Transferência EMA
A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Apifarma, apelou hoje ao apoio dos esforços do Governo para trazer para...

A Apifarma “apela a todos as instituições nacionais para que apoiem e reforcem os esforços do Governo português” na candidatura para a transferência da sede da EMA “para Portugal e para Lisboa”, diz a entidade em comunicado hoje divulgado.

Só a união de esforços em torno de uma candidatura forte permitirá a Portugal ter sucesso, diz a Apifarma, acrescentando: “o setor económico da saúde e a inovação ganhariam muito com a vitória da nossa candidatura”.

Portugal decidiu em abril candidatar-se a receber a EMA, atualmente instalada no Reino Unido.

Em entrevista à Lusa, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que Portugal é considerado um dos cinco candidatos mais fortes para receber a Agência.

O Governo considera Lisboa a cidade apropriada para acolher a sede da EMA, algo que tem sido criticado por entidades da zona norte do país, como a Área Metropolitana do Porto, a Câmara e a Santa Casa da Misericórdia do Porto ou a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

Nova unidade de Saúde
O ministério da Saúde esclareceu que a gestão clínica do futuro Hospital Oriental de Lisboa será exclusivamente pública,...

O futuro Hospital Oriental de Lisboa, que deverá abrir as portas até 2024, será construído em Parceria Público-Privada e manterá um polo no Hospital de São José, estando por definir o destino do edifício da Maternidade Alfredo da Costa (MAC).

Em entrevista à agência Lusa, o ministro da Saúde revelou que o concurso público internacional para este hospital será lançado no segundo semestre deste ano e que a sua construção será assegurada por um privado, no âmbito de uma Parceria Público-Privada (PPP).

A nova unidade deverá englobar cinco hospitais: São José, Curry Cabral, Capuchos, Dona Estefânia e MAC.

Contudo, Adalberto Campos Fernandes revelou que não serão desativadas totalmente as áreas relacionadas com a saúde.

“Uma parte do São José ficará como hospital de proximidade, para servir aquela população mais idosa e que beneficiará muito de estar nos bairros antigos à volta” desta unidade de saúde.

Em relação ao Hospital Dona Estefânia, é ideia deste Governo “consagrar aquele espaço, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a uma fruição de funções relacionadas com a criança e a adolescência”.

Para o edifício da MAC, que continuará a manter a sua identidade e marca e passará a integrar uma grande unidade materno-infantil no novo Hospital Oriental de Lisboa, ainda não existem planos.

Os edifícios onde funcionam o Curry Cabral e os Capuchos terão “destinos independentes da saúde”.

O novo hospital terá mais de 800 camas e será um hospital geral e polivalente.

Segundo o ministro, o programa funcional foi revisto e o modelo de caderno de encargos está praticamente finalizado.

No conjunto, o futuro Hospital Oriental de Lisboa terá um custo de 500 milhões de euros.

Será um financiamento de médio-prazo, que poderá envolver o Banco Europeu de Investimento, e a PPP para o financiamento e construção deverá ter uma maturidade de 30 anos.

EMA
A Ordem dos Médicos do Norte defendeu hoje que o Porto reúne todas as condições para acolher a Agência Europeia do Medicamento,...

“Neste momento, o Norte reúne todas as condições que Lisboa tem, acrescidas do facto de as principais faculdades de medicina estarem no Norte, bem como a principal faculdade de farmácia, as principais indústrias farmacêuticas portuguesas e os principais centros de investigação clínica”, disse à agência Lusa o presidente do Conselho Regional Norte da Ordem dos Médicos, António Araújo.

O responsável frisou que trazer a sede daquele organismo para Portugal é o principal desígnio, mas que o Porto tem infraestruturas, neste momento, que “chegam e sobram” para acolher a Agência Europeia.

“Não vemos nenhuma justificação para que se esteja a defender, mais uma vez, a centralidade de Lisboa, até porque Lisboa já é sede de duas agências europeias”, afirmou.

Segundo o mesmo responsável, “não se justifica” defender Lisboa apenas pelas condições hoteleiras ou de espaço, porque o Porto “preenche todos esses requisitos”.

Portugal é considerado um dos cinco candidatos mais fortes para receber a Agência Europeia do Medicamento e a candidatura está a ser tratada como um objetivo nacional, segundo o ministro da Saúde.

Adalberto Campos Fernandes enfatizou, em entrevista à Lusa, que Portugal tem de ter “uma candidatura ganhadora”, esperando que os portugueses se “unam em torno de um objetivo nacional”.

“É um objetivo importante porque se trata de uma Agência relevante (…). Atrairá para Portugal uma grande atenção, numa área que mobiliza muitos recursos no mundo. O setor farmacêutico, com medicamentos e dispositivos, é provavelmente, a par da indústria petrolífera e do armamento, do mais pujante em termos internacionais. Do ponto de vista económico, atrairíamos centenas, milhares de eventos, de reuniões, de interações”, afirmou o ministro.

Campos Fernandes frisou que a candidatura é “de Portugal”, tendo a escolha de Lisboa surgido por “requisitos específicos” que fazem a candidatura mais forte.

Uma das razões teve a ver com o facto de a agência portuguesa do medicamento – o Infarmed – estar sediado na capital.

