Infarmed
O Infarmed ordenou a retirada do mercado e a suspensão de comercialização de cosméticos da marca Biocode por conterem um...

De acordo com uma nota da autoridade do medicamento, "os produtos cosméticos não enxaguados da marca Biocode contêm na lista de ingredientes o conservante 'Methylisothiazolinone', cuja utilização é proibida desde 12 de fevereiro de 2017", pelo que é ordenada a sua suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado.

As entidades que disponham destes produtos não os podem disponibilizar e os consumidores que tenham algum destes produtos não os devem utilizar.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todo o território de Portugal continental, a Região Autónoma da Madeira e a ilha Terceira, nos Açores, estão hoje com risco &...

Para as regiões com risco 'Muito Elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje uma pequena subida da temperatura máxima nas regiões do interior, céu pouco nublado, apresentando períodos de muito nublado no interior a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e no litoral oeste até ao final da manhã.

Para durante a tarde está previsto um aumento temporário de nebulosidade nas regiões do interior, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos no Norte e Centro. O vento vai soprar fraco.

As temperaturas máximas não deverão ultrapassar os 29º em Faro e Évora, que serão as cidades mais quentes. Em Beja os termómetros chegarão aos 28º, em Castelo Branco, Santarém e Braga aos 27º e em Vila real aos 26º.

Para Lisboa está prevista uma máxima de 24º, assim como Coimbra, e para o Porto 23º.

Nas ilhas, a Madeira (Funchal) chegará aos 24º e os Açores não vão passar dos 22º (Angra e Ponta Delgada).

Direção-Geral da Saúde
O teste da infeção por VIH/sida deve ser feito por todos pelo menos uma vez na vida, apela a Direção-Geral da Saúde, indicando...

“O importante é as pessoas terem a noção de que, pelo menos uma vez na vida, devem fazer o teste e isso deve ser encarado como fazer um teste para sabermos se temos diabetes ou colesterol alto. Só fazendo o teste é que podemos ter a certeza se estamos ou não infetados e só assim podemos ter acesso aos cuidados de saúde”, afirmou a diretora do Programa Nacional para a Infeção VIH, Sida e Tuberculose.

Durante a apresentação do relatório sobre estas doenças, referente a 2016, Isabel Aldir sublinhou a importância do diagnóstico precoce.

Apesar de o número de testes realizados nos centros de saúde ter aumentado significativamente em 2016, segundo Isabel Aldir ainda chegam aos cuidados de saúde pessoas com doença muito avançada, indicando que é necessário trabalhar para serem mais precocemente diagnosticadas.

Em 2016, dos 841 novos casos de infeção por VIH notificados, 161 tinham já critérios de sida, o que significa que a doença estava em estado avançado de evolução.

A infeção por VIH pode tardar em manifestar sintomas. De acordo com dados apresentados em Lisboa quase 65% dos novos casos no ano passado foram de portadores assintomáticos.

Direção-Geral da Saúde
A percentagem de casos de sida entre os doentes com diagnóstico de infeção por VIH aumentou no ano passado, mas Portugal teve...

Segundo dados apresentados pela Direção-Geral da Saúde, em 2016 foram diagnosticados 841 novos casos de infeção por VIH. Destes, 161 eram já casos de sida, o que pode significar um diagnóstico tardio da doença.

A diretora do Programa Nacional para a Infeção VIH, Sida e Tuberculose, reconhece que pode estar a haver casos de diagnóstico tardio, mas diz que ainda é cedo para fazer essa leitura direta.

“Pode haver um efeito de viés decorrente de haver a tendência de serem primeiro notificados os casos mais graves. É um dado a que estamos muito atentos. Pode ser por haver muitos diagnósticos tardios. Queremos ter a certeza se se deve a um diagnóstico tardio, apesar de todos os esforços que temos vindo a fazer, ou se é só um efeito de um viés de notificação”, afirmou Isabel Aldir aos jornalistas no final da apresentação do relatório com os dados de 2016.

Em 2015 o valor percentual de casos de sida no total de notificações era de 15,3%, valor que subiu para 19,1% no ano passado.

Apesar de um aparente diagnóstico tardio, houve um crescimento de 86% dos testes rápidos do VIH nos centros de saúde e também um crescimento nos testes feitos pelas organizações de base comunitária.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, considerou histórico verificar que o número de novos casos foi em 2016 o menor em pelo menos 15 anos e considerou que Portugal está em condições de trabalhar para “terminar com a epidemia de VIH/sida” no país.

De acordo com o relatório, de 2000 até 2016, o número de novos casos de VIH caiu cerca de 70%, estimando-se que haja cerca de 45 mil pessoas que vivem com a doença, que no ano passado matou cerca de 120 pessoas, número semelhante ao de 2015 e que parece estar a estabilizar depois de ter descido desde 2010.

O sexo masculino continua a ser o mais atingido pela infeção por VIH, mas mantém-se também o predomínio de casos de transmissão heterossexual (57% dos novos diagnósticos). Os homens que fazem sexo com homens representam 35% dos casos.

A doença continua a atingir fundamentalmente as grandes cidades, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Por isso mesmo, Portugal aderiu ao Programa “Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH”, com os municípios de Lisboa, Porto e Cascais, que hoje se comprometeram junto dos responsáveis da ONUSIDA.

