Associação alerta
A quantidade de pedaços de plástico a flutuar nos oceanos aumentou mais de cem vezes nos últimos 40 anos, alertou a associação...

Cerca de sete milhões de toneladas de resíduos são despejados nos mares e oceanos do planeta todos os anos, afirma a organização, que cita dados das Nações Unidas segundo os quais cada milha marítima quadrada tem 45.000 pedaços de plástico a flutuar.

Pneus de automóveis, garrafas, sacos de plástico, redes de pesca, aplicadores de tampões e preservativos são os resíduos mais comuns, escreve o Sapo.

Isto afeta "mais de 600 espécies de fauna marinha", das baleias às tartarugas, e ainda as aves, afirma a associação, que estima em 100.000 o número de mamíferos marinhos que todos os anos morre por causa do lixo.

Mais plástico que peixe
A ONU afirma que 80% do lixo nos oceanos é plástico e causa estragos nos ecossistemas que custariam oito mil milhões de dólares para resolver. Ao ritmo a que aumentam os resíduos como garrafas, sacos ou copos de plástico, prevê-se que em 2050 haja mais plástico do que peixes nos oceanos.

Atualmente, as estimativas apontam para que mais de 150 milhões de toneladas de plástico estejam a poluir os oceanos.

De acordo com um estudo da Fundação Ellen MacArthur, em parceira com a consultoria McKinsey, em 2014, a proporção de toneladas de lixo por peixe era de um para cinco. Caso não se altere a tendência, em 2025, será de um para três.

O estudo refere que a economia perde 95% das embalagens de plástico após a primeira utilização, num valor estimado de 80 a 120 mil milhões de dólares.

Estudo
A extração dos gânglios linfáticos adjacentes às áreas de um tumor em doentes com melanoma, um tipo de cancro de pele, não...

Depois de um diagnóstico de melanoma, os gânglios à volta do tumor são geralmente extirpados e submetidos a biópsia para perceber se o cancro entrou em processo de metastização.

Um estudo difundido esta quarta-feira e realizado em 1.900 pacientes afetados por melanoma não vê vantagens nesse procedimento para o aumento da sobrevivência do doente, escreve o Sapo. A investigação em causa é a mais vasta de sempre sobre o impacto da referida cirurgia na sobrevivência dos doentes.

"Os resultados deste estudo levarão a uma clara diminuição do número de intervenções para retirar gânglios próximos do tumor", prevê Mark Faries, codiretor do programa sobre melanoma e cirurgia do cancro do Instituto de Pesquisa do Centro Médico Cedars-Sinai em Los Angeles.

Os pacientes "poderão evitar importantes efeitos secundários relacionados com esta intervenção cirúrgica", avaliou Omid Hamid, diretor de investigação em imuno-oncologia e codiretor do programa de cancro cutâneo no Cedars Sinai.

Vantagens e desvantagens da cirurgia
Faries destaca, no entanto, que a ablação dos gânglios pode ter vantagens clínicas, ao permitir que os médicos façam uma biópsia para avaliar a extensão do tumor e determinar o tempo durante o qual o cancro parou de se propagar.

Ainda assim, cerca de 25% dos doentes sujeitos à disseção dos gânglios nas regiões adjacentes do tumor sofrem de linfadenite, uma inflamação gerada pela acumulação de líquido linfático nos tecidos conjuntivos. Essa proporção é de apenas 6% no grupo de doentes que não foram sujeitos a esta operação.

Pedido ao Governo
A Câmara do Porto pediu hoje ao Governo que divulgue publicamente e forneça os estudos que levaram à decisão de apenas...

A decisão de candidatar Portugal a receber esta agência, atualmente instalada no Reino Unido, foi tomada a 27 de abril, pelo Conselho de Ministros, segundo uma resolução publicada em Diário da República no passado dia 5 de junho.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros referiu-se quarta-feira "à existência de 'estudos e ponderação' que levaram o Governo a tomar a decisão de excluir o Porto e outras cidades portuguesas, além de Lisboa, como possíveis localizações e alternativas que pudessem valorizar a candidatura portuguesa", refere.

Em comunicado, a autarquia portuense afirma que “o Porto é uma cidade competitiva e moderna” e refere que “segundo o recente estudo 'Portugal Rising: Mapping ICT Scaleups', publicado pelo Startup Europe Partnership (SEP,) em conjunto com o CrESIT, com o apoio da Microsoft Portugal e da iniciativa Ativar Portugal Startups, a liderança para a zona de Portugal mais empreendedora, no que respeita ao número de empresas denominadas de ‘startups’, pertence ao Porto, que representa 36% do ecossistema nacional”.

Lembra também que segundo a EY Attractiveness Survey, um estudo divulgado há poucos dias, promovido pela EY a nível europeu “com o objetivo de avaliar a perceção dos investidores estrangeiros quanto à atratividade das diversas localizações”, o Porto aparece como “o destino com maior número de novos investimentos e criação de postos de trabalho”.

Na nota de imprensa, a Câmara do Porto refere ainda que “empresas privadas, como a Euronext, a Critical Software ou o Banco Natixis instalaram-se recentemente no Porto, invocando a existência de mão-de-obra altamente especializada na área tecnológica e as excelentes condições oferecidas pela cidade aos mais diversos níveis”.

Segundo nota oficial publicada no site do Serviço Nacional de Saúde, a 28 de abril, aludindo à decisão tomada em Conselho de Ministros na véspera, “Lisboa reúne as condições adequadas para acolher uma agência com o perfil da Agência Europeia do Medicamento (EMA), tendo nomeadamente uma excelente localização geográfica, com boas acessibilidades, incluindo aéreas e capacidade hoteleira instalada”.

“Ora, todas estas condições se verificam no Porto, com vantagens, como é a existência de um ‘cluster’ da indústria farmacêutica e várias universidades de referência na área da saúde nas suas proximidades. Possui, também, todas as condições apontadas pela senhora Secretária de Estado dos Assuntos Europeus para justificar Lisboa como localização, em recente entrevista ao jornal Euroactiv, na qual alega fatores, também, todos eles existentes no Porto, incluindo a existência de escolas internacionais, o clima e boa gastronomia”, afirma a autarquia.

