"Algarve Coração Seguro"
Mais de mil profissionais da hotelaria, comércio, serviços e autarquias no Algarve vão receber, este ano, formação em Suporte...

O projeto "Algarve Coração Seguro" visa implementar uma rede que, dentro de cinco anos, poderá abranger entre seis a sete mil profissionais de autarquias, hotéis, espaços comerciais e públicos da região, que passarão a estar habilitados a prestar primeiros socorros em situações de emergência, explicou Nuno Marques.

O presidente do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve - conhecido como Algarve Biomedical Center (ABC), a entidade que vai promover as ações formação - acredita que, através daquele rede, "rapidamente se possam estar a salvar vidas", tornando a região num dos destinos turísticos mais seguros da Europa.

"A ideia é conseguir implementar uma rede de forma coordenada com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para que se possa dar uma resposta muito rápida em caso de emergência", afirmou, observando que o INEM saberá onde estão os desfibrilhadores e as pessoas com formação específica para usá-los.

Além da formação a mais de mil pessoas prevista para ocorrer ainda durante este ano - número que poderá atingir entre seis a sete mil pessoas durante os cinco anos em que vigora o protocolo -, será ainda distribuído "um conjunto significativo" de equipamentos, observou o responsável pelo centro, criado há cerca de um ano.

O acordo de cooperação vai ser assinado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), a Região de Turismo do Algarve (RTA), a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a Associação Empresarial da região do Algarve (NERA) e a Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA).

Numa segunda fase, Nuno Marques quer estender as ações de formação à rede pública de transportes e ao Aeroporto Internacional de Faro, estando em curso negociações com as empresas que tutelam esses serviços.

De acordo com o presidente do Algarve Biomedical Center, o centro irá ministrar uma formação contínua aos profissionais abrangidos, durante os cinco anos em que vigora o protocolo.

O acordo será assinado hoje, às 15:00, numa unidade hoteleira em Albufeira, na presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

Direitos do doente
A prática da medicina, no contexto da transmissão da informação clínica a fornecer ao paciente, deve

Sem dúvida que o direito do doente implica ter o conhecimento de todos os procedimentos clínicos que lhe vão ser prestados e o seu livre e esclarecido consentimento para que os mesmos sejam executados de acordo com a leges artes do ato médico.

A sua decisão na aceitação dos tratamentos tem de ser livre e esclarecida, e só o homem instruído é que consegue ter liberdade para saber o que quer, escolher a direção que melhor lhe convém e determinar o seu destino.

É preciso ser suficientemente forte, estar disposto a sofrer para evitar que a doença nos agrave a fraqueza.

Se, em pleno conhecimento de causa o doente aceita e considera ser a decisão mais acertada, a sua luta e o seu esforço irão de encontro ao plano que melhor se ajusta naquele momento às propostas clínicas do tratamento que lhe é dirigido.

Os procedimentos médicos só serão tecnicamente justos e verdadeiros se conseguirem ser perfeitos.

A medicina exige a execução de planos terapêuticos científicos, com normas de orientação clínica, alicerçadas numa componente espiritual, sem a qual não conseguiremos obter o nível de excelência obrigatório para o bom desempenho profissional.

É essencial que os métodos para atingir estes objectivos estejam sempre enriquecidos pela norma universal do respeito e preservação da dignidade do ser humano.

A nossa obediência não pode ser cega, por isso é necessário que ao transmitir a verdade ao doente, temos que reflectir e adaptar o conceito de acordo com as características individuais do doente que irá depender do seu temperamento, da sua personalidade, do grau de conhecimento e diferenciação intelectual e espiritual.

A prática da medicina, no contexto da transmissão da informação clínica a fornecer ao paciente, deverá ser sempre baseada na verdade, na ciência, respeitando ao direito inviolável da dignidade do ser humano no seu todo (físico, espiritual e social).

É óbvio que a verdade é a mesma para todos os doentes, mas a forma como é transmitida a cada um é completamente diferente pois os pacientes são todos diferentes.

Se à partida nascemos todos iguais, não nos podemos esquecer que somos seres únicos com percursos regulares, com costumes e valores fundamentados no enriquecimento pessoal, com graus de conhecimento teórico e prático, espiritual e social diferenciado e sustentado pela vivência individual que nos caracteriza e determina a forma de estar e de vivenciar as experiências boas e menos agradáveis que vamos tendo ao longo da nossa vida.

O reconhecimento das características individuais dos pacientes por parte dos profissionais da saúde, que direta ou indiretamente irão ser intervenientes no processo da decisão clínica, é fundamental para que a aceitação por parte do doente seja livre e perfeita.

Perante o aparecimento de uma doença oncológica é necessário transmitir a verdade e todas as implicações que a doença tem, porém, este procedimento clínico é sempre complexo e muitas vezes cruel cuja história por vezes não se compadece, e é até imprópria, porque a sua expressão implica certamente um enorme sofrimento e por mais forte que a nossa riqueza espiritual seja, para interiorizar uma notícia que poderá não ter complacência pela preservação da nossa vida, cuja obediência fatual não pode ser modificada, têm de ter ciência e arte na comunicação da verdade que vamos dizer ao doente.

Por isso, é necessário transmitir a informação de forma simples, suficientemente explícita e clara, não omitindo nenhum detalhe, sem contudo esquecer que deverá ser suave para minimizar os efeitos nefastos que o impacto desta notícia gera no doente e na família.

O Ministério da Saúde criou a Carta dos Direitos do Doente Internado. Este documento para além de especificar os Direitos e Deveres dos doentes, da qual se extrai algum do seu conteúdo "agrupa direitos consagrados em diversos textos legais, nomeadamente na Constituição da República Portuguesa, na Lei de Bases da Saúde, na Convenção dos Direitos do Homem e da Biomedicina e na Carta dos direitos fundamentais da União Europeia. Apenas o Direito a uma segunda opinião não está previsto em nenhuma disposição legal nacional.

O regime legal de defesa do consumidor (Lei n. 24/96, de 31 de Julho) prevê também o direito à qualidade dos bens e serviços e o direito à proteção da saúde e segurança física.
A presente Carta dos Direitos do Doente Internado respeita o enunciado dos direitos tal como aparecem na Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes com exclusão dos direitos 13 e 14 que foram anunciados atendendo à condição especial que é o internamento (hospitais e centros de saúde).