As cidades que aderem a este programa comprometem-se atingir sete objetivos, entre os quais acabar com a epidemia do VIH/sida nas cidades até 2030 e atingir metas ambiciosas até 2020.

Na Jordânia
Uma equipa do Centro de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra operou, com sucesso, 14...

Dirigida para o “tratamento da patologia cardíaca congénita” em crianças sírias refugiadas em território jordano, a missão cirúrgica humanitária, liderada pelo cirurgião cardiotorácico e diretor do Centro de Cirurgia Cardiotorácica (CCC) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Manuel Antunes, foi desenvolvida, entre os dias 20 e 28, “sob os auspícios da Châine de l´Espoir [Cadeia da Esperança] francesa e da União Europeia”.

A missão “correu muito bem”, disse, aos jornalistas, Manuel Antunes, referindo que dos 14 casos intervencionados, numa unidade de saúde privada de Amã, dois deles eram “mais delicados”, pois estavam em causa duas crianças com patologia cardíaca congénita com idades inferiores a dois anos e muito pouco peso, que “corriam risco de vida”.

A criança mais nova tinha 75 dias de idade e menos de três quilogramas de peso e a mais velha 17 anos de idade e as respetivas operações, efetuadas com apoio de elementos do hospital local, foram “bem-sucedidas”, tendo todas abandonado já os serviços de cuidados intensivos e algumas delas o estabelecimento hospitalar.

“Todos os doentes tiveram pós-operatórios favoráveis e tinham tido alta da unidade de cuidados intensivos no momento do regresso da equipa a Portugal”, na madrugada de domingo, disse Manuel Antunes.

“Diariamente, foi realizada a avaliação e seguimento clínico, e cuidados de enfermagem das crianças operadas, conjuntamente com a equipa médica e de enfermagem” do hospital, em Amã, e “durante a noite esteve sempre presente um dos enfermeiros de cuidados intensivos da equipa de missão, acompanhando a restante equipa” local, relatou ainda o cirurgião.

A equipa, constituída por nove elementos, incluindo Manuel Antunes, que preside à Cadeia Esperança Portugal, “participou de forma voluntária e gratuita e, além da cirurgia, prestou formação específica ao pessoal clínico pertencente ao Centro Hospitalar” onde decorreu a missão.

A missão cirúrgica, cujo planeamento foi efetuada com meses de antecedência, contou, “naturalmente”, com “o apoio e o trabalho dos elementos” do próprio hospital onde foram feitas as intervenções – o Garden´s Hospital –, nomeadamente dos seus “cardiologistas, pessoal técnico e de enfermagem”, referiu Manuel Antunes.

“Às vezes, mais do que a própria ação, vale o seu simbolismo, o espírito que ela representa”, considerou Manuel Antunes, sustentando que a equipa que se deslocou a Amã “não perdeu, mas ganhou uma semana”, durante a qual, reconheceu, “trabalhou um bocadinho mais” e esteve sujeita a “mais algum stress” do que estaria se se tivesse mantido em funções em Coimbra.

“Regressámos de coração cheio, porque fomos úteis”, concluiu Manuel Antunes, admitindo que tanto ele como a restante equipa e outros elementos do CCC do CHUC possam repetir a missão.

ONU
O vice-diretor executivo do Programa da ONU sobre o VIH/sida considerou que Portugal “tem todas as condições” para começar a...

Luiz Loures esteve em Lisboa a assistir à apresentação dos mais recentes dados portugueses sobre a infeção por VIH e considerou que Portugal tem uma das mais avançadas legislações que protegem contra a discriminação, além de permitir o tratamento de estrangeiros sem discriminar a origem geográfica.

“Portugal tem todas as condições para dar um passo mais ambicioso e começar a discutir o fim da epidemia no país. O fim da sida aqui já começou”, afirmou o responsável do Programa ONUSIDA.

Luiz Loures considerou que Portugal deve começar a pensar ir além das metas definidas para 2020 pela ONUSIDA, conhecidas por 90-90-90: 90% das pessoas infetadas diagnosticadas, 90% das pessoas diagnosticadas em tratamento e 90% das pessoas em tratamento com carga viral indetetável.

Segundo a responsável pelo Programa Nacional para a Infeção VIH/sida, Isabel Aldir, das cerca de 45 mil pessoas que vivem com VIH em Portugal, 90,3% estão diagnosticadas.

O país também já atingiu a segunda meta, tendo 91,3% das pessoas diagnosticadas em tratamento. Falta atingir o terceiro objetivo, estando atualmente o país com 88% das pessoas em tratamento com carga viral indetetável.

Estudo
Um estudo de uma investigadora da Universidade de Aveiro (UA), conclui que a hipnose pode minorar as consequências da diabetes...

O trabalho da psicóloga Fabiana Rodrigues sugere que os pacientes, quando sujeitos à psicoterapia com recurso à hipnose, não só obtêm uma redução dos níveis de glicose no sangue como, por consequência, uma diminuição significativa da dose diária de insulina que administram.