A Câmara do Porto considera que “torna-se importante para o Porto saber que desvantagens comparativas foram apontadas a Lisboa pelos estudos a que se refere o Ministro dos Negócios Estrangeiros, necessariamente anteriores à resolução de 27 de abril, data em que estava já decidido pelo Governo excluir todas as outras cidades portuguesas da sua candidatura à localização da EMA. E que ponderação desses mesmos estudos foi feita em Conselho de Ministros, pelo Governo”.

“Só assim, a cidade do Porto poderá perceber o que não tem - e deverá ter - para poder ser candidata, no futuro, a agências europeias e a organismos de importância e exigência equivalente e que, nesta altura, no entendimento do Governo, apenas poderão ficar localizadas em Lisboa”, sublinha.

Recorda que em Lisboa estão já sediados dois organismos europeus: o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e a Agência Europeia da Segurança Marítima e compara com o que se passa em Espanha, onde “das cinco agências europeias que existem no país, nenhuma está localizada em Madrid e o Governo acaba de apresentar a sua candidatura para que o país receba também a EMA, apontando Barcelona, como localização”.

Direção-Geral da Saúde
Portugal tem 280 casos confirmados de hepatite A, num total de 327 notificados desde o início do ano, segundo o último balanço...

De acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), este surto, que começou no início do ano e afeta outros países europeus, atingiu sobretudo homens (91%) e em mais de metade dos casos (54%) o contágio deu-se por contacto sexual.

A maioria dos casos notificados ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (256).

A DGS, tendo em conta o surto de hepatite A, prevê o reforço da vacinação antes de grandes eventos como o Arraial Pride Lisboa, o WorldPride Madrid 2017 ou os grandes festivais de verão, aconselha a adoção de medidas de prevenção durante as iniciativas e, após, a vigilância de sintomas compatíveis com os da hepatite A.

Em maio, a DGS atualizou a norma sobre a hepatite A e os viajantes deixaram de precisar de submeter o pedido de vacinação à Direção-geral da Saúde, bastando ter a prescrição do médico.

Em abril, com o país em pleno surto de hepatite A, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excecional e o médico prescritor da vacina tinha de contactar previamente a autoridade de saúde.

Esta medida prendeu-se, na altura, com uma necessidade de controlar o ‘stock’ de vacinas, de modo a que chegassem aos grupos prioritários, como contactos íntimos ou familiares de infetados e homens que têm sexo com homens de forma desprotegida.

No que respeita a estes grupos prioritários continua a não ser necessária qualquer validação da vacina por parte da DGS, sendo a imunização gratuita, a cargo do Serviço Nacional de Saúde.

Segundo a DGS, desde 03 de abril foram administradas cerca de 2.100 vacinas administradas, uma média de 47/dia, das quais 81% na região de Lisboa e Vale do Tejo, a quase totalidade em contexto de pré-exposição.

Relativamente à campanha desenvolvida em Lisboa, designadamente no Bairro Alto, com uma unidade móvel de vacinação, a DGS recorda que entre 27 e 29 de abril foram vacinadas 150 pessoas e nos dias 05 e 06 de maio outras 164.

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não se torna crónica e dá imunidade para o resto da vida.

Relatório
As linhas elétricas de alta tensão enterradas têm um impacto positivo na perceção do risco, mas os valores "de campo...

De acordo com o relatório do grupo de trabalho para os campos eletromagnéticos, que se encontra em discussão pública, enterrar linhas de alta e de muita alta tensão (AT/MAT) traduz-se "tipicamente em valores de campo magnético à superfície que são superiores face aos que se verificam em linhas aéreas", não sendo a opção "adequada para o propósito da redução da exposição".

No relatório, o grupo destaca ainda que o custo de enterrar de linhas "é tipicamente entre 13 a 20 vezes mais elevado".

O grupo de trabalho, que inclui representantes da secretaria de Estado da Energia, da Direção-Geral da Saúde, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ESRE), da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), reconhece que "as linhas de transporte de eletricidade têm um profundo impacte social nas populações que lhes estão próximas".

Este impacto social manifesta-se através de "uma perceção de risco e ansiedade acrescidas, por uma eventual desvalorização patrimonial ou social das infraestruturas abrangidas ou por outros efeitos de caráter subjetivo, não quantificáveis cientificamente".

Por isso, "os impactes sociais das linhas de transporte de eletricidade são uma preocupação constante das populações, devendo ser também devidamente acautelados nos procedimentos a adotar".

Neste âmbito, o grupo de trabalho recomenda o cumprimento das restrições básicas, "sem prejuízo de que, sempre que tecnicamente viável e depois de ponderadas as relações custo-benefício, seja minimizada a exposição dos campos eletromagnéticos originados pelas infraestruturas elétricas a construir".

Neste sentido, propõe que a DGEG publique um manual de boas práticas até ao final do ano, com recomendações técnicas que permitam reduzir as emissões.

Para minimizar os efeitos sociais, defende mais "informação independente e estruturada" e um maior "envolvimento dos agentes locais".

Especialistas
As novas linhas de transporte de eletricidade de alta e muito alta tensão não devem passar sobre "infraestruturas...

De acordo com a proposta de decreto-lei em consulta pública, disponível na página da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o grupo de especialistas recomenda restrições de localização para linhas de transporte de eletricidade de alta e muito alta tensão (AT/MAT), defendendo que não devem passar sobre "infraestruturas sensíveis".

Em causa estão unidades de saúde e equiparados, estabelecimentos de ensino ou afins, como creches ou jardins-de-infância, lares da terceira idade e asilos, parques e zonas de recreio infantil, espaços, instalações e equipamentos desportivos e ainda edifícios residenciais e moradias destinadas a residência permanente.

Mas, prosseguem, "caso seja demonstrado pelo operador de rede [em Portugal é a REN] que não existe alternativa de traçado economicamente viável que permita assegurar o cumprimento da restrição para infraestruturas sensíveis, já existentes ou em construção no momento em que o projeto é preparado, poderá ocorrer sobrepassagem, desde que o proprietário ou proprietários da infraestrutura sensível em causa forneça(m) o seu acordo escrito, após entendimento entre as partes”.

Ao mesmo tempo, a REN terá que adotar "soluções técnicas de minimização dos impactes de ruído, de campos eletromagnéticos, ou de âmbito social, decorrentes da instalação da linha de transporte ou de distribuição de eletricidade sobre as infraestruturas em causa".

