Estudo
Um estudo internacional assegura que os leitores compulsivos são mais felizes. Uma outra investigação já tinha apurado que...

Gosta de ler? Então, temos boas notícias para si! Uma pesquisa levada a cabo por investigadores da Kingston University of London, em Inglaterra, assegura que as que pessoas que lêem regularmente livros são mais simpáticas. As conclusões desse trabalho foram apresentadas publicamente numa conferência da British Psychological Society, onde foi afirmado que as pessoas que preferem a televisão tendem a ser mais antipáticas.

Segundo um outro estudo, realizado pela Universidade de Yale e tornado público em agosto de 2016, quem lê livros tem uma maior probabilidade de viver mais anos do que quem não o faz, escreve o Sapo. Ao analisar 3.635 pessoas com mais de 50 anos, tendo em conta fatores como a riqueza, educação e capacidade cognitiva, os investigadores concluíram que os leitores são, na maioria, mulheres e têm educação académica e rendimentos altos.

Estes fatores foram conjugados com a idade, raça, estado de saúde física e mental, emprego e estado conjugal. Em comparação com as que não lêem livros, as que lêem, em média, até três horas e meia por semana têm menos cerca de 17% de probabilidade de morrer nos próximos 12 anos. Para quem lê mais de três horas e meia, essa probabilidade é de 23%.

Os investigadores internacionais apuraram ainda que quem lê livros vive, em média, quase mais dois anos do que quem não o faz. “As pessoas que garantem que lêem, nem que seja meia hora por dia, têm uma vantagem de sobrevivência significativa face aos que não o fazem”, assegura Becca R. Levy, professora naquela universidade.

Organização Mundial de Saúde
O alerta é da Organização Mundial de Saúde que afirma que os componentes tóxicos do cigarro prejudicam fumadores e natureza....

O consumo de produtos derivados do tabaco não apenas prejudica a saúde humana, como também causa um "enorme dano" ao meio ambiente, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco.

Dados da OMS indicam que o tabagismo provoca 7 milhões de mortes por ano e gera despesas de 1,4 mil bilhões de dólares em custos de saúde, perda de produtividade e degradação ambiental – cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

"Esta análise é a primeira que relaciona o impacto ambiental com o cultivo, manufatura, uso e resíduos do tabaco, apesar de a informação ser limitada, porque a indústria não reporta dados e os governos não os exigem", disse o coordenador da OMS para o Controlo de Tabaco, Vinayak Prased.

Os especialistas determinaram que os resíduos de tabaco contêm mais de 7 mil substâncias químicas tóxicas, que envenenam não só atmosfera, como também os solos, mares e rios, escreve o Sapo. Dos 15 mil milhões de cigarros vendidos diariamente, 10 mil milhões acabam no meio ambiente, contaminando-o com a sua mistura de nicotina, arsénio e metais pesados.

Por outro lado, o tabaco gera efeitos nocivos desde o seu cultivo, que requer o uso de agroquímicos e reguladores de crescimento e contribui para o desflorestamento, alertou a OMS. O plantio, a produção e distribuição também obrigam ao uso extensivo de água e energia. Outra forma de contaminação são as emissões de fumo, que representam toneladas de gases cancerígenos, tóxicos e com efeito de estufa.

Estudo
Alguns tipos de bactérias vaginais podem interferir na ação de um gel destinado a reduzir o risco de infeção pelo VIH/Sida,...

As descobertas, publicadas na revista Science, foram baseadas num estudo de 2010 em mulheres da África do Sul que usavam o medicamento microbicida Tenofovir, na forma de gel vaginal.

A droga mostrou sucesso na prevenção da infeção pelo vírus em homens de alto risco, mas os resultados dos estudos que envolviam mulheres foram "dececionantes", lê-se no artigo.

Um ensaio de 2010 chamado CAPRISA 004 mostrou que o gel de Tenofovir, aplicado antes e depois do sexo, reduziu a incidência de infeção pelo VIH em 39%. Os investigadores examinaram o subgrupo de mulheres que foram infetadas pelo VIH/Sida durante o estudo, escreve o Sapo.

Estas tendiam a ser portadoras de uma bactéria dominante conhecida como Gardnerella vaginalis, que "pode rapidamente metabolizar e quebrar a forma ativa do medicamento", conclui o estudo.

A Gardnerella vaginalis está associada a uma condição conhecida como vaginose bacteriana (BV).

A BV aumenta o risco de VIH/Sida porque piora a inflamação, afeta a parede vaginal e prejudica a cicatrização das feridas. Na África subsaariana, as mulheres têm altas taxas de prevalência de BV, de acordo com o artigo.

As mulheres com composições bacterianas vaginais mais saudáveis - as dominadas pela bactéria Lactobacillus - apresentaram uma proteção três vezes maior contra o VIH/Sida do que as mulheres com diferentes composições de bactérias vaginais dominantes.

O estudo serve como lembrete de que "sem uma compreensão mais profunda da estrutura, função e dinâmica do microbioma vaginal, intervenções bem-sucedidas para otimizar e melhorar a saúde das mulheres continuarão elusivas", afirmaram Susan Tuddenham e Khalil G. Ghanem, da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, num artigo na Science que acompanha o estudo.

No Porto
Alunos da Faculdade de Engenharia do Porto desenvolveram uma aplicação móvel que ajuda as pessoas com restrições alimentares a...

Esta aplicação, designada ‘NutriSafe’, alerta os consumidores com restrições alimentares, fornecendo-lhes dados sobre a informação nutricional e os ingredientes do produto, bem como os ‘semáforos’ nutricionais (conteúdo em açúcar, sal, gordura e gordura saturada), explicou à Lusa um dos criadores, Manuel Zamith.