“Os resultados da investigação são promissores e vão no sentido de uma redução estatisticamente significativa dos níveis de glicemia [concentração de glicose no sangue] em jovens diabéticos tipo 1 que, em alguns casos, obrigou à redução da dose diária de insulina administrada”, descreve Fabiana Rodrigues, cujo trabalho foi desenvolvido para a tese de Mestrado em Psicologia da Saúde e Reabilitação Neuropsicológica da Universidade de Aveiro.

De acordo com a investigadora, apesar de a hipnose não curar a doença diabetes tipo 1, que afeta milhões de pessoas, “ajuda na gestão da mesma, minorando as consequências e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos doentes”.

Orientada pelos psicólogos Carlos Fernandes da Silva (professor no Departamento de Educação e Psicologia [DEP] da UA), Celso Oliveira (psicólogo clínico) e Agostinho D’Almeida (do Instituto Universitário da Maia), a psicóloga e atual estudante de doutoramento em Psicologia da UA testou a hipnose em jovens com diabetes do tipo 1 da Associação de Diabéticos do Concelho de Ovar.

A investigação decorreu em três sessões individuais de uma hora cada. Depois de ter procurado as "razões mentais que se associaram ao aparecimento da diabetes”, durante as sessões de hipnose “foram dadas sugestões, com recurso a imaginação guiada, no sentido da diminuição dos níveis de glicemia e hemoglobina glicosilada, sugestões pós-hipnóticas de mudança de estilos de vida e a habilidade para fazer auto-hipnose”, explica Fabiana Rodrigues.

No final das sessões “verificou-se uma diminuição estatisticamente significativa das glicemias” que levou mesmo à diminuição das doses diárias de insulina.

Fabiana Rodrigues garante que através desta técnica “os diabéticos podem mesmo recorrer às suas habilidades internas e fazendo auto-hipnose, a qualquer hora do dia e sem o terapeuta, podem controlar melhor os seus níveis de açúcar no sangue, concomitantemente ao uso da insulina”.

“Reducer”
A implantação de um dispositivo numa veia cardíaca para aliviar os doentes com angina de peito e sem mais alternativas...

De acordo com um comunicado desta unidade de saúde, o procedimento, que é “minimamente invasivo”, consiste na “implantação do dispositivo “Reducer” no seio coronário (uma veia cardíaca), de doentes que, apesar de medicados e esgotadas todas as terapêuticas convencionais, permaneciam ainda com angina de peito”.

O dispositivo é “uma rede metálica em forma de ampulheta, expansível por balão” e “foi desenvolvido para aliviar os doentes que não têm outras opções para atenuar ou eliminar a isquemia de causa cardíaca” (angina de peito).

Um dos inventores do dispositivo, Shmuel Banai, de Telavive, colaborou no procedimento que foi realizado no Laboratório de Hemodinâmica do CHLC (polo de Santa Marta).

Os candidatos à técnica são doentes que já foram intervencionados, quer com cirurgia de “bypass” coronário ou através de angioplastia coronária com implantação de 'stents'. Apesar de se encontrarem medicados com diversos fármacos mantêm as queixas de dor no peito.

O hospital explica que isso acontece porque os “bypasses” sofreram oclusão com o decorrer do tempo, ou os 'stents' se obstruíram ou porque a natureza difusa das placas de aterosclerose ou o pequeno calibre dos vasos não permitem qualquer um destes dois procedimentos.

O “Reducer” é implantado através de uma veia do pescoço, apenas com anestesia local, e conduzido até à aurícula direita e seio coronário, onde é expandido com um balão.

Aí chegado, o dispositivo provoca um estreitamento focal que, aumentando a pressão no seio coronário, provoca uma redistribuição do sangue das áreas bem irrigadas do músculo cardíaco, para as mal irrigadas, zonas que estão em isquemia e que produzem a dor cardíaca típica, a angina de peito, prossegue o hospital.

O mesmo comunicado refere que “as implantações decorreram sem complicações e os doentes tiveram alta nas 48 horas subsequentes”.

Segundo os cardiologistas de intervenção do CHLC (polo de Santa Marta) estimam que existe um conjunto de doentes distribuídos por todo o território nacional, maioritariamente seguidos em consultas de cardiologia ou de medicina interna, que se mantêm sintomáticos apesar de esgotadas todas as opções terapêuticas, (cirurgia, cateterismo com implantação de 'stents', medicamentos) e que têm agora uma nova arma na melhoria dos seus sintomas e qualidade de vida.

Alimentação saudável
O Governo Regional da Madeira admite alterar os menus que são servidos nas escolas públicas, na sequência da implementação da...

"Os menus saudáveis nas escolas e a prevenção sobre os refrigerantes foram medidas positivas, mas naturalmente não são suficientes. Temos de implementar outras medidas e é nessa sequência que desenvolvemos este plano", disse Pedro Ramos, durante a apresentação da nova estratégia do executivo para a área da alimentação.

A Estratégia Regional de Promoção da Alimentação Saudável e Segura é um plano multidisciplinar para o período 2017-2020 e visa "pôr a Madeira a comer melhor", sendo que envolve quatro secretarias do Governo Regional: Saúde, Educação, Agricultura e Inclusão e Assuntos Sociais.