Há cerca de mais duas dezenas de interessados em receber a Agência Europeia do Medicamento, que vai abandonar o Reino Unido na sequência do “Brexit”.

Inspeção
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica apreendeu, em Lamego, 38 toneladas de carne, suspendeu a atividade do...

"Foram apreendidas 35 toneladas de carne, por falta de licenciamento, ausência de Número de Controlo Veterinário (NCV) e de número de operador e recetor, e ainda três toneladas de carne imprópria para consumo e com falta de rastreabilidade", representando um valor de mais de 61 mil euros, é referido num comunicado da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Este foi o resultado de uma ação de fiscalização realizada esta semana, após a investigação num armazém de produtos alimentares congelados e refrigerados, no concelho de Lamego.

A atividade do estabelecimento, aponta a ASAE, "foi suspensa e foi detido um responsável da firma pelo crime de comercialização de produtos anormais avariados".

Os técnicos da Autoridade verificaram que caixas de alguns produtos tinham rótulos com data de validade ultrapassada e uma segunda etiquetagem com nova data de congelação e de validade para "assim poderem ser novamente colocados no mercado".

Doença contagiosa
Um homem que deu entrada na Cardiologia do Hospital de Viseu foi diagnosticado com sarna, uma doença de pele contagiosa, que...

De acordo com o presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu, Cílio Correia, o doente - proveniente de um lar de idosos - está internado e em tratamento desde quarta-feira.

"O diagnóstico foi feito na sequência de um desequilíbrio da patologia cardíaca que o doente possui. No contexto de um exame clínico, os enfermeiros verificavam que o doente apresentava lesões, que depois foram confirmadas pelo dermatologista como sendo escabiose, sendo logo colocado num quarto de quarentena para fazer tratamento", explicou.

Sobre os cerca de 20 profissionais de saúde envolvidos neste episódio, o presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu informou que "não têm escabiose" e estão "a trabalhar normalmente", tendo feito o tratamento de profilaxia para a doença, que se transmite em contexto de contacto físico e pode vir a desenvolver-se em três a seis semanas.

"Contactei a Autoridade de Saúde, no sentido de ir ao lar respetivo de onde este doente veio, para se informar sobre os outros utentes", acrescentou.

Também em maio foram diagnosticados três doentes com sarna no hospital de Viseu, o que levou a que fosse feito tratamento de profilaxia a perto de uma centena de pessoas.

"O primeiro, que foi o vetor, foi diagnosticado a 19 de maio, tendo surgido posteriormente um outro doente que estava confinado ao quarto onde estava o primeiro doente. E agora surgiu um terceiro doente que estava na enfermaria da ortopedia A, no serviço de Medicina Física e Reabilitação, dado que é um internamento comum", explicou.

Na altura, Cílio Correia referiu que foi chamada a comissão de controle de infeção e "feita a profilaxia no conjunto dos profissionais identificados que tiveram contacto e exposição não controlada com estes doentes".

"Foi feita a profilaxia em 54 enfermeiros, 22 assistentes operacionais e nos 22 doentes" da ortopedia A, disse.

Segundo Cílio Correia, o Hospital de Viseu "é uma porta aberta", podendo vir a aparecer novos casos de doentes com sarna que se dirijam aquela unidade de saúde.

Conheça a relação
Estima-se que cerca de 7,1% da população mundial sofra de fobia social.

Os jovens que sofrem de fobia social têm maior dificuldade em superar as provas orais na época de exames escolares. Muitos preferem faltar aos exames orais ou desistir para não serem confrontados com o medo de falar em público, de serem avaliados negativamente ou de se sentirem humilhados. A fobia social é muito frequente em idade escolar, no entanto continua a ser desvalorizada, comprometendo o diagnóstico precoce.

Os sintomas mais frequentes da fobia social são o medo persistente, intenso e extremo, a necessidade irracional de fuga, em situações que envolvam uma interação com outras pessoas. Podem surgir também, acompanhados destes sintomas: palpitações, tremores, transpiração excessiva, falta de ar, tensão muscular, boca seca, gaguez, náuseas, dor de cabeça, urgência urinária, rubor facial ou rosto avermelhado.

A fobia social pode ser entendida como uma forma extrema de ansiedade na qual o medo da interação social é tão forte que interfere na capacidade de agir, de falar, de pensar, afetando a qualidade de vida diariamente. Estima-se que cerca de 7,1 por cento da população mundial sofre deste tipo de fobia.

As principais causas para esta doença estão relacionadas com um conjunto de fatores interligados entre o ambiente externo, a origem genética e as experiências complexas de vida, como situações de bullying, rejeição ou conflitos familiares.

As pessoas com fobia social têm também maior propensão a desenvolver depressão ou abuso de substâncias nocivas; evitam, com frequência, as relações interpessoais e procuram o isolamento. Estudos recentes revelam que os jovens com este tipo de fobia têm maior probabilidade de chumbar o ano letivo ou abandonar a escola antes da licenciatura.

Geralmente, a fobia social manifesta-se logo na infância. Os pais devem estar atentos quando as crianças demonstram preocupação em excesso em ir para a escola ou sentem ansiedade exagerada na véspera dos exames escolares.