Para além disso, informa sobre as informações nutricionais (como "baixo valor energético" ou "alto teor de fibra") e alerta os consumidores, de forma personalizada, caso o produto possa ser potencialmente inseguro, de acordo com as configurações do perfil de cada utilizador.

Este é um dos 20 projetos desenvolvidos por 111 estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), no âmbito da unidade curricular Laboratório de Gestão de Projetos (LGP), e que serão apresentados hoje, a partir das 14:00, durante o evento 'LGP Challenge', naquela instituição de ensino superior.

De acordo com Manuel Zamith, as informações são obtidas com a leitura do código de barras do produto alimentar, realizada através das câmaras dos 'smartphones'.

Apesar de a equipa responsável pela criação desta solução ter dado "especial atenção" aos consumidores com restrições, esta aplicação destina-se a "todas as pessoas que queiram conhecer melhor os alimentos que consomem", esclareceu.

O aluno acredita ser esse o fator diferenciador da ‘NutriSafe’, que pode ser "muito apreciada" por quem sofre de alergias, intolerâncias ou que, simplesmente, não deseja ingerir um determinado ingrediente.

No futuro, pretende-se que a aplicação seja numa ferramenta de ajuda no trabalho dos nutricionistas, podendo estes acompanhar os pacientes e garantir o seu bem-estar.

Embora existam soluções no mercado que fazem igualmente leitura do código de barras de alimentos, o aluno explicou que as funções dessas mesmas aplicações passam apenas por contar calorias ou fornecer dados 'fitness', ajudando os utilizadores com a dieta e um estilo de vida saudável.

"Essa não é, de todo, a intenção da NutriSafe", indicou, acrescentando que o que se pretende é "atacar problemas de maior dimensão", relacionados com "a saúde pública".

No projeto que deu origem à ‘NutriSafe’ estão envolvidos, para além de Manuel Zamith, elementos da FEUP provenientes das áreas de Engenharia de Software, Multimédia, Engenharia de Serviços, Gestão, Informática e Computação, bem como da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Sudão do Sul
Quinze crianças morreram no Sudão do Sul depois de terem tomado vacinas contra o sarampo que não estavam em condições de serem...

Segundo a mesma fonte, a campanha de vacinação foi mal conduzida e as mortes deveram-se a erro humano, porque as vacinas chegaram a ser administradas por crianças de 12 anos e foi usada a mesma seringa durante quatro dias para vacinar várias crianças, além de que as vacinas foram armazenadas sem refrigeração.

As Nações Unidas disseram que as crianças morreram com uma “grave septicemia (infeção do sangue)” devido à “toxicidade” da vacina.

O Governo referiu que todas as crianças que morreram tinham menos de cinco anos e foi criada uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades e avaliar eventuais indemnizações às famílias das vítimas.

Cerca de 300 crianças foram abrangidas pela campanha de vacinação contra o sarampo na área em que ocorreram as mortes, sendo o objetivo imunizar dois milhões de crianças em todo o país.

As 15 crianças morreram no início de maio na cidade de Kapoeta (sudeste), tendo outras 32 registado febre, vómitos e diarreia, mas recuperado, segundo um comunicado conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

A OMS está a dar formação a funcionários da saúde sul-sudaneses e fornece as vacinas ao Governo.

No comunicado, OMS e UNICEF disseram que a equipa de vacinação envolvida nas mortes não era “qualificada nem treinada” e classificou o caso de “trágico”.

O sarampo é um dos vários desafios enfrentados pelo Sudão do Sul, um dos países mais pobres de África, que enfrenta a fome e vive uma guerra civil há mais de três anos.

Em 2016 o Sudão do Sul teve pelo menos 2.294 casos de sarampo e 28 pessoas morreram, segundo dados da ONU.

As Nações Unidas consideraram hoje que o risco do sarampo no país continua “extremamente alto”.

A guerra civil no Sudão do Sul já matou dezenas de milhares de pessoas e obrigou mais de 1,8 milhões a abandonarem as suas casas.

Infarmed
O Infarmed detetou no mercado português dois medicamentos ilegais, um para emagrecer que contém uma substância retirada do...

De acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, o produto P57 Hoodia (cápsula) é um medicamento ilegal por não dispor de autorização de introdução no mercado em Portugal e conter uma substância (subutramina) que foi retirada do mercado europeu por constituir um risco para a saúde.

Esta substância, “que tem atividade farmacológica e se destina ao emagrecimento, foi detetada após análise no laboratório do Infarmed”, refere a autoridade do medicamento.

“Atendendo a que este produto não foi autorizado pelo Infarmed, a sua utilização é proibida em Portugal, não estando garantida a sua qualidade, segurança e eficácia”, acrescenta.

O Infarmed indica ainda a todas as entidades que disponham deste produto que não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo comunicar de imediato com a autoridade do medicamento, e que os utentes que tenham adquirido o produto não o devem utilizar, entregando as embalagens em causa na farmácia para posterior destruição.

Na quinta-feira, tinha sido detetado um outro medicamento ilegal (Li Da – Daidaihua), também para emagrecer e que continha a mesma substância proibida.

No âmbito do protocolo de colaboração com a Autoridade Tributária e Aduaneira, destinado ao combate à falsificação de medicamentos, foi igualmente detetado um ouro fármaco ilegal (Men´s Coffe) por falta de autorização de introdução no mercado em Portugal e por ter uma substância utilizada em medicamentos destinados ao tratamento da disfunção erétil.

O Infarmed adianta que esta substância - sildenafil - tem atividade farmacológica e destina-se à melhoria do desempenho sexual.

"Atendendo a que este produto não foi autorizado pelo Infarmed, a sua utilização é proibida em Portugal, não estando garantida a sua qualidade, segurança e eficácia", acrescenta.

