Santa Maria da Feira
O Hospital São Sebastião, em Santa Maria da Feira, vai investir 400 mil euros em equipamento de angiografia digital, que...

"Este é um investimento importante para a instituição", declarou hoje Miguel Paiva, presidente do conselho de administração do Centro Hospital do Entre Douro e Vouga, que gere o São Sebastião.

Segundo o responsável, com o novo angiógrafo é possível “tratar muitos doentes na unidade hospitalar, evitando deslocações para fora da região”, e isso também permitirá que os “excelentes profissionais [do hospital] possam colocar em prática as suas competências técnicas específicas".

O novo aparelho de angiografia digital destina-se ao Serviço de Radiologia do hospital da Feira e irá substituir o angiógrafo que, adquirido em 1998 (ainda antes da inauguração do hospital em janeiro de 1999), "já atingiu o seu fim de vida".

Esse equipamento será utilizado em exames radiográficos aos vasos sanguíneos, o que, por meio da injeção de um contraste radiopaco no corpo do utente, permitirá visualizar como se processa a circulação do sangue num local específico do seu organismo, com vista à identificação de alterações ou lesões que possam explicar determinado quadro clínico.

Miguel Paiva acredita que o hospital passará assim "a dispor de uma maior oferta de exames" e também de um serviço de "maior proximidade" ao utente, já que, "por falta desse equipamento, vários exames estavam até aqui a ser realizados em entidades exteriores".

Era o que se verificava com os doentes em espera para implantação de um ‘pacemaker’, dispositivo que, uma vez instalado no coração, consegue reconhecer um problema de ritmo cardíaco e emite o devido impulso elétrico para o corrigir.

Esses utentes ficavam vários dias internados no Hospital da Feira para preparação prévia da cirurgia e, quando aptos a dar entrada no bloco operatório, eram então transferidos para o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, por esse estar melhor equipado para monitorizar a sua circulação sanguínea.

Para Miguel Paiva, o novo angiógrafo permitirá acabar com as viagens entre diferentes unidades, "reduzindo em cinco dias o período de internamento" dos utentes no São Sebastião e aumentando no hospital os níveis gerais de "internalização da sua atividade assistencial".

Outras das patologias em cujo diagnóstico a angiografia se revela útil são a doença coronária cardíaca, os aneurismas, a arteriosclerose, acidentes vasculares cerebrais, enfartes do miocárdio e gangrena. Esse tipo de exame também é relevante ao nível oftalmológico, para deteção, por exemplo, de degenerescência macular ou retinopatia diabética.

O novo angiógrafo digital do Hospital São Sebastião deverá entrar em funcionamento "no final de junho ou início de julho", uma vez concluídos os devidos procedimentos concursais.

Boletim polínico
Os pólenes em suspensão no ar vão estar em níveis muito elevados nos próximos dias em Portugal continental, informou hoje a...

No boletim polínico hoje divulgado a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) prevê que, entre 12 e 18 de maio, estarão em níveis muito elevados os pólenes de árvores como o pinheiro, sobreiro, oliveira, azinheira ou carvalho e das ervas como a urtiga, gramíneas, parietária, quenopódio e tanchagem.

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira preveem-se níveis baixos de pólenes em suspensão.

Os pólenes das árvores e das ervas provocam na primavera reações alérgicas em muitas pessoas, caracterizadas normalmente por espirros, comichões ou falta de ar. Em algumas pessoas podem provocar rinite, conjuntivite ou asma.

APCP
No dia 22 de maio, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos promove uma Conferência e Workshop sob o tema “Compaixão em...

A Conferência e Workshop levados a cabo na Universidade Lusófona de Lisboa são dirigidos a multiprofissionais, assim como a estudantes de pré-graduação (cursos de licenciatura), docentes e demais interessados na área dos Cuidados Paliativos.

“O programa conta com a realização de uma conferência e um workshop dirigidos pelo Professor Shane Sinclair, da Universidade Alberta, do Canadá. A pesquisa e os trabalhos desenvolvidos pelo Professor centram-se em questões psicossociais e espirituais dentro da área da oncologia e dos cuidados paliativos, tendo sido fundamentais para promover e estabelecer uma abordagem baseada em evidências para a prática de cuidados espirituais em complemento aos cuidados médicos”, explica Manuel Luís Capelas, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP).

A Conferência e o Workshop têm como objetivos:

  • Compreender os conceitos de cuidados compassivos e auto compaixão;
  • Reconhecer o cuidado compassivo como um instrumento para a prestação de cuidados de saúde;
  • Debater as caraterísticas do cuidado compassivo e os seus determinantes;
  • Refletir no uso do cuidado compassivo nos contextos dos cuidados de saúde.

As inscrições são limitadas a 25 participantes e poderão ser feitas através do site da APCP: www.apcp.com.pt

A Favor dos Pacientes com Cancro Digestivo
Nos dias 19, 20 e 21 de Maio, a Europacolon Portugal promove um Peditório de âmbito nacional cujos objetivos principais são o...

“Todos os dias morrem 24 Portugueses com algum tipo de cancro digestivo. São quase 9 mil mortes e cerca de 13 mil novos casos diagnosticados todos os anos. São números preocupantes que têm de ser reduzidos o mais rapidamente possível” afirma Vítor Neves, Presidente da Europacolon.

O Peditório Nacional vai na sua quarta edição e representa uma importante fonte de receita que permite à Europacolon prosseguir o seu trabalho e cumprir os seus objetivos no que concerne à prevenção do cancro digestivo.

Ainda segundo Vítor Neves, “Cada vez mais o Peditório Nacional da Europacolon se assume como uma parte significativa das receitas que nos permite concretizar as ações e serviços gratuitos junto da comunidade e a favor dos pacientes, nomeadamente, através da entrega de dispositivos de ostomia, da presença permanente em escolas, da disponibilização de acesso gratuito a consultas de psicologia, nutrição, apoio social, segundas opiniões médicas e também das ações de sensibilização para a prevenção do cancro digestivo.”

