Em Santarém
A equipa DiabPT United, da qual fazem parte membros do Núcleo Jovem da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e da...

Com o apoio da Diabetes Str, o torneio tem como objetivo a preparação da equipa DiabPT United para a representação portuguesa no Campeonato Europeu de Futsal para pessoas com Diabetes (DiaEuro 2017). Em campo vão competir quatro equipas: DiabPT United, Cruz de Cristo Futebol Clube, GDB/Serviroad e Grupo de Futebol dos Empregados no Comércio.

Bruno Fuzeiro, treinador da equipa DiabPT United refere: “com este torneio pretendemos mostrar que a diabetes é uma realidade comum e que qualquer pessoa que a tenha pode e deve praticar desporto com regularidade. Estamos muito confiantes para o Campeonato Europeu de Futsal e com grandes expectativas para o resultado deste ano”.

Para Alexandre Silva, responsável pela Diabetes Str: “iniciativas como esta são importantes, não só, para juntar e dinamizar as equipas de Santarém, como também para desmistificar a diabetes e as suas consequências. Temos todos os ingredientes para um dia bem passado e de apoio à equipa que representará o nosso país além fronteiras”.

A DiabPT United irá participar no Campeonato Europeu de Futsal de Pessoas com Diabetes – DiaEuro 2017, a decorrer em Bucareste de 16 a 23 de Julho. Saiba mais informações e acompanhe a equipa em www.facebook.com/diabptunited.

Operação da ASAE
Mais de 300 veículos foram inspecionados e mais de 200 quilos de bivalves foram apreendidos hoje de manhã durante uma operação...

Em declarações, o inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Pedro Portugal Gaspar, adiantou que a operação começou cerca das 06:30 e terá a duração de 24 horas.

“Vai estender-se até às 06:30 do dia seguinte [sexta-feira]. A operação estende-se de Bragança a Faro em mais de 45 pontos e envolve mais de 130 inspetores, o que significa que está na rua grande parte do dispositivo da ASAE”, disse.

Desde as 06:30 de hoje, até cerca das 09:30, foram, segundo Pedro Portugal Gaspar, inspecionados mais de 300 veículos e instaurados meia dúzia de processos de contraordenação.

“Tivemos também uma apreensão acima de 200 quilos de moluscos, bivalves. Aqui está um exemplo de um produto tipicamente com alguma perigosidade”, disse.

De acordo com o responsável, esta operação de controlo de mercadorias visa assegurar a segurança dos produtos sejam eles económicos ou alimentares

“A ASAE tem a responsabilidade de assegurar a segurança dos produtos desde a produção até ao retalho. Nós estamos a inspecionar a sua fase intermédia, ou seja, a do transporte. Claro que estamos a ter mais atenção à parte alimentar porque têm outras condições de exigibilidade e da salvaguarda da segurança alimentar e que merece mais a nossa preocupação”, explicou.

O inspetor-geral adiantou que durante a operação estão Acer verificadas as condições higieno-sanitárias, das temperaturas no transporte de frescos, bem como as guias de transporte.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, exceto...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Beja, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Aveiro, Porto, Funchal e Porto Santo (Madeira), Angra do Heroísmo (Terceira), Horta (Faial) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores).

A exceção vai para Ponta Delgada (ilha de São Miguel, nos Açores, que está em risco ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela até meio da tarde, vento fraco a moderado (10 a 30 km/h) de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, no litoral e nas terras altas e descida de temperatura.

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, aguaceiros, em geral fracos, nas vertentes norte e terras altas, em especial até ao fim da manhã, vento moderado a forte de nordeste, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora e descida de temperatura, em especial da máxima.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos e vento sueste bonançoso na madrugada, tornando-se moderado de sul.

Em Lisboa, as temperaturas vão variar entre 13 e 20 graus celsius, no Porto entre 11 e 19, em Vila Real entre 08 e 19, em Bragança entre 08 e 17, em Viseu entre 06 e 17, na Guarda entre 06 e 15, em Coimbra entre 19 e 11, em Castelo Branco entre 09 e 21, em Santarém entre 12 e 22, Évora entre 10 e 23, em Beja entre 11 e 24, em Faro entre 14 e 26, no Funchal entre 18 e 22, em Ponta Delgada entre 13 e 18, na Horta entre 12 e 18 e em Santa Cruz das Flores entre 14 e 18.

No México
O mexicano Juan Pedro Franco, considerado o homem mais obeso do mundo, saiu hoje do hospital depois de ter feito uma cirurgia...

Juan Pedro Franco, natural de Aguascalientes (no centro do México) e com 32 anos, disse à agência noticiosa Efe que está “contente e motivado por regressar a casa”, depois de se ter submetido, em 09 de maio, a uma cirurgia que o vai ajudar a perder peso.

O médico José António Castañeda, em conferência de imprensa, disse que a recuperação do jovem, que chegou a pesar 595 quilos, é “favorável” e que houve uma evolução surpreendente desde o primeiro dia da cirurgia.

“Teve uma excelente evolução posterior à cirurgia, uma recuperação direita. Não pensámos que a recuperação fosse evoluir tão bem, mas na verdade foi uma surpresa muito agradável para a equipa médica”, acrescentou.

O estômago do mexicano tinha a capacidade de cinco litros e foi reduzido para ficar com o espaço equivalente a um vaso de água (cerca de 25 centilitros).

O médico disse que o homem vai permanecer em Guadalajara com vigilância médica, nutricional e psicológica.

A segunda cirurgia está prevista para novembro, na qual se vai submeter a uma intervenção nos intestinos para que a digestão seja mais rápida e despeje certos tipos de alimentos sem os absorver.

Essa intervenção vai permitir que o homem perca peso, mas só 18 meses depois é que vai conseguir sair da cama e caminhar, porque tem inchaços e duas obstruções linfáticas nas pernas que o impedem de se mover com normalidade e cuja extração é perigosa.

José Castañeda acrescentou que o caso do Juan Pedro é um avanço da medicina, principalmente no México, que ocupa os primeiros lugares mundiais em obesidade e onde as instituições não estão preparadas com pessoas e infraestruturas para atender este tipo de pacientes.