As reformas dos sistemas de saúde variam de país para país, mas é consensual que o cidadão não pode ser excluído do processo de decisão, porque é co - financiador do sistema através dos seus impostos e é beneficiário do mesmo considerando as suas necessidades e, sobretudo, porque é o principal responsável pela sua saúde.
Na Carta de Otawa (1996) já se previa o reforço das capacidades dos cidadãos no que respeita à responsabilidade pela sua saúde. Isto só é possível com uma informação objetiva, transparente e compreensível que o tornem apto a decidir, como cidadão livre e esclarecido.

O Conselho da Europa através do seu "Comité" Europeu da Saúde reconheceu na 45ª Reunião que as organizações de entreajuda dos doentes têm um papel importante na representação dos seus interesses. Os cidadãos internados num estabelecimento de saúde ou seguidos por este no domicílio são pessoas com direitos e deveres. Não deverão ser consideradas apenas do ponto de vista da sua patologia, deficiência ou idade, mas com todo o respeito devido à dignidade humana.

Para além da regulamentação aplicada pelos estabelecimentos de saúde, devem zelar pelo respeito dos direitos do homem e do cidadão reconhecidos universalmente, e dos seguintes princípios gerais: não discriminação, respeito da pessoa, da sua liberdade individual, da sua vida privada e da sua autonomia..."

Ser tratado com qualidade, com segurança, com dignidade e respeito pela sua privacidade, não é um privilégio, mas sim um dever e uma obrigação para quem cuida.
Não se pode quebrar a relação de confiança e de colaboração entre o doente e a instituição que lhe presta a assistência.

Se se vetarem aos profissionais de saúde, designadamente aos médicos, a liberdade de aplicar os seus conhecimentos científicos, ou se não se investir nos equipamentos e nas instalações em benefício dos doentes, violam-se as leis universais, não se respeita o Homem na sua essência nem se cumprem os mais básicos deveres de cidadania.
Não é admissível que por falta de capacidade de resposta no internamento, se alojem os doentes em macas nos corredores dos hospitais, sendo que a legislação apenas admite a permanência de um período curto, nunca superior a 24 horas.
Muito menos restringir o acesso aos cuidados ou privar os doentes de serem tratados adequadamente.
Estar fragilizado devido à situação clínica vivenciada não significa vitimização nem penalização.
A vulnerabilidade na doença não é sinónimo de mendicidade nem de intolerância ou de desrespeito pelo doente e muito menos de falta de zelo ou de incumprimento dos deveres do Estado.

O Estado para além de regulamentar tem de zelar pelo respeito dos direitos do homem e do cidadão devendo ainda assegurar que os doentes tenham a possibilidade de ter ao seu alcance todos os meios disponíveis para o tratamento das suas doenças de acordo com as boas práticas médicas.

Independentemente das convicções políticas, religiosas, filosóficas ou sociais. Nenhuma orientação europeia irá determinar ou obrigar um Pais a desrespeitar a dignidade e os direitos humanos.

Importa, ainda referir que a manutenção e a sustentabilidade de um Estado depende dos contributos dos seus cidadãos quer seja através da criação de riqueza resultante do investimento económico, quer seja obtida pela contribuição tributária.
Uma política de saúde séria envolve servir, gerir com rigor, respeitar o doente e reconhecer a excelência do ato médico e dos outros profissionais de saúde.
Quem pretender ignorar esta cadeia não estará ao serviço da Nação nem dignificará o País.
Em suma, de que serve ter tudo regulamentado/legislado se as medidas aplicadas continuam descontextualizadas e inadaptadas às necessidades vigentes e o doente deixou de ser pessoa única e singular, protagonista de uma história clínica com potencialidades e recursos humanos de elevado nível para o curar e passou a ser representado como mais um número causador do desequilíbrio orçamental que é cada vez mais parco no investimento dos cuidados de saúde.

No âmbito da política atual, ser doente ou idoso/representa um pesadelo para o Estado, cujo futuro a curto prazo será empobrecido pelo abandono dos profissionais de saúde que já não conseguem tolerar mais constrangimentos, no atendimento aos doentes do SNS.

Nenhum português será insensível ao sofrimento de quem pede e precisa de ajuda se estiver condicionado por padrões de pobreza desta natureza.

Em suma, seja qual for o ato médico executado tem de ser sempre baseado no conhecimento científico cuja aplicabilidade é para ser exercida no ser humano que tem corpo e alma.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Investigadores de uma universidade alemã descobriram como os sinais de pele castanhos se transformam em cancro de pele, usando...

O grupo de peritos da Universidade Erlangen-Nuremberga descobriu que a o bio marcador 'ADAM 10' é ativado durante a transformação dos sinais.

O bio marcador está normalmente inativo em pele saudável e só é ativado perante uma resposta imune. Este mecanismo é conhecido, por exemplo, em casos de psoríase ou rosácea.

Até agora, conheciam-se as razões pelas quais as mutações genéticas foram responsáveis pela transformação dos sinais benignos em tumores malignos, mas pouco se sabia sobre o que acontece às proteínas e bio marcadores quando se desenvolve um melanoma.

Os investigadores usaram um novo tipo de robô que permite investigar processos de desenvolvimento em amostras de pele a nível celular, tirando uma foto a amostras de tecido, processo que vai sendo repetido e que produz uma sequências de imagens diferentes da mesma amostra.

Segundo a Universidade Erlangen-Nuremberga, a atual pesquisa pode vir a simplificar os métodos de diagnóstico no futuro e sugere também que cosméticos e cremes com alumínio devem ser evitados.

Associação Recovery IPSS
A Administração Regional de Saúde do Norte tem a partir de hoje 16 camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados...

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) assinou com a Associação Recovery IPSS os primeiros contratos que visam a entrada em funcionamento de seis camas de Residência de Treino e Autonomia e dez camas de Unidade Sócio Ocupacional, ambas destinadas aos jovens com patologias associadas à Saúde Mental, referiu a ARS-Norte, em comunicado.

Este serviço tem um custo de 190 mil euros para este ano, valor assumido pelo Estado português.