A autoridade do medicamento indica ainda que as entidades que disponham deste produto não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo comunicar de imediato com o Infarmed, e aconselha os utentes a não o utilizar, entregando na farmácia as embalagens que tiverem para posterior destruição.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todo o território de Portugal continental, à exceção do distrito de Viana do Castelo, e as regiões autónomas da Madeira e dos...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o distrito de Viana do Castelo apresenta risco 'Elevado'.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje uma pequena descida da temperatura máxima, com céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado no litoral a norte do Cabo Raso até final da manhã e a partir do final do dia.

Durante a tarde vai aumentar a nebulosidade no interior do país, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos na região Norte. O vento vai soprar fraco a moderado (até 25 km/h) de noroeste, soprando moderado a forte (30 a 40 km/h), por vezes com rajadas até 65 km/h no litoral oeste a sul do Cabo Carvoeiro e nas terras altas.

Os termómetros vão chegar até aos 32º em Faro, Beja, Évora e Castelo Branco, aos 29º em Bragança e Portalegre e aos 27º em Vila Real e Santarém.

Em Lisboa a temperatura máxima não deve ultrapassar os 25º, em Coimbra 24º e no Porto 21º.

Nos Açores, a previsão é de céu muito nublado com abertas para todos os grupos de ilhas e na Madeira de céu muito nublado e aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas.

A Madeira chegará até aos 24º (Funchal) e os Açores (Angra do Heroísmo e Ponta Delgada) aos 19º.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garantiu não haver razões para “medidas de natureza restritiva ou punitiva”...

Os pais das crianças devem ser responsabilizados de forma moral e social se optarem pela não vacinação dos filhos, entendendo o Governo “que não há razão nenhuma para que um país que tem tido um sucesso tão grande no programa de vacinação nas últimas décadas, com taxas de cobertura tão elevadas, para se introduzirem medidas de natureza restritiva ou punitiva, que seriam manifestamente excessivas”, afirmou.

Adalberto Campos Fernandes falava no final de um debate, em Lisboa, que marcou o Dia Mundial da Criança e no qual participou também o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Os dois explicaram que na questão da vacinação vai haver uma cooperação entre os Ministérios, em que as escolas assinalam as crianças que não estão vacinadas e as entidades de saúde fazem a sensibilização dos pais dessas crianças para a necessidade de vacinarem os filhos.

Segundo Adalberto Campos Fernandes “o dispositivo que foi trabalhado em conjunto” irá a Conselho de Ministros ainda este mês, a aplicação está em testes e até ao início do ano letivo, a 08 de setembro, tudo estará “testado, operacionalizado e a funcionar”.

O ministro elogiou várias vezes o sistema de vacinação português e disse que a cooperação entre os dois ministérios vai reforça-lo e tornar ainda mais residual o número de crianças não vacinadas.

“As escolas vão servir como sinalizadores, uma vez que têm acesso às famílias, e depois em articulação com o Ministério da Saúde o Ministério fará o se trabalho”, disse Tiago Brandão Rodrigues.

Basicamente no novo sistema as escolas avisam as entidades de saúde sobre as crianças que não estão vacinadas e os profissionais de saúde atuam junto dessas famílias, sensibilizando-as para a vacinação.

Porque as escolas, explicou o ministro da Saúde, passam a ter a acesso, “com autorização dos pais, naturalmente, ao boletim de saúde eletrónico e ficam a saber se está totalmente preenchido”.

“Muito simplesmente, sem violação da privacidade, as escolas passarão a ter um alerta, se a criança tem vacina em falta, e a escola fica com indicação para avisar o centro de saúde, que faz o seu trabalho”, explicou o ministro.

Tudo será feito “de forma eletrónica e em tempo real” e a Direção-Geral da Saúde saberá “o que se passa em cada freguesia”. Tudo isso através do registo central de vacinas eletrónico e o boletim de saúde eletrónico.

A questão da vacinação ou não, especialmente de crianças, tem sido muito debatida nos últimos meses na sequência de um surto de sarampo que provocou uma vítima mortal. A forma mais eficaz de prevenir o sarampo é a vacinação.

Após relatório da ERS
O Hospital Garcia de Orta, em Almada, garantiu que foram prestados todos os cuidados clínicos à criança com uma doença rara que...

“A criança referida na notícia padece de uma doença genética muito rara e grave à qual foram prestados, por parte do Hospital Garcia de Orta (HGO), e como consta do processo, todos os cuidados clínicos, incluindo técnicos e sociais, adequados à sua situação clínica”, refere o hospital em comunicado, após ter sido divulgado o relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

O hospital adianta que, “quanto aos exames, sem carácter urgente, o seu adiamento foi primeiramente ditado por razões clínicas e no interesse da criança, ponderando-se em conjunto com a família, a relação risco/beneficio”.

“Compreende-se o estado de alma dos pais numa situação muito grave como esta, que se lamenta, sempre na esperança, obviamente, de que tudo pudesse contribuir para uma evolução mais positiva”, escreve o hospital.

Uma criança com uma doença rara e uma situação clínica grave esperou um ano por dois exames prescritos no Hospital Garcia de Orta, além das dificuldades no acesso a terapias de reabilitação, segundo a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

A situação consta de um processo instaurado pela ERS, após uma queixa da mãe da criança, portadora de uma síndrome genético rara que condiciona uma situação clínica grave e seguida no Hospital Garcia de Orta, em Almada, o qual prescreveu em julho de 2015 dois exames.

Os exames (uma polissonografia e um Eletroencefalograma 24 horas) foram prescritos para o Centro de Desenvolvimento da Criança Torado da Silva, integrado no Hospital Garcia de Orta.

Com uma incapacidade de 96%, a criança esperou um ano pela realização da polissonografia e mais de um ano pelo EEG de 24 horas, este último no Hospital São Francisco Xavier e depois de ter sido marcado para o Hospital Fernando Fonseca, que entretanto não o realizou por avaria da máquina.

