Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que é possível "reconstruir um país" conciliando rigor...

"Temos feito um esforço grande há cerca de ano e meio para provar que é possível reconstruir um país devastado, conciliando rigor e exigência orçamental com responsabilidade social", disse o ministro, durante 1.º aniversário do Programa Abem: Rede Solidária do Medicamento, que decorreu no Seixal.

O ministro da Saúde referiu ainda que "para recuperar um país, não tem que ser em cima da devastação dos mais pobres e mais fracos que o Estado deve ir buscar os meios que perdeu noutras zonas, que não devia ter perdido se estivesse mais atento e vigilante".

Adalberto Campos Fernandes elogiou o "projeto Abem", lançado pela Associação Dignitude com o objetivo de permitir a todos os portugueses em situação de carência o acesso aos medicamentos de que precisam.

"O Estado não deve demitir-se das suas responsabilidades de serviço público, mas não existe nenhum Estado do mundo que consiga fazer tudo sozinho", afirmou.

O ministro adiantou que o Governo tem estado a trabalhar em conjunto com a indústria farmacêutica, a nível nacional e internacional, para que os medicamentos sejam cada vez mais baratos e que os genéricos de qualidade sejam mais acessíveis.

"Nestes primeiros quatro meses do ano, as famílias portuguesas estão a pagar menos pelos medicamentos do que no período homólogo", salientou.

Paulo Duarte, presidente da Associação Dignitude, afirmou que o "projeto Abem", que assinalou ontem o dia que entregou a primeira caixa de medicamentos, já ajudou 920 famílias, que se traduz em 2.113 beneficiários, sendo um quarto delas crianças.

"Este projeto congrega as entidades do setor social e da saúde, como a indústria farmacêutica, farmácias, Cáritas, Plataforma Saúde e Dialogo, a Confederação Nacional das IPSS e a União das Misericórdias Portuguesas, tendo como objetivo criar condições para que os portugueses não fiquem sem medicamentos devido às condições económicas. Um em cada cinco portugueses não tem condições para adquirir todos os medicamentos que necessita", afirmou.

Segundo o governante, o projeto está em seis distritos e quer chegar aos 18 distritos do país e, de forma gradual, atingir as 50 mil pessoas.

"Precisamos de apoio e de fazer as coisas bem feitas. As famílias são referenciadas de acordo com a sua situação. Temos contributos das farmácias no programa, da indústria farmacêutica, de eventos, do envolvimento das autarquias e vamos envolvendo gradualmente mais entidades", salientou.

Ministério Público
O Ministério Público arquivou o inquérito à morte de um jovem no Hospital de São José, em Lisboa, em 2015, enquanto aguardava...

“O Ministério Público (MP) determinou o arquivamento da participação pelos crimes de recusa de médico, intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos e homicídio por negligência contra os profissionais de saúde e decisores políticos”, referiu a Procuradoria-Geral Distrital (PGD), na sua página oficial na Internet.

A 14 de dezembro de 2015, um jovem de 29 anos morreu no Hospital São José vítima de um aneurisma cerebral por alegada falta de assistência médica especializada.

Nesta sequência, os presidentes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), do Centro Hospitalar de Lisboa Central e do Centro Hospitalar Lisboa Norte demitiram-se.

Quanto às responsabilidades políticas e civis ou administrativas por parte de dirigentes e administrações regionais ou setoriais, o MP entendeu que as mesmas resultam de “ato ou omissão no desempenho de cargo ou função e não de ato ilícito, culposo e punível”.

“Relativamente aos profissionais de saúde, em nenhuma das condutas médicas efetuadas (seja na avaliação, seja no percurso do internamento) resultou indiciado que estes tivessem violado as leges artis”, salientou.

A procuradoria revelou que o inquérito foi dirigido pelo MP na 6.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

ONU
Ataques a hospitais, médicos, ambulâncias, feridos e doentes ocorreram em pelo menos 20 países afetados por conflitos no ano...

Numa reunião do Conselho de Segurança sobre cuidados de saúde em zonas de conflito, Guterres indicou que na maioria desses países “os frágeis sistemas de saúde já estavam no limite” – e, na maioria dos casos, ninguém foi responsabilizado.

“Estes ataques evidenciam uma tendência generalizada: partes em conflito estão a tratar hospitais e clínicas como alvos, em vez de os respeitarem como locais de refúgio”, sustentou.

“Isso contraria o espírito das Convenções de Genebra, os fundamentos do direito internacional humanitário e a mais básica condição humana”, prosseguiu.

Na Síria, notou Guterres, os Médicos pelos Direitos Humanos documentaram mais de 400 ataques desde que o conflito começou, em 2013, e mais de 800 profissionais de saúde foram mortos.

Mais de metade de todas as instalações médicas estão encerradas ou a funcionar apenas parcialmente e dois terços do pessoal médico especializado fugiu do país, acrescentou.

No Afeganistão, os ataques registados a instalações e prestadores de cuidados de saúde quase duplicou em 2016, em relação a 2015.

E no Sudão do Sul, onde as instalações de saúde sofreram anos de ataques, menos de 50% estão a funcionar em zonas de conflito, referiu.

O secretário-geral das Nações Unidas lamentou que pouco tenha mudado no terreno desde que o Conselho de Segurança adotou, há um ano, uma resolução exigindo que todas as partes em conflitos protegessem edifícios e profissionais de saúde que tratam feridos e doentes.