Assim, entre os dias 19 e 21 de Maio, quem quiser apoiar a Europacolon e a causa da Luta Contra o Cancro Digestivo deverá contribuir junto de um dos nossos Voluntários e Voluntárias que estarão distribuídos a nível nacional e nos distritos de Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra , Leiria, Guarda, Castelo Branco, Lisboa, Évora e Faro. Também poderá contribuir de forma fácil através de transferência bancária ou através de referência Multibanco.

Toda a informação disponível em: www.europacolon.pt

Locais onde decorre o Peditório:

  • Bragança
  • Vila Real
  • Viana do Castelo
  • Braga
  • Porto
  • Aveiro
  • Viseu
  • Coimbra
  • Leiria
  • Guarda
  • Castelo Branco
  • Lisboa
  • Évora
  • Faro
Associação Europeia para as Doenças Raras
A Associação Europeia para as Doenças Raras, publicou uma nova posição oficial acerca do uso compassivo, apelando à adoção de...

Ao abrigo dos Programas de Uso Compassivo (PUC), medicamentos que ainda não foram autorizados podem ser disponibilizados a doentes que, sem eles, atingiriam um estado patológico grave e irreversível ou poderiam falecer antes de o medicamento ser comercializado.

Na sua posição oficial, a Associação Europeia para as Doenças Raras (EURORDIS) avança várias propostas de políticas como possíveis soluções para melhorar o uso compassivo na Europa.

François Houÿez, Diretor para a Informação e o Acesso aos Tratamentos e Assessor para as Políticas da EURORDIS, comentou que: “Os Programas de Uso Compassivo podem salvar vidas ao proporcionar o acesso atempado das pessoas com doenças raras a medicamentos novos e promissores. As pessoas com doenças crónicas, gravemente debilitantes ou potencialmente mortais não devem ter que aguardar pelo acesso a um novo medicamento”.

Acrescentou ainda que «as novas propostas incluídas nesta posição oficial explicam por que motivo há necessidade de existirem PUC em todos os países e como se podem dar os primeiros passos para concretizar ou melhorar estes sistemas. Temos de procurar reduzir as desigualdades entre países em termos do acesso dos doentes aos PUC e a novos medicamentos».

Recomendações às associações de doentes, à indústria, aos Estados-membros e às autoridades europeias

A posição oficial propõe ainda recomendações dirigidas às associações de doentes, à indústria, aos Estados-membros da UE e às autoridades europeias sobre a forma de promover, criar e gerir as PUC, a saber:

Apelo aos doentes para que se envolvam nas discussões iniciais com os promotores de desenvolvimento de medicamentos e acordar se, quando e para quem poderá ser relevante instituir um PUC;

Apelo à indústria para que planeie o abastecimento adequado do medicamento a fornecer ao abrigo do PUC;

Apelo às autoridades nacionais para que aumentem a transparência dos PUC que autorizam nos respetivos Estados-membros de modo a que médicos e doentes tenham conhecimento dos programas e saibam como aderir;

Apelo à Comissão Europeia para que compare os diferentes esquemas nacionais dos PUC na Europa.

O que é o uso compassivo?
De acordo com o Regulamento Europeu sobre produtos farmacêuticos (n.º 2 do art.º 83.º), o uso compassivo consiste em «disponibilizar um medicamento, por razões compassivas, a um grupo de doentes (ou, por vezes, a doentes individuais analisados caso a caso) que sofram de uma doença crónica ou gravemente debilitante ou de uma doença considerada potencialmente mortal e que não possam ser satisfatoriamente tratados com um medicamento autorizado».

Para encontrar mais informações sobre o uso compassivo e os PUC em países específicos, consulte a:

Lista de departamentos responsáveis pelos PUC na Europa (Diretores das agências nacionais de medicamentos)

Site da Agência Europeia de Medicamentos
Os PUC não são ensaios clínicos; contudo, nos Estados-membros que não possuam esquemas regulamentares para o uso compassivo, os ensaios abertos podem servir para fornecer medicamentos disponíveis em uso compassivo. Utilize palavras-chave como “compassionate” (compassivo) ou “open label” (ensaio aberto) para os encontrar em www.clinicaltrialsregister.eu.

Tratamentos
A Ordem dos Médicos vai investigar uma empresa que abriu recentemente em Lisboa e que vende tratamentos com injeções de...

A confirmação foi feita à agência Lusa pelo bastonário da Ordem dos Médicos, que quer averiguar que tipo de serviços fornece a empresa “Reviv Lisbon”, citada num artigo de hoje da Notícias Magazine.

“Vamos investigar isso. Parece haver envolvimento médico na situação. E, a meu ver, a publicidade que é feita é enganosa”, afirmou Miguel Guimarães à Lusa.

A Notícias Magazine online de hoje adianta que a Ordem dos Médicos quer investigar a “primeira clínica portuguesa que faz tratamentos com soro e injeções com misturas de vitaminas, nutrientes, aminoácidos e até medicamentos”.

O bastonário indicou também à Lusa que vai pedir a intervenção da Entidade Reguladora da Saúde neste caso.

No site da “Reviv Lisbon”, a empresa promete vários serviços: “A gama de tratamentos de bem-estar inclui intravenosas (IVs), como Hydromax, para repor a hidratação, Ultraviv, para ajudar na recuperação da ressaca e de doenças, Megaboost, para proporcionar vitaminas, Vitaglow, para refrescar o aspeto da pele, e Royal Flush, para uma desintoxicação deluxe do organismo”.

A Reviv diz ainda ter tratamentos com injeções de vitaminas e nutrientes à escolha para vários fins, como “perda de peso natural” ou revigorar a condição física.

Proposta de Lei
Ordem dos Médicos não concorda com proposta do Governo que abre a porta a diagnósticos feitos por enfermeiros. "A Medicina...