A deteção atempada e o diagnóstico desta fobia pode ajudar as crianças e jovens a enfrentar o problema e continuar com sucesso os seus estudos. Quando não tratada, esta fobia pode limitar gravemente a autonomia da pessoa. O tratamento deste tipo de fobia envolve uma abordagem cognitivo-comportamental, com acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

A Associação Cérebro & Mente tem como principal objetivo promover a saúde mental na população. Para mais informações consulte: http://cerebroemente.pt/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em 2018/2019
Médicos e enfermeiros dos centros de saúde vão ter telemóveis de serviço a partir de 2018/2019, o que pode facilitar contactos...

O Ministério da Saúde vai lançar um concurso público internacional para reformular as redes informáticas e vai integrar neste âmbito telefones e telemóveis, disse o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério (SPMS).

O Serviço Nacional de Saúde tem uma rede informática própria, que liga hospitais e centros de saúde, e que tem uma capacidade e largura de banda que começa a ser necessário aumentar. Além disso, o concurso do atual operador chega ao fim dentro de um ano, havendo necessidade de se lançar outro.

Segundo explicou o presidente dos SPMS, este contrato vai aproveitar para integrar a rede de telefone.

“Utiliza-se este contrato para dar um telemóvel a praticamente todos os médicos do SNS, sobretudo nos cuidados de saúde primários. Queremos que em 2018, 2019 a maior parte dos centros de saúde e unidades de saúde família, em vez de funcionarem com telefones fixos e centrais telefónicas obsoletas e contratos aparte, toda esta tecnologia de rede informática e de telefones passe a estar no contrato”, afirmou Henrique Martins.

Os SPMS pensam ainda que podem poupar dinheiro com este novo contrato. Atualmente gastam-se dois milhões por ano na rede informática da Saúde e 3,5 milhões em serviços telefónicos. O concurso vai ser lançado por seis milhões por ano mas, com concorrência, espera-se poder fechar o contrato por menos de 5,5 milhões.

A integração num único contrato da parte informática e telefónica pode ainda facilitar o serviço do futuro centro de contacto do SNS, sucessor da linha Saúde 24, que manterá o mesmo número mas com funcionalidades adicionais e que passa a estar sob a alçada dos SPMS.

“[Servirá] Para aproximarmos o serviço do centro de contacto e, no limite, temos esse objetivo, podemos redirecionar a chamada em tempo real ou em diferido para um profissional de saúde”, indicou Henrique Martins.

Contudo, o presidente dos SPMS avisa que a ideia de falar ou não com os utentes através dos telemóveis de serviço é sempre uma decisão que cabe a cada profissional de saúde.

“Nem todos quererão essa facilidade”, reconheceu Henrique Martins.

O responsável adianta ainda que dar telemóveis aos profissionais de saúde terá muita utilidade nos serviços ao domicílio, uma tendência que se quer crescente nos serviços de saúde.

Ministério da Saúde
Os utentes do Serviço Nacional de Saúde vão passar a poder marcar uma consulta através da televisão de casa, um projeto que o...

O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) explicou que o novo concurso público que vai ser lançado para a rede informática do Ministério vai integrar uma nova função que é a de disponibilizar nas televisões funcionalidades da área do Portal do Cidadão do SNS.

Servirá sobretudo para cidadãos que não têm ou não sabem usar computador, podendo aceder na televisão, usando de forma simples o controlo remoto, a serviços da área do cidadão que atualmente só estão disponíveis em computador.

O presidente dos SPMS, Henrique Martins, considera que há uma faixa de população que não sabe usar o computador mas tem televisão por cabo e pode com alguma facilidade aceder à área do cidadão do SNS pela televisão.

Serviços como marcar uma consulta ou ver uma informação na área do cidadão são alguns dos que estarão disponíveis.

Os SPMS estão ainda a preparar a produção de conteúdos multimédia de saúde para passar nas televisões disponíveis nas unidades do SNS ou nas televisões das casas dos utentes. Pretendem passar informações ligadas à literacia em saúde e também à literacia digital.

Ao mesmo tempo que é preparado o concurso para a rede informática própria do Ministério da Saúde, os SPMS continuam a instalar computadores novos nas unidades de saúde.

Foram instalados até agora mais de 3.100 computadores e até fim de junho estima-se que sejam preparados mais outros 1.142.

Contudo, ficam a faltar mais de oito mil novos computadores, que se encontram ainda parados por problemas jurídicos no procedimento de compra, questão que o presidente dos SPMS espera resolver ainda este mês.

Além de computadores antigos e obsoletos, Henrique Martins refere que um dos problemas dos cuidados de saúde primários está nas redes informáticas locais.

O Governo já autorizou o investimento de 8,7 milhões de euros nas regiões de saúde para a rede interna das unidades de saúde, um investimento que vai ocorrer sobretudo em 2018.

O objetivo é conseguir que os centros de saúde também tenham redes internas modernizadas.

“Não vale de nada termos uma autoestrada com oito faixas, que é a rede informática nacional, e depois desembocar num caminho de cabras. Temos de alargar a rede nacional, mas nos próprios edifícios [das unidades de saúde] ter redes melhoradas”, comparou Henrique Martins.

