idade e, em geral, tem tendência a ser mais frequente nos homens do que nas mulheres.

Esta doença não tem cura, mas tem tratamento! É uma doença complexa e desafiante para a qual não existe cura, conduzindo à morte em cerca de metade dos doentes, nos 5 anos após diagnóstico, o que coloca a tónica na importância de um diagnóstico precoce.

De acordo com o Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Prof. Doutor João Morais, “o notável progresso tecnológico nos últimos 20 anos, o controle dos factores de risco cardiovascular e o tratamento do enfarte agudo do miocárdio, têm resultado numa redução da mortalidade por doença cardiovascular. Ao prolongar a vida, muitos doentes vêm a desenvolver danos irreversíveis no coração, aumentado o risco de evolução para insuficiência cardíaca.”

A Insuficiência Cardíaca em números

  • Mais de 26 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de Insuficiência Cardíaca, e este número vai continuar a aumentar;
  • Em Portugal, estima-se que mais de 400.000 pessoas sofrem desta doença;
  • 1 em cada 5 pessoas com mais de 40 anos, vai desenvolver Insuficiência Cardíaca ao longo da sua vida;
  • A Insuficiência Cardíaca é a principal causa de internamento hospitalar em pessoas com mais de 65 anos de idade ;
  • 1 em cada 25 pessoas não sobrevive ao 1º internamento por Insuficiência Cardíaca;
  • 1 em cada 10 pessoas morre nos 30 dias após um internamento hospitalar por Insuficiência Cardíaca;
  • Cerca de 30% das pessoas que sofrem de Insuficiência Cardíaca morrem ao fim de 1 ano;
  • 50% das pessoas internadas por Insuficiência Cardíaca não sobrevive 5 anos após o diagnóstico;
  • A Insuficiência Cardíaca é responsável por 2 a 3 vezes mais mortes do que alguns cancros em estadios avançados, como o cancro da mama e o cancro do cólon;
  • Cerca de 1 em cada 3 pessoas, confundem os sintomas da Insuficiência Cardíaca com os sintomas normais relacionados com o envelhecimento;
  • Menos de 1 em cada 10 pessoas conseguem identificar três dos sintomas mais comuns, como a falta de ar extrema, o edema dos membros inferiores, o rápido aumento de peso e a dificuldade de locomoção;
  • 1 em cada 4 pessoas espera mais de uma semana para procurar ajuda médica, ou nem sequer procura, quando tem sintomas de Insuficiência Cardíaca;
  • Todos os anos a Insuficiência Cardíaca custa à economia mundial mais de $108 mil milhões/ ano, sendo 60-70% destes custos relativos a hospitalizações.
Estudo
Uma experiência em laboratório mostrou que o consumo de espermidina, um composto encontrado em alguns tipos de queijo, aumentou...

Um conjunto de cientistas da Universidade do Texas A&M descobriu que uma substância presente em alimentos como queijos envelhecidos, cogumelos, grãos e nozes pode prolongar a vida e prevenir o cancro do fígado, mesmo em pessoas predispostas a contrair este tipo de doenças.

Segundo o estudo publicado no jornal "Cancer Research", escreve o Sapo, a substância conhecida como espermidina foi introduzida por via oral em ratos de laboratório. Os resultados da investigação mostram que estes animais viveram, em média, mais 25% do que aqueles que não receberam a substância.

"Em seres humanos, isso significa que, em vez de uma média de 81 anos, as pessoas podem passar dos 100 anos. É um aumento drástico", comenta o cientista Leyuan Liu.

Segundo a radiotelevisão alemã Deutsche Welle, os animais que receberam a espermidina tiveram menos cancro no fígado e menos propensão para ter fibrose hepática, mesmo quando tinham uma predisposição natural para essas doenças.

Os especialistas explicam, no entanto, que para conseguir esses resultados é preciso começar a ingerir a espermidina o mais cedo possível, de preferência logo que se começa a consumir alimentos sólidos, já que nas experiências com animais de idade avançada o incremento da longevidade foi de apenas 10%.