"Há que saber comer bem. Não basta ter acesso aos alimentos, é necessário priorizá-los, é necessário escolher a alimentação adequada, é necessário associar isso ao exercício físico", sublinhou Pedro Ramos.

O governante explicou que o plano abrange toda a região autónoma através dos centros de saúde, das escolas, lares e outras associações de apoio social, bem como dos serviços da Secretaria Regional da Agricultura e Pescas.

"Estamos preocupados com esta área [da alimentação saudável] e com a promoção da saúde e a prevenção da doença", disse, vincando que a obesidade é uma das situações mais fáceis de prevenir.

Relatório
Os novos casos de infeção por Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) continuam a diminuir, mas os seus valores deverão ser...

De acordo com o relatório do Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose, que será hoje apresentado em Lisboa, em 2016 foram diagnosticados e notificados 841 novos casos de infeção por VIH (até 15 de abril de 2017), o que representa uma taxa de 8,1 novos casos por cada 100.000 habitantes.

Em 2015, esse valor tinha sido de 8,3 novos casos por cada 100.000 habitantes.

Contudo, quando este valor foi ajustado, tendo em conta o atraso na notificação de casos que se regista, o número de novos casos situou-se nos 9,5 por 100.000 habitantes.

Por esta razão, os autores do documento consideram que “o aparente decréscimo no número de novos casos deve ser alvo de reserva na sua leitura”.

As autoridades - que classificam a infeção por VIH vírus da imunodeficiência humana (VIH) de “um importante problema de saúde pública na Europa e em Portugal” – consideram que a tendência decrescente da doença “é inquestionável”.

Entre 2000 e 2016, registou-se uma redução de 73,5% do número de novos casos, “graças ao acesso a esquemas terapêuticos mais eficazes e à implementação de políticas e estratégias na área das drogas, nomeadamente a descriminalização do uso de substância ilícitas e programas de redução de riscos e minimização de danos (programa troca de seringas e programa de substituição opiácea)”, lê-se no documento.

A transmissão heterossexual continuou a predominar (57% dos novos diagnósticos), seguida da transmissão entre homens que têm sexo com homens (35% dos casos).

Em 2016, a infeção foi mais prevalente no sexo masculino: por cada três mulheres diagnosticadas, existiram sete homens diagnosticados.

No mesmo ano, a maioria dos novos casos correspondeu a portadores assintomáticos (64,3%), um valor inferior ao verificado em 2015 (70,7%).

Em relação aos casos de sida, os dados apontam para um aumento de 15,3%, em 2015, para 19,1%, em 2016.

Na Europa, estima-se que 15% das pessoas que vivem com VIH não se encontram diagnosticadas, ou seja, uma em cada sete não sabe que está infetada, refere o documento.

Em Portugal, de acordo com uma ferramenta do European Center for Disease Prevention and Control (ECDC), “as estimativas apontam para que, utilizando os dados de 2014, o número de pessoas que vivem com VIH (excluindo naturalmente os casos em que já se verificou o óbito) seja de 45.501 (44.470-46.508), das quais 41.073 (40.660-41.504) já estão diagnosticadas (90,3%)”.

“Esta projeção deve ser interpretada com sentido crítico, e merecedora de reavaliação, de acordo com dados epidemiológicos mais recentes e eventuais ajustes que sejam incorporados na aplicação”, prosseguem os autores do documento.

Em relação à residência dos infetados, 41,1% dos indivíduos residiam no distrito de Lisboa, 18,5% no distrito do Porto e 11,3% no distrito de Setúbal.

O documento aponta para um aumento do número de doentes em tratamento nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 4,6%.

Os autores consideram que o desiderato da ONUSIDA estipulado para 2020 de 90% das pessoas diagnosticadas está próximo.

“Para isso, têm contribuído, para além de todas as instituições e profissionais de saúde, as diferentes organizações da sociedade civil que, ao trabalharem em estreita articulação e complementaridade, tornam esta aspiração atingível”, lê-se no relatório.

Entre 1983 e 2016 foram notificados em Portugal 55.632 casos de VIH. Destes, 11.008 morreram.

Relatório
Portugal reduziu para metade o número de novos casos de tuberculose entre 2000 e 2016, segundo um relatório hoje divulgado, que...

De acordo com o relatório relativo a 2016 do Programa Nacional para Infeção VIH, Sida e Tuberculose, a taxa definitiva de incidência da tuberculose no ano passado ficará situada nos 18 por 100 mil habitantes.

“Comparativamente com os dados referentes ao início do milénio, evidencia uma evolução francamente positiva”, indica o documento, recordando que, em 2000, as taxas de notificação e de incidência da tuberculose andavam próximos dos 40 por 100 mil habitantes.

Assim, entre 2000 e 2016 Portugal conseguiu uma diminuição para menos de metade das taxas de notificação e de incidência da tuberculose.

Do total de casos no ano passado, 18% ocorreram em pessoas nascidas fora do país, uma proporção que aliás tem vindo a aumentar nos últimos anos.

Aliás, estima-se que a taxa de incidência da tuberculose na população estrangeira seja 4,8 vezes superior à incidência nacional, situando-se nos 86,7 casos por 100 mil pessoas.

Segundo o relatório do Programa da Direção-geral da Saúde, em 2016 continuou a verificar-se uma concentração de casos nos distritos de Lisboa e do Porto.

