Mês do Coração
A Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Câmara Municipal de Lisboa vão organizar um Festival do Coração, integrado nas...

No Festival do Coração, será possível, de uma forma inteiramente gratuita, avaliar os fatores de risco mais importantes para as doenças cardiovasculares, mediante rastreios à glicose e medição da pressão arterial, do índice de massa corporal e do perímetro abdominal. As ações serão realizadas por equipas de enfermeiros e nutricionistas, que farão as avaliações técnicas e darão conselhos a nível nutricional.

Os visitantes serão ainda convidados a participar nas diversas iniciativas de sensibilização para a importância de uma alimentação saudável e atividades físicas que decorrerão em simultâneo.

Para mais informações sobre a campanha “Maio, Mês do coração”, consulte o site: http://www.fpcardiologia.pt/ ou https://www.facebook.com/FPCardiologia/

Associação Nacional de Esclerose Múltipla
A gravidez e a esclerose múltipla e os mitos e as verdades sobre a doença estão entre os temas a abordar num conjunto de...

Em declarações, a coordenadora da associação, Lurdes Silva, explicou que os temas, a analisar no âmbito do Dia Mundial da Pessoa com Esclerose Múltipla e em parceria com três hospitais e um centro de reabilitação, "refletem as preocupações dos nossos utentes ao longo do ano".

No dia 31, disse a fonte, a Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM) vai organizar, com o serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, um evento que, entre outros temas, vai abordar a questão da gravidez e da esclerose múltipla.

"A maior percentagem dos doentes com esclerose múltipla são mulheres que são atingidas numa idade muito jovem pela doença. E quando a questão da gravidez surge, a primeira pergunta é sobre se o bebé vai ter também a doença, depois sobre a medicação. É algo recorrente", explicou a coordenadora da ANEM, uma associação sediada em Gondomar, distrito do Porto.

"Por isso, é importante dar respostas, como, por exemplo, explicar-lhes que durante a gravidez não há surtos da doença, e que mal deem à luz devem prosseguir com a medicação", prosseguiu.

"Hoje em dia, nas consultas, os médicos não têm tempo para dar todas as explicações e esta é uma forma que temos de os complementar, esclarecendo os nossos utentes", revelou.

No Centro Hospitalar do Tâmega e Vale do Sousa, a ANEM vai procurar também atalhar caminho em torno das perguntas que recebe diariamente, inserindo como tema no debate os mitos e verdades sobre a doença.

"A maior parte das pessoas associam os doentes com esclerose múltipla a acamados e à cadeira de roda quando podem não ser, pois, com os fármacos disponíveis, isso pode até nem acontecer e terem uma vida normal", revelou.

As iniciativas agendadas para o final do mês abrangem também o Hospital da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar, onde os temas a abordar serão "Sintomatologia da Esclerose Múltipla" e "Benefícios no tratamento e na reabilitação".

Explicar "A vida com a Esclerose Múltipla" e "Saberes e Experiências" dominam o painel na sessão que vai decorrer na mesma data no Centro de Reabilitação do Norte, em Vila Nova de Gaia.

Artigo de Opinião
No âmbito do Dia Mundial da Hipertensão, celebrado anualmente a 17 de maio, a Sociedade Portuguesa d

A HTA, definida de uma forma sucinta como a presença de valores de Pressão Arterial (PA) sistólica (vulgarmente conhecida por máxima) iguais ou superiores a 140 mmHg e/ou PA diastólica (conhecida por mínima) iguais ou superiores a 90 mmHg é, de, facto um fator de risco presente em 30 a 45% da população em geral, aumentando progressivamente nas populações mais idosas, que são uma "fatia" importante das sociedades ocidentais. Por outro lado, sabe-se também, que muitos dos doentes hipertensos, mesmo que medicados, mantêm valores acima do desejável.

Estes valores elevados, poderão levar ao aparecimento de lesões em vários órgãos do corpo humano, entre os quais o nosso cérebro, surgindo assim a mais temível das complicações: o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que continua a ser a principal causa de morte e de incapacidade crónica em Portugal.

Sendo a HTA o principal fator de risco suscetível de intervenção na prevenção do AVC é, portanto, fundamental insistir em alguns pontos fundamentais:

  • A responsabilidade deverá começar no próprio cidadão, através de uma cultura de vida adequada, principalmente através de hábitos alimentares saudáveis (com redução do consumo de sal) e prática regular de exercício físico;
  • É uma prioridade o diagnóstico, tratamento e controlo da HTA, sendo neste processo fundamental a atuação do seu Médico e Enfermeiro de Família (para aconselhamento, vigilância, deteção e tratamento). Para tal, recorra aos cuidados de saúde, para que estes profissionais o possam ajudar;
  • Se indicado, tome regularmente a medicação, não caindo no erro frequente de deixar de a tomar porque as "tensões têm andado bem!".

Não desvalorize os valores elevados que possam surgir nas avaliações que faz em casa e que muitas vezes atribui ao facto de poder estar "nervoso" ou "ansioso".

Sabendo-se que, através destes mecanismos, poderemos conseguir uma redução de até 40% de AVCs, estão aqui os argumentos mais que suficientes para nos fazer pensar duas vezes ou mais!

Os benefícios no tratamento e controlo da HTA são para si e para quem o ama, pois pense que no caso de ocorrência de um AVC, os que o rodeiam também sofrerão!

Para terminar, insiste-se na importância da redução do consumo de sal, a prática de exercício físico e a vigilância dos valores da pressão arterial, com toma regular de medicação, se para isso for necessário.

E, não se esqueça:  o futuro pode estar nas suas mãos!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Mais de metade dos profissionais dos cuidados de saúde inquiridos num estudo da Entidade Reguladora revelou um conhecimento...

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) realizou um estudo, hoje divulgado, sobre o grau de conhecimento dos utentes e dos profissionais prestadores de cuidados de saúde sobre os direitos dos utilizadores dos cuidados de saúde.

Entre os profissionais de saúde, foram analisadas mais de 3.400 respostas, entre profissionais a exercer funções em privados, público ou na área social.

Os profissionais abrangem médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, técnicos superiores de saúde ou administrativos.

Quanto aos utentes, foram avaliadas mais de mil respostas, tendo a amostra sido estruturada para refletir as características da população residente em Portugal continental com idade igual ou superior a 18 anos.

Segundo o estudo, mais de 50% dos profissionais e dos utentes desconhecem que o consentimento informado “é sempre necessário” e que não tem de ser realizado por escrito.

