Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Évora e Beja, bem como o arquipélago da Madeira, apresentam hoje um risco ‘extremo' de exposição à...

O risco 'extremo' corresponde a uma situação de "perigo" aconselhando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a que se evite o mais possível a exposição ao Sol. No caso de risco 'muito elevado' é recomendado o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Para hoje, o IPMA prevê para o continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral Norte e Centro, aguardando-se uma pequena descida de temperatura.

Para o grupo Ocidental dos Açores é esperado céu geralmente pouco nublado, para o grupo Central céu pouco nublado com boas abertas, existindo a possibilidade de aguaceiros fracos. Para o grupo Oriental está também previsto céu muito nublado com abertas, mas com períodos de chuva fraca pela manhã.

As previsões para a Madeira apontam para céu em geral pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade até meio da manhã nas vertentes norte da ilha da Madeira e na ilha de Porto Santo. O vento soprará fraco a moderado.

As temperaturas vão chegar aos 26 graus em Ponta Delgada, 28º no Funchal, 28º em Lisboa, 37º em Castelo Branco, Évora e Beja, os três últimos distritos com previsão de temperatura mais alta para hoje.

EUA
Os senadores republicanos demonstraram na quarta-feira que não têm capacidade para revogar a lei de acesso aos cuidados de...

Com efeito, o Senado rejeitou ontem, por 55 votos contra 45, a anulação de vastas partes daquela lei, designada ObamaCare, sem a substituir.

Sete republicanos juntaram-se aos democratas na rejeição de uma emenda do senador Rand Paul, eleito pelo Estado do Kentucky, que teria revogado a maior parte do ObamaCare no prazo de dois anos, mas sem a substituir pelo que quer que fosse.

O Congresso tinha aprovado uma legislação similar em 2015 e enviou-a a Obama que, sem surpresa, a vetou.

Mas desta vez, com um presidente da Casa Branca que teria assinado tal legislação, a medida foi rejeitada no Senado.

A agência do Congresso para o Orçamento (CBO, na sigla em Inglês) estimou que revogar o ObamaCare sem o substituir implicaria que 30 milhões de norte-americanos perdessem a sua cobertura de saúde, o que foi um fator chave para vários senadores republicanos se oporem a tal.

O resultado da votação não surpreendeu num Senado que já mostrou que a unidade partidária é uma ilusão quando se trata de revogar o ObamaCare.

As implicações no mundo real de tal revogação impuseram-se aos senadores republicanos, quando discutiam com os seus eleitores que beneficiaram entretanto da expansão da cobertura da assistência na doença sob o ObamaCare.

Os republicanos que votaram contra foram Dean Heller (Nevada), John McCain (Arizona), Susan Collins (Maine), Lisa Murkowski (Alaska), Shelley Moore Capito (Virginia Occidental), Robert Portman (Ohio) e Lamar Alexander (Tennessee).

Várias especialidades
O Centro Hospitalar Lisboa Norte vai assinar hoje contratos com 17 jovens médicos para reforçar a resposta assistencial daquele...

De acordo com um comunicado do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), estas novas contratações elevam para 51 novos médicos nos seus quadros neste primeiro semestre do ano, no quadro de um planeamento em curso "para o rejuvenescimento e reforço do quadro da carreira médica".

Este reforço do quadro médico do CHLN, visa, segundo o centro, "continuar a responder à crescente procura desta instituição", com o aumento da complexidade dos casos clínicos, o aumento da taxa de internamento em 96% e da taxa de crescimento nas suas urgências de 6% no primeiro semestre.

No comunicado, recorda que, desde o início do ano, o CHLN registou a saída de 19 médicos especialistas do seu quadro.

Os novos 51 médicos, segundo o centro, estão distribuídos pelas especialidades de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Gastrenterologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Vascular, Ginecologia e Obstetrícia, Hematologia, Medicina Interna, Nefrologia, Neurocirurgia, Nefrologia, Oftalmologia, Oncologia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria, Radiologia e Urologia.

Procriação Medicamente Assistida
O Presidente da República promulgou ontem o diploma que regulamenta o acesso à gestação de substituição, através da qual é...

“O Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo que regulamenta o acesso à gestação de substituição”, lê-se numa nota divulgada ontem no ‘site’ da Presidência da República.

O diploma, aprovado em Conselho de Ministros em 22 de junho, define “o procedimento de autorização prévia a que se encontra sujeita a celebração de negócios jurídicos de gestação de substituição”.

Esta regulamentação também determina as condições em que será firmado “o próprio contrato de gestação de substituição, cuja supervisão compete ao Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida”.

Devem prevalecer “os interesses da criança sobre quaisquer outros e ser tidos em consideração os interesses da mulher gestante”.

O decreto destaca “a importância de ao longo do processo de gestação de substituição se privilegiar a ligação da mãe genética com a criança, circunscrevendo ao mínimo indispensável a relação da gestante de substituição com a criança nascida, pelos potenciais riscos psicológicos e afetivos que essa relação comporta, sem prejuízo das situações em que a gestante de substituição é um familiar próximo”.

A lei que regula o acesso à gestação de substituição nos casos de ausência de útero, de lesão ou de doença deste órgão que impeça de forma absoluta e definitiva a gravidez, foi publicada em Diário da República em 22 de agosto de 2016.

