Atualização da norma
Os viajantes que pretendam levar a vacina da hepatite A deixaram de precisar de submeter o pedido à Direção-Geral da Saúde,...

Uma atualização da norma sobre a hepatite A indica que “os viajantes com prescrição médica para a vacina da hepatite A poderão, a partir de agora, ser vacinados sem necessidade de validação pela Direção-Geral da Saúde”.

Em abril, com o país em pleno surto de hepatite A, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excecional, devendo o médico prescritor da vacina contactar previamente a autoridade de saúde.

Esta medida prendeu-se, na altura, com uma necessidade de controlar o ‘stock’ de vacinas, de modo que a chegassem aos grupos prioritários, como contactos íntimos ou familiares de infetados e homens que têm sexo com homens de forma desprotegida.

No que respeita a estes grupos prioritários continua a não ser necessária qualquer validação da vacina por parte da Direção-Geral da Saúde (DGS), sendo a imunização gratuita, a cargo do Serviço Nacional de Saúde.

A própria DGS já admitiu que a procura de vacinas não foi de princípio a que se desejava, tendo até sido constituída uma unidade móvel para ir ao encontro das populações de risco potencial.

Segundo um balanço do início deste mês, têm sido administradas vacinas a um ritmo médio de 48 por dia, sendo que 97% foram dadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, aquela que concentra maior número de casos da doença.

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não provoca cronicidade e dá imunidade para o resto da vida.

World Hypertension League
No passado dia 17 de maio a Covilhã acolheu as Comemorações oficiais do Dia Mundial da Hipertensão, uma iniciativa lançada pela...

Ações de rastreio, sensibilização e ensino decorreram em simultâneo, em vários pontos da cidade, tais como no Centro Hospitalar Cova da Beira, Praça do Município e Universidade da Beira Interior.

Uma iniciativa que logrou todos os objetivos previstos e que conseguiu alcançar uma parte muito importante e diversificada da população, junto da qual a SPH e os vários profissionais de saúde e alunos de medicina e enfermagem envolvidos, reiteradamente alertaram para a importância de se medir frequentemente a pressão arterial, praticar exercício físico com regularidade, reduzir o consumo de sal e cumprir a toma da medicação prescrita.

No Centro Hospitalar Cova da Beira, para além dos rastreios e aconselhamento feito a duas centenas de utentes, visitantes e colaboradores, a plateia do auditório do Hospital Pêro da Covilhã esteve muito participada, para acolher uma Sessão Clínica sobre “Controlo da Hipertensão Arterial: que implicações?” em que o conferencista convidado foi o Prof. Doutor Luís Martins, diretor do Serviço de Cardiologia do CHEDV.

Em Lisboa
A Associação para o Planeamento da Família comemora meio século com a realização de Jornadas Nacionais, em que serão debatidos...

Com o tema “Escolhas, Direito, Saúde”, as XV Jornadas Nacionais, que decorrem sexta-feira e sábado em Lisboa, pretendem “constituir, em primeiro lugar, uma oportunidade para um balanço crítico dos enormes progressos alcançados em Portugal nos últimos 50 anos nos campos da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos”, refere informação divulgada pela Associação para o Planeamento da Família (APF).

As jornadas “deverão, também, constituir um exercício prospetivo de identificação de novos problemas e necessidades não resolvidas e das barreiras ainda existentes, em Portugal e à escala global, em diversos grupos etários e sociais para a vivência plena da sexualidade e da parentalidade”, adianta a associação.

Em declarações, o diretor executivo da Associação para o Planeamento da Família (APF), Duarte Vilar, destacou o papel da organização, pioneira em Portugal do planeamento familiar, para a emancipação da mulher.

“Contribuímos para as pessoas fazerem escolhas livres e informadas nas suas vidas e temos muito a ideia que contribuímos de facto para a emancipação das mulheres portuguesas” e também dos homens, disse Duarte Vilar.

Ao longo destes 50 anos, a associação promoveu “o debate público”, contribuiu para “mudar políticas ou criar novas políticas de saúde e igualdade”.

Promoveu “a educação para a saúde de várias gerações”, em temas como o planeamento familiar, o acesso à contraceção e ao aborto legal e seguro, a educação sexual nas escolas e nas famílias, a prevenção do VIH/SIDA, a igualdade de género, a não-discriminação e mais recentemente o combate à mutilação genital feminina e o apoio às vítimas de tráfico de seres humanos.

Duarte Vilar salientou que também são 50 anos de cidadania ativa na sociedade portuguesa, através do envolvimento de mais de mil voluntários e profissionais de formações diversas.

Mas ao fim de 50 anos a associação continua a precisar de apoio para a sua missão.

“Temos algum apoio do Ministério da Saúde mas não temos nenhum apoio” do Governo na área da saúde sexual e reprodutiva, disse o responsável.

Segundo o diretor executivo da APF, o valor do apoio financeiro foi reduzido “em 70% ou mais” nos últimos sete anos.

“Muitas vezes estamos em situações financeiras difíceis porque nos últimos anos o apoio a este tipo de organizações tem-se reduzido de forma drástica”, disse Duarte Vilar.

Associação para o Planeamento da Família
A associação pioneira do planeamento familiar em Portugal comemora 50 anos de existência, ao longo dos quais contribuiu para...

Quando a Associação para o Planeamento da Família (APF) surgiu há 50 anos “havia tudo por fazer, não só em planeamento familiar, como na sociedade portuguesa”, disse o diretor executivo da APF, Duarte Vilar.

Na altura, “tínhamos péssimos indicadores de saúde maternoinfantil, tínhamos o aborto clandestino aos milhares”, adiantou.

Perante esta realidade, os fundadores da APF definiram como “objetivo primeiro” introduzir nos serviços de saúde o planeamento familiar, em que a questão da “contraceção era essencial”, mas também a “mais controversa”.

“Começámos a fazer formação dos profissionais de saúde antes do 25 de Abril” e foi depois desta data que o então presidente Albino Aroso, que era secretário de Estado da Saúde, aprovou a legislação que introduziu as consultas de planeamento familiar nos centros de saúde.