O consentimento informado é a autorização esclarecida prestada pelo utente antes da submissão a determinado ato médico ou a qualquer ato integrado na prestação de cuidados de saúde, participação em investigação ou ensaio clínico. No consentimento informado, o profissional de saúde tem o dever de averiguar se a pessoa entendeu a informação e o esclarecimento que lhe foram prestados.

Ainda em relação ao consentimento informado, menos de 40% dos profissionais de saúde e 26,6% dos profissionais administrativos responderam acertadamente.

Os profissionais revelaram também um conhecimento inadequado no que se refere à literacia sobre o direito de proteção dos dados pessoais e da vida privada dos doentes.

“Quando questionados sobre a propriedade do processo clínico, apenas 49,2% dos profissionais de saúde e 35,7% dos profissionais administrativos responderam acertadamente, indicando pertencer ao utente”, refere o documento.

O estudo do regulador conclui ainda que há um “elevado desconhecimento” sobre a existência de tempos máximos de resposta garantidos para consultas nos cuidados primários e hospitais, bem como para algumas cirurgias e meios complementares de diagnóstico.

“A grande maioria dos utentes e profissionais desconhece ainda os grupos de beneficiários do cheque-dentista”, conclui a ERS.

“O estudo permitiu constatar que o nível de literacia dos utentes e profissionais é maioritariamente inadequado”, refere o documento hoje divulgado.

A entidade reguladora sublinha que os utentes apresentam um índice global de conhecimento inadequado e que a literacia dos profissionais é, ainda assim, maior.

Contudo, os profissionais revelaram um “conhecimento problemático” no que se refere aos direitos dos utentes, o que exige uma “reflexão profunda”, defende a ERS.

“Os profissionais são o principal veículo de transmissão de informação aos utentes, pelo que o seu nível de desconhecimento irá, naturalmente, replicar-se nos utentes que por eles são informados”, indica o estudo.

Por isso mesmo, o regulador adianta que pretende avaliar as limitações no conhecimento dos profissionais com mais detalhe.

Grande Encontro realiza-se a 20 de maio
No âmbito do seu 91º aniversário a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal realiza, no próximo dia 20 de maio, no...

Em Portugal, a diabetes atinge já um milhão de portugueses, o excesso de peso e a falta de exercício físico são alguns dos fatores que contribuem para o aparecimento da doença. A sensibilização para a importância da atividade física será uma das iniciativas do Grande Encontro da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), estando prevista, pelas 11h00, a realização de uma aula de exercício a cargo do treinador Rui Barros. O evento que conta com o apoio da Câmara Municipal de Sintra aguarda a presença de associações de pessoas com diabetes de todo o país para participar neste dia especial, de convívio e de solidariedade.

O programa do Encontro inclui também, espaços de debate sobre a temática da diabetes que interessam à comunidade diabética em Portugal nomeadamente o futuro da diabetes tipo 1 e a importância das novas tecnologias para facilitar a rotina do diabético. De acordo com José Manuel Boavida, presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, “nos dois últimos anos, a diabetes tem registado um crescimento acentuado em Portugal. Em média, a diabetes matou 12 pessoas por dia, 160 pessoas são diagnosticadas com a doença e 500 são internadas. Para que a diabetes não se torne uma epidemia consideramos importante que haja uma aproximação entre os cuidados hospitalares e os cuidados primários”, explica.

O Grande Encontro da APDP promete ainda momentos emotivos com a atribuição do Prémio Ernesto Roma e uma homenagem a pessoas com 50 ou mais anos de diabetes, sendo a animação do evento feita com alguns espaços musicais que contarão com a presença de Fernando Pereira, António Pinto Basto e Matilde Cid.

A entrada é gratuita podendo a sua inscrição ser feita através do número 21 381 61 51 ou para o email [email protected].

Pode consultar o programa aqui.

Há três milhões de hipertensos em Portugal
Cerca de 42% dos portugueses têm valores anormais de pressão arterial. Contas feitas, isto significa que há qualquer coisa como...

“Infelizmente, hoje ser hipertenso é saber que está muito e largamente acompanhado”, confirma o especialista. Acompanhado pelos que se preocupam com a doença, pelos que não sabem que a têm e pelos outros, aqueles que, refere o médico, “não tomam os medicamentos ou recusam, consciente ou inconscientemente, as propostas de estilos de vida que lhe foram indicadas: comer sem sal, emagrecer, deixar de fumar…”.

Por cá, cerca de 25% dos indivíduos com hipertensão arterial não tomam medicamentos. A culpa, explica Pedro Marques da Silva, não morre aqui solteira. “Os médicos, o sistema de saúde, as preocupações de todos os dias, o dinheiro que não estica também ajudam. Mas já que temos que tomar um medicamento, pelo menos que consigamos baixar a pressão arterial.” No entanto, “dos hipertensos que estão medicados, só 42% estão controlados”.

Um controlo que passa por cada um, até porque “a subida da pressão arterial pode ser evitada”. E quando existe, pode também ser tratada, determinando “uma redução muito significativa no risco de ocorrência de um qualquer acontecimento indesejável cardiovascular (uma trombose cerebral ou um enfarte do miocárdio, por exemplo”.

Mas afinal de que se trata quando falamos de hipertensão? O médico explica. “Fala-se de hipertensão arterial quando há uma elevação da pressão sanguínea nas artérias, ou seja, quando o sangue - o fluxo sanguíneo - exerce, nas artérias, uma força maior do que a habitual. É esta pressão excessiva, deslocada, não fisiológica que, em última análise, acaba por causar danos nos vasos, no coração, no cérebro ou nos rins.”

No que diz respeito à pressão arterial, nem sempre apresenta os mesmos valores, adaptando-se a diferentes circunstâncias. “Varia consideravelmente durante o dia e, naturalmente, também durante a noite”, refere Pedro Marques da Silva, que considera essencial saber como medir e quais os valores saudáveis. “Quando mede a pressão arterial, são-lhe ditos dois valores. Por exemplo, 134/82 mm Hg (milímetros de mercúrio): o primeiro número (134), mais elevado, produz-se quando o coração se contrai (sístole) e é a pressão arterial sistólica, máxima; o segundo (82), menor, corresponde à relaxação entre um batimento e outros (diástole) e é a pressão arterial diastólica, a mínima.” Geralmente, na hipertensão, tanto a pressão máxima como a mínima estão aumentadas.