Entre os ataques em pelo menos 20 países documentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Guterres disse que apenas alguns meses após a adoção da resolução, um hospital no Iémen, cujo telhado estava claramente assinalado e cujas coordenadas eram conhecidas, foi atingido num ‘raide’ aéreo, matando 15 pessoas, incluindo três profissionais de saúde.

Para António Guterres, a resolução e as recomendações do seu antecessor, Ban Ki-moon, devem tornar-se realidade.

A Suíça e o Canadá reuniram um grupo informal de Estados membros da ONU para apoiar a aplicação da resolução, que insta também todos os países a levarem perante a Justiça os responsáveis por ataques a instalações e profissionais de saúde, indicou.

O secretário-geral da ONU exortou igualmente as partes em conflito a respeitarem o direito internacional humanitário e apelou aos fornecedores de armamento para que reflitam sobre as potenciais consequências de quaisquer vendas.

Guterres instou ainda ao aumento da proteção a missões de ajuda sanitária e humanitária e a maiores investimentos para atacar o que está na origem dos conflitos.

A partir de 2018
O Governo autorizou o Instituto Nacional de Emergência Médica a realizar uma despesa de 45 milhões de euros, a partir de 2018 e...

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o Governo autoriza o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a realizar despesa “com a aquisição dos serviços de disponibilização, locação, manutenção e operação de meios aéreos para a prossecução das missões públicas atribuídas àquele Instituto”.

Em causa está um montante total de 45 milhões de euros, isento de IVA, a repartir durante os anos de 2018 a 2022.

Direção-Geral da Saúde
Cerca de 75% das ações previstas no Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 foram concretizadas pelas unidades de...

O plano com ações delineadas até 2020 foi pensado para ser um instrumento de apoio a gestores e clínicos na aplicação de boas práticas de segurança em unidades prestadoras de cuidados de saúde.

De acordo com Maria João Gaspar, do Departamento da Qualidade de Saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS), a taxa de concretização das ações previstas nesse plano nacional atingiu 75% em 2015, sendo que neste momento a avaliação relativa a 2016 "está a fechar".

"Quando falamos de redução de riscos, estamos a falar de gestão de riscos e temos que falar em toda a instituição. Não podemos falar só de segurança em cirurgia ou controlo e prevenção de infeções, mas também nas áreas subjacentes", sublinhou a responsável, que falava durante as VI Jornadas da Associação Portuguesa de Hotelaria Hospitalar, que decorrem no Pediátrico de Coimbra até sexta-feira.

Segundo Maria João Gaspar, "só com uma gestão integrada" de todos os serviços é que é possível haver uma "verdadeira cultura de segurança", sendo necessário trabalhar-se para o doente e "como uma equipa".

O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes visa melhorar a prestação de cuidados de saúde em todos os níveis, evitando incidentes, a maioria ligados a defeitos organizacionais e não à competência técnica dos profissionais, segundo o documento do plano, publicado em 2015.

Teleassistência
O concelho de Vila Nova de Gaia conta desde ontem com um projeto-piloto de teleassistência para apoio a idosos que vivem...

Um protocolo de colaboração alusivo, entre a Fundação Portugal Telecom e a Câmara de Gaia, foi assinado ontem, depois de discutido e aprovado em reunião de câmara em fevereiro.

O projeto tem em conta que normalmente os idosos não são muito sensíveis às novas tecnologias e o processo desencadeia-se a partir de um aparelho que tem um botão e que pode estar ao pescoço da pessoa beneficiada.

O utilizador apenas terá de o pressionar para ter contacto direto com uma plataforma semelhante a um 'call center' que diligenciará assistência médica ao domicílio.

De imediato serão abrangidos 150 pessoas, sendo o investimento pago a meias pela Câmara de Gaia e pela Fundação PT.

Cada um avançará com 25 euros por mês e por cada idoso ao longo de dois anos.

"Tem-se registado um número significativo de idosos a viverem sozinhos em casa", referiu Eduardo Vítor Rodrigues, ao comentar a medida que se insere nas políticas da autarquia ligadas à terceira idade e à área da deficiência.

Regiões autónomas
Os governos dos Açores e da Madeira chegaram a acordo para a reciprocidade nos serviços regionais de Saúde, o que vai permitir...

"Era um princípio que cada uma das regiões autónomas já tinha com o Serviço Nacional de Saúde e, de facto, havia essa lacuna de relacionamento entre os dois serviços regionais de Saúde", adiantou, em declarações aos jornalistas, o secretário regional da Saúde dos Açores, Rui Luís, no final de uma reunião com o seu homólogo da Madeira, Pedro Ramos, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Depois de aprovada legislação sobre esta matéria nos dois arquipélagos, será possível que os habitantes dos Açores e da Madeira tenham acesso gratuito aos cuidados de saúde públicos quando se desloquem à outra região, à semelhança do que também já tinha sido acordado para o continente português.

Outra das matérias discutidas na reunião entre os dois governantes foi a possibilidade de troca de cuidados de saúde.

"O nosso objetivo é aprofundar o relacionamento entre os dois serviços regionais para que, efetivamente, possamos ter uma maior deslocação de especialistas entre as duas regiões e que os doentes possam, em caso de necessidade, deslocar-se de uma região para a outra", salientou Rui Luís.

