Calor
A Direção-Geral da Saúde emitiu um aviso para as temperaturas elevadas durante o dia de hoje e aconselhou a população a...

As temperaturas vão manter-se acima dos 30 graus em muitos distritos do país, chegando aos 35º em Évora e aos 34º em Beja, Castelo Branco e Santarém.

De acordo com a DGS, deve ser evitada a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11.00 e as 17:00, e utilizado o protetor solar com fator igual ou superior a 30, renovando a aplicação de duas em duas horas e após os banhos de praia ou piscina.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o risco à exposição aos raios ultravioletas (UV) é ‘Máximo’ em quase todo o país durante o dia de hoje.

A DGS recomenda ainda o uso de roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV.

Escolher as horas de menor calor para viajar de carro, não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol e dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, por exemplo, crianças, idosos, doentes crónicos e trabalhadores com atividade no exterior, são outras das recomendações.

As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta, alerta ainda a DGS.

A Direção-Geral da Saúde ativou dia 01 de maio o Plano de Contingência Saúde Sazonal – Módulo Verão, que vigora até 30 de setembro.

Este plano pretende prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor intenso na saúde da população em geral e dos grupos vulneráveis em particular (idosos, crianças, grávidas, pessoas com doenças crónicas e pessoas que exercem atividades ao ar livre).

Portugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica e, segundo a DGS, há dados que sugerem que no existe uma tendência para o aumento da temperatura média global assim como para o aumento do número de dias por ano com temperaturas elevadas.

DECO
Quase 40% das farmácias visitadas pela DECO venderam antibióticos sem receita médica quando foram pedidos para tratar animais,...

O teste realizado pela revista DECO PROTESTE, da associação de defesa do consumidor, pretende alertar para o potencial de a prática de venda ilegal de antibióticos sem receita médica contribuir para o aumento do número de bactérias resistentes, que põem em risco a vida humana por não responderem aos tratamentos convencionais.

No teste, que incluiu 100 farmácias escolhidas de forma aleatória por todo o país, a DECO não conseguiu comprar o medicamento pretendido para tratar uma tosse de um cão em 62 casos, em 34 o antibiótico foi vendido e noutros quatro casos foi perguntado se a receita seria entregue mais tarde.

“A maioria informou que se tratava de um antibiótico e, como tal, não poderia ser vendido sem receita médica. O melhor seria consultar o veterinário, disseram. Esta é a atitude correta e a mais responsável. Além de ilegal, a venda de antibióticos sem prescrição médica permite o uso indevido e mostra um ponto de fuga no sistema. Estes medicamentos são cruciais para tratar infeções, mas, em excesso, promovem o desenvolvimento de resistências”, refere um artigo hoje publicado pela DECO.

A DECO afirma que estudos anteriores demonstraram “uma evolução positiva” do comportamento dos farmacêuticos quando o destinatário do antibiótico é humano, questionando a razão para um comportamento diferente quando em causa estão animais.

“Nas últimas décadas, houve um aumento significativo de bactérias multirresistentes em animais domésticos. Muitas encontram-se com frequência na pele e nas mucosas de cães e gatos, e podem ser transmitidas ao homem”, lê-se no artigo.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todos os distritos de Portugal continental, a Região Autónoma da Madeira e algumas ilhas dos Açores estão hoje com risco ...

Em Portugal continental apenas os distritos de Vila Real e Bragança têm risco 'Elevado' de exposição aos ultravioleta (UV).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) indica ainda que nos Açores estão com nível 'Muito Elevado' as ilhas Terceira e Flores, mantendo-se as restantes com risco 'Elevado'.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje períodos de céu muito nublado, aguaceiros, em especial a partir da tarde e nas regiões do interior, que podem ser por vezes fortes, ocasionalmente de granizo e acompanhados de trovoada e rajadas de vento.

Está igualmente prevista uma descida de temperatura no litoral a norte do cabo Mondego.

A cidade mais quente deverá ser Évora, com 35º, seguindo-se Beja, Castelo Branco e Santarém, com 34º, Vila Real, com 32º, e Bragança, Coimbra e Lisboa, com 31º.

Para o Porto está prevista uma temperatura máxima de 29º e para Faro 26º.

Nas ilhas, os Açores terão temperaturas máximas a rondar os 19º e a Madeira não vai ultrapassar os 23º.

Estudo
Um medicamento feito de canábis pode impedir as convulsões nas crianças que sofrem de formas severas de epilepsia, segundo um...

Segundo o chefe da equipa que fez o estudo, Orrin Devinsky, do centro médico NYU Langone, de Nova Iorque (Estados Unidos), esta é a primeira vez que se obtém "dados científicos sólidos, rigorosos" de que um composto da canábis é seguro e eficaz na epilepsia em crianças.

O médico especialista em neurologia, e que trabalha há anos em epilepsia, afirmou que a pesquisa para usos médicos da canábis tem sido dificultada por restrições legais e por exigir licenças especiais, além de falsas noções de como é arriscada a canábis.

"Os opiáceos matam mais de 30 mil americanos por ano, o álcool mata mais de 80 mil por ano e a canábis, como sabemos, provavelmente mata menos de 50 pessoas por ano", frisou.

Durante anos, pais de pacientes têm defendido mais pesquisas e acesso mais amplo à canábis. Contudo, os estudos têm sido poucos e pouco fiáveis.

Este estudo fez testes rigorosos e em larga escala. Um grupo recebeu a droga, outro obteve uma versão falsa, e nem os pacientes, pais ou médicos sabiam que pacientes levavam a terapêutica ou o placebo até o estudo terminou.

Em específico, foi estudada a forma líquida do canabidiol, um dos mais de 100 ingredientes da marijuana, chamado Epidiolex, (eh'-pih-DYE'-uh-lehx). Este não contém THC, o ingrediente alucinógeno.

Esta substância ainda não é vendida, apesar de o seu fabricante, GW Pharmaceuticals de Londres, já ter pedido autorização à norte-americana Food and Drug Administration (FDA).

Os pacientes envolvidos no estudo têm síndrome de Dravet (drah-VAY), um tipo de epilepsia genética de infância caracterizada por convulsões frequentes e resistentes a medicamentos, algumas de tão longa duração que exigem cuidados de emergência e podem ser fatais.