Mais tarde, na década de 90, o VIH/Sida veio despertar ”mais interesse” pela educação sexual nas escolas, o que levou a APF a propor ao Ministério da Educação e à Direção-Geral da Saúde a realização de um projeto experimental nas escolas.

“O projeto correu durante três anos em cinco escolas do país. Correu muito bem, não foi controverso, conseguimos envolver os pais, as famílias e mostrámos um modelo inclusivo de educação sexual que era perfeitamente fazível”, adiantou Duarte Vilar.

Na segunda metade dos anos 90 retomou-se a luta pela interrupção voluntária da gravidez. “A APF nunca baixou a guarda em relação à despenalização do aborto e à exigência do aborto legal e seguro”.

“Em 2007 aconteceu o referendo”, ganharam as organizações e as pessoas que defenderam esta causa, e hoje “existe um acesso universal, gratuito a cuidados de aborto legal e seguro em Portugal”.

Fazendo um balanço deste meio século da associação, Duarte Vilar considerou que contribuiu para “uma melhoria muito significativa dos indicadores da saúde sexual e reprodutiva e para o acesso à contraceção”.

“Temos uma taxa de abortos inferior à média da União Europeia e isto tem a ver com a boa utilização dos contracetivos em Portugal”, frisou.

A causa da discriminação e da igualdade de género foram outros “contributos muito importantes” que a APF desenvolveu “na arena política, nas salas de aulas e nas campanhas de rua que realizou”.

A missão mais recente é o apoio às potenciais vítimas de tráfico de seres humanos identificadas pelas forças policiais e o combate à mutilação genital feminina.

Apesar de poder pensar-se que muitas das causas iniciais estão ganhas, Duarte Vilar disse que não é bem assim,

“Dizer que a educação sexual nas escolas está ganha é um engano porque há muitas escolas que não o fazem em condições”, como também é “um engano” afirmar que o planeamento familiar está ganho, quando ainda há grupos com “desigualdade de acesso aos cuidados de saúde”.

No caso de aborto os números indicam que há dois grupos que aparecem com necessidades especiais: As jovens, que representam um terço das interrupções voluntárias de gravidez, e as mulheres migrantes.

São grupos em que “é preciso trabalhar mais, não no sentido de diminuir o número de abortos, mas de evitar as gravidezes indesejadas”, defendeu.

Os desafios da associação passam agora pela questão dos jovens, das mulheres migrantes, a educação e literacia contracetiva, o envolvimento dos homens na contraceção, que é sobretudo suportada pelas mulheres, e a sexualidade no envelhecimento.

Ministério da Justiça
A secretária de Estado da Justiça anunciou hoje, em Sintra, que os reclusos vão passar a ter acesso a consultas médicas por...

Segundo Anabela Pedrosa, na sequência dos protocolos assinados pelo Ministério da Justiça na área da saúde, para a realização de análises clínicas nas cadeias, está previsto em breve o alargamento “no contexto de videoconferência”, para “que se possam ter consultas à distância”.

A governante, que falava no Estabelecimento Prisional de Sintra, salientou que as medidas de modernização administrativa se inserem na “racionalidade e humanização daquilo que são os serviços que o Ministério da Justiça dá a todos os cidadãos, incluindo os cidadãos reclusos”.

A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) assinaram hoje um protocolo com o objetivo de assegurar a emissão do Cartão de Cidadão a reclusos nos estabelecimentos prisionais, evitando a deslocação aos serviços públicos.

“Eu diria que ganhamos de duas maneiras, no ponto de vista de recursos, em racionalizar recursos, e, por outro lado, em retirar o estigma de alguém que vai ter que sair numa carrinha celular e acompanhado para fazer o seu ato de cidadania”, explicou Anabela Pedroso, em relação às vantagens do serviço que passa a ser prestado nos estabelecimentos prisionais.

A secretária de Estado apontou a necessidade dos serviços da administração pública estarem próximos dos cidadãos reclusos, para promover a sua reinserção na sociedade.

No Estabelecimento Prisional de Sintra, Marco, de 33 anos, foi o primeiro de oito reclusos que hoje puderam solicitar a emissão ou a renovação do Cartão de Cidadão, sem terem que se deslocar, algemados, a um serviço do IRN.

O diretor geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, destacou a importância de uma melhor gestão dos dinheiros públicos, evitando deslocações em carro celular com três guardas prisionais, mas apontou como “mais importante” acabar com a circunstância de “um recluso ter que ir a um serviço público algemado”.

A medida, frisou o responsável da DGRSP, termina com uma situação “estigmatizante” e “um pouco triste” para os reclusos nesse primeiro ato de cidadania, simbolizado pela emissão do Cartão de Cidadão.

Em relação à possibilidade de adoção da telemedicina, Celso Manata notou que, além de evitar as deslocações às unidades de saúde, os dados dos pacientes ficam no sistema do Serviço Nacional de Saúde e são mais um contributo para a “dignificação das pessoas que estão privadas da liberdade”.

A secretária de Estado da Justiça sublinhou ainda que estão em curso outras medidas, para assegurar a empregabilidade dos reclusos após cumprirem a sua pena.

“Estamos a fazer protocolos também com empresas, com municípios, com a sociedade civil, nomeadamente com ONG [organizações não governamentais], que vão fazer já algum tipo de formação dento do próprio estabelecimento prisional”, revelou Anabela Pedroso.

O projeto da Academia Recode, esclareceu, deverá juntar multinacionais na área das tecnologias da informação, para fornecer aos reclusos uma ferramenta “para poderem ter um emprego” quando saírem da prisão.

Através da colaboração entre o Estado, enquanto facilitador, as empresas que prestam formação e absorvem mão-de-obra e as ONG que fazem o acompanhamento, Anabela Pedroso acredita que seja possível assegurar “o triângulo perfeito para aquilo que deve ser o trabalho da reinserção social”.

Médicos de família
Os médicos de família propõem que as listas de utentes passem a ter em conta as dificuldades de acesso a serviços de saúde em...