O grupo de trabalho, constituído em fevereiro por despacho dos gabinetes dos secretários de Estado Adjunto e da Saúde e da Energia, recomenda que seja proibida "a construção de infraestruturas sensíveis debaixo de linhas de transporte e distribuição de eletricidade de AT/MAT, já existentes ou a construir".

Tendo em conta critérios sociais, técnicos, de segurança e de ordenamento de território, a proposta deverá ainda incluir "uma distância mínima entre as infraestruturas elétricas AT/MAT e as infraestruturas sensíveis".

Apesar de não ter sido possível identificar quaisquer efeitos adversos na saúde para exposições a campos eletromagnéticos dentro dos níveis de referência especificados, os elementos do grupo de trabalho consideram relevantes os impactos sociais, decorrentes da instalação de linhas de transporte ou de distribuição de eletricidade.

Estes podem evidenciar-se por uma perceção de risco e ansiedade acrescidas por parte das populações, por uma eventual desvalorização patrimonial ou social das infraestruturas abrangidas ou por outros efeitos de caráter subjetivo, não quantificáveis cientificamente.

Pelo que requerem que "os procedimentos e critérios aplicados no processo de licenciamento sejam revistos".

O grupo de trabalho para os Campos Eletromagnéticos, que inclui representantes da secretaria de Estado da Energia, da Direção-Geral da Saúde, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ESRE), da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), tinha como missão elaborar o anteprojeto que fixa as restrições básicas e os níveis de referência para exposição do público a campos magnéticos, elétricos e eletromagnéticos, na gama de frequências dos 0 Hz aos 300 GHz.

Ao mesmo tempo, cabe-lhe propor as necessárias alterações à metodologia de licenciamento de novas infraestruturas elétricas.

Ambientalistas
A poluição atmosférica gerada pelos navios que passam perto da costa portuguesa não é contabilizada, mas, no caso do dióxido de...

"Na contabilização das emissões reportadas a instituições europeias e internacionais, não consideramos as emissões dos navios que passam junto à nossa costa", afirmou o presidente da Associação Sistema Terrestre Sustentável - Zero.

No dióxido de enxofre, "se fossemos a contabilizar as emissões dos navios que passam na nossa costa, quase que duplicava a quantidade que está em jogo e que é reportada em relação ao nosso território, ou seja, aquilo que é emitido pelos navios é quase igual àquilo que é emitido na zona terrestre", explicou Francisco Ferreira.

Para marcar o Dia Mundial dos Oceanos, que hoje se assinala, a Zero analisou o tráfego marítimo, e concluiu que na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal Continental, na rota que liga o norte da Europa ao Mediterrâneo Norte, passam cerca de 110 navios de carga, 30 navios-tanque (petroleiros) e dois grandes navios de cruzeiro por dia.

Com base no inventário de emissões atmosféricas da Agência Europeia de Ambiente, a Zero estima que o dióxido de enxofre "representa cerca de 85% do total das emissões presentes no inventário nacional e que correspondem às emissões terrestres deste poluente em termos anuais".

Quanto aos óxidos de azoto, "apesar de termos centrais térmicas e tráfego automóvel, os navios que passam na nossa costa correspondem a metade das emissões inventariadas [em 2015] para a área terrestre de Portugal", referiu Francisco Ferreira.

Como predominam os ventos de oeste e noroeste, esta poluição encaminha-se para as zonas terrestres.

O presidente da Zero explicou que, no inventário, são contabilizadas as emissões dos navios em porto, dos transportes, da indústria e da produção de eletricidade.

O especialista salientou que os navios "são uma preocupação acrescida à escala mundial" porque o tráfego marítimo tem aumentado e o tipo de combustível utilizado "é extremamente poluidor", quer no que respeita ao dióxido de enxofre, quer nas emissões resultantes da combustão são significativas, principalmente óxidos de azoto.

Esta poluição não está quantificada, mas "é bastante significativa e merece a tomada de medidas", já equacionadas pela Comissão Europeia, apontou.

Se vários países, como Espanha e França, obrigassem a percentagens de enxofre mais reduzidas, por exemplo, iguais às fixadas no Mar Báltico, no Mar do Norte e no Canal da Mancha seria possível obter uma redução de 93% no dióxido de enxofre e de 23% no óxido de azoto, "com reflexos claros na melhoria da qualidade do ar", segundo as contas da Zero.

Aquelas medidas "são extremamente importantes para reduzir os problemas de qualidade do ar" e o Governo português deve trabalhar com outros países europeus, defendeu Francisco Ferreira.

A poluição atmosférica associada à navegação internacional causa cerca de 50 mil mortes prematuras por ano na Europa, com um custo anual para a sociedade de mais de 58 mil milhões de euros, de acordo com estudos científicos recentes citados pela Zero.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, segundo...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viseu, Funchal e Porto Santo (Madeira) e Angra do Heroísmo (ilha Terceira, Açores) apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

As regiões de Braga, Leiria, Viana do Castelo, Vila Real, Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores) e Horta (ilha do Faial) estão em risco ‘elevado’ de exposição à radiação UV.

Santa Cruz das Flores (ilha das Flores, Açores) está hoje com níveis ‘moderados’ de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado, sendo temporariamente durante a tarde nas regiões Norte e Centro com possibilidade de ocorrência de aguaceiros no interior, e vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado de noroeste no litoral oeste, em especial a sul do Cabo Carvoeiro durante a tarde, e nas terras altas.

A previsão aponta ainda para pequena subida da temperatura mínima e descida da temperatura máxima no litoral.

Na Madeira prevê-se céu em geral pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte até final da manhã e a partir do final da tarde e vento fraco a moderado do quadrante norte.

Para os Açores, o IPMA prevê céu geralmente muito nublado, períodos de chuva especialmente a partir da tarde, neblinas e vento sudoeste moderado, tornando-se muito fresco a forte com rajadas até 80 quilómetros por hora.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 17 e 28, no Porto entre 13 e 22, em Vila Real entre 16 e 30, em Viseu entre 14 e 29, em Bragança entre 13 e 30, em Coimbra entre 13 e 27, na Guarda entre 14 e 27, em Castelo Branco entre 20 e 35, em Portalegre entre 20 e 33, em Santarém entre 16 e 32, em Évora entre 15 e 35, em Beja entre 17 e 35, em Faro entre 19 e 30, no Funchal entre 18 e 24, em Ponta Delgada entre 17 e 21, na Horta entre 15 e 20 e em Santa Cruz das Flores entre 16 e 22.