Está declarada a guerra entre um grupo de enfermeiros e a Ordem dos Médicos. A causa é o projecto de diploma do Governo que define o que cada profissão no sector da saúde pode fazer. O Conselho Nacional da Ordem dos Médicos (OM) não quer que os enfermeiros possam fazer “avaliação diagnóstica” e pretende que fique claro na proposta de lei que serão sempre os clínicos a coordenar as equipas de saúde.

É uma “visão retrógrada” e de um “corporativismo inaceitável”, reage um grupo de enfermeiros liderado pela ex-bastonária Maria Augusta Sousa, numa posição ontem enviada para a Comissão Parlamentar da Saúde, onde a matéria está a ser analisada desde 2016. “Considerar que os enfermeiros não podem realizar diagnósticos de enfermagem é no mínimo acintoso e desrespeitador do trabalho que milhares de enfermeiros diariamente desenvolvem”, criticam num texto cujo primeiro signatário (a título individual) é o presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros, João Fernandes.

A proposta de lei nº 34/XIII apresentada pelo Governo em 2016 visa enquadrar legalmente os actos em saúde, definindo as funções e competências das profissões do sector que são auto-reguladas (médicos, enfermeiros, biólogos, médicos dentistas, farmacêuticos, nutricionistas e psicólogos). Portugal prepara-se, assim, para ter um diploma que descreve o que cada profissão no sector da saúde pode fazer, depois de várias tentativas de definição do acto médico terem soçobrado, ao longo das últimas duas décadas.

Bastonária desvaloriza posição dos médicos

Descontente com a proposta, o Conselho Nacional da OM considerou, num parecer remetido para o Parlamento, que o legislador “desprezou” a “centralidade da Medicina relativamente a todas as outras profissões, quando esta constitui o núcleo central da saúde onde gravitam todas as áreas”. “A Medicina ‘alimenta e gere’ todas as outras profissões”, justifica.

Para o órgão máximo da OM, a definição do acto de enfermagem que consta do projecto de diploma não respeita a legislação do país nem as definições internacionais. A OM põe em causa a utilização da expressão “avaliação diagnóstica” transversalmente a várias profissões “de um modo pouco claro”, e defende que, se a avaliação pode ser realizada por qualquer uma, o diagnóstico só pode ser efectuado pelo médico. Sugere assim a alteração do artigo que define o acto de enfermeiro, retirando da proposta a palavra diagnóstico e mantendo apenas a “avaliação”.

Lamentando que a posição da OM inclua afirmações “geradoras de um clima de conflitualidade”, o grupo de enfermeiros contestatário considera que reproduz uma “visão profundamente errada e redutora”. “O diagnóstico em enfermagem é uma matéria regulada nacional e internacionalmente”, frisa, recordando que isso está expresso na Classificação Internacional para a Prática da Enfermagem da Organização Mundial de Saúde.

 bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, desvaloriza esta tomada de posição dos colegas, por considerar que a proposta do Governo não está em causa neste momento. “Todas as ordens foram ouvidas na Comissão de Saúde e três grupos parlamentares apresentaram propostas de alteração pontuais à proposta inicial", sem que nenhuma delas tivesse alterado o texto "no que se refere aos enfermeiros ou aos actos médicos", frisa.

Quanto à posição da OM, considera também que a sua pretensão “não tem sentido”, mas garante que a Ordem que lidera já se manifestou sobre isto “sem grandes alaridos”. "Tenho pena que a anterior bastonária esteja preocupada com uma questão que já foi acautelada e não esteja preocupada com a falta de enfermeiros", critica Ana Rita Cavaco.

Médicos devem coordenar

O que também desagradou aos representantes da OM no projecto de diploma governamental foi o facto de, depois de uma exposição de motivos centrada no trabalho em equipa, o articulado não fazer referência à “questão central”, que é a da “liderança e coordenação das equipas”.

Propõem, por isso, uma nova formulação para o artigo que define o acto médico e a inclusão de dois novos artigos. Um em que se clarifica a participação de outros profissionais de saúde no acto médico, abrindo a porta à prática de acções técnicas integradas neste conceito, mas sempre “sob orientação ou mediante prescrição médica”, e outro sobre a coordenação das equipas multidisciplinares, em que fica expressamente definido que são lideradas por médicos.

As equipas multiprofissionais “são e devem continuar a ser coordenadas por quem, em razão da matéria, se encontrar em melhor posição técnica e científica para garantir os melhores resultados, seja médico, enfermeiro, psicólogo, farmacêutico, administrador, etc”, ripostam o grupo de enfermeiros. “O foco será o da competência e não o da profissão”, remata.

Lembra ainda que este processo legislativo apresenta “características recorrentes” em relação a outros iniciados no passado sobre o acto médico. O primeiro ocorreu em 1997 e terminou dois anos depois com o veto do Presidente da República. Em 2000, foi apresentada um novo projecto de diploma sobre o acto médico que não chegou a ser agendado para discussão e, em 2005, uma nova tentativa iniciada pela OM/Norte ficou pelo igualmente pelo caminho.

Até que, no ano passado, o Ministério da Saúde apresentou esta proposta de lei sobre “actos em saúde”. A iniciativa era reclamada há muitos anos, mas trata-se de uma matéria complexa e polémica. A proposta está na Comissão Parlamentar da Saúde onde, até à data, chegaram mais de quatro dezenas de contributos e pareceres de várias ordens, de associações de profissionais de saúde e de sindicatos e foram ouvidos os representantes das várias ordens, incluindo a dos enfermeiros.

Em Setembro passado, a Federação Nacional dos Médicos já tinha enviado uma carta ao ministério em que punha em causa a possibilidade de outros profissionais fazerem diagnósticos e prescreverem. Nessa altura a OM era liderada pelo anterior bastonário José Manuel Silva, que discordou desta posição e considerou que o texto era equilibrado. O que este grupo de enfermeiros teme agora é que a proposta seja alterada, o que “é muito perigoso”, enfatiza Maria Augusta Sousa.