Há atitudes e comportamentos que se sabe estarem na origem do problema que é urgente modificar. “A atividade física regular que deixamos de fazer, a comida em demasia, o peso quem tem vindo a aumentar, o saleiro que insistimos em pôr na mesa… tantos gestos, tantos sinais de que a hipertensão arterial pode estar a chegar…”, acrescenta o médico, que defende que “um projeto de saúde cardiovascular só é atingido em pleno quando conseguimos ultrapassar as barreiras de informação, postura e comportamento”.

Centro Desportivo Nacional do JAMOR
Os Diab(r)etes – grupo de doentes diabéticos criado no Facebook há cerca de 6 meses e que conta, atualmente, com mais de 2000...

Foram convidados para o Evento, enquanto entidades oficiais, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, e o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas.

Para assinalar este momento, e porque a prática regular de atividade física cumpre um papel importante no controlo e gestão da Diabetes, o Grupo Diab(r)etes irá reunir cerca de 200 participantes neste dia, provenientes de vários pontos do país, dando-lhes a oportunidade de aprender e/ou praticar uma modalidade desportiva que se torna muito benéfica para o doente diabético - o Ténis.

No âmbito deste 3º Encontro Nacional serão realizadas “Clínicas de Ténis” e dinamizados Torneios entre todos os participantes, seguindo-se depois a realização de um almoço/piquenique e de um momento de convívio, onde todos os participantes irão vestir uma t-shirt de cor azul para que seja criado visualmente, entre todos, o “Círculo Azul”, simbolizando assim o logótipo mundial da Diabetes.

Este Encontro conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, do Clube de Ténis do JAMOR, do Instituto Português do Desporto e Juventude, do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, El Corte Inglés e várias empresas ligadas ao setor farmacêutico.

A entrada neste Encontro é gratuita e extensível a todos os interessados.

Programa

3º Encontro Nacional dos Diab(r)etes

10H00-10H30m                 Registo dos Participantes e Entrega de kit

10H30m-11H00                 Distribuição de todos os participantes pelos respetivos Campos

11H00-13H00                    Clínicas de Ténis e Torneio

13H00-15H30m                 Almoço com todos os participantes (piquenique no Jamor)

15H30m-17H00                 Convívio e Entrega de Prémios

                                          Realização do “Círculo Azul”

“Quality Improvement Award 2017”
O Hospital de Braga foi o único hospital português distinguido no prémio Quality Improvement Award 2017, atribuído pelo Caspe...

O prémio “Quality Improvement Award 2017”, atribuído em função da análise de um painel de peritos de várias áreas e organizações da saúde, distingue o Hospital de Braga (HB) pela qualidade da prestação dos cuidados de saúde, pela experiência que proporciona ao doente e pelo trabalho desenvolvido no bem-estar, segurança e satisfação dos profissionais.

O anúncio foi feito na cerimónia anual do CHKS Top Hospitals Awards 2017, que juntou, em Londres, mais de 200 intervenientes e líderes de organizações de saúde internacionais. Esta distinção é o reconhecimento internacional da implementação contínua de ações que elevam a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos utentes do Hospital de Braga, como é o exemplo dos compromissos assumidos nos processos de acreditação na área da Qualidade, Ambiente e Segurança.

Os sucessivos reconhecimentos, pelas entidades competentes, da qualidade e eficiência do Hospital de Braga foram valorizados nesta distinção. Destacando-se a conquista do título de melhor hospital de média/grande dimensão – TOP5 dos Hospitais - em dois anos consecutivos, que avalia a qualidade assistencial, a eficiência e adequação dos cuidados de saúde.

Esta distinção reconhece, ainda, os vários projetos implementados para melhorar a qualidade clínica e satisfação dos utentes como são exemplo as práticas de regulares de auditorias clínicas, com especial enfoque no programa de Enfermagem, o desenvolvimento do movimento Cuidar+, e a criação da Direção de Serviço ao Utente, assumindo o Hospital de Braga o papel de líder nacional na criação deste Serviço que gere de forma integrada todo o percurso do doente.

O trabalho desenvolvido na satisfação dos profissionais é, também, reconhecido neste prémio através das várias medidas implementadas, anualmente, e nas quais se distinguem ações que beneficiam colaboradores com vencimentos mais reduzidos com a oferta de Cabazes de Natal, Bolsas de Livros Escolares, ou ainda, uma forte política de recrutamento interno que permite uma progressão na carreira profissional.

Os Top Hospital Awards comemoram o sucesso dos profissionais de saúde a nível internacional e premeiam a inovação e a melhoria da prestação dos cuidados de saúde, desafiando continuamente as instituições prestadoras de cuidados de saúde para a persecução de uma estratégia orientada para a melhoria da experiencia dos seus utentes. 

Estudo
Os programas de austeridade do FMI nos países mais pobres podem diminuir a capacidade de alguns pais de garantir a saúde dos...

Realizado por seis universidades, este estudo publicado na revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences junta-se a uma vasta literatura sobre os possíveis malefícios da austeridade orçamental promovida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nos países do sul.

O estudo, que compilou dados de 67 países recolhidos nos anos 2000, afastou a hipótese de uma “causa direta” entre uma degradação dos indicadores de saúde e os planos do FMI, que fornece empréstimos aos Estados em troca de programas de consolidação das finanças públicas.

O trabalho identificou “efeitos contraditórios” que a ação do FMI tem na saúde infantil.

“As intervenções do FMI procuram aumentar a estabilidade económica, o que traz benefícios para a população. No entanto, ao mesmo tempo, as medidas de ajustamento impostas pelo FMI diminuem os efeitos protetores [que o nível] de educação dos pais [tem] na saúde infantil”, escreveram os autores das universidades de Cambridge e Oxford, no Reino Unido.

Assim, os lares onde o chefe de família tem pelo menos um nível de educação primário têm, em termos gerais, mais condições de responder às necessidades dos filhos em termos de acesso à água, nutrição ou vacinação.

Esta capacidade é reduzida nos países sob assistência do FMI, especialmente em meios rurais, indicou o estudo.

De acordo com os investigadores, o nível de escolaridade dos pais reduz os riscos de malnutrição infantil em 38% em épocas normais, mas apenas em 21% quando os países estão a ser apoiados pelo FMI.

Esta diferença está relacionada, de acordo com os investigadores, com a redução das despesas públicas exigidas pelo FMI que “comprime os salários” e provoca perdas de oportunidade de emprego, arriscando-se a limitar a “utilidade (…) de uma educação básica” na capacidade dos pais de garantirem uma saúde melhor aos filhos.