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar vai lançar em junho os resultados de um estudo que pretende incluir uma nova dimensão na constituição das listas de utentes.

Em entrevista, Rui Nogueira, presidente da Associação, defendeu que o número atual de doentes por médico de família é “perfeitamente absurdo”.

O limite máximo é de 1.900 doentes por médico, mas Rui Nogueira refere que, na prática, esse limite é aplicado como norma. Este número, que era para ser transitório, foi uma condescendência dos sindicatos médicos na altura da crise económica, também porque havia falta de médicos de família.

Agora, até porque Portugal já não atravessa a escassez de médicos de medicina geral e familiar de há poucos anos, a Associação vai sugerir que se introduza uma nova dimensão na constituição de listas de utentes por médico de família.

“Propomos uma nova métrica. Até agora temos em conta o número de pessoas e a idade como parâmetros a avaliar a dimensão das listas, sendo que os mais idosos pesam mais do que as pessoas mais jovens. Propomos introduzir o contexto de exercício como parâmetro, ou seja, onde há ou não recursos de saúde”, adiantou Rui Nogueira, na véspera do Dia Mundial do Médico de Família, que se celebra na sexta-feira.

A Associação pretende criar seis categorias de municípios, tendo em conta a sua complexidade e a dificuldade de acesso da população a outros recursos de saúde ou assistenciais.

Nas unidades dos municípios mais complexos, com mais problemas de acesso, as listas de utentes por médico devem ser menores, no limite alcançando um mínimo de 800 doentes por profissional.

“Isto vai representar por mais médicos nestes locais e a trabalhar com estes doentes”, admite o presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar.

Em termos gerais, as listas terão de 800 a 1.800 doentes por médico.

“O que temos agora são listas cegas em relação ao contexto”, argumenta Rui Nogueira, lembrando que esta nova métrica engloba uma planificação à distância, que representa uma renovação para cinco anos mas que deve ser feita progressivamente.

O presidente da associação, que é médico de família em Coimbra, considera que este é o momento certo para se iniciar esta mudança, porque coincide com uma renovação geracional, em que se estão a enquadrar novos médicos de medicina geral e familiar.

Há cerca de dois mil médicos internos em formação de medicina geral, o que ajuda a tornar “bastante razoável” o número de médicos de família, um total de 5.500 a exercer.

Ainda assim, oito por cento da população continua a não ter médico de família, o que se traduz em cerca de 800 mil portugueses sem médico, sendo que 600 mil estão na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Rui Nogueira avisa também que dentro de três ou quatro anos haverá um novo ‘boom’ de aposentações – já tinha ocorrido em 2013 e 2014, sendo necessário fazer uma planificação atempada das necessidades de médicos e um correto aproveitamento dos que estão em formação.

Refugiados
Uma equipa médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, liderada pelo cirurgião cardiotorácico Manuel Antunes, parte...

"É a primeira vez que estamos em missão num país fora da nossa língua", salientou o diretor do Centro de Responsabilidade Integrado de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que conta com uma vasta experiência em missões em Moçambique e São Tomé e Príncipe, por exemplo.

Até ao dia 28, data de regresso a Portugal, a equipa médica de Coimbra prevê operar "entre 12 a 15 crianças", de uma lista de 21, com idades entre os 07 meses e os 2/3 anos, num grupo que inclui também uma de cinco e outra de oito anos.

Trata-se de uma missão da Cadeia Esperança Portugal, uma organização não-governamental (ONG) com sede no CHUC, promovida e apoiada pela União Europeia, no âmbito de um convite da congénere francesa, que tem um projeto em Amã, capital da Jordânia, destinado a tratar crianças refugiadas sírias, sobretudo nas áreas da cirurgia cardíaca e ortopedia.

Segundo Manuel Antunes, que preside à Cadeia Esperança Portugal, as crianças que vão ser sujeitas a intervenção cirúrgica numa clínica privada sofrem de malformação cardíaca congénita e foram selecionadas por um cardiologista que as acompanha.

"As crianças são detetadas nos campos de refugiados por médicos que fazem clínica geral e depois são indicadas para um cardiologista local, que, com treino e prática de muitos anos no Reino Unido, faz essa seleção", explicou.

Quando chegar, a equipa liderada pelo cirurgião do CHUC vai reunir com o cardiologista que acompanha as crianças e a equipa “vai ver os 21 doentes e selecionar os que forem mais urgentes e que puderem ser operados".

A equipa é constituída por nove elementos: dois cirurgiões, um cardiologista pediátrico, um anestesista, um técnico de perfusão, uma enfermeira de sala de operações e três enfermeiros de unidade de cuidados intensivos.

"É uma missão especial porque é a primeira vez que nos aventuramos num país fora da nossa língua e por se tratar de crianças refugiadas sírias, que é um tema muito atual", sublinhou Manuel Antunes.

O cirurgião adiantou ainda que, no final de outubro e início de novembro, a Cadeia Esperança Portugal vai realizar a sua missão anual em Moçambique, onde ajudaram a construir o Instituto do Coração.

NO final da missão de 2014 a Moçambique, o CHUC anunciou que foram realizadas, em duas salas operatórias, 18 intervenções cirúrgicas em 18 doentes”, tendo sido, “à semelhança das missões anteriores”, a maior parte das cirurgias efetuada em 16 crianças e doentes jovens, “com valvulopatias reumáticas, com maior incidência da válvula mitral, tendo dois dos doentes agora operados sido previamente submetidos a intervenção cirúrgica cardíaca”.

31 de maio - Dia Mundial Sem Tabaco
Associado a diversas patologias, o tabaco é também uma das causas do desgaste da coluna vertebral, uma condição que propicia o...

“Sabemos que os fumadores têm maior probabilidade de desenvolver patologias relacionadas com o desgaste da coluna vertebral e dos discos intervertebrais, favorecendo o aparecimento de dores nas costas e de doenças como as hérnias discais lombares e cervicais”, alerta Paulo Pereira, coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas.