Fundos europeus
Doze projetos relativos a intervenções em centros hospitalares vão ser apoiados por cerca de 20 milhões de euros de fundos da...

O Programa Operacional Regional do Centro - Centro 2020 aprovou este novo pacote da área da saúde, que integra projetos de remodelações físicas e aquisição de equipamentos, entre outras intervenções.

Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), “estes projetos envolvem um investimento de cerca de 32 milhões de euros e terão um apoio do Centro 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), de cerca de 20 milhões de euros”.

Na opinião da presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, “estes projetos têm um impacto muito significativo na qualidade de vida das populações, por um lado, pela melhoria dos serviços de saúde de proximidade, através da requalificação e dos equipamentos dos centros de saúde”.

A responsável frisou que, por outro lado, haverá também a “melhoria das condições de trabalho e de atendimento dos centros hospitalares, que têm um âmbito de intervenção territorial mais abrangente e onde as áreas de saúde são mais amplas e de maior complexidade, carecendo, por isso, de contínuos investimentos de modernização tecnológica”.

O projeto “Solução Integrada de Tratamentos de Radioterapia”, do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, é o que recebe o maior apoio FEDER, 3.924.754 euros, de um investimento total de 4.617.358 euros.

Entre os apoios mais elevados estão também os 3.220.140 euros (de um investimento total de 3.821.000 euros) atribuídos à Unidade Local de Saúde de Castelo Branco para remodelação e ampliação do Hospital Amato Lusitano e os 2.613.750 euros (de um investimento total de 4.202.233 euros) que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra vai receber para ampliação e remodelação do serviço de urgência do polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Dos doze projetos, aquele que implica um investimento total mais elevado é o do alargamento e remodelação das instalações da urgência polivalente do Centro Hospitalar Tondela Viseu, de 5.649.039 euros, que terá um apoio FEDER de 1.338.425 euros.

De acordo com a CCDRC, o Centro 2020 já aprovou, no total, 33 projetos na área da saúde, que totalizam um investimento de 44 milhões de euros e um valor de fundos europeus de cerca de 30 milhões de euros.

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde do Algarve abriu concurso para contratar temporariamente médicos de várias especialidades,...

A contratação de médicos especialistas de medicina interna, geral e familiar, anestesiologia, ortopedia, ginecologia/obstetrícia, pediatria, cirurgia geral, nefrologia e oncologia, decorre no âmbito do modelo excecional de mobilidade de pessoal médico aprovado pelo Governo, com vista a reforçar os cuidados de saúde no Algarve, até 30 de setembro.

Em declarações, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve assegurou que, no processo de recrutamento especial que decorre em conjunto com o Centro Hospitalar do Algarve (CHA), “serão também aceites candidaturas de clínicos de outras especialidades, além das indicadas no concurso”.

Paulo Morgado considerou que este regime de exceção concedido pelo Governo “é muito importante, pois permite que médicos de outras regiões do país possam prestar serviços” durante um período em que a população do Algarve aumenta significativamente.

O responsável da ARS/Algarve acredita que o regime de mobilidade de exceção possa ser aliciante para alguns médicos, perspetivando que as necessidades para o reforço de verão sejam preenchidas.

“À semelhança do que aconteceu no ano passado, acredito que consigamos ter médicos interessados. Os médicos não precisam de ter autorização das instituições de origem, o que é muito importante, bastando apenas a vontade de vir”, sublinhou.

O regime de mobilidade de exceção vigora até 30 de setembro e pretende atrair médicos qualificados que possam reforçar os serviços de saúde algarvios e garantir a cobertura de cuidados, bem como para assegurar a constituição de escalas de urgência.

A adesão ao Reforço à Assistência Médica no Algarve durante o período de verão é voluntária, dependendo sempre da apresentação de candidatura dos clínicos, mediante preenchimento do formulário disponibilizado pela ARS/Algarve.

As candidaturas dispensam o acordo das instituições hospitalares de origem e conferem ao médico o direito ao pagamento das ajudas de custo e eventuais despesas de transporte.

DiabPT United
A equipa portuguesa de futsal DiabPT United está em preparação para o Campeonato Europeu para pessoas com Diabetes – DiaEuro...

Constituída por elementos do Núcleo Jovem da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (NJA) e da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), a DiabPT United irá participar, pela quinta vez consecutiva, no campeonato internacional dedicado às pessoas com diabetes.

Alexandra Costa, Coordenadora do NJA, comenta: “Este tipo de iniciativas tem o propósito de incentivar à prática de atividade física, fator determinante para a terapia da diabetes tipo 1 e prevenção e tratamento da diabetes tipo 2. As pessoas com uma boa gestão da diabetes podem ter uma vida ativa e saudável, e estes jogadores são exemplo disso mesmo. São uma inspiração para todas as crianças e jovens com diabetes tipo 1”.

Paula Klose, presidente da AJDP, refere: “É com muito orgulho que participamos mais uma vez no DiaEuro, estas conquistas têm sido fruto do esforço e dedicação da equipa que conta já quase com 30 elementos. Acreditamos que a diabetes não nos limita e praticar desporto, como o futsal, é a prova disso. Por acréscimo, a atividade física também contribui para a partilha, trabalho em equipa e a autoconfiança”.

