26 de julho - Dia Mundial dos Avós
Celebra-se no próximo dia 26 de julho o Dia dos Avós. Num país onde o índice de envelhecimento atingiu, em 2016, o valor mais...

Este é o retrato de um país, que tendo atingido um nível maduro de desenvolvimento socioeconómico, se encontra, agora, num momento em que o apoio à população idosa é premente. Segundo a Cardiologista Ana Abreu, “com o avançar do tempo a incidência da fragilidade vai aumentando, tal como a ocorrência de comorbilidades e de síndromes geriátricos, criando-se um enquadramento negativo que predispõe cada vez mais à doença, nomeadamente à doença cardiovascular”.

Atendendo a este cenário, na voz da especialista Ana Abreu, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia defende a manutenção de estilos de vida saudáveis, ao longo da vida, deixando as seguintes recomendações não só à população, mas também a profissionais de saúde e cuidadores:

- É necessário promover estilos de vida saudáveis, com qualidade, incluindo alimentação saudável e incentivo ao exercício regular;

- Precisamos de ensinar e controlar a toma de medicamentos, com os cuidados inerentes à polimedicação (toma de diferentes panóplias de medicamentos), dando atenção a possíveis interferências medicamentosas;

- Os profissionais de saúde devem identificar corretamente fragilidade, comorbilidades, síndromes geriátricos, depressão do idoso, déficits cognitivos, anorexia do idoso e tratar estas situações o mais precocemente possível;

- O tratamento da fragilidade instalada deve passar por um programa de reabilitação multidimensional, adequado e progressivo, uma alimentação adequada, saudável, com suprimento dos déficits nutricionais e um enquadramento psicológico e emocional em família, ou em centros adequados, mantendo os idosos, sempre que possível, em ambientes conhecidos.

Deste modo, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) pretende, não só, ajudar a prolongar a vida dos Portugueses, mas também melhorar a sua qualidade de vida. Na perspetiva da SPC este é o caminho para um país desenvolvido que consegue garantir suporte a todos, independentemente do seu segmento social e etário.

Cancro de cabeça e pescoço
No dia 27 de julho assinala-se o 3º Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço, uma iniciativa da Federação Internacional das...

O cancro de cabeça e pescoço vitima mortalmente 3 portugueses por dia. Neste sentido, através desta campanha, o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) pretende sensibilizar a população para a necessidade da realização do diagnóstico precoce, relembrando que os doentes diagnosticados nos estados iniciais da doença têm uma taxa de sobrevivência entre os 80-90%.

Como forma de assinalar o Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço, o GECCP vai colocar 3 cubos gigantes com a imagem da campanha em praças emblemáticas das cidades de Coimbra, Lisboa e Porto. O objetivo é atrair a atenção das pessoas e assim prestar mais informação sobre esta patologia, com especial foco na identificação dos sintomas ainda muito desconhecidos pelos portugueses.

Ainda nesse dia, na Praça Carlos Alberto, no Porto, vão realizar-se rastreios gratuitos ao Cancro de Cabeça e Pescoço em dois períodos, das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 16h30.

Segundo Ana Castro, médica oncologista e presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço, “Uma das preocupações atuais é que este tipo de cancro, que outrora afetava sobretudo homens, a partir dos 50 anos, que apresentavam um consumo excessivo de tabaco e álcool, começa a incidir cada vez mais em pessoas jovens, muito devido ao vírus do HPV. Anualmente, continuam a surgir ainda cerca de 3.000 novos casos no nosso país, sendo que mais de metade destes são diagnosticados em estádios avançados, é preciso agir! ”

No Porto
O Instituto Português de Oncologia do Porto promove, quinta-feira, um rastreio gratuito de cabeça e pescoço, lançando ao mesmo...

A iniciativa, que se realiza na clínica de cabeça e pescoço do Instituto Português de Oncologia (IPO) entre as 11:00 e as 14:00, é essencialmente dedicada aos utentes com fatores de risco ou sintomas como nariz entupido ou hemorragia nasal, úlceras e/ou manchas brancas ou vermelhas na boca, dor de garganta, rouquidão persistentes ou nódulos do pescoço há mais de três semanas, disse hoje fonte do instituto.

Além disso, durante a semana, o IPO vai proporcionar um curso de formação intensiva para profissionais de saúde primária, entre eles médicos de família, dentistas e enfermeiros.

“Cerca de 10 profissionais de saúde primária vão integrar a equipa multidisciplinar de cabeça e pescoço do IPO-Porto, observando e absorvendo a complementaridade de métodos terapêuticos distintos”, afirmou a fonte.

Em Portugal, há cerca de 2.500 novos casos da doença, 85% dos quais em fumadores ou ex-fumadores com taxas de incidência e mortalidade das mais elevadas da Europa, revelou.

A fonte adiantou que a doença atinge principalmente fumadores e pessoas que consomem excessivamente álcool. Contudo, existe um número crescente de casos associados a outros fatores de risco como a infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV).

O consumo de álcool e tabaco são ainda os principais fatores de risco do cancro da cavidade oral, laringe, orofaringe e hipofaringe que representam 75% do carcinoma da cabeça e pescoço, revelou.