No decorrer do processo, o Hospital Garcia de Orta assumiu à ERS uma “carência de técnicos”.

“Este é um problema para o qual vimos repetidamente alertando sucessivas administrações, e que recentemente se agudizou com a doença de duas terapeutas mais experientes, sem que tal de tenha acompanhado da contratação de novos técnicos”, lê-se na resposta do hospital ao regulador.

Mais tarde, a unidade de saúde afirmou que alertou o conselho de administração do hospital para o facto de este Centro estar “a trabalhar no limite”.

Além destas questões, a ERS avaliou também uma discrepância entre o entendimento da mãe da criança sobre as razões do tempo de espera para estes exames e os argumentos do hospital.

“O Hospital Garcia de Orta alegou que os exames em causa foram adiados por motivos clínicos, não tendo elencado, porém, os concretos motivos que justificaram tal adiamento”, lê-se na deliberação, acrescentando: “Na hipótese de tal alegação corresponder à verdade, certo é que os pais da utente não foram devidamente informados desse adiamento, nem das razões que o motivaram”.

A ERS emitiu uma instrução no sentido do Hospital Garcia de Orta “garantir, de forma permanente, efetiva e em tempo útil, o acesso quer da utente em causa nos presentes autos, quer dos demais utentes, aos cuidados de saúde que se apresentem como necessários e adequados à satisfação das suas necessidades”.

Nas situações em que não possua capacidade de resposta instalada para satisfação das necessidades dos utentes, o hospital deve “promover a sua correta referenciação para um estabelecimento de saúde que possua efetiva capacidade de prestação dos cuidados de saúde necessários em tempo útil”.

Em relação a este caso, a ERS instaurou ainda um processo de monitorização para acompanhar o cumprimento da instrução.

Especialistas
Todos os anos são detetadas em Portugal Novas Substâncias Psicoativas, um perigo para a saúde que não acabou com o encerramento...

Estas substâncias são, explicam os especialistas, bastantes tóxicas para o organismo humano, e são criadas através de alterações moleculares, que não necessitam de grandes conhecimentos químicos, nem implicam grande investimento em apetrechados laboratórios.

A Polícia Judiciária realizou uma ação de formação sobre Novas Substâncias Psicoativas (NSP) e foi visível a preocupação dos especialistas do Laboratório de Polícia Científica (LPC), do Instituto Nacional de Medicina Legal e de duas faculdades, do Porto e de Lisboa, sobre o consumo destas substâncias.

O ano passado, o LPC detetou 70 novas substâncias psicoativas ilícitas, tendo sete delas sido consideradas drogas sintéticas em março deste ano.

As NSP continuam a aparecer nos mercados ilícitos e na Internet, 96% das transações fazem-se na ‘deep web’ (a parte oculta e anónima da Internet), e os produtos detetados nos laboratórios são cada vez mais puros.

Atualmente o observatório europeu da droga e da toxicodependência tem uma listagem de 600 NSP.

Segundo Helena Gaspar, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, “aparecem em média duas NSP por semana, sendo necessário uma resposta mais rápida para prevenir os riscos de saúde pública associados ao consumo.

O professor Félix Monteiro, da Faculdade de Farmácia do Porto, colocou a tónica nos perigosos efeitos dos canabinoides sintéticos e na imprevisibilidade dos efeitos das NSP.

“Entre os canabinoides sintéticos há 14 famílias diferentes com grande grau de toxicidade, havendo já casos de morte registados”, disse.

Entre os efeitos dos canabinoides sintéticos, Félix Carvalho destacou os pensamentos suicidas, psicose, convulsões, alucinações e perda total de memória, podendo mesmo provocar a morte.

"A sobredosagem dos canabinóides naturais não provoca a morte, o consumo dos sintéticos pode provocar", frisou.

Muitas destas substâncias, alertou, podem ser fumadas, por exemplo em cigarros eletrónicos, provocando grande dependência e efeitos nefastos para a saúde.

Carlos Farinha, diretor do Laboratório Polícia Científica da PJ, chamou a atenção para o elevado grau de mutabilidade das substâncias e para a potenciação dos efeitos das mesmas, considerando ser necessário manter o nível de alerta.

“É necessário reforçar a fiabilidade dos sistemas de deteção. Parece pouco provável que com o simples fecho das ‘smartshops’ se tenha apagado o problema gerado por estas substâncias. Ele tem-se é manifestado a um nível menos evidente”, disse.

João Goulão, diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), estava na plateia e alertou para o facto de após o encerramento das ‘smartshops’ em 2013 deixarem de existir registos de idas de pessoas às urgências hospitalares por consumo de NSP, algo que deve ser repensado, dado que o consumo das mesmas não acabou.

Ordem dos Nutricionistas
Em 308 autarquias, apenas 12% têm nutricionista. Ordem dos Nutricionistas alerta para esta situação em Encontro Nacional.

A Ordem dos Nutricionistas promove esta sexta feira (2 de junho) o Encontro Nacional dos Nutricionistas das Autarquias. O Encontro vai ter lugar no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, a partir das 9h30. A sessão de abertura fica a cargo da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, e do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Rui Pereira.

Portugal tem 308 autarquias, mas apenas 12% têm nutricionistas a trabalhar. Estes números são preocupantes e a Ordem dos Nutricionistas recorda que este é um dos locais privilegiados para a atuação dos profissionais, pela capacidade de desenvolver um trabalho que abrange várias áreas.  “A evidência tem vindo a demonstrar que a intervenção ao nível das cidades é facilitadora das escolhas alimentares saudáveis, pelo que as autarquias devem investir em políticas municipais na área da alimentação, sendo os nutricionistas fundamentais para auxiliar neste desiderato” refere a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.