Por sua vez, o secretário regional da Saúde da Madeira disse que há áreas em que as duas regiões podem partilhar conhecimentos.

"Se nós temos problemas menores sob o ponto de vista da dispersão geográfica, de facto, podemos aprender com a realidade da Região Autónoma dos Açores, porque a sua dispersão traz problemas acrescidos e, naturalmente, as soluções encontradas serão objeto de análise da nossa parte no sentido de as poder aplicar", referiu.

Segundo Pedro Ramos, a Madeira pode, em contrapartida, colaborar com os Açores na área da Proteção Civil, nomeadamente na resposta em caso de catástrofe, tendo em conta a experiência que tem nesta matéria.

"Essa é uma área em que, infelizmente, a Madeira teve de atingir alguma notoriedade e alguma experiência, porque nos últimos sete anos fomos fustigados por atentados naturais", acrescentou.

DGS
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, afirmou que nos próximos cinco anos será necessário resolver a questão das doenças...

Na sessão de abertura do 23.º Congresso Nacional de Medicina Interna, na Alfândega do Porto, Francisco George disse que as doenças crónicas, como o cancro ou as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, são as que mais antecipam a morte antes dos 70 anos e as que mais produzem deficiência e incapacidade.

“O problema destas doenças está hoje por resolver, mas muitas delas podem ser evitadas num regime de coprodução entre médicos e doentes”, frisou.

Quanto às doenças transmissíveis por vetores ou de transmissão vetorial, o diretor-geral da Saúde salientou que essas doenças “estão aí”, estão a invadir o território, lembrando a existência da Dengue há três anos na Madeira ou do vírus Zika.

“Vamos ter mais, vamos estar confrontados com estes problemas relacionados com o aquecimento global e transformação das zonas temperadas em subtropicais, o que faz com que os locais onde se reproduzem os mosquitos vetores sejam mais”, explicou.

As infeções associadas aos cuidados de saúde, em especial a resistência das bactérias, dos vírus e dos parasitas aos medicamentos são outra das preocupações apontadas por Francisco George.

Estas infeções não estão só ligadas ao exercício da medicina e da clínica, mas também à automedicação e a alguns setores como a agricultura, salientou.

“Temos de resolver esta questão que nos preocupa muito”, reforçou.

Outros dos desafios apontados por Francisco George são as questões da ética que tem de existir no seio do exercício da medicina interna e de todas as especialidades.

“Todos nós temos de ser mais exigentes no plano da ética porque para além das questões que todos conhecem, nós temos problemas de iniquidade e desigualdade em saúde”, ressalvou.

O 23.º Congresso Nacional de Medicina Interna arrancou ontem e prolonga-se até domingo sob o mote “Porto de Confluências”.

Ordem dos Médicos
Há médicos internos em Portugal que chumbam na especialidade por não conseguirem realizar o número mínimo de cirurgias exigidas...

A Ordem dos Médicos decidiu reunir-se, pela primeira vez, com todos os diretores do internato médico do país. O Conselho Regional do Sul da Ordem esteve hoje com todos os diretores de internato da região sul para debater aspetos da formação médica a nível hospitalar, da medicina geral e familiar e de saúde pública.

“Chegámos à conclusão, quer a Ordem quer os diretores do internato médico, de que em muitas especialidades já cruzámos a linha vermelha que defende a qualidade. Significa que estamos muitas vezes, em determinados centros, a aceitar formação onde ela não é prestada na melhor qualidade. Queríamos perceber se os vários hospitais têm essa perceção. Verificámos que atingimos o limite de capacidades formativas já há algum tempo e que estamos nalgumas áreas a ultrapassá-las”, afirmou o presidente do Conselho Regional Sul da Ordem, Alexandre Valentim Lourenço.

Segundo o responsável, as áreas onde o problema é mais evidente são as da anestesiologia e cirurgia.

“A falta de anestesia, de blocos operatórios e de capacidades cirúrgicas diminuem capacidades de formação. Já há internos a chumbarem porque não atingiram números mínimos de formação em várias especialidades cirúrgicas”, disse Alexandre Valentim Lourenço, adiantando que o mesmo se verifica tanto em hospitais periféricos como nos centrais.

“Cada vez há mais trabalho mas menos capacidade para o fazer”, acrescentou.

Os internos têm de cumprir um mínimo número de cirurgias para terminar a especialidade. Se não o alcançam é considerado que não têm a experiência necessária para exercer de uma forma autónoma como especialista.

A Ordem dos Médicos insiste que a formação é essencial para aceder, no futuro, a mais e melhores cuidados.

A saída do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de especialistas intermédios e dos mais graduados – para o privado ou para o estrangeiro – cria dificuldades adicionais à formação: “se temos menos professores, teremos menos alunos”.

A Ordem afirma que pretende “intensificar o processo ativo de acompanhamento de todas as unidades de saúde” para evitar que “a qualidade da formação médica possa ser posta em causa”.

Boletim Polínico
As concentrações de pólenes no ar vão estar em níveis muito elevados em todas as regiões de Portugal continental nos próximos...