Na Madeira
Os serviços de saúde da Madeira revelaram ter diagnosticado um caso importado de hepatite A na região autónoma, sendo que o...

Segundo o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira (IASAÚDE), trata-se de um cidadão de nacionalidade belga, que viajava em embarcação própria proveniente do sul de Espanha.

O IASAÚDE refere, em comunicado de imprensa, que "não estão identificadas relações epidemiológicas com o surto de hepatite A em Portugal".

Por outro lado, informa que está a monitorizar a situação e alerta a população para a importância das medidas de prevenção da hepatite A, nomeadamente evitar comportamentos de risco e cumprir com as medidas de higiene pessoal, de forma a prevenir a transmissão através do contacto sexual ou da ingestão de alimentos e água contaminada.

O Instituto da Saúde da Madeira realça que estão disponíveis na região recursos, incluindo vacinas, para dar resposta a eventuais situações de atividade epidémica.

Telemedicina
Quatro instituições de Coimbra estão desde janeiro a desenvolver um projeto para fazer ecografias à distância, por meio de...

"Uma solução desta natureza permitirá realizar exames ecográficos à distância, economizando deslocações de doentes não urgentes e permitirá acesso a este tipo de diagnóstico em zonas remotas onde não é possível ter um radiologista em permanência" refere um comunicado do consórcio formado pelas quatro entidades.

O projeto, liderado pela Sensing Future Technologies e que inclui a Imacentro - Clínica de Imagiologia Médica, a Universidade de Coimbra e o Instituto Pedro Nunes, apresenta ainda, entre outros benefícios, o aumento da capacidade dos serviços, maior segurança de dados, menores custos de operação e maior rapidez do serviço.

Segundo o consórcio, o projeto arrancou em janeiro e tem como principal objetivo desenvolver um sistema (denominado ROSE) para o mercado da telemedicina, "com base em avanços recentes na tele-ecografia assistida por tecnologias robóticas".

"Um novo paradigma de diagnóstico por tele-ecografia será estabelecido com o sistema ROSE, mediante o qual médicos e pacientes podem interagir sem necessidade de proximidade física", refere o comunicado.

Cada sistema ROSE inclui duas estações ergonómicas robotizadas (uma do lado médico e outra do lado do paciente), um conjunto de sondas ecográficas dotadas das funcionalidades usuais, um sistema de base de dados de pacientes e estruturas de comunicação seguras pela Internet.

"Combinando estes elementos, o ROSE permitirá a interação entre múltiplos médicos e pacientes, mitiga inconvenientes de viagens do lado do paciente e do médico, e cria novos serviços, como a supervisão técnica à distância e colaboração internacional", sublinha o comunicado.

O consórcio prevê instalar o primeiro sistema no Hospital Idealmed, em Coimbra, durante o próximo ano e meio.

O projeto, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Centro 2020, apresenta um investimento elegível global superior a 1,045 milhões de euros, dos quais 746.979 euros são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Em 2016
O Centro Hospitalar do Médio Tejo anunciou que 2016 foi "o melhor ano" em termos de "crescimento" e &quot...

Em comunicado, o Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) refere que "2016 foi um ano de crescimento (…) com "mais internamentos, mais consultas externas, mais atendimentos nas urgências, mais cirurgias e mais recursos humanos".

Segundo o presidente do CA, Carlos Andrade, estes resultados "marcam a história do CHMT, pois a sustentabilidade está na expansão da sua atividade e não na sua redução".

É a expansão que “garante o futuro" do CHMT”, constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém, afirmou o gestor.

"Trata-se de uma expansão com um controlo de custos eficiente, não como um fim mas como um meio para permitir a constante renovação da instituição", que em 2016, regista uma dívida acumulada de 26 milhões contra os "mais de 50 milhões de euros de dívida em 2013", ano em que Carlos Andrade tomou posse, lê-se na nota.

Segundo o comunicado, na prestação direta de cuidados de saúde, o número de profissionais "teve um acréscimo, com um total de 1.628 profissionais em 2016, quando comparado com 2014, cujo número estava nos 1.409".

Relativamente às entradas e saídas de profissionais, e comparando os anos de 2012 e 2016, "também aqui se verifica uma inversão das circunstâncias, pois em 2012 saíram 117 profissionais e entraram 38 e no ano de 2016 saíram 169 e entraram 309 profissionais", sendo dado destaque para os 153 enfermeiros que entraram o ano passado no CHMT, contra os 82 que terminaram a sua colaboração.

Segundo o mesmo documento, o ano de 2016 evidencia um crescimento da atividade assistencial no CHMT, com exceção para a maternidade, que desde 2010 tem vindo a diminuir o número de partos, tendo registado 17.297 internamentos, 10.507 intervenções cirúrgicas, e 178.473 consultas externas.

Ainda pelas contas apresentadas pelo CHMT, no hospital de dia foram realizadas 27.108 sessões, face a 23.257 realizadas em 2016 e 18.228, em 2010, e no serviço de urgências foram realizados 153.872 atendimentos, valor que em 2012 estava nos 149.832.

Para o CA, estes valores devem-se ao "esforço abnegado que tem sido efetuado por todos os profissionais, complementado com a estratégia de gestão em contínua colaboração com a tutela".

Para 2017, o plano de atividades apresenta diversos eixos estratégicos, mantendo a prioridade na "recapitalização do quadro médico" do CHMT, na "continuidade do aumento da atividade assistencial" e no "início de implementação das medidas que resultam das propostas do grupo de trabalho da reforma hospitalar".

O plano de investimentos para 2017 contempla um investimento global total de cerca de dois milhões de euros para melhoria e reabilitação de infraestruturas, equipamentos e sistemas de informação, como a aquisição “de equipamento médico-cirúrgico, mamógrafo, relocalização da zona de consultas externas, expansão das instalações da Urgência Médico-Cirúrgica e a construção da sala de preparação de citoestáticos", entre outros.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei, Castelo Branco e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

Açores
As últimas análises realizadas ao hospital da Horta, nos Açores, onde há duas semanas foi detetada ‘legionella’, confirmam e...