Contactado pela agência noticiosa France Presse (AFP), o FMI criticou o estudo e disse que este falhou em estabelecer uma ligação direta entre os planos de resgate e a saúde infantil.

De acordo com a instituição, os investigadores concluíram “de maneira errónea” que os gastos com a educação diminuem nos países sob assistência do FMI, com consequências nefastas para a saúde infantil.

“As nossas análises mostram que as despesas públicas com a educação aumentaram significativamente nos países de baixos rendimentos, durante a implementação dos programas de assistência do Fundo”, indicou uma porta-voz do FMI em comunicado.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, segundo...

De acordo com o Instituto, as regiões de Beja, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Funchal e Porto Santo (Madeira), Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Horta (Faial) e Santa Cruz das Flores (Flores), nos Açores, apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

As regiões de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Penhas Douradas, Porto, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real e Ponta Delgada (ilha de São Miguel) estão em risco ‘elevado’ de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje no continente céu com períodos de muita nebulosidade por nuvens médias e altas e nas regiões do interior Norte e Centro durante a tarde, há condições para formação de nebulosidade de evolução e possibilidade de ocorrência de aguaceiros dispersos.

A previsão aponta ainda para vento fraco, tornando-se moderado de noroeste no litoral oeste a partir da tarde e pequena subida de temperatura.

Na Madeira prevê-se céu com períodos de muita nebulosidade, em especial por nuvens altas e vento fraco a moderado do quadrante norte.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento noroeste fraco a bonançoso, rodando para oeste.

Em Lisboa, as temperaturas vão oscilar entre 19 e 31 graus Celsius, no Porto entre 15 e 24, em Vila Real entre 15 e 29, em Bragança entre 13 e 28, em Viseu entre 14 e 28,na Guarda entre 13 e 25, em Coimbra entre 16 e 29, em Castelo Branco entre 17 e 31, em Santarém entre 17 e 35, em Évora entre 15 e 24, em Beja entre 16 e 33, em Faro entre 18 e 30, no Funchal entre 18 e 25, em Ponta Delgada e na Horta entre 13 e 19 e em Santa Cruz das Flores entre 13 e 18.

Comissário europeu
O comissário europeu Vytenis Andriukaitis, responsável pelas áreas da Saúde e Segurança Alimentar, felicitou o parlamento...

Segundo uma informação em destaque na página na internet da Direção-Geral da Saúde, o comissário congratulou o parlamento português pela discussão das medidas de restrição ao tabaco em locais públicos.

Numa carta enviada à comissão parlamentar de Saúde, Vytenis Andriukaitis salienta que o processo de discussão (no sentido de modificar a lei do tabaco) vai ao encontro de uma “efetiva aplicação da Convenção Quadro da Organização Mundial da Saúde para o Controlo do Tabaco, assinada pela União Europeia e por Portugal, que chama a atenção dos governos para a proteção contra a exposição ao fumo do tabaco”.

Diz Vytenis Andriukaitis que a discussão parlamentar é “uma boa oportunidade para Portugal fortalecer as medidas de controlo do tabaco em ambientes livres de fumo de modo a proteger a saúde e o bem-estar dos cidadãos, em linha com a Recomendação do Conselho Europeu de 2009”.

Os deputados têm estado a debater alterações à lei do tabaco propostas pelo Governo e que consistem essencialmente em equiparar novos produtos de tabaco, como cigarros eletrónicos ou tabaco aquecido, às formas tradicionais de fumar, e restringir o consumo de tabaco junto de locais como escolas ou hospitais.

Numa votação indiciária em sede de grupo de trabalho os deputados aprovaram a primeira alteração mas chumbaram as restrições ao tabaco junto de locais como escolas ou hospitais.

Governo
O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, afirmou que os ministérios da Saúde e da Economia estão a estudar soluções conjuntas para...

“Num quadro [orçamental] exigente estamos atentos ao papel que o termalismo tem no turismo e na saúde”, afirmou Eduardo Cabrita, assegurando que os respetivos ministérios “encontrarão a solução mais adequada para este setor” no âmbito da preparação do próximo Orçamento do Estado.

O ministro falava aos jornalistas, nas Caldas da Rainha, à margem das comemorações do feriado municipal, realizadas no Hospital Termal, encerrado desde 2013 devido à presença de uma bactéria e que a autarquia estima reabrir de forma faseada até 2019.

Na cerimónia, o presidente da autarquia, Fernando Tinta Ferreira, lançou ao governante o repto para que o estado volte a “comparticipar os tratamentos termais”, considerando a água “um medicamento, não invasivo”, que considera justificar-se “ser comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde”.

Questionado pelos jornalistas, Eduardo Cabrita confirmou que “esse debate tem sido feito, sobretudo a nível orçamental”, no que respeita “ao IVA do termalismo”, mas não se comprometendo que as negociações entre os dois ministérios resultem na comparticipação dos tratamentos termais.

No discurso oficial, o ministro sublinhou “a relevância do termalismo no afirmar da competitividade local”, numa altura em que, depois de décadas em que o termalismo passou “por tempos de menor brilho e em muitos locais de alguma decadência”, correspondendo a “uma ideia antiquada de turismo”.

“Esse tempo mudou”, afirmou o ministro para quem “o termalismo renasceu” associado “a um desafio global”, na área da saúde e do bem-estar e, no caso das Caldas da Rainha, a uma recuperação patrimonial que vai ao encontro do “processo profundo de descentralização” que está a ser desenvolvido pelo Governo.

Para o governante, as autarquias locais são quem “tem melhores condições” para a recuperação do património devoluto ou em estado degradado, considerando o exemplo da aceitação por parte da Câmara das Caldas da Rainha da cedência do hospital termal por um período de 70 anos.

“Aquilo que se está aqui a fazer é aquilo que queremos fazer um pouco por todo o país”, concluiu o ministro.

No âmbito do feriado municipal, que decorre sob o lema “terra de águas e de artes”, Eduardo Cabrita presidiu ainda à inauguração do Museu Leopoldo de Almeida, que juntamente com os três museus de escultura já existentes no Centro de Artes transforma Caldas da Rainha no mais importante núcleo de escultura portuguesa do período do Estado Novo.

Organização Mundial de Saúde
Mais de 3.000 adolescentes morrem todos os dias em todo o mundo, num total de 1,2 milhões de mortes por ano, de causas quase...

Acidentes rodoviários, infeções respiratórias e suicídio são as maiores causas de morte entre os adolescentes, refere o relatório, sublinhando que mais de dois terços das mortes de adolescentes em 2015 ocorreram em países de baixo e médio e rendimento em África e no sudeste asiático.