Sem querer comentar a posição dos enfermeiros, o actual bastonário da OM, Miguel Guimarães, que herdou o dossier, sublinha que não se pretende ter uma definição de acto médico “a qualquer custo”. A proposta,”se levada até às últimas consequências, significaria que cada um de nós pode fazer tudo”, critica. E, frisa, “penaliza” os médicos, que são sempre, em última instância, os responsáveis pelos actos em saúde.

Segurança Alimentar
Nova ferramenta abre caminho a avaliações mais seguras a produtos produzidos com enzimas, como o pão e a cerveja. As enzimas...

Os cientistas da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (AESA) desenvolveram uma forma de estimar com maior precisão a exposição dos consumidores às enzimas utilizadas na produção alimentar, melhorando a sua avaliação de segurança, conforme exigido pela legislação da União Europeia.

 As enzimas são moléculas de proteína que catalisam reações químicas, que são utilizadas na produção de alimentos como pão e cerveja desde há séculos.

Estas são consideradas não tóxicas, uma vez que são produzidos naturalmente por organismos vivos e estão presentes nos ingredientes utilizados para produzir alimentos. No entanto, atualmente muitos alimentos também são feitos com recurso a enzimas alimentares produzidas industrialmente. Estas enzimas são extraídas de tecidos vegetais e animais ou produzidas por fermentação de microrganismos.

 Neste sentido, «desenvolvemos uma ferramenta de exposição que pode ser adaptada a cada processo alimentar que envolva enzimas alimentares. A ferramenta usa fatores de conversão técnica, o que significa que podemos combinar dados de consumo de alimentos com os níveis de uso de enzimas e levar em conta o nível de transferência de enzimas alimentares em produtos alimentares», explica Christina Tlustos, especialista da AESA, em comunicado.

«Ao harmonizar os níveis de uso de enzimas alimentares e os dados de consumo de alimentos, podemos estimar a exposição do consumidor a essas substâncias com muito mais precisão do que antes».

 A mesma metodologia será aplicada a todas as restantes aplicações de enzimas alimentares programadas para avaliação pela EFSA.

Fiscalização
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica encerrou, no âmbito da "Operação Relâmpago", dez estabelecimentos de...

A operação levou ainda à apreensão de 170 kg de géneros alimentícios, informa a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) em comunicado.

A ASAE desencadeou, através da Unidade Regional do Sul, uma operação de fiscalização direcionada a estabelecimentos de restauração localizados nas Avenidas Novas, Cais de Sodré e Algés, que segundo a autoridade económica dispunham de uma "oferta diversificada ao nível da restauração e em áreas de afluência turística".

A operação foi desencadeada "por forma a garantir a Segurança Alimentar e a Saúde Pública dos consumidores bem como a realização de práticas comerciais legais", começa por explicar a ASAE na nota de imprensa.

"Como resultado da ação foram fiscalizados 70 operadores económicos tendo sido instaurados 38 processos de contraordenação e 1 processo-crime, com a suspensão de atividade de dez operadores económicos por falta de requisitos de higiene e apreendidos cerca de 170 kg de géneros alimentícios por género alimentício anormal avariado e ainda, um instrumento de pesagem", explica a ASAE em comunicado.

Entre as principais infrações contraordenacionais detetadas salienta-se o incumprimento de requisitos gerais de higiene, falta de implementação das normas legais, falta de afixação de avisos obrigatórios designadamente venda de bebidas alcoólicas e tabaco, incumprimentos relativo ao Livro de Reclamações, falta de comunicação prévia no âmbito do exercício da atividade, falta de controlo metrológico, entre outras.

Solidariedade
Uma caminhada solidária com o propósito de angariar verbas para a manutenção da Casa do Porto da Acreditar - Associação de Pais...

Inauguradas em fevereiro, as instalações da Acreditar no Porto representaram um investimento de 1,6 ME, ficando situadas num terreno junto ao Instituto Português de Oncologia (IPO) da Cidade Invicta, tendo capacidade para receber em simultâneo 16 famílias.

Antonieta Reis, coordenadora do Núcleo Regional do Norte da Acreditar, disse hoje à agência Lusa que a II Caminhada Solidária "resulta de uma parceria com o Novo Colégio Chupetão, que desde o início do ano letivo tem promovido várias angariações de fundos".

"Recebemos jovens até aos 18 anos com cancro, que ficam juntamente com um familiar o tempo que for preciso sem terem de pagar nada", explicou a responsável de um serviço que, desde a sua inauguração, "já albergou cinco famílias, todas da região Norte".

As famílias acolhidas "são sinalizadas pelos serviços sociais do Instituto Português de Oncologia e do Hospital São João do Porto", acrescentou Antonieta Reis.

Não apontando nenhum valor como objetivo para angariar na caminhada, a coordenadora sublinha que "todo o apoio é bem-vindo”, dadas as necessidades de uma casa com 16 quartos com casa de banho privativas, três salas (sendo uma para pais, outra para crianças e outra para jovens), uma cozinha comunitária com cinco módulos, uma lavandaria, espaços exteriores de lazer, uma sala polivalente para formação e conferências e uma zona de escritórios.

A caminhada tem início às 10:00, junto ao Edifício Transparente, na Foz, e terminará três quilómetros adiante, na Praia do Molhe. As crianças até cinco anos não pagam e quem se inscrever no próprio dia pagará sete euros para poder participar.

Estudo
A esperança de vida para os doentes de HIV aumentou cerca de dez anos na Europa e América desde a introdução dos medicamentos...

Os autores do estudo sugerem que a esperança de vida de uma pessoa com 20 anos que tenha sido tratada a partir de 2008 e que tenha visto o tratamento resultar no prazo de um ano pode aumentar dez anos para 73, no caso dos homens, e 76, para as mulheres.

Para o principal autor do artigo, Adam Trickey, da universidade britânica de Bristol, isso significa que os tratamentos, acompanhamento médico e prevenção resultam, mas afirmou que são "precisos mais esforços para que a esperança de vida seja plenamente equiparada à da população em geral.