Ferramenta 'online'
Investigadores do Porto estão a participar num projeto europeu para desenvolver uma ferramenta 'online' onde os...

"A nanotecnologia e a utilização de nanomateriais tem um maior impacto no setor dos plásticos, onde a sua utilização como aditivos em matrizes poliméricas (resinas) é generalizada, a fim de proporcionar novas propriedades" a esses produtos, disse a investigadora Natália Cordeiro, do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

Os nanomateriais, explicou a especialista, são materiais ou substâncias químicas cujas partículas têm um tamanho muito pequeno (abaixo dos 100 nanómetros, isto é, de 0,0000001 metros), utilizados em pilhas, revestimentos, vestuário antibacteriano (que inibe o crescimento de bactérias), cosméticos e produtos alimentares, por exemplo.

Ao aceder a esta plataforma, "de livre acesso e fácil utilização", e cuja informação estará disponível em português, espanhol, francês e inglês, o utilizador poderá escolher o setor industrial ao qual pertence ou que lhe interessa, bem como a propriedade que deseja melhorar ou conferir a um dado produto, por meio do uso de nanomateriais, explicou.

Nessa fase, "diferentes fatores podem influenciar tal escolha", como, por exemplo, "o preço, a disponibilidade no mercado e o nível de segurança do nanomaterial", dados que são facultados pela aplicação.

De acordo com a investigadora, todos esses aspetos constituem o ponto de partida para definir um conjunto de critérios de seleção específicos, quantificados pela aplicação, que atribui uma pontuação a cada nanomaterial considerado e sugere ao utilizador as melhores opções para o setor industrial e produto selecionado.

"Nos últimos anos os nanomateriais têm vindo a revolucionar todos os setores industriais", tendo o seu uso aumentando "imenso".

No entanto, segundo Natália Cordeiro, a informação que se tem sobre os mesmos "é muito superior à que se tem sobre os seus efeitos para a saúde humana ou ambiental".

Embora ofereçam "novas oportunidades técnicas e comerciais", podem "apresentar riscos para o ambiente e suscitar preocupações de saúde e segurança para os seres humanos e animais", acrescentou.

Ao longo do projeto será ainda desenvolvido um observatório de segurança, que permitirá ao utilizador pesquisar informação sobre as propriedades tóxicas dos nanomateriais que lhe interessem e que possam afetar os trabalhadores e o ambiente, em diferentes cenários de exposição.

Para além da FCUP, participam no projeto o 'International Iberian Nanotechnology Laboratory' (INL), de Portugal, o 'Instituto Tecnológico del Embalaje, Transporte y Logística' (ITENE), a 'ProtoQsar 2000 SL', a 'Universitat Rovira I Virgili' (URV) e o 'Instituto Valenciano de la seguridad y la salud en el trabajo' (INVASSAT), de Espanha, e o 'Centre National de la Recherche Scientifique' (CNRS-CEMES), de França.

Financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o "NanoDesk - Ferramentas Web avançadas para a aplicação segura da nanotecnologia no setor dos plásticos", finaliza em agosto de 2019.

13 de junho - Dia Internacional do Ritmo Cardíaco
O nosso coração também tem um ritmo que, quando não é o desejado, pode pôr em causa a marcha da sua vida.

O que é que os Santos Populares e a Cardiologia têm em comum? No Dia Internacional do Ritmo Cardíaco, dia 13 de junho, data também associada aos Santos Populares, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, sensibiliza para o tema das Arritmias Cardíacas em doentes com Insuficiência Cardíaca.

As arritmias cardíacas são perturbações do ritmo cardíaco que acrescentam um risco substancial à mortalidade e morbilidade dos doentes com Insuficiência Cardíaca. As arritmias resultam de alterações da atividade elétrica do coração que condicionam o batimento cardíaco. Este fenómeno traduz-se, habitualmente, em palpitações (sensação de alteração do batimento cardíaco), cansaço fácil, falta de ar, tonturas, sensação de desmaio ou desmaio e, em casos mais graves, pode resultar em eventos fatais.

Por sua vez, a Insuficiência Cardíaca é uma condição em que o coração bombeia um volume de sangue insuficiente para satisfazer as necessidades do organismo. Trata-se de uma doença que já afeta cerca de 400 mil Portugueses, e um total de 15 milhões de Europeus, apresentando-se como uma das principais causas de hospitalizações, em todo o mundo. Na realidade, estes números tornam-se mais assustadores quando percebemos que 1 em cada 25 pessoas não sobrevive ao 1º internamento, com o diagnóstico principal de insuficiência cardíaca e que 1 em cada 10 pessoas morre nos 30 dias após o internamento hospitalar.

A combinação da Insuficiência Cardíaca e de Arritmias é responsável por um grande número de hospitalizações, um dos grandes gastos do investimento público, no que diz respeito ao tratamento dos doentes cardiovasculares.

Estas duas patologias podem coexistir, bem como, precipitar-se mutuamente. Segundo relatórios oficiais da European Heart Rhythm Association /Heart Failure Association, da Sociedade Europeia de Cardiologia, aproximadamente 40% dos doentes hospitalizados por insuficiência cardíaca já possui um historial de arritmias. Números absolutamente alarmantes.