A região Norte fica agora com 2.490 camas, sendo 157 delas de Convalescença, 737 de Média Duração e Manutenção, 1.534 de Longa Duração de Manutenção, 26 de Cuidados Paliativos (Adultos), 20 de Cuidados Pediátricos Integrados e 16 de Saúde Mental (Infância e Adolescência), num investimento anual de 44 milhões de euros.

Além dos lugares de internamento, a ARS-Norte disponibiliza 1.673 lugares, com uma taxa de ocupação de 69%, de resposta domiciliária – Equipas de Cuidados Continuados Integrados – distribuídas pelos diferentes agrupamentos de centros de saúde da região Norte.

Primeiro-ministro
O primeiro-ministro, António Costa, assegurou que o Governo tem interesse e abertura para contratualizar com a associação...

No debate quinzenal, o deputado único do PAN, André Silva, questionou António Costa sobre a existência de "abertura do Governo para a contratualização com a Raríssimas de consultas de especialidade para doentes portadores de doença rara e desconhecida", querendo ainda saber da disponibilidade do executivo para, no próximo Orçamento do Estado, melhorar o acesso à saúde destes cidadãos mais vulneráveis.

"O Governo não só tem abertura como tem interesse e por isso o Ministério da Saúde já reuniu com a associação Raríssimas e recebeu a proposta da associação, que está neste momento a fazer o levantamento das necessidades de diagnóstico no âmbito das doenças raras, proceder ao estudo de eficiência relativamente à proposta que me foi apresentada, tendo em vista avaliar a utilidade da proposta de contratualização", começou por responder o chefe do executivo.

De acordo com Costa, "é necessário concluir essa análise para que o ministério possa dar uma resposta final".

"Há não só abertura como há interesse, concretizado no estudo que está a merecer a proposta e em função da análise que for feita daremos a resposta final sobre essa necessidade de ter os mecanismos mais eficientes de podermos fazer o diagnóstico e o tratamento de doenças raras ou desconhecidas", reiterou.

André Silva começou a intervenção por referir que se estima que "em Portugal existam cerca de 600 mil pessoas portadoras de doenças raras" e que "um quarto dos utentes espera pelo diagnóstico definitivo entre cinco a 30 anos, após o aparecimento dos primeiros sintomas".

"Atualmente, a centralização de competências para o diagnóstico nos hospitais e a elevada complexidade destas doenças, originam demoras e uma ineficiência na obtenção de diagnósticos, com consequências ao nível da degradação da saúde das pessoas e com impacto na insustentabilidade financeira do SNS, resultante das ineficiências no diagnóstico", condenou.

O deputado do PAN recordou que a associação Raríssimas "dispõe de um Centro de referência internacional nesta área, único no mundo, que oferece uma resposta inovadora em serviços especializados maioritariamente dedicados ao diagnóstico, intervenção e acompanhamento de pacientes com patologia rara e desconhecida".

"Esta Associação, já por diversas vezes propôs ao Governo a disponibilização de consultas de referenciação para doenças raras e desconhecidas, numa lógica de complementaridade com o Serviço Nacional de Saúde", sublinhou.

Em 2017
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou estar previsto o reforço do Serviço Nacional de Saúde com mais de 3.000...

"Acompanhamos a necessidade de reforçar os serviços públicos, em particular o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que foi muito depauperado ao longo dos últimos quatro anos. No ano passado, foi feito já um esforço muito importante de recursos humanos: mais de 4.000 pessoas, entre médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de diagnóstico", afirmou António Costa, em resposta ao líder do PCP, Jerónimo de Sousa, no debate quinzenal no parlamento.

Segundo o chefe do executivo socialista, "já está previsto para este ano um aumento de 3.408 profissionais: 1.036 médicos, 1.644 enfermeiros e 788 outros profissionais".

"Pergunta-me se é suficiente, porventura não é, mas temos de o fazer como até agora, com passos seguros e equilibrados", defendeu António Costa.

Antes, Jerónimo de Sousa lamentara "os passos dados", que "são ainda curtos", referindo os 2,6 milhões de portugueses no limiar da pobreza, a falta de investimento público e as "carências gritantes em serviços públicos e funções sociais do Estado".

Para o secretário-geral comunista, há que "acelerar a execução de medidas previstas do corrente ano, de reforço do SNS, resolvendo as justas aspirações de médicos, enfermeiros e outros profissionais e que as populações reclamam".

“Faça como quiser mas não feche os olhos” ao cancro da bexiga
É um dos 10 tipos de cancro mais comuns em todo o mundo. Os números, da Organização Mundial de Saúde, confirmam que o cancro da...

“Faça como quiser, mas não feche os olhos” é o mote da iniciativa, que conta com a participação do ator Diogo Infante, que dá voz ao projeto. O filme deixa várias mensagens de alerta, sobretudo dirigidas aos homens, as maiores vítimas deste tipo de tumor maligno (cerca de 80 por cento dos casos). As estatísticas confirmam que é sobretudo entre o sexo masculino, e nos homens com idade superior a 65 anos, que se conta o maior número de casos. De facto, os homens têm uma probabilidade duas a três vezes maior de sofrer desta doença, do que as mulheres.

Sinais de alerta como sangue na urina, dores abdominais, dor durante a micção ou irritação na bexiga são sintomas que deveriam levar ao médico, o que nem sempre acontece. Uma sondagem recente (www.wecarecampaign.org), que incluiu cerca de dez mil participantes de seis países diferentes, revela que quase um em cada dez adultos nunca ouviu falar da doença. A estes juntam-se cerca de dois terços dos inquiridos (62%) que confirmam não saber identificar os seus sintomas. E os que, na presença de sinais de alarme, nada fazem. Aqui, são mais de metade (52%) os que confessam ter tido pelo menos um dos sintomas, mas decidiram esperar que estes desaparecessem.

Motivos de sobra para falar no cancro da bexiga. Combater o preconceito. Mostrar que a doença existe e que pode roubar vidas. Por isso, o melhor mesmo é “não fechar os olhos”.

Mais informações sobre a doença e sobre a campanha disponíveis em www.sponcologia.pt

Direção-Geral da Saúde
Mais de 95% das crianças entre os sete e os 17 anos tinham levado as duas doses da vacina contra o sarampo em Portugal em 2016,...

Um boletim hoje divulgado com a avaliação do Programa Nacional de Vacinação mostra que a cobertura vacinal da primeira dose da vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR) foi de 98%.