Câmara de Lisboa
A Câmara Municipal de Lisboa vai apreciar, em reunião privada, a proposta de criação do Regulamento Interno de Prevenção e...

O texto refere que o regulamento "constitui um instrumento de política global de sensibilização, prevenção e reabilitação do consumo nocivo de álcool e de outras substâncias psicoativas".

O documento será "aplicável a todos os trabalhadores que exercem funções nos serviços do município", enquanto "os testes de controlo de consumo de álcool e de outras substâncias psicoativas se aplicam a trabalhadores que desempenhem funções suscetíveis de colocar em perigo a sua integridade física ou de terceiros".

A câmara adianta que "os testes são realizados [semanalmente] no âmbito da Medicina do Trabalho” e a seleção dos trabalhadores a submeter aos testes é "feita pelo método do sorteio".

No caso dos assistentes e auxiliares de ação educativa, calceteiros, canalizadores, eletricistas, mecânicos e soldadores, entre outros, o teste será considerado positivo quando a taxa de alcoolemia detetada for igual ou superior a 0,5 gramas por litro, explica a proposta.

Já no caso dos bombeiros sapadores, condutores de máquinas pesadas e veículos especiais, guardas-florestais, motoristas de ligeiros e pesados e também motoristas de transportes coletivos o valor permitido desce para os 0,2 gramas por litro.

Quanto às análises à presença de "outras substâncias psicoativas [canábis, cocaína e heroína] são realizadas por meio de ‘kit' rápido, por intermédio de análise da saliva", continua o regulamento.

"O trabalhador que não concorde com o resultado obtido tem direito a efetuar um novo teste, nos 15 minutos imediatamente subsequentes, sem prejuízo de poder solicitar a sua submissão a testes sanguíneos, a realizar em laboratório de referência de toxicologia ocupacional indicado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, no mais curto espaço de tempo possível, tendo como limite máximo as 12 horas seguintes à realização do primeiro teste", acrescenta o município.

Na proposta, assinada pelo vereador dos Recursos Humanos, João Paulo Saraiva, a câmara informa que foram ouvidos os sindicatos, bem como os representantes dos trabalhadores do município para a segurança e saúde no trabalho.

No mesmo documento, o município salienta que "foram cumpridos os procedimentos da Comissão Nacional de Proteção de Dados para o tratamento de dados pessoais com a finalidade de medicina preventiva e curativa no âmbito dos controlos de substâncias psicoativas efetuados a trabalhadores".

"A aplicação do disposto no presente regulamento será antecedida pela implementação de um plano prévio de sensibilização e informação a decorrer num período de três meses", que inclui o "esclarecimento aos trabalhadores sobre o funcionamento" do regulamento, refere o texto.

Na reunião privada de hoje, o executivo municipal, presidido pelo socialista Fernando Medina, vai também debater a celebração de um protocolo, no mesmo âmbito, com o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

A Câmara de Lisboa tem cerca de 8.000 trabalhadores.

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Mais de mil doentes foram identificados com retinopatia diabética num rastreio que encaminhou estes pacientes para uma consulta...

Este rastreio da retinopatia diabética é da responsabilidade da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e, desde 2016, permitiu que 22.565 diabéticos fossem avaliados.

Numa primeira fase foram envolvidos quatro Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES): Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras e Estuário do Tejo.

Ana Dinis, médica de saúde pública e da comissão regional da diabetes da ARSLVT, revelou que o programa foi mais tarde alargado a mais cinco ACES e que os últimos dois arrancaram esta semana (Amadora e Almada-Seixal).

“Toda a região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo está coberta pelo programa de rastreio da retinopatia diabética”, disse, sublinhando a importância desta medida que “visa o rastreio da retinopatia diabética, complicação major da diabetes”.

Este rastreio “reduz o risco de cegueira da população diabética, chama e convida a população com diabetes elegível para fazer este rastreio e, nos casos positivos, encaminha-os para consulta de oftalmologia no hospital e tratamento precoce”.

Segundo Ana Dinis, este projeto-piloto foi criado para 40 mil pessoas com diabetes elegíveis, das quais participaram cerca de 60%, o que foi “muito bom”.

Destes rastreados, 1.172 tiveram resultado positivo para o diagnóstico de retinopatia diabética e/ou maculopatia, ou seja, 5,4% dos diabéticos que participaram no rastreio.

Ana Dinis sublinha a importância desta medida, uma vez que permite detetar precocemente a doença e num estádio mais inicial, além de garantir o acesso a um tratamento também mais precoce.

Desta forma, a doença pode ser tratada “mais atempadamente” e o doente pode ter “acesso a tratamentos menos agressivos, menos onerosos, com aumento da qualidade de vida”.

Este rastreio é anual e os doentes com resultado negativo entram de novo no rastreio seguinte.

Os diabéticos elegíveis são convidados pelos centros de saúde a participarem no rastreio através de uma carta, acompanhada de um folheto informativo.

“É importante que as pessoas com diabetes participem. As pessoas devem recorrer ao seu centro de saúde, atualizar os contactos”, disse.

Após ser chamado, o doente submete-se a um exame (retinografia) no centro de saúde e o resultado é transmitido duas a três semanas depois, sendo os casos positivos encaminhados para um serviço de oftalmologia.

Nos casos positivos, esclareceu Ana Dinis, “os resultados são transmitidos pelo médico de família”.

Esta responsável garante que existe resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma vez que “todos os procedimentos entre os cuidados de saúde primários e os serviços onde os doentes vão ser tratados estão articulados”.

Estão ainda garantidos tempos de resposta de qualidade entre cada um destes procedimentos, já que “foi criada uma espécie de via verde para os doentes chegarem mais rapidamente e identificados com uma possível lesão”.

Apesar de preconizado que o tempo médio para estabelecimento de diagnóstico, após o rastreio, é de 20 dias, foi atingido neste programa um tempo médio de 12,6 dias.

Saúde oral
Um programa de saúde oral que, desde 2001, a Legião da Boa Vontade promove com crianças de bairros sociais do Porto, Lisboa e...

Orlanda Feliz, Diretora de Relações Institucionais da Legião da Boa Vontade (LBV), falou à agência Lusa do "Programa Sorriso Feliz" que, atualmente, "assiste 1.500 crianças e jovens no Porto e cerca de três mil incluindo Lisboa e Coimbra".