O Encontro Nacional dos Nutricionistas das Autarquias vai contar com a presença de nutricionistas de todo o país, que trabalham em Câmaras Municipais. Ao longo do dia vão ser discutidos vários temas, como a integração e intervenção em diversas áreas dentro da autarquia, como a educação, a ação social e promoção da saúde, a cultura, os recursos humanos, a autoridade sanitária, o desporto e a juventude. Vão ser ainda analisadas outras oportunidades de intervenção dentro de uma autarquia e que estratégias podem ser seguidas.

Recorde-se que tem sido preocupação constante da Ordem dos Nutricionistas a integração de mais nutricionistas em locais considerados privilegiados para garantir ganhos em saúde.

O Encontro Nacional dos Nutricionistas das Autarquias vai decorrer em Sintra (Centro Cultural Olga Cadaval), no dia 2 junho, entre as 9h30 e as 18h.

Estudo
Investigadores criaram e testaram em ratos um novo método de estimulação profunda do cérebro, mais seguro, barato e acessível,...

O método, descrito num artigo publicado na revista Cell, consiste em estimular regiões profundas do cérebro, sem causar danos cerebrais, através de elétrodos (condutores de corrente elétrica) colocados sobre o couro cabeludo e não dentro do cérebro.

Segundo os cientistas, este método, desenvolvido por uma equipa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), em colaboração com o Centro Médico Beth Israel Deaconess, ambos nos Estados Unidos, pode tornar a estimulação profunda do cérebro menos perigosa e menos cara.

Atualmente, a estimulação profunda do cérebro é usada com técnicas invasivas para tratar doentes com Parkinson, ao direcionar impulsos elétricos para a parte do cérebro envolvida no controlo do movimento, mas também para tratar pessoas com depressão, epilepsia e perturbação obsessivo-compulsiva.

A estimulação é feita por elétrodos implantados no cérebro através de uma cirurgia que pode acarretar riscos para os pacientes, como hemorragias cerebrais e infeções.

Outras técnicas alternativas, e menos agressivas, têm sido utilizadas, como a estimulação magnética transcraniana, que usa campos magnéticos para excitar pequenas regiões do cérebro por indução eletromagnética através de um gerador colocado próximo da cabeça do doente.

A técnica está autorizada nos Estados Unidos para o tratamento da depressão e tem sido usada no estudo das emoções, do movimento e da cognição, mas é pouco incisiva, uma vez que pode estimular fortemente regiões superficiais do cérebro, além de regiões mais profundas.

Para contornar estes obstáculos, os investigadores do MIT tiraram partido de uma estratégia que se traduz em gerar duas correntes elétricas de alta frequência utilizando elétrodos colocados no exterior do cérebro.

O MIT explica, que as duas correntes interferem uma com a outra, de tal modo que, quando se cruzam no fundo do cérebro, uma corrente de baixa frequência é desencadeada nos neurónios (células cerebrais). O impulso elétrico de baixa frequência pode ser utilizado para conduzir atividade elétrica para os neurónios, ao mesmo tempo que a corrente de alta frequência atravessa tecidos cerebrais nas proximidades sem os afetar.

Ao sintonizarem a frequência das correntes elétricas e ao alterarem o número e a localização dos elétrodos, os investigadores podem controlar o tamanho e a localização do tecido cerebral que recebe a estimulação de baixa frequência, evitando que outras estruturas do cérebro sejam atingidas, acrescenta a nota do MIT.

Numa experiência com ratos, os cientistas observaram que o novo método de estimulação profunda do cérebro pode 'exercitar' pequenas regiões como o hipocampo, a 'sede' da memória, e diferentes partes do córtex motor, zona que controla o movimento, tendo, neste caso, incitado os roedores a mexerem orelhas, patas e os bigodes.

"Demonstrámos que conseguimos, com muita precisão, direcionar uma região do cérebro para gerar não só uma ativação dos neurónios, mas também respostas comportamentais", defende um dos autores do estudo, a investigadora Li-Huei Tsai, diretora do Instituto Picower para a Aprendizagem e a Memória, que faz parte do MIT.

Os autores da investigação consideram que a técnica é promissora para o tratamento da doença de Parkinson, ao estimular de forma não invasiva a região do cérebro que controla o movimento, mas também para o tratamento de outras patologias ou perturbações com origem no cérebro, como epilepsia, depressão, autismo e Alzheimer, ao atuar sobre zonas precisas do cérebro.

Boletim Polínico
As concentrações de pólenes no ar vão estar em níveis muito elevados em quase todas as regiões de Portugal continental nos...

A região do Algarve é a exceção, com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) a colocar a concentração de pólenes em suspensão no sul do país no nível elevado.

Para a semana de 2 a 8 de junho de 2017, preveem-se para as regiões de Trás-os-Montes, Alto Douro, Entre Douro e Minho, Beira Interior e Beira Litoral concentrações muito elevadas, com predomínio dos pólenes das oliveiras e carvalhos e das ervas gramíneas e parietária.

Segundo a SPAIC, também haverá elevadas concentrações de pólenes na região de Lisboa e Setúbal e do Alentejo, predominando os pólenes de oliveira, e das ervas gramíneas e parietária.

Na região do Algarve, os pólenes encontram-se em níveis elevados, com predomínio dos pólenes de oliveira e das ervas gramíneas.

Ao contrário das regiões do continente, os pólenes estarão em níveis baixos na Madeira, destacando-se os pólenes das ervas urtiga, gramíneas e parietária.

Nos Açores, os pólenes encontram-se em níveis moderados, com predomínio dos pólenes das árvores pinheiro, palmeira, e bétula e das ervas gramíneas, parietária e tanchagem.