“Os hábitos tabágicos aceleram o desgaste dos discos intervertebrais, uma vez que o fumo do tabaco tem a capacidade de estreitar os vasos sanguíneos por onde passam os nutrientes, uma situação que a longo prazo fragiliza a coluna vertebral. Quanto mais cedo a pessoa tiver começado a fumar, maiores serão as probabilidades de desenvolver a patologia”, acrescenta o neurocirurgião Paulo Pereira.

Estima-se que cerca de 2 a 3 por cento da população sofra de hérnias discais sintomáticas, embora o número de hérnias discais que não dão sintomas seja muito superior. O aparecimento de uma hérnia discal é mais frequente entre os 35 e os 50 anos de idade.

As dores nas costas são a principal causa de consultas médicas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. As doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este motivo.

Em Santarém
A equipa DiabPT United, da qual fazem parte membros do Núcleo Jovem da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e da...

Com o apoio da Diabetes Str, o torneio tem como objetivo a preparação da equipa DiabPT United para a representação portuguesa no Campeonato Europeu de Futsal para pessoas com Diabetes (DiaEuro 2017). Em campo vão competir quatro equipas: DiabPT United, Cruz de Cristo Futebol Clube, GDB/Serviroad e Grupo de Futebol dos Empregados no Comércio.

Bruno Fuzeiro, treinador da equipa DiabPT United refere: “com este torneio pretendemos mostrar que a diabetes é uma realidade comum e que qualquer pessoa que a tenha pode e deve praticar desporto com regularidade. Estamos muito confiantes para o Campeonato Europeu de Futsal e com grandes expectativas para o resultado deste ano”.

Para Alexandre Silva, responsável pela Diabetes Str: “iniciativas como esta são importantes, não só, para juntar e dinamizar as equipas de Santarém, como também para desmistificar a diabetes e as suas consequências. Temos todos os ingredientes para um dia bem passado e de apoio à equipa que representará o nosso país além fronteiras”.

A DiabPT United irá participar no Campeonato Europeu de Futsal de Pessoas com Diabetes – DiaEuro 2017, a decorrer em Bucareste de 16 a 23 de Julho. Saiba mais informações e acompanhe a equipa em www.facebook.com/diabptunited.

Operação da ASAE
Mais de 300 veículos foram inspecionados e mais de 200 quilos de bivalves foram apreendidos hoje de manhã durante uma operação...

Em declarações, o inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Pedro Portugal Gaspar, adiantou que a operação começou cerca das 06:30 e terá a duração de 24 horas.

“Vai estender-se até às 06:30 do dia seguinte [sexta-feira]. A operação estende-se de Bragança a Faro em mais de 45 pontos e envolve mais de 130 inspetores, o que significa que está na rua grande parte do dispositivo da ASAE”, disse.

Desde as 06:30 de hoje, até cerca das 09:30, foram, segundo Pedro Portugal Gaspar, inspecionados mais de 300 veículos e instaurados meia dúzia de processos de contraordenação.

“Tivemos também uma apreensão acima de 200 quilos de moluscos, bivalves. Aqui está um exemplo de um produto tipicamente com alguma perigosidade”, disse.

De acordo com o responsável, esta operação de controlo de mercadorias visa assegurar a segurança dos produtos sejam eles económicos ou alimentares

“A ASAE tem a responsabilidade de assegurar a segurança dos produtos desde a produção até ao retalho. Nós estamos a inspecionar a sua fase intermédia, ou seja, a do transporte. Claro que estamos a ter mais atenção à parte alimentar porque têm outras condições de exigibilidade e da salvaguarda da segurança alimentar e que merece mais a nossa preocupação”, explicou.

O inspetor-geral adiantou que durante a operação estão Acer verificadas as condições higieno-sanitárias, das temperaturas no transporte de frescos, bem como as guias de transporte.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, exceto...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Beja, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Aveiro, Porto, Funchal e Porto Santo (Madeira), Angra do Heroísmo (Terceira), Horta (Faial) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores).

A exceção vai para Ponta Delgada (ilha de São Miguel, nos Açores, que está em risco ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela até meio da tarde, vento fraco a moderado (10 a 30 km/h) de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, no litoral e nas terras altas e descida de temperatura.

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, aguaceiros, em geral fracos, nas vertentes norte e terras altas, em especial até ao fim da manhã, vento moderado a forte de nordeste, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora e descida de temperatura, em especial da máxima.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos e vento sueste bonançoso na madrugada, tornando-se moderado de sul.

Em Lisboa, as temperaturas vão variar entre 13 e 20 graus celsius, no Porto entre 11 e 19, em Vila Real entre 08 e 19, em Bragança entre 08 e 17, em Viseu entre 06 e 17, na Guarda entre 06 e 15, em Coimbra entre 19 e 11, em Castelo Branco entre 09 e 21, em Santarém entre 12 e 22, Évora entre 10 e 23, em Beja entre 11 e 24, em Faro entre 14 e 26, no Funchal entre 18 e 22, em Ponta Delgada entre 13 e 18, na Horta entre 12 e 18 e em Santa Cruz das Flores entre 14 e 18.

No México
O mexicano Juan Pedro Franco, considerado o homem mais obeso do mundo, saiu hoje do hospital depois de ter feito uma cirurgia...

Juan Pedro Franco, natural de Aguascalientes (no centro do México) e com 32 anos, disse à agência noticiosa Efe que está “contente e motivado por regressar a casa”, depois de se ter submetido, em 09 de maio, a uma cirurgia que o vai ajudar a perder peso.

O médico José António Castañeda, em conferência de imprensa, disse que a recuperação do jovem, que chegou a pesar 595 quilos, é “favorável” e que houve uma evolução surpreendente desde o primeiro dia da cirurgia.

“Teve uma excelente evolução posterior à cirurgia, uma recuperação direita. Não pensámos que a recuperação fosse evoluir tão bem, mas na verdade foi uma surpresa muito agradável para a equipa médica”, acrescentou.

O estômago do mexicano tinha a capacidade de cinco litros e foi reduzido para ficar com o espaço equivalente a um vaso de água (cerca de 25 centilitros).

O médico disse que o homem vai permanecer em Guadalajara com vigilância médica, nutricional e psicológica.