Os investigadores consideram que este resultado se deve a terapia antirretroviral menos tóxica, com mais escolha de medicamentos para o caso de haver resistência do vírus, e controlo de doenças associadas, como as cardíacas e o cancro.

"A terapia antirretroviral combinada é usada há 20 anos para tratar o HIV, mas medicamentos mais recentes têm menos efeitos secundários, envolvem menos comprimidos, previnem melhor a replicação do vírus e é mais difícil o vírus resistir-lhe", afirmou Adam Trickey.

Esta forma de terapia generalizou-se a partir de 1996 e implica usar três ou mais drogas que impedem o vírus HIV de se replicar, para prevenir os estragos no sistema imunitário causados pela infeção.

No estudo foram usados dados sobre 88.504 pessoas com HIV que começaram a ser tratados com medicamentos antirretrovirais entre 1996 e 2010 compilados em 18 outros estudos europeus e norte-americanos.

O número de mortes tem vindo a diminuir desde que a terapia se instituiu como tratamento principal aplicado logo a seguir ao diagnóstico positivo.

Estudo
Um estudo recente concluiu que ratos que ingeriram canela apresentaram menos gordura abdominal e menos açúcar no sangue 12...

A canela diminui o risco cardiovascular de uma dieta rica em gordura, ativando moléculas antioxidantes e anti-inflamatórias, de acordo com um novo estudo conduzido em ratos de laboratório e divulgado no sábado pela Associação Americana do Coração (AAC).

No estudo preliminar, segundo o Sapo, investigadores alimentaram ratos durante 12 semanas com uma dieta rica em gordura acompanhada de suplementos de canela.

No final das 12 semanas, os cientistas observaram que os ratos pesavam menos, tinham menos gordura abdominal e níveis mais saudáveis de açúcar, insulina e gordura no sangue, em comparação com o outro grupo de ratos que não ingeriu a canela mas que manteve a dieta gorda.

Segundo a análise, a canela ativa moléculas antioxidantes e anti-inflamatórias e ajuda a combater o armazenamento de gordura para além de proteger o organismo dos danos do stress.

Será que nos seres humanos esta especiaria tem as mesmas potencialidades?

OE2018
O PAN desafiou o Governo a reforçar o número de psicólogos na Educação e no Serviço Nacional de Saúde, no âmbito do Orçamento...

"Senhor primeiro-ministro, o PAN apresentou propostas no Orçamento do Estado para 2017 para o urgente reforço de psicólogos, mas não fomos acompanhados. Questionamos se o Governo está disponível para se voltar a sentar com o PAN no âmbito do próximo orçamento e caminhar para um reforço dos psicólogos na Educação e no Serviço Nacional de Saúde, bem como para melhorar a sua integração efetiva e não precária", questionou o deputado único do partido, André Silva, no debate quinzenal de ontem.

Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa foi perentório: "estamos obviamente disponíveis para nos sentarmos com o PAN para trabalharmos sobre esta matéria no próximo Orçamento do Estado".

O primeiro-ministro ressalvou que, para este ano, só se pode "despender aquilo que consta do Orçamento do Estado".

"O objetivo que temos, adianto-lhe, é que gostaríamos de ter pelo menos um psicólogo por cada agrupamento de centros de saúde e podermos ter mais e com maior estabilidade psicólogos no conjunto dos agrupamentos escolares, de forma a podermos ter um acompanhamento mais precoce da população com necessidades de acompanhamento na área da saúde mental", antecipou, manifestando disponibilidade para "trabalhar para isso tendo em vista o Orçamento de 2018".

André Silva tinha começado por sublinhar que, "pela primeira vez desde 2009, Portugal teve uma taxa de desemprego abaixo dos 10%".

"Positivo, sem dúvida, mas inconclusivo pois estes números escondem uma realidade sombria para muitas profissões. Gostaríamos de focar-nos hoje nos profissionais de psicologia, uma classe com 18% de desempregados", disse.

André Silva lamentou que apenas existam 598 psicólogos no Serviço Nacional de Saúde para um universo de 10 milhões de utentes, sendo Portugal "o terceiro país do mundo com a taxa mais alta de pessoas com perturbações psicológicas".

"Segundo a Ordem dos Psicólogos, a contratação de cerca de 400 psicólogos para o Serviço Nacional de Saúde custaria 24 milhões, mas pouparia ao Estado, em medicamentos comparticipados, internamentos hospitalares e baixas médicas, 123 milhões de euros", comparou.

O deputado único do PAN alertou ainda para o facto de os profissionais que estão empregados viverem "numa enorme precariedade, inclusive dentro do Estado".

"Por exemplo, dos 750 psicólogos ao serviço do Ministério da Educação, cerca de 450 são contratados anualmente ao abrigo da alínea para ‘necessidades temporárias', ou seja, o país não investe na continuidade destes serviços, não investe nestes profissionais", criticou.

Estudo
Um novo estudo publicado no “The Journal of the American Osteopathic Association” salienta que a falta de vitamina D é agravada...

Quase mil milhões de pessoas sofrem de deficiência de vitamina D, segundo um estudo conduzido pela Universidade Touro, no estado do Nevada, nos Estados Unidos.

Kim Pfotenhauer, cientista e co-autora da investigação, diz que "as pessoas passam cada vez menos tempo na rua e, quando saem, usam protetor que anula a capacidade de produzir vitamina D", escreve o Sapo.

"Embora queiramos que as pessoas se protejam contra o cancro da pele, existem níveis saudáveis, moderados de exposição solar não protegida, que podem ajudar imenso a aumentar a vitamina D", acrescenta a investigadora numa nota da referida universidade.

Algumas doenças crónicas como a diabetes de tipo 2, a doença de Crohn e a doença celíaca impossibilitam o organismo de sintetizar vitamina D a partir da alimentação.