Quanto aos casos de tuberculose multirresistente, verificaram-se apenas 19 anos, o que representa 1% do total, o que coloca Portugal numa posição favorável à média europeia, que anda à volta dos 4%.

Portugal era em 2015 um dos países da europa ocidental com mais elevada taxa de incidência da doença e tinha também uma das mais altas taxas de coinfecção de tuberculose e VIH/sida.

“Uma Vida, Duas Vidas”
Vinte e dois médicos portugueses escreveram um livro com histórias e episódios de vida sobre a transplantação de órgãos, que ...

“Uma Vida, Duas Vidas”, livro que será apresentado terça-feira em Lisboa, reúne histórias de esperança e determinação “de quem tem a vida por um fio, nas mãos de um estranho”, bem como histórias de vida que foram “transformadas pelo altruísmo de um familiar ou pela desventura de um estranho”.

No prefácio da obra, o médico psiquiatra Daniel Sampaio recorda que os pioneiros da transplantação em Portugal prosseguiram o seu percurso sem envolvimento em debates estéreis, numa altura em que o conceito de transplante gerou dúvidas, receios e causou descrições fantasiosas e erradas.

“Em Portugal fala-se hoje da transplantação com grande à-vontade, não só porque a comunidade está muito mais informada, mas porque se construiu, em apenas quatro décadas, uma verdadeira história de sucesso”, escreve Daniel Sampaio.

Na obra contam-se relatos relacionados com a colheita, momentos sobre as prioridades da decisão clínica ou as variadas reações dos doentes nos diferentes momentos.

É possível, através das histórias dos 22 médicos, acompanhar casos que não correram bem, que surgem ao lado de outros que “surpreendem pela persistência dos técnicos ou pela resiliência dos doentes”.

“É o princípio fundamental da luta pela vida que faz manter esta relação singular entre o médico e o doente, em circunstâncias tão dramáticas como surgem nestas histórias”, escreve Daniel Sampaio ainda no prefácio da obra, da Bertrand Editora, e cujos direitos revertem a favor da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

No livro, o médico Alexandre Linhares Furtado recorda que o primeiro transplante de um órgão vital de dador vivo (um rim) se realizou nos Hospitais da Universidade de Coimbra a 20 de julho de 1969, no mesmo dia em que pela primeira vez um ser humano chegou à Lua.

Sendo hoje prática corrente, foi só em 1980 que se fez a primeira colheita de órgãos vitais em cadáver, também de rins e nos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Como escreve o pioneiro Linhares Furtado, foram colhidos os rins, um transplantado em Coimbra e outro em Lisboa. Em ambos os casos, “o êxito foi total” e a, partir desse passo, a transplantação de órgãos vitais em Portugal estabeleceu-se como terapêutica de rotina para as insuficiências renais terminais.

“Haverá ato verdadeiramente mais altruísta do que doar um órgão ou um tecido para salvar ou ajudar alguém? Seja em vida ou mesmo depois de esta terminar? A imortalidade de um ser humano está na descendência e obras, mas também nas nossas células, órgãos e tecidos, no nosso ADN”, escreve o médico Manuel Guimarães na sua história “Heróis sem Nome”.

Em Espanha
A Guardia Civil espanhola desmantelou hoje uma rede de fabrico, falsificação e distribuição de anabolizantes, apreendendo mais...

Em conferência de imprensa, a polícia espanhola informou que os elementos da rede foram detidos em Málaga, Valência, Alicante e Valhadolid, no decorrer da operação Dianu, que durou quase dois anos.

O comandante-chefe do grupo de Delinquência Especializada da Guardia Civil, Juan Jesús Reina, adiantou que a rede recebia as substâncias anabolizantes da China e da Índia, algumas vezes já embaladas, com marcas próprias, mas sem qualquer tipo de controlo sanitário.

Noutras ocasiões o material era embalado em Málaga e a rede utiliza ilegalmente o nome de um laboratório famoso para passar uma imagem de credibilidade. Nas etiquetas chegava a mencionar que o produto tinha sido elaborado em países como a Alemanha.

A polícia estima que a rede pode ter obtido receitas superiores a 500 mil euros nos últimos três anos devido a esta atividade. A Guardia Civil bloqueou contas bancárias dos detidos – algumas com saldos perto dos dois milhões de euros.

Foram apreendidos mais de 120 tipos diferentes de substancias. Na operação Dianu participaram agentes das alfândegas de França e da Alemanha.

A rede tinha três células em Espanha. Na célula de Málaga foram detidas sete pessoas, entre elas um médico e um famoso preparador culturista.

Na cidade andaluza existia um laboratório e vários armazéns de produto.

Outra célula, com duas pessoas, estava radicada em Valhadolid. Este braço da rede abastecia-se de produto em Málaga e vendia em dois ginásios.

A célula de Alicante recebia as substâncias, em bruto ou já terminadas, do estrangeiro, passando-as depois a Málaga.

A rede terá feito mais de 3.340 envios de produto para ginásios de Espanha, França e outros países.

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra
Um estudo com fisioterapeutas portugueses revela que as dificuldades e frustrações relativas à gestão do tratamento dos doentes...

