Alimentos funcionais
Não é novidade para ninguém que quase todas as doenças podem ser prevenidas à mesa.

Foi nos anos 80, no Japão, que “nasceu”o conceito de alimento funcional. Adeptos de uma alimentação saudável foram os japoneses os propulsores de um conceito que mais tarde se espalhou um pouco por todo o mundo. “Em 1980, o governo japonês decidiu regulamentar o uso de alimentos comercializados, até então, como alegadamente promotores de saúde, introduzindo o conceito de alimento funcional”, começa por explicar Alexandra Vasconcelos.

Estes alimentos são semelhantes aos convencionais, usados como parte de uma dieta normal, mas que “demonstram benefícios fisiológicos e/ou reduzem o risco de doenças crónicas, além das suas funções nutricionais básicas”.  

De acordo com a especialista em medicina biológica, estes alimentos têm como vantagem conter “nutrientes essenciais com ações específicas no nosso corpo, em quantidades adequadas e em equilíbrio com todos os outros, para que haja optimização da sua absorção e melhor utilização pelas células”, estando associados à prevenção de doenças e na correção de desordens e desequilíbrios metabólicos que conduzem a doenças crónicas.

Em 1999 foi concluído o Projeto Ciência dos Alimentos Funcionais na Europa (Functional Food Science in Europe – FUFOSE) que assegurava a evidência científica que relaciona o poder terapêutico a cada alimento funcional. “Desde então o poder terapêutico dos alimentos funcionais tem sido largamente estudado em todo o mundo, estando perfeitamente regulamentado e aconselhado o seu consumo”, refere a especialista.

Genes permitem determinar dieta com maiores benefícios

De modo a potenciar os benefícios de uma dieta funcional, os especialistas recomendam uma análise nutrigenética que permitirá identificar quais os alimentos que melhor se adaptam ao nosso perfil genético.

“A análise nutrigenética – que se obtém através  da recolha de uma amostra de sangue ou saliva – permite conhecer os genes de cada pessoa a fim de determinar qual a dieta mais apropriada para conseguir um estado de saúde ótimo e prevenir doenças”, explica a especialista.

Embora 99% da nossa estrutura genética seja completamente idêntica, “existem aproximadamente 10 milhões de variações genéticas ou polimorfismos entre os indivíduos”. “De acordo com estes polimorfismos, as necessidades nutricionais de cada indivíduo podem ser diferentes”, acrescenta.

Através da nutrigenética, é possível identificar as necessidades específicas de cada um com vista a definir um plano de nutrição personalizado. “Um enfoque nutricional personalizado é essencial e absolutamente necessário para uma dieta ótima que permitirá um melhor funcionamento do seu corpo e prevenção de doenças”, reforça Alexandra Vasconcelos.

De acordo com esta especialista, todos temos, aliás, a ganhar com a inclusão de uma alimentação funcional na nossa dieta diária. “Todos nós temos carências micronutricionais”, justifica.

E as razões são basicamente três! “Primeiro pelo excesso de alimentação «dita» moderna (fast-food, pré-cozinhada e industrializada) que aporta apenas uma ínfima quantidade de micronutrientes”, refere Alexandra Vasconcelos. Este défice é agravado por um baixo consumo de alimentos ricos em fitoquímicos, como as frutas, os legumes e as gorduras polinsaturadas.

Por outro lado, hoje em dia, os alimentos apresentam menor densidade nutricional pelo empobrecimento dos solos e cultivo fora das estações. “Os anti-oxidantes dos frutos vermelhos existem em maior quantidade nos alimentos que são produzidos  na sua estação e em condições ambientais normais. Esta concentração decorre da necessidade de adaptação da espécie ao seu ambiente. Se a produção é protegida e facilitada, esta concentração diminui”, explica.

A alteração da flora e permeabilidade intestinal, bem como as alteração do pH do estômago e intestino, “cada vez mais endémicas”, são apresentadas como outras das causas dos défices nutricionais, uma vez que criam condições que dificultam a normal absorção dos nutrientes.