No entanto, a vitamina D é essencialmente produzida pela pele quando exposta ao sol e é essencial a vários processos do corpo humano.

Alerta da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo
Segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), 20 minutos de sol por dia bastam para repor as necessidades diárias de vitamina D.

"É um erro grosseiro julgar que estando mais tempo expostos ao sol vamos ter mais produção de vitamina D (…) e é errado aconselhar a população a expor-se mais ao sol, de forma desmesurada, pois vai é aumentar o risco de cancro de pele", alerta o médico Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC.

Estudo
Investigadores da Universidade de Bona, na Alemanha, descobriram que a canábis atrasa o processo de envelhecimento do cérebro e...

Cientistas do Instituto de Psiquiatria Molecular da Universidade de Bona, na Alemanha, descobriram que uma pequena dose do principal componente ativo da canábis, o THC (tetraidocanabinol), melhora o desempenho cerebral, segundo um estudo publicado agora na revista Nature Medicine.

É mais um ponto a favor da cannabis sativa, escreve o Sapo, uma planta até há pouco tempo era marginalizada, mas que já é vendida em farmácias em alguns países do mundo.

Andreas Zimmer, diretor do Instituto de Psiquiatria Molecular de Bona, acredita que os resultados obtidos em ratos de laboratório sejam aplicáveis aos seres humanos pela semelhança das estruturas cerebrais de ambas as espécies.

Dessa forma, os cientistas pretendem agora avançar para uma nova fase de investigação para perceber se o THC pode influenciar positivamente o funcionamento do cérebro em pessoas com demência.

Em laboratório, os cientistas mostraram que, antes da administração de canábis, as cobaias idosas tinham dificuldade em reconhecer companheiros da mesma espécie, reagindo com agressividade e confusão, descreve Andreas Zimmer à radiotelevisão alemã Deutsche Welle.

No entanto, os ratos jovens com melhor memória reagiam de forma relaxada perante a presença de animais da sua espécie.

Após a administração do THC, os ratos velhos passaram a agir da mesma forma na presença de um animal conhecido.

Comissão Parlamentar de Saúde
O grupo de trabalho sobre tabaco, da comissão parlamentar de Saúde, votou ontem a proposta do Governo de alterações à lei do...

As votações são apenas indiciárias, sendo as propostas de alteração à proposta do Governo votadas na Comissão Parlamentar de Saúde, provavelmente na próxima semana.

A proposta governamental tem duas alterações fundamentais à atual lei. Uma a equiparar os novos produtos de tabaco aos cigarros tradicionais, nomeadamente em termos de restrições de locais de consumo, e outra a proibir que se fume em locais ao ar livre perto de escolas ou hospitais (menos de cinco metros).

Os deputados do grupo de trabalho votaram contra esta alteração mas a favor da equiparação de novos produtos, algo com que a deputada pelo PS Isabel Moreira discorda profundamente, considerando a aprovação (ainda indiciária) como "um erro trágico para a liberdade e saúde pública, além de inconstitucional".

Referindo-se aos cigarros eletrónicos e ao tabaco aquecido, a deputada salientou que sendo produtos menos prejudiciais não deviam ser equiparados aos cigarros ditos normais, acrescentando que espera uma posição diferente dos deputados em sede de Comissão de Saúde e no plenário da Assembleia da República.

É que, disse após a reunião do grupo, equiparar produtos que são "muito menos prejudiciais" é inconstitucional à luz do princípio da proporcionalidade e uma "restrição da liberdade" porque não há (com os novos produtos) prejuízos para terceiros.

Aprovar a lei assim é "prejudicar a saúde pública que a lei diz que quer salvaguardar" e diabolizar produtos menos nocivos equiparando-os aos mais nocivos.

A proposta de lei do Governo, sobre normas para a proteção dos cidadãos à exposição involuntária ao fumo de tabaco e medidas de redução da procura, revê a lei de 2007 e justifica a equiparação de novos produtos referindo que são utilizados pela indústria como sendo produtos de "risco potencialmente reduzido" mas não são conhecidos, de forma cientificamente comprovada, todos os efeitos que podem resultar do seu consumo continuado.

A proposta altera também as coimas, obrigações de comunicação de aditivos, a publicidade ou rotulagem dos produtos de tabaco. São ao todo alterações em 24 artigos da lei de 2007, entre locais onde é proibido fumar e as exceções, ingredientes do tabaco, medição de emissões, a aparência dos produtos a venda ou a prevenção.

A lei devia ter entrado em vigor em janeiro deste ano mas como só hoje os deputados fizeram as votações indiciárias será proposta em sede de Comissão de Saúde a data de entrada em vigor.

Estudo
Os tumores difíceis de tratar com quimioterapia podem vir a ser atacados com sucesso com um novo tratamento que combina ondas...

As nanopartículas (partículas microscópicas artificiais) podem ser portadoras eficazes de fármacos até ao local exato do tumor através da corrente sanguínea, reduzindo os efeitos secundários tóxicos associados à quimioterapia tradicional e aumentando a eficácia dos tratamentos, refere o estudo realizado por investigadores da Universidade de Turim, Itália, e divulgado na publicação especializada Endocrine-Related Cancer.

No entanto, em alguns cancros, a administração de fármacos pode ser comprometida devido à interrupção do fluxo sanguíneo do tumor.

Para resolver esse problema, os investigadores associaram às nanopartículas ondas de choque extracorporais (ESW na denominação em inglês), ondas sonoras que podem ser concentradas e apontadas com alta precisão, de modo a que as células cancerígenas absorvam facilmente os medicamentos.

As nanopartículas criadas para o novo tratamento, que se encontra em ensaios pré-clínicos, são descritas como "bolhas" que contém os fármacos a libertar com precisão nas células alvo.

Os investigadores testaram o tratamento em ratos com carcinoma anaplásico da tiroide (CAT), um tipo de cancro muito agressivo, raro e difícil de tratar.