Estudo
Um novo estudo científico internacional relança a esperança de cura para um problema que afeta milhões. Está, no entanto, longe...

Existem mais de 300 defeitos genéticos que impedem as células auditivas de funcionar corretamente. A descoberta foi feita por um grupo de especialistas da Escola Médica de Harvard, nos EUA, em parceria com investigadores da Universidade Médica de Viena, na Áustria. Pela primeira vez, conseguiram devolver a audição a um animal, usando um vírus adeno-associado, modificado e não patogénico, denominado Anc80L65.

Os pormenores da experiência são relatados na última edição do Nature Biotechnology, escreve o Sapo, uma publicação especializada que promove os avanços da biotecnologia. Em fevereiro deste ano, na sua edição digital, foi divulgado um outro estudo promissor. Através de um vetor de terapia genética melhorado, uma pool de cientistas conseguiu restaurar a audição de ratos de laboratório a um nível de 25 decibéis, o equivalente a um sussurro, o volume máximo conseguido até agora.

Em 2015, um grupo de investigadores do Boston Children's Hospital e da Escola Médica de Harvard já tinha conseguido que ratos geneticamente surdos conseguissem ouvir, ainda que a um nível muito rudimentar. Em 2013, investigadores do Hospital dos Olhos e Ouvidos do Massachusetts, nos EUA, conseguiram regenerar cerca de 200 células ciliadas em ratos que recuperaram parte da audição.

Recentemente, a investigação alcançou uma nova dimensão ao serem criadas mais de 11.500 células ciliadas a partir de uma única célula estaminal do ouvido de um dos mamíferos. A experiência foi realizada por um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard. Os especialistas esperam, no futuro, aplicar esta descoberta a um tratamento injetável que possa reparar danos na audição.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 360 milhões de pessoas, cerca de 5% da população mundial, sofre de distúrbios auditivos. Desses, 70 milhões são surdos. No final de 2016, especialistas da Universidade de Juntendo, em Tóquio, no Japão, vieram a público afirmar que estavam muito próximos de “encontrar uma cura para a surdez” através de um tratamento com células estaminais.

Estudo
Um novo estudo publicado na revista médica "Lancet Neurology" revela que os pacientes com esclerose múltipla podem...

O estudo conduzido por Helen Tremlett do Centro de Saúde do Cérebro Djavad Mowafaghian, no Canadá, teve por base a análise de processos clínicos de pacientes com esclerose múltipla e poderá ajudar médicos a fazerem o rastreio da doença de forma precoce, aumentando a qualidade de vida dos doentes.

Para o estudo, segundo o Sapo, Helen Tremlett e equipa analisaram processos clínicos, durante um período de 20 anos, de 14.000 pacientes com esclerose múltipla. A informação recolhida foi comparada com a de pessoas que não tinham a doença.

A equipa identificou sintomas precursores de várias patologias e revelou que existe uma fase em que os pacientes começam a demonstrar sintomas da esclerose múltipla antes desta ser identificada do ponto de vista clínico.

Durante esta fase, os pacientes tendem a ir mais ao médico, a serem hospitalizados e a receberem mais prescrições de determinados fármacos do que a população em geral.

"Provar que as pessoas com esclerose múltipla tinham alterado já o seu comportamento nos cinco anos antes mesmo do primeiro reconhecimento clínico da doença é muito importante porque significa que temos que olhar para além daqueles cinco anos para perceber como é causada", comentou a investigadora numa nota daquele centro de investigação médica.

Serviço Nacional de Saúde
Colonoscopias, endoscopias, TAC e ressonâncias magnéticas terão de ser realizadas num prazo máximo de três meses a partir do...

Estes são alguns dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) no Serviço Nacional de Saúde definidos hoje numa portaria publicada em Diário da República e que entra em vigor no próximo mês.

Estes tempos são aplicados em exames ou consultas sem caráter de urgência e caso não sejam cumpridos deve haver referenciação do doente para outras unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou para outras entidades com acordos ou convenções.