O diploma determina que as técnicas de procriação medicamente assistidas (PMA), incluindo as realizadas no âmbito das situações de gestação de substituição, devem respeitar a dignidade humana de todas as pessoas envolvidas, bem como proíbe a discriminação com base no património genético ou no facto de se ter nascido em resultado da utilização de técnicas de PMA.

28 de julho - Dia Mundial de Luta contra as Hepatites
Os portugueses não estão despertos para o problema das hepatites ou tão pouco informados. A garantia é dada por Arsénio Santos,...

“Há, hoje em dia, maior interesse das pessoas por estes temas mas a informação que têm é muitas vezes incompleta e distorcida”, reforça o especialista da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) que, entre as maiores lacunas na população nacional, destaca “o conhecimento muito genérico e superficial destas coisas, havendo ainda grande desconhecimento acerca dos riscos e formas de transmissão das hepatites. Esse desconhecimento é grande, sobretudo nos jovens, podendo a solução passar por um ensino destes temas mais profundo, preciso e rigoroso, a nível das escolas. Na divulgação que é feita para a população em geral é preciso que sejamos mais diretos, claros e assertivos, pois constato que nem sempre a mensagem que passa é a mais correta”.

A hepatite viral é uma das principais causas de morte no mundo, responsável por 1,34 milhões de óbitos por ano, tantos quanto os provocados pelo VIH/sida, a tuberculose ou a malária. Contas feitas, Hepatite B e Hepatite C são responsáveis por 80% dos casos de cancro do fígado em todo o mundo. Por cá, a Hepatite A “tem atualmente uma incidência mais baixa do que no passado, devido à melhoria das condições higieno-sanitárias”, refere o especialista. No caso das hepatites B e C, “segundo o último estudo realizado entre nós, estima-se que, em Portugal, tenham Hepatite B cerca de 1,4% das pessoas e 0,5% tenham hepatite C. Embora o número de novos casos diagnosticados tenha vindo a diminuir nos últimos anos, o nosso objetivo deverá ser a redução ao mínimo de novas infeções”.

Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites une organizações de doentes, governos, profissionais de saúde, indústria e público em geral à volta do mesmo objetivo: divulgar informações sobre as doenças e ajudar na sua eliminação. No entanto, Arsénio Santos considera que “pensar na erradicação da Hepatite C a médio prazo é uma perspetiva demasiado otimista. Isto porque, apesar dos programas de rastreio, do maior número de diagnósticos e do aumento progressivo dos doentes tratados, será por enquanto impossível impedir que haja novos casos de infeção”. Apesar de tudo, espera “que venhamos a verificar na próxima década uma diminuição drástica do número de novos casos de infeção e de complicações da doença crónica”.

Aqui, “um rastreio universal a toda a população seria a melhor forma de conseguir identificar a maioria dos casos de infeção, pois é a única que permite diagnosticar os casos em que aparentemente não existem fatores de risco ou os mesmos não são assumidos ou valorizados pelo próprio”. Mas porque, assinala o especialista, “esta medida teria custos dificilmente comportáveis pelo Serviço Nacional de Saúde e teria provavelmente um rendimento relativamente baixo”, em alternativa, defende a continuação do rastreio junto dos “grupos em que a infeção tem elevada prevalência mas que são de abordagem difícil”, como os utilizadores ativos de drogas injetáveis e a população prisional”.

Torna-se necessário, segundo o especialista, fazer uma atuação de “forma mais sistemática e organizada no sentido de atingir o maior número possível de indivíduos no mais curto espaço de tempo, em conjugação com uma maior sensibilização dos médicos para a suspeita diagnóstica”. No fundo, para todas as hepatites, o mais importante é “diagnosticar o mais possível, tratar todos os casos, impedir a transmissão!”.

Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Através da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia divulgou um...

“A exposição prolongada a temperaturas elevadas é prejudicial à saúde, em geral, e, em particular, ao aparecimento ou descompensação das doenças respiratórias. A agudização de doenças respiratórias crónicas é frequente neste período, constatando-se também o aparecimento de doenças agudas, como as broncopneumonias, que não acontecem somente no Inverno”, esclarece a coordenação da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC.

Vários estudos demonstram que, nos dias de calor excessivo, ocorre um aumento da mortalidade, sobretudo por doenças respiratórias e cardiovasculares.

“Na época de Verão, principalmente nos dias de temperaturas muito elevadas, associada à poluição automóvel, é produzida uma grande quantidade de ozono (O3) que contribui para a descompensação das doenças respiratórias crónicas em ambientes urbanos”.

Já nos meios rurais, esta altura do ano é marcada por incêndios “que libertam grandes quantidades de poluentes com repercussões importantes na qualidade do ar e com consequências gravosas na saúde das populações expostas”.

“As partículas tóxicas presentes no fumo, dependendo do vento, podem dispersar-se a grande distância, podendo atingir povoações a 300 km. Sobretudo as partículas muito pequenas, penetram profundamente nas vias respiratórias e são potencialmente indutoras de lesão pulmonar”. O monóxido de carbono (CO), o dióxido de enxofre (SO2), o dióxido de nitrogénio (NO2) e o Ozono (O3) produzidos nos incêndios são responsáveis pela redução da qualidade do oxigénio que o pulmão fornece aos órgãos e tecidos do corpo, potenciando e agravando as doenças respiratórias, com o aparecimento de tosse, pieira, falta de ar, respiração acelerada, irritação do nariz, da garganta ou da traqueia.

Para prevenir complicações respiratórias nos dias de temperaturas mais elevadas e durante os incêndios, a Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC divulgou um conjunto de recomendações para a população.