O carcinoma anaplásico da tiroide é um dos cancros mais letais. Após o diagnóstico, a taxa média de sobrevivência é de apenas cinco meses.

Até agora, não existe um terapia padrão para o CAT não existe e o único fármaco aprovado, a doxorrubicina (utilizada na quimioterapia), tem efeitos secundários graves e é benéfico em menos de 22% dos casos.

Os investigadores da Universidade de Turim mediram o volume do tumor uma vez por semana durante 21 dias, e verificaram que a doxorrubicina ministrada com o novo tratamento reduziu significativamente o volume tumoral, em comparação com tratamentos tradicionais e tratamentos com recurso a nanopartículas mas sem ondas de choque.

O tratamento combinado resultou também num maior teor de doxorrubicina ministrado diretamente nas células cancerígenas.

Os efeitos secundários mais frequentes do tratamento com doxorrubicina são os danos nos tecidos cardíacos, que foram significativamente menores nos animais tratados com nanopartículas, em relação aos verificados com os tratamentos tradicionais.

"Esta poderia ser uma estratégia viável para o tratamento deste e outros tumores sólidos agressivos em que a quimioterapia padrão permanece como única opção", disse Maria Graziella Catalano, que liderou a equipa de investigadores.

"Dados os resultados promissores deste estudo pré-clínico e a falta de uma terapia padrão para o CAT, o próximo passo será a realização de ensaios clínicos com a esperança de melhorar o tratamento do cancro e qualidade de vida dos pacientes", acrescentou.

Este estudo relatou a primeira vez em que esta terapia combinada foi testada em animais vivos.

Estudo
O Estudo PASSPORT caracterizou as espondiloartrites, como a artrite psoriática (AP) e a espondilite anquilosante (EA) em...

Os doentes com Espondilite Anquilosante (EA) ou Artrite Psoriática (AP) têm o diagnóstico da doença mais de dez anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas. As espondiloartrites, patologias inflamatórias crónicas, afetam 1,6% da população – ou seja, cerca de 160 mil portugueses por cada 100 mil habitantes – sendo que a EA tem uma prevalência de 0,5% (50 mil doentes) e a AP de 0.3% (30 mil doentes). O estudo PAASPORT, uma sub-análise do estudo EpiREumaPt, vem agora confirmar a carga destas doenças em Portugal e o seu impacto significativo na qualidade de vida dos doentes, nos sistemas de saúde e na sociedade.

A Professora Doutora Helena Canhão, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia e co investigadora principal do estudo refere que “os resultados do EpiReumaPt enfatizam e confirmam a carga das espondiloartrites em Portugal, sobretudo no que se refere à pior qualidade de vida dos doentes, aos níveis de reforma antecipada e também ao consumo dos recursos de saúde. Conhecendo melhor esta realidade, é clara a necessidade de aumentar a sensibilização para estas patologias, ajustando as políticas de saúde associadas com a alocação de recursos que permitam uma intervenção mais precoce”.

Tanto a EA como a AP têm um maior impacto na qualidade de vida do doente quando comparadas com outras doenças reumáticas, reportando piores resultados nas dimensões: dor corporal, saúde geral, vitalidade, função social, desempenho emocional e saúde mental. As perturbações psiquiátricas são uma das co morbilidades mais frequentes nestes doentes, 13% dos doentes reportam sintomas de ansiedade/depressão.

A esfera profissional é também muito afetada, apesar da maioria dos doentes se encontrar numa idade com vida profissional ativa, 13% referem ter faltado ao trabalho nos últimos 12 meses. De salientar que os doentes com artrite psoriática reformam-se ainda mais cedo: 11% dos doentes com EA e AP tiveram que se reformar devido à doença e 20% dos doentes com AP tiveram que o fazer antecipadamente.

Os doentes com EA apresentam um maior consumo de recursos de saúde do que os doentes com AP, sendo que 9,4% estiveram hospitalizados nos últimos 12 meses, face a 4,1% dos doentes com AP. Mais doentes com EA necessitaram também de cuidados domiciliários no último ano (3,5%).

Sobre o Estudo PAASPORT

O Estudo PAASPORT é uma sub-análise do estudo EpiReumaPt, desenvolvida com o objetivo de estimar a prevalência de EA e AP em Portugal, assim como para fazer uma caracterização clínica dos doentes portugueses e avaliar o impacto das doenças na sua qualidade de vida. Este estudo foi realizado em parceria com a Novartis.

Grupo de Estudo EpiREumaPt

O Grupo de Estudo EpiReumaPt implementado em 2011, resulta do esforço conjunto da Sociedade Portuguesa de Reumatologia juntamente com a NOVA Medical School, Direção Geral da Saúde e CESOP-UCP. Tem como objetivo desenvolver o primeiro estudo de base populacional de epidemiologia das doenças reumáticas e músculo-esqueléticas. O EpiREumaPt é um estudo transversal da população adulta portuguesa que envolveu mais de 10 mil doentes, entre setembro de 2011 e dezembro de 2013, e que pretendeu estimar a prevalência de 12 doenças reumáticas e músculo-esqueléticas, assim como o seu impacto na capacidade, qualidade de vida, saúde mental e utilização de recursos de saúde. 

 

Estudo
O Estudo PASSPORT caracterizou as espondiloartrites, como a artrite psoriática (AP) e a espondilite anquilosante (EA) em...

Os doentes com Espondilite Anquilosante (EA) ou Artrite Psoriática (AP) têm o diagnóstico da doença mais de dez anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas. As espondiloartrites, patologias inflamatórias crónicas, afetam 1,6% da população – ou seja, cerca de 160 mil portugueses por cada 100 mil habitantes – sendo que a EA tem uma prevalência de 0,5% (50 mil doentes) e a AP de 0.3% (30 mil doentes). O estudo PAASPORT, uma sub-análise do estudo EpiREumaPt, vem agora confirmar a carga destas doenças em Portugal e o seu impacto significativo na qualidade de vida dos doentes, nos sistemas de saúde e na sociedade.