Existiam já tempos de resposta máximos para as cirurgias, que, quando ultrapassados, obrigam o SNS a encaminhar o doente para realizar a intervenção noutra unidade do setor social ou privado.

Para a primeira consulta de especialidade hospitalar, o diploma fixa um tempo máximo de 120 dias seguidos a partir do registo do pedido da consulta efetuado pelo médico assistente do centro de saúde.

Contudo, até ao fim deste ano ainda vai vigorar um prazo máximo de cinco meses – 150 dias.

No caso dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, endoscopias, colonoscopias, tomografias computorizadas (TAC) e ressonâncias magnéticas passam a ter um tempo máximo de três meses a partir da indicação clínica.

Para o cateterismo cardíaco, pacemaker, exames de medicina nuclear e angiografia diagnóstica os tempos máximos são definidos em 30 dias (um mês).

A portaria define ainda prazos máximos para primeira consulta em situação de doença oncológica suspeita ou confirmada, que vão desde o encaminhamento imediato para urgência hospitalar a um mês.

Quanto aos tratamentos de radioterapia o limite máximo definido é de 15 dias para a sua realização a partir do momento em que é indicado pelo médico.

Para as primeiras consultas de cardiologia em situação de doença cardíaca suspeita ou confirmada, define-se que o tempo de diagnóstico completo e de apresentação da proposta terapêutica será de entre 15 a 45 dias de acordo com a prioridade dos doentes.

O diploma define ainda que a generalidade das cirurgias hospitalares programadas tem um prazo máximo de realização de seis meses (180 dias), mas que podem ser encurtados em função da prioridade do doente.

Contudo, tal como nas consultas hospitalares, até ao fim do ano ainda vigor um tempo máximo mais dilatado, de nove meses.

As cirurgias na área oncológica não entram daqueles tempos, tendo limites definidos consoante a prioridade do doente e que vão desde as 72 horas até aos dois meses.

Em todo o país
Milhares de “pirilampos mágicos” vestidos de amarelo e azul vão estar à venda a partir de hoje em todo o país, no âmbito da...

A campanha de apoio a pessoas com deficiência intelectual e multideficiência decorre até 28 de maio sob o lema “Queremos voar”, associando-se, este ano, ao Ano Europeu do Turismo Acessível.

Em declarações, o vice-presidente da Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci), Rogério Cação, explicou que o tema da campanha significa uma ideia de emancipação da pessoa com deficiência.

“Voar para as pessoas com deficiência significa atingir a sua autonomia, significa poder decidir, significa poder conhecer novas pessoas, novas paragens, atingir novos conhecimentos, ter novas oportunidades e ir mais longe”, disse Rogério Cação.

Sobre a campanha, o vice-presidente da federação adiantou que este ano terá “um pirilampo trintão, mas com a mesma vitalidade que tinha no ano em que foi lançado, em 1987”, a “espalhar a mesma mensagem de solidariedade”, de “defesa dos direitos das pessoas com deficiência”.

Além dos cerca de 700 mil pirilampos mágicos, com o preço unitário de dois euros, estarão também à venda outros artigos alusivos à campanha, nomeadamente "pins", sacos, t-shirts, canecas e chávenas, com preços que variam entre um e seis euros.

Nesta campanha é lançado um segundo livro que se chama “Voar com o pirilampo mágico”, que está integrado no Plano Nacional de Leitura, disse Rogério Cação.

Fazendo um balanço dos 30 anos da iniciativa, o responsável afirmou que a sua “longevidade” e “vitalidade” decorre do “reconhecimento que os portugueses lhes prestam relativamente aos seus objetivos” e à “sua credibilidade”.

“Esta credibilidade tem beneficiado imenso com o facto de termos muitas figuras públicas associadas à campanha”, que este ano conta com o apoio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salientou.

Desde a primeira campanha, foram vendidos cerca de 20 milhões de bonecos, mais de dois milhões de 'pins', cerca de 69 mil t-shirts, quase 50 mil canas, mais de 16 mil chávenas e cerca de 70 mil sacos, segundo dados da federação.