O presidente do conselho de administração do hospital da Horta, na ilha do Faial, garantiu à Antena 1/Açores que a ‘legionella’ não foi detetada no circuito de abastecimento de água aos utentes, mas apenas num reservatório ligado aos painéis solares, que "não afeta" os serviços hospitalares, nem os doentes.

"Neste momento apenas houve uma análise com deteção de ‘legionella’”, explicou João Morais, ressalvando aquele depósito "não estava ligado aos circuitos" de distribuição da água, onde tinha sido detetada a presença da bactéria no início deste mês.

Em menos de sete meses foi detetada no hospital da Horta, por duas vezes, a presença de ‘legionella’, uma bactéria forte que pode provocar infeções respiratórias ou até mesmo a morte.

"Após a chegada dos resultados do INOVA [Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores] e após reunião com a delegada de Saúde da Horta, podemos afirmar que no circuito de distribuição de água dos serviços que estão em contacto com os utentes não temos qualquer problema, a ‘legionella’ não foi detetada", garantiu João Morais, adiantando que a unidade de saúde está “em condições de repor a normalidade de funcionamento”.

O presidente do conselho de administração explicou que "nenhum utente foi afetado com a ‘legionella’", o que demonstra que "os procedimentos adotados foram eficazes" e que foi possível "eliminar totalmente" a bactéria do circuito de abastecimento de água aos serviços de "urgência, internamento, blocos operatórios e laboratórios".

"Assim que voltarmos a ter a segurança de que as coisas estão em condições, esse depósito será posto em produção", acrescentou o responsável.

João Morais recusou, por outro lado, a ideia de que possa existir alguma relação entre o surgimento da bactéria e a eventual redução da temperatura das caldeiras do hospital, garantindo que "não foi dada nenhuma orientação" nesse sentido.

Quando foi detetada a ‘legionella’ no hospital da Horta, na sequência de uma análise de rotina, a administração desta unidade de saúde efetuou uma desinfeção a todo o sistema de distribuição da água, com vista a "aniquilar a bactéria" que, apesar de tudo, se mantém ativa, mas apenas num reservatório isolado.

Tudo sobre
As alterações da tiroide são bastante frequentes atingindo entre 4 a 7% da população.

A tiroide é uma pequena glândula em forma de borboleta localizada na parte anterior e inferior do pescoço, imediatamente abaixo da maçã-de-Adão. Tem dois lobos direito e esquerdo, e cada um mede cerca de 4cm de comprimento e 2 cm de largura.

Tem como função produzir, armazenar e libertar para o sangue as hormonas tiroideias, sendo as principais a T3 e a T4. Estas são indispensáveis para o normal funcionamento do organismo pois controlam o metabolismo, o funcionamento de vários órgãos e o equilíbrio emocional: regulam a temperatura corporal, a frequência cardíaca, pressão arterial, crescimento e desenvolvimento, funcionamento intestinal, peso corporal e estados emocionais.


A tiroide produz e liberta para a circulação sanguínea duas hormonas: 
a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4 ou tiroxina)

As alterações da tiroide são frequentes atingindo 4-7% da população. Podem ocorrer em qualquer idade, em especial nas mulheres a partir dos 40 anos. Podem resultar de efeito de radiações, medicamentos, alimentos ou agressão por anticorpos, mas nem sempre é possível identificar uma causa.

As doenças da tiroideia mais comuns são: as que resultam de níveis anormais das hormonas tiroideias (hipertiroidismo e hipotiroidismo), doenças autoimunes (tiroidite), bócio e nódulos. O cancro da tiroide não é frequente.

Hipertiroidismo – resulta do excesso de produção de T3 e T4.

Nesta situação todo o metabolismo está acelerado. Os principais sintomas são: palpitações (sentir as batidas do coração), nervosismo, irritabilidade, ansiedade, insónias, tremor, perda de peso com apetite aumentado, transpiração excessiva e excesso de calor, diminuição da força muscular, olhar vivo e em alguns casos olhos salientes.

Muitos destes sintomas são comuns a situações de ansiedade pelo que é indispensável a confirmação com análises específicas.

Hipotiroidismo – resulta da produção insuficiente de T3 e T4.

Pode manifestar-se por fadiga, sonolência, aumento da sensibilidade ao frio, pele seca, queda de cabelo, obstipação, irregularidades menstruais, discreto aumento de peso (2-3 Kg), diminuição da frequência cardíaca.

Estes sintomas podem estar presentes em muitas outras situações pelo que o diagnóstico é feito por análises clinicas. Nas grande maioria das situações de obesidade os níveis das hormonas tiroideias são normais e como tal não pode ser atribuída a alterações do funcionamento da tiroide.

Doenças autoimunes – são causadas por anticorpos dirigidos contra a tiroide.

Existem vários tipos de anticorpos. Alguns podem estimular a tiroide e serem causa de hipertiroidismo enquanto outros têm efeito contrário, destruindo a tiroide.

A situação mais frequente é a tiroidite crónica autoimune. A fase inicial é sem sintomas pois os níveis de hormonas tiroideias são normais estando apenas presentes os anticorpos no sangue. Nesta fase a palpação do pescoço permite detetar uma tiroide mais firme e de maiores dimensões. Quando esta agressão persiste a situação pode evoluir para hipotiroidismo.

Bócio – significa tiroide globalmente aumentada de volume. Pode manifestar-se por aumento do pescoço, que pode ser notado pelo próprio ou detetado pela palpação no decurso de uma consulta médica. Apenas quando a tiroide apresenta grandes dimensões pode provocar dificuldade na deglutição e na respiração e por vezes rouquidão.

A ecografia possibilita a caracterização da tiroide quanto às dimensões e à existência de nódulos. O doseamento das hormonas tiroideias permite avaliar o funcionamento da tiroide: normal, excessivo (hipertiroidismo) ou insuficiente (hipotiroidismo).

Nódulos da tiroide – podem ser únicos ou múltiplos e habitualmente são benignos, necessitando apenas de vigilância.

O estudo do nódulo da tiroide exige a realização de análises para avaliar o funcionamento da tiroide, que por norma são normais, ecografia dirigida à tiroide e ainda biopsia com pequena agulha (citologia aspirativa com agulha fina). Este exame que é de fácil realização, é determinante para o diagnóstico pois permite a colheita de células para análise. Nódulos com dimensões até 1 cm não têm indicação para citologia.