10 Conselhos para minimizar os riscos respiratórios durante os incêndios:

1. Proteja boca e nariz com máscara ou lenços húmidos.
2. Permaneça no interior das habitações, mantendo as portas, janelas e tampas de lareiras fechadas. Se necessário, tapar frinchas existentes com panos molhados.
3. Utilize sistemas de purificação de ar, se os tiver. Se tem ar condicionado, deve acionar a opção de recirculação de ar (não utilize aparelhos elétricos se o incêndio é na sua habitação ou no seu prédio. Nesse caso, saia imediatamente da habitação).
4. Se precisar de ir para a rua, numa zona com fumo, utilize um pano molhado para tapar o nariz e a boca.
5. Se a temperatura estiver muito elevada dentro de casa e se não tiver ar condicionado, procure outro abrigo ou tente ser evacuado para uma zona com menos fumo.
6. Se permanecer em casa, não fume, não acenda velas nem qualquer aparelho que funcione a gás ou a lenha. Evite tudo o que puder aumentar a poluição dentro de casa.
7. Se tem de atravessar de carro uma zona com fumo, mantenha as janelas e os ventiladores fechados. Se o carro tiver ar condicionado, ligue-o em recirculação.
8. Perante uma atmosfera com fumo, respire devagar, controle-se e não entre em pânico.
9. Deve ter consigo a medicação de socorro (SOS) e usá-la, caso necessário. Se tiver ou mantiver as queixas, deve recorrer ao médico ou ao serviço de urgência mais próximo.
10. As pessoas que sofrem de doença grave ou de outra situação que as debilite nas situações de calor, não devem colaborar no combate aos incêndios.

5 Conselhos para os dias de temperaturas elevadas:

1. Evite permanecer no exterior e exposto ao sol, sobretudo entre as 11 e as 17 horas.
2. Use roupas frescas e largas, sem grande exposição da superfície corporal ao sol.

a) opte por tecidos naturais, como algodão, e cores claras. Tecidos sintéticos não são recomendados

3. Hidrate-se bem (atenção às crianças e aos idosos).

a) Sobretudo água ou sumos de fruta natural, bebendo mesmo sem ter sede.
b) Evitar bebidas alcoólicas, gaseificadas, com cafeína, ou ricas em açúcar.
c) Evitar também bebidas quentes

4. Faça atividade física com reservas e nunca se esqueça da hidratação.

a) Os exercícios devem ser feitos em horários com menos intensidade de radiação e em local fresco.
b) Reponha os sais minerais e o sal.

5. Esteja atento aos sintomas de agudização de doença crónica de que sofra.

a) Tome diária e corretamente a sua medicação e siga os conselhos do seu médico.
b) Consulte o seu médico se houver agravamento das queixas.

28 de julho - Dia Mundial das Hepatites
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças solicitou hoje aos países que alarguem a realização dos testes de...

Em vésperas do Dia Mundial das Hepatites, a agência, com sede em Estocolmo, estimou que 4,7 milhões de europeus vivam com hepatite B crónica e 3,9 milhões com hepatite C crónica, embora grande parte deles desconheçam que estão infetados, porque não foram diagnosticados.

Alargar os testes permitiria tratar as pessoas infetadas e reduzir o risco de transmissão, defende em comunicado o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (CEPCD), alertando que as hepatites virais são “uma doença silenciosa”, que se não forem tratadas podem evoluir para cirrose ou cancro do fígado.

"São necessários grandes esforços para reduzir o sofrimento e os custos resultantes das hepatites na Europa", afirma o Comissário Europeu da Saúde e da Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, no comunicado.

Vytenis Andriukaitis adianta que a Comissão Europeia está empenhada em ajudar os Estados-Membros da UE a acabar com o VIH/Sida e a tuberculose e reduzir as hepatites virais até 2030, o que exige ampliar em grande escala os programas de diagnóstico e prevenção e combinar instrumentos sanitários, sociais e educativos.

"Existem medicamentos muito eficazes para tratar as pessoas infetadas com hepatite B e C”, mas o principal problema na Europa é a deteção de casos”, afirma o diretor do centro europeu, sublinhando que “há demasiadas infeções com hepatites virais que permanecem sem diagnóstico".

Segundo estimativas do CEPCD, a prevalência da hepatite B nos países da União Europeia, na Noruega, na Suíça e no Liechtenstein é de cerca de 0,9%, enquanto no caso da hepatite C ronda os 1,1%, mas estes números podem ser mais elevados

Em 2015 foram reportados ​cerca de 60.000 novos casos de hepatites virais nestes países e, embora tenham aumentado as pessoas diagnosticadas pelo aumento da triagem, o centro adverte que há grandes diferenças entre os países.

A taxa de notificações graves de hepatite B tem diminuído nos últimos anos, especialmente entre os jovens, o que poderá refletir o impacto positivo dos programas de vacinação, salienta o centro.

Contudo, essa taxa não é representativa da incidência de uma doença que, reiterou a agência, pode ser assintomática durante muitos anos.

Estudo
Um estudo sobre a utilização da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) na Europa, revelou que apenas 8% das pessoas com comportamentos...

O estudo “Flash! PrEP na Europa”, apresentado hoje na conferência internacional sobre investigação em VIH/sida, que decorre em Paris, visou avaliar o conhecimento, o interesse e a utilização na Europa deste tratamento numa população alvo, como homens que fazem sexo com homens e transsexuais.