Para a segunda dose da vacina a cobertura variou entre os 95% e os 97% para as crianças entre os sete e os 17 anos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) diz que continuam a ser cumpridos os “objetivos nacionais e internacionais do Programa de Eliminação do Sarampo”, mas admite que há assimetrias regionais e locais, que, no entanto, não surgem especificadas no boletim agora divulgado.

Ainda em relação à vacina contra o sarampo e rubéola, 18% das crianças ainda não tinham sido vacinadas aos 13 meses de idade, em 2016. Em 2015, este valor era de 16%.

A vacina VASPR deve ser administrada aos 12 meses de idade e a segunda dose, o reforço, deve ser dada aos cinco anos, de acordo com o esquema do Programa Nacional de Vacinação (PNV), em que as vacinas são gratuitas.

A DGS alerta para um atraso na vacinação aos 12 meses e sublinha “a importância da vacinação atempada”, especialmente naquela idade.

Para a autoridade de saúde é necessário “um maior investimento no cumprimento do PNV”, nomeadamente convocando todas as crianças com esquemas em atraso ou desenvolvendo atividades adicionais de vacinação em comunidades com menor cobertura.

Portugal registou este ano, como vários países europeus, uma atividade epidémica de sarampo, estando confirmados pelo menos 29 casos desde janeiro.

Instituto Nacional de Estatística
As doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa de morte em Portugal em 2015, entre as quais se...

De acordo com os dados hoje publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as causas de morte em 2015, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 29,8% dos óbitos registados nesse ano, mais 0,5% do que no ano anterior.

No mesmo período, os tumores malignos constituíram a segunda causa de morte no país, com 24,5% dos óbitos, o que corresponde a um aumento de 1,6% face a 2014.

Entre os tumores malignos, destacam-se as mortes por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, com 3,7% dos óbitos no país, e os tumores malignos do cólon, reto e ânus (3,5% da mortalidade).

O INE refere que, “embora os tumores malignos tenham afetado mortalmente menos pessoas do que as doenças do aparelho circulatório, o seu impacto é muito superior em termos de anos potenciais de vida perdidos”.

Assim, em 2015 “perderam-se 111.820 anos potenciais de vida, devido a tumores malignos, mais do dobro dos anos potenciais de vida perdidos, devido a doenças do aparelho circulatório”.

O documento indica ainda que cresceu o número de mortes devidas a doenças do aparelho respiratório (10,7% face a 2014) e as causadas por diabetes mellitus (3,1%).

Em 2015, os tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão representaram 3,7% dos óbitos em Portugal (4.023 mortes), mais 2,2% do que o registado em 2014 (3.937), enquanto os tumores malignos do cólon, reto e ânus estiveram na origem de 3,5% da mortalidade (3 847 óbitos), mais um por cento do que no ano anterior (3.808 óbitos).

Esta publicação aponta para 13.470 mortes por doenças do aparelho respiratório (mais 10,7%). O aumento das mortes por pneumonia esteve na origem de quase 40% do aumento da mortalidade por doenças do aparelho respiratório (mais 1.306 óbitos do que em 2014).

Instituto Nacional de Estatística
As perturbações mentais e do comportamento causaram, em 2015, 3.267 óbitos, dos quais 94,2% foram por demência, o que...

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as causas de morte em 2015, das 3.267 mortes por perturbações mentais e do comportamento registados nesse ano, 3.076 foram por demência.

Trata-se de óbitos com uma maior expressão no caso das mulheres (61,1% do total de óbitos).

“A idade média do óbito foi de 84,5 anos, mais elevada nas mulheres (85,8 anos) do que nos homens (82,4 anos), sendo um conjunto de doenças que atingiram sobretudo as idades mais avançadas”, lê-se na informação do INE.

Em 2015, apenas 4,8% dos óbitos ocorreram antes dos 70 anos. “Consequentemente, o número de anos potenciais de vida perdidos foi relativamente baixo (1.900 anos)”. Já a taxa de anos potenciais de vida perdidos foi de 21,5 anos por 100 mil habitantes.

O documento indica que, no mesmo ano, registaram-se 4.870 óbitos devidos a causas externas de lesão e envenenamento (mais 1,1% do que em 2014). A maioria (66%) destas mortes foi de homens.

A idade média destas mortes foi de 66 anos, bastante mais elevada para as mulheres (73,4 anos) do que para os homens (62,1 anos).

Por outro lado, prossegue o documento, “trata-se de um conjunto de causas que, quando comparado com as restantes, afeta relativamente mais as idades prematuras (41,9% dos falecidos tinham menos de 65 anos)”.

“O número de anos potenciais de vida perdidos foi 51.391 e a taxa de anos potenciais de vida perdidos foi de 582,2 anos por 100 mil habitantes”, adiantou.

No conjunto das causas de morte externas de lesão e envenenamento, evidenciaram-se as lesões autoprovocadas intencionalmente, ou suicídios, que provocaram 1.132 mortes em 2015, menos 7,4% do que em 2014 (1.223).

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
O Hospital Pediátrico de Coimbra, que completa 40 anos no dia 01 de junho, pretende desenvolver dois projetos inovadores para...

"Haverá uma parceria entre os cuidados de saúde primários, o hospital mais próximo e o Hospital Pediátrico, em que uma equipa de profissionais de saúde se deslocará ao domicílio para garantir a permanência e continuidade dos cuidados sem que a família tenha de trazer a criança a Coimbra", explicou o diretor do Pediátrico, Jorge Saraiva.

No caso do internamento domiciliário, a intenção do Hospital Pediátrico de Coimbra é a de assegurar a administração da terapêutica e a monitorização de alguns parâmetros, através de deslocações periódicas a casa da criança e do serviço de telemedicina.

Segundo Jorge Saraiva, trata-se de duas candidaturas "bem amadurecidas" ainda a aguardar decisão, que vão evitar as idas àquela unidade hospitalar de crianças com doenças complexas limitantes da qualidade de vida.

O diretor do Hospital Pediátrico de Coimbra, que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), anunciou ainda que aguarda o resultado de candidaturas a três centros de referência na área dos implantes cocleares, da fibrose quística e das coaglopatias congénitas.