A doença da tiroide é muito comum e geralmente benigna. Para a sua caracterização é indispensável o doseamento das hormonas tiroideias e com frequência é importante a realização de ecografia. Apenas quando os níveis de hormonas tiroideias estão alterados é que necessário recorrer a medicação.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia
Open day da casa museu Egas Moniz, exposições de arte, entrega de prémio carreira na área da Neurorradiologia, lançamento de...

O mote para esta semana são os 90 anos da realização da primeira angiografia cerebral por Egas Moniz, uma técnica que revolucionou a Medicina e que ainda hoje é amplamente utilizada em todo o mundo. Durante uma semana, serão vários os momentos que irão homenagear Egas Moniz, considerado por muitos como um dos pais da Neurorradiologia.

A Brain Week é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR) e conta com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos e de todas as instituições de ensino superior com formação ou investigação em Medicina e Ciências da Saúde. O evento vai reunir, durante uma semana, uma série de referências nacionais internacionais na área das Neurociências, especialistas na área da Neurocirurgia, Psiquiatria, Neurologia e Neurorradiologia.

Destaques do Programa

Primeiro dia – 31 maio, Aveiro e Avanca

Dia Mundial da Esclerose Múltipla: Transmissão Live Streaming:

http://promotions.bmj.com/timemattersinms/#Livestream organização: British Medical Journal: “Time matters in multiple sclerosis” – 9H30, Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro.

  • Reunião de Consenso Esclerose Múltipla 2017 com a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR) e o Grupo de Estudos da Esclerose Múltiplas (GEEM) – 15H30, Auditório Reitoria Universidade de Aveiro.
  • Receção de boas vindas da Brain Week e conferência de abertura “Neurociências: com ciência e história” – 15H, átrio e auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro.
  • Apresentação do livro comemorativo “Os trilhos da Neurorradiologia depois da primeira angiografia cerebral” – 19H00, Casa Museu Egas Moniz, Avanca.

Segundo dia – 1 de junho, Estarreja

  • Apresentação do selo comemorativo dos CTT alusivo aos 90 anos da angiografia cerebral e inauguração de Exposição Histórica Filatélica alusiva a Egas Moniz – 14H00, Cineteatro de Estarreja.
  • Inauguração da exposição de arte “Brain Storming – a celebração da Ciência após 90 anos de engenho e arte” – 15H00, Casa Municipal da Cultura de Estarreja.
  • Projeção cinematográfica e tertúlia "O Cinema e as Neurociências" – 21H00, Cineteatro de Estarreja. Participação de Mário Augusto (Jornalista e Crítico de Cinema)

Terceiro dia – 2 de junho, Estarreja

  • Sessão Solene de abertura da Brain Week e entrega do Prémio Egas Moniz em Neurorradiologia 2017 – 18H00, Cineteatro de Estarreja.
  • Concerto Solidário com Jacinta (jazz) e apresentação do livro (edição bilingue) “A herança de Egas Moniz na Neurorradiologia – perspetiva universal, 90 anos após a 1ª angiografia cerebral” – 18H30, Cineteatro de Estarreja. Valor simbólico a reverter para Unidade Cuidados Continuados Egas Moniz.

Quarto dia – 3 de junho, Estarreja

  • Entrega do Prémio Paulo Mendo, prémio que todos os anos distingue a melhor comunicação feita no âmbito do Congresso Nacional de Neurorradiologia (1 a 4 de junho) – 21H30, Biblioteca Municipal de Estarreja.

Quinto dia – 4 de junho, Estarreja

  • Caminhada e Mini Caminhada solidária de sensibilização para os primeiros sinais de AVC, inserido na Campanha Nacional STOP AVC – 17 horas, com início no Parque Municipal de Antuã, Estarreja.

Sexto dia – 5 de junho, Estarreja

  • Workshop “O Cérebro: Tecnologia e Soft Skills” – 14H00, Ciclo Criativo, Estarreja

Sétimo dia – 6 de junho, Estarreja

  • Open Day na Casa Museu Egas Moniz, com visita documentada na área da História da Medicina – entre as 9H00 e as 16H00, Avanca, Estarreja.

O programa completo encontra-se disponível aqui.

Mais informações sobre a Brain Week disponíveis no site da SPNR.

Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla
A Federação Internacional da Esclerose Múltipla criou um Movimento, constituído por pessoas e organizações que querem melhorar...

O Movimento pôde concluir que, apesar dos avanços que foram feitos em várias áreas, ainda existe uma marcada desigualdade nas condições da vida das pessoas afetadas por esta doença, tanto entre países, como dentro deles. Por isso, como forma de mitigar esta desigualdade, foram identificadas as principais áreas em que pequenos progressos podem fazer uma grande diferença. E, embora seja reconhecido que a qualidade de vida é algo muito pessoal, mutável e com muitas interdependências, os “Sete Princípios” definidos são o reflexo dum consenso e pretendem inspirar à mudança.

“Sete Princípios para Melhorar a Qualidade da Vida das Pessoas com Esclerose Múltipla”

  • Mais poder, reconhecimento, capacitação, independência e um papel central para as pessoas afetadas pela Esclerose Múltipla (EM) relativamente às decisões que afetam as suas vidas.
  • Acesso aos tratamentos e cuidados de saúde físicos e mentais de acordo com as condições individuais, quer físicas quer cognitivas, dos que vivem com a EM;
  • Apoio à rede de familiares, amigos, entes queridos e cuidadores voluntários;
  • Oportunidades de trabalho, voluntariado, educação e lazer acessíveis e flexíveis;
  • Acessibilidade em locais públicos ou privados, a nível da tecnologia e a transportes adaptados;
  • Recursos financeiros para satisfazer a evolução das necessidades e os custos de viver com EM;
  • Atitudes, políticas e práticas de apoio que promovam a igualdade e desafiem o estigma e a descriminação. 
Governo
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, disse que o Governo está disponível para abrir mais extensões de saúde a nível...