Apesar de oriundas de bairros sociais, as famílias revelam uma adesão que "tem surpreendido, comparecendo quase a 100% às reuniões marcadas pela higienista oral e já não apenas para ouvir, mas também para perguntar, colocar dúvidas e pedir conselhos sobre a saúde dos filhos e delas", frisou a diretora.

Segundo a responsável, dessas conversas, onde temáticas como "o uso tardio da chupeta e do biberão" se juntam aos problemas do tabagismo, alcoolismo, toxicodependência, falta de higiene oral e uso da placa, conseguimos resultados muito bons", disse ainda.

"Conseguimos que alguns desses pais antecipassem a retirada da chupeta aos filhos e, com isso, prevenir os problemas associados de saúde oral", revelou.

O programa "não objetiva apenas a saúde oral, mas também o implementar de bons hábitos alimentares, o que acaba por influenciar a saúde das crianças", explicou a responsável de uma intervenção em jovens dos dois aos 12 anos.

Tendo como foco da sua ação a prevenção, o contexto escolar em que as crianças estão inseridas bem como o familiar "são também partes muitos importantes do projeto", explicou Orlanda Silva.

"Fazemos reuniões, palestras e formações para os pais", disse, destacando que a adesão "tem surpreendido também ao nível dos parceiros” e que "mesmo nas escolas não tem havido nenhum tipo de obstáculo, pois perceberam que a rotina da saúde oral pode ser implementada sem transtornar o normal funcionamento".

Dispondo de uma higienista oral em cada cidade, uma psicóloga e um médico dentista que supervisiona Porto, Lisboa e Coimbra, a LBV conta ainda com "um corpo de agentes voluntários de saúde oral, aptos para trabalhar no terreno, e que supervisionam a rotina diária nas escolas", explicou a responsável.

Dos 16 anos de trabalho no terreno, testemunhou Orlanda Silva "serem muitas vezes os filhos a educar os pais".

"Crianças que não tendo o hábito de lavar os dentes em casa, cultivaram-no junto da família, passando a ter uma o escova só para si e ligando também a aspetos como a lavagem e secagem da escova", acrescentou.

Solos agrícolas portugueses apresentam falta do mineral
Proteção do sistema imunitário e defesa antioxidante são alguns dos benefícios do selénio para a saú

O selénio é um mineral essencial para o organismo, obtido através da alimentação, e que  garante a produção de mais de 20 proteínas e a manutenção dos processos biológicos que delas dependem.

“O selénio integra 25 proteínas, atualmente identificadas no corpo humano e designadas de selenoproteínas, moléculas vitais para o nosso organismo com importantes funções biológicas a nível da defesa antioxidante, proteção do sistema imunitário, metabolismo da tiróide e fertilidade masculina”, começa por explicar a farmacêutica Inês Veiga.

Embora sejam apenas necessárias pequenas doses – “na ordem das microgramas (µg)” – os seus benefícios são múltiplos. “A deficiência em selénio tem consequências em todos os processos biológicos onde estão envolvidas estas proteínas, podem originar disfunção da tiróide, maior suscetibilidade a infeções, envelhecimento precoce e até cancro”, acrescenta.

De acordo com a especialista, os alimentos com maior teor de selénio são as castanhas do Brasil, o marisco e as vísceras. No entanto, os que mais contribuem para o aporte diário normal, graças à sua presença diária na alimentação, são os cereais, em especial o trigo.

“Infelizmente, estudos mostram que o trigo produzido em solo agrícola português contém pouco selénio”, refere acrescentado que este é um cenário comum um pouco por toda a Europa onde, desde os anos 80, têm sido implementadas leis para a fertilização do solos com o mineral.

A recomendação de ingestão diária, de acordo com a legislação portuguesa, são 55 microgramas (µg). “Contudo, estudos recentes revelam que esta dose é conservadora e que para maximizar os benefícios do selénio a nível da saúde, a ingestão deve ser 100 µg por dia”, revela Inês Veiga.

Quando grave, a deficiência deste mineral pode originar ainda problemas articulares e cardíacos, no entanto, nem sempre é possível detetar os sinais da sua carência. “Uma deficiência moderada não é fácil de identificar, uma vez que os sinais são atípicos, mas dois bons indicadores são as unhas quebradiças e o cabelo baço, que podem alertar para baixos níveis de selénio no organismo”, explica a especialista.

Como podemos saber então se temos falta deste mineral? De acordo com Inês Veiga, é possível dosear os níveis de selénio no sangue, unhas ou cabelo. “Outra estratégia consiste em avaliar os riscos associados ao nosso estilo de vida”, adianta.

Quer isto dizer que, se tivermos um estilo de vida que aumenta o stress oxidativo, ou seja, o excesso de produção de radicais livres, seguramente vamos necessitar de uma maior defesa antioxidante.

Stress, tabaco, exercício físico intenso, doenças inflamatórias e poluição são fatores que aumentam o consumo deste mineral ao nível da defesa antioxidante.

Não obstante, são descritos vários grupos de risco de deficiência de selénio. “Pessoas que sofrem de doenças inflamatórias a nível intestinal, que comprometem a absorção de micronutrientes como o selénio – por exemplo, a doença celíaca – estão em risco de desenvolver esta deficiência”, afirma a farmacêutica. Idosos (que apresentam fraca capacidade de absorção deste nutriente) e fumadores (que estão sujeitos a elevado stress oxidativo) estão também incluídos nos grupos de risco.

Por outro lado, e tendo em conta os dados do estudo, conduzido ela investigadora portuguesa, Catarina Galinha, recentemente publicado, que mostra que os solos agrícolas em Portugal e o trigo são pobres em selénio,  a especialista arrisca em dizer que toda a população portuguesa está em risco de desenvolver deficiência em selénio, sobretudo, durante as próximas décadas.  

Perante este cenário, e apesar de não se pretender que a suplementação venha a substituir a alimentação que deve ser variada e equilibrada, admite-se que esta seja a melhor forma de “colmatar uma deficiência inerente à própria alimentação ou necessidades aumentadas do organismo”, como acontece no casos dos fumadores.

“Na verdade, não existindo em Portugal leis que obriguem à fertilização dos solos com selénio, como acontece na Finlândia, recorrer à suplementação parece ser a melhor forma de prevenir a deficiência neste mineral”, justifica Inês Veiga.

“Tendo em conta que em Portugal não há aprovação de suplementos alimentares”, a especialista recomenda que a escolha destes produtos seja baseada em informação científica credível.