Factores de risco
A doença coronária é uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos, sendo uma típica &
Electrocardiograma a ilustrar os fatores de risco da doença coronária

Calcula-se que a doença coronária é responsável, em média, por 1/3 do total de mortes entre a população dos países industrializados. É uma verdadeira "epidemia" moderna, embora não seja como as antigas pragas de origem infecciosa, visto que é favorecida por uma série de hábitos e costumes próprios desta época como, por exemplo, a alimentação desequilibrada, a obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, o stress...

Quer isto dizer que alguns dos factores de risco associados à doença são modificáveis e dependem única e exclusivamente do comportamento de cada indivíduo no que toca à sua saúde.

A doença coronária consiste na insuficiência das artérias coronárias, os vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração, de proporcionarem ao músculo cardíaco, o miocárdio, os nutrientes e o oxigénio de que este necessita para manter a sua constante actividade.

O depósito de gorduras e de outras substâncias na parede das artérias coronárias leva à formação de placas que estreitam a entrada dos vasos, impedindo a normal circulação sanguínea no seu interior e a correcta irrigação dos tecidos do coração. Trata-se de um processo lento e progressivo, que passa despercebido durante muitos anos, mas que ao atingir um determinado ponto provoca o défice de irrigação do miocárdio, com manifestações típicas e, muitas vezes, com consequências terríveis.

Assim, a doença coronária pode manifestar-se por uma dor torácica passageira, denominada de angina de peito, que resulta de um défice transitório na irrigação do miocárdio, ou por uma situação mais grave, o enfarte do miocárdio, em que o défice de irrigação é mais prolongado, resultando daí a necrose ou morte de células musculares cardíacas da região afectada. Por vezes, as lesões provocadas são de tal maneira graves que delas resulta a morte súbita, a terceira forma mais comum de aparecimento da doença coronária.

Hoje em dia, existem muitos meios disponíveis para tratar e prevenir as nefastas consequências desta grave doença, mas considera-se que a principal arma para a combater é a informação. Ou seja, saber em que consiste, porque se produz, como se manifesta, quando se deve solicitar ajuda médica, de que modo se diagnostica, qual o seu tratamento e, como é óbvio, o que se pode fazer para a evitar.

Factores de risco

Hipertensão arterial

Considera-se hipertensão arterial à pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos. A medição deve ser feita após repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

Colesterol

O colesterol é uma gordura essencial existente no nosso organismo, que tem duas origens: uma parte produzida pelo próprio organismo, em particular o fígado, e outra parte obtida através da alimentação, em particular pela ingestão de produtos animais, como a carne, os ovos, e os produtos lácteos.

O organismo necessita de algum colesterol para produzir as membranas (paredes) celulares, hormonas, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam a digerir os alimentos.

No entanto, o corpo precisa apenas de uma pequena quantidade de colesterol para satisfazer as suas necessidades. Quando o colesterol está em excesso, deposita-se nas paredes arteriais, constituindo as chamadas placas ateroscleróticas que reduzem o calibre dos vasos, dificultando o afluxo de sangue aos órgãos e tecidos do organismo.

Quando o sangue oxigenado não chega em quantidade suficiente ao músculo cardíaco pode ocorrer uma dor no peito, a chamada angina, já referida, e se a obstrução da artéria coronária for completa pode desencadear-se um enfarte do miocárdio, com a morte de parte do miocárdio.

Do colesterol que circula no sangue e que está ligado a uma proteína (a este conjunto colesterol-proteína é conhecido por lipoproteína) existem três tipos: as lipoproteínas altas, baixas ou muito baixas, em função da respectiva proporção de proteína e gordura de cada uma e que determina a sua densidade.

Assim, as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) são vulgarmente conhecidas como "mau"colesterol, por ser aquele que se deposita na parede das artérias, provocando aterosclerose. Quanto mais altas forem as LDL no sangue, maior é o risco de doença cardiovascular; As lipoproteínas de alta densidade (HDL) também conhecidas por colesterol "bom", que tem como papel a limpeza das artérias, pelo que quanto mais altas forem menor risco há de surgir doença cardiovascular; Por fim, as lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) são semelhantes às LDL, mas contendo mais gordura e menos proteínas.

As sociedades científicas europeias recomendam como valores normais um colesterol inferior a 190 mg/dl, quando se trata da população em geral. No caso dos doentes com doença coronária, ou outra doença aterosclerótica (acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, etc.), diabetes ou insuficiência renal recomendam-se valores de colesterol inferiores a 175 mg/dl. Já para o colesterol das LDL os valores recomendados são respectivamente inferiores a 115 mg/dl para a população em geral e a 100 mg/dl nos doentes de alto risco.

Tabagismo, alimentação inadequada e sedentarismo

A falta de actividade física em conjunto com uma alimentação rica em gorduras e super calórica está associada ao desenvolvimento da doença coronária. Esta associação pode provocar um processo de regressão funcional, perda de flexibilidade articular além de comprometer o funcionamento de vários órgãos e provocar diabetes, hipertensão arterial, colesterol, todos factores de risco da doença coronária.

Assim, uma alimentação saudável, a prática de actividade física diariamente, o controlo do peso, bem como não fumar são a base indispensável para termos um coração saudável e uma vida longa e com qualidade.

A atitude mais sensata é sem dúvida a alteração do estilo de vida, tanto a nível alimentar como a nível comportamental.

Diabetes

A diabetes é uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glucose) no sangue. À quantidade de glucose no sangue, chama-se glicemia. Ao aumento da glicemia, chama-se: hiperglicemia.

A diabetes é uma situação muito frequente na nossa sociedade e a sua frequência aumenta muito com a idade, atingindo os 2 sexos. Em Portugal, calcula-se que existam entre 400 a 500 mil pessoas com Diabetes.

A diabetes é uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo nosso organismo da nossa principal fonte de energia – a glucose. Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glucose no nosso aparelho digestivo. Ela resulta da digestão e transformação dos amidos e dos açúcares da nossa alimentação. Depois de absorvida, entra na circulação sanguínea e está disponível para as células a utilizarem.

Para que a glucose possa ser utilizada como fonte de energia, é necessária a insulina. A insulina é fundamental para a vida. A sua falta ou a insuficiência da sua acção leva a alterações muito importantes no aproveitamento dos açúcares, das gorduras e das proteínas que são a base de toda a nossa alimentação e constituem as fontes de energia do nosso organismo.