Os dados do relatório "Ação Global Acelerada para a Saúde dos Adolescentes: Orientações para apoiar a implementação nacional" revelam diferenças acentuadas nas causas de morte quando se separam os grupos de adolescentes por idade (entre 10-14 anos e 15-19 anos) e por sexo.

Em 2015, os acidentes rodoviários foram a principal causa de morte nos adolescentes entre os 10 e os 19 anos, resultando aproximadamente em 115 mil mortes. Os adolescentes com idades entre 15 a 19 anos foram os que sofreram o maior número de acidentes.

Analisando as causas de mortes por regiões, as diferenças são, segundo o relatório, ”gritantes”. Nos países de baixo e médio rendimento em África, as maiores causas de morte são as doenças transmissíveis como o VIH/Sida, as infeções respiratórias, a meningite e as doenças diarreicas.

Também o retrato das meninas difere completamente, refere o relatório, adiantando que a principal causa de morte nas adolescentes entre os 10 e 14 anos são as infeções respiratórias, como a pneumonia - muitas vezes em resultado da poluição do ar interior gerada por combustíveis sujos usados nas cozinhas.

Nas meninas entre os 15 e os 19 anos são as complicações decorrentes de abortos inseguros.

O suicídio e a morte acidental por automutilação foram a terceira causa de mortalidade nos adolescentes em 2015, resultando em cerca de 67.000 mortes.

“A automutilação ocorre em grande parte entre os adolescentes mais velhos e, globalmente, é a segunda principal causa de morte entre as adolescentes mais velhas”, sendo a principal ou a segunda causa de morte de adolescentes na Europa e no sudeste Asiático.

O relatório, realizado em parceria com várias organizações, como a Unicef, defende que a maioria destas mortes pode ser evitada com serviços de saúde, educação e apoio social.

A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Saúde da Família, Flavia Bustreo, afirma que “os adolescentes têm estado totalmente ausentes dos planos nacionais de saúde há décadas".

"Investimentos relativamente pequenos focados em adolescentes, não só resultarão em adultos saudáveis e capacitados, que prosperam e contribuem positivamente para suas comunidades, como em gerações futuras mais saudáveis, produzindo enormes retornos", defende Flavia Bustreo.

Para o diretor da Saúde Materna da OMS, Anthony Costello, “melhorar a forma como os sistemas de saúde servem os adolescentes é apenas uma parte para melhorar a saúde".

"Os pais, as famílias e as comunidades são extremamente importantes, pois têm o maior potencial para influenciar positivamente o comportamento e a saúde dos adolescentes", sublinha Anthony Costello.

Segundo o documento, as necessidades de saúde dos adolescentes intensificam-se em contextos humanitários e frágeis.

“Os jovens muitas vezes assumem responsabilidades de adultos, incluindo cuidar de irmãos ou trabalhar, e podem ser obrigados a abandonar a escola, casar cedo ou envolver-se em sexo transacional para atender às suas necessidades básicas de sobrevivência”, sublinha o relatório.

Como resultado, sofrem de má nutrição, lesões não intencionais, gravidez, doenças diarreicas, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis e problemas de saúde mental.

Para “reduzir drasticamente” estas mortes, o relatório recomenda programas de saúde de adolescentes, incluindo a educação sexual nas escolas, limites de idade mais elevados para consumo de álcool, exigir cintos de segurança e capacetes, reduzir o acesso e o uso indevido de armas de fogo.

Diminuir a poluição do ar interior através de combustíveis de cozinha mais limpos, aumentar o acesso a água potável, saneamento e higiene, são outras medidas propostas.

Diagnóstico precoce evita complicações graves
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, estima-se que cerca de três

A Doença Venosa Crónica é uma das patologias crónicas mais prevalentes da atualidade e que se encontra presente em mais de um terço da população.

Estima-se que cerca de três milhões de mulheres portugueses, com mais de 30 anos, sofram da doença. No entanto, este número poderá estar, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV), aquém da realidade uma vez que “parece existir desconhecimento e desvalorização dos seus sintomas”.

A Doença Venosa Crónica (DVC) trata-se de uma patologia crónica e evolutiva que afeta, essencialmente, as veias do sistema venoso surperficial das pernas. “A Doença Venosa Crónica tem como causa principal um defeito estrutural da parede das veias e engloba todas as formas de apresentação da doença, desde as mais simples – onde cabem os estádios iniciais – até às mais complexas como varizes ou úlceras varicosas”, começa por explicar José Daniel Menezes, presidente da SPACV.

Sensação de peso e dor nos membros inferiores, sobretudo ao final do dia, e em alguns casos prurido ou cãibras, são alguns dos sintomas da doença.

“Nas fases iniciais, os doentes não valorizam os sintomas e poucos recorrem ao médico”, refere o especialista explicando que, tratando-se esta de uma patologia crónica e evolutiva, “por vezes, os doentes chegam à consulta já numa fase avançada da doença”.

Sensação de “formigueiro” ou dormência das pernas podem rapidamente evoluir para  edema, hiperpigmentação (alteração da cor) da pele, varizes e úlcera varicosa. “A principal complicação é o aparecimento da úlcera varicosa e tromboflebite. Este é o estádio final da doença”, refere José Daniel Menezes.

Quando não identificada e tratada, a DVC pode dar origem a diversas complicações com elevado impacto clínico, afetando a qualidade de vida dos doentes. Por outro lado, a ela está associado um impacto social e económico bastante significativo, estimando–se que esta doença seja responsável, em Portugal, por 1 milhão de dias de trabalho perdidos, por 21% de mudanças nos postos de trabalho e 8% das reformas antecipadas.

Como principais fatores de risco destacam-se alguns hábitos comportamentais da sociedade atual como o sedentarismo ou a obesidade/sobrepeso, aos quais se juntam fatores biológicos como a predisposição familiar, idade ou gravidez.

“A idade é um fator importante de agravamento”, afirma José Daniel Menezes adiantando que, embora os estudos de prevalência mostrem que a doença venosa possa “surgir a partir dos 15 anos, são as pessoas mais idosas que têm casos mais graves”.

Por outro lado, parece haver uma forte associação da patologia às doenças reumáticas,  “não por elas mas porque levam, muitas vezes, à imobilização por dor”.

Relativamente ao seu tratamento, este é indivualizado e depende da fase em que se encontra a doença, da presença ou gravidade de sintomas.