“Por todas estas razões, todas as pessoas beneficiam de uma alimentação funcional rica em fitonutrientes ativos”, reafirma a especialista em medicina biológica.

Fitonutrientes que distinguem os alimentos funcionais

Alexandra Vasconcelos explica, de forma simples que os alimentos funcionais “são classificados de acordo com a sua riqueza em fitonutrientes e estrutura química”:

1. Pré e probióticos, Bifidubacterias e Lactobacilos – regulam o ecossistema gastrointestinal, melhorando todas as suas funções, e são indispensáveis na prevenção de doenças crónicas, cancro e no bem-estar emocional.  “Têm tremenda influência na nossa saúde”, afiança a especialista.

Ajudam na manutenção da barreira intestinal onde se concentra a “grande resposta imunológica”, têm um papel direto na síntese das vitaminas B e K, na absorção de cálcio e ferro e “introduzem melhorias na digestão e absorção dos alimentos”.

“Existem alguns alimentos ricos em probióticos, no entanto, a maioria é rica em prébioticos que ajudam na proliferação do microbioma intestinal. A banana, o chocolate preto, as azeitonas, algas como a spirulina, alguns cereias ou produtos germinados são exemplos de alimentos que ajudam na manutenção do microbioma intestinal”, esclarece.

Relativamente aos produtos lácteos, Alexandra Vasconcelos acrescenta que é muito comum pensar-se que este tipo de alimentos são ricos em probióticos “no entanto, a maioria dos produtos lácteos são UHT – ultrapasteurizados -, um processo que destrói as bactérias saudáveis”. 

Ainda de acordo com a especialista, e apesar de muitos iogurtes serem enriquecidos com probióticos, “na maioria das vezes não é suficiente para mantermos uma boa função intestinal e muitas pessoas beneficiam da retirada da totalidade dos lácteos da alimentação”.

2. Compostos sulfurados e nitrogenados são compostos orgânicos usados na proteção contra a carcinogénese e mutagénese – mutação do ADN -, sendo ativadores de enzimas de “detoxificação hepática”. Isotiocianatos e indóis são também antioxidantes e estão presentes em crucíferas - “legumes cujas folhas se desenvolvem em cruz ou camadas relativamente ao pé principal” -, tais como brócolos, couve-flor, couve-de-bruxelas, couve, repolho, entre outros.

3. Vitaminas e antioxidantes – “os alimentos ricos em nutrientes com ação antioxidante, como o licopeno, carotenóides, flavonóides, catequinas, tocoferóis (vitamina E, por exemplo) e vitamina C, que se encontram nos frutos, hortaliças e legumes de várias cores, reduzem o risco de arteriosclerose, de desenvolvimento de cancro ou lesões oxidativas do ADN e têm uma ação anti-inflamatória”, explica a médica.

4. Ácidos Gordos Polinsaturados – são alimentos ricos em omega-3 e omega-6 que ajudam a corrigir o perfil lipídico “indispensável na prevenção cardiovascular, na boa atividade cerebral e neurológica e na proteção do sistema imunitário”.

“Estas gorduras «boas» existem nos peixes gordos, sementes, oleaginosas, algas, frutos secos, azeite, óleo de camelina e colza”, refere.

5. Fitoestrogénios – “Isoflavonóis e lignanos que podem ajudar a regular desequilíbrios hormonais por terem capacidade de se unir aos recetores estrogénicos. Têm sido também associados a efeitos protetores relativamente a determinadas neoplasias, doenças cardiovasculares e osteoporose”, explica. Encontram-se presentes em alimentos de origem vegetal, como a soja, linhaça, alfafa, em cereais, legumes, frutas e algumas verduras.

6. Fitoesteróis, que quando estão presentes em quantidades suficientes contribuem para a redução da absorção intestinal do colesterol.  Encontram-se nos frutos secos, cereais e óleos vegetais.