"Temos uma rede nacional ao nível de hospitais bastante robusta - obviamente que há sempre hospitais novos a fazer à medida que outros vão envelhecendo - mas sobretudo temos de investir na proximidade, em serviços de proximidade", disse Manuel Delgado após a visita ao projeto pedagógico “Centro de Saúde das Brincadeiras”, dirigido a crianças do pré-escolar, que decorre hoje em Loulé.

Em visita ao distrito de Faro, Manuel Delgado inaugurou a Unidade de Cuidados na Comunidade Vicentina, em Vila do Bispo, e visitou o terreno cedido pela Câmara Municipal de Loulé para a construção da unidade de saúde familiar Lauroé, na sede do concelho.

Durante o dia, o secretário de Estado da Saúde vai estar presente na reabertura das extensões de saúde de Bordeira, no concelho de Faro, e do Azinhal, em Castro Marim e na assinatura do protocolo de cooperação do projeto “Algarve Coração Seguro”.

O presidente do conselho de administração da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Paulo Morgado, explicou que as duas extensões de saúde hoje reabertas resultam de parcerias com as juntas de freguesia de Santa Bárbara de Nexe, da Bordeira e com a Câmara Municipal de Castro Marim que assumiram a remodelação das instalações.

“Estamos disponíveis para analisar outros casos”, afirmou, apontando que a análise será sempre individual.

Aquele responsável adiantou que a próxima extensão de saúde a ser reaberta no Algarve será em Vaqueiros, no concelho de Alcoutim.

A ARS Algarve e a Câmara Municipal de Alcoutim assinaram esta terça-feira um protocolo com vista à renovação das instalações e para assegurar profissionais de saúde naquele local.

“Esperamos terminar este ano com mais médicos, mais enfermeiros e mais técnicos na ARS e isso vai-nos permitir alguma folga para podermos prestar um serviço diferente e melhor às populações”, concluiu.

Seminário APOGEN
“O uso de medicamentos biossimilares pode permitir uma poupança de 100 milhões de euros ao orçamento para a saúde, deste ano...

“O uso destes medicamentos permite ainda aumentar o número de pessoas com acesso a tratamentos, dá maior autonomia aos médicos para escolher a melhor opção para cada doente e permite uma poupança que pode ser canalizada para investimentos noutras áreas da saúde como infraestruturas hospitalares” afirmou ainda Adrian van den Hoven, presidente da Medicines for Europe, convidado da APOGEN.

O seminário, que contou com a presença de Maria do Céu Machado, presidente do Infarmed, IP, centrou-se na apresentação do estudo “Payers’ price & market access policies supporting a sustainable biosimilar medicines market”, desenvolvido pela consultora independente Simon Kucher & Partners Consultants, que analisa em profundidade as políticas de acesso ao mercado de Medicamentos Biossimilares em 7 países europeus (DE, ES, FR, IT, NO, PL e UK), e o impacto que as mesmas revelam em parâmetros como a taxa de utilização de Medicamentos Biossimilares e os encargos dos respetivos sistemas de saúde.

O seminário encerrou com o painel de discussão “Políticas de acesso ao mercado para um mercado sustentável de medicamentos biossimilares” que contou com as participações de António Melo Gouveia, Diretor dos Serviços Farmacêuticos do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Hélder Mota Filipe, do Conselho Diretivo do Infarmed, IP, e Helena Canhão, Professora Catedrática Convidada e Responsável da EpiDoC Unit, CEDOC da Nova Medical School, UNL, entre outros.

Uma das doenças benignas mais comuns
A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é uma das doenças benignas mais comuns, no entanto, estima-s

Afetando atualmente cerca de 70% dos homens com mais de 65 anos, a Hiperplasia Benigna da Próstata é uma condição médica que se caracteriza pelo aumento benigno da próstata e que pode conduzir a alguns sintomas do aparelho urinário inferior.

“Em bom rigor, a termo Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é um termo histológico (vista da arquitetura de tecidos ao microscópio) e corresponde a um aumento de volume que acontece devido a um aumento do número das células”, começa por explicar José Manuel Palma dos Reis, chefe de Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

Sabe-se, no entanto, que, e apesar da sua crescente divulgação, a maioria dos homens continua a desconhecer e a considerar como tabu uma doença que, na opinião deste especialista, faz parte do natural processo de envelhecimento.  

“Ter HBP apenas significa que houve a tal hipertrofia (benigna como o próprio nome indica), não é sequer necessário que existam sintomas e pode corresponder a uma situação perfeitamente “inocente”. O tal fenómeno histológico em si é um fenómeno normal do envelhecimento que costumo comparar com os cabelos brancos”, justifica referindo que “tal como há pessoas que aos 50 anos já tem muitíssimos cabelos brancos, outras quase não os têm”.

Tratando-se de um fenómeno variável e sem fatores de risco, pode surgir “em tempos de vida muito variáveis de pessoa para pessoa”.

Nos casos em que surgem sintomas do aparelho urinário inferior, estes resultam de uma forma mais ou menos indireta da obstrução provocada pela próstata ao normal fluxo da urina no esvaziamento.

Quer isto dizer que no ínicio os doentes podem ter dificuldade em começar a urinar ou sentir que a descarga de urina foi incompleta.

“Há sintomas mais diretos (a que agora chamamos sintomas de esvaziamento) que se traduzem, por exemplo, num jato urinário mais fraco e num tempo de micção mais prolongado”, acrescenta o especialista.

Os chamados sintomas de armazenamento são, de acordo com José Manuel Palma dos Reis, “os que mais incomodam os doentes e têm a ver com alterações mais crónicas da bexiga perante a obstrução crónica”.

Necessidade de urinar mais vezes, sobretudo durante a noite, ou sentir urgência em urinar são os sintomas mais descritos. “Não raramente esta urgência pode ser tão intensa que culmina num episódio de incontinência de urgência”, acrescenta o médico explicando que estas situações acabam por ter graves repercussões na qualidade de vida do doente, afetando tanto a sua vida social como laboral.

Apesar de ser, na grande maioria dos casos registados, uma doença benigna, que necessita de tratamento sobretudo pelos sintomas e sua repercusão na qualidade de vida, a HBP pode, no entanto, “acarretar complicações graves“.