A segunda cirurgia está prevista para novembro, na qual se vai submeter a uma intervenção nos intestinos para que a digestão seja mais rápida e despeje certos tipos de alimentos sem os absorver.

Essa intervenção vai permitir que o homem perca peso, mas só 18 meses depois é que vai conseguir sair da cama e caminhar, porque tem inchaços e duas obstruções linfáticas nas pernas que o impedem de se mover com normalidade e cuja extração é perigosa.

José Castañeda acrescentou que o caso do Juan Pedro é um avanço da medicina, principalmente no México, que ocupa os primeiros lugares mundiais em obesidade e onde as instituições não estão preparadas com pessoas e infraestruturas para atender este tipo de pacientes.

Factores de risco
A doença coronária é uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos, sendo uma típica &
Electrocardiograma a ilustrar os fatores de risco da doença coronária

Calcula-se que a doença coronária é responsável, em média, por 1/3 do total de mortes entre a população dos países industrializados. É uma verdadeira "epidemia" moderna, embora não seja como as antigas pragas de origem infecciosa, visto que é favorecida por uma série de hábitos e costumes próprios desta época como, por exemplo, a alimentação desequilibrada, a obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, o stress...

Quer isto dizer que alguns dos factores de risco associados à doença são modificáveis e dependem única e exclusivamente do comportamento de cada indivíduo no que toca à sua saúde.

A doença coronária consiste na insuficiência das artérias coronárias, os vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração, de proporcionarem ao músculo cardíaco, o miocárdio, os nutrientes e o oxigénio de que este necessita para manter a sua constante actividade.

O depósito de gorduras e de outras substâncias na parede das artérias coronárias leva à formação de placas que estreitam a entrada dos vasos, impedindo a normal circulação sanguínea no seu interior e a correcta irrigação dos tecidos do coração. Trata-se de um processo lento e progressivo, que passa despercebido durante muitos anos, mas que ao atingir um determinado ponto provoca o défice de irrigação do miocárdio, com manifestações típicas e, muitas vezes, com consequências terríveis.

Assim, a doença coronária pode manifestar-se por uma dor torácica passageira, denominada de angina de peito, que resulta de um défice transitório na irrigação do miocárdio, ou por uma situação mais grave, o enfarte do miocárdio, em que o défice de irrigação é mais prolongado, resultando daí a necrose ou morte de células musculares cardíacas da região afectada. Por vezes, as lesões provocadas são de tal maneira graves que delas resulta a morte súbita, a terceira forma mais comum de aparecimento da doença coronária.

Hoje em dia, existem muitos meios disponíveis para tratar e prevenir as nefastas consequências desta grave doença, mas considera-se que a principal arma para a combater é a informação. Ou seja, saber em que consiste, porque se produz, como se manifesta, quando se deve solicitar ajuda médica, de que modo se diagnostica, qual o seu tratamento e, como é óbvio, o que se pode fazer para a evitar.

Factores de risco

Hipertensão arterial

Considera-se hipertensão arterial à pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos. A medição deve ser feita após repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

Colesterol

O colesterol é uma gordura essencial existente no nosso organismo, que tem duas origens: uma parte produzida pelo próprio organismo, em particular o fígado, e outra parte obtida através da alimentação, em particular pela ingestão de produtos animais, como a carne, os ovos, e os produtos lácteos.

O organismo necessita de algum colesterol para produzir as membranas (paredes) celulares, hormonas, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam a digerir os alimentos.

No entanto, o corpo precisa apenas de uma pequena quantidade de colesterol para satisfazer as suas necessidades. Quando o colesterol está em excesso, deposita-se nas paredes arteriais, constituindo as chamadas placas ateroscleróticas que reduzem o calibre dos vasos, dificultando o afluxo de sangue aos órgãos e tecidos do organismo.

Quando o sangue oxigenado não chega em quantidade suficiente ao músculo cardíaco pode ocorrer uma dor no peito, a chamada angina, já referida, e se a obstrução da artéria coronária for completa pode desencadear-se um enfarte do miocárdio, com a morte de parte do miocárdio.

Do colesterol que circula no sangue e que está ligado a uma proteína (a este conjunto colesterol-proteína é conhecido por lipoproteína) existem três tipos: as lipoproteínas altas, baixas ou muito baixas, em função da respectiva proporção de proteína e gordura de cada uma e que determina a sua densidade.

Assim, as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) são vulgarmente conhecidas como "mau"colesterol, por ser aquele que se deposita na parede das artérias, provocando aterosclerose. Quanto mais altas forem as LDL no sangue, maior é o risco de doença cardiovascular; As lipoproteínas de alta densidade (HDL) também conhecidas por colesterol "bom", que tem como papel a limpeza das artérias, pelo que quanto mais altas forem menor risco há de surgir doença cardiovascular; Por fim, as lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) são semelhantes às LDL, mas contendo mais gordura e menos proteínas.

As sociedades científicas europeias recomendam como valores normais um colesterol inferior a 190 mg/dl, quando se trata da população em geral. No caso dos doentes com doença coronária, ou outra doença aterosclerótica (acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, etc.), diabetes ou insuficiência renal recomendam-se valores de colesterol inferiores a 175 mg/dl. Já para o colesterol das LDL os valores recomendados são respectivamente inferiores a 115 mg/dl para a população em geral e a 100 mg/dl nos doentes de alto risco.

Tabagismo, alimentação inadequada e sedentarismo

A falta de actividade física em conjunto com uma alimentação rica em gorduras e super calórica está associada ao desenvolvimento da doença coronária. Esta associação pode provocar um processo de regressão funcional, perda de flexibilidade articular além de comprometer o funcionamento de vários órgãos e provocar diabetes, hipertensão arterial, colesterol, todos factores de risco da doença coronária.

Assim, uma alimentação saudável, a prática de actividade física diariamente, o controlo do peso, bem como não fumar são a base indispensável para termos um coração saudável e uma vida longa e com qualidade.

A atitude mais sensata é sem dúvida a alteração do estilo de vida, tanto a nível alimentar como a nível comportamental.