7. Fibras solúveis – melhoram o funcionamento intestinal, diminuem a absorção de gorduras e açúcar, contribuindo para a regulação dos valores do colesterol e dos valores glicémicos. “A ingestão de fibras está relacionada com a diminuição da incidência do cancro coloretal”, afirma Alexandra Vasconcelos.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Despesa
O país despendeu 6,2% do PIB em despesas de saúde em 2015, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta sexta-feira. O...

Portugal gastou 6,2% do PIB em despesas de saúde em 2015, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta sexta-feira. O organismo de estatística refere que a União Europeia despendeu 7,2% do PIB na saúde [cerca de 1,5 bilhão de euros], o que faz com que o nosso país tenha gasto 1% a mais do que o total do bloco.

A saúde é o segundo maior gasto público da comunidade única, logo depois das despesas com a proteção social (19,2%). Os países que lideram a tabela são a Dinamarca (8,6%), a França (8,2%) e a Áustria e a Holanda (ambos com 8,0%), sendo que abaixo se situa o Chipre (2,6%), a Letónia (3,8%), a Roménia (4,2%) e a Grécia (4,5%).

“O ranking é bastante diferente quando os montantes gastos são comparados com a população de cada estado-membro. Em média, em 2015, as despesas com saúde ascenderam a 2.076 euros por habitante na União Europeia”, refere também o relatório.

Segundo o Eurostat, os países europeus que gastaram mais de 3.000 por habitante foram o Luxemburgo (4112 euros), a Dinamarca (4094 euros), a Holanda (3194 euros), a Suécia (3170 euros), a Áustria (3149 euros), a Irlanda (3138 euros) e o Reino Unido (3020 euros).

Em relação aos que desembolsaram menos, destacam-se alguns países de Leste da Europa Central, como por exemplo a Roménia (340 euros), a Bulgária (343 euros), a Letónia (468 euros), a Polónia (520 euros), o Chipre (532 euros) e a Hungria (592 euros), cujos gastos foram abaixo de 600 euros.

Tumores
Baseia-se numa tecnologia inovadora que destrói os tumores malignos activando e direccionando as próprias defesas imunológicas...

A empresa portuguesa Biotecnol criou uma molécula com três braços - designada Tb535H - que vai ser testada em doentes com cancro avançado no Reino Unido. O novo biofármaco procura usar certas células imunitárias do doente (os linfócitos T) para destruir as células cancerosas.

"Este medicamento apresenta um forte potencial de utilização em vários tipos de cancro, como o cancro de mama e rins, mas o foco inicial, neste ensaio clínico, incide sobre os cancros torácicos, designadamente pulmão e pleura", explica a empresa em comunicado. 

A Biotecnol, que desenvolve medicamentos que usam o nosso próprio sistema imunitário para atacar as células cancerosas, estabeleceu uma parceria com o centro de oncologia britânico, o Cancer Research, para fazer um ensaio clínico, no final de 2018, em 45 doentes com cancro avançado.

“É como um míssil direccionado para o ‘alvo 5T4’, que se liga apenas às células cancerosas que ‘emitem o sinal’ 5T4, as que queremos eliminar, e não se liga às células normais. Tem-se uma molécula com ‘dois braços’ de reconhecimento selectivo apenas das células cancerosas com 5T4. Ao ligar-se ao antigénio 5T4, o anticorpo não só selecciona as células cancerosas como bloqueia o seu processo de propagação. Tem assim um duplo efeito de reconhecimento e de bloqueio”, explicou ao jornal “Público” o investigador Pedro de Noronha Pissarra, presidente da Biotecnol. 

Para destruir as células cancerosas, entra em acção o terceiro braço da molécula. “Com um mecanismo de acção muito inteligente e inovador, mas também muito difícil de desenvolver, os cientistas da Biotecnol ‘montaram’ através de técnicas de engenharia genética uma maneira de usar as próprias defesas imunitárias do doente, para elas atacarem e matarem o tumor”. 