“Uma das complicações relativamente frequentes é a chamada retenção urinária aguda, em que o doente deixa de conseguir urinar, normalmente acompanhada de queixas dolorosas intensas que levam o doente à urgência com a consequente drenagem da bexiga por algaliação, que alivia os sintomas”, descreve o urologista.

Menos frequentes, mas também mais graves, são as situações em que a obstrução progride de forma silenciosa, com dilatação da bexiga e de todo o aparelho urinário até aos rins que culmina numa insuficiência renal.

A formação de cálculos na bexiga “pela estase de urina” e de divertículos na parede da bexiga “pelo aumento da pressão dentro da mesma”, são outras das complicações possíveis da doença.

“Igualmente, em alguns casos da HBP, particularmente de grande volume, podem surgir hemorragias (perda de sangue na urina, chamada hematúria). Faço, no entanto, notar que qualquer doente com hematúria deve forçosamente ser avaliado por um urologista, mesmo que tenha uma HBP conhecida”, adianta explicando que a hematúria pode sugir na sequência de um tumor na bexiga que necessita de tratamento específico e urgente.

De acordo com o chefe de Serviço de Urologia do CHLN, é por isso importante que o doente procure ajuda médica sempre que existam sintomas do aparelho urinário. “Por um lado é importante que outras causas potencialmente mais graves para os sintomas sejam excluídas, e caso os sintomas tenham interferência, como frequentemente têm, na qualidade de vida dos doentes, estes sejam tratados”, reforça.

O diagnóstico da HBP começa por ser clínico, baseado na história clínica do doente e no chamado toque retal. “Através do reto, se consegue palpar a próstata, o que permite para além de uma estimativa grosseira do seu tamanho, detetar outras potenciais situações, como nódulos da próstata suspeitos de focos de carcinoma ou, por exemplo, a presença de uma próstata tensa e dolorosa que poderia corresponder a uma prostatite”, esclarece o especialista.

A estes dados juntam-se depois alguns exames complementares como a ecografia da próstata e da bexiga, as análises com o doseamento do PSA e a avaliação da função renal para despiste de eventuais complicações.

“O tratamento da HBP sintomática é feito, pelo menos numa fase inicial, com medicamentos que têm registado notável melhoria nos últimos tempos e que permitem controlar os sintomas na grande maioria dos doentes e mesmo, em alguns casos, alterar a história natural da doença”, explica José Manuel Palma dos Reis.

Quanto à cirurgia, esta é normalmente aconselhada quando existem complicações – retenção urinária, cálculos da bexiga, entre outros – a que os especialistas costumam chamar de “indicações absolutas” e quando não se conseguem controlar os sintomas com a medicação.

Ambas as formas de tratamento têm sofrido uma considerável evolução nos últimos anos. Para além de novos fármacos, também as técnicas cirúrgicas têm apresentado desenvolvimentos significativos, nomeadamente com a introdução de técnicas minimamente invasivas, como o laser e formas alternativas de energia.

Mitos: cancro e disfunção erétil

Apesar da crescente informação divulgada sobre a doença e os avanços observados nas suas opções terapêutas, alguns mitos ainda prevalecem.

“Por um lado, quanto à doença há ainda, de facto, o mito de que pode «provocar» cancro da próstata e também problemas sexuais”, começa por dizer o urologista,  José Manuel Palma dos Reis.

Quando surgem sintomas do aparelho urinário inferior, há quem os associe a cancro da próstata. “No entanto, não há qualquer relação entre as duas patologias. Um homem que tem a próstata grande (HBP) tem exatamente o mesmo risco de ter cancro da próstata que outro homem com as mesmas características de idade, etnia, etc, e que tenha a próstata de tamanho normal”, desmistifica o clínico.

“Costumo explicar aos meus doentes preocupados com o risco de cancro em função do tamanho da próstata que seria a mesma coisa que assumir que só teriam tumores da mama mulheres com mamas grandes”, afirma.

No entanto, admite que sendo a HBP bastante frequente e sendo o cancro da próstata “não raro”, sobretudo a partir de determinada idade, estas duas patologias podem coexistir.  “Claro, num doente com HBP a abordagem será completamente diferente se descobrirmos que, além da banal HBP, existem na sua próstata (assim como poderiam existir numa próstata de tamanho normal) focos de carcinoma da próstata”, esclarece.

Quando à disfunção erétil, ainda existe o mito de que a cirurgia indicada para tratar a HBP provocará “impotência” do doente. No entanto, o risco de disfunção erétil nas cirurgias para a doença benigna da próstata é muito reduzido.

“O que acontece com bastante frequência, após a cirurgia, é uma alteração da ejaculação em que surge a chamada ejaculação retrógada em que o doente mantém a potência sexual e o orgasmo mas, quando se dá a ejaculação, o esperma em vez de ser expelido pela uretra reflui para a bexiga”, explica o urologista.

Não obstante, sabe-se contudo, “através de estudos epidemológicos, que a disfunção erétil é algo mais comum nos doentes com mais sintomas relacionados com a HBP – os tais LUTS (Lower Urinary Tract Symptoms)”. Apesar de considerados dois fenómenos distintos, a sua relação tem que ver mais com a gravidade dos sintomas do aparelho urinário inferior do que com volume da próstata ou grau de obstrução de fluxo urinário. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
População jovem é a mais afetada
Prurido ocular, olhos vermelhos, lacrimejo e sensibilidade à luz são sintomas que muitos dos portugueses tão bem conhecem e que...

A melhor forma de o fazer é, aconselha a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), evitar o contacto com os alergénios, as substâncias que desencadeiam as reações alérgicas. Na Primavera, os pólenes são os principais alergénios, encontrando-se em concentrações muito elevadas no nosso país. Embora possa parecer uma missão difícil evitá-los há formas de o fazer. As pessoas mais suscetíveis devem evitar caminhar em zonas arborizadas nas primeiras horas da manhã, momento do dia em que a polinização é maior, e em dias de muito vento, quentes e secos.