Para a semana de 26 de maio a 01 de junho de 2017, preveem-se para as regiões de Trás-os-Montes, Alto Douro, Entre Douro e Minho e Beira Litoral concentrações muito elevadas, com predomínio dos pólenes das árvores oliveira e carvalhos e das ervas gramíneas, parietária, azeda e urtiga.

Na região da Beira Interior, em Castelo Branco, os pólenes também se encontram em níveis muito elevados, com destaque para os das árvores oliveira e sobreiro, e das ervas gramíneas, tanchagem, azeda e parietária.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), também haverá elevadas concentrações de pólenes na região de Lisboa e Setúbal, do Alentejo e do Algarve, predominando os pólenes das árvores oliveira e sobreiro, e das ervas gramíneas, parietária, urtiga, tanchagem e quenopódio.

Ao contrário das regiões do continente, os pólenes estarão em níveis baixos na Madeira, destacando-se os pólenes do pinheiro e das ervas urtiga, gramíneas e parietária.

Nos Açores, os pólenes encontram-se em níveis moderados, com predomínio dos pólenes das árvores pinheiro, palmeira, e bétula e das ervas gramíneas.

A alergia ao pólen é causa frequente de manifestações alérgicas, que podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite alérgica), dos olhos (conjuntivite alérgica) ou da pele (urticária e eczema).

O Boletim Polínico efetua a divulgação semanal sobre os níveis de pólenes existentes no ar atmosférico recolhidos através da leitura de postos que fazem uma recolha contínua dos pólenes em várias regiões do País.

Maior crescimento foi este ano
Mais de 12 mil portugueses têm o seu testamento vital registado, sendo que, desde março, mais de três mil pessoas fizeram este...

De acordo com dados recolhidos esta semana pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), o número de testamentos vitais ultrapassou os 12 mil, quando no princípio de março havia menos de nove mil registados.

Este ano, o registo de testamentos vitais aumentou significativamente e correspondeu ao maior crescimento desde a entrada em vigor das diretivas antecipadas de vontade, em julho de 2014.

Segundo os SPMS, estes resultados devem-se a campanhas informativas sobre o testamento vital. Mas este aumento acontece igualmente numa altura em que a sociedade portuguesa tem debatido a despenalização da morte assistida ou da eutanásia.

O testamento vital é um direito de todo o cidadão maior de idade, que consiste em manifestar que tipo de tratamento e de cuidados de saúde pretende ou não receber quando estiver incapaz de expressar a sua vontade.

É um documento onde se pode manifestar o tipo de tratamento ou cuidados de saúde que ser deseja ou não, permitindo igualmente a nomeação de um ou mais procuradores de cuidados de saúde.

O registo do testamento vital permite que os médicos tenham informação atempada e constante sobre a vontade do doente. Numa situação de urgência ou de tratamento específico, o médico assistente pode consultar o testamento vital através de um portal específico para os profissionais de saúde.

A vontade expressa pelo doente pode produzir efeitos quando lhe tiver sido diagnosticada uma doença incurável em fase terminal, quando não houver expetativas de recuperação na avaliação clínica feita pelos membros da equipa médica ou em situação de doença neurológica ou psiquiátrica irreversível, complicada por intercorrência respiratória, renal ou cardíaca.

O utente pode escolher não ser submetido a reanimação cardiorrespiratória, não ser submetido a meios invasivos de suporte artificial de funções vitais ou a medidas de alimentação e hidratação artificiais que apenas visem retardar o processo natural de morte.

É ainda possível decidir não ser submetido a tratamentos que se encontrem em fase experimental, pedir assistência religiosa quando se interrompam os meios artificiais de vida ou solicitar a presença de determinada pessoa que deve ser especificada pelo utente.

Apesar de ter várias hipóteses sujeitas a preenchimento através de cruz, o documento tem um espaço em branco para outras opções que o utente deseje colocar.

O modelo do testamento vital pode ser descarregado através do Portal da Saúde, devendo ser preenchido e entregue num agrupamento de centros de saúde com balcão de Registo Nacional de Testamento Vital (RENTV).

O utente deve entregar o documento antecipado de vontade em papel, com assinatura reconhecida pelo notário ou com assinatura presencial junto de um funcionário de um balcão de Registo de Testamento Vital.

Para que o testamento vital seja válido, basta ter o documento assinado e reconhecido pelo notário. Contudo, é necessário que esteja registado no RENTEV para que se garanta que o médico assistente tem conhecimento da vontade deixada pelo doente.

Além da parte em que são indicados os tratamentos a que se deseja ou não submeter, o testamento vital prevê que se possa nomear um procurador de cuidados de saúde, que é a pessoa chamada a decidir em nome do utente.

Contudo, se um doente manifestar na diretiva antecipada de vontade uma proposta contrária à do procurador de cuidados que nomeou, prevalece o que está expresso pelo utente no testamento vital.

Após denuncia da DECO
A Ordem dos Veterinários manifestou-se hoje preocupada com a venda sem receita médica de antibióticos para animais denunciada...

“Estamos muito preocupados. É um problema global e de saúde pública”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, que classifica a venda sem receita como “uma infração grave”.

Num estudo hoje divulgado, a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, revela que quase 40% das farmácias visitadas venderam antibióticos sem receita médica quando estes foram pedidos para tratar animais.