A diabetes desenvolve-se quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou as células dos músculos, fígado e de gordura não usam adequadamente a insulina. Como resultado, a quantidade de glicose no sangue aumenta, enquanto as células são privadas de energia.

Com o passar do tempo, os níveis altos de glicose no sangue danificam os nervos e vasos sanguíneos, levando a complicações como a doença coronária ou o acidente vascular cerebral. A diabetes não controlada leva a outros problemas de saúde como, perda da visão, insuficiência renal e amputações.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Estudo
Uma pesquisa desenvolvida por investigadores italianos mostra que um novo tipo de balão gástrico, que pode ser introduzido no...

Esta investigação, conduzida por Roberta Ienca, da Universidade La Sapienza, de Roma (Itália), é um dos projetos apresentados durante o 24º. Congresso Europeu sobre a Obesidade (ECO), organizado pela Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, a decorrer entre quarta-feira e sábado, na Alfândega do Porto.

De acordo com um comunicado da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, os balões intragástricos (IGBs), "têm sido usados como dispositivos de perda de peso há décadas".

"O seu mecanismo de ação é multifatorial, o que facilita a adesão a uma dieta de baixas calorias, induzindo à sensação de saciedade", acrescenta a nota informativa da associação europeia segundo a qual, os procedimentos para introdução do balão, até à data, exigiam recurso a endoscopia e a anestesia, resultando numa taxa de adoção "baixa" e num "alto custo", acrescenta a nota informativa.

Neste estudo, os autores avaliaram a eficácia e a segurança de um novo tipo de balão gástrico - balão de Elipse - que não necessita de endoscopia ou anestesia e é otimizado para reduzir o risco e o desconforto.

Para obtenção dos resultados, foram introduzidos balões Elipse em 42 pacientes (29 homens e 13 mulheres) obesos, com idade média de 46 anos, peso médio de 110 quilogramas e índice de massa corporal (IMC) médio de 39 quilos por metro quadrado, por um período de 16 semanas.

Os pacientes foram também submetidos a uma dieta cetogénica (rica em lípidos, com baixo teor de hidratos de carbono e quantidades moderadas de proteínas), designada por VLCKD, ingerindo cerca de 700 quilocalorias por dia no último mês de terapia, de forma a aumentar a perda de peso e a maximizar os resultados e a satisfação do doente.

De acordo com o comunicado, o balão é engolido e em seguida preenchido com 550 mililitros de líquido, permanecendo no estômago por 16 semanas, período após o qual se abre espontaneamente, esvaziando-se e sendo excretado do organismo.

Assim que o balão é excretado, os pacientes passam para uma dieta mediterrânica, com o intuito de manterem o peso.

Os resultados mostram que, após as 16 semanas, a perda média de peso foi de 15,2 quilos (31%) e a redução média de IMC foi de 4,9 quilos por metro quadrado.

"Não foram registados efeitos adversos graves" durante o tratamento, acrescenta a associação, indicando ainda que as náuseas, os vómitos e a dor abdominal sentidas pelos pacientes em determinados momentos foram resolvidos com medicação.

As conclusões indicam ainda que foram observadas reduções significativas na diabetes, na hipertensão arterial, no colesterol elevado e na síndrome metabólica.

De acordo com Roberta Ienca, referida no comunicado, o balão Elipse parece ser um método seguro e eficaz de perda de peso, auxiliado pela introdução de uma dieta como a VLCKD.

Por não ser necessário recorrer a endoscopia, cirurgia ou anestesia para a sua introdução, o balão Elipse torna-se "adequado para um maior número de pacientes obesos que não respondem a dietas, tratamentos ou a estilos de vida saudáveis".

Este método pode ser utilizado por uma variedade de médicos, que atualmente "não têm acesso ou não são qualificados para proceder a endoscopia ou manuseamento de dispositivos cirúrgicos" para perda de peso, acrescentou a especialista.

Para além disso, a ausência de endoscopia e de anestesia para colocação e remoção do balão pode levar a uma "significativa redução de custos", concluiu Roberta Ienca.

Estudo
Uma pesquisa desenvolvida por cientistas chineses publicada pela revista "Nature" sugere que uma mutação ocorrida...

O estudo, liderado por cientistas da Universidade Tsinghua, apontou que uma proteína não-estrutural 1 (NS1), que é responsável por facilitar a contaminação dos mosquitos aedes aegypti por flavivírus (família de vírus que inclui o zika), teria sofrido uma mutação que acarretou no aumentou da presença do vírus no mosquito que transmite a doença.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas desenvolveram experiências em ratos que foram picados por mosquitos com cargas virais de diferentes linhagens do vírus zika.

Eles descobriram que naqueles em que o flavivírus possuía a proteína NS1 modificada, de linhagem asiática, a permanência de infecção foi substancialmente maior.

O vírus zika assuntou o mundo em 2015, quando a proliferação dos casos na América Latina levou pesquisadores a detectarem que ele causa várias complicações neurológicas, como síndrome de Guillain-Barré em adultos e microcefalia em recém-nascidos.

Relatório OMS
Catorze em cada 100.000 europeus suicidaram-se em 2015, a taxa mais elevada do mundo, indica um relatório da Organização...

A região do mediterrâneo oriental é a que regista a mais baixa taxa de suicídio no mundo, 3,8 suicídios por cada 100.000 pessoas.

No relatório anual estatístico da saúde no mundo, a organização das Nações Unidas traça a situação em mais de duas dezenas de áreas e aponta metas para 2030, algumas difíceis de atingir, como a redução da mortalidade materna para 70 casos por cada 100.000 nados vivos.

Em 2015, diz-se no documento, morreram por dia cerca de 830 mulheres devido a complicações da gravidez ou do parto.

Também na mortalidade à nascença e até aos cinco anos, e apesar das reduções dos últimos anos, há um longo caminho a percorrer, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Outra das metas para 2030 é acabar com as epidemias da Sida, tuberculose (Portugal é dos países da Europa com mais casos), malária e outras doenças tropicais e combater a hepatite, as doenças provocadas pela água e outras doenças transmissíveis.