Deste modo, e tratando-se de uma doença cuja progressão pode ser travada, é importante que o doente “perante sinais específicos, procure, desde logo, conselho médico”.

De acordo com o presidente da SPACV, a grande maioria dos doentes que se estima sofrerem de doença venosa crónica encontra-se no estádio inicial da doença, a quem são recomendadas medidas de profilaxia do agravamento. “Evitar estados prolongados de pé ou sentado, realizar exercício físico ou controlar o peso”, explica o especialista.

A terapêutica medicamentosa (venoactivos orais), de compressão (meia elástica), esclerosante (secagem de pequenas varizes, em regra, através de injeção de um agente químico dentro da veia) ou tratamento cirúrgico (cirurgias ablativas ou não ablativas) são indicados caso a caso.

Não obstante, recomenda-se vigilância regular dado o seu carácter crónico e evolutivo.

Campanha “Alerta Doença Venosa”

A terceira campanha de sensibilização para a Doença Venosa Crónica, organizada pela Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, pretende contribuir para um maior conhecimento da doença e suas complicações quando não tratada.


“Alerta Doença Venosa”: campanha sensibiliza para riscos da patologia

“A necessidade deste alerta foi algo que sempre identificámos e que se tornou notório com os dados do primeiro inquérito sobre Doença Venosa, que levámos a cabo no âmbito do primeiro ano de campanha, em 2015”, explica José Daniel Menezes em comunicado.

Este trabalho contou, na altura, com a colaboração de 1790 participantes que foram avaliados por uma equipa especializada (constituída por Cirurgiões Vasculares e Enfermeiros) e permitiu concluir que 97% dos inquiridos sofriam de Doença Venosa Crónica há vários anos mas apenas metade terá realizado tratamento.

“Diagnosticar precocemente e tratar de forma adequada é, portanto, imperativo, já que a Doença Venosa Crónica pode evoluir para complicações mais graves quando a patologia não é tratada de forma correta”, reforça o especialista. 

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde
Os serviços de saúde mantêm-se hoje sem qualquer registo de incidente relativo a ataques informáticos, mas têm orientações para...

Fonte oficial dos SPMS indicou que, até às 14:00 de hoje, não houve registo de nenhum problema ou incidente relacionado com o ataque informático de grandes dimensões à escala internacional.

A mesma fonte acrescentou não ter registo de sistemas informáticos que estejam inoperacionais por via de um ataque e disse não haver indicações para desligar os sistemas que interferem com os serviços aos utentes.

Os SPMS divulgaram no domingo uma circular a todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com indicações de cuidados adicionais, nomeadamente condicionando o acesso de correio eletrónico (e-mail).

Outro dos cuidados pedidos foi para que todos os computadores de funcionários do SNS fossem desligados de domingo para hoje.

A utilização dos computadores hoje e terça-feira deve ainda cumprir alguns requisitos, como seja serem ligados sem conexão à rede (cabo ou ‘wireless’) no caso de ainda não terem sido implementadas as medidas de segurança pela informática da instituição.

Segundo a circular dos SPMS, a ligação à rede cabo ou ‘wireless’ só deve ocorrer depois de aplicadas as medidas de segurança recomendadas.

Os serviços contam emitir uma nova orientação na terça-feira ao fim do dia, dando novas indicações.

O ciberataque lançado na sexta-feira contra vários países e organizações foi de "um nível sem precedentes", admitiu no sábado o gabinete europeu da Europol (Serviço Europeu de Polícia).

O ataque informático de grandes dimensões à escala internacional atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca, segundo a multinacional de serviços tecnológicos Claranet.

Entretanto, a Claranet alertou hoje para a possibilidade de novos ciberataques e aconselhou os utilizadores a terem os sistemas atualizados, não abrir anexos desconhecidos e desligar da energia todo o equipamento suspeito de estar infetado.

Este ciberataque já afetou 150 países e 200 mil sistemas informáticos.

Estudo
Os jovens nadadores em competição têm um sono mais superficial, o que põe em causa a sua recuperação física e psicológica,...

Segundo o estudo, a qualidade de sono “é determinante no desempenho dos atletas, mas não é fator tido em conta no planeamento e programação do treino”.

O estudo a jovens nadadores em competição foi liderado pelo investigador Jorge Conde, que alerta para a necessidade de “criar espaço para o sono” na elaboração dos programas de treino.

“O treino intensivo cria um padrão adaptado, em que os atletas dormem mais e com maior eficiência, mas de forma mais superficial. Em comparação com sedentários na mesma faixa etária, o treino diminui o sono profundo, afetando a capacidade de recuperação dos atletas, incluindo a recuperação musculoesquelética”, revela a investigação.

No estudo foram avaliadas as alterações do padrão do sono em nadadores jovens, envolvidos num processo de treino e de competição regulares, e “as implicações na capacidade de rendimento que lhe poderão estar diretamente associadas”.

O padrão de sono foi analisado em diferentes fases do ciclo anual de treino, nomeadamente “padrão de repouso, um dos ciclos mais intensos da época, os momentos mais próximos possíveis antes e depois de uma competição importante”.

De acordo com Jorge Conde, “a avaliação do sono num momento de grande intensidade e volume de treino mostra que há diferenças no sono dos atletas: dormem menos, embora de forma mais eficiente”.

“As latências são todas elas menores do que no início de época, parecendo que os atletas têm pressa em dormir”, acrescenta.

Esta alteração “perdura no tempo, verificando-se os mesmos resultados após cinco semanas de paragem de treinos”, ficando demonstrado que, “mesmo na paragem entre épocas, essa adaptação não desaparece na totalidade”.

Jorge Conde considera que a qualidade do sono “pode não ser suficiente para os organismos recuperarem na totalidade, quer física, quer cognitivamente, do esforço acumulado ao longo de uma época”.

Nesse âmbito, alerta que deve ser aberta a discussão “sobre a necessidade de se ensaiarem outras estratégias horárias de treino e eventualmente outra distribuição de carga e intensidade”, podendo ser “necessário redistribuir as horas de treino e de sono”.

“Os resultados levam-nos a questionar se, do ponto de vista psicológico, o atleta chega às competições na sua melhor forma”, acrescenta.

O investigador entende que, apesar de se assumir que a qualidade de sono é determinante nos atletas, na maioria das vezes este é um assunto “visto como lateral e habitualmente não cuidado na elaboração dos programas de treino”.

Os resultados do estudo concluem que “o sono deve ser um período integrante do plano de treino, por forma a rentabilizar o tempo efetivo de treino”.