Realizado pelas organizações não-governamentais AIDES e Coalition PLUS, em parceria com a Universidade de Amesterdão e 15 associações europeias envolvidas na luta contra o VIH/sida, o estudo foi realizado simultaneamente em 12 países, entre os quais Portugal, entre 15 de junho e 15 de julho de 2016, e envolveu 16 mil pessoas.

“Este estudo revela um verdadeiro problema de informação sobre a Profilaxia Pré-Exposição entre aqueles estão mais expostos, mas também mostra que, quando as pessoas conhecem esta nova ferramenta e têm informação de qualidade, dizem que estão interessadas em usá-la”, disse a presidente da AIDES, Aurélien Beaucamp, na conferência.

A investigação revelou que apenas 55% dos entrevistados com comportamentos de risco conhecem este tratamento que visa evitar que o VIH entre no sistema imunitário da pessoa, se instale e reproduza.

Perante estes dados, o estudo defende que “é urgente aumentar esse nível de informação”, uma vez que que, entre as pessoas que que conhecem o tratamento, 73% mostraram interesse em usá-lo.

Devido ao acesso autorizado a este tratamento ser limitado na Europa, algumas dessas pessoas obtêm-no através da internet, de amigos ou usando prescrições de profilaxia pós-exposição para obter o ‘Truvada’.

Para os autores do estudo, “a aceitação da PrEP ainda é muito fraca devido à falta de acesso autorizado a informações de qualidade”.

“Apenas 8% daqueles que declararam comportamentos de risco usam ou já utilizaram a Profilaxia Pré-Exposição e metade deste utilizaram-na no âmbito de estudos de pesquisa”, sublinham.

O maior estudo europeu nesta área revelou “as principais barreiras”, tanto individuais como estruturais, ao acesso a tratamento de prevenção do VIH e defende “o acesso harmonizado ao tratamento na Europa”.

As barreiras identificadas a nível individual no estudo incluíram problemas de preço e não comparticipação dos medicamentos, medos relacionados com os efeitos colaterais do tratamento e a necessidade de ir ao hospital para obter os comprimidos.

O estudo defende que “essas barreiras podem ser facilmente ultrapassadas, melhorando a qualidade da informação e alterando os métodos de obtenção dos comprimidos (por exemplo, promovendo a sua prescrição).

No entanto, a principal barreira à aceitação do medicamento é estrutural: “Sem autorização oficial na maioria dos países europeus, sem reembolso no sistema de seguro de saúde e sem cuidados orientados para as necessidades das populações, o acesso ao tratamento permanecerá extremamente complicado”.

A PrEP está autorizada e disponível nos Estados Unidos desde 2012 e em França desde 2016.

Na Europa, alertam as organizações, só quatro países (Bélgica, Escócia, França e Noruega) autorizaram a utilização deste tratamento, apesar das recomendações internacionais e de os medicamentos pré-infeção terem sido recentemente integrados na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde e autorizado pela Agência Europeia do Medicamentos há um ano.

“Se quisermos ter um impacto real sobre a epidemia, a política europeia em matéria de VIH/sida precisa ser rapidamente harmonizada, integrando esta nova ferramenta em todos os lugares”, defendeu Aurélien Beaucamp.

Cruz Vermelha alerta
A Cruz Vermelha alertou hoje que 90% das pessoas com hepatite crónica não sabem que têm a doença por falta de diagnóstico,...

Nas vésperas do Dia Mundial da Hepatite, a organização indicou que vírus são a causa mais frequente da hepatite, embora o consumo de álcool, drogas e certos medicamentos também podem provocar a doença.

Existem cinco vírus da hepatite: o A e o E , que se apanham com água ou alimentos contaminados e pela via sexual, e os B, C, e D, que se apanham em contacto com sangue ou outros fluidos corporais.

Sintomas como pele e olhos amarelados, urina escura, cansaço intenso, náuseas, vómitos ou dores abdominais podem indicar a presença da infeção, que se pode tornar crónica e evoluir para cancro do fígado.

Em 2015, morreram 1,34 milhões de pessoas com hepatite em todo o mundo.

Comer fruta e verduras pouco cozidas, beber pelo menos dois litros de água por dia, evitar alimentos com gorduras saturadas, como fritos, enchidos ou queijos curados, e controlar o consumo de álcool são alguns dos conselhos para evitar a doença.

Estudo
A produção de espermatozoides dos homens ocidentais teve um decréscimo para mais de metade nos últimos 40 anos, revelou um...

"Os resultados são chocantes", referiu Hagai Leveine, epidemiologista e responsável máximo pelo estudo da Universidade Hebraica de Jerusalém.

As últimas descobertas apontam para que entre 1973 e 2011, a concentração de espermatozoides na ejaculação dos homens ocidentais tenha baixado em média 1,4% ao ano, o que significa uma quebra global de 52% neste período, escreve o Diário de Notícias.

Leveine lembrou ainda que esta situação poderá ser um indicador de uma saúde mais débil dos homens em geral. "Este é um enorme problema de saúde pública que está a ser verdadeiramente negligenciado", sublinhou.

Especialista
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença progressiva e irreversível que afeta os brô

A doença evolui ao longo de vários anos para a insuficiência respiratória, surgindo sintomas como a perturbação da memória e a dificuldade de concentração entre outros. Muitas vezes a vida destes doentes resume-se a ficar em casa, sem fazer esforços, o que tem repercussões na vida social e profissional, o que está associado a uma pior evolução da doença.