Através do CHUC, o Hospital Pediátrico integra oito redes europeias e coordena seis Centros Europeus de Referência em medicina - doenças genéticas ósseas raras, síndromes dismórficas com atraso intelectual grave, doenças hepáticas com doença rara, transplante de órgãos em crianças, doenças oncológicas pediatras e doenças metabólicas.

Destes seis, é o único centro ibérico de referenciação na área das doenças genéticas ósseas raras e das síndromes dismórficas com atraso intelectual grave.

Em 2016, aquela unidade realizou 122 mil consultas, atendeu 65 mil episódios de urgência, operou 4.000 crianças, dois terços em cirurgia ambulatória, mais 900 cirurgias urgentes e 3.900 internamentos, com uma demora média próxima dos seis dias.

O Hospital Pediátrico de Coimbra é responsável pela prestação de cuidados hospitalares de proximidade a 80 mil crianças e diferenciados a 300 mil, correspondente à área de abrangência da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

"Há uma articulação em cada área diferenciada, há médicos do hospital que se deslocam a outros hospitais, como Guarda ou Leiria, mas nalguns casos as crianças têm de vir a Coimbra, por exemplo no caso da cardiologia pediátrica, da genética médica ou ortopedia pediátrica", disse Jorge Saraiva.

De acordo com o responsável, "há serviços que estão vocacionados para prestar cuidados às 300 mil crianças e, nalguns casos, como na oncologia pediátrica, obriga a que a família se desloque a Coimbra, mas quando isso pode ser ultrapassado tem-se feito o máximo possível para que a criança aceda aos cuidados de que necessita no seu hospital mais próximo".

Nas áreas em que é o único centro de referência nacional - transplantação hepática pediátrica e retinoblastoma - a sua área de intervenção abrange um universo superior a 1,5 milhões de crianças.

Na área dos cuidados diferenciados para os casos mais complexos, o Hospital Pediátrico de Coimbra é também a referência da Direção-Geral de Saúde para o tratamento de crianças de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Angola nas áreas da transplantação hepática, oncologia pediátrica e cardiopatias congénitas.

Nos dias 01 e 02 de junho realiza-se o 34.º curso de Pediatria Ambulatória, que encerra uma lista de mais de 31 eventos científicos, que decorreram desde 29 de janeiro de 2016, sob a égide do centenário do ensino universitário autónomo da Pediatria em Portugal, do 40.º aniversário do Hospital Pediátrico de Coimbra e do quinto aniversário da sua transferência para as novas instalações.

Projeto +SNS
A comissão do Health Parliament Portugal dedicada ao tema das “Barreiras aos Cuidados de Saúde” foi convidada pelo Secretário...

O Health Parliament Portugal, composto por 60 pessoas, entre os 21 e os 40 anos, integra seis comissões que, desde janeiro, estão a debater e a elaborar recomendações para melhorar seis áreas distintas da saúde em Portugal que serão apresentadas publicamente a 30 de junho, quando termina a iniciativa.

A comissão “Barreiras aos Cuidados de Saúde” reuniu com Fernando Araújo, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde e, no final desse encontro, foi-lhes transmitido que “teria todo o gosto em potenciar o capital humano e técnico da comissão por integração dos seus membros em Grupos de Trabalho do Ministério da Saúde”. O governante deixou este desafio transmitindo também que contava com a colaboração destes deputados no projeto +SNS.

“É uma honra enorme poder dar continuidade ao trabalho desenvolvido. Têm sido meses intensos de trabalho e ver agora o nosso trabalho reconhecido é muito gratificante”, afirma António Teixeira Rodrigues, presidente desta comissão do Health Parliament Portugal, a propósito do convite que receberam.

O Health Parliament Portugal é o primeiro Parlamento 100% dedicado à Saúde, uma iniciativa da Janssen, companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, do Expresso, da Microsoft e da Universidade Nova de Lisboa.

Esta iniciativa conta com um conselho consultivo e um grupo de curadores composto por deputados da Assembleia da República, académicos reconhecidos, entre outras individualidades na área da saúde que irão acompanhar a discussão.

A iniciativa começou na Bélgica, passou pelo Reino Unido e no terceiro ano de existência o "Health Parliament" chegou a Portugal.

Direção-Geral da Saúde
Os pais das crianças não vacinadas vão ser convocados para ir ao centro de saúde onde serão esclarecidos sobre a importância...

A orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS), publicada na sexta-feira à noite, é de que as escolas referenciem os serviços de saúde nos casos de crianças que no momento da matrícula não estejam vacinadas.

"O que se pretende é que haja um reforço das medidas que já são habitualmente tomadas, porque agora estamos na altura das matrículas. Por isso, a publicação da orientação conjunta das secretarias de estado da educação e da saúde, da direção geral dos estabelecimentos escolares e da Ordem dos Enfermeiros, para que haja um reforço para a sensibilização de vermos quem está ou não vacinado", explica Graça Freitas.

No caso de ser identificada uma criança não vacinada, as escolas informam "os delegados de saúde coordenadores do respetivo Agrupamento de Centros de Saúde", refere a orientação. Estes serviços serão os responsáveis por "enviarem aos pais um convite - por sms, carta ou telefonema -, que é uma convocatória", para "se quiserem ir ao centro de saúde e aí serem esclarecidos das vantagens e desvantagens (que quase não existem), da vacinação e terem uma noção dos riscos da não vacinação", esclarece a responsável da DGS.

Graça Freitas sublinha, no entanto, que não são muitos os pais chamados, por ano, para conhecerem as vantagens da vacinação, escreve o Diário de Notícias. "Temos uma taxa de vacinação elevada em Portugal, a taxa de cobertura ultrapassa os 95%, por isso, os números da sensibilização não são muito elevados." Para a subdiretora da Saúde, esta sensibilização é "dar mais uma oportunidade para que as crianças sejam vacinadas". "Os portugueses reagem muito bem à vacinação, normalmente não existem bolsas de resistência, o que acontece é que houve alguma falha ou esquecimento ou acharam que já tinha passado o tempo de ser vacinado para determinada doença, mas depois de serem esclarecidos há uma boa adesão à vacinação."