A campanha surgiu em 1986 por iniciativa do então diretor de programas da RDP-Antena 1 que, depois de ouvir um programa na rádio sobre os problemas das pessoas com deficiência mental, propôs à federação a realização de uma campanha de angariação de fundos a favor das cooperativas de solidariedade social (CERCI), que teve início, pela primeira vez, um ano depois.

Pela segunda vez em sete meses
Uma análise de rotina ao sistema de águas do Hospital da Horta, nos Açores, voltou esta semana a detetar a presença de ...

O diretor clínico do Hospital da Horta, Rui Susano, explicou aos jornalistas que desta vez a presença da bactéria foi descoberta em "concentrações mais baixas", mas ainda assim obrigou a "medidas de precaução", para evitar que os doentes fossem infetados.

"Não há problema de contaminação", insistiu o médico, assegurando que o Hospital já efetuou uma "desinfeção" a todo o sistema de distribuição da água, com vista a "aniquilar a bactéria", que só é prejudicial quando inalada.

A ‘legionella’ foi descoberta nas canalizações do edifício antigo do hospital, mas, segundo Rui Susano, "nenhum doente foi infetado", embora a situação tenha obrigado a administração a transferir os pacientes internados para a ala nova, a fim de poderem fazer a sua higiene pessoal em segurança.

A ‘legionella’ é um bactéria que, quando inalada, pode provocar infeções respiratórias graves e até mesmo a morte, como aconteceu em novembro de 2014, em Vila Franca de Xira, onde mais de 300 pessoas foram infetadas. Cerca de uma dezena acabou por falecer.

Na próxima segunda-feira chega à ilha do Faial uma equipa de técnicos que irá recolher amostras na canalização do hospital, para depois analisá-las em laboratório.

Só dez dias depois, quando os resultados forem conhecidos, é que a administração do Hospital da Horta saberá se o problema está ou não totalmente resolvido.

Projeto Ambulatório de Saúde Oral e Pública
O Projeto Ambulatório de Saúde Oral e Pública da Universidade Fernando Pessoa, do Porto, já efetuou cerca de 153 mil rastreios...

Este é um "projeto de solidariedade social e pedagógico", no qual os alunos finalistas da Universidade Fernando Pessoa (UFP), acompanhados por professores, "percorrem o país realizando rastreios ao nível do colesterol, da diabetes, da tensão arterial, da saúde oral e da osteoporose", disse o gestor do projeto, Jacinto Durães.

O Projeto Ambulatório de Saúde Oral e Pública (PASOP), que presta também serviços de saúde pública nas áreas da nutrição, da fisioterapia e da terapia da fala, vai introduzir nos rastreios, no próximo ano letivo, a valência de psicologia, indicou.

De acordo com Jacinto Durães, a atividade da clínica ambulatória móvel, equipada com o material necessário para fazer rastreios, realiza-se às terças e quintas-feiras, iniciando em outubro e finalizando em julho, o que cobre, dessa forma, os dois semestres letivos.

Para além dos rastreios que efetua nas ruas, o projeto tem protocolos com câmaras, escolas, juntas de freguesia, instituições de solidariedade social, lares, empresas e outras entidades, como a RunPorto, com à qual colabora aos fins de semana.

Os resultados obtidos pelo PASOP são encaminhados para instituições com as quais o projeto tem parceria, que fazem o tratamento e encaminhamento dessa informação, dando-lhes depois um 'feedback' sobre a situação dos pacientes com patologias diagnosticadas durante os rastreios.

Para Jacinto Durães, o que torna este projeto tão relevante, para além da forte vertente pedagógica, é a possibilidade de se realizarem diagnósticos precoces, o que considera "importantíssimo".

Como exemplo, o responsável recorda um caso que ocorreu antes do jogo da Dinamarca com a Holanda, em Guimarães, durante o Euro 2004 (outro dos eventos que o PASOP acompanhou), em que tiveram que encaminhar para o hospital um indivíduo que fez o rastreio e apresentou valores elevados ao nível da tensão, do colesterol e da glicemia.