Diabetes

A diabetes é uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glucose) no sangue. À quantidade de glucose no sangue, chama-se glicemia. Ao aumento da glicemia, chama-se: hiperglicemia.

A diabetes é uma situação muito frequente na nossa sociedade e a sua frequência aumenta muito com a idade, atingindo os 2 sexos. Em Portugal, calcula-se que existam entre 400 a 500 mil pessoas com Diabetes.

A diabetes é uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo nosso organismo da nossa principal fonte de energia – a glucose. Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glucose no nosso aparelho digestivo. Ela resulta da digestão e transformação dos amidos e dos açúcares da nossa alimentação. Depois de absorvida, entra na circulação sanguínea e está disponível para as células a utilizarem.

Para que a glucose possa ser utilizada como fonte de energia, é necessária a insulina. A insulina é fundamental para a vida. A sua falta ou a insuficiência da sua acção leva a alterações muito importantes no aproveitamento dos açúcares, das gorduras e das proteínas que são a base de toda a nossa alimentação e constituem as fontes de energia do nosso organismo.

A diabetes desenvolve-se quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou as células dos músculos, fígado e de gordura não usam adequadamente a insulina. Como resultado, a quantidade de glicose no sangue aumenta, enquanto as células são privadas de energia.

Com o passar do tempo, os níveis altos de glicose no sangue danificam os nervos e vasos sanguíneos, levando a complicações como a doença coronária ou o acidente vascular cerebral. A diabetes não controlada leva a outros problemas de saúde como, perda da visão, insuficiência renal e amputações.

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Estudo
Uma pesquisa desenvolvida por investigadores italianos mostra que um novo tipo de balão gástrico, que pode ser introduzido no...

Esta investigação, conduzida por Roberta Ienca, da Universidade La Sapienza, de Roma (Itália), é um dos projetos apresentados durante o 24º. Congresso Europeu sobre a Obesidade (ECO), organizado pela Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, a decorrer entre quarta-feira e sábado, na Alfândega do Porto.

De acordo com um comunicado da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, os balões intragástricos (IGBs), "têm sido usados como dispositivos de perda de peso há décadas".

"O seu mecanismo de ação é multifatorial, o que facilita a adesão a uma dieta de baixas calorias, induzindo à sensação de saciedade", acrescenta a nota informativa da associação europeia segundo a qual, os procedimentos para introdução do balão, até à data, exigiam recurso a endoscopia e a anestesia, resultando numa taxa de adoção "baixa" e num "alto custo", acrescenta a nota informativa.

Neste estudo, os autores avaliaram a eficácia e a segurança de um novo tipo de balão gástrico - balão de Elipse - que não necessita de endoscopia ou anestesia e é otimizado para reduzir o risco e o desconforto.

Para obtenção dos resultados, foram introduzidos balões Elipse em 42 pacientes (29 homens e 13 mulheres) obesos, com idade média de 46 anos, peso médio de 110 quilogramas e índice de massa corporal (IMC) médio de 39 quilos por metro quadrado, por um período de 16 semanas.

Os pacientes foram também submetidos a uma dieta cetogénica (rica em lípidos, com baixo teor de hidratos de carbono e quantidades moderadas de proteínas), designada por VLCKD, ingerindo cerca de 700 quilocalorias por dia no último mês de terapia, de forma a aumentar a perda de peso e a maximizar os resultados e a satisfação do doente.

De acordo com o comunicado, o balão é engolido e em seguida preenchido com 550 mililitros de líquido, permanecendo no estômago por 16 semanas, período após o qual se abre espontaneamente, esvaziando-se e sendo excretado do organismo.

Assim que o balão é excretado, os pacientes passam para uma dieta mediterrânica, com o intuito de manterem o peso.

Os resultados mostram que, após as 16 semanas, a perda média de peso foi de 15,2 quilos (31%) e a redução média de IMC foi de 4,9 quilos por metro quadrado.

"Não foram registados efeitos adversos graves" durante o tratamento, acrescenta a associação, indicando ainda que as náuseas, os vómitos e a dor abdominal sentidas pelos pacientes em determinados momentos foram resolvidos com medicação.

As conclusões indicam ainda que foram observadas reduções significativas na diabetes, na hipertensão arterial, no colesterol elevado e na síndrome metabólica.

De acordo com Roberta Ienca, referida no comunicado, o balão Elipse parece ser um método seguro e eficaz de perda de peso, auxiliado pela introdução de uma dieta como a VLCKD.

Por não ser necessário recorrer a endoscopia, cirurgia ou anestesia para a sua introdução, o balão Elipse torna-se "adequado para um maior número de pacientes obesos que não respondem a dietas, tratamentos ou a estilos de vida saudáveis".

Este método pode ser utilizado por uma variedade de médicos, que atualmente "não têm acesso ou não são qualificados para proceder a endoscopia ou manuseamento de dispositivos cirúrgicos" para perda de peso, acrescentou a especialista.

Para além disso, a ausência de endoscopia e de anestesia para colocação e remoção do balão pode levar a uma "significativa redução de custos", concluiu Roberta Ienca.

Estudo
Uma pesquisa desenvolvida por cientistas chineses publicada pela revista "Nature" sugere que uma mutação ocorrida...

O estudo, liderado por cientistas da Universidade Tsinghua, apontou que uma proteína não-estrutural 1 (NS1), que é responsável por facilitar a contaminação dos mosquitos aedes aegypti por flavivírus (família de vírus que inclui o zika), teria sofrido uma mutação que acarretou no aumentou da presença do vírus no mosquito que transmite a doença.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas desenvolveram experiências em ratos que foram picados por mosquitos com cargas virais de diferentes linhagens do vírus zika.

Eles descobriram que naqueles em que o flavivírus possuía a proteína NS1 modificada, de linhagem asiática, a permanência de infecção foi substancialmente maior.

O vírus zika assuntou o mundo em 2015, quando a proliferação dos casos na América Latina levou pesquisadores a detectarem que ele causa várias complicações neurológicas, como síndrome de Guillain-Barré em adultos e microcefalia em recém-nascidos.