Em 2015 terão sido infetadas pela Sida 2,1 milhões de pessoas, 35% menos do que em 2000 (3,2 milhões). Também em 2015, cerca de 60% da população em risco tinha acesso a uma rede mosquiteira tratada com inseticida (evita a picada do mosquito que transmite a malária), contra 34% em 2010.

A probabilidade de um adulto (entre 30 e 70 anos) morrer de diabetes, cancro, doença cardiovascular e doença pulmonar crónica baixou 17% desde 2000 mas segundo a OMS a morte por doenças não transmissíveis está a aumentar devido ao crescimento populacional e envelhecimento.

Na meta da OMS de reduzir para metade até 2020 o número de mortes e feridos por acidentes rodoviários a situação também não é favorável. Segundo os dados estatísticos hoje divulgados morreram em 2013 cerca de 1,25 milhões de pessoas devido a acidentes de viação, um aumento de 13% em relação a 2000.

Em relação a outros indicadores são melhores as expectativas. De acordo com o relatório, 49% das pessoas com tuberculose são hoje detetadas e tratadas, contra 23% em 2000, e 86% das crianças recebem três doses de vacina conta a difteria, tétano e tosse convulsa, contra 72% em 2000.

E outro dado ainda, sem comparação mas com números que falam por si: em 2012 a poluição atmosférica causou cerca de 6,5 milhões de mortes no mundo, 11,6% de todas as mortes.

Organização Mundial de Saúde
A obesidade mórbida vai afetar 9% das mulheres em todo mundo até 2025 disse no Porto o representante da Organização Mundial de...

"A alimentação e a falta de exercício físico, mais do que uma bactéria, contribuem para que a obesidade seja uma doença", alertou João Breda no 24.º Congresso Europeu de Obesidade, que decorre até sábado.

Centrando-se nas mulheres, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse serem elas "as mais estigmatizadas" devido ao peso excessivo.

Num painel subordinado ao tema "A obesidade enquanto doença", Karin Schindler, professora na Universidade de Viena, Áustria, falou sobre "Os desafios da definição da obesidade", partilhando a sua experiência enquanto docente.

Considerando que "20% das pessoas com peso acima da média têm associados problemas de saúde", Karin Schindler questionou se a definição de obesidade deve ser transversal ao longo da vida do ser humano.

"A massa gorda muda ao longo da nossa vida, tal como do homem para a mulher", sublinhou a académica austríaca, referindo que os asiáticos "têm maior percentagem de massa gorda que os caucasianos da mesma idade, sexo e massa corporal".

Infecção fúngica
A caspa é provavelmente um dos problemas dermatológicos mais antigos que afecta as pessoas e o mais
Homem com casaco sujo de caspa

O que é a caspa?

A caspa é um estado de descamação do couro cabeludo que ocorre como consequência de uma reprodução anormalmente acelerada das células do couro cabeludo. Pode ser seca ou oleosa, dependendo do tipo de pele do couro cabeludo. Ou seja, pode surgir como uma fina descamação, que facilmente cai sobre os ombros, até à formação de grandes crostas no couro cabeludo e tendem a permanecer coladas à cabeça, em forma de placas.

Porque aparece a caspa?

Apesar de muitas vezes se relacionar este problema com questões higiénicas, a caspa é na verdade uma situação médica provocada por uma sobre-abundância de um organismo (fungo) que existe normalmente no couro cabeludo – mesmo no couro cabeludo das pessoas que não sofrem de caspa. É portanto, uma manifestação da existência desse fungo – o Pityrosporum ovale.

Assim, a caspa ocorre quando esse fungo inofensivo (que vive na nossa pele) se multiplica no couro cabeludo, causando uma irritação que acelera a renovação celular nesta região. Isto é, perturbado o couro cabeludo produz demasiadas células que não têm tempo suficiente para receber os nutrientes essenciais, perdem coesão e desprendem-se, à superfície. Trata-se de um processo crónico, ou seja, não tem cura e, habitualmente, ocorre em surtos recorrentes.

Apesar do carácter crónico deste problema existem períodos de melhoria relacionados com a evicção de alguns factores que pioram esta condição, como sejam a ingestão de alimentos ricos em gordura e bebidas alcoólicas. Também a fadiga, o stress, as alterações hormonais, a poluição e lavar o cabelo com água muito quente favorecem o aparecimento da caspa.

Em consequência, para além do incómodo evidente da proliferação de escamas brancas, a caspa enfraquece os fios do cabelo, podendo acelerar o seu ciclo de vida vs queda.

Contudo, o aparecimento de caspa pode ser reduzido através de um cuidado adequado do cabelo. Algumas pessoas, inadequadamente, evitam lavar o cabelo, acreditando que o efeito de secagem dos champôs poderá exacerbar o problema. No entanto, se lavar regularmente o cabelo, a caspa é efectivamente removida antes de formar escamas maiores e mais visíveis. Infelizmente, um dos aspectos embaraçosos da caspa é que, mesmo que o cabelo seja lavado cuidadosamente com um champô normal, não desaparece completamente e, logo ao fim de alguns dias, reaparece.

Não existe, portanto, medicação que acabe definitivamente com a caspa mas os sintomas podem ser controlados. O tratamento geralmente é feito com terapêutica de uso local na forma de sabonetes, champô ou loções capilares. A administração oral de anti fúngicos deve ser feita apenas por um especialista.

Uma série de substâncias cosméticas, como o piritionato de zinco, demonstrou eficácia na eliminação (ainda que temporária) do fungo causador da caspa, tendo por isso passado a fazer parte dos champôs anti-caspa específicos.

Conselhos para evitar a caspa

- Use um champô anti caspa, alternando com uma fórmula neutra de uso diário. Procure os seguintes ingredientes: sulfureto de selénio, piridintionato de zinco, cetaconazol (antifúngicos) e ácido salicílico (remove a pele morta);
- Ensaboe duas vezes. A primeira aplicação, remove as escamas soltas e a gordura. A segunda (deixe actuar uns minutos) é a que penetra nas células e trata;
- Não passe muitos dias sem lavar o cabelo: a sujidade contribui para a descamação do couro cabeludo. Se necessário, lave diariamente;
- Consulte um dermatologista para administração de uma terapêutica personalizada: para além do tratamento tópico (champô, pomada...), pode incluir a prescrição de anti fúngicos orais.