A alergia ao pólen é causa frequente de manifestações alérgicas, que podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite alérgica), dos olhos (conjuntivite alérgica) ou da pele (urticária e eczema).

O Boletim Polínico faz a divulgação semanal dos níveis de pólenes existentes no ar, através da leitura de postos que fazem uma recolha contínua dos pólenes em várias regiões do País.

Associação de Saúde Sexual
O direito ao prazer sexual é "inalienável" e a manifestação das preferências deve ser respeitada, disse o recém...

De acordo com o professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), a orientação e escolhas sexuais dos indivíduos devem ser respeitados, desde que isso não interfira com os direitos das outras pessoas, como é o caso de crimes sexuais e práticas contra menores.

Pedro Nobre falava após a sua eleição como presidente da WAS - World Association for Sexual Health (Associação Mundial para a Saúde Sexual), oficializada durante o congresso anual da associação, que decorreu entre domingo e quarta-feira, em Praga, na República Checa.

A WAS, criada em 1978, conta com 110 sociedades a nível mundial que trabalham a sexualidade "numa perspetiva multidisciplinar", englobando profissionais com diferentes valências, dentro das áreas da psicologia, da história, da sociologia, da biomédica e da filosofia.

Segundo o docente, a saúde e os direitos sexuais, as duas áreas em que a WAS foca-se, são campos que devem ser estudados, para que o conhecimento e a informação obtidos possam para auxiliar "o bem-estar comum das pessoas".

Considera que esse conhecimento deve chegar também aos governos, que são as entidades "responsáveis pela regulamentação, pelas leis e pela promoção da educação sexual nas escolas".

Pedro Nobre, que vai ocupar o cargo da presidência por quatro anos, é doutorado em Psicologia Clínica, pela Universidade de Coimbra, e leciona na FPCEUP desde 2012, altura em que trouxe para a Universidade do Porto o SexLab, um laboratório de investigação na área da Sexualidade Humana, inicialmente criado na Universidade de Aveiro.

De acordo com o professor, para quem a eleição "é uma responsabilidade e um orgulho muito grande", este período de governação vai permitir atingir objetivos com "um alcance a longo prazo".

O docente conta com vários artigos científicos publicados em revistas internacionais da área da sexologia, tendo sido distinguido com prémios internacionais e presidido, durante três anos, à Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.

A Universidade do Porto colabora com a WAS através do projeto World Database on Sexual Health (desenvolvido na FPCEUP), parceria que o professor espera vir a ser alargada no futuro, no âmbito do novo programa doutoral em Sexualidade Humana da UP, cuja se prevê entrar em funcionamento no ano letivo de 2018/2019.

A WAS tem igualmente parcerias com a Organização das Nações Unidas (ONU), com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Eleita para o conselho consultivo da WAS foi também a professora da Universidade Lusófona de Lisboa, Patrícia Pascoal.

Instituto Medicina Tradicional
A referenciação de doentes por médicos convencionais para profissionais de medicina alternativa, e o oposto, é cada vez mais...

Frederico Carvalho falava a propósito do III Fórum Internacional de Medicina Tradicional e Complementar que decorre em Lisboa entre sexta-feira e domingo e vai juntar 300 representantes de entidades governamentais, institutos de investigação e desenvolvimento, entidades académicas, associações, câmaras de comércio e empresas do setor da medicina tradicional e da saúde dos países europeus e de língua portuguesa.

O evento junta áreas das medicinas tradicionais e complementares e pretende demonstrar que “são mais as pontes de contacto e os caminhos que se podem traçar juntos”, disse.

“Demonstrar as boas práticas, o que é bem feito, quais os caminhos para a integração do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que desafios e contrariedades” são alguns dos objetivos deste encontro.

Segundo Frederico Carvalho, este é um setor que “tem-se afirmado em Portugal ao longo das duas últimas décadas, com especial incidência a partir de 2003, data em que coincide a publicação de legislação específica para o setor com a publicação por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) da Estratégia para a Medicina Tradicional 2003-2007”.

“Podemos dizer que, apesar da demora da conclusão do processo legislativo, que ainda se encontra em curso, desde 2003, assistiu-se a uma melhoria evidente na qualidade do ensino, dos serviços prestados à população, dos produtos associados, etc.”, adiantou.

O diretor-executivo do Instituto Medicina Tradicional (IMT), uma das instituições organizadores do Fórum, sublinha que “este é um setor muitas vezes negligenciado pelos órgãos governamentais competentes”.

Ainda assim, prosseguiu, “numa lógica de autorregulação e autossustentação, o setor cresceu e continua a crescer em Portugal, onde um quinto da população portuguesa a ele recorre, segundo dados da Entidade Reguladora da Saúde (ERS)”.

O III Fórum Internacional de Medicina Tradicional e Complementar, que vai decorrer na Universidade de Lisboa, pretende fornecer aos institutos e especialistas do setor, tanto locais como internacionais, uma plataforma de intercâmbio de políticas, técnicas, investigação e desenvolvimento na área da medicina tradicional e complementar.

O objetivo é “continuar a fomentar o desenvolvimento da medicina tradicional e complementar e proporcionar novos modelos de pensamento e fundamentos de investigação à sua aplicação mais abrangente, consolidando, deste modo, uma base para a promoção da aplicação médica da medicina tradicional e complementar e impulsionando o desenvolvimento internacional das técnicas e da indústria da medicina tradicional”.

Secretário de Estado da Saúde
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, disse hoje, em Vila Nova de Gaia, que o Governo "não pode por uma faca ao...

Manuel Delgado explicou que será exigida "uma responsabilização escrita" aos pais que se recusam a vacinar os filhos que servirá de "levantamento" ao Ministério da Saúde.