“Algumas condições associadas ao tratamento dos doentes são um fator de risco para a saúde dos profissionais [de fisioterapia], apesar da sua invisibilidade”, concluiu uma investigação de Lúcia Simões Costa, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC).

A situação implica que seja dada “mais autonomia na gestão do tempo no tratamento dos doentes, a estes profissionais, para melhorar as condições de trabalho”, sustenta a investigadora, cujo estudo, editado em livro, é apresentado na terça-feira, às 16:00, naquele estabelecimento do Instituto Politécnico de Coimbra.

A investigação, que visou “perceber as questões psicossociais no trabalho e na saúde, como avaliá-las, onde se encontram e como são vividas pelos fisioterapeutas portugueses”, envolveu questionários a 249 fisioterapeutas de todo o país e “observação no local de trabalho acompanhada de entrevista a 16 deles”, em funções em clínica privada e em hospital público, refere uma nota da ESTeSC enviada hoje à agência Lusa.

Há estudos “sobre a componente física do trabalho dos fisioterapeutas e os riscos que comportam – como problemas de postura, esforços físicos grandes –, mas não havia nenhum sobre as questões psicossociais e suas representações no trabalho destes profissionais, bem como as suas consequências para a saúde”, sublinha Lúcia Simões Costa, citada pela ESTeSC.

Além da exposição a várias dificuldades de ordem física, estes profissionais são confrontados com problemas relacionados com o contacto com os utentes e com as características e com o ritmo do trabalho.

As exigências em termos psicossociais resultam principalmente das “exigências emocionais face à relação com os doentes, das emoções negativas desencadeadas por resultados menos bons, pela não recuperação, por ter de dar más notícias”, aponta, entre outros fatores, a investigadora.

O facto de os fisioterapeutas estarem “emocionalmente comprometidos” gera “frustração” e acarreta “desequilíbrio, quer para a vida profissional quer pessoal”, mas como estes problemas não são visíveis, são descurados”, alerta Lúcia Simões Costa.

A par destes problemas, o estudo mostra que a necessidade de aprendizagem e atualização surge como fator positivo e de motivação, e que os profissionais “recorrem a estratégias para contornar o pouco tempo que têm, dando mais tempo a uns doentes num dia e a outros noutro dia, consideram o que fazem útil e valorizam a relação com os doentes e com os colegas”.

Verifica-se ainda que “o que se identifica como fator de risco pode ser, também, fator de satisfação”, afirma Lúcia Simões Costa, explicando que, para o fisioterapeuta, a relação com os doentes, que transporta um conjunto de constrangimentos, é simultaneamente a razão de continuar na profissão e constitui-se como fonte de prazer.

No Porto
Investigadores do Porto mostram que o estudo da duração e da velocidade da marcha em doentes diabéticos, bem como o comprimento...

Este é um dos resultados de um projeto que visa avaliar a marcha em doentes com diabetes, com o intuito de a caracterizar e descrever as suas particularidades, consoante o grau de afetação da patologia, explicou a investigadora Maria António Castro, do Laboratório de Biomecânica do Porto (Labiomep) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP).

De acordo com Maria António Castro, os indivíduos com risco mais elevado de neuropatia periférica mostram uma tendência para produzir, durante a marcha, menores forças de reação do solo, o que pode contribuir para a menor velocidade na marcha, dado a eficácia do movimento ser mais reduzida.

Outro dos resultados aponta para a tendência dos doentes com risco mais elevado de neuropatia diabética apresentarem "uma marcha em posições com menor controlo muscular", o que "a dificulta e aumenta o risco de incapacidade de controlo do movimento".

Nestes resultados preliminares observou-se ainda "que o tornozelo e o joelho são as articulações onde se verificam mais diferenças", indicou a investigadora.

Para o projeto foram selecionados indivíduos com diabetes classificados nos graus 0 e 2 de risco IWGDF (International Working Group on Diabetic Foot).

A recolha dos dados para o projeto foi realizada no Labiomep, com recurso a um sistema de análise de movimento através de câmaras de alta velocidade, para estudar o comportamento cinemático (a forma como se movimentam as pernas e o resto do corpo).

Foram também utilizadas plataformas de forças e um tapete de pressões, que permite a análise das forças durante a marcha e as pressões ocorridas no pé, bem como um sistema de eletromiografia que analisa a atividade dos músculos do pé durante o movimento.

O projeto "Preditores de neuropatia periférica na marcha diabética" tem a duração de dois anos e termina no final de 2017.

Pretende-se ainda, segundo indicou a também investigadora da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTESC), verificar se algumas das variáveis da marcha estudadas podem prever o aparecimento de neuropatia diabética (que provoca dor, formigueiro ou perda de sensibilidade nas mãos, braços, pés e pernas, por exemplo).

Participam, para além do Labiomep e da ESTESC, investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, da Universidade de Coimbra, da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (Brasil) e do Departamento de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar de São João, no Porto.

Dia 30 de maio - Dia Mundial do Chichi na Cama
7,4% das crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos sofrem de enurese noturna, quando a definição implica fazer...