“Quando chegam ao instituto, muitos doentes já estão em estado avançado da doença, o que representa um indício claro de falta de informação e de desconhecimento na identificação dos sinais de alerta”, explicou o coordenador da Clínica de Cabeça e Pescoço do IPO-Porto, Jorge Guimarães.

O médico frisou que o diagnóstico precoce é fundamental porque numa fase inicial o tratamento deste cancro tem uma taxa de sucesso de 80%.

Para Jorge Guimarães estes rastreios são “importantíssimos”, sublinhando que o curso dirigido aos profissionais de saúde é uma “iniciativa inédita e inovadora” porque desafia-os a conhecerem a realidade do instituto, do modelo de consulta de grupo multidisciplinar e o processo de diagnóstico e terapêutico subjacente.

“Mas, acima de tudo, permite construir pontes, estabelecer laços e contactos que facilitam o diagnóstico precoce e a referenciação para um centro oncológico credenciado", considerou.

ONG
Duas organizações não governamentais alertaram hoje que vários médicos norte-americanos continuam a fazer cirurgias...

A denúncia está contida no relatório "Quero Ser Como a Natureza Me Fez: Cirurgias Médicas Desnecessárias em Crianças Intersexuais nos Estados Unidos", elaborado pela Human Rights Watch (HRW) e a pela InterACT, organização que promove os direitos dos jovens nestas circunstâncias.

Apesar de décadas de controvérsia sobre os procedimentos, os médicos operam as gónadas - glândulas sexuais que produzem os gâmetas e segregam as hormonas, em que o testículo é a gónada masculina e o ovário a feminina -, bem como órgãos sexuais internos e genitais quando as crianças são demasiado jovens para participarem numa tomada de decisão, apesar de as cirurgias poderem ser adiadas com segurança.

O relatório, de 160 páginas, analisa os danos físicos e psicológicos provocados por cirurgias desnecessárias em jovens intersexuais que nasceram com cromossomas, gónadas, órgãos sexuais ou genitália diferentes do que é tipicamente considerado pela sociedade como definidores de rapaz ou rapariga.

No documento, as duas organizações analisam também a controvérsia suscitada entre a própria comunidade médica e a pressão exercida sobre os pais para que optem pela cirurgia.

Uma vez definidas como hermafroditas, "termo hoje considerado pejorativo e desatualizado", as pessoas intersexuais são mais frequentes do que se pensa, mas ainda "geralmente incompreendidas", lê-se no documento.

Com base em teorias médicas popularizadas ao longo da década de 1960, os médicos operam crianças intersexuais, frequentemente na infância, com o objetivo assumido de facilitar o crescimento "normal" dos jovens.

Segundo o relatório, os resultados são "frequentemente catastróficos", os supostos benefícios ficam "longe de serem provados" e não há quaisquer protocolos médicos de emergência para se proceder a uma intervenção imediata para garantir a irreversibilidade da operação.

"A devastação provocada pelas cirurgias desnecessárias em crianças intersexuais é tanto física como psicológica. Apesar de décadas de avisos de advogados que lutam por maior atenção para os danos provocados por este tipo de intervenções, muitos médicos continuam a apresentar aos pais das crianças a ideia de que as cirurgias são a melhor opção", garante Kimberly Zieselman, uma "mulher intersexual" e diretora executiva da InterACT.

Cerca de 1,7% dos bebés são diferentes daquilo que é comum denominar-se rapaz ou rapariga, pois os cromossomas, as gónadas e os órgãos sexuais internos ou externos destas crianças diferem das expectativas sociais.

Algumas características da intersexualidade, como a genitália externa atípica, são detetáveis na altura do nascimento da criança. Outras, como as gónadas ou cromossomas que não coincidem com as expectativas de um sexo definido, podem manifestar-se mais tarde, sobretudo na adolescência.

Uma criança pode crescer naturalmente com qualquer dos sexos sem necessitar de cirurgia. No entanto, as operações às gónadas e aos genitais em crianças intersexuais quando ainda são muito novas podem levar o jovem ficar com o género sexual errado.

Segundo as duas organizações, os protocolos médicos têm evoluído, em particular com o uso de equipas multidisciplinares que tratam de casos no programa Diferenças no Desenvolvimento Sexual (DDS).

"Muitos médicos entendem agora que os pais da criança preferem manter o corpo da criança inalterado", escreve-se no documento, que cita um dos cirurgiões incluídos no programa DDS: "Estamos a ter em conta os pacientes adultos que nos dizem que sentem que foram maltratados e mutilados e isso é uma questão muito poderosa".

Kyle Knigth, investigador da HRW e um dos autores do relatório, destaca a evolução da compreensão dos médicos na questão, mas lamenta que ainda sejam comuns os casos de cirurgias desnecessárias, que são, depois, irreversíveis.

"A pressão para que uma pessoa (intersexual) se sinta normal, para que viva uma vida normal, é real, mas ainda não existem quaisquer provas de que as cirurgias tornem a vida mais fácil, deixando claro, por outro lado, os riscos de danos irreversíveis causados a longo prazo", sublinhou Kyle Knight.

A experiência dos que já foram submetidos a cirurgias, a par da ética médica, sugere que, até que seja conhecida maior e melhor informação sobre o assunto, as operações em crianças devem ser evitadas.