"Não podemos fazer outra coisa. Não é um crime, não é criminalizável. Não é possível por uma faca ao peito aos pais para vacinarem o seu filho porque constitucionalmente eles têm o direito de não os quererem vacinar. Todos sabemos que devemos vacinar as crianças", disse aos jornalistas o secretário de Estado da Saúde à saída de uma reunião no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E).

Manuel Delgado adiantou que "estão a ser criadas condições para que a medida avance “a partir do próximo ano letivo" e considerou que o "levantamento" será "fácil" por ser feito "através das escolas".

"[Os pais] têm o direito de não vacinar mas vamos pedir-lhes uma responsabilização escrita e a partir daí ficamos esclarecidos. É uma questão de consciencialização para um facto que pode ter consequências negativas para aquela criança e até para o agregado familiar e para a comunidade em geral", considerou o governante.

A questão da corresponsabilização dos pais que optam por não vacinar os filhos ganhou mais força depois do surto de sarampo que afeta Portugal e outros países da Europa.

De acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde, em Portugal foram confirmados este ano 29 casos de sarampo, num total de 145 notificações.

No passado mês de abril, depois da morte de uma jovem de 17 anos com sarampo, o Governo emitiu um despacho a obrigar as escolas a comunicarem aos delegados de saúde os casos de alunos que não tivessem as vacinas em dia, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV).

O objetivo de as escolas transmitirem esta informação aos delegados de saúde é, segundo o despacho, "promover o aconselhamento e esclarecimento adequados", bem como sensibilizar as famílias para os benefícios da vacinação.

As vacinas do PNV, que são gratuitas, não são obrigatórias, mas geralmente as escolas, públicas e privadas, pedem o boletim vacinal dos alunos no ato da matrícula ou da inscrição.

A vacinação é o meio de prevenção mais eficaz contra o sarampo, uma doença altamente contagiosa e que, ainda que geralmente tenha evolução benigna, pode gerar complicações graves e até levar à morte.

Hoje a Confederação Nacional das Associações de Pais já veio a público defender que um documento que corresponsabilize os pais pelas consequências da não-vacinação dos filhos não resolve e que é preciso encontrar soluções para que todas as crianças estejam protegidas.

Em Lisboa
O primeiro-ministro António Costa e o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues, aos quais se juntou Fernando Medina,...

No estabelecimento de ensino, um dos muitos que se juntou à iniciativa, que tem como missão de ensinar a importância que um sorriso pode ter na vida de uma criança, levando alegria à vida das crianças hospitalizadas, ouviu-se música, contaram-se histórias, viram-se vídeos e fez-se um minuto de alegria. Um momento que confirmou que a alegria pode mesmo ser contagiante, tanto que nem os governantes lhe conseguiram escapar.

A manhã começou com as boas-vindas dadas ao ministro da Educação. Tiago Brandão Rodrigues, que foi recebido pelas crianças no pátio daquele estabelecimento de ensino com duas músicas: uma canção da ONV e o Hino da Alegria.

Mas a festa não se ficou por aqui. No refeitório foram projetados os vídeos que resultaram de um desafio lançado às escolas do 1º ciclo do Ensino Básico, a quem foi pedida uma “Mensagem de Alegria”. E já com a presença do primeiro-ministro, e juntamente com os alunos do 3º e 4º anos, a biblioteca da escola foi o palco de um momento de leitura do livro A Matilde está Careca, da OPN, com o carimbo do Plano Nacional de Leitura.

Recorde-se que o Dia do Nariz Vermelho é uma iniciativa de sensibilização junto da população para a importância da solidariedade social e que assume várias formas de angariação de fundos. Todos estes revertem a favor da ONV, para que possa dar continuidade à missão de levar alegria às crianças hospitalizadas. Para além das atividades realizadas nas escolas, também a população em geral pode contribuir, adquirindo qualquer um dos produtos solidários através da loja online (em www.narizvermelho.pt), um apoio fundamental para ajudar os Doutores Palhaços a receitar alegria. Quanto ao Dia do Nariz Vermelho, fica a promessa: para o ano haverá mais!

Alcon
A Alcon, líder global em cuidados de saúde visual e uma divisão da Novartis, anuncia a sua presença na reunião anual do Grupo...

Integrado na reunião do Grupo de Cirurgia Implanto-Refrativa de Portugal (CIRP), a Alcon vai realizar um curso sobre “ Alinhamento tórico”, que coloca à disposição dos profissionais de saúde ocular um Wet-Lab com as diferentes tecnologias para a gestão eficaz do astigmatismo na cirurgia da catarata, nos dias 1 e 2 de junho, entre as 18h00 e as 19h00. Este Wet-Lab estará equipado com os mais modernos materiais e equipamentos, para que a formação proporcione uma experiência do mais alto nível técnico.

A procura de maior previsibilidade e resultados refrativos de excelência têm contribuído para o desenvolvimento de tecnologias avançadas de uso intraoperatório, como os Sistemas de Guia por Imagem, que proporcionam precisão e eficiência na planificação e execução cirúrgica e os sistemas de Aberrometria intraoperatória, que permitem uma melhor precisão do implante da Lente Intraocular (LIO).

Xavier Puig, Diretor Médico da Alcon Espanha e Portugal, destacou a aposta da empresa na formação: “Como empresa dedicada aos cuidados da saúde visual das pessoas, temos o compromisso de apoiar a formação especializada e fomentar o intercâmbio de conhecimento e experiências entre os profissionais de saúde envolvidos na gestão de patologias oculares, centradas neste caso no âmbito da gestão eficaz do astigmatismo na cirurgia da catarata, contribuindo desta forma para melhorar a qualidade e a eficiência na assistência aos doentes”.