Para a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a chave para a redução da morbilidade e mortalidade induzida por estas patologias passa pela prevenção e diagnóstico precoce. Numa primeira fase, alertando para os vários fatores de risco, sensibilizamos a população para as consequências que o seu estilo de vida pode ter na sua saúde cardiovascular.

Por outro lado, a deteção precoce garante um menor nível de deterioração do coração, permitindo preservar, por um período mais longo de tempo, a sua vitalidade.

Nas palavras do Dr. Diogo Cavaco, membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “Palpitações, sensação de irregularidade no pulso ou sintomas mais graves, como desmaio ou quase desmaio, devem ser valorizados. Se tiver estes sintomas deve procurar o seu médico assistente. A investigação destas queixas, um diagnóstico precoce e uma terapêutica correta e em tempo útil podem salvar muitas vidas.”

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Instituto Nacional de Saúde, principais hospitais portugueses e Universidade de Harvard testam método inovador para detetar...

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge está a desenvolver, em parceria com a Harvard Medical School e vários hospitais do país, numa investigação internacional, um projeto para identificar de forma muito mais precisa as causas das anomalias congénitas que estão na origem de várias doenças genéticas raras e graves.

Os ensaios clínicos destes testes genéticos pré e pós nascimento de tecnologia de ponta estão a ser feitos em vários países, permitindo detetar alterações cromossómicas até agora desconhecidas, fazendo a chamada "sequenciação pangemónica, ou seja, abrangendo todo o genoma".

Comparando estas doenças com um acidente rodoviário, Dezso David, investigador do Instituto Ricardo Jorge na área do Departamento de Genética Humana, explica à TSF que hoje os métodos de análise permitem dizer aos doentes e às famílias que a falha genética ou o acidente genético aconteceu "algures entre Lisboa e Setúbal".

No futuro será possível dizer exatamente onde aconteceu o acidente, o que permitirá melhorar o diagnóstico e aconselhar melhor as famílias sobre o que fazer depois da deteção da doença, nomeadamente, também, porque a avaliação genética pré-natal será muito mais rápida. "A resolução do diagnóstico será muito mais fina, permitindo saber exatamente as causas da anomalia congénita".

Recorde-se que atualmente nem todas as mulheres portuguesas e respetivos filhos fazem testes genéticos pré-natais (apenas nos casos de risco). Estas novas técnicas ainda estão, contudo, em desenvolvimento e na fase de ensaios clínicos. A aplicação concreta nos hospitais vai demorar alguns anos.

Doença inflamatória do intestino
O Prémio Nacional de Gastrenterologia 2016 foi atribuído a Joana Torres, médica gastrenterologista do Hospital Beatriz Ângelo,...

O trabalho incidiu sobre um tipo de doença inflamatória do intestino que se denomina colite microscópica.

A colite microscópica (CM) é uma forma de doença inflamatória intestinal idiopática, que cursa com diarreia não sanguinolenta, afetando especialmente doentes idosos.

A CM pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes, devido ao aumento do número de dejeções, presença de urgência, incontinência, diarreia noturna e, por vezes, perda ponderal.

Vários estudos mostraram que a maioria dos doentes responde à terapêutica com corticóides, mas estima-se que cerca de 13% dos doentes apresentem um curso recidivante com necessidade de terapêutica imunossupressora e, raramente, cirurgia.

Previamente considerado um diagnóstico raro, a CM é atualmente considerada a causa de diarreia crónica em 4-13% dos casos. Os estudos epidemiológicos referem um aumento da incidência da CM, atingindo, nalguns países, frequências comparáveis com as formas mais comuns de doença inflamatória intestinal, como a doença de Crohn e colite ulcerosa.

Sendo uma doença sobre a qual se tem acumulado conhecimento de forma relativamente recente, a investigação sobre CM tem-se focado principalmente sobre a incidência, as características clínicas e história natural da doença, através de estudos epidemiológicos.

No entanto, ainda há muitas questões por responder sobre a sua etiologia e patogenia, e até agora a causa desta doença intrigante permanece desconhecida, sendo provavelmente multifatorial.

Neste trabalho procurou-se estudar o papel dos sais biliares na fisiopatologia da doença, nomeadamente, o papel do principal recetor de sais biliares (Recetor Farnesóide X) na doença. Observou-se que os doentes com CM apresentam uma expressão bastante diminuída deste recetor em relação a doentes controlo, o que abre a possibilidade de explorar fármacos agonistas deste recetor no tratamento de doentes mais refratários.

O Prémio Nacional de Gastrenterologia, o mais importante da especialidade em Portugal e também o mais vultuoso, tem como finalidade distinguir trabalhos científicos inéditos, de excelência no âmbito da gastrenterologia, tendo em vista a prossecução dos objetivos científicos da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

O valor do Prémio Nacional de Gastrenterologia para o ano de 2016 é de 30.000€.

Congresso da ESEnfC
Termina, amanhã (10 de junho), na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), o I Congresso Internacional de Enfermagem...

“Preparação da alta do bebé prematuro. Processo de capacitação parental” (por Denise Araújo, enfermeira no Centro Hospitalar São João), “Neonurturing como referencial de melhoria das práticas” (por Liliana Ferraz, enfermeira na Unidade de Cuidados Intensivos ao Recém-Nascido do CHUC) e “NIDCAP - Avaliação do programa na UCIN do Centro Hospitalar do Algarve” (por Elsa Silva, enfermeira no Centro Hospitalar do Algarve) são os temas das comunicações do primeiro painel.