"Os pais de crianças intersexuais ficam frequentemente assustados e confusos sobre a melhor forma de proteger os filhos deste estigma. É um grande alívio para eles quando encontram outros pais nas mesmas circunstâncias, ficando satisfeitos por verem casos de jovens que cresceram saudáveis e felizes", lembra, por seu lado, Kimberly Zieselman.

O relatório, que contém vasta literatura sobre o tema, teve por base entrevistas a 42 pessoas intersexuais - 30 adultos e duas crianças -, 17 país de crianças intersexuais e 21 médicos, entre ginecologistas, endocrinologistas, urologistas, psiquiatras e psicólogos.

Governo
A Associação Nacional de Municípios Portugueses pronunciou-se hoje contra o diploma do Governo que visa regular o horário de...

Reunido na sede da associação, em Coimbra, o conselho diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) “aprovou por unanimidade um parecer desfavorável” ao projeto de decreto-lei com que o executivo de António Costa pretende alterar o diploma congénere em vigor, de 08 de março de 2007, “que regula o horário de funcionamento das farmácias de oficina”.

O presidente da ANMP, Manuel Machado, disse aos jornalistas que “não é oportuno” e “não tem razão de ser que seja reduzido” o nível do serviço prestado às pessoas.

O autarca socialista, também presidente da Câmara Municipal de Coimbra, frisou que “o parecer desfavorável à proposta que está em cima da mesa” foi aprovado por todos os membros do conselho diretivo da ANMP.

No documento, que ainda hoje será enviado ao Governo, a associação que representa os 308 municípios portugueses afirma que “os critérios definidos para os turnos de serviço permanente e para o regime de disponibilidade das farmácias são insuficientes”.

“Não fazendo qualquer sentido a diminuição do nível do serviço prestado às populações”, a ANMP “rejeita as alterações propostas” no projeto de decreto-lei.

Governo
As farmácias que estão abertas 24 horas por dia devem passar a contar para os turnos das farmácias em serviço permanente,...

O projeto de alteração ao diploma que regula os turnos e o número de farmácias em serviço permanente e de disponibilidade ainda está em fase de aprovação, mas pretende que as farmácias que estão abertas durante 24 horas entrem nos turnos.

Uma nota da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) refere que o que se pretende é “garantir que o sistema de turnos está adaptado à realidade”, possibilitando “que se considerem as farmácias abertas durante 24 horas, numa determinada distância, e do concelho limítrofe, para a definição de turnos de serviço permanente e de disponibilidade das outras farmácias da mesma área”.

O novo regime de turnos será aplicado consoante as especificidades de cada região e devem ter a concordância dos respetivos municípios, indica ainda o Infarmed.

A Associação Nacional de Farmácias e o Ministério da Saúde estão ainda a preparar um projeto para entregar medicamentos aos doentes no período noturno e em situações de urgência sem que os utentes tenham de fazer deslocações.

“No período noturno, os portugueses em situações de urgência não terão de fazer deslocações, porque os medicamentos irão ter com eles sempre que necessário”, refere a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Um projeto-piloto deste novo serviço vai ser lançado ainda no verão, em Bragança, com o objetivo, segundo a nota da ANF, de “melhorar a interação e articulação entre o Serviço Nacional de Saúde e as farmácias”.

Estas notícias surgem no dia em que o Jornal de Notícias dá conta da proposta do Governo que pretende alterar o diploma que estabelece as farmácias que estão de serviço durante a noite, reduzindo as que estão de serviço permanente.

A associação que representa as farmácias afirma que “nenhum país europeu tem melhores tempos de acesso ao medicamento do que Portugal”.

Atualmente já há várias farmácias que estão abertas 24 horas por dia e outras que têm horários alargados até às 22:00 ou até às 24:00, independentemente das que estão de serviço.

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou Portugal por discriminação sexual, após o Supremo Tribunal Administrativo...

A Maternidade Alfredo da Costa recorreu para o Supremo, em dezembro de 2013, da condenação de pagar 172.000 euros por negligência médica cometida durante a cirurgia realizada em 1995, que deixou a mulher com lesões irreversíveis e uma incapacidade permanente de 73%, tendo o Supremo Tribunal Administrativo (STA) decidido reduzir o valor em cerca de 60.000 euros, justificando a decisão com o argumento de que a sexualidade não é tão importante para uma mulher de 50 anos e com dois filhos como para alguém mais novo.

Para Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) a fundamentação do acórdão do coletivo de juízes do STA, proferido em 2015, demonstra “os preconceitos” que prevalecem no sistema judiciário português, e condenou Portugal a pagar 3.250 euros à vítima por danos não patrimoniais, por violar os artigos 8.º (direito ao respeito pela vida privada e familiar) e 14.º (proibição da discriminação) da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, e ao pagamento de 2.460 euros devidos a despesas com o processo.

“Como ela [vítima] já tinha mais de 50 anos à data em que foi operada, o STA entendeu que a sexualidade a partir dos 50 anos não tinha a mesma relevância que teria se ela fosse mais nova. Ela foi discriminada [pelo STA] pelo facto de ser mulher e por ter a idade que tem”, explicou à agência Lusa o advogado da vítima.

Vítor Parente Ribeiro espera que esta decisão do TEDH permita reanalisar o acórdão dos juízes do Supremo Tribunal Administrativo.