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Seborreia

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Organização Mundial de Saúde
Quase metade das mortes no mundo estão atualmente registadas com o motivo do óbito, mostram os últimos dados estatísticos da...

Indica a Organização Mundial de Saúde (OMS) que dos 56 milhões de mortos em 2015 em todo o mundo, 27 milhões foram registados com uma causa de morte. Em 2005 apenas um terço das mortes teve uma causa de morte registada.

A organização das Nações Unidas destaca os “avanços significativos” de alguns países no sentido de registar as causas de morte, incluindo a China, a Turquia ou o Irão, onde 90% das mortes são hoje registadas com informação pormenorizada sobre a causa de morte, contra 5% em 1999.

A OMS destaca no documento que informações incompletas ou incorretas sobre o que levou à morte também reduzem a utilidade dos dados para compreender as tendências de saúde pública, planear medidas para melhorar a saúde das pessoas e avaliar o funcionamento das políticas no setor.

“Se os países não sabem o que leva as pessoas a ficarem doentes e a morrer é difícil saber o que se pode fazer a esse respeito”, disse Marie-Paule Kieny, subdiretora da OMS para o sistema de saúde e inovação.

As estatísticas anuais da OMS são uma das principais publicações da organização e juntam dados de 194 países em 21 temas relacionados com a saúde.

E embora a qualidade dos dados sobre a saúde tenham melhorado, muitos países ainda não recolhem de forma sistemática dados de qualidade, para que se monitorizem os indicadores relacionais com a saúde.

O relatório mostra também que desde o ano 2000 houve progressos no sentido da cobertura universal de saúde, nomeadamente na área do tratamento da sida e da prevenção da malária.

“Também foram observados aumentos contínuos no acesso a cuidados de saúde pré-natais e no saneamento, enquanto os ganhos na vacinação infantil registados entre 2000 e 2010 desceram ligeiramente entre 2010 e 2015”, diz a OMS.

Os dados mostram que em 117 países uma média de 9,3% das pessoas gastam mais de 10% do orçamento familiar em cuidados de saúde.

Medida da Cidade do México
O Departamento de Estado americano vai restringir a sua ajuda internacional para organizações que realizem abortos, ou discutam...

A estratégia, conhecida como Medida da Cidade do México, tem sido usada pelos presidentes republicanos para fazer cumprir a sua agenda conservadora, desde Ronald Reagan nos anos 1980, mas será agora amplamente expandida.

No mandato de George W. Bush, por exemplo, esses cortes apenas atingiram organizações que recebiam fundos do Departamento de Estado e da Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para o planeamento familiar, no valor de 575 milhões de dólares, mas agora serão alargados a todo o financiamento americano.

Segundo uma sondagem realizada em fevereiro, 83% dos americanos desaprovam o financiamento de abortos realizados no estrangeiro, mas as implicações da iniciativa foram amplamente criticadas.

Os detratores da medida, que foi batizada "Protecting Life in Global Health Assistance", dizem que vai afetar instituições que fornecem serviços como cuidados infantis, vacinação, combate à malária e tratamento e prevenção do vírus do HIV.

"As consequências serão catastróficas. Os países em desenvolvimento passaram a última década a melhorar os seus sistemas de saúde para que os pacientes possam ter todos os serviços num mesmo espaço. Isso significa que as organizações vão ter de escolher entre abandonar utentes que precisem de serviços de aborto ou perder o financiamento para lutar contra a tuberculose, malária e outros", escreveu o The Washington Post no seu editorial de quarta-feira.

O jornal cita ainda estudos que mostram como, durante os anos da Presidência Bush em que a medida esteve ativa pela última vez, os países afetados registaram mais gravidezes indesejadas e mais abortos, não o contrário.

Quanto aos seus apoiantes, a validade da medida está relacionada com os valores que os EUA representam.

"Isto não significa cortar financiamento ou serviços. É sobretudo dizer que vamos associar-nos a organizações que partilham os nossos valores comuns", disse uma responsável da Fundação DeVos, Melanie Israel.

Segundo um porta-voz do Departamento de Estado, "esta mudança não terá qualquer impacto no total gasto pelo governo americano para financiar programas de saúde em todo o mundo", representando apenas uma transferência de fundos.

"Os EUA continuam fortemente comprometidos na ajuda a programas de saúde em todo o mundo", disse o responsável.

Segundo o mesmo porta-voz, a regra será aplicada imediatamente para novos projetos e "gradualmente" para organizações que já tiveram o seu financiamento aprovado no passado.

Dos 64 países que recebem ajuda dos EUA para cuidados de saúde, 37 têm legislação que permite a interrupção voluntária da gravidez.

Universidade de Coimbra
Uma investigadora da Universidade de Coimbra defendeu a realização de estudos para que um composto usado na descontaminação de...

A hidroxiquinolina e substâncias derivadas, enquanto “agentes versáteis que complexam com uma grande variedade de catiões”, já são aplicadas no tratamento de doenças neurodegenerativas, mas “poderão igualmente, no futuro, ser usadas na desintoxicação in vivo”, afirmou Maria Luísa Ramos.

“Tenho esperança nessa possibilidade”, declarou a investigadora do Departamento de Química da Universidade de Coimbra (UC), ao preconizar que os testes com esse objetivo deverão avançar de acordo com os critérios legais que vigoram em Portugal.

Luísa Ramos falava a propósito de uma palestra, intitulada “Urânio, aplicações, toxicidade e remediação”, que apresentou, ontem, na Biblioteca da Química e da Física da Universidade de Coimbra.

Aquele composto químico já tem aplicações no ”transporte de eletrões e emissão de luz em materiais avançados”, e como “complexante de radionuclídeos em medicina nuclear”, além de aplicações biomédicas e no “tratamento de estados de demência”, realçou.

A substância é aplicada na despoluição de águas residuais contaminadas com urânio, incluindo nos complexos mineiros desativados, nas zonas graníticas de Portugal (Norte, Centro e Alentejo), “mas pode vir a ser usada in vivo como medicamento”, admitiu a investigadora.

Maria Luísa Ramos é uma das autoras de um artigo sobre o mesmo assunto que vai ser publicado, nos próximos meses, na “Dalton Transactions”, revista britânica da Royal Society of Chemistry especializada em temas de química inorgânica.