Segue-se, a partir das 11h30, o painel “Gestão de cuidados à criança com doença complexa e sua família”. Dois professores da ESEnfC (Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem de Saúde da Criança e do Adolescente), Luís Batalha e Manuel Gameiro, falarão, respetivamente, sobre a “Intervenção do enfermeiro na avaliação e controlo da dor em situações complexas” e sobre os “Processos adaptativos dos adolescentes com doença oncológica em tratamento”.

O impacto da morte em idades pediátricas
O último painel do congresso trará, ainda, à discussão o tema dos “Cuidados paliativos pediátricos e de suporte. Necessidade e realidade”, numa comunicação a apesentar por Teresa Fraga, enfermeira e diretora da Unidade de Cuidados Paliativos Pediátricos Kastelo Marta Ortigão, em Matosinhos.

Por fim, Maria Dulce Carvalho, enfermeira no Hospital Pediátrico de Coimbra, analisará “O impacto da morte em idades pediátricas e o processo de luto”.

Subordinado ao tema “Investigação, Conhecimento e Prática Clínica”, o I Congresso Internacional de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, feito com o apoio da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, tem procurado refletir sobre as evidências produzidas e sobre as práticas adotadas em áreas tidas como prioritárias nos cuidados à criança e família, nos vários ambientes de intervenção.

Os trabalhos, que se concentram no Polo A da ESEnfC (Avenida Bissaya Barreto, em Celas), encerram às 14h00.

Mais informações sobre o congresso em www.esenfc.pt/event/esip2017.

Taxa para 'junk food'
A Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal escusou-se a comentar a possibilidade de o Governo avançar com...

“Não podemos comentar o que não sabemos o que é”, disse José Manuel esteves, da Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), sublinha do que a associação terá “a breve trecho uma reunião com o responsável pela pasta da Saúde.

Numa entrevista, o ministro Adalberto Campos Fernandes revelou que as taxas sobre as bebidas açucaradas vão ser redefinidas para penalizar as mais prejudiciais à saúde e que o Governo pondera passar a taxar também produtos alimentares com elevados teores de sal ou gordura saturados.

“Se vivêssemos num mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como ‘junk food’, hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados, seria claramente a nossa prioridade”, disse o governante.

Contactado, o diretor-geral da AHRESP afirmou apenas: “o ministro Saúde vai a breve trecho conversar connosco sobre a matéria para analisar mais detalhadamente a questão”.

Na entrevista, como medidas paralelas e adicionais já tomadas, Adalberto Campos Fernandes recordou a introdução de ementas vegetarianas nas escolas e as restrições a alguns alimentos mais calóricos nas máquinas de vendas automáticas dos hospitais do SNS.

“Vamos seguramente ser mais agressivos em 2018”, prometeu, indicando que as medidas são sempre tomadas e acompanhadas pelos representantes dos setores.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Portugal continental e o arquipélago da Madeira apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta,...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Beja, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Aveiro, Porto, Funchal e Porto Santo (Madeira) estão hoje em risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

No arquipélago dos Açores, Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Angra do Heroísmo (Terceira) e Horta (Faial) estão com risco ‘moderado’ e Santa Cruz das Flores está com níveis ‘elevados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado, apresentando temporariamente períodos de maior nebulosidade por nuvens altas.

Segundo o Instituto, no litoral das regiões Norte e Centro, o céu apresentar-se-á geralmente muito nublado até ao final da manhã, com possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco a norte do Cabo Mondego até ao meio da manhã.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado de noroeste no litoral oeste a sul do Cabo Carvoeiro, em especial durante a tarde, e nas terras altas, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais, descida da temperatura mínima no interior, em especial da região Centro e pequena descida da máxima, em especial no interior.

Na Madeira prevê-se céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte e na ilha de Porto Santo e vento fraco a moderado de nordeste.

Para os Açores, o IPMA prevê céu muito nublado, com abertas a partir da tarde, períodos de chuva, que poderá ser pontualmente forte durante a madrugada, passando a aguaceiros e vento sudoeste forte com rajadas até 80 quilómetros por hora e tornando-se fresco a muito fresco.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 16 e 27 graus Celsius, no Porto entre 14 e 22, em Vila Real entre 14 e 26, em Bragança entre 12 e 28, em Viseu entre 11 e 25, na Guarda entre 12 e 24, em Castelo Branco entre 16 e 32, em Coimbra entre 15 e 26, em Portalegre entre 15 e 30, em Santarém entre 15 e 29, em Évora e Beja entre 14 e 32, em Faro entre 18 e 31, no Funchal entre 18 e 24, em Ponta Delgada entre 17 e 21, na Horta entre 16 e 20 e em Santa Cruz das Flores entre 15 e 20.