“Com base nela [na decisão do TEDH] podemos, em princípio, pedir uma revisão do acórdão do STA. Vamos ver se é possível ou não. Vou analisar para ver se aquela decisão tomada, seja novamente reapreciada”, acrescentou o advogado.

A sentença do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa (TACL), proferida em outubro de 2013, sustentava que durante a intervenção cirúrgica do foro ginecológico [realizada em 1995] a equipa médica "lesou parcialmente" o nervo pudendo, que controla a continência urinária e fecal, deixando a paciente "inválida para toda e qualquer profissão".

Treze anos depois, o tribunal de primeira instância deu razão à paciente, que à data dos factos tinha 50 anos, e condenou a Maternidade Alfredo da Costa ao pagamento de 172.000 euros, acrescidos de juros.

O caso só chegou à Justiça em 2000, depois de a mulher ter realizado exames numa clínica privada (em 1999), que provaram que o seu estado de saúde era resultado do erro médico cometido no decorrer da cirurgia realizada na MAC, em 1995. Após a operação, a utente continuou a ser seguida pelo serviço de ginecologia da maternidade.

A 12 de outubro de 1999, o presidente de uma junta médica subscreveu o "Atestado Médico de Incapacidade Multiuso", o qual refere que a paciente "apresenta deficiências" que, de acordo com a tabela nacional de incapacidade, "lhe conferem uma incapacidade permanente global de 73%, desde 1995".

O TACL atribuiu responsabilidades à equipa médica.

"A atuação é ilícita e culposa, por violadora das leges artis (leis da medicina), que lhe impunha o cuidado de não lesar o nervo pudendo da utente, pelo que o seu comportamento ficou abaixo do standard técnico/científico que era exigível a um ginecologista cirurgião médio".

A MAC e a equipa responsável pela cirurgia - composta por uma cirurgiã, duas ajudantes e um médico anestesista - ainda invocaram a prescrição, o que foi recusado, na ocasião.

O tribunal também não deu provimento à contestação apresentada pela MAC e pelos clínicos que refere, entre outros fundamentos, que as queixas da paciente para não trabalhar são do "foro psiquiátrico", que a mulher, "antes da operação, já sofria de incontinência" e que "tinha tido dois partos vaginais, um deles em casa e com um bebé de 4.000 gramas [20 anos antes]".

Diário da República
O diploma que regula a conservação e destruição de embriões, espermatozoides e ovócitos entra em vigor na quarta-feira, tendo...

O diploma procede à quarta alteração à lei da procriação medicamente assistida (PMA) e determina que os embriões, espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico criopreservados antes da lei de 2006 podem ser descongelados e eliminados por determinação do diretor do centro de PMA.

O Presidente da República promulgou o diploma este mês, embora deixando reparos, por considerar que a “relevância da matéria exigiria maior diligência no contacto prévio” com os “titulares do material biológico” que é exigido para o descongelamento e eliminação de embriões criopreservados antes de 2006.

O diploma estabelece que o contacto é efetuado por carta registada com aviso de recção e dá um prazo de 30 dias para o titular do material biológico transmitir a sua decisão. Quando a carta é devolvida, considera-se que o contacto foi estabelecido e que se pode avançar com a eliminação dos embriões.

O Presidente da República, na promulgação da lei, defendeu a supressão dessa presunção de contacto.

Quanto aos espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e ovárico que tenham sido criopreservados antes da lei de 2006, é determinado que podem ser descongelados e eliminados por decisão do diretor do centro de PMA quando não tenha havido contacto, nos últimos cinco anos, por parte do titular do material biológico.

ANF e Ministério da Saúde
A Associação Nacional de Farmácias e o Ministério da Saúde estão a preparar um projeto para entregar medicamentos aos doentes...

“No período noturno, os portugueses em situações de urgência não terão de fazer deslocações, porque os medicamentos irão ter com eles sempre que necessário”, refere a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Um projeto-piloto deste novo serviço vai ser lançado ainda no verão em Bragança com o objetivo, segundo a nota da ANF, de “melhorar a interação e articulação entre o Serviço Nacional de Saúde e as farmácias”.

A nota foi divulgada no dia em que o Jornal de Notícias noticia uma proposta do Governo, a que o jornal terá tido acesso, e que pretende alterar o diploma que estabelece as farmácias que estão de serviço durante a noite, reduzindo as que estão de serviço permanente.

“A ANF garante que o acesso dos portugueses ao medicamento vai continuar a melhorar e será sempre superior a quaisquer critérios mínimos legais e regulamentares”, refere a ANF, sem, no entanto, nunca se referir à proposta de alteração do Ministério da Saúde.

A associação que representa as farmácias afirma que “nenhum país europeu tem melhores tempos de acesso ao medicamento do que Portugal”.

Atualmente já há várias farmácias que estão abertas 24 horas por dia e outras que têm horários alargados até às 22:00 ou até às 24:00, independentemente das que estão de serviço.

Conferência conclui
Portugal foi pioneiro em garantir o acesso aos medicamentos para todos os doentes. No entanto, para controlar a infeção, é...

O responsável pelo programa de investigação clínica sobre hepatites virais no Kirby Institute, em Sidney, e fundador do serviço de hepatites virais no Hospital de St. Vincent, o médico Greg Dore, esteve no Porto para partilhar o modelo de acesso à saúde na hepatite C implementado na Austrália e levantar algumas questões sobre a metodologia implementada em Portugal.