O trabalho é também assinado pelos docentes e investigadores Licínia Justino, Rui Barata, Telma Costa, Bernardo Albuquerque Nogueira, Rui Fausto e Hugh Douglas.

Governo reconhece
A secretária de Estado da Segurança Social reconheceu hoje ser difícil dar resposta a todas as situações sociais sinalizadas...

Cláudia Joaquim respondia desta forma a uma questão levantada na Comissão de Trabalho e Segurança Social pela deputada social-democrata Joana Barata Lopes sobre os idosos que permanecem nos hospitais depois de terem alta hospitalar por falta de respostas.

Citando uma reportagem recente da TSF, Joana Barata Lopes confrontou o ministro do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social com a afirmação "mais depressa morre um idoso do que a Segurança Social paga um lar".

A resposta foi dada pela secretária de Estado da Segurança Social, que começou por lembrar que é "uma situação que já vem do passado".

"É uma situação que é acompanhada e sinalizada junto do Instituto da Segurança Social, que avalia caso a caso" e dá resposta aos casos em que se verifica que se tratam mesmo de situações sociais, disse Cláudia Joaquim.

A governante explicou que há casos sinalizados como situações sociais, mas que não são, dando como exemplo pessoas que têm famílias e rendimentos.

Há também situações que são sinalizadas como casos sociais, mas que têm associados problemas clínicos, nomeadamente de saúde mental, adiantou.

A este propósito, Cláudia Joaquim lamentou que não tenham sido criadas respostas de saúde mental a nível dos cuidados continuados pelo anterior Governo.

"Se não são criadas respostas não há possibilidade de cobrir todas as necessidades, apesar do esforço que tem sido feito" pelo Governo, como o alargamento da Rede Nacional de Cuidados Continuado e a criação de lugares de saúde mental nos cuidados continuados.

Em 2016 foram criadas cerca de 600 camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrado e cerca de 300 este ano na área da saúde mental.

Ordem dos Nutricionistas
Os dados hoje tornados públicos do relatório da Organização Mundial da Saúde sobre a prevalência de obesidade nos adolescentes...

Tal como a Ordem dos Nutricionistas tem recorrentemente reivindicado junto do Ministério da Saúde, há ainda em Portugal um défice significativo de recursos alocados à prevenção da obesidade, como é facilmente constatável pelo facto do Serviço Nacional de Saúde dispor de menos de metade do número mínimo de nutricionistas necessários para a dimensão da população portuguesa.

O Serviço Nacional de Saúde deveria ter nos seus quadros 919 nutricionistas, os profissionais habilitados para o tratamento e prevenção da obesidade, quando na verdade apenas 416 destes profissionais (45% do número mínimo desejável) encontram-se ao serviço da população em hospitais e centros de saúde. A aposta na prevenção tem sido parca, nomeadamente no que respeita ao incremento de nutricionistas nos Cuidados de Saúde Primários, nos quais apenas existe 1/5 do número de nutricionistas para garantir as necessidades da população.

Também a escola desempenha um papel preponderante na adoção de hábitos saudáveis das crianças e adolescentes, por isso a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas tem demostrado a importância da integração do nutricionista nestes locais, por forma a promover a alimentação saudável.

Alexandra Bento recorda que em Portugal “está a faltar uma verdadeira política alimentar e nutricional que contemple, nomeadamente a educação alimentar focada para grupos específicos, uma política de preços que promova os alimentos mais saudáveis e medidas de apoio à população mais desfavorecida”. 

Estudo
Uma equipa internacional na qual participam investigadoras portuguesas está a desenvolver novos produtos com base em cereais...

Estas patologias são "as principais causas de morte a nível mundial", disse a investigadora da Universidade Católica do Porto, Elisabete Pinto, acrescentando que esta necessidade de aumentar o consumo de fibra "é comum às populações europeias e africanas", ambas estudadas neste projeto.

Designado "Fibre-Pro", pretende "avaliar a inadequação no consumo de fibra nos países africanos", verificar a mesma informação "relativa aos países europeus envolvidos" e "desenvolver produtos que suprimam" esta situação, melhorando assim "os índices nutricionais da população" e "fortalecendo a economia local", explicou a especialista.

A investigação, que conta com quatro elementos da Católica do Porto, e resulta de uma parceria entre Portugal, Finlândia, Burkina Faso e Quénia, visa criar novos produtos, à base de cereais indígenas africanos, utilizando processos de fermentação que mimetizem os seus processos tradicionais.

"Pelo facto de estes cereais serem isentos de glúten", os produtos que deles derivam "constituem uma alternativa alimentar para indivíduos intolerantes" a esta substância, referiu.

De acordo com Elisabete Pinto, a inovação do projeto reside na elaboração de produtos a partir de cereais indígenas africanos, cuja sua fermentação "é um verdadeiro desafio tecnológico".

Por outro lado, como são usados cereais integrais, "as suas características organolépticas (sabor e textura, por exemplo) nem sempre são as melhores", razões que levam a que a equipa faça várias tentativas para encontrar os "melhores produtos", "diferentes do ponto de vista sensorial".

Dessa sinergia, segunda indica, surge, para o mercado europeu, a possibilidade de ter disponível produtos que constituem novas experiências sensoriais, enquanto para o mercado africano, consegue-se criar produtos usando as suas próprias matérias-primas.

Um exemplo concreto de implementação destes produtos são as parcerias criadas com empresas que comercializam e transformam cereais no Quénia, às quais está a ser passado 'know-how' (conhecimento), "para que rapidamente possa haver transferência do conhecimento científico para o mercado", indicou ainda.

O Fibre-Pro é uma das investigações com parceiros portugueses financiadas no âmbito do ERAFRICA,uma rede ERA-Net financiada ao abrigo do 7º Programa Quadro e Desenvolvimento Tecnológico da União Europeia, que visava a colaboração conjunta Europa - África em Ciência e Tecnologia.

No projeto, que termina no final do ano, participam também investigadores da Universidade de Helsínquia, da Universidade de Nairobi e do 'Institut de Recherche en Sciences Appliquées et Techonologies' de Ouagadougou, no Burkina Faso.

Este é um dos projetos que será apresentado durante as III Jornadas Universidade-Empresa, evento que decorre na sexta-feira, organizado pela Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica Portuguesa - Porto, com o intuito de dar a conhecer a investigação que tem sido desenvolvida na área da Biotecnologia.