Este alerta foi reforçado este ano na sequência do surto de sarampo que em Portugal matou uma jovem de 17 anos, há um mês. Desde janeiro e até 16 de maio (data da última atualização) tinham sido confirmados 29 casos de sarampo. Destes, 14 foram internados e 17 não estavam vacinados. Além dos casos confirmados, as autoridades receberam 145 notificações de casos suspeitos. Os casos têm vindo a diminuir nas últimas semanas.

Estudo
Os cigarros "light" são mais perigosos para a saúde do que os normais e têm contribuído para um aumento dos casos de...

Cientistas de cinco centros de investigação sobre cancro dos Estados Unidos concluíram que os cigarros vendidos como "light", que têm filtros perfurados, explicariam o aumento dos casos de adenocarcinoma pulmonar nos últimos 50 anos. Este tipo de cancro é o mais comum atualmente entre os fumadores.

Os resultados confirmam as suspeitas dos investigadores e vão contra a posição da indústria do tabaco que defende que os cigarros light são menos nocivos, escreve o Sapo.

Os filtros com furos de ventilação foram lançados no mercado há meio século. "Foram projetados para enganar os fumadores e as autoridades de saúde pública", afirmou Peter Shields, diretor adjunto do Centro Oncológico Integral da Universidade do Estado de Ohio, um dos principais autores do estudo publicado na revista do Instituto Nacional do Cancro.

"A análise dos nossos dados sugere claramente uma relação entre o número de buracos agregados aos filtros dos cigarros [light] e um aumento das taxas de adenocarcinomas pulmonares nos últimos 20 anos", afirma o cientista.

Para Shields, "é particularmente preocupante o facto de estes filtros com buracos estarem em praticamente todos os cigarros vendidos atualmente".

Os cientistas avaliam que os filtros perfurados fazem inalar mais fumo, com taxas mais concentradas de agentes carcinogénicos. "Estes filtros modificam a combustão do tabaco, o que produz mais agentes carcinogénicos na forma de partículas finas que chegam às partes mais profundas dos pulmões, onde costumam desenvolver-se os adenocarcinomas", acrescentou Shields.

Organização Mundial da Saúde
O alerta é da diretora da Organização Mundial da Saúde, a chinesa Margaret Chan, que termina o mandato em junho.

"O mundo está mais preparado, mas não o suficiente", disse Chan na abertura da Assembleia Geral da Saúde (22 a 31 de maio), na véspera da eleição do seu sucessor. "Prometi trabalhar incansavelmente e foi o que fiz", ressaltou.

Em janeiro, segundo o Sapo, Margaret Chan lançou a criação de um grupo de trabalho encarregado de realizar um novo sistema para "desenvolver vacinas a um custo acessível para agentes patogénicos prioritários identificados pela OMS". "A cronologia do VIH, da tuberculose e das epidemias da malária indicam relações diretas e existentes entre as mudanças nas estratégias técnicas da OMS e a transformação na situação da doença", afirmou.

Doenças negligenciadas
No discurso, Margaret Chan também elogiou o trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS) na luta contra doenças tropicais negligenciadas, o que permitirá eliminar um grande número destas num "futuro muito próximo".

A respeito disto, recordou o trabalho da OMS na luta contra o vírus Ébola no oeste africano. A terrível epidemia atingiu esta área do planeta entre o final de 2013 e 2016 e causou mais de 11.300 mortos entre os cerca de 29.000 casos relatados. Mais de 99% destes casos foram detetados na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa.

"A OMS foi capaz de controlar as três estirpes dar ao mundo a primeira vacina contra o Ébola, o que representa uma proteção importante. Isto aconteceu sob a minha supervisão e eu sou pessoalmente responsável", disse.

Durante a epidemia, a OMS foi criticada pela falta de decisão contra a gravidade da crise, já que o organismo levou vários meses para declarar guerra contra o Ébola. Nesta segunda-feira, Chan reconheceu que "o surto apanhou todos, incluindo a OMS, de surpresa."

Estudo
Um estudo britânico considerou o Instagram como a rede social que mais prejudica a saúde mental dos jovens devido aos níveis de...

As redes sociais têm tanto de bom como de mau. Fazem parte do dia-a-dia de (quase) todas as pessoas mas são os mais novos aqueles quem mais uso lhes dão, seja para publicarem uma selfie ou para falarem com os amigos.

Contudo, uma utilização constante pode provocar danos no utilizador e, segundo um estudo britânico levado a cabo pela Royal Society of Public Health (RSPH) e pela Universidade de Cambrige, o Instagram é a rede social que mais afeta a saúde mental dos mais jovens, provocando grandes níveis de ansiedade e levando, em especial as raparigas, a ter problemas com o próprio corpo.

Os jovens que passam mais tempo por dia em redes sociais como o Facebook, Twitter ou o Instagram são mais propensos a sofrer problemas de saúde mental, sobretudo angústia e sintomas de ansiedade e depressão – pode ler-se no estudo levado a cabo pela RSPH

O estudo contou com a análise das reações de 1.500 britânicos, entre os 14 e os 24 anos, a conteúdos das diversas redes sociais, escreve o Observador. Foram avaliado 14 fatores, positivos e negativos, nos quais estas redes podem ter influência na vida das pessoas. O estudo concluiu que os jovens consideram o Instagram como algo negativo para a sua autoestima, para as horas de sono e no medo de exclusão por não estarem em determinado evento.

O Instagram surge em último lugar da lista uma vez que provoca, em maior número, vários sentimentos e preocupações que não são saudáveis. Os problemas relacionados com a imagem corporal são dos fatores mais marcados na rede social. A partilha de corpos considerados perfeitos pode levar a que muitas pessoas, em especial no sexo feminino, se sintam pior com o seu próprio corpo. Logo depois vem os problemas de sono, seguidos pelo bullying, ansiedade e depressão.

Das cinco redes sociais (YouTube, Twitter, Facebook, Snapchat e Instagram) apenas a plataforma de vídeos conseguiu alcançar resultados positivos para a saúde, uma vez que permite uma maior expressão por parte do utilizador, proporciona mais entretenimento, companhia (semelhante à televisão), entre outros fatores.

O Twitter e o Facebook afetam sobretudo o sono e provocam o aumento do cyberbullying, aliado ao medo de se sentir excluído de algum evento. Sendo que ambas são plataformas onde são partilhadas diversas informações e pensamentos, permitem um grande nível de expressão e que as pessoas se relacionem umas com as outras; no entanto, facilita o lado negativo, oferecendo a proteção atrás de um ecrã.