Relatório OMS
Catorze em cada 100.000 europeus suicidaram-se em 2015, a taxa mais elevada do mundo, indica um relatório da Organização...

A região do mediterrâneo oriental é a que regista a mais baixa taxa de suicídio no mundo, 3,8 suicídios por cada 100.000 pessoas.

No relatório anual estatístico da saúde no mundo, a organização das Nações Unidas traça a situação em mais de duas dezenas de áreas e aponta metas para 2030, algumas difíceis de atingir, como a redução da mortalidade materna para 70 casos por cada 100.000 nados vivos.

Em 2015, diz-se no documento, morreram por dia cerca de 830 mulheres devido a complicações da gravidez ou do parto.

Também na mortalidade à nascença e até aos cinco anos, e apesar das reduções dos últimos anos, há um longo caminho a percorrer, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Outra das metas para 2030 é acabar com as epidemias da Sida, tuberculose (Portugal é dos países da Europa com mais casos), malária e outras doenças tropicais e combater a hepatite, as doenças provocadas pela água e outras doenças transmissíveis.

Em 2015 terão sido infetadas pela Sida 2,1 milhões de pessoas, 35% menos do que em 2000 (3,2 milhões). Também em 2015, cerca de 60% da população em risco tinha acesso a uma rede mosquiteira tratada com inseticida (evita a picada do mosquito que transmite a malária), contra 34% em 2010.

A probabilidade de um adulto (entre 30 e 70 anos) morrer de diabetes, cancro, doença cardiovascular e doença pulmonar crónica baixou 17% desde 2000 mas segundo a OMS a morte por doenças não transmissíveis está a aumentar devido ao crescimento populacional e envelhecimento.

Na meta da OMS de reduzir para metade até 2020 o número de mortes e feridos por acidentes rodoviários a situação também não é favorável. Segundo os dados estatísticos hoje divulgados morreram em 2013 cerca de 1,25 milhões de pessoas devido a acidentes de viação, um aumento de 13% em relação a 2000.

Em relação a outros indicadores são melhores as expectativas. De acordo com o relatório, 49% das pessoas com tuberculose são hoje detetadas e tratadas, contra 23% em 2000, e 86% das crianças recebem três doses de vacina conta a difteria, tétano e tosse convulsa, contra 72% em 2000.

E outro dado ainda, sem comparação mas com números que falam por si: em 2012 a poluição atmosférica causou cerca de 6,5 milhões de mortes no mundo, 11,6% de todas as mortes.

Organização Mundial de Saúde
A obesidade mórbida vai afetar 9% das mulheres em todo mundo até 2025 disse no Porto o representante da Organização Mundial de...

"A alimentação e a falta de exercício físico, mais do que uma bactéria, contribuem para que a obesidade seja uma doença", alertou João Breda no 24.º Congresso Europeu de Obesidade, que decorre até sábado.

Centrando-se nas mulheres, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse serem elas "as mais estigmatizadas" devido ao peso excessivo.

Num painel subordinado ao tema "A obesidade enquanto doença", Karin Schindler, professora na Universidade de Viena, Áustria, falou sobre "Os desafios da definição da obesidade", partilhando a sua experiência enquanto docente.

Considerando que "20% das pessoas com peso acima da média têm associados problemas de saúde", Karin Schindler questionou se a definição de obesidade deve ser transversal ao longo da vida do ser humano.

"A massa gorda muda ao longo da nossa vida, tal como do homem para a mulher", sublinhou a académica austríaca, referindo que os asiáticos "têm maior percentagem de massa gorda que os caucasianos da mesma idade, sexo e massa corporal".

Infecção fúngica
A caspa é provavelmente um dos problemas dermatológicos mais antigos que afecta as pessoas e o mais
Homem com casaco sujo de caspa

O que é a caspa?

A caspa é um estado de descamação do couro cabeludo que ocorre como consequência de uma reprodução anormalmente acelerada das células do couro cabeludo. Pode ser seca ou oleosa, dependendo do tipo de pele do couro cabeludo. Ou seja, pode surgir como uma fina descamação, que facilmente cai sobre os ombros, até à formação de grandes crostas no couro cabeludo e tendem a permanecer coladas à cabeça, em forma de placas.

Porque aparece a caspa?

Apesar de muitas vezes se relacionar este problema com questões higiénicas, a caspa é na verdade uma situação médica provocada por uma sobre-abundância de um organismo (fungo) que existe normalmente no couro cabeludo – mesmo no couro cabeludo das pessoas que não sofrem de caspa. É portanto, uma manifestação da existência desse fungo – o Pityrosporum ovale.

Assim, a caspa ocorre quando esse fungo inofensivo (que vive na nossa pele) se multiplica no couro cabeludo, causando uma irritação que acelera a renovação celular nesta região. Isto é, perturbado o couro cabeludo produz demasiadas células que não têm tempo suficiente para receber os nutrientes essenciais, perdem coesão e desprendem-se, à superfície. Trata-se de um processo crónico, ou seja, não tem cura e, habitualmente, ocorre em surtos recorrentes.

Apesar do carácter crónico deste problema existem períodos de melhoria relacionados com a evicção de alguns factores que pioram esta condição, como sejam a ingestão de alimentos ricos em gordura e bebidas alcoólicas. Também a fadiga, o stress, as alterações hormonais, a poluição e lavar o cabelo com água muito quente favorecem o aparecimento da caspa.

Em consequência, para além do incómodo evidente da proliferação de escamas brancas, a caspa enfraquece os fios do cabelo, podendo acelerar o seu ciclo de vida vs queda.

Contudo, o aparecimento de caspa pode ser reduzido através de um cuidado adequado do cabelo. Algumas pessoas, inadequadamente, evitam lavar o cabelo, acreditando que o efeito de secagem dos champôs poderá exacerbar o problema. No entanto, se lavar regularmente o cabelo, a caspa é efectivamente removida antes de formar escamas maiores e mais visíveis. Infelizmente, um dos aspectos embaraçosos da caspa é que, mesmo que o cabelo seja lavado cuidadosamente com um champô normal, não desaparece completamente e, logo ao fim de alguns dias, reaparece.