Chefe de um dos serviços hospitalares líderes no tratamento da hepatite C, com particular foco nos utilizadores de drogas e nos sem-abrigo, Greg Dore partilhou com especialistas nacionais as boas práticas da Austrália que fazem desse país uma referência nos modelos de acesso à saúde na hepatite.

As grandes conclusões da conferência podem ser resumidas em três pontos:

Os médicos de clínica geral atualmente não podem confirmar o diagnóstico e é essencial que tal aconteça

Para isso têm de ter acesso ao pedido da carga viral algo que não acontece nos dias de hoje

É essencial garantir um acesso mais rápido do diagnóstico ao tratamento

As populações mais vulneráveis (prisões e utilizadores de drogas) precisam de uma nova resposta dos cuidados de saúde

É essencial que o diagnóstico, acompanhamento e tratamento possa ser feito junto destas populações em vez das mesmas terem de se deslocar aos hospitais

Na Austrália, o programa de eliminação da hepatite C não passa apenas pelos especialistas de gastro ou infeciologistas. Passa pelos médicos de família a quem foi dada formação e treino para diagnóstico, acompanhamento de doentes que sofram com esta doença e prescrição da medicação recomendada.

Em Portugal a realidade é outra. Há uma separação entre o papel do médico de família e dos especialistas, sendo que o clínico geral nem pode pedir testes específicos que confirmam a doença, mesmo depois de uma análise positiva a anticorpos do vírus da hepatite C.

Segundo Greg Dore é necessário realizar alterações de grande impacto na moldura regulatória em Portugal com vista a facilitar a prescrição, não apenas dos exames necessários, mas também da terapêutica que deverá ser iniciada com a maior brevidade. E para isso o papel dos médicos não especialistas é fundamental. Isto será possível investindo na formação médica.

Para além disso, o modelo português é muito moroso desde o diagnóstico até ao início do tratamento, desde que o médico prescreve até que a medicação chegue ao doente. Até o doente ter acesso aos medicamentos chegam a passar vários meses, como referiu Luís Mendão do GAT (Grupo de Ativistas em Tratamento).

“Para que se consiga controlar uma epidemia instalada através do acesso à cura tem que se começar ousadamente. É essencial uma cobertura alargada e rápida do acesso cura” Um cobertura reduzida compromete o impacto a nível de saúde pública”, disse Greg Dore. Para este especialista, rastrear sem acesso ao tratamento não faz sentido, “o ideal seria diagnosticar hoje e ter acesso ao tratamento nesse mesmo dia”.

Outra questão relevante é a necessidade de identificar as populações de risco (como a população prisional e pessoas que consomem drogas injetáveis) e ir ao seu encontro.

Aumentar o rastreio e promover uma referenciação rápida para cuidados de saúde adequados é essencial se queremos de facto eliminar a Hepatite C como problema de saúde pública, e a participação das comunidades mais atingidas pela epidemia tem um papel fundamental na resposta, quer ao nível da literacia, quer do desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção.

O meio prisional continua a ser uma das grandes lacunas em termos de acesso a tratamento em Portugal. Sobre este tema Isabel Aldir, Diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais, VIH/Sida e Tuberculose, referiu que está a ser preparado um despacho - que se espera que seja publicado ainda durante o mês de julho - entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça sobre os rastreios e o acesso aos cuidados de saúde na população prisional.

“Contudo, não podemos pensar apenas em tratamento quando falamos em hepatite C. Temos de trabalhar um pacote integrado que trabalhe ao nível da prevenção e, apesar de termos tido um programa bem-sucedido até aqui, temos que o alargar a outras populações onde ainda não conseguimos chegar”, concluiu Isabel Aldir.

No encerramento da Conferência “A hepatite C em utilizadores de drogas: do rastreio à referenciação” e debate, Luis Mendão, responsável do GAT e promotor do evento referiu: “Se não conseguirmos manter a visão de tratar todos, tratar bem e sermos capazes de pagar a fatura, todos vamos perder neste trabalho.”

Inquérito internacional
Portugal é um dos países onde os tópicos sobre saúde estão mais presente nas conversas partilhadas nas redes sociais, revelam...

O trabalho ‘Global perspective on healthcare social media conversation’, que inquiriu os diretores de agências de comunicação que integram a rede Global Health PR, uma network internacional que reúne agências de comunicação da área da saúde e ciência de todo o mundo, e da qual faz parte a agência portuguesa Guess What Comunicação, mostra que, por cá, o tema da saúde tem lugar de destaque nas redes sociais. De resto, o nosso é o terceiro país, do grupo em análise, onde isso mais acontece, apenas precedido da Itália e do Reino Unido. Portugal consegue 7 valores, numa escala de 1 a 10, sendo 10 o melhor resultado.

E são os doentes os principais impulsionadores destas conversas, revela a mesma fonte, seguidos de perto pelas associações não-governamentais. Um cenário que é apenas diferente no México, Alemanha, Itália e França, onde outros protagonistas, como o Governo (no caso do México), os jornalistas (para Alemanha e França) e a indústria de consumer healthcare (Itália), assumem a liderança.