"O senhor tinha a tensão arterial máxima nos 26 e a mínima nos 15, em termos absolutos, e o colesterol perto dos 350", relatou Jacinto Durães, acrescentando que, no hospital, foi verificado que o indivíduo estava perto de ter um acidente vascular cerebral (AVC).

Ainda hoje, "em todos os natais, o senhor envia uma mensagem a dizer que está vivo e que isso se deve a nós", referiu.

Outra situação "marcante" e que "mostra a importância do diagnóstico precoce" ocorreu com um indivíduo a quem foi efetuado um rastreio em Ramalde, no Porto, devido a uma afta que não cicatrizava, "verificando-se que se tratava de um carcinoma na língua", tendo o mesmo sido encaminhado para o IPO-Porto, contou o responsável.

Para comemorar o 15º aniversário do PASOP, será realizada na UFP, quinta-feira, a conferência "Saúde Pública: A Importância dos Rastreios", na qual estarão presentes o diretor geral da Saúde, Francisco George e o diretor da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), Pimenta Marinho.

Nas intervenções, que terão início às 14:30, participam ainda docentes da UFP, o diretor clínico do Hospital - Escola, Agostinho Monteiro, e o presidente do Concelho de Administração dos Hospitais do Tâmega e Vale do Sousa, Carlos Alberto Silva.

A sessão de encerramento fica a cargo de Jacinto Durães, gestor do PASOP, e do reitor da universidade, Salvato Trigo.

Infarmed
A preparação dos tratamentos de quimioterapia no Hospital de Torres Vedras foi suspensa pelo Infarmed, obrigando a que a...

Em causa estão “não-conformidades” identificadas pelo Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde no Hospital de Dia de Oncologia da Unidade de Torres Vedras durante uma inspeção realizada “em março de 2017”, confirmou o Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

De acordo com o Conselho de Administração (CA) do CHO, onde se integra o Hospital de Torres Vedras, o relatório da inspeção, enviado no final do mês de abril, “recomendou a suspensão da preparação de citotóxicos”, conhecidos em termos gerais como tratamentos de quimioterapia.

Esta é a segunda vez que o CHO vê a preparação de citotóxicos suspendida pelo Infarmed, depois de há um ano aquele organismo ter mandado suspender os tratamentos no Hospital de Dia de Oncologia da Unidade das Caldas da Rainha.

A suspensão teve como causas o “facto de a câmara de fluxos laminares não estar no sítio adequado” e não estarem “garantidos os requisitos técnicos”, situação que poderia, inclusive, acarretar “riscos para os profissionais” que preparam e manuseiam a medicação, disse então à Lusa Ana Paula Harfouche, presidente do CA do CHO.

Na altura, a solução encontrada pelo CHO, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, foi reorganizar o circuito terapêutico para garantir a continuidade dos tratamentos, encaminhando os doentes para Torres Vedras, onde a medicação passou a ser preparada e administrada.

Um ano depois, o Infarmed acabou por determinar também a suspensão da preparação dos medicamentos na unidade de Torres Vedras, o que levou o CA a “de imediato desenvolver contactos com o intuito de encontrar uma solução” que passa “pela cedência de instalações por parte do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para a preparação dos citotóxicos”.

Em resposta às questões colocadas, o CHO esclareceu ainda que a preparação da medicação no Hospital de Santa Maria começou hoje “com toda a normalidade” e que a mesma “continua a ser administrada nas instalações do Hospital de Dia de Oncologia de Torres Vedras e no Hospital de Dia de Oncologia de Caldas da Rainha, pelo que não haverá quaisquer implicações clínicas para os doentes”.

O conselho de administração não especificou quais as “não conformidades” apontadas pelo Infarmed à unidade de Torres Vedras, nem quais as intervenções necessárias para repor a preparação dos citotóxicos naquele hospital.

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) presta cuidados de saúde diferenciados, em regime de ambulatório e de internamento, abrangendo uma população direta de cerca de 295 mil habitantes dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Páginas