“Os linfócitos-T, um subtipo de glóbulos brancos, são as células do sistema imunitário envolvidas na protecção do corpo contra doenças infecciosas e invasores externos. Existe um lugar de ligação (como um magneto) nos linfócitos T chamado CD3, que, quando é activado, os torna verdadeiras células assassinas”, acrescenta. “Montaram um anticorpo atractor do CD3: atrai os linfócitos T e liga-os a esse atractor, provocando assim a sua activação”, detalhou ao jornal o investigador. 

Resumindo: a molécula liga-se com dois braços ao tumor que tem 5T4 e, com um outro braço, atrai e activa os linfócitos T que passeiam pelo sangue e direcciona-os para o tumor. Ao entrar em contacto com o tumor, os linfócitos T libertam substâncias bioquímicas letais para o tumor, que é destruído. 

Os chamados biofármacos não são sintetizados quimicamente, mas servem-se dos mecanismos biológicos do corpo para combater uma doença. 

A imuno-oncologia, classificada em 2013 pela prestigiada revista “Nature” como o avanço do ano, é um tipo de imunoterapia que recorre ao sistema imunitário da própria pessoa a combater o cancro.

Estudo
Especialistas mostram-se preocupados com o consumo excessivo de açúcar.

De acordo com um estudo publicado no British Journal of Sports Medicines, o açúcar pode ser tão viciante quanto a cocaína, uma vez que a vontade que as pessoas têm de comer alimentos ricos em açúcar é bastante elevada. Os sintomas que surgem após a abstinência de açúcar são semelhantes ao da cocaína, como é o caso da depressão e de distúrbios comportamentais.

Os especialistas revelaram estar preocupados com o consumo excessivo de açúcar, especialmente nas crianças, pois o consumo médio é cerca de três vezes superior ao recomendado.

O consumo excessivo de açúcar pode levar à obesidade, cáries, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Morte súbita
Os recém-nascidos devem dormir no mesmo quarto dos pais, mas no seu berço, até ao primeiro ano de vida, para reduzir os riscos...

A prática deve ser realizada pelo menos durante os primeiros seis meses de vida e, se possível, até o bebé completar um ano de idade, defendem os pediatras que indicam que colocar o bebé a dormir no quarto dos pais reduz em 50% o risco de morte súbita.

O relatório foi apresentado na conferência anual da AAP, em São Francisco, na Califórnia, e publicado no site da revista médica Pediatrics. Trata-se da primeira atualização das recomendações da AAP desde 2011.

"Sabemos que os pais podem estar extenuados com a chegada de uma criança e queremos proporcionar-lhes um guia claro e simples sobre a melhor forma dos bebés e pais dormirem", explica Rachel Moon, autora principal das recomendações.

Cerca de 3.500 bebés morrem todos os anos de morte súbita nos Estados Unidos, por SMSL e asfixia acidental.

O índice de mortalidade de recém-nascidos diminuiu na década de 1990 após o lançamento de uma campanha americana para melhorar a segurança do bebé durante as horas de sono, mas depois esses números estagnaram.

Evitar mantas, peluches e almofadas

O relatório da AAP recomenda deitar os bebés de barriga para cima numa superfície firme no berço, coberta com um lençol bem esticado, e evitar cobertores, almofadas ou peluches.

Os bebés correm um risco maior de morte súbita entre o primeiro e o quarto mês de vida, mas novos estudos mostram que os cobertores, almofadas e outros objetos moles são perigosos inclusivamente para bebés maiores.

Os estudos também mostram que colocar o bebé a dormir de barriga para cima reduziu em 53% a mortalidade por SMSL entre 1992 e 2001.

Nas novas recomendações, os pediatras americanos insistem na importância do contacto físico entre a mãe e o recém-nascido imediatamente após o nascimento, independente do tipo de parto.  Com isso, o bebé fica mais feliz e a sua temperatura corporal torna-se mais estável e normal, assim como o seu ritmo cardíaco, afirmam os médicos.

O contacto com a pele da mãe faz com que o recém-nascido conviva com as mesmas bactérias e desenvolva, assim, um sistema imunitário mais robusto. O contacto físico com a mãe e a lactância parecem ser igualmente importantes na prevenção de alergias, diz a AAP.