A indústria farmacêutica é a que menos motiva as conversas sobre saúde nas redes sociais, uma situação que é transversal a quase todos os países que participam neste estudo, com exceção dos EUA e do Brasil, onde ocupa os lugares cimeiros.

O barómetro foi feito junto de agências de comunicação e relações públicas da Alemanha, Austrália, Argentina, Brasil, Canadá, Dinamarca, Suécia, Noruega, EUA, Espanha, França, Hong Kong, Índia, Itália, México, Polónia, Portugal e Reino Unido.

Autoridade Nacional da Proteção Civil
Mais de mil operacionais combatem hoje de manhã o incêndio na Sertã, no distrito de Castelo Branco, esperando-se a chegada de...

“Hoje de manhã temos ainda ativos os incêndios de Castelo Branco, o de Vale do Coelheiro e o da Sertã, que continua a ser o que concentra maior número de meios. Temos 1.021 operacionais no terreno, com o apoio de 329 veículos. Estamos neste momento a acionar os meios aéreos, para estas ocorrências”, disse Patrícia Gaspar.

De acordo com a adjunta de operações da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), foram solicitados dois meios aéreos a Espanha e foi também acionado o protocolo bilateral com Marrocos, mas ainda não há indicação sobre virá ou não algum reforço.

“Podemos dizer que esta manhã a situação está um pouco mais calma do que ontem [segunda-feira] durante a tarde, mas os dois incêndios mantém-se ativos. Vamos ter também durante o dia de hoje algum vento, sobretudo nas terras altas, com rajadas de 75 quilómetros por hora e um aumento das temperaturas, o que não é muito favorável ao combate”, disse.

Patrícia Gaspar explicou também que não foi entretanto necessário evacuar mais aldeias, nem há estradas cortadas.

“Ontem durante a tarde e início da noite foram sendo feitas evacuações de vários locais por onde o incêndio foi passando sobretudo na zona de Mação e houve de facto várias aldeias onde foi necessário proceder a uma retirada preventiva das pessoas. Estamos a falar das aldeias de Bairrada, Eira, Envendos, Casal Velho, Quebradas, Roda. Estamos a falar de uma área vasta onde existem várias povoações dispersas”, disse.

Segundo Patrícia Gaspar, parte destas pessoas regressaram às suas casas assim que as condições de segurança foram sendo restabelecidas.

“Não é possível saber neste momento o número das pessoas. As retiradas foram temporárias e as pessoas acabaram por regressar às suas habitações.

A adjunta de operações adiantou ainda que hoje de manhã não há estradas principais cortadas devido aos incêndios.

“Ontem [segunda-feira] foi necessário proceder a alguns cortes de vias para atuação dos meios e por segurança, mas neste momento temos indicação de que a A23 e o IC8 [que estiveram cortados na segunda-feira] foram reabertos. Não há indicação, neste momento, de vias principais cortadas”, concluiu.

Segundo a ANPC, por dominar está ainda o incêndio que deflagrou no domingo à tarde na Sertã e alastrou aos concelhos de Mação (distrito de Santarém) e Proença-a-Nova (Castelo Branco) e que 09:00 mantinha três frentes ativas e mobilizava 1.021 operacionais, com o apoio de 329 meios terrestres.

Ainda no distrito de Castelo Branco, continuava em curso o incêndio que começou em Vale do Coelheiro, concelho de Castelo Branco, e estavam a combater as chamas 404 operacionais e 124 veículos.

Deco
Quatro em cada 10 pessoas inquiridas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor comem doces todos os dias, com o...

De acordo com os dados do inquérito da Deco sobre hábitos alimentares, que será publicado da edição de agosto da revista Teste Saúde, 77% dos inquiridos não têm hábitos saudáveis e mais de um terço (36%) aponta as dificuldades económicas como principal motivo.

O inquérito revela ainda que as leguminosas também não entram no prato tantas vezes como seria desejável, tal como os laticínios e o peixe.

Feito em dezembro de 2016, a 1.346 portugueses entre os 30 e os 80 anos, o inquérito revela igualmente que um terço (33%) não tem hábitos alimentares saudáveis porque simplesmente não consegue resistir a comida menos saudável e 30% é por falta de tempo.

Segundo a Deco, pouco mais de um quinto preenche os requisitos mínimos no que se refere à adoção de hábitos alimentares saudáveis. Porém, quatro em cada 10 pensam que estão a seguir todos os preceitos.

Ainda assim, a maioria (77%) garante ter alterado um comportamento alimentar ou mais nos últimos dois anos, sobretudo para prevenir problemas de saúde. Metade passou a beber menos refrigerantes, quase metade (48%) menos doces e mais de um terço (38%) menos alimentos pré-embalados.

O inquérito revela ainda que 8% alteraram os hábitos alimentares devido à diminuição dos rendimentos da família. Neste caso, baixou o consumo de peixe, carne, fruta, vegetais e produtos biológicos e integrais.

Quatro em cada 10 inquiridos julgam ter comportamentos muito saudáveis, mas, pelo índice da Deco, tal não corresponde à verdade.

Carla ferreira, psicóloga clínica ouvida pela Deco para esta edição, considera que esta diferença de perceção pode estar relacionada com a informação errada que circula, nomeadamente, na internet.