A Professora Doutora Helena Canhão, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia e co investigadora principal do estudo refere que “os resultados do EpiReumaPt enfatizam e confirmam a carga das espondiloartrites em Portugal, sobretudo no que se refere à pior qualidade de vida dos doentes, aos níveis de reforma antecipada e também ao consumo dos recursos de saúde. Conhecendo melhor esta realidade, é clara a necessidade de aumentar a sensibilização para estas patologias, ajustando as políticas de saúde associadas com a alocação de recursos que permitam uma intervenção mais precoce”.

Tanto a EA como a AP têm um maior impacto na qualidade de vida do doente quando comparadas com outras doenças reumáticas, reportando piores resultados nas dimensões: dor corporal, saúde geral, vitalidade, função social, desempenho emocional e saúde mental. As perturbações psiquiátricas são uma das co morbilidades mais frequentes nestes doentes, 13% dos doentes reportam sintomas de ansiedade/depressão.

A esfera profissional é também muito afetada, apesar da maioria dos doentes se encontrar numa idade com vida profissional ativa, 13% referem ter faltado ao trabalho nos últimos 12 meses. De salientar que os doentes com artrite psoriática reformam-se ainda mais cedo: 11% dos doentes com EA e AP tiveram que se reformar devido à doença e 20% dos doentes com AP tiveram que o fazer antecipadamente.

Os doentes com EA apresentam um maior consumo de recursos de saúde do que os doentes com AP, sendo que 9,4% estiveram hospitalizados nos últimos 12 meses, face a 4,1% dos doentes com AP. Mais doentes com EA necessitaram também de cuidados domiciliários no último ano (3,5%).

Sobre o Estudo PAASPORT

O Estudo PAASPORT é uma sub-análise do estudo EpiReumaPt, desenvolvida com o objetivo de estimar a prevalência de EA e AP em Portugal, assim como para fazer uma caracterização clínica dos doentes portugueses e avaliar o impacto das doenças na sua qualidade de vida. Este estudo foi realizado em parceria com a Novartis.

Grupo de Estudo EpiREumaPt

O Grupo de Estudo EpiReumaPt implementado em 2011, resulta do esforço conjunto da Sociedade Portuguesa de Reumatologia juntamente com a NOVA Medical School, Direção Geral da Saúde e CESOP-UCP. Tem como objetivo desenvolver o primeiro estudo de base populacional de epidemiologia das doenças reumáticas e músculo-esqueléticas. O EpiREumaPt é um estudo transversal da população adulta portuguesa que envolveu mais de 10 mil doentes, entre setembro de 2011 e dezembro de 2013, e que pretendeu estimar a prevalência de 12 doenças reumáticas e músculo-esqueléticas, assim como o seu impacto na capacidade, qualidade de vida, saúde mental e utilização de recursos de saúde. 

 

Angola
As autoridades angolanas informaram hoje que o país tem à volta de 19.000 crianças com VIH/Sida, entre um total de cerca de 300...

A informação foi transmitida hoje à imprensa, em Luanda, pela diretora do Instituto Nacional de Luta contra a Sida de Angola, Lúcia Furtado, à margem de um seminário para organizações da sociedade civil em Angola, organizado pela Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (Anaso).

"A prevalência estimada nos últimos anos é de 2,1%, estima-se que cerca de 300.000 pessoas estejam a viver com o VIH entre homens, mulheres e crianças. Nós estimamos que cerca de 19.000 crianças estejam infetadas com VIH a nível do país", adiantou, aludindo nomeadamente a um estudo a grávidas em consulta pré-natal.

Em março, o secretário executivo da Anaso, António Coelho, disse à Lusa que Angola tem cerca de 30.000 crianças infetadas pela doença e que dessas apenas 3.000 estão a ser acompanhadas e fazem terapia, sendo que a epidemia afetou já meio milhão de pessoas. Deste total, apenas 215.000 estarão a ser acompanhadas, mas apenas 78.000 "estão a beneficiar de terapia antirretroviral", de acordo com António Coelho.

Questionada sobre os números da Anaso, Lúcia Furtado, disse desconhecer a fonte utilizada por aquela organização não-governamental, mas admitiu que a instituição pública que dirige ainda trabalha com dados provisórios e estimativas.

"Nós, infelizmente, ainda trabalhamos com estimativa. Temos problemas dos dados e para ter uma estimativa que é calculada graças a um programa, temos que ter os dados reais que são introduzidos nesse programa e aí dá-nos a estimativa", sustentou.

A diretora do Instituto Angolano de Luta contra a Sida informou também que em Angola não há nenhuma rotura de antirretrovirais admitindo no entanto problemas pontuais nas unidades hospitalares, mas sublinhando ser um "problema de gestão a vários níveis" e que já foi identificado.

"Como sabe é uma cadeia de abastecimento, não ficamos felizes por ter antirretrovirais no armazém central quando a população na unidade de saúde as vezes tem falta de um ou outro antirretroviral. Então, estamos a trabalhar sobre isso e já foram identificados alguns constrangimentos de vária ordem e temos estado a trabalhar para que se resolvam ou minimizem esses problemas", explicou.

Em relação as alegadas cobranças de antirretrovirais e da medição da carga viral em algumas unidades hospitalares públicas, também denunciadas recentemente pela Anaso, a responsável disse desconhecer, aguardando que os alegados casos sejam denunciados, tendo em conta que os referidos serviços são de distribuição gratuita.

"São gratuitos e nenhum hospital público ou privado tem o direito de cobrar o que seja para ceder antirretroviral ou medir a carga viral de uma pessoa portadora do VIH. Por isso aguardamos por denúncias fundamentadas, para podermos pôr cobro a situação", rematou.

Ainda de acordo com Lúcia Furtado, Angola pretende alcançar até 2020 a denominada meta 90/90/90, equivalente a 90% de testes na população, 90% de tratamento das pessoas com o vírus e 90% de supervisão viral.

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