Contra as superbactérias
A rede de restauração fast-food McDonald's anunciou que vai limitar, em todo o mundo, o uso de antibióticos em frangos a...

A decisão complementa o movimento iniciado pela rede no mercado norte-americano em 2016 e visa diminuir a utilização de fármacos que também são usados na medicina humana, nomeadamente no tratamento de infeções simples.

"A partir de 2018, vamos implementar uma nova política de antibióticos para criação de frangos nos mercados em todo o mundo", informou a empresa numa nota divulgada esta semana.

Em 2018, a McDonald's pretende que estes fármacos sejam eliminados da criação de aves no Brasil, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Europa. A exceção será para o antibiótico colistina na Europa. Essa política abrangerá a Austrália e Rússia até 2019, quando a colistina na Europa for gradualmente eliminada.

A medida deve estar totalmente implementada até janeiro de 2027, embora a rede afirme que "o nosso objetivo é ter essa política adotada antes dessa data".

Há décadas que os cientistas apontam para a ligação entre o uso de antibióticos em animais e a diminuição da eficácia dessas drogas na medicina humana.

De acordo com os Centros para Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, pelo menos dois milhões de pessoas são infetadas no país anualmente com bactérias multirresistentes a antibióticos, provocando cerca de 23 mil mortes.

Por outro lado, as estimativas científicas dão conta de que, em algumas décadas, as superbactérias serão mais letais do que o cancro.

Saúde mental
Nos Estados Unidos se pesquisar sobre "depressão" no motor de busca do Google é encaminhado para questionário de...

De acordo com a BBC, a Google aliou-se à Aliança Nacional para a Saúde Mental norte-americana (Nami) neste projeto, que para já é só se encontra disponível para os utilizadores daquele país.

Segundo esta instituição, não se trata de uma "ferramenta singular" para um diagnóstico, uma vez que os "resultados do teste podem ajudar a pessoa a ter uma conversa mais informada com um médico".

O teste "PHQ-9", como é designado,  será antes o primeiro passo para a obtenção de um diagnóstico adequado. "Esperamos que, ao disponibilizar esta informação no Google, mais pessoas tomem consciência da depressão e procurem tratamento para recuperar e melhorar a sua qualidade de vida", diz a Nami em comunicado.

Estima-se que apenas cerca de 50% das pessoas que sofrem de depressão recebe tratamento adequado.

"Ao carregar na opção ‘Verifique se está clinicamente deprimido’, os utilizadores podem preencher um autodiagnóstico privado para determinar o nível de depressão", explica a diretora da NAMI, Mary Giliberti.

Hoje em dia uma em cada 20 pesquisas no Google são sobre saúde. O novo teste faz parte de um conjunto de medidas da gigante norte-americana para reforçar e melhorar a informação médica online.

Na semana passada, o site lançou um boletim polínico que mede as concentrações de pólen no ar em algumas zonas para ajudar pessoas com alergia a evitar os sintomas.

Segurança Alimentar
Alguns doces industrializados contêm aditivos em forma de nanopartículas sem que isso esteja mencionado nas embalagens, segundo...

O estudo realizado pela revista francesa "60 millions de consommateurs" analisou a presença do aditivo E171 (dióxido de titânio), composto em parte por nanopartículas e utilizado frequentemente na indústria agroalimentar e cosmética para embranquecer doces, pratos preparados e pasta de dentes.

Para a revista, publicada pelo Instituto Nacional do Consumo, o facto deste aditivo se apresentar em forma de nanopartículas - 50.000 vezes mais pequenas que um fio de cabelo - gera dúvidas sobre os seus efeitos na saúde, umas vez que estas conseguem trespassar com mais facilidade as barreiras fisiológicas.

"Quando uma substância estranha se intromete numa célula, podemos supor que pode haver danos ou a desregulação de algumas destas células", simplifica Patricia Chairopoulos, coautora do estudo, que critica as indústrias pela "falta de vigilância" e de "rigor".