“A conjuntivite alérgica sazonal é a reação alérgica ocular mais frequente”, refere Vanda Nogueira, Oftalmologista e Coordenadora do Grupo Português de Inflamação Ocular, SPO. “Trata-se de uma inflamação ocular da conjuntiva, que é a membrana que reveste o olho para o proteger. A inflamação da conjuntiva faz-se muitas vezes acompanhar também por sintomas nasais”, acrescenta a especialista, confirmando que este é um problema que “surge frequentemente associado a outras doenças alérgicas, como a rinite”.

Esta forma de conjuntivite, que resulta dos pólenes libertados pelas árvores, difere da conjuntivite alérgica perene, que pode surgir em qualquer altura do ano, sendo sobretudo causada pelos ácaros e pelo pêlo dos animais. A conjuntivite alérgica pode também ser confundida com as conjuntivites de origem bacteriana ou viral, pelo que o seu diagnóstico deve ser feito por um oftalmologista.

Quanto ao tratamento, Vanda Nogueira explica que é feito com recurso “a medicamentos anti-inflamatórios ou anti-histamínicos”, mas aproveita para reforçar que o mais importante é “diminuir ou evitar a exposição aos agentes que provocam a reação alérgica”.

Universidade de Coimbra
Uma equipa internacional de investigadores, liderada pelos portugueses Lino Ferreira e Ricardo Neves, do Centro de...

As nanopartículas que transportam a quimioterapia permanecem inativas até serem ativadas na chegada ao “nicho leucémico”, local da medula óssea onde se encontram as células estaminais cancerígenas (CEC) que dão origem a todas as células da leucemia. A ativação realiza-se por controlo remoto, através da projeção de luz azul sobre as nanopartículas que transportam a quimioterapia.

O trabalho, publicado na revista Nature Communications, descreve uma formulação de nanopartículas aplicada em ratinhos com leucemia que se foca no papel do “nicho leucémico” na progressão da doença e na resistência à quimioterapia. O nicho é altamente protetivo das células estaminais leucémicas que aí se encontram, tornando difícil a sua erradicação através da quimioterapia convencional. A proteção descrita é, muitas vezes, responsável pelo regresso da doença após tratamento.

Lino Ferreira e Ricardo Neves, coordenadores da equipa que envolve cientistas da China, Espanha e Reino Unido, provaram que é possível utilizar células leucémicas como agentes de transporte de quimioterapia.

Ricardo Neves explica que “estas células conseguem encontrar o nicho leucémico, utilizando o seu sistema de ‘GPS natural’ e, dessa forma, criam a oportunidade de colocar a nanopartícula, cheia de quimioterapia, junto do reservatório de células responsáveis pelo perpetuar da doença. Deste modo, torna-se possível despoletar a libertação da quimioterapia, por ação da luz, e ter maior impacto no local e consequentemente na doença, evitando também os efeitos secundários noutros locais”.

De acordo com Lino Ferreira, “este tipo de tecnologia pode vir a ser utilizado num contexto terapêutico através da utilização de moléculas sensíveis à luz com infravermelho, cuja radiação é menos energética mas mais segura para utilização no organismo que a luz azul. A descoberta poderá ter aplicações práticas no tratamento do cancro e em outras áreas, sendo que no contexto da leucemia pode ajudar a erradicar as células do nicho da medula óssea doente”.

A tecnologia do estudo poderá também ser utilizada para ajudar as células transplantadas a reconhecer a medula óssea do paciente como a sua “nova casa” e aí permanecerem, contribuindo para a produção constante de sangue durante o resto da sua vida.

As células transplantadas levam consigo as nanopartículas desenvolvidas neste trabalho do CNC, fazendo o seu percurso normal no organismo, sendo ativadas quando chegam à medula óssea do paciente porque recebem um estímulo luminoso que lhes sinaliza o final da viagem.

A investigação foi financiada pelo FEDER através do programa COMPETE e por fundos da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), POCI:CANCEL STEM e ainda fundos da Comissão Europeia (Projeto European Research Project: ‘Nanotrigger’).

Especialista considera
O presidente do Congresso Nacional de Medicina Interna, que começa na quinta-feira, no Porto, considerou hoje “dramático” o...

“Os outros 44% morrem no hospital. E depois, dos que conseguem chegar à rede, cerca de 30% voltam a ser internados. Ou seja, os doentes acabam por piorar na própria rede”, referiu João Araújo Correia, citando os dados de um estudo realizado no Centro Hospitalar do Porto, que será apresentada no encontro.

Em média, “depois de cumpridos os critérios e de aceites, os doentes esperam 47 dias para entrar numa unidade da Rede Nacional de Cuidados Continuados. São necessárias mais camas para que haja uma resposta mais célere”.

Segundo Araújo Correia, que é diretor do Serviço de Medicina do Centro Hospitalar do Porto, “dos 56% que foram para as unidades, 37% foram reinternados. E, segundo as regras dos cuidados continuados, se permanecerem no hospital mais de sete dias, têm de recomeçar todo o processo, porque perdem a vaga. O que é uma coisa dramática”.

Citando a experiência do seu serviço, Araújo Correia disse que “em 2016 teve 117 doentes que acabaram por ir para lares ou rede de cuidados continuados”.

“Contabilizado o tempo que estiveram internados sem razão clínica, ou seja, à espera, chegou-se aos 2.961 dias, são quase três mil dias de internamento. Calculando quanto custa cada dia de internamento significa que só estes 117 doentes custaram ao hospital 571 mil euros”.

“O meu serviço tem três unidades de internamento e tenho sempre cerca de 25 doentes internados sem razão clínica. Estão à espera de ir para o lar ou para a rede de cuidados continuados. E eu tenho a urgência cheia de doentes à espera de vaga para serem internados. E eu sei que isto é uma coisa generalizada pelo país”, lamentou.

O especialista defendeu que “é fundamental haver mais camas na rede, para que haja uma resposta mais célere” e que “a rede seja dotada de meios mínimos”.

“Quem lá está são profissionais de saúde mais jovens, o que justifica que 30% dos doentes, que são muito complexos, voltem ao hospital. E, segundo as regras, se o doente estiver mais de sete dias internado na sequência dessa agudização, perde a vaga e tem que ser reiniciado todo o processo”, frisou.

A relação entre a Medicina Interna (MI) e a Medicina Geral e Familiar (MGF), ou “a falta de ligação entre estas duas grandes especialidades” é outro dos temas em destaque no congresso, que decorrerá até domingo na Alfândega do Porto.