Jorge Conde reconhece que estas propostas “esbarram na ausência de condições especiais para que estes atletas possam cumprir a sua vida desportiva, sem esta ser condicionada pela vida escolar”.

No entanto, insiste na “necessidade de se criar mais espaço para o sono, que permitirá maiores e melhores recuperações, ajudando os atletas a obterem melhores estados físicos e psicológicos”.

Os resultados desta investigação estão incluídos na sua tese de doutoramento, apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, intitulada “Qualidade e perturbações do sono em jovens nadadores”, e estão agora publicados num livro que será lançado na terça-feira, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC).

Dia 21 de maio
Inscrições terminam já amanhã. Seminário, que antecede a prova, conta com Ricardo Ribas (Sport Lisboa e Benfica) e Manuel...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, no próximo domingo, dia 21 de maio, uma corrida e uma caminhada de 10 quilómetros, que visam sensibilizar a população para a importância do exercício físico na promoção e manutenção da saúde mental, assim como para a diminuição do estigma associado à “doença mental”.

“10 km pela Saúde Mental” é o título da prova, que começa, pelas 10h00 (cinco minutos depois partida da caminhada), nas instalações da ESEnfC no Polo B (junto ao Hospital dos Covões), onde os participantes regressarão após um percurso que inclui a passagem pelas ruas de S. Martinho do Bispo, pela Escola Superior Agrária e pelas paisagens da mata do Choupal.

A iniciativa “10 km pela Saúde Mental” compreende, ainda, na tarde do dia anterior, um seminário (com início às 15h00, no auditório António Arnaut - instalações do Polo B) que terá a participação, entre outros, do atleta olímpico Ricardo Ribas (Sport Lisboa e Benfica) e do atleta paralímpico medalhado Manuel Mendes (Vitória de Guimarães). Os dois vão proferir, respetivamente, as comunicações “10 dicas sobre corrida” (às 17h00) e “10 dicas sobre perseverança e desporto” (às 17h15).

Nesse o sábado, professores da ESEnfC, profissionais de saúde e de educação física vão dar informações, opiniões e testemunhos «de quem acredita e quer motivar outros a acreditar que o exercício físico proporciona quilómetros de bem-estar mental a quem o pratica», afirma a organização do evento, da responsabilidade do VII curso de pós-licenciatura de especialização e do V curso de mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, ministrados na ESEnfC.

“10 km pela Saúde Mental” pretende ter, também, um cariz solidário, pelo que cada participante poderá entregar à organização, no momento de levantamento do dorsal, um alimento ou uma peça de roupa para doar a organizações carenciadas da região de Coimbra.

Mais informações sobre a corrida, ou sobre o seminário, podem ser obtidas no site oficial da prova, em www.esenfc.pt/event/10kmsaudemental, onde ainda é possível fazer inscrições, mas só até amanhã, dia 16 de maio.

Na próxima 4.ª feira
Mais de 40 serviços de dermatologia do continente e ilhas participam na quarta-feira no rastreio nacional gratuito no âmbito do...

O rastreio é promovido pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), com o patrocínio da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia e da Direção Geral de Saúde, decorre em serviços de dermatologia no continente, Açores e Madeira e no ano passado avaliou cerca de 1.700 pessoas.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, este ano, serão diagnosticados mais de 12.000 novos casos de cancros da pele e cerca de 1.000 serão novos casos de melanoma.

De acordo com a APCC, no rastreio do ano passado as suspeitas ascenderam a mais de 80 casos de carcinoma basocelular e 14 de melanomas, além de outras lesões de risco de cancro de pele.

Na população estudada, 40% das pessoas evidenciavam a presença de lentigos solares no tronco, reconhecidos como sequela frequente de queimaduras solares.

Foi feito o diagnóstico clínico de nevos atípicos - sinais irregulares na cor, bordo, de diâmetro maior que 5 mm e que apresentam mais risco de evoluírem ou se associarem a melanoma - em 288 pessoas. Destas, 126 tinham queratoses actínicas, um precursor potencial de carcinoma espinocelular.

Da amostra analisada, 21% relatavam antecedentes de queimadura solar antes dos 10 anos e mais de metade (52%) entre os 10 e 18 anos. Apenas 22% referiam colocar sempre protetor solar quando expostos ao sol, fora da praia.

A maior parte das pessoas (85%) disseram colocar, quando expostas ao sol, na praia, creme com fator de proteção solar superior a 30.

Uma em cada três pessoas disseram ter atividade profissional ao ar livre e 60% referiam a prática regular ou ocasional de desporto ao ar livre.

A APCC considera que estes números mostram “a importância do autoexame, dos rastreios periódicos e a necessidade de reforçar os cuidados a ter com o sol, sobretudo naqueles com exposição ocupacional ao sol e também naqueles praticantes de desporto ao ar livre”.

Este ano, na apresentação da campanha, a associação apelou para a criação, em cada Unidade de Saúde Familiar, de equipas especializadas e preparadas para despistar através da teledermatologia suspeitas de cancro de pele.

Segundo a APCC, o equipamento necessário para estes médicos e enfermeiros pagar-se-ia ao evitar três cirurgias desnecessárias que hoje se fazem.

Desde há 17 anos que Portugal participa na Campanha Europeia do Dia do Euromelanoma/Dia dos Cancros de Pele, que se assinala em mais de 30 países.

A APCC organiza desde 2003 cursos de formação para prevenção e diagnóstico precoce de cancros da pele dirigidos a profissionais de Educação e Saúde, com uma participação global cerca de 11.000 profissionais.

Estudo
Uma das características da raça humana é a sua capacidade de adaptação. A evolução, a melhoria da espécie e a luta contra as...

Falhas de implantação, abortos recorrentes e pré-eclâmpsia são algumas das complicações, às vezes sem resposta, nos tratamentos com ovócitos doados, cuja a origem, em muitos casos, é imunológica. O IVI após mais de dois anos de investigação, teve oportunidade de apresentar um estudo inovador sobre imunologia no 7th International IVI Congress de Bilbao.

A investigação, levada a cabo, entre outros, pela Dra. Diana Alecsandru, imunologista do IVI Madrid, consistiu num estudo, com uma amostra de 204 pacientes, no qual se identificou e classificou todos os fatores imunológicos que podem interferir no tratamento com ovócitos doados (mãe, companheiro, dador, filhos nascidos previamente, tecido de aborto se este tiver ocorrido, etc.).