Por outro lado, há que ter em conta a forma de selénio presente no suplemento. “A levedura enriquecida com selénio – SelenoPrecise – é a que tem melhor documentação científica (mais de 150 estudos). É composta por mais de 30 moléculas orgânicas de selénio de elevada absorção e foi a primeira a ser aprovada oficialmente pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA)”, esclarece alertando para o facto de que “regra geral, os multivitamínicos contêm formas inorgânicas de selénio que o organismo praticamente não absorve”, como selenito e selenato.

Esta especialista defende ainda que este mineral seja suplementado juntamente com zinco, uma vez que “todo o nosso metabolismo depende da harmonia entre diversos nutrientes”.

Apesar de não existirem evidências de que o selénio possa interferir com a toma de medicamentos, antes de iniciarmos a suplementação, devemos procurar informação jundo  do médico assistente ou farmacêutico.

“Não existem pessoas em que não é aconselhada a suplementação. Já começam inclusivamente a surgir estudos em grávidas. Nas crianças com idade inferior a 12 anos, obviamente será necessário ter em conta que as necessidades são inferiores às do adulto”, afirma.

Apresentando-se seguro – só existe o risco de se tornar tóxico para o organismo quando ingerido durante várias semanas em doses superiores a 800 µg -, o suplemento com selénio deve ser tomado à refeição e pode ser utilizado durante todo o ano.

“Não nos podemos esquecer que as necessidades de selénio são diárias e vão aumentando ao longo de toda a vida, porque vamos perdendo capacidade de o absorver”, justifica Inês Veiga. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministro dos Negócios Estrangeiros
O ministro dos Negócios Estrangeiros português defende que Lisboa é “a localização que oferece mais condições” para instalar a...

“Dos estudos que realizámos e da ponderação que fizemos das nossas vantagens face aos concorrentes entendemos que Lisboa era a localização que oferecia mais condições, mais vantagens comparativas”, explicou Augusto Santos Silva à margem de uma série de encontros que teve em Madrid.

O chefe da diplomacia portuguesa assegurou que “isso não significa qualquer depreciação das qualidades do Porto e da importância do ‘cluster’ da saúde” existente na cidade e arredores.

Vários autarcas do Porto e da sua área metropolitana têm criticado a decisão de Portugal candidatar Lisboa e não outras regiões do país, pondo em causa a decisão tomada em abril pelo Governo.

Trata-se mais uma vez de um problema de “centralismo” e “continuamos a confundir o país com Lisboa”, insurgiu-se hoje Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, em declarações à RTP.

Os vereadores do PS anunciaram no último sábado que iriam propor, na próxima reunião da Câmara Municipal do Porto, a criação “imediata” de um grupo de trabalho para preparar a candidatura da cidade para receber a Agência Europeia do Medicamento.

Portugal é um dos 20 Estados-membros da União Europeia que apresentou uma candidatura para receber a sede da Agência Europeia do Medicamento, pretendendo instalá-la em Lisboa, uma vez que essa instituição europeia terá de abandonar Londres devido à decisão do Reino Unido de sair da União Europeia.

A sede da Agência Europeia do Medicamento - cuja decisão da nova localização será tomada em dezembro pela União Europeia - é, segundo o Governo, "um fator de prestígio para o país que a acolhe e tende a atuar como polo de atração da presença da indústria farmacêutica, potenciando, em particular, as áreas de investigação e desenvolvimento e os ensaios clínicos".

Entre as muitas cidades candidatas contam-se Bruxelas, Barcelona, Milão, Amesterdão, Atenas, Dublin, Copenhaga e Estocolmo.

“Estou certo de que a eventual relocalização da Agência Europeia do Medicamento em Lisboa terá benefícios para todo o país”, conclui Augusto Santos Silva.

Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

Ministro da Saúde
O INEM vai tutelar em exclusivo as equipas dos helicópteros de socorro contratados a privados e deverá definir as respetivas...

Adalberto Campos Fernandes foi questionado hoje por deputados da comissão parlamentar da Saúde sobre a aquisição de serviços de helitransporte para os anos de 2018 a 2022, que está a ser preparada.

O ministro afirmou que é usual recorrer à contratação de agentes privados para helicópteros de socorro, indicando que o que está previsto para o novo contrato é que os encargos com os profissionais sejam da responsabilidade de quem vencer o concurso.

“Mas quem tutela as equipas é exclusivamente o INEM”, afirmou o ministro.

Perante dúvidas levantadas por deputados, Campos Fernandes admitiu que todo o processo de escalas de trabalho das equipas deverá ser definido pelo INEM.

A autorização para a realização da despesa, num total de 45 milhões de euros, foi publicada na terça-feira em Diário da República.

Segundo o diploma, importa “preparar um concurso para aquisição de serviços de helitransporte para os anos de 2018 a 2022, para um dispositivo de 4 helicópteros, que garanta que o INEM” continua em condições de prestar o serviço de helitransporte de doentes urgentes/emergentes, melhorando a qualidade dos cuidados e assegurando a equidade no acesso.

“O âmbito deste concurso será alargado às duas componentes de equipamentos e de equipas médicas, tendo em conta os constrangimentos que o INEM enfrenta no que concerne à aquisição de equipamentos adequados aos requisitos particulares do helitransporte de doentes, bem como os que resultam das dificuldades para garantir as escalas dos médicos e enfermeiros, altamente diferenciados, necessários à prestação deste tipo de cuidados de saúde, por norma realizados em regime de prestação de serviços por inexistência de operacionais suficientes no mapa de pessoal do Instituto”, refere o diploma.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde rejeitou hoje qualquer intenção de privatizar ou alterar a estrutura do Instituto Nacional de Saúde Ricardo...

Os deputados do PCP questionaram hoje Adalberto Campos Fernandes sobre um grupo de trabalho que estaria a ponderar uma possível integração do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) na Universidade Nova de Lisboa.

Para o ministro, a discussão em torno desta questão "ganhou dimensões desproporcionadas", negando qualquer intenção de privatizar o instituto.

"Está fora de questão qualquer procura de privatização do INSA. O Governo não tem a mínima intenção de alterar a estrutura do laboratório de Estado", afirmou Campos Fernandes aos deputados.

Contudo, o governante diz que o INSA precisa de se modernizar e de se relançar internacionalmente, sobretudo ao nível da investigação.