O Snapchat aparece logo de seguida com o maior fator de risco a ser apontado para o medo de exclusão e a falta de sono, uma vez que esta rede social permite a divulgação de pequenos vídeos e fotos de um evento que está a decorrer e leva os utilizadores a sentir um aumento de ansiedade por não poderem estar presentes no evento. Também o cyberbulling e os problemas ligados à imagem corporal são fatores aumentados pela utilização do Snapchat.

Segundo dados avançados pelo estudo britânico, cerca de 90% dos jovens entre os 16 e os 24 anos utilizam a Internet maioritariamente para estarem nas redes sociais. Os valores de ansiedade e depressão aumentaram cerca de 70% nos últimos 25 anos e um fator que está diretamente ligado a estes valores são as redes sociais. Além disso, também o sono é afetado devido a uma espécie de círculo vicioso.

Se a pessoa se sentir preocupada, ansiosa ou stressada vai ter dificuldades em descansar em condições. A falta de sono vai provocar um cansaço acima do normal que gera dificuldades em cumprir as tarefas do dia-a-dia. O facto de não conseguir realizar determinadas tarefas vai afetar a autoestima do utilizador e isso vai gerar mais preocupação.

Através do estudo é possível concluir ainda que o cyberbullying está a crescer cada vez mais, com sete em cada 10 jovens a admitirem que já o experienciaram. No entanto, nem tudo é mau, uma vez que os utilizadores das redes sociais indicam que recebem um maior apoio emocional através dos seus contactos online.

Maio Mês do Coração
Sociedade Portuguesa de Transplantação deixa a certeza: exercício físico melhora a qualidade de vida dos doentes transplantados.

No mês em que se celebra o coração, a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) junta a sua voz à de quem alerta para o problema das doenças cardiovasculares. E quando o tema em destaque é “O Coração no Desporto”, aproveita para reforçar a ideia da necessidade de uma vida mais saudável, que deve incluir a prática regular de exercício físico. Uma máxima que é também válida para quem já fez um transplante.  

Os vilões que impedem um coração saudável são bem conhecidos. Ou deviam ser: tabagismo, alimentação incorreta, consumo excessivo de álcool ou o sedentarismo  contribuem para os problemas cardiovasculares. E é sobre este último que este ano recai o enfoque, alertando para a necessidade de nos mexermos. No caso dos transplantados, o exercício físico tem também a capacidade de melhorar o estado de saúde de quem tem um novo órgão. E é por isso, reforça a SPT, que deveria fazer parte integrante da reabilitação.

A prática de exercício físico ajuda a afastar o fantasma das doenças, contribui para uma melhoria dos sintomas que podem estar associados ao transplante e faz bem, não só ao corpo, mas também à mente, permitindo que o doente transplantado recupere mais rapidamente e melhore a sua qualidade de vida. O exercício físico tem muitas vantagens, mas não fica por aqui. A estas junta-se outra: ajuda a reduzir o risco das doenças cardiovasculares e da diabetes associado a alguns medicamentos imunossupressores. 

“O início da prática de exercício físico depende da capacidade funcional de cada doente transplantado e deve ser adaptado individualmente. Antes de iniciar a atividade desportiva o doente transplantado deve aconselhar-se com o médico que o segue no pós-transplante e na maioria das situações deve ser praticado de preferência após seis meses. No entanto, se for possível a caminhada poderá iniciar-se mais cedo” aconselha Susana Sampaio, presidente da SPT, que salienta ainda que o tipo de exercício escolhido não deve também ser deixado ao acaso, devendo evitar-se os desportos que impliquem risco de contacto violento mas, claro que também depende do tipo de transplante.

A nível mundial existem os “World Transplant Games”, que se assemelha às olimpíadas dos doentes transplantados, realizados de dois em dois anos, envolvendo 1500 atletas transplantados de 69 países. No nosso país o Grupo Desportivo de Transplantados de Portugal dedica-se a promover ações de divulgação para incentivo ao desporto e exercício físico entre transplantados e candidatos a transplante, organizar torneios e competições nacionais, selecionar e criar equipas que representem o grupo a nível nacional e internacional.

Sistema Nacional de Avaliação em Saúde
Dos 160 hospitais em Portugal, 126 (79%) obtiveram classificação de excelência clínica e, destes, 112 conseguiram a atribuição...

De acordo com os resultados do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), referentes à primeira avaliação deste ano relativos à dimensão excelência clínica, dos 160 estabelecimentos atualmente abrangidos pelo SINAS@Hospitais, 126 (79%) obtiveram classificação nesta dimensão, dos quais 112 (89%) conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

No âmbito da dimensão excelência clínica são avaliadas as áreas de angiologia e cirurgia vascular, cardiologia, cirurgia de ambulatório, cirurgia cardíaca, cirurgia geral, cuidados intensivos, cuidados transversais, ginecologia, neurologia, obstetrícia, ortopedia e pediatria.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) refere que, quanto ao segundo nível de avaliação (‘rating’), verificou-se, de uma forma global, a melhoria nos valores médios dos indicadores avaliados, a que corresponde uma melhoria do cumprimento de indicadores de processo associados a diferentes áreas cirúrgicas: ginecologia, cirurgia do cólon e cirurgia vascular, nomeadamente nos relacionados com a seleção, administração e interrupção da antibioterapia profilática.

Melhoraram igualmente os valores médios de alguns indicadores de processo das seguintes áreas: pediatria (pneumonias), neurologia (relativos ao acidente vascular cerebral), cirurgia de ambulatório, cardiologia (enfarte agudo do miocárdio), unidade de cuidados intensivos e cuidados transversais e tromboembolismo venoso no internamento.

O SINAS é um sistema de avaliação da qualidade global dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, desenvolvido pela ERS.

Este regulador refere que, ao longo dos anos, se tem registado “um aumento gradual do desempenho médio em indicadores de processo, alguns dos quais com patamares de cumprimento entre os 90% e os 100% em diferentes áreas como a ortopedia, a ginecologia, a cirurgia do cólon, a cirurgia de revascularização do miocárdio e a cirurgia cardíaca, a cirurgia de ambulatório, o enfarte agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral, a obstetrícia e a unidade de cuidados intensivos.