Segundo João Araújo Correia, essa é “uma das grandes fragilidades do Serviço Nacional de Saúde. É exatamente por isso que 95% dos internamentos nos serviços de medicina se fazem a partir do serviço de urgência, o que é, digamos, o espelho de que realmente não há ligação entre as duas especialidades”.

“Os médicos de medicina geral e familiar convenceram-se que tratam fundamentalmente doentes crónicos (hipertensos, diabéticos e outros) e que também fazem rastreios, tudo com tempo, com consultas daí a uns meses”, disse.

Defendeu a necessidade de “criar incentivos para o tratamento da doença aguda nos centros de saúde”, referindo que uma das coisas que se pretende é que este congresso "promova de facto uma mudança de paradigma”.

Entre os convidados do congresso estarão o investigador Alexandre Quintanilha e o presidente do Conselho Económico e Social, Correia de Campos, que, “enquanto ministro da Saúde, foi grande responsável para que a medicina interna se assumisse como o grande alicerce do tratamento do doente no hospital. De facto, a partir do seu ministério o número de especialistas que começaram a entrar em medicina interna praticamente duplicou. Neste momento a medicina interna é a maior especialidade hospitalar, com 940 internos em formação”.

Direção-Geral da Saúde
Portugal tem até hoje 285 casos notificados de hepatite A, num surto que começou no início do ano e afeta outros países...

De acordo com a última atualização, publicada no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde (DGS), a quase totalidade dos casos (93%) ocorreram em homens e em mais de metade (56%) o contágio ocorreu por via sexual.

A maior parte dos casos (227) estão concentrados na Região de Lisboa e Vale do Tejo e o grupo etário mais afetado é o dos 18-50 anos, com 255 casos.

Na semana passada, a DGS atualizou a norma sobre a hepatite A e os viajantes que pretendam levar a vacina da hepatite A deixaram de precisar de submeter o pedido à DGS, bastando ter a prescrição do médico.

Em abril, com o país em pleno surto de hepatite A, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excecional e o médico prescritor da vacina tinha de contactar previamente a autoridade de saúde.

Esta medida prendeu-se, na altura, com uma necessidade de controlar o ‘stock’ de vacinas, de modo que a chegassem aos grupos prioritários, como contactos íntimos ou familiares de infetados e homens que têm sexo com homens de forma desprotegida.

No que respeita a estes grupos prioritários continua a não ser necessária qualquer validação da vacina por parte da DGS, sendo a imunização gratuita, a cargo do Serviço Nacional de Saúde.

A própria DGS já admitiu que a procura de vacinas não foi de princípio a que se desejava, tendo até sido constituída uma unidade móvel para ir ao encontro das populações de risco potencial.

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não provoca cronicidade e dá imunidade para o resto da vida.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Onze distritos de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores apresentam hoje um risco ‘Muito Elevado’ de...

Em Portugal continental estão com um risco 'Muito Elevado' os distritos de Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Braga, Porto, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Aveiro, Coimbra e Beja.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todos os restantes distritos apresentam um risco 'Elevado'.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje para o Norte e Centro de Portugal continental nebulosidade durante a tarde nas regiões do interior, com condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros e trovoada e pequena subida da temperatura mínima.

Para a região do Sul, aguardam-se períodos de céu muito nublado, aguaceiros, em especial nas regiões do interior e durante a tarde e condições favoráveis à ocorrência de trovoada. A temperatura mínima também deverá subir.

Para os grupos Ocidental e Central dos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros fracos durante a madrugada e manhã.

No grupo Oriental, aguarda-se céu muito nublado com abertas ao longo da manhã, períodos de chuva que poderão ser pontualmente fortes durante a madrugada, passando a aguaceiros fracos e pouco frequentes.

Períodos de céu muito nublado e vento fraco a moderado são as previsões para a Madeira.

Estudo
O consumo regular de chocolate pode baixar o risco de arritmias cardíacas, segundo um estudo de observação divulgado na edição...

Os resultados da investigação sugerem que a melhor associação entre a causa e o efeito é o consumo de uma porção de chocolate por semana, para as mulheres, resultando em menos 21% de risco de doença, e duas a seis porções semanais no caso dos homens (23% menos risco).

Os autores do estudo salientam que a fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia cardíaca e que se caracteriza por batimentos rápidos e irregulares do coração, afeta mais de 33 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo provável que um em cada quatro adultos a desenvolva em algum momento da vida. Não é claro o que a causa, não tem cura nem fatores preventivos óbvios.

O consumo regular de chocolate, especialmente o negro, tem sido associado a melhorias em vários indicadores da saúde do coração e os investigadores quiseram perceber se a mesma associação se pode fazer para a arritmia.

Para isso estudaram 55.502 dinamarqueses (26.400 homens e 29.100 mulheres), com idades entre os 50 e os 64 anos, que deram informação sobre risco de doenças cardíacas, dietas e estilo de vida, bem como a quantidade de chocolate que comiam, mas não sobre o tipo, sendo que na Dinamarca o chocolate mais comum é o com leite (mínimo de 30 por cento de cacau).

Com a monitorização dos intervenientes no estudo, que durou uma média de 13,5 anos, foram diagnosticados 3.345 novos casos de arritmia. Tendo também em conta outros fatores relacionados com doenças cardíacas os investigadores concluíram que a taxa de fibrilação atrial recém-diagnosticada era 10% menor nos que comiam uma a três porções de chocolate por mês, comparando com os que comiam menos de uma porção (em média 30 gramas por porção).

Os dados indicaram também um decréscimo de casos da doença noutros níveis de consumo, 17% para quem comeu uma porção por semana, 20% para quem comeu entre duas e seis porções por semana, e apenas 14% para quem comeu uma ou mais porções diárias.

Os responsáveis notam que o estudo é observacional, pelo que não se podem tirar conclusões definitivas de causa e efeito, e admitem que o leite pode reduzir os níveis de compostos benéficos do chocolate na saúde cardíaca, além de que o consumo de chocolate está muitas vezes ligado a produtos de alto valor calórico, como gorduras e açucares, que não são entendidos como bons para o coração.

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