29 de junho - Dia Mundial de Esclerose Sistémica

Especialistas alertam para medicamentos não comparticipados para esclerose sistémica

A Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia alertaram ontem, na véspera do Dia Mundial de Esclerose Sistémica para a falta de comparticipação do plano de tratamento e da medicação desta doença.

“O Governo não comparticipa o plano de tratamento e os medicamentos necessários para combater esta doença, à semelhança do que acontece no caso de outras doenças autoimunes, crónicas e degenerativas”, destaca Helena Gaspar, coordenadora do Núcleo de Esclerodermia da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas.

Segundo um comunicado, a esclerose sistémica é descrita como uma doença reumática crónica que se carateriza sobretudo pelo endurecimento e/ou espessamento da pele, mas que também pode envolver outros órgãos, como os pulmões, o intestino, os rins e o coração.

A doença atinge mais de três mil pessoas em Portugal com maior incidência nas mulheres, segundo a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia e é necessário acompanhamento médico recorrente e regular.

Dor articular, artrite e a astenia muscular, azia, náuseas, enfartamento, dispneia, fadiga e dificuldade para dormir podem ser alguns dos efeitos desta doença, dependendo dos órgãos atingidos.

Associado à morbidade física pode surgir também a depressão e a ansiedade, que segundo ambas as organizações tornam os doentes incapacitados para trabalhar “ou mesmo para realizar tarefas domésticas”.

“A isenção ou a dispensa de pagamento das taxas moderadoras aos doentes com Esclerose Sistemática, bem como uma ajuda nas deslocações e exames de especialidade relacionados com a doença deveriam também ser ponderados, já que resultam num enorme esforço para as famílias”, concluía Helena Gaspar.

Neste Dia Mundial, José Canas da Silva, Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, destacou por sua vez a importância do diagnóstico precoce da doença.

“Uma vez detetada, é muito importante reforçar a educação do doente, de forma a que este recorra atempadamente ao seu reumatologista quando surgem novas queixas, já que esta patologia causa diminuição da longevidade e diminui drasticamente a qualidade de vida”, assinalou.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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