No teste, que incluiu 100 farmácias escolhidas de forma aleatória por todo o país, a Deco não conseguiu comprar o medicamento pretendido para tratar uma tosse de um cão em 62 casos, em 34 o antibiótico foi vendido e noutros quatro casos foi perguntado se a receita seria entregue mais tarde.

“Provavelmente, se este estudo abrangesse mais farmácias a nível rural se calhar o resultado era outro e a proporção era maior. Digo isto pelas denúncias que a ordem tem recebido sobre a prática de alguns atos pelas farmácias, que extravasam as suas funções, nomeadamente na aplicação de vacinas e na venda de medicamentos sujeitos a receita medica, designadamente os antibióticos e anti-inflamatórios”, afirmou Jorge Cid.

O bastonário sublinhou a importância de sensibilizar cada vez mais não só os farmacêuticos, que vendem os medicamentos, como também os veterinários, que os prescrevem, para a necessidade de um uso criterioso dos antibióticos.

Para isso, explicou, as ordens dos veterinários e dos farmacêuticos constituíram um grupo de trabalho, que vai começar a trabalhar no próximo mês, para elaborar recomendações e sensibilizar estes profissionais.

“Desse grupo de estudo irá sair algum resultado. Há todo um interesse em trabalhar numa só saúde, e não numa saúde humana e noutra saúde animal.(…) O problema das antibioresistências é gravíssimo e causa muitas mortes, tanto entre humanos como nos animais”, afirmou.

“Quando damos indevidamente antibiótico a animais de companhia estamos a agravar esse problema das bioresistências, não só para os humanos, porque no simples contacto com o animal de estimação essas pessoas podem vir a ter problemas desse tipo, como também para o próprio animal”, acrescentou.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Portugal é um dos países que apresenta maior volume de prescrição de antibióticos e uma taxa mais elevada de resistências.

Jorge Cid frisou também o facto de muitas pessoas continuarem a usar o medicamento dos humanos para tratar o animal de estimação: “As moléculas são as mesmas, a amoxicilina tanto é para o animal como para o humano. O que muda é a apresentação e/ou o excipiente”.

Num estudo elaborado em 2013, a Ordem dos Veterinários já tinha alertado para este problema. Além de venderem o medicamento sem receita médica, de acordo com este estudo da ordem, mais de metade das farmácias analisadas sugeriram o tratamento para o animal e escolheram o antibiótico.

Em debate no Congresso Nacional de Medicina Interna
A ameaça dos organismos multirresistentes é um dos temas em debate no 23º Congresso Nacional de Medicina Interna, que decorre...

Numa mesa redonda sobre o tema vai debater-se a situação atual em Portugal, que Júlio Rodrigues Oliveira, internista, considera “má. Coloca-nos no mapa da Europa acima da média para as taxas de infeção pelos micro-organismos mais problemáticos. Somos também um dos países que mais antibióticos prescreve, e com mais largo espetro, quer nos hospitais, quer na comunidade”.

Em debate estarão também as estratégias de prevenção de emergência e de prevenção de transmissão, assim como alguns dos erros que continuam a existir e reforçam a necessidade de ação, como “medo do erro médico, pressão da sociedade, dos doentes e dos familiares e alguma falta de rigor quanto às indicações técnicas e científicas, por razões de desinformação e défice de formação”.

Apesar de bem-vindos, novos antibióticos não iriam resolver o problema, defende o especialista. E isto porque, “persistindo os erros e pressões no sentido da evolução das resistências, novas resistências surgirão”. Quanto às resistências, para além do impacto pessoal, deixam também a sua marca na sociedade. Segundo Júlio Rodrigues Oliveira, podem “alterar a nossa capacidade de tratamento de vários tipos de doenças agudas ou crónicas não infecciosas”. São tratamentos que muitas vezes favorecem o eclodir de infeções graves. “Sem antibióticos eficazes, não será possível realizar com segurança quimioterapia para o cancro, grandes cirurgias abdominais, transplantes, imunossupressão para doenças autoimunes precocemente incapacitantes” e por aí fora.

Associação Portuguesa do Sono
A Associação Portuguesa do Sono afirmou hoje que o tratamento adequado da apneia do sono pode reduzir significativamente o...

A apneia do sono caracteriza-se por paragens respiratórias que se repetem várias vezes ao longo da noite e que originam uma diminuição dos níveis de oxigénio no sangue e despertares, explicou a especialista Paula Pinto, que falava a propósito do encontro científico internacional "Lufada do Atlântico, que decorre na sexta-feira e no sábado, em Angra do Heroísmo.

“Devido a esses micro-despertares durante a noite, a pessoa vai ter uma sonolência diurna acentuada, que se vai traduzir em alterações da memória, alterações cognitivas, e o mais perigoso de tudo, uma enorme facilidade em adormecer a conduzir ou no local de trabalho”, disse Paula Pinto.

Segundo a coordenadora da Unidade de Sono e Ventilação não Invasiva do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, “o tratamento eficaz desta doença” é feito através de um ventilador, denominado CPAP, que impede que ocorram as paragens da respiração.

Com o aparelho, a pessoa respira normalmente durante a noite, permitindo um sono reparador levando ao desaparecimento da sonolência diurna.

“É o mesmo que uma pessoa que não vê e põe uns óculos e passa a ver”, elucidou.

Este tratamento irá também permitir que o doente possa renovar a sua carta de condução, de acordo com a nova legislação publicada a 29 de julho do ano passado.