A enurese noturna diz respeito à perda involuntária de urina durante o sono. Em crianças com idade superior a 5 anos a enurese noturna deixa de ser considerada uma condição normal e deve ser orientada. Mais frequentemente, esta situação é causada pelo excesso de produção de urina durante a noite e/ ou capacidade reduzida da bexiga. A dificuldade de acordar de um sono profundo pode ser outra causa.

96% dos pais não sabe que existe tratamento para a enurese noturna.

Ainda segundo o mesmo estudo, que entrevistou pais de crianças entre os 5 e os 10 anos, conclui-se que 88% destes desconhece a expressão “enurese noturna” e que apenas 4% sabe que existe tratamento para esta condição clinica e também uma percentagem pequena (4%) recorreu a um médico.

Os dados analisados indicam também que as crianças que urinaram na cama no último mês dormem em média menos 42 minutos por noite e tendem a ressonar - pelo menos ocasionalmente - mais (75%) do que as crianças em geral (60%).

Para a maioria dos pais, a enurese noturna é apenas um fator mediano de stress, contudo, 76% estão preocupados com a influência que esta condição poderá ter no desenvolvimento da criança, 18% acha que a situação se pode prolongar até à idade adulta e para 5% a despesa também constitui um problema.

Hoje sabe-se que a enurese noturna tem impacto na autoestima, bem-estar emocional, funcionamento e desempenho escolar da criança. Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Chichi na Cama, a comunidade científica pretende sensibilizar para a necessidade de procurar orientação precocemente, já que alterações do estilo de vida, algumas vezes complementada com um tratamento mais especializado, podem resolver a situação.

Nas palavras de Maria Helena Estêvão, médica pediatra pertencente à Direção da Associação Portuguesa do Sono (APS), “A enurese noturna é uma situação relacionada com o desenvolvimento da criança devendo ser desmistificada. Medidas gerais podem ser suficientes para resolver a situação, mas a partir dos 5 anos exige mais atenção sendo aconselhável avaliação médica para exclusão de eventuais patologias responsáveis pelo quadro.” 

Neste âmbito, a campanha do Dia Mundial do Chichi na Cama tem como suporte o site chichinacama.pt , onde os pais podem encontrar informação sobre diagnóstico, tratamento e formas de comunicar com as crianças e professores. O site internacional da campanha é www.worldbedwettingday.com/.

31 de maio - Dia Mundial da Esclerose Múltipla
Miguel Rocha é campeão nacional de bodysurf 2016, é portador de esclerose múltipla e é a prova de que “a vida com esclerose...

Esta iniciativa tem um objetivo: incentivar os portadores de esclerose múltipla (EM), em conjunto com o médico especialista, a ter um papel ativo na gestão da doença e na melhoria da qualidade de vida, o que vai ao encontro do mote do Dia Mundial da Esclerose Múltipla 2017 - “A Vida com EM”.

Paralelamente, pretende-se alertar a população em geral, aumentando o conhecimento sobre esta patologia, para que quem apresente sintomas da EM possa dirigir-se ao médico o mais cedo possível permitindo um diagnóstico e tratamento precoce.

A EM é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa que afeta o sistema nervoso central com sintomas tão diversos como a fadiga, nevrite ótica, perda da força muscular nos braços e pernas, alterações da sensibilidade, dor, alterações urinárias e intestinais, problemas sexuais, equilíbrio/coordenação, alterações cognitivas e alteração de humor ou depressão. “Os desafios para o diagnóstico da EM residem precisamente na forma como as suas manifestações variam de doente para doente. Isto faz com que por vezes se demore muito tempo a chegar a um diagnóstico conclusivo. No entanto, e uma vez estabelecido o diagnóstico, existem atualmente várias soluções terapêuticas que nos ajudam a controlar e gerir a EM. É para isso importante que todas as pessoas diagnosticadas com EM procurem um neurologista para perceber qual o tratamento mais adequado ao seu caso”, explica José Vale, coordenador do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla (GEEM).

Susana Protásio, membro da direção da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), acrescenta que “esta campanha destina-se também a sensibilizar para a importância do diagnóstico precoce da EM. Tendo em conta que esta patologia afeta sobretudo jovens em idade ativa, como é o caso do Miguel Rocha, quanto mais cedo o diagnóstico for feito, mais cedo é possível tratar e assim tentar que os portadores consigam manter as suas atividades diárias sem grandes alterações bem como a sua qualidade de vida”.

Miguel Rocha, o protagonista desta campanha, venceu o campeonato nacional de bodysurf em 2016 já depois de ser diagnosticado com esclerose múltipla e considera que o desporto o ajuda a lidar com a EM. E nesta equação da gestão da doença, há uma grande parcela ocupada pelo apoio da família e amigos, algo que para o Miguel é “essencial”.

A campanha “A Vida com Esclerose Múltipla é um Desafio a Superar” vai materializar-se num vídeo para as redes sociais, em imagens nas redes Multibanco de Lisboa e Aveiro (distrito natal do Miguel Rocha) e em spots de rádio.

A EM afeta mais de 8.000 pessoas em Portugal (Gisela Kobelt, 2009) e cerca de 2.500.000 pessoas em todo o mundo (dados da Organização Mundial da Saúde).

Estudo
Uma equipa de investigadores descobriu que a localização da gordura no corpo é um indicador de risco de cancro tão fidedigno...