O aditivo E171 em forma de nanopartículas foi encontrado sistematicamente nos 18 produtos doces testados pela revista, em proporções diversas: 12% desse aditivo nos biscoitos Napolitain de Lu, 20% nos chocolates M&M's e 100% nos bolos da marca francesa Monoprix Gourmet.

A presença do E171 está indicada nas etiquetas, mas sem a menção de estar sob a forma de "nanopartículas".

Risco de cancro em animais de laboratório

A cientista Patricia Chairopoulos destacou que um estudo publicado em janeiro por um instituto francês levantou suspeitas sobre este aditivo na forma de nanopartículas, ao concluir que uma exposição crónica ao E171 favorecia o crescimento de lesões pré-cancerosas em ratos, sem que os investigadores extrapolassem, porém, esse risco para os seres humanos.

Em junho de 2016, a ONG "Agir pour l'environnement" alertou para a presença de nanopartículas, entre elas de dióxido de titânio, numa série de outros produtos alimentares.

Tufão Hato
Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) corrigiram hoje a informação, divulgada na quinta-feira, de que quatro portugueses teriam...

Segundo os SSM, os quatro portugueses, turistas, deslocaram-se ao hospital por motivos “não relacionados com o tufão”, por “doença súbita”, não se tratando de acidente ou ferimentos. Não há, até agora, registo de portugueses feridos devido ao tufão.

O tufão Hato, o mais forte a atingir Macau nos últimos 50 anos, causou nove mortos e 244 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades.

Doente oncológico
O Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) anunciou hoje que iniciará em breve o processo para a construção da unidade de...

“Por despacho do secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Delgado, acaba de ser autorizada a criação da Unidade de Radioterapia no Hospital de São Teotónio (que integra o CHTV)”, refere, em comunicado.

O projeto, que tem um valor estimado de cerca de seis milhões de euros, “atribuirá ao CHTV uma centralidade na terapêutica do doente oncológico no domínio da radioterapia”, sublinha.

Segundo o CHTV, haverá “uma diferenciação técnica que permitirá prestar aos seus utentes uma nova possibilidade para o tratamento da sua doença com conforto, segurança e qualidade”.

A 17 de julho, Manuel Delgado anunciou que o concurso público para as obras de instalação da radioterapia no CHTV será lançado "ainda este ano" e que a valência entrará em funcionamento "no início de 2019".

“Vamos fazer o programa funcional, ou seja, onde vai ficar instalado, que áreas vão ficar já ocupadas e a área que ficará definida para ter um segundo acelerador linear e, em função disso, feito esse programa, vai-se fazer um caderno de encargos e abrir concurso público ainda este ano", acrescentou.

Parceria Cruz Vermelha Portuguesa
O município de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, está a instalar um Serviço de Teleassistência Domiciliária para a...

"O serviço é uma resposta social que pretende assegurar melhor qualidade de vida a todos os munícipes que, independentemente da idade, vivam isolados, tenham mobilidade reduzida, passem grande parte do dia ou noite sozinhos, ou se encontrem numa situação de fragilidade social ou emocional após o incêndio de 17 de junho de 2017", explica a autarquia liderada por Valdemar Alves em comunicado enviado à agência Lusa.

Após a elaboração de um Plano de Ação, na sequência de visitas técnicas da Cruz Vermelha Portuguesa, foram já entregues e instalados 13 equipamentos, prevendo-se a instalação de mais 15 até ao final de setembro.

Segundo o município de Pedrógão Grande, a parceria tem como objetivo "instalar e ativar mais aparelhos, de forma gradual, devido às distâncias geográficas e porque alguma da população identificada aguarda opinião de familiares".

O acordo prevê que a equipa de apoio social e teleassistência da delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa, acompanhada da GNR, se desloque semanalmente às freguesias daquele concelho para visitas e instalação de equipamentos.