“Antigamente a legislação era castradora, obrigando a retirar a carta aos doentes com o diagnóstico de apneia do sono. Agora a legislação está adequada porque só retira a carta a quem não estiver eficazmente tratado”, disse Paula Pinto.

A médica explicou que “o doente com apneia do sono tem de ser avaliado” por um especialista para renovar a sua carta de condução no limite de um ano para os condutores profissionais e no limite de três anos para os condutores não profissionais.

“Anteriormente a esta legislação, os especialistas em medicina de sono já emitiam pareceres para retirar definitivamente cartas ou para inibição temporária da condução, consoante as situações”, comentou.

A “grande questão” agora “é esclarecer” o que a lei determina com clarificação de conceitos, ou seja fornecer dados objetivos sobre a eficácia do tratamento da apneia do sono para que “os médicos de família possam renovar a carta com total segurança”.

Isso será feito através de um documento que está a ser elaborado em conjunto pela Associação Portuguesa do Sono, a Direção-Geral da Saúde e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, disse Paula Pinto.

Segundo a Associação Portuguesa do Sono (APS), os períodos após o almoço e de madrugada, são os de maior sonolência para todas as pessoas.

Contudo, “os doentes com apneia do sono, tendo em conta a sua situação patológica podem adormecer para além desses períodos, tornando-se um grave problema de saúde pública”, sublinha.

Segundo dados divulgados pela associação, a sonolência diurna excessiva representa um dos principais fatores de risco para acidentes de viação, sendo responsável por 10 a 30% de todos os acidentes de viação e é a principal causa de acidentes fatais.

Estes doentes são frequentemente obesos, com um ressonar muito intenso, com pausas respiratórias visualizadas durante o sono, hipersonolência durante as atividades diárias e muito frequentemente apresentam também doenças cardíacas associadas.

Quando existe a suspeita desta situação, o doente deve ser encaminhado para uma consulta especializada de sono, para que seja efetuado o diagnóstico e o tratamento adequado.

Estudo LASS
O Estudo LASS - The Long-Term Active Surveillance Study for Oral Contraceptives avaliou a existência de risco cardiovascular...

O estudo foi desenvolvido durante 10 anos envolvendo 7 países (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Holanda e Reino Unido), cerca de 60 mil mulheres a mais de 1.113 centros.

As três pilulas em estudo apresentaram os mesmos valores relativamente ao risco de um acontecimento de tromboembolismo venoso (trombose venosa profunda + embolia pulmonar).

Pode consultar o estudo aqui.

Jaba Recordati
A Jaba Recordati, subsidiária do grupo Recordati, acaba de anunciar que JabaB12®, medicamento sujeito a receita médica contendo...

Jaba B12® é um medicamento sujeito a receita médica contendo vitamina B12 indicado na prevenção e tratamento de estados carenciais de vitamina B12, nomeadamente situações de mal absorção da vitamina B12, pós-gastrectomia e afecções de tipo atrófico, doença de Chron, pós ressecção do íleo, sprue e infecções parasitárias intestinais prolongadas, anemia perniciosa e síndromes perniciosiformes.

Único no mercado, Jaba B12® regressa ao mercado na apresentação de pó e solvente para solução injectável de 10mg/2ml e 20mg/2ml.

Após um período de cerca de um ano de ausência no mercado face à mudança da entidade fabricante e complexidade do processo de fabrico, a Jaba Recordati acaba de anunciar a reentrada deste medicamento sujeito a receita médica no mercado nacional.

De acordo com Nelson Pires, Director-Geral da Jaba Recordati, “esta comunicação e anúncio representam a garantia de poder voltar a disponibilizar no mercado Jaba B12® junto de todos os cidadãos que necessitam da referida terapêutica. Disponibilização que foi resultado da celeridade e trabalho conjunto do Infarmed com um painel de peritos médicos e farmacêuticos de demonstrado mérito profissional e académico que desta forma promovem o acesso dos profissionais de saúde e dos cidadãos às informações necessárias que permitam uma verdadeira utilização inteligente e racional dos medicamentos e produtos de saúde”.

Sobre a Jaba Recordati
A subsidiária portuguesa da multinacional farmacêutica de origem italiana, Recordati, que fatura cerca de 1.047 milhões de euros por ano, foi responsável em 2015 por um volume de negócios de 39 milhões de euros, correspondente a 3,7% da faturação global do grupo Recordati.

A Jaba Recordati emprega em Portugal 132 pessoas e ocupa o 15º lugar no ranking farmacêutico IMS Health, que conta com mais de 200 empresas a operar em Portugal (representa 1,8% do mercado nacional).

A Jaba Recordati atua em quatro áreas de negócio, produtos inovadores sujeitos a prescrição médica, genéricos, produtos de venda livre e "medicamentos órfãos" (medicamentos para doenças raras). As principais áreas terapêuticas são a cardiovascular, urologia, a dor, gastroenterologia, pediatria, OTC e genéricos. Implementa uma estratégia de diversificação de mercados e negócios para além daqueles onde está a operar nos PALOP, como Angola, Moçambique e Cabo Verde e onde está presente mais recentemente, como a Nigéria e Guiné-Bissau e tem em avaliação um novo destino em 2017.