O Astigmatismo constitui um dos defeitos refrativos mais frequentes. A frequência estimada de astigmatismo superior a 0,5 D oscila entre 30% e 60% da população em geral e a sua prevalência aumenta com a idade, apresentando valores iguais ou superiores a 1 D em mais de 50% da população com mais de 65 anos¹. As LIO tóricas são, atualmente, parte importante do Standard of Care da correção cirúrgica do astigmatismo. O alinhamento tórico é determinante no resultado refrativo (por cada 1º de desalinhamento perde-se 3,3% de potência cilíndrica) e constitui um desafio².

Referências
1Satterfield DS. Prevalence and variation of astigmatism in a military population. J Am Optom Assoc. 1989 Ene;60(1):14-18.
2https://www.aao.org/eyenet/article/toric-iols-four-options-addressing-residual-astigm

Sociedade de Pediatria
A maioria dos estabelecimentos de ensino pré-escolar públicos não promove a sesta das crianças, o que é tão grave como se não...

Alexandra Vasconcelos, médica da secção de pediatria social da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), disse que a falta da sesta nas crianças com idades a partir dos três anos representa “um grave problema de saúde pública”.

“Se as creches não fornecessem uma refeição, toda a gente se indignava. A falta de uma sesta é igualmente grave”, disse.

Preocupada com esta questão, e constatando que “em Portugal as crianças, principalmente as que frequentam os estabelecimentos públicos, em norma não realizam a sesta após os três anos de idade”, a secção de pediatria social da SPP solicitou a um painel de cinco peritas nesta área que emitisse um parecer/consenso sobre a recomendação para a sesta das crianças até aos cinco/seis anos de idade.

A recomendação vai no sentido das crianças com idades entre os três e os cinco/seis anos de idade realizarem uma sesta, de preferência no início da tarde e com uma duração de aproximadamente hora e meia.

A SPP ressalva que, após os quatro anos, nem todas as crianças necessitam de realizar a sesta de forma regular, pelo que “a família e a educadora de infância deverão avaliar, em conjunto, a necessidade da sua prática em cada criança”.

Esta organização avaliou os benefícios e consequências da privação da sesta numa criança, concluindo que esta deve ser implementada até à idade escolar.

Segundo a SPP, a curto prazo a privação do sono na criança passa por distúrbios na modulação do humor e dos afetos, a perturbação da função neuro-cognitiva, alteração do comportamento e alteração motora.

A longo prazo, essas consequências passam pela aprendizagem (mau rendimento escolar), comportamento (hiperatividade e défice de atenção), psicológicas (ansiedade e depressão), alterações orgânicas e perturbação da vida familiar.

Alexandra Vasconcelos disse que são cada vez mais comuns os casos de crianças que chegam aos consultórios com perturbações que, mais tarde, são atribuídos à falta de sono e, nomeadamente, ao fim das sestas.

“Além do risco de saúde imediato, esta privação do sono pode deixar sequelas para o futuro”, frisou.

No Porto
A pediatria do Centro Hospitalar de São João, no Porto, que funciona desde 2011 em contentores, deverá ter novas instalações a...

Segundo António Oliveira e Silva, o memorando de entendimento hoje assinado entre a Administração Central do Sistema de Saúde, Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) e o São João prevê a edificação e apetrechamento do Centro Pediátrico Integrado (CPI) num prazo estimado de três anos.

O CPI será construído no local onde a Associação Joãozinho tinha iniciado a edificação da nova ala pediátrica, financiada por fundos privados que foi, entretanto, suspensa.

O presidente da administração do São João referiu que o centro hospitalar “está em negociações com a Associação Joãozinho” para a reversão da titularidade da obra, que atualmente pertence à associação.

“Há um objetivo comum, que é a construção” do CPI, disse, esperando que este processo fique em breve concluído.

A empreitada, cujo arranque “está previsto para outubro ou novembro”, está orçada em mais de 20 milhões de euros e vai permitir criar, além de uma zona de internamento, “blocos, unidade de cuidados intensivos, uma unidade funcional de queimados”, entre outras valências, disse.

Segundo o responsável, a ideia é ter um serviço de pediatria “muito direcionado para o doente agudo e grave”.

António Oliveira e Silva destacou a importância desta obra “para as crianças”, uma vez que “permite ao centro hospitalar cumprir a sua missão”, dando uma resposta aos doentes, o que até agora tem sido feito “com dificuldade”.

O memorando de entendimento refere que o projeto tem por princípios orientadores “a prestação de cuidados pediátricos de elevada qualidade e diferenciação técnica”, bem como “a aposta no incremento da ambulatorização de cuidados” e, entre outros, “a promoção da viabilidade e sustentabilidade do projeto, mediante obtenção de economias de escala, centralização e rentabilização de recursos”.

A ARS-N anunciou no dia 19 de janeiro que o Ministério da Saúde tinha aprovado a construção da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar de São João.

Em comunicado, a ARS-N afirmou que o plano que o conselho de administração do Centro Hospitalar de São João apresentou à tutela, “para além de contemplar a instalação definitiva do internamento pediátrico em instalações condignas, vai igualmente permitir que, na mesma ala, sejam desenvolvidas áreas complementares ao Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN)”.

“Serviço de Urgência Pediátrico Metropolitano, Trauma e Doente Crítico Pediátrico e Neonatal, Unidade de Queimados, Cardiologia Pediátrica (incluindo cirurgia cardíaca), Doenças Hereditárias do Metabolismo e Centro de Referência Nacional de Oncologia (em articulação com o Instituto Português de Oncologia do Porto)”, são as áreas complementares que serão desenvolvidas na nova ala, acrescentava então a ARS-N.

O projeto “Joãozinho” nasceu em 2009 e em março de 2015 foi lançada a primeira pedra da obra pelo então primeiro-ministro, Passos Coelho. O projeto só avançou após nove meses com a demolição de instalações junto à Urgência Pediátrica, mas a obra voltou a parar pouco tempo depois.

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