O presidente do Instituto Nacional de Saúde já tinha rejeitado, no final do mês passado, uma integração da instituição na Universidade Nova de Lisboa, mas sublinhou a necessidade de ser feita uma avaliação externa para reestruturar o organismo.

O presidente do INSA afirmou que, em nenhum momento, foi referido pelo Ministério da Saúde um desmantelamento, uma separação ou uma integração do instituto na Universidade.

"A intenção da Nova poderia ser diferente, mas o INSA nunca ponderou aceitar uma integração", disse.

Fernando Almeida afirmou que o intuito da direção do instituto é "reforçar as capacidades de resposta" e a capacidade de investigação, sendo útil criar pontes com outras instituições, nomeadamente universitárias.

Fernando Almeida aludiu, na altura, à existência de dois grupos de trabalho que envolviam o INSA, um deles constituído por peritos para avaliar a necessidade de Portugal ter uma Agência de Investigação Clínica e Biomédica.

O outro grupo resultou, segundo o responsável, "de uma aproximação da Nova com a anuência dos ministros da Saúde e da Ciência e Ensino Superior".

O objetivo deste grupo seria buscar soluções para consórcios, com vista a melhorar a capacidade de investigação.

Direção-Geral da Saúde
A vigilância epidemiológica do sarampo continua em “nível de alerta elevado”, apesar da atividade epidémica estar dada como...

“Em resultado dos trabalhos conjuntos desenvolvidos entre todos os organismos e em todos os níveis do Serviço Nacional de Saúde e, igualmente, devido à colaboração dos serviços dependentes do Ministério da Educação, a atividade epidémica do sarampo iniciada em fevereiro de 2017 é, agora, considerada controlada também na Região de Lisboa e Vale do Tejo”, afirma a Direção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado.

Segundo a DGS, foi registado em maio, na região do Alentejo, “um novo caso, importado da Roménia, sem qualquer relação com as cadeias de transmissão já conhecidas em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve”.

“Todas as medidas preventivas foram adotadas em relação” a este caso, afirma a DGS numa “declaração pública sobre atividade epidémica do sarampo em Portugal”, em que sublinha que “o sucesso” alcançado “é consequência dos esforços desenvolvidos coletivamente”.

No entanto, as autoridades de saúde continuam “em nível de alerta elevado, no que se refere a vigilância epidemiológica” da doença, sublinha.

O número de casos confirmados este ano de sarampo em Portugal subiu para 31, num total de 158 notificações, segundo a Direção-Geral da Saúde.

De acordo com a última atualização de dados disponível na página da internet da DGS, mais de metade dos casos (61%) ocorreu em pessoas não vacinadas, 42% em profissionais de saúde e quase metade (45%) dos casos confirmados precisou de internamento.

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que apresenta mais casos confirmados (22), 12 dos quais em pessoas não vacinadas, e um óbito.

Oito dos 22 casos confirmados na Região de Lisboa e Vale do Tejo precisaram de internamento, mas todos os doentes já tiveram alta.

Na região do Algarve, a DGS registou sete casos confirmados de sarampo, cinco dos quais em não vacinados. Quatro dos casos ocorreram em crianças com idade inferior a um ano e todas as cinco pessoas que precisaram de internamento já tiveram alta.

Além do caso importado registados na região do Alentejo, a DGS registou outro caso importado na região Norte, de uma criança que não estava vacinada e precisou de ser internada, mas já teve alta hospitalar.

No passado mês de abril, depois da morte de uma jovem de 17 anos com sarampo, o Governo emitiu um despacho a obrigar as escolas a comunicarem aos delegados de saúde os casos de alunos que não tivessem as vacinas em dia, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV).

A vacinação é o meio de prevenção mais eficaz contra o sarampo, uma doença altamente contagiosa e que, ainda que geralmente tenha evolução benigna, pode gerar complicações graves e até levar à morte.

No Porto
Quais os novos desafios que se colocam aos médicos dentistas do século XXI? É em resposta a esta pergunta que a 6ª edição do...

Com a presença e testemunho de Orlando Monteiro da Silva, Bastonário da OMD e de profissionais especializados, o evento irá ainda destacar os melhores profissionais e empresas da área da medicina dentária e estomatologia em Portugal, na entrega dos Prémios Saúde Oral 2017.

Na edição deste ano do Dentalbizz, “Encontro Anual de Gestão para Profissionais da Medicina Dentária”, irão estar em debate temáticas como: o trabalho em equipas multidisciplinares com várias especialidades e não em gabinetes isolados, a aposta em cursos complementares para diferenciação face ao crescente número de profissionais na área, a decisão de seguir ou não uma carreira no estrangeiro, a aposta em cursos de gestão para saber gerir uma clínica, entre outros.

O encontro será também marcado pela discussão em torno do papel do médico dentista na promoção da saúde oral junto das populações e o impacto da inclusão dos médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde.

A fechar o programa, pelo oitavo ano consecutivo, a revista Saúde Oral e o Grupo IFE vão homenagear as personalidades e as marcas que mais se destacaram no universo da medicina dentária em 2016, com a entrega dos Prémios Produto e Prémios Clínicos nas diversas áreas de especialidade.

O programa completo do evento pode ser consultado no site oficial.

Estudo
A saúde dos migrantes é boa quando chegam e “tende a piorar com o aumento do tempo” da sua estadia em Portugal, segundo uma...

A investigação, intitulada “Os migrantes são um risco para a população dos países de acolhimento?”, foi coordenada pela professora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) Sónia Dias e vai ser apresentada durante o seminário “Migração e Saúde”.

As conclusões do estudo mostram que “os migrantes quando chegam a Portugal reportam um bom estado de saúde”.

Os migrantes “tendem muitas vezes a apresentar até melhor estado de saúde do que os nacionais”, o que contraria “a ideia, muitas vezes socialmente preconcebida, de que os imigrantes que chegam são uma ameaça à saúde das populações de acolhimento e um peso para os serviços de saúde”.

A investigação cita dados do último Inquérito Nacional de Saúde, segundo o qual 65% dos migrantes reporta um bom estado de saúde, em contraste com 43% dos portugueses. Dados semelhantes são encontrados na área da saúde mental e doença crónica.

O estudo do IHMT revela ainda que “o estado de saúde dos migrantes varia com o tempo de residência, ou seja, o estado de saúde tende a piorar com o aumento do tempo em Portugal”.