Informações Essenciais Compatíveis com RCM:

1.DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO: Jaba B12 2,5 mg Comprimidos; Jaba B12 5mg/2ml pó e solvente para solução injetável; Jaba B12 10mg/2ml pó e solvente para solução injetável; Jaba B12 20mg/2ml pó e solvente para solução injetável. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA: Cada comprimido contém 2,5 mg de cobamamida. Cada ampola de pó contém 5, 10 e 20 mg de Cobamamida. Excipiente com efeito conhecido: comprimidos: Lactose - 15,6 mg (sob a forma de lactose mono-hidratada); pó e solvente para solução injetável: Sódio – 0,35 mg (sob a forma de cloreto de sódio). 3. FORMA FARMACÊUTICA: Comprimido. Pó e solvente para solução injetável. 4. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Prevenção e tratamento de estados carenciais de vitamina B12: Situações de mal absorção da vitamina B12: pós-gastrectomia e afeções de tipo atrófico, doença de Crohn, pós ressecção do íleo, sprue e infestações parasitárias intestinais prolongadas. Anemia perniciosa e síndromes perniciosiformes. Tratamento de manutenção em crianças com acidúria metilmalónica (comprimidos). 5. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO: Comprimidos: Adultos - 1 a 2 comprimidos de 2,5 mg por dia. Ingerir o comprimido inteiro com água. Crianças dos 12 aos 15 anos - 1 comprimido de 2,5 mg por dia. Não está recomendada a sua utilização em crianças com idades inferiores a 12 anos, pelo risco de sufocação. Pó e solvente para solução injetável: A estabelecer pelo médico em função da situação patológica do doente. Regra geral uma administração IM por dia ou em dias alternados. O efeito terapêutico não é imediato e pode só aparecer após a segunda ou terceira injeção. Modo de administração: injecção intramuscular ou subcutânea profunda. A via I.V. não está recomendada. Insuficiência renal e/ou insuficiência hepática: A resposta clínica poderá ser afetada, pelo que poderá ser necessário um aumento de dose (por exemplo por diminuição do intervalo de administração). 6. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; Reações anafiláticas, à Cobamamida ou a qualquer um dos excipientes; Ambliopia tóxica; Não administrar antes de confirmado o diagnóstico de deficiência da Vitamina B12; Tumores malignos. 7. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO: Precaução em pessoas com situações do foro alérgico. Doses superiores a 10 microgramas/dia podem produzir uma resposta hematológica em doentes com deficiência de folatos; o uso indiscriminado pode mascarar o diagnóstico preciso da substância em défice. As concentrações séricas de potássio devem ser monitorizadas durante a administração inicial dado poder ocorrer hipocaliémia, com possível arritmia cardíaca. Caso seja necessário deve-se proceder à administração de potássio. A resposta terapêutica à Cobamamida é afetada por infeções paralelas, urémia, deficiência em ácido fólico ou ferro, ou por fármacos com efeito supressor dos efeitos da medula óssea. Os exames hematológicos e neurológicos devem ser efetuados com regularidade. O risco de neoplasia gástrica é elevado em doentes com anemia perniciosa pelo que deve ser efetuada uma avaliação regular destes doentes, para determinação de uma neoplasia gástrica oculta. Informe o seu médico se tem alguma alergia. Informe o seu médico se teve algum problema de saúde após a administração de uma vacina. Este medicamento é praticamente “isento de sódio”. 8. INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO: A absorção da vitamina B12 do trato gastrointestinal pode ser reduzida pelos aminoglicosidos, ácido aminossalicílico, anticonvulsivantes, biguanidas, cloranfenicol, colestiramina, cimetidina, colchicina, sais de potássio e metildopa. As concentrações séricas podem ser diminuídas pela administração concomitante de contracetivos orais. 9. EFEITOS INDESEJÁVEIS: - Reações anafiláticas: prurido, urticária, eritema, choque (excecionalmente podem ocorrer reações imuno-alérgicas, por vezes graves, após a injeção de preparações de cobalamina – vitamina B12 e substâncias afins); Acne; Urina vermelha (coloração vermelha ou rosa da urina durante o tratamento). A tolerância local e geral é habitualmente boa; a injeção é indolor. 10. DATA DE REVISÃO DO TEXTO DE RCM: Maio 2017. Regime de comparticipação: Escalão C – 37 %. Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado. Medicamento sujeito a receita médica.

Calor
A Direção-Geral da Saúde emitiu um aviso para as temperaturas elevadas durante o dia de hoje e aconselhou a população a...

As temperaturas vão manter-se acima dos 30 graus em muitos distritos do país, chegando aos 35º em Évora e aos 34º em Beja, Castelo Branco e Santarém.

De acordo com a DGS, deve ser evitada a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11.00 e as 17:00, e utilizado o protetor solar com fator igual ou superior a 30, renovando a aplicação de duas em duas horas e após os banhos de praia ou piscina.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o risco à exposição aos raios ultravioletas (UV) é ‘Máximo’ em quase todo o país durante o dia de hoje.

A DGS recomenda ainda o uso de roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV.

Escolher as horas de menor calor para viajar de carro, não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol e dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, por exemplo, crianças, idosos, doentes crónicos e trabalhadores com atividade no exterior, são outras das recomendações.

As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta, alerta ainda a DGS.