31 de maio - Dia Mundial Sem Tabaco
“Orgulho sem tabaco” é o movimento que a Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia lança no...

Como explica José Pedro Boléo-Tomé, Coordenador da área de tabagismo da SPP “este ano a mensagem é dirigida a todos aqueles que, assumidamente, não fumam e que com uma atitude positiva, podem não só dar o exemplo como partilha-lo, promovendo assim este movimento que revela o orgulho de quem não fuma”.

Dirigida, sobretudo, a mulheres este é um movimento que procura chegar às cerca de 0,6 milhões de mulheres fumadoras que fazem parte dos estimados cerca de 1,8 milhões de fumadores existentes em Portugal. Segundo José Pedro Boléo-Tomé, “ainda que os últimos dados de 2014 do INS1 revelem uma redução global no número de fumadores, importa reter que, comparativamente aos dados de 2005/2006, assistiu-se a um acréscimo de mulheres fumadoras. Esta é uma situação que é importante reverter, pelo que este ano é, sobretudo, às mulheres que esta campanha se dirige, remetendo-as para duas realidades muito próprias: elas próprias enquanto mulheres e enquanto mães”.

Um estudo2 sobre comportamentos de risco observados em mulheres, que se dirigiram a serviços de saúde do sector público para uma consulta de vigilância pré-natal, revela que a prevalência de consumo de tabaco durante a gravidez é de cerca de 17% e que cerca de 60% das mulheres que fumavam no início da gravidez mantiveram o consumo. Para Paula Rosa, da Comissão de Trabalho de Tabagismo da SPP e médica especialista em cessação tabágica, “o tabagismo na mulher grávida é um importante fator de risco para complicações na mulher e para a criança, tanto no período intra-uterino como na vida futura; é fundamental motivar as mulheres em idade fértil para deixarem de fumar antes de engravidarem e prevenir as recaídas após o parto”.

Consumo de tabaco apresenta determinantes sociais de saúde, refletindo as desigualdades sociais e de saúde

Historicamente a evolução da epidemia do tabagismo é influenciada por fatores culturais e pelo próprio contexto socioeconómico e geopolítico, que acaba por se refletir na relação que se tem com o tabaco. No caso das mulheres, o tabagismo está relacionado com a emancipação e o papel social que a mulher tem vindo a adquirir ao longo dos anos. O consumo de tabaco é um fenómeno recente e crescente nas mulheres, tendo surgido nos anos sessenta, particularmente após o fim da ditadura e a integração de Portugal na União Europeia que veio melhorar as condições socioeconómicas e do nível de educação da população portuguesa. Durante várias décadas o tabagismo entre as mulheres manifestou-se, sobretudo, nas classes sociais mais elevadas e com níveis de formação superior. Estudos recentes3 revelam que, atualmente, são as classes mais desfavorecidas, com baixos índices de educação, em situações de fragilidade social (p.e. desemprego, divorcio, famílias destruturadas…) e com baixos níveis de formação que mais fumam.

Como explica José Pedro Boléo-Tomé “o consumo de tabaco concentra-se, sobretudo, nos grupos socioeconómicos mais baixos, que acabam por ser os que apresentam menores taxas de cessação tabágica. Estas diferenças resultam do facto de as classes mais desfavorecidas acabarem por ter menor acesso à informação assim como uma menor compreensão dos riscos inerentes ao consumo de tabaco”.

1 PORTUGAL Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2015
2 ARAPINHA L, RIBEIRO C, LAVADO E ET AL. O consumo de tabaco na gravidez. Lisboa: Divisão de Estatística e Investigação. Direção de Serviços de Monitorização e Informação. Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), 2015. Disponível em: http://www. sicad.pt/BK/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos/Lists/SICAD_ESTUDOS/Attachments/157/ Relatorio_Divulgacao_EstudoAlcoolGravidez.pdf
3 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA); Inquérito Nacional de Saúde 2014; Instituto Nacional de Estatística, I.P.;

Estudo
Investigadores do Porto descobriram uma forma de aumentar a resposta ao tratamento do cancro do pulmão através da inibição de...

"Quando as células de linhas celulares de cancro do pulmão são impedidas de produzir a proteína 'spindly', estas passam a responder de forma mais eficiente ao paclitaxel", um medicamento usado em quimioterapia, disse o professor da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário (CESPU) Hassan Bousbaa, um dos responsáveis pelo projeto.

A função do paclitaxel, segundo o investigador, é impedir o crescimento das células cancerígenas, uma vez que inibe a divisão celular, sendo aplicado em casos de cancro do pulmão, dos ovários e da mama, por exemplo.

Este estudo mostrou que a supressão da 'spindly' atrasa a saída mitótica (que se dá quando uma célula se divide mesmo na presença do fármaco que, em princípio, deveria inibir a sua divisão) e leva à autodestruição das células cancerígenas, quando tratadas com esse medicamento, explicou.

Sendo uma proteína necessária para a divisão das células normais, a sua supressão pode ter efeitos negativos, referiu o professor, acrescentando que o paclitaxel também tem, visto que interfere com a divisão celular normal. Espera-se", no entanto, que estes efeitos "sejam revertíveis no fim do tratamento".

Com este projeto os investigadores pretendem "dar uma nova vida aos medicamentos mais usados e com uma longa história de sucesso no combate ao cancro, mas aos quais algumas células do cancro conseguem adaptar-se e sobreviver", referiu Hassan Bousbaa.

O objetivo, continuou o professor, "é impedir esta adaptação, ajudando estes medicamentos convencionais a combater melhor as células do cancro".

De acordo com o responsável, esta a estratégia mostrou-se eficaz em células de cancro produzidas em laboratório, sendo o próximo passo o teste com animais, projeto que prevê iniciar em janeiro de 2018.

Este trabalho, cuja primeira autora é a investigadora da CESPU Patrícia Silva, foi cofinanciado pela Fundação para a Ciência e para a Tecnologia (FCT) e contou com a participação de Helena Vasconcelos, do IPATIMUP/i3S, do Porto, e de Álvaro Tavares, da Universidade do Algarve.

O estudo teve a duração de dois anos e foi publicado recentemente na revista científica Cancer Letters.

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