Não existe, portanto, medicação que acabe definitivamente com a caspa mas os sintomas podem ser controlados. O tratamento geralmente é feito com terapêutica de uso local na forma de sabonetes, champô ou loções capilares. A administração oral de anti fúngicos deve ser feita apenas por um especialista.

Uma série de substâncias cosméticas, como o piritionato de zinco, demonstrou eficácia na eliminação (ainda que temporária) do fungo causador da caspa, tendo por isso passado a fazer parte dos champôs anti-caspa específicos.

Conselhos para evitar a caspa

- Use um champô anti caspa, alternando com uma fórmula neutra de uso diário. Procure os seguintes ingredientes: sulfureto de selénio, piridintionato de zinco, cetaconazol (antifúngicos) e ácido salicílico (remove a pele morta);
- Ensaboe duas vezes. A primeira aplicação, remove as escamas soltas e a gordura. A segunda (deixe actuar uns minutos) é a que penetra nas células e trata;
- Não passe muitos dias sem lavar o cabelo: a sujidade contribui para a descamação do couro cabeludo. Se necessário, lave diariamente;
- Consulte um dermatologista para administração de uma terapêutica personalizada: para além do tratamento tópico (champô, pomada...), pode incluir a prescrição de anti fúngicos orais.

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Dermatite Seborreica

Seborreia

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Organização Mundial de Saúde
Quase metade das mortes no mundo estão atualmente registadas com o motivo do óbito, mostram os últimos dados estatísticos da...

Indica a Organização Mundial de Saúde (OMS) que dos 56 milhões de mortos em 2015 em todo o mundo, 27 milhões foram registados com uma causa de morte. Em 2005 apenas um terço das mortes teve uma causa de morte registada.

A organização das Nações Unidas destaca os “avanços significativos” de alguns países no sentido de registar as causas de morte, incluindo a China, a Turquia ou o Irão, onde 90% das mortes são hoje registadas com informação pormenorizada sobre a causa de morte, contra 5% em 1999.

A OMS destaca no documento que informações incompletas ou incorretas sobre o que levou à morte também reduzem a utilidade dos dados para compreender as tendências de saúde pública, planear medidas para melhorar a saúde das pessoas e avaliar o funcionamento das políticas no setor.

“Se os países não sabem o que leva as pessoas a ficarem doentes e a morrer é difícil saber o que se pode fazer a esse respeito”, disse Marie-Paule Kieny, subdiretora da OMS para o sistema de saúde e inovação.

As estatísticas anuais da OMS são uma das principais publicações da organização e juntam dados de 194 países em 21 temas relacionados com a saúde.

E embora a qualidade dos dados sobre a saúde tenham melhorado, muitos países ainda não recolhem de forma sistemática dados de qualidade, para que se monitorizem os indicadores relacionais com a saúde.

O relatório mostra também que desde o ano 2000 houve progressos no sentido da cobertura universal de saúde, nomeadamente na área do tratamento da sida e da prevenção da malária.

“Também foram observados aumentos contínuos no acesso a cuidados de saúde pré-natais e no saneamento, enquanto os ganhos na vacinação infantil registados entre 2000 e 2010 desceram ligeiramente entre 2010 e 2015”, diz a OMS.

Os dados mostram que em 117 países uma média de 9,3% das pessoas gastam mais de 10% do orçamento familiar em cuidados de saúde.

Medida da Cidade do México
O Departamento de Estado americano vai restringir a sua ajuda internacional para organizações que realizem abortos, ou discutam...

A estratégia, conhecida como Medida da Cidade do México, tem sido usada pelos presidentes republicanos para fazer cumprir a sua agenda conservadora, desde Ronald Reagan nos anos 1980, mas será agora amplamente expandida.

No mandato de George W. Bush, por exemplo, esses cortes apenas atingiram organizações que recebiam fundos do Departamento de Estado e da Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para o planeamento familiar, no valor de 575 milhões de dólares, mas agora serão alargados a todo o financiamento americano.

Segundo uma sondagem realizada em fevereiro, 83% dos americanos desaprovam o financiamento de abortos realizados no estrangeiro, mas as implicações da iniciativa foram amplamente criticadas.

Os detratores da medida, que foi batizada "Protecting Life in Global Health Assistance", dizem que vai afetar instituições que fornecem serviços como cuidados infantis, vacinação, combate à malária e tratamento e prevenção do vírus do HIV.

"As consequências serão catastróficas. Os países em desenvolvimento passaram a última década a melhorar os seus sistemas de saúde para que os pacientes possam ter todos os serviços num mesmo espaço. Isso significa que as organizações vão ter de escolher entre abandonar utentes que precisem de serviços de aborto ou perder o financiamento para lutar contra a tuberculose, malária e outros", escreveu o The Washington Post no seu editorial de quarta-feira.

O jornal cita ainda estudos que mostram como, durante os anos da Presidência Bush em que a medida esteve ativa pela última vez, os países afetados registaram mais gravidezes indesejadas e mais abortos, não o contrário.

Quanto aos seus apoiantes, a validade da medida está relacionada com os valores que os EUA representam.

"Isto não significa cortar financiamento ou serviços. É sobretudo dizer que vamos associar-nos a organizações que partilham os nossos valores comuns", disse uma responsável da Fundação DeVos, Melanie Israel.

Segundo um porta-voz do Departamento de Estado, "esta mudança não terá qualquer impacto no total gasto pelo governo americano para financiar programas de saúde em todo o mundo", representando apenas uma transferência de fundos.

"Os EUA continuam fortemente comprometidos na ajuda a programas de saúde em todo o mundo", disse o responsável.

Segundo o mesmo porta-voz, a regra será aplicada imediatamente para novos projetos e "gradualmente" para organizações que já tiveram o seu financiamento aprovado no passado.

Dos 64 países que recebem ajuda dos EUA para cuidados de saúde, 37 têm legislação que permite a interrupção voluntária da gravidez.

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