Hoje sabe-se que a atividade física deve ser parte integrante da nossa vida, sempre. Todos os estudos demonstram que a integração de uma pessoa com DPOC (com ou sem compromisso importante da função pulmonar) num plano de exercício ou a inserção em um programa de Reabilitação Respiratória apresenta excelentes resultados e dá esperança a todos os que se preocupam com a qualidade de vida destas pessoas. No entanto, os últimos dados revelaram uma triste realidade – apenas menos de 1% destes doentes têm acesso a este tipo de recurso, o que é muito, muito insuficiente. A grande esperança é que com uma maior exposição pública da doença, a pouco e pouco, seja possível aumentar a oferta disponível no Sistema Nacional de Saúde e Entidades Privadas, de forma a que seja cada vez mais acessível a toda a população. Este foi um dos nossos grandes objetivos quando iniciamos o nosso site, DPOC.pt.

A Reabilitação Respiratória é uma intervenção multidisciplinar integrada e dirigida a um conjunto de problemas inerentes ao estado de saúde físico e psicológico do doente em que a terapêutica farmacológica, por si só, é incapaz de abordar adequadamente. Consiste em um conjunto de medidas, desde conselhos, a cuidados de nutrição, medidas de conforto ou treino específico que visam reduzir sintomas, otimizar a autonomia e capacidade funcional, aumentar a participação social e reduzir custos, através da reabilitação e recuperação da função respiratória que a DPOC atinge, melhorando a sua qualidade de vida. Estes resultados são melhores se a pessoa fizer parte de um plano em que exista treino dedicado a fortalecer os músculos respiratórios, de modo a atrasar o avanço da doença, tornar os seus músculos mais fortes e funcionais, melhorando a capacidade de realizar mais esforços com menor cansaço e com menos falta de ar. E ainda há mais, alguns estudos sugerem mesmo uma melhoria da performance cognitiva, possivelmente devido ao aumento de irrigação sanguínea cerebral.

Segundo a Direção-Geral da Saúde os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias atingiram 213 milhões de euros em 2013 e o custo médio de um internamento por doença respiratória foi, em 2013 de 1.892 Euros. Então, se o doente realizar exercício ou estiver na Reabilitação Respiratória estará melhor e assim poupará anos de sofrimento e a sua saúde, mas também permitirá que os recursos de saúde não sejam gastos desnecessariamente.

Para finalizar relembremos a frase de Alvan Barach “Remember to cure the patient as well as the disease” (lembre-se de curar o doente tão bem quanto a doença) que apresenta em 1952, pela primeira vez, o treino de exercício no doente com enfisema.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No Porto
Um novo método "simples e prático" para proteger as mulheres contra a transmissão do VIH (Vírus da Imunodeficiência...

O método, desenvolvido no âmbito do projeto ARNanoFilm, consiste numa película transparente, denominada filme, que as mulheres podem introduzir no interior da vagina, antes do ato sexual, de forma a prevenir a infeção pelo vírus, explicaram os investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) José das Neves e Bruno Sarmento.

Esta tecnologia, que se encontra em fase de testes em células e animais, incorpora nanopartículas antirretrovirais (moléculas capazes de bloquear o ciclo de vida do VIH) que contêm drogas em filmes poliméricos.

Os filmes polímeros, por sua vez, são películas muito finas (com cerca de um décimo de milímetro), mais ou menos transparentes, suaves e flexíveis, que podem ser administradas facilmente pela mulher, sem necessidade de nenhum tipo de aplicador.

Quando em contacto com os fluídos naturais da vagina, o filme dissolve-se e liberta as nanopartículas, que se distribuem de forma uniforme e prolongada na cavidade vaginal, libertando os fármacos antirretrovirais de modo lento e contínuo, criando uma barreira extensa contra a invasão do vírus.

A utilização deste método de proteção, que pode ser utilizado com ou sem conhecimento por parte do parceiro, permite conferir à mulher "um total controlo no que diz respeito à sua proteção", referiram os investigadores.

A necessidade de desenvolver novas estratégias de prevenção da transmissão sexual do VIH atraiu a atenção da equipa de investigação há vários anos, devido à urgência registada de proteção das mulheres consideradas mais vulneráveis e expostas a situações de desigualdade de género.

No entanto, os esforços realizados durante as últimas duas décadas na obtenção de um produto microbicida anti-VIH "altamente eficaz" revelaram-se infrutíferos, estando os problemas, em larga medida, relacionados com as dificuldades tecnológicas que não permitem manter níveis suficientes de fármacos antirretrovirais na vagina.

De acordo com os investigadores, até ao momento não existe nenhum produto microbicida anti-VIH disponível no mercado, estando a ser criados um gel e um anel vaginal, este último com previsão de licenciamento, em alguns países, em 2018.

Contudo, segundo indicaram, ambos os produtos demonstraram uma eficácia relativamente baixa, tendo reduzido a ocorrência de novas infeções em mulheres em cerca de 27% a 39%.

Participaram no desenvolvimento da tecnologia mais de uma dezena de investigadores do i3S, em colaboração com a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

Desde abril, o projeto tem sido apoiado pelo RESOLVE, um programa do i3S que auxilia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de projetos inovadores na área da saúde, que estejam em estágio inicial.

Embora o desenvolvimento da tecnologia tenha iniciado em 2014, os estudos do grupo de investigação com nanopartículas carregadas com fármacos antirretrovirais começaram em 2009.

Para além do RESOLVE, os vários projetos associados ao desenvolvimento dos filmes têm recebido o apoio financeiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e do Programa Gilead GÉNESE.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Évora e Beja apresentam hoje risco ‘extremo' de exposição à radiação ultravioleta, enquanto os restantes...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apenas os grupos Central e Oriental dos Açores apresentam um valor 'moderado' de exposição a estes raios.

O risco 'extremo' corresponde a uma situação de "perigo" aconselhando o IPMA a que se evite o mais possível a exposição ao Sol. No caso de risco 'muito elevado' é recomendado o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Para hoje o IPMA prevê uma pequena subida da temperatura mínima e vento forte com rajadas no litoral oeste e nas terras altas.

Com a subida das temperaturas, os termómetros deverão chegar aos 39.º em Beja e Évora, 38.º em Castelo Branco, 37.º em Portalegre, 36.º em Santarém, 34.º em Bragança, 33.º em Vila Real e Viseu, 32.º em Lisboa e 31.º em Coimbra.

Para os Açores esperam-se períodos de céu muito nublado e aguaceiros nos grupos Central e Ocidental.

Na Madeira é esperado céu muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul da ilha da Madeira. O vento será moderado de nordeste, soprando moderado a forte nas terras altas até meio da manhã.

Estados Unidos da América
O Senado dos Estados Unidos recusou na terça-feira à noite a primeira proposta dos republicanos submetida a votação nessa...

Com 43 votos a favor e 57 contra, os republicanos não foram capazes de aprovar o projeto em que trabalhavam há várias semanas, ao qual se opuseram nove senadores do seu próprio partido.

É provável que os republicanos voltem a votar um novo projeto para rejeitar o Obamacare sem um plano para o substituir, proposta que também deve ser derrotada por falta de apoio.

Estas votações surgem depois de a Câmara Alta aprovar, também na terça-feira, o início de um novo procedimento legislativo de modo a permitir a discussão da alteração da legislação sobre acesso aos cuidados de saúde.

O resultado dessa votação foi de 51-50, tendo sido necessário que o vice-presidente, Mike Pence, que preside ao senado, desempatasse os senadores.

Incêndios
Cerca de 30 concelhos da região de Trás-os-Montes e do Centro do país, onde se concentram os maiores incêndios, e quatro...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estão em risco 'Máximo' cerca de 30 municípios dos distritos de Castelo Branco, Guarda, Coimbra, Leiria, Santarém e Portalegre, assim como os concelhos de Monchique, Tavira, Castro Marim e Alcoutim, no distrito de Faro.

Estão em risco 'Muito Elevado' de incêndio mais de 70 concelhos das regiões Norte e Centro e oito municípios do Alentejo e Algarve.

O IPMA coloca ainda em risco 'Elevado' cerca de 60 concelhos que abrangem toda a região do Alentejo e parte dos distritos de Lisboa, Leiria, Coimbra, Viseu, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre "Reduzido" e "Máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Para hoje o IPMA prevê uma pequena subida da temperatura mínima e vento forte com rajadas no litoral oeste e nas terras altas.

Com a subida das temperaturas, os termómetros deverão chegar aos 39.º em Beja e Évora, 38.º em Castelo Branco, 37.º em Portalegre, 36.º em Santarém, 34.º em Bragança, 33.º em Vila Real e Viseu, 32.º em Lisboa e 31.º em Coimbra.

O vento tem sido um dos fatores que mais tem dificultado o combate às chamas. Durante esta noite, os incêndios que lavram no distrito de Castelo Branco e na zona de Mação, no distrito de Santarém, foram aqueles que concentraram uma maior atenção por parte da Proteção Civil.

Pelas 06:20, segundo a informação disponível na página da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), mais de 2.300 bombeiros combatiam as chamas, apoiados por 767 veículos e um meio aéreo. Os incêndios que mais meios tinham mobilizados eram os que lavram no distrito de Castelo Branco, com um total de 1.752 homens e 560 veículos.

Administração Regional de Saúde
O Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, irá ser um "espaço dedicado à criança" e albergará a nova Unidade de Saúde...

Estas informações foram transmitidas à presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), Helena Roseta, num ofício da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), datado de 07 de julho.

A 19 de junho, a presidente da AML enviou um primeiro pedido de esclarecimentos ao Ministério da Saúde relativamente ao novo hospital a construir na zona oriental, questionando "qual a sua dimensão, em número de camas e de valências", bem como "qual o futuro da atual rede hospitalar de Lisboa" até e após a entrada em funcionamento da nova unidade.

A resposta chegou por via da ARS-LVT, num documento composto por oito páginas, das quais apenas uma é dedicada ao novo hospital e ao futuro das seis unidades que fazem parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).

O documento refere que o Hospital de Lisboa Oriental irá ter "uma capacidade de 875 camas e um período de construção de três anos", pelo que se estima que entre em funcionamento em 2023.

"Após a transferência dos serviços para o novo hospital, [o Hospital Dona Estefânia] será transformado num espaço dedicado à criança, onde se poderão instalar organizações que trabalham em prol das crianças, abrindo o espaço à comunidade", lê-se no documento enviado à AML.

O ofício refere que o espaço poderá, "eventualmente, vir a ser um local adequado para a instalação da Unidade de Cuidados Continuados Integrados Pediátricos", sendo que está também prevista para aquele recinto a construção do novo centro de saúde de Arroios, que "integrará atividade direcionada ao planeamento familiar e aos cuidados da infância e maternidade".

O Hospital de Santa Marta ficará ligado às doenças cardiovasculares e no recinto "está, desde já, prevista a instalação de uma Unidade de Cuidados de Saúde Primários".

Já a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) "irá deixar as suas atuais funções, mantendo-se, no entanto, ao serviço da saúde".

Numa entrevista a 10 de junho, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, apontou que gostaria "muito" que o edifício onde atualmente funciona a MAC "fosse dedicado a uma área não assistencial, mas de saúde".

Tal poderá passar por um museu da saúde - que está instalado numa solução provisória - ou "outras áreas relacionadas com a memória".

"É importante que seja preservada em termos de continuidade histórica grande parte da memória que existe no SNS e, concretamente, na MAC, mas não temos a ideia fechada", disse na altura.

Segundo o ofício da ARS-LVT, também o Curry Cabral se manterá ligado à saúde, com "o perfil de atividades que no médio/longo prazo se revele necessário".

Em junho, o ministro havia referido que os edifícios onde funcionam o Curry Cabral e os Capuchos teriam "destinos independentes da saúde", o que ainda se mantém para este último.

Já o São José passará a "hospital de proximidade, servindo em especial a população do centro histórico com patologias crónicas".

Na carta, a ARS-LVT refere que o novo hospital, previsto ocupar 13 hectares em Chelas, será "geral e polivalente, com ensino universitário, deverá centralizar e substituir a maior parte da atividade atualmente assegurada nos hospitais que integram o CHLC", e contará ainda com Medicina Nuclear e Radioterapia.

Unidade Local de Saúde do Nordeste
A Unidade Local de Saúde do Nordeste anunciou que pretende reforçar o apoio na área da saúde materna, através da criação de uma...

O início do funcionamento da linha “está dependente de questões técnicas”, mas é esperada a entrada em funcionamento “o mais rápida possível, como indicaram os enfermeiros Sofia Morais e Francisco Antunes, na apresentação do projeto.

O propósito é disponibilizar um contacto de proximidade às mães que, depois de saírem da maternidade, vão poder ligar para esta linha e serem atendidas pelo enfermeiro especialista indicado para a sua área de residência.

O serviço faz parte do projeto “Apoiar na Maternidade”, promovido pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, e contemplado com um apoio financeiro de quase 11 mil euros pela Missão Continente, num concurso anual da cadeia de hipermercados para apoiar a saúde familiar em Portugal.

O projeto foi apresentado ontem em Bragança, no Centro de Saúde de Santa Maria, e tem como principal novidade a linha telefónica gratuita para “reforçar o apoio após a saída do Hospital, que irá permitir às mães e seus familiares esclarecer dúvidas e solucionar problemas relacionados com a maternidade”, segundo a instituição.

Para complementar este apoio disponibilizado através da linha telefónica, será ainda criada uma página na Internet “com o objetivo de facilitar a comunicação entre as mães e seus familiares com o enfermeiro especialista”.

Nesta plataforma digital, como explicou a ULS do Nordeste, “serão disponibilizados conteúdos sobre a gravidez, o parto, a recuperação pós-parto e os cuidados com o bebé, abrangendo a segurança, saúde e nutrição”.

A promoção do aleitamento materno é outra das vertentes deste projeto, que irá disponibilizar os mecanismos de suporte necessários para que as mães continuem a amamentar após a saída da Maternidade.

Para este fim, serão dotados com mais equipamento e material de apoio, “os cantinhos de amamentação instalados nos 14 Centros de Saúde do distrito de Bragança”.

Os responsáveis pela saúde na região de Bragança, defendem que “este projeto irá contribuir para a melhoria da qualidade de vida das mães/família, dando resposta às suas necessidades e indo ao encontro das suas expectativas, num momento que gera ansiedade e exige adaptações diárias no seio familiar”.

Governo Regional
O secretário regional da Saúde dos Açores afirmou que a rede de infraestruturas de saúde no arquipélago está “ao nível do...

“No momento em que formalizamos o arranque de mais um investimento na saúde no Pico, não tenho dúvidas em dizer que a rede de infraestruturas da saúde nos Açores, que está em fase de consolidação, se encontra ao nível do melhor que existe no país”, disse Ruis Luís.

O governante discursava na assinatura do contrato para as obras de requalificação do centro de saúde das Lajes do Pico, iniciativa integrada na visita estatutária que o Governo dos Açores está a efetuar a esta ilha, a segunda maior do arquipélago, depois de São Miguel.

Segundo o secretário regional da Saúde, “este tem sido um caminho trilhado de forma consistente e planeada, que tem em conta a descontinuidade geográfica e as necessidades especiais” da condição de arquipélago.

“Numa década, a construção de raiz de novas unidades de saúde contemplou várias ilhas, de forma a dotar os profissionais de saúde de condições de trabalho à altura dos desafios de uma região que não pode dispor de um hospital em todas as ilhas, mas, sobretudo, no sentido de garantir mais e melhores cuidados de saúde aos açorianos”, continuou.

São Miguel, Terceira e Faial são as únicas ilhas com hospital.

Rui Luís precisou que “nos últimos dez anos foram inaugurados os novos centros de saúde da Graciosa, de Ponta Delgada [São Miguel], da Madalena do Pico, de Santa Maria, ampliado o centro de saúde da Praia da Vitória” e foram construídos o hospital da Terceira e um novo bloco no hospital da Horta, Faial.

O secretário da Saúde garantiu que o plano de modernização das infraestruturas de saúde “vai prosseguir nos próximos anos, com investimentos que contemplarão diversas ilhas”.

Em fase de execução encontra-se a empreitada de reabilitação do centro de saúde da Calheta, na ilha de São Jorge, tendo sido assinado o contrato para a ampliação do centro de saúde de Santa Cruz das Flores.

Segue-se a beneficiação do hospital e do novo centro de saúde da Horta e do centro de saúde das Velas, em São Jorge.

“Estamos a falar de um investimento público em infraestruturas, a desenvolver ao longo desta legislatura, superior a 10,4 milhões de euros, o qual reputamos de grande importância para responder ao direito dos açorianos de terem um seu Serviço Regional de Saúde com cada vez mais qualidade e cada vez mais acessível”, acrescentou Rui Luís.

A requalificação do centro de saúde das Lajes do Pico é um investimento na ordem dos 700 mil euros e tem um prazo de execução de um ano.

A deslocação do Governo dos Açores ao Pico, ilha do grupo central do arquipélago, termina hoje e cumpre o Estatuto Político-Administrativo da região, segundo o qual o executivo regional deve visitar cada uma das ilhas pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo reúna na ilha visitada.

26 de julho - Dia Mundial dos Avós
São, cada vez mais, uns segundos pais. Mais do que dar colo, acompanham filhos e netos, ajudam, educam, partilham alegrias e...

“O cristalino sofre um processo de envelhecimento ao longo dos anos”, confirma Manuel Monteiro Grillo, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). É à alteração deste cristalino que se dá o nome de catarata, “que é uma das principais causas de cegueira em todo o mundo”. Aliás, de acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde, estima-se que as cataratas venham a ser a causa de cegueira reversível em 50 milhões de pessoas até 2025. Mas não tem que ser assim, confirma o especialista. “Há tratamento disponível capaz de evitar a cegueira e devolver a visão. A oftalmologia evolui muito e consegue dar cada vez mais respostas satisfatórias.”

A este problema junta-se outro, também ele frequente na população mais idosa, a degenerescência macular relacionada com a idade (DMI), uma doença da retina que se manifesta acima dos 50 anos, sendo a sua principal característica a perda da visão central. Por cá, os dados da DGS estimam que este problema progressivo, que é assintomático nas suas formas mais precoces, afete 12,5% da população portuguesa, estando as suas formas mais tardias associadas a perda grave de visão ou cegueira.

Ainda desconhecido por muitos, o glaucoma é subdiagnosticado e “silencioso” ao provocar danos progressivos na visão sem aviso até às fases mais avançadas da doença. Apesar de o tratamento ser eficaz na estabilização desta patologia, é incapaz de reverter as lesões já provocadas. Isto significa que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a visão preservada.

O glaucoma afeta cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis.

“A nossa maior preocupação aqui é levar as pessoas a procurar cuidados oftalmológicos, uma vez que a maioria apenas recorre ao especialista numa situação tardia, quando é mais difícil realizar um tratamento eficaz”, alerta o presidente da SPO. De facto, são cada vez mais as soluções disponíveis para melhorar a acuidade visual e evitar a cegueira. Não só evoluíram os métodos de diagnóstico, como também os tratamentos, “que tornam hoje possível que se previnam e tratem doenças que há uns anos eram consideradas incuráveis.” O importante é estar atento aos sinais e procurar um especialista.

26 de julho - Dia Mundial dos Avós
Com uma boa higiene oral e consultas regulares com o médico dentista, os dentes podem durar toda a vida e as gengivas podem...

“Muitos dos fatores de risco das doenças orais são comuns a diversas doenças crónicas, como a diabetes ou as doenças cardiovasculares, por isso, os idosos requerem uma atenção especial”, lembra João Caramês, fundador e diretor clínico do Instituto de Implantologia®.

A ausência parcial ou total de dentes provoca graves consequências físicas e emocionais. A falta de dentes causa enorme impacto na auto-estima e a capacidade de mastigação torna-se mais reduzida, afetando as escolhas alimentares, o que pode contribuir para deficiências nutricionais e, consequentemente, para o aparecimento de outras doenças.

Com o avançar da idade, os problemas mais recorrentes são as cáries, principalmente as cáries radiculares (nas raízes dos dentes), a doença periodontal (que afeta as gengivas e os ossos maxilares) e as alterações funcionais da cavidade oral decorrentes da perda ou do desgaste dos dentes. Outras alterações associadas à idade estão relacionadas com o aparecimento de mucosas mais sensíveis, alteração da cor dos dentes, diminuição da perceção de determinados sabores, a xerostomia (sentir a boca seca) e até o cancro oral.

Escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia com um dentífrico fluoretado é a mais importante forma de prevenção de cáries dentárias e consequente perda de dentes.

“É comum os idosos sentirem a boca seca, sobretudo devido à toma de alguns medicamentos que reduzem a produção de saliva. Por isso, o aconselhamento com o médico dentista é fundamental, sobretudo para saber como tratar esta disfunção”, acrescenta o também Professor Catedrático da Universidade de Lisboa.

A manutenção das próteses dentárias exige alguns cuidados especiais, como a correta higienização após as refeições. É importante remover as próteses durante o sono, para que as mucosas descansem durante algumas horas. Deve ser dada especial atenção ao eventual desgaste da prótese e ao seu ajuste na boca. As próteses devem estar corretamente adaptadas para não provocarem lesões nas mucosas e para permitirem a adequada mastigação dos alimentos.

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