Estudo: principais conclusões
Estudo LASS: As três pilulas em estudo apresentaram os mesmos valores relativamente ao risco de um a

A associação entre a utilização da contraceção hormonal e o potencial risco de doença tromboembólica é reconhecida desde a comercialização das primeiras pílulas. Consiste numa eventual associação ou seja “se eu tomar a pílula posso ter uma trombose” e não “eu vou tomar a pílula e vou ter uma trombose”. Trata-se duma perceção realista, mas os valores absolutos (número de mulheres que realmente apresentam trombose com as pílulas) são considerados muito baixos.

Se compararmos com o risco de ocorrer um fenómeno tromboembólico numa gravidez incluindo de baixo risco, a utilização da contraceção hormonal oral associa-se a um risco inferior.

É um tema em discussão com apontamentos de mais ou menos ênfase no problema, sobretudo quando surgem novas formulações contracetivas disponíveis. Por esse motivo foi  um dos temas em destaque no maior encontro nacional dos especialistas na área de Ginecologia e Obstetrícia, organizado pela Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia que ocorreu em Coimbra entre 1 a 4 de Junho.

De realçar que a contraceção hormonal tem efeitos não contracetivos benéfico para a mulher e na avaliação global equilibram com eventuais eventos adversos, ao prevenirmos uma gravidez não planeada estaremos a reduzir a doença e mortalidade que podem associar à gestação mesmo de baixo risco.

Não é de mais referir que a condição clínica e fatores de risco do hospedeiro (a mulher que vai tomar a pílula) devem ser considerados na avaliação clínica no ato de equacionar a contraceção hormonal.

Os contracetivos com associação de etinilestradiol e levonorgestrel são considerados como o padrão do risco ao tromboembolismo e classificados como de 2ª geração, e aparentam ter o risco mais baixo. Por isso, têm sido promovidos estudos observacionais, alargados, multicêntricos/multinacionais de longo prazo para efetivamente representar as consequências clínicas da intervenção farmacológica na área da contraceção (contraceção hormonal oral).

O estudo The Log-Term Active Surveillance Study for Oral Contraceptives (LASS) corresponde a uma avaliação a longo prazo e comparativa duma formulação (etinilestradiol e drospirenona) e outras formações contracetivas (com levonorgestrel e outros progestatgénios).

Os resultados não mostram diferenças significativas na ocorrência de eventos cardiovasculares venosos ou arteriais quando comparadas as diferentes formulações, mantendo a diferença em relação às mulheres que não utilizam contraceção hormonal. Os números absolutos são reduzidos.

A contraceção hormonal oral associa-se à possibilidade de ocorrerem fenómenos cardiovasculares e na prática clínica, as diferenças não aparentam ser significativas entre as formulações estudadas. 

 

 

 

 

 

   

Autor: Dr. Joaquim Neves, médico especialista em Obstetrícia e Ginecologia, Assistente na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministro da Saúde
As taxas sobre as bebidas açucaradas vão ser redefinidas para penalizar as mais prejudiciais à saúde e o Governo pondera passar...

Em entrevista, o ministro da Saúde disse que está a trabalhar com o Ministério das Finanças e com as empresas do setor para introduzir um novo perfil “mais inteligente” do modelo de taxas sobre as bebidas açucaradas.

“Creio que temos condições para que no próximo Orçamento do Estado possamos dar um passo inovador”, disse, garantindo que o “objetivo é proteger a saúde pública, mas sempre respeitando a “razoabilidade fiscal”.

Adalberto Campos Fernandes explicou que a ideia é recriar o modelo para que seja “mais indutor de um comportamento do consumidor mais saudável”.

Questionado sobre se a ideia é ter mais caro o que é menos saudável, o ministro confirmou que “o caminho só pode ser por aí”.

“Ser mais fácil e mais barato comprar produtos saudáveis. E ser mais caro e penalizador comprar produtos que não são saudáveis. Num quadro de grande equilíbrio. Estamos a falar de proteger os interesses das empresas do ponto de vista da sua atividade industrial, mas também populações de baixo rendimento que não podem ser prejudicadas com uma abordagem muito fundamentalista”, afirmou.

Campos Fernandes ficou satisfeito com os resultados da introdução, este ano, da taxa sobre as bebidas açucaradas, que desde fevereiro levou a uma quebra de 72% do consumo daquelas bebidas.

Mais do que o dinheiro conseguido com a taxa, que contribui para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro diz que o importante é o efeito na saúde das pessoas, que “provavelmente será visível dentro de meia-dúzia de anos”.

“Alterou a própria atitude dos industriais, sensibilizou as populações e os efeitos sobre o consumo são muito mais importantes, do ponto de vista da prevenção da obesidade e diabetes, do que os 80, 90 ou 100 milhões significam”, declarou.

Quanto ao alargamento de uma taxa do mesmo género a produtos alimentares, Campos Fernandes reconhece que o chamado “lixo alimentar” (‘junk food’) será um alvo prioritário:

“Se vivêssemos num mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como ‘junk food’, hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados, seria claramente a nossa prioridade”.

Como medidas paralelas e adicionais já tomadas, Campos Fernandes recordou a introdução de ementas vegetarianas nas escolas e as restrições a alguns alimentos mais calóricos nas máquinas de vendas automáticas dos hospitais do SNS.

“Vamos seguramente ser mais agressivos em 2018”, prometeu, indicando que as medidas são sempre tomadas e acompanhadas pelos representantes dos setores.

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