A Direção-Geral da Saúde ativou dia 01 de maio o Plano de Contingência Saúde Sazonal – Módulo Verão, que vigora até 30 de setembro.

Este plano pretende prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor intenso na saúde da população em geral e dos grupos vulneráveis em particular (idosos, crianças, grávidas, pessoas com doenças crónicas e pessoas que exercem atividades ao ar livre).

Portugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica e, segundo a DGS, há dados que sugerem que no existe uma tendência para o aumento da temperatura média global assim como para o aumento do número de dias por ano com temperaturas elevadas.

DECO
Quase 40% das farmácias visitadas pela DECO venderam antibióticos sem receita médica quando foram pedidos para tratar animais,...

O teste realizado pela revista DECO PROTESTE, da associação de defesa do consumidor, pretende alertar para o potencial de a prática de venda ilegal de antibióticos sem receita médica contribuir para o aumento do número de bactérias resistentes, que põem em risco a vida humana por não responderem aos tratamentos convencionais.

No teste, que incluiu 100 farmácias escolhidas de forma aleatória por todo o país, a DECO não conseguiu comprar o medicamento pretendido para tratar uma tosse de um cão em 62 casos, em 34 o antibiótico foi vendido e noutros quatro casos foi perguntado se a receita seria entregue mais tarde.

“A maioria informou que se tratava de um antibiótico e, como tal, não poderia ser vendido sem receita médica. O melhor seria consultar o veterinário, disseram. Esta é a atitude correta e a mais responsável. Além de ilegal, a venda de antibióticos sem prescrição médica permite o uso indevido e mostra um ponto de fuga no sistema. Estes medicamentos são cruciais para tratar infeções, mas, em excesso, promovem o desenvolvimento de resistências”, refere um artigo hoje publicado pela DECO.

A DECO afirma que estudos anteriores demonstraram “uma evolução positiva” do comportamento dos farmacêuticos quando o destinatário do antibiótico é humano, questionando a razão para um comportamento diferente quando em causa estão animais.

“Nas últimas décadas, houve um aumento significativo de bactérias multirresistentes em animais domésticos. Muitas encontram-se com frequência na pele e nas mucosas de cães e gatos, e podem ser transmitidas ao homem”, lê-se no artigo.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todos os distritos de Portugal continental, a Região Autónoma da Madeira e algumas ilhas dos Açores estão hoje com risco ...

Em Portugal continental apenas os distritos de Vila Real e Bragança têm risco 'Elevado' de exposição aos ultravioleta (UV).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) indica ainda que nos Açores estão com nível 'Muito Elevado' as ilhas Terceira e Flores, mantendo-se as restantes com risco 'Elevado'.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje períodos de céu muito nublado, aguaceiros, em especial a partir da tarde e nas regiões do interior, que podem ser por vezes fortes, ocasionalmente de granizo e acompanhados de trovoada e rajadas de vento.

Está igualmente prevista uma descida de temperatura no litoral a norte do cabo Mondego.

A cidade mais quente deverá ser Évora, com 35º, seguindo-se Beja, Castelo Branco e Santarém, com 34º, Vila Real, com 32º, e Bragança, Coimbra e Lisboa, com 31º.

Para o Porto está prevista uma temperatura máxima de 29º e para Faro 26º.

Nas ilhas, os Açores terão temperaturas máximas a rondar os 19º e a Madeira não vai ultrapassar os 23º.

Estudo
Um medicamento feito de canábis pode impedir as convulsões nas crianças que sofrem de formas severas de epilepsia, segundo um...

Segundo o chefe da equipa que fez o estudo, Orrin Devinsky, do centro médico NYU Langone, de Nova Iorque (Estados Unidos), esta é a primeira vez que se obtém "dados científicos sólidos, rigorosos" de que um composto da canábis é seguro e eficaz na epilepsia em crianças.

O médico especialista em neurologia, e que trabalha há anos em epilepsia, afirmou que a pesquisa para usos médicos da canábis tem sido dificultada por restrições legais e por exigir licenças especiais, além de falsas noções de como é arriscada a canábis.

"Os opiáceos matam mais de 30 mil americanos por ano, o álcool mata mais de 80 mil por ano e a canábis, como sabemos, provavelmente mata menos de 50 pessoas por ano", frisou.

Durante anos, pais de pacientes têm defendido mais pesquisas e acesso mais amplo à canábis. Contudo, os estudos têm sido poucos e pouco fiáveis.

Este estudo fez testes rigorosos e em larga escala. Um grupo recebeu a droga, outro obteve uma versão falsa, e nem os pacientes, pais ou médicos sabiam que pacientes levavam a terapêutica ou o placebo até o estudo terminou.

Em específico, foi estudada a forma líquida do canabidiol, um dos mais de 100 ingredientes da marijuana, chamado Epidiolex, (eh'-pih-DYE'-uh-lehx). Este não contém THC, o ingrediente alucinógeno.

Esta substância ainda não é vendida, apesar de o seu fabricante, GW Pharmaceuticals de Londres, já ter pedido autorização à norte-americana Food and Drug Administration (FDA).

Os pacientes envolvidos no estudo têm síndrome de Dravet (drah-VAY), um tipo de epilepsia genética de infância caracterizada por convulsões frequentes e resistentes a medicamentos, algumas de tão longa duração que exigem cuidados de emergência e podem ser fatais.

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