A nível uterino, todas as mulheres dispõem de determinadas células com uns recetores chamados KIR; entre eles existem três grandes grupos genéticos (KIR AA, KIR AB y KIR BB). Estes recetores são os encarregados de reconhecer a parte estranha do embrião. Na reprodução assistida com óvulos próprios e na reprodução espontânea, estes recetores somente identificam uma parte estranha, quer dizer, a paterna. Por outro lado, nos tratamentos com ovócitos doados reconhecem-se duas partes alheias, a paterna e a da dadora, podendo aumentar o número de partes não reconhecidas, se considerarmos a transferência de mais de um embrião.

Todos os seres humanos dispõem de uns antígenos las células denominadas HLA-C, que se dividem em dois grandes grupos HLA-C1 e HLA-C2. Uma denominação genética parecida a que se pode dar, por exemplo, entre os diferentes grupos sanguíneos, mas que se descobriu recentemente. Um estudo realizado pela Dra. Diana Alecsandru revela, entre outros, que a união de recetores KIR AA com antígenos HLA-C2 é uma combinação de risco para a raça humana em todo o mundo.

Aqui retomamos o comentário “que o corpo humano é muito inteligente” para constatar que, num tratamento com óvulos doados, quando uma mulher com recetores KIR AA (entre 30 a 40 % das mulheres europeias apresentam este tipo concreto de recetores) recebe a transferência de um embrião com antígenos, as probabilidades de aborto, falha na implantação e outras complicações disparam.

A importância do estudo da Dra. Alecsandru e as conclusões residem principalmente em dois pontos. Em primeiro lugar, a importância de realizar uma classificação dos KIR y HLA-C tanto da mãe como do pai e da dadora. Mediante uma simples análise de sangue realizar-se-á a denominação genética de cada um dos protagonistas, para poder escolher sempre a dadora mais adequada e alinhar todos os protagonistas.

Em segundo lugar, a importância de apostar, nos tratamentos com óvulos doados pela transferência de um só embrião, para que o útero da mulher reconheça o menor número de elementos estranhos e exista maior probabilidade de aumentar as taxas de gravidez e ter um bebé saudável. Apesar dos resultados do estudo terem origem em Madrid, gradualmente o IVI está a implementar estas conclusões em todas as suas clínicas (de momento apenas em pacientes com patologias de gestação como abortos recorrentes, falhas de implantação recorrentes, pré-eclampsia, etc.) para continuar a oferecer aos seus pacientes as melhores técnicas e as maiores probabilidades de ter uma gravidez segura e um bebé saudável.

Segundo a Dra. Alecsandru, “com estes estudos estamos a verificar a importância de avaliar as características imunológicas das dadoras. É muito importante selecionar adequadamente a dadora, não só pela compatibilidade da cor de olhos, do grupo sanguíneo, etc., mas também pelas características imunológicas. O objetivo final é que a dadora seja compatível com a recetora, para que a gravidez chegue a termo da melhor forma possível. Além disso, é recomendável transferir um só embrião, para que o útero materno não seja obrigado a reconhecer demasiados corpos externos.

Estudo
Poderá uma 'SenseCam', câmara fotográfica automática portátil que capta imagens do dia-a-dia, ajudar a atrasar a...

Um estudo realizado por uma equipa de investigadores das Universidades de Coimbra (UC) e Leeds (Reino Unido), entre 2011 e 2016, intitulado “Estimulação da memória na Doença de Alzheimer (DA) em fase inicial. O papel da SenseCam no funcionamento cognitivo e no bem-estar”, revela que sim e recomenda o uso deste método como complemento ao tratamento farmacológico da doença.

Partindo de estudos anteriores onde é evidenciado que a visualização de imagens estimula as zonas do cérebro responsáveis pelas memórias autobiográficas (lobo temporal medial - hipocampo e áreas parahipocampais), das primeiras a deteriorarem-se na Doença de Alzheimer, os investigadores quiseram estudar a eficácia da utilização da SenseCam, como ferramenta de estimulação cognitiva, na fase inicial da doença.

Numa primeira fase do projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e liderado por investigadores das Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC) e Ciências e Tecnologia (FCTUC, Departamento de Engenharia Informática) da UC, a equipa realizou um estudo piloto com um grupo de 29 jovens e idosos saudáveis (15 jovens e 14 idosos) para explorar os efeitos da SenseCam em testes de cognição global e analisar em que medida este instrumento poderia ser útil para os pacientes com DA.

Identificadas as potencialidade do método no funcionamento cognitivo global, os investigadores avançaram então para o estudo principal com 51 idosos, na sua maioria mulheres, diagnosticados com Doença de Alzheimer em fase inicial, seguidos nos serviços de Psiquiatria (consulta de gerontopsiquiatria) e de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e também na Associação Alzheimer Portugal.

Os idosos, com idades compreendidas entre os 60 e 80 anos de idade, foram divididos em três grupos e sujeitos a estratégias de estimulação cognitiva diferentes durante seis semanas: um grupo foi intervencionado com o uso da SenseCam que captou imagens quotidianas vivenciadas pelos pacientes, outro com um treino convencional ativo (exercícios como memorização de listas de compras, associação faces-nomes, etc.) e o terceiro grupo registou o seu dia-a-dia num diário.

No final das seis semanas, os investigadores observaram que a intervenção baseada na SenseCam “foi mais eficaz no desempenho cognitivo comparativamente com o programa de treino cognitivo ativo e com o diário escrito”, afirma Ana Rita Silva, investigadora principal do estudo, cujos resultados já foram aceites para publicação na revista internacional Current Alzheimer Research.

A investigação demonstrou, também, que este método de ajuda passiva, já que não implica esforço ou motivação por parte do paciente (basta colocar a câmara ao pescoço), “aumenta o bem-estar geral do paciente e diminui a sintomatologia depressiva que afeta cerca de 40% de doentes com Alzheimer na fase inicial. Ao fim de seis semanas de intervenção, o grupo que utilizou a SenseCam foi o que apresentou maior redução da sintomatologia depressiva”, observa a investigadora da UC.

As conclusões deste estudo, do qual resultou a Tese de Doutoramento de Ana Rita Silva, “reforçam a importância do desenvolvimento de intervenções não farmacológicas para pacientes com DA em fase inicial” porque, defende a investigadora, “embora a primeira linha de atuação nesta doença, após o diagnóstico, seja o tratamento farmacológico, há um consenso crescente relativamente à urgência de complementar esta atuação com a implementação de intervenções não farmacológicas, de modo a reduzir o impacto da doença”.

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