O excesso de peso e a obesidade são o único fator de risco de cancro que pode ser prevenido, depois da cessação tabágica, estando associados a 13 tipos de cancro que incluem o da mama, intestinos e do pâncreas.

Agora, a Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC-WHO) descobriu que a gordura nas zonas da cintura e das ancas, em específico, faz aumentar esse risco de doença oncológica, escreve o Sapo.

No estudo, a equipa contou com a participação de 43.000 pessoas que foram seguidas durante cerca de 12 anos, sendo que 1.600 participantes desenvolveram cancro.

Segundo a investigação, existem três formas válidas para medir o corpo – Índice de Massa Corporal (IMC), perímetro abdominal e o rácio entre cintura e anca. As três prognosticavam, de forma semelhante,  o risco de cancro relacionado com a obesidade em adultos.

Segundo o estudo, mais 11 centímetros na cintura faziam aumentar o risco de cancro relacionado com a obesidade em 13%. Já 8 centímetros adicionais nas ancas faziam aumentar o risco de cancro nos intestinos em 15%.

Heinz Freisling, investigador principal, comentou que "tanto o IMC e o local onde está situada a gordura corporal podem ser bons indicadores do risco de cancro relacionado com a obesidade. Especificamente, a gordura à volta da cintura poderá ser importante em certos cancros".

O excesso de gordura corporal pode fazer alterar os níveis de hormonas sexuais, como estrogénio e a testosterona, podendo fazer subir os níveis de insulina e conduzir à inflamação, fatores associados a um maior risco de cancro.

Estudo
Para além dos benefícios para o sistema imunitário, as bactérias dos probióticos podem alterar a atividade cerebral e, desta...

O estudo desenvolvido pela Universidade de McMaster, no Canadá, contou com a participação de 44 adultos com Síndrome do Intestino Irritável portadores de problemas ou distúrbios de ansiedade e depressão.

Ao longo de 10 semanas, metade dos participantes recebeu uma dose diária dos probiótico "Bifidobacterium longum NCC3001" e a outra metade tomou um placebo, escreve o Sapo.

No final desse período, foram realizadas ressonâncias magnéticas e os resultados mostraram que os pacientes que tomaram probióticos registaram alterações nas áreas do cérebro associadas à ansiedade.

Segundo a investigação publicada no jornal "Gastroenterology", cerca de 64% dos participantes que tomaram o probiótico mostraram reduções nos níveis de depressão em relação a 32% dos doentes que tomaram o placebo.

"Este estudo revela que o consumo de um probiótico específico pode melhorar tanto os sintomas intestinais como problemas psicológicos", concluiu Premysl Berick, um dos autores do estudo.

"Os resultados do estudo são muito promissores, mas têm de ser confirmados num futuro ensaio de maior escala", comentou Maria Pinto Sanchez, principal autora do estudo, citada pelo Science Daily.

Os probióticos são comercializados em vários formatos, seja sob a forma de leite, iogurte ou comprimidos, por exemplo.

Quimioterapia
No dia 29 de maio, os alunos da Escola de Hotelaria do Estoril levam a cabo um show cooking e um workshop sobre nutrição...

Os alunos da Escola de Hotelaria do Estoril foram desafiados a preparar receitas para doentes oncológicos, tendo em consideração as guidelines do livro “Receitas Deliciosas para Doentes Oncológicos em Tratamento”. A apresentação final do projeto social irá decorrer nas instalações da Escola, no dia 29 de maio, com a apresentação das receitas confecionadas durante um almoço e um jantar que contará com a presença de vários doentes oncológicos.

“Habitualmente no decurso dos tratamentos e após cada “ciclo” de quimioterapia os doentes oncológicos apresentam falta de apetite, enjoos, obstipação e mesmo repugnância por certos alimentos. É por isso difícil manter uma alimentação equilibrada que lhes permita enfrentar a doença e os tratamentos com mais naturalidade. Aquilo que testemunhamos diariamente é que o desconhecimento das bases de boa nutrição oncológica provoca um desespero adicional e um sofrimento emocional que assola os doentes, familiares e amigos. Por esse motivo é importante promover parcerias e iniciativas que nos permitam aumentar a literacia em saúde, principalmente neste campo”, explica a Presidente Bibi Sattar Marques.

A parceria com a Escola de Hotelaria do Estoril decorre no âmbito do projeto “Nutrição Oncológica”, lançado em 2016, tenho por base o portal (http://www.nutricaooncologica.org.pt/) e o livro “Receitas Deliciosas para Doentes Oncológicos em Tratamento”, composto por 87 deliciosas receitas de 15 conceituados chefs com estrela Michelin e os testemunhos das artistas Simone de Oliveira e Sara Tavares, ex. doentes oncológicas.

“É com grande sentido de responsabilidade que estabelecemos esta parceria com a aTTitude IPSS. Podermos associar os nossos conhecimentos a uma causa, enche-nos de orgulho. Infelizmente, o cancro é a doença do século XXI e é necessário falarmos dele e desmistificar os tratamentos para se obter melhores resultados nas terapêuticas e melhor qualidade de vida para os doentes”, conclui a responsável pelo projeto a Professora Cláudia Viegas.

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