Os subgrupos socialmente mais vulneráveis, com baixo nível educacional e baixo rendimento, são os que apresentam piores indicadores de saúde.

São também estes grupos que menos acede aos serviços, “o que contribui para a acumulação de vulnerabilidades e maior probabilidade de adoecer”.

Segundo a investigação, a maioria dos participantes (52%) do estudo nunca tinha realizado o teste do VIH antes e, entre os que apresentaram positividade para o vírus, quase 35% não tinham conhecimento de que eram portadores da infeção.

Por esta razão, os autores alertam para “a necessidade de melhorar o acesso a serviços de saúde, incluindo na área da saúde sexual e aumentar a cobertura do teste para o VIH na população imigrante”.

Para Sónia Dias, “mais do que considerar os migrantes como uma população de risco, é necessário entender o que faz com que alguns grupos sejam uma população vulnerável e as razões que contribuem para que ao longo do tempo estes migrantes adoeçam mais”.

Dados do estudo indicam que “populações migrantes, oriundas de países de baixa e média renda, ao longo do tempo em Portugal, estão desproporcionalmente mais vulneráveis a doenças infeciosas, como o VIH e tuberculose, além de problemas de saúde mental”.

Este estudo foi desenvolvido pelo IHMT (Universidade Nova de Lisboa) por solicitação e com financiamento da Direção-Geral da Saúde/Programa Nacional para a Infeção VIH/sida.

Estudo
Um estudo desenvolvido no Porto concluiu que crianças que comem alimentos calóricos e com muito açúcar aos quatro anos têm...

Estes resultados podem ser explicados pelas "diferenças hormonais e de composição corporal, que se manifestam antes do início da puberdade", como é o caso de "uma maior massa gorda relativa nas raparigas", disse à Lusa a investigadora Catarina Durão, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), entidade responsável pelo estudo.

De acordo com a especialista, estas diferenças podem ainda estar relacionados com um ressalto adipocitário (período na infância em que se reinicia o aumento do índice de massa corporal), que acontece mais precocemente nas raparigas.

A investigação, que envolveu 3.473 crianças da 'coorte' Geração 21 - projeto de investigação que acompanha cerca de 8.600 crianças da cidade do Porto, desde o nascimento - mostra que 44% das raparigas e 45% dos rapazes avaliados aos quatro anos, já praticam um "padrão alimentar excessivo".

Esse padrão inclui, segundo a investigadora, alimentos demasiado calóricos e com pouco interesse do ponto de vista nutricional, como bolos, doces, refrigerantes, néctares, charcutaria, pizas, hambúrgueres, croquetes, rissóis e batatas fritas.

Catarina Durão indica ainda que as crianças que têm esses hábitos alimentares aos quatro anos tendem a mantê-lo aos sete, aumentando, devido a isso, a proporção da ingestão de alimentos demasiado calóricos também nesta idade (49% das raparigas e 53% dos rapazes).

"Tendo em conta que a idade pré-escolar é um período particularmente relevante para o estabelecimento de preferências e de hábitos alimentares, esta fase da vida é uma oportunidade de excelência para intervir, já que a criança e a sua família podem estar mais abertas à mudança", referiu.

Para a investigadora, as intervenções devem incidir sobre "alimentos com elevada densidade energética e sobre bebidas açucaradas", uma vez que "o consumo destes produtos está associado entre si".

Crianças "que consomem mais 'fast food', também bebem mais bebidas açucaradas, comem mais bolos, doces, guloseimas e 'snacks' salgados", explicou.

Na sua opinião, embora o consumo de alimentos densamente energéticos seja reconhecido como fator de risco para a obesidade infantil, são relativamente escassos os estudos que avaliem padrões alimentares identificados estatisticamente em crianças na idade pré-escolar e a sua relação com subsequente adiposidade.

"Observar esta associação tem relevância, pois consolida a evidência científica que permite servir de base a políticas públicas de promoção de uma alimentação saudável, dando ênfase à importância de intervir o mais precocemente possível", concluiu.

Neste estudo participaram ainda os investigadores Milton Severo, Andreia Oliveira, Pedro Moreira, António Guerra, Henrique Barros e Carla Lopes, membros do Grupo de Investigação em Epidemiologia da Nutrição e da Obesidade da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit) do ISPUP.

Designado "Association between dietary patterns and adiposity from 4 to 7 years of age", o estudo foi publicado recentemente na revista "Public Health Nutrition".

Protocolo foi entregue no Hospital de Elvas
A clínica de alta resolução, em conformidade com as orientações das redes de referenciação hospitalar, pode assegurar,...

“É um exemplo de união entre os municípios em prol dos utentes desta unidade hospitalar”, disse a diretora clínica do Hospital, Vera Escoto.

A clínica “pretende resolver um problema desta zona, permitindo que os utentes possam, num mesmo dia, realizar vários exames, de forma coordenada e pressupõe uma melhoria na acessibilidade dos utentes, numa política de proximidade, evitando gastos, otimizando recursos e meios”, acrescentou.

Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas, em representação dos municípios de Arronches, Campo Maior, Elvas, Monforte, Sousel, Alandroal, Borba, Estremoz e Vila Viçosa, referiu que o projeto surgiu por “uma decisão do governo que permitiu a escolha dos utentes da unidade hospitalar em que querem ser atendidos”, com o objetivo de “prestar um melhor serviço”. “Para a prossecução deste projeto conseguiu-se encontrar os meios financeiros que possibilitaram levar por diante a implementação da clínica”, acrescentou.

Esta reestruturação tem um valor total de investimento de um milhão de euros, estando prevista uma comparticipação financeira do Programa Operacional Regional Alentejo 2020 de 850 mil euros, sendo que a contrapartida nacional é de 150 mil euros, sendo assegurada pela ULSNA (30 mil euros), Coração Delta (10 mil euros) e os nove municípios (num valor global de 110 mil euros, em nove partes proporcionais às populações de cada concelho).

Os objetivos deste projeto são os seguintes: aumento da capacidade instaladas para a prestação de cuidados cirúrgicos de ambulatório; introdução de novas especialidades e técnicas; aumento do volume de produção de meios complementares de diagnóstico e terapêuticas; melhoria das condições hoteleiras para os utentes; requalificação do bloco operatório; melhoria da condições de acondicionamento de equipamentos higiénicos; redefinição dos circuitos internos e, por último, remodelação da área de recobro.

Páginas