Os dados revelam ainda que três em cada 10 inquiridos tomam suplementos alimentares, sobretudo cálcio, potássio e magnésio, vitaminas C e D e complexos vitamínicos, mas grande parte não apresenta qualquer doença relacionada com a alimentação.

A Deco recorda que a toma de suplementos alimentares só está recomendada quando as necessidades alimentares não são supridas pela dieta e que o consumo deste tipo de produtos em excesso pode mesmo ser prejudicial para o organismo.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, de acordo...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), também os arquipélagos da Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral entre os cabos Raso e Mondego até ao início da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, e pequena subida da temperatura máxima.

Na Madeira prevê-se céu com períodos de muita nebulosidade, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento moderado a forte de nordeste, soprando forte e por vezes com rajadas até 90 quilómetros por hora nas zonas montanhosas.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, tornando-se encoberto para o final do dia, períodos de chuva fraca para a noite (nas ilhas Flores e Corvo, grupo Ocidental), e vento fraco a bonançoso.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 17 e 31 graus Celsius, no Porto entre 15 e 27, em Vila Real entre 16 e 32, em Viseu entre 16 e 31, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 14 e 28, em Leiria entre 15 e 28, em Coimbra entre 13 e 32, em Castelo Branco entre 19 e 35, em Santarém entre 16 e 36, em Portalegre entre 20 e 35, em Évora entre 16 e 38, em Beja entre 15 e 38 e em Faro entre 21 e 33.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Mais de 40 concelhos de nove distritos do continente estão hoje em risco ‘máximo’ de incêndio, incluindo a Sertã, que está a...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de 40 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Faro, Portalegre, Santarém, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu e Bragança estão hoje em risco ‘máximo’ de incêndio.

Entre estes estão os concelhos de Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova, Vila de Rei, Sertã, Oleiros e Covilhã, no distrito de Castelo Branco, onde continuam por dominar dois fogos.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), por dominar está ainda o incêndio que deflagrou no domingo à tarde na Sertã e alastrou aos concelhos de Mação (distrito de Santarém) e Proença-a-Nova (Castelo Branco) e que às 06:30 mantinha três frentes ativas e mobilizava 898 operacionais, com o apoio de 320 meios terrestres.

Pelo menos uma centena e meia de pessoas, de diversas aldeias de Mação, tiveram de ser retiradas das suas casas.

Ainda no distrito de Castelo Branco, continuava em curso o incêndio que começou em Vale do Coelheiro, concelho de Castelo Branco, e estavam a combater as chamas 371 operacionais e 113 veículos.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre "Reduzido" e "Máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

ÀS 06:30, Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) dava conta de 36 incêndios ativos, dois em curso, dois em resolução e 12 em fase de conclusão.

Disponível em 2018
O Brasil anunciou uma alteração na composição da vacina contra a febre aftosa, depois dos efeitos causados pela anterior...

A decisão foi anunciada pelo Ministério da Agricultura brasileiro e pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), entidade que reúne os fabricantes da vacina contra a febre aftosa no Brasil.

O Ministério da Agricultura do Brasil, país que é o maior exportador de carne bovina do mundo, já havia informado que uma substância denominada adjuvante saponina seria responsável pela formação de inflamações na carne fresca, facto que motivou os Estados Unidos a suspenderem as importações destes produtos em junho.

Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindan, destacou em comunicado de imprensa que o processo de retirada de adjuvante saponina da composição da vacina contra a febre aftosa já estará disponível em 2018.

"O desenvolvimento de uma nova formulação implica investimentos pesados por parte da indústria para adequação aos parâmetros de controlo, porém mantendo a mesma eficiência e pureza da formulação atual", explicou.

"A indústria de saúde animal dá mais um exemplo do seu compromisso com o sucesso do controlo sanitário do rebanho bovino brasileiro, reformulando a vacina e mantendo a mesma eficácia. Trata-se da vacina mais indicada para a etapa final do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa", completou Emilio Salani.

As mudanças na fórmula da vacina contra febre aftosa usada no Brasil foram acordadas na 6.ª Reunião Extraordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), realizada em Brasília na semana passada.

Incêndios
A Cruz Vermelha Portuguesa, após participar na resposta de emergência à catástrofe em Pedrogão Grande e Figueiró dos Vinhos,...

Em comunicado, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) refere que, nesta fase de recuperação e retorno à normalidade após os trágicos incêndios iniciados a 17 de junho naqueles municípios, opera no terreno em diferentes frentes.

"Após o envolvimento de 37 estruturas locais e mais de 330 voluntários na resposta de emergência a esta catástrofe, a instituição reorganizou-se para, de forma racional e consistente, apoiar as inúmeras pessoas e famílias afetadas pelas mortes, ferimentos e destruição de casas, empresas, bens, pastos e terrenos agrícolas", indica a instituição.

Face ao levantamento das necessidades e no âmbito do plano de recuperação e prevenção do Governo e autarquias, a CVP informa que tem "duas equipas de apoio psicossocial, compostas por quatro psicólogos, a trabalhar junto das vítimas diretas e indiretas de perdas familiares e materiais, de acordo com as necessidades".

Para o apoio dos mais idosos e dependentes que vivem em áreas mais isoladas, a CVP adianta que estão a ser instalados cem equipamentos de teleassistência.