O Serviço de Teleassistência Domiciliária é um sistema de segurança ligado durante 24 horas por dia através de uma central recetora de alarmes, que, consoante a situação, encaminha a solicitação para a entidade competente, seja bombeiros, Centro de Saúde ou mesmo familiares.

Basta o utilizador carregar no botão de alarme para entrar em contacto com uma operadora e, caso não consiga falar, será acionada imediatamente a rede de apoio, que é constituída por familiares, instituições ou pessoas de confiança.

O equipamento e instalação estão a ser feitos gratuitamente durante um ano, tendo para isso a Cruz Vermelha Portuguesa disponibilizado 100 aparelhos para a região.

Incêndios
Os apicultores estão preocupados com o efeito dos incêndios na redução da área de alimento para as abelhas e consequentemente...

Este é precisamente um dos assuntos que vai estar em debate no Fórum Nacional da Apicultura que decorre entre 07 e 10 de setembro, em Vila Pouca de Aguiar.

Duarte Marques, presidente da Aguiarfloresta e um dos organizadores do fórum, disse hoje à agência Lusa que os incêndios representam “uma grande ameaça” para a apicultura porque destroem diretamente colmeias, mas também porque estão a reduzir a área de pasto - ou seja, de alimento das abelhas.

“O que se traduz em maiores dificuldades a nível de produção de mel e derivados e da sustentabilidade e viabilidade das explorações apícolas”, afirmou.

Nas últimas semanas têm sido relatados vários estragos causados pelos fogos em colmeias.

“Muitos incêndios destroem apiários e abelhas. Mesmo que não consumam as caixas e as colmeias, o excesso de calor acaba por afetar as abelhas que acabam muitas vezes por morrer por sobreaquecimento”, explicou Duarte Marques.

O responsável destacou também que os incêndios têm implicação direta na redução da área de floração, logo de pólenes e néctares.

“Quando arde o mato está-se a perder área de pasto, de alimento, para as abelhas. É uma perda efetiva para a apicultura”, frisou.

Duarte Marques explicou que as abelhas têm uma área de ação limitada, podendo ir buscar alimento apenas a três ou quatro quilómetros de distância.

Isso implica que, por vezes, seja necessário mudar a localização das colmeias ou recorrer à alimentação artificial para se manterem as colónias vivas.

“É um esforço e há custos acrescidos, com implicações na rentabilidade das explorações. Os custos de produção tornam-se mais elevados do que os proveitos”, salientou.

O dirigente referiu que, para além dos incêndios, este setor possui outras “ameaças e fragilidades”, desde o clima, as doenças e pragas, como a vespa asiática que “está em crescendo em Portugal”.

A seca teve, este ano, um efeito direto na produção de mel.

Duarte Marques referiu que 2017 “foi um ano mau”. “Depende das regiões mas aqui, no Alto Tâmega, a quebra de produção andará à volta dos 50% comparativamente a um ano normal”, sustentou.

O fórum nacional é considerado o “grande evento da apicultura” em Portugal, que serve fazer o “ponto de situação do setor”.

“É um momento de encontro em que se faz uma avaliação das dificuldades do setor e as novas oportunidades, também as investigações e as inovações”, frisou.

O evento inclui a realização da XVI Feira Nacional do Mel e da Feira de Inovação da Apicultura.

O fórum é promovido pela Federação Nacional dos Apicultores de Portugal e conta com vários parceiros institucionais na região, como a associação florestal e ambiental Aguiarfloresta, com sede em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.

Fipronil
A retirada de alimentos contaminados do circuito comercial é frequentemente "tardio ou nem acontece” na Alemanha, devido a...

Apontando 92 casos de contaminação de alimentos ao longo de um ano, a organização observa que os fabricantes envolvidos "quase nunca usam todos os meios disponíveis para alertar os consumidores”.

A Foodwatch aponta também erros às autoridades, que acusa de lançarem os alertas tardiamente, o que aconteceu pelo menos "em 47%" dos casos.

Sendo certo que o número de ordens para retirar alimentos contaminados tem vindo a aumentar na Alemanha, muitas vezes, acusa a organização, o único