“A equidade é a única forma de olharmos para o futuro”
A Associação Portuguesa de Neuromusculares assinala este ano 25 anos de atividade, em prol dos portadores de doença...

“De um desejo, a uma realidade com 25 anos”, é assim que Joaquim Brites, presidente da Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN), descreve a história desta associação que muito tem feito em benefício dos neuromusculares.

Joaquim Brites começa por sublinhar que “esperar por soluções milagrosas ou por decisões governamentais, que resolvam problemas de grupos mais desfavorecidos, faz parte de um passado, não muito longínquo no qual, algumas pessoas se acomodavam aguardando que, outras, dedicassem uma boa parte das suas vidas a apoiar as causas das minorias ou, simplesmente, a reivindicar direitos supostamente inscritos na lei geral mas, raramente levados a sério ou aplicados na prática.”

No caso dos neuromusculares portugueses, a decisão de não esperar pelos outros foi tomada em Setembro de 1991, quando um pequeno grupo de pais se juntou e, em equipa, pensou, imaginou um futuro e preparou toda a documentação necessária para que, a 15 de Junho de 1992 fosse criada a APN – Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares.

“Tendo as sucessivas Direções mantido o mesmo rumo – o de ajudar os portadores de doença neuromuscular e as suas famílias, foi possível percorrer um caminho, ainda que cheio de dificuldades, baseado na exigência pela qualidade de vida destas pessoas, no apoio incondicional à sua inclusão social e ao reconhecimento da necessidade de integração que atinge todos os portadores da chamada ‘deficiência’, em Portugal, a quem deixámos de chamar doentes. Apesar de tudo, todos aprendemos a partilhar experiências de vida e a tornar os dias menos angustiantes”, sublinha o presidente da APN.

Neste ano de 2017, a APN completa 25 anos da sua história, que como referiu Joaquim Brites “talvez os mais exigentes das últimas décadas, no que respeita à integração das pessoas em dificuldades. Todo um tempo em que acompanhou e apoiou o crescimento de uma investigação científica, que conduzisse a uma cura ou, simplesmente, a um medicamento que permitisse facilitar a, sempre árdua, tarefa de conviver com uma ausência total de soluções. Um tempo em que se passou da pesquisa intensa, à aplicação de todas as conquistas que visem alcançar o tratamento prometido para todas as doenças, diagnosticadas como genéticas, raras e crónicas, somando o universo das neuromusculares quase trezentas espécies, já identificadas. Um tempo de desafios sérios na relação médico/paciente, onde é necessário reinventar uma comunicação que facilite a aprendizagem, a resiliência e a convivência com patologias graves que obrigam as famílias a mudarem de planos, mesmo que se tenham imaginado os muitos cenários de uma vida perfeita. Um tempo muito curto para quem quer tanto, viver. Simplesmente viver.”

Atualmente, e apesar das muitas promessas de avanços na investigação, “que nos colocam mais perto das descobertas necessárias, estamos, ainda, longe de encontrar a chave que permita abrir todas as portas para a cura de doenças tão incapacitantes. Sendo a Distrofia Muscular de Duchenne a que mais se destaca na investigação e na quantidade de estudos, é, também, aquela que provoca mais angústia aos seus portadores e famílias, face aos sucessivos avanços e recuos a que está sujeita. Com um tratamento já aprovado, permite que sonhemos com mais, para mais formas das diversas doenças e para muitas mais pessoas portadoras. Esperamos, agora, que a comparticipação por parte do SNS, deste e de todos os medicamentos órfãos que se lhe vão seguir, passe a ser uma das prioridades do INFARMED. Será a forma mais equitativa de olharmos para o futuro!”

Não sendo Portugal, um país tradicionalmente virado para a investigação neste setor, pretende-se que, num futuro próximo, a APN possa ser considerados como parceiros estratégicos nas Redes Europeias de Referencia (ERN), já criadas e em fase de implementação, nos setores recomendados como prioritários, na Europa e no Mundo. As doenças neuromusculares formam um dos grandes grupos, e destacam-se pelo investimento já efetuado e pelos resultados, já apresentados como muito promissores. A APN, estará sempre de mãos dadas com as organizações que promovam a luta pela descoberta e na linha da frente da representatividade, com todos os “stakeholders” que fazem parte desses movimentos.

“Nas suas lutas mais imediatas, destaca-se o reconhecimento, no nosso país, da profissão de ‘Assistente Pessoal’, como a ferramenta fundamental para a implementação de um verdadeiro conceito de Vida Independente. O alívio dos cuidadores e o aumento da capacidade de decisão e autonomia dos portadores de doença neuromuscular, aparecerão como os grandes benefícios deste projeto, que já desenvolvemos há mais de 8 anos consecutivos”, reforça.

Como afirma o presidente da APN, e numa fase em que o Estado não consegue oferecer os apoios especializados, que são expectáveis e exigíveis para este tipo de doenças, “a APN entrará, em 2017, na era da prestação de serviços, abrindo dois espaços, fundamentais para o acompanhamento dos seus associados - O Centro de Atendimento de Lisboa e a sua nova Sede, no Porto. Passaremos, assim, a poder manter um contacto mais estreito como todos aqueles que pretenderem beneficiar dos nossos serviços especializados de aconselhamento e apoio psicológico, de Serviço Social e acompanhamento nos processos de atribuição de produtos de apoio, para além de serviços de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, entre outros. O diálogo com as famílias, a criação de grupos de discussão e interajuda, farão parte de um processo de formação contínua que pretendemos desenvolver. Fica, pois, o convite para todos aqueles que nos quiserem acompanhar na nossa missão, já adulta, mas com muitos motivos para crescer e lutar, ainda mais. Todos somos importantes!”

União Europeia
O Parlamento Europeu instou os países da União Europeia a tomarem medidas para reduzir para metade o desperdício alimentar até...

O Parlamento Europeu (PE) reitera a necessidade de a União Europeia (UE) estabelecer objetivos vinculativos para a redução dos resíduos alimentares, propondo um objetivo de redução de 30% até 2025 e de 50% até 2030, relativamente aos níveis de referência de 2014. Estes objetivos foram já incluídos pelos eurodeputados numa proposta legislativa votada em março, que ainda tem de ser negociada com os Estados-Membros.

Segundo as estimativas, 88 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados na UE todos os anos, o que corresponde a 173 kg de alimentos por pessoa. A produção e a eliminação destes resíduos geram 170 toneladas de emissões de CO2 e utilizam 26 milhões de toneladas de recursos, escreve o Sapo.

Isenções fiscais sobre a doação de alimentos
O PE solicita à Comissão que proponha uma alteração à Diretiva IVA que “autorize explicitamente isenções fiscais sobre a doação de alimentos”. Os eurodeputados apelam aos Estados-Membros para que sigam as atuais recomendações do executivo comunitário e fixem uma taxa de IVA próxima de zero se a doação de alimentos for realizada próximo da data de validade ou se os alimentos não puderem ser vendidos.

A atual Diretiva IVA prevê que as doações de alimentos sejam tributáveis e que as isenções fiscais sobre as doações de alimentos não sejam permitidas. A Comissão Europeia recomenda que, para efeitos fiscais, o valor dos alimentos doados que estejam rotulados com a indicação “consumir de preferência antes de” e estejam prestes a expirar, ou sejam impróprios para venda, seja muito baixo, até próximo de zero.

Alguns Estados-Membros incentivam as doações de alimentos, ao “abandonarem” a obrigação do IVA, mas “a conformidade com a Diretiva IVA não é clara”, explica o PE. Outros Estados-Membros oferecem um crédito fiscal às sociedades sobre os alimentos doados.

O PE recomenda a utilização do Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas mais Carenciadas para facilitar a doação de alimentos, mediante o financiamento dos custos de recolha, transporte, armazenamento e distribuição.

Rotulagem dos produtos alimentares
Os eurodeputados pedem também à Comissão que avalie se a atual legislação europeia e a utilização da rotulagem “consumir de preferência antes de” e “data-limite de consumo” em vários Estados-Membros é adequada à sua finalidade e se seria vantajoso “eliminar determinadas datas inscritas em produtos que não representam quaisquer riscos sanitários ou ambientais”.

O relatório, aprovado por 623 votos a favor, 33 contra e 20 abstenções, aponta várias soluções para a redução do desperdício alimentar, que abrangem desde os sistemas organizacionais até aos de produção alimentar e redistribuição de recursos.

Bruxelas
A Comissão Europeia decidiu nesta relançar o procedimento para tentar convencer os países do bloco a autorizar no longo prazo o...

Os comissários europeus deram o seu aval para "retomar as negociações com estados-membros sobre uma possível renovação da autorização do glifosato durante 10 anos", informou à AFP uma porta-voz do executivo comunitário.

A licença desse controverso herbicida expirou na União Europeia no verão de 2016 e, sem a autorização dos 28, Bruxelas viu-se obrigada a prorrogar esta licença por 18 meses, à espera de um relatório dos especialistas europeus, escreve o Sapo.

França e Malta votaram contra durante uma consulta no final de junho, que junto com as abstenções de sete países (Alemanha, Itália, Portugal, Áustria, Luxemburgo, Grécia e Bulgária), bloqueou a decisão.

Na sua decisão de relançar o procedimento, "a Comissão teve em conta os últimos estudos científicos", especialmente as conclusões da Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA), explicou em o executivo comunitário em comunicado. Em meados de março, a ECHA indicou que o glifosato não deve ser considerado uma substância cancerígena, conclusão que gerou descontentamento entre as ONGs.

A associação europeia de fabricantes de pesticidas, a ECPA, com membros como a Monsanto, Bayer, Dow, BASF e Syngenta, disse esperar que a Comissão inicie rapidamente um novo procedimento para uma licença de 15 anos, uma duração maior do que a prevista por Bruxelas.

Estudo
Um em cada dez rapazes portugueses de 11 anos tem obesidade, segundo um estudo elaborado para a Organização Mundial da Saúde e...

“A situação dos jovens adolescentes portugueses no domínio da obesidade está estacionária desde 2002. Em 2014 é preocupante a situação dos rapazes mais novos (no grupo de rapazes de 11 anos, um em cada dez tem obesidade”, refere o estudo sobre o “Comportamento em Saúde nas Crianças em Idade Escolar”, que em Portugal é coordenado por Margarida Gaspar de Matos.

Contudo, os dados que hoje são divulgados mostram que a obesidade tende a baixar com a idade, dos 11 aos 15 anos, tanto nos rapazes como nas raparigas.

Segundo os dados comparados da Organização Mundial da Saúde (OMS), Portugal surge mesmo como um dos cinco entre 27 países com maior percentagem de adolescentes obesos.

Aliás, Portugal e outros três países (Grécia, Croácia e Macedónia) são os países que registam níveis de 10% ou mais de obesidade nos rapazes.

Quanto à alimentação, os adolescentes portugueses estão a consumir menos doces e menos bebidas açucaradas artificiais, mas estão também a consumir menos vegetais e menos fruta.

“A alimentação dos adolescentes portugueses já anteriormente mereceu um aviso especial aos responsáveis do setor: a nível nacional os jovens referem o seu ‘desgosto’ não só pelos alimentos disponíveis nas escolas como pela sua confeção”, indica a análise.

Mas, os próprios investigadores avisam que os dados referentes a Portugal são relativos a 2014 e que, desde aí, algumas medidas foram tomadas a nível do Ministério da Educação, que incluem linhas orientadoras para a alimentação em meio escolar.

Os investigadores esperam ver resultados destas medidas no estudo que vier a ser realizado em 2018.

No que respeita à atividade física, os adolescentes portugueses continuam a mostrar níveis preocupantes, segundo o estudo, sendo particularmente inquietante a situação das raparigas mais velhas da análise.

“O grupo das raparigas de 15 anos é o menos fisicamente ativo de todos os países incluídos no estudo”, mas também nos rapazes e em todas as idades analisadas (11, 13 e 15 anos) Portugal fica sempre abaixo da média dos países estudados.

Apesar das lacunas na atividade física, os adolescentes portugueses surgem em relativa situação favorável no que se refere ao tempo diário em frente à televisão e ao computador.

Mas isto, avisam os investigadores, pode remeter para o uso de outro tipo de equipamentos, além da televisão e do computador, o que se pretende verificar no estudo que será feito em 2018.

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