Este serviço - precisa a CPV - servirá para melhorar a qualidade de vida, saúde, segurança e autoestima dos seus utilizadores, 24 horas por dia e 365 dias por ano, garantindo o pronto auxílio em situações de urgência e emergência.

Está ainda prevista a prestação de cuidados primários de saúde e o apoio logístico com a distribuição de vestuário e alimentos, quando estes serviços forem necessários.

A CVP disponibilizou-se também para oferecer os seus serviços de apoio domiciliário e médico em casa.

A instituição alerta ainda para as consequências e impactos na natureza destes incêndios florestais, como a perda da biodiversidade e a erosão dos solos, que, com a chegada das chuvas, poderá provocar situações preocupantes.

Inglaterra
Os pais de um bebé britânico de onze meses com uma doença genética rara, Charlie Gard, decidiram ontem renunciar à batalha...

Num caso que despertou a atenção de vários países e instituições, Chris Gard e Connie Yates, os pais de Charlie, mantinham uma batalha legal com o centro hospitalar onde o bebé está internado, porque este não lhes permitia tirar de lá o filho para ser submetido a um tratamento experimental nos Estados Unidos.

"É a coisa mais difícil que alguma vez tivemos de fazer", mas "decidimos deixar partir o nosso filho", declarou, em lágrimas, a mãe da criança, Connie Yates, numa declaração em frente ao Tribunal Superior de Londres.

"Os últimos onze meses foram os melhores e os piores das nossas vidas. Nos só queríamos dar-lhe uma oportunidade de viver", disse a mãe de Charlie, que voltou a apontar o dedo ao hospital por não ter permitido o tratamento experimental.

Charlie sofre de um problema de escassez de ADN mitocondrial, uma doença rara que retira ao corpo a capacidade de dar energia aos músculos, já que afeta as células responsáveis pela produção de energia e respiração.

"Demasiado tempo perdido. Deixamo-lo meses à espera no hospital", considerou o pai, Chris Gard, à saída do tribunal, acrescentando que se o seu filho tivesse feito o tratamento experimental "poderia sobreviver".

A luta judicial começou em abril, quando o hospital londrino de Great Ormond Street tomou a decisão de desligar a ventilação artificial do bebé. Os pais travaram a medida recorrendo à justiça, mas o Tribunal Superior de Londres deu razão aos médicos, uma decisão confirmada pelo tribunal de recurso, o Supremo britânico e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, a 27 de junho.

No entanto, após a mobilização de organizações cristãs e a intervenção direta do Papa Francisco e do Presidente norte-americano, Donald Trump, em favor dos pais, o hospital pediu uma nova audiência no Tribunal Superior, para examinar novos elementos "para um tratamento experimental" em dois hospitais: um nos Estados Unidos e outro em Roma.

Os médicos do hospital de Great Ormond Street continuam a acreditar que é "injustificado" prolongar o tratamento de Charlie, devido ao agravamento do seu estado.

O Tribunal Superior de Londres deveria tomar uma decisão final sobre o caso esta semana, confirmando ou não a sua decisão de desligar as máquinas de Charlie.

"Infelizmente, é demasiado tarde", declarou o advogado dos pais, Grant Armstrong.

"Já não é no melhor interesse do Charlie prosseguir com o tratamento", disse o advogado, acrescentando que os pais tomaram esta decisão ao verem os resultados dos últimos exames médicos e análises, realizados na semana passada.

O bebé "sofreu atrofia muscular grave" e os "danos causados aos seus músculos são irreversíveis", concluiu.

O juiz Nicholas Francis prestou homenagem aos pais, "pelo amor e dedicação para com o seu filho Charlie".

"Pai nenhum teria feito mais pelo seu filho", acrescentou.

À porta do tribunal várias pessoas manifestaram-se encolerizados, gritando frases como "que vergonha de juiz" e "que vergonha de hospital".

Gastrenterologia
O Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Santo André, unidade do Centro Hospitalar de Leiria, dispõe de um novo equipamento...

O equipamento endoscópico permite efetuar mais exames e intervenções com mais eficácia e segurança para os utentes, adianta uma nota do Centro Hospitalar de Leiria (CHL).

A diretora do Serviço de Gastrenterologia, Helena Vasconcelos, citada no comunicado, refere que esta unidade "já dispõe de todos os meios técnicos necessários à realização de ecoendoscopia digestiva alta e baixa".

O novo aparelho custou mais de 260 mil euros, suportados na totalidade pelo CHL.

Estudo
Uma injeção por mês de tratamento antirretroviral mostrou-se suficiente para manter o vírus do VIH/sida indetetável, segundo um...

Foram avaliados 230 doentes com VIH/sida a quem foram injetadas moléculas antirretrovirais de quatro em quatro semanas ou a cada oito semanas durante cerca de dois anos, em dois grupos distintos.

Após este período, 87% dos doentes tinham carga viral indetetável no grupo que recebeu a injeção com intervalo de quatro semanas. Nos que receberam a injeção a cada oito semanas a percentagem de doentes com VIH latente subiu para 94%.

Estas proporções são comparáveis às do grupo de 56 doentes que continuaram a tomar um comprimido por dia, segundo os resultados do estudo que foi hoje apresentado na conferência internacional sobre investigação em VIH que decorre em Paris e que foi igualmente publicado na revista médica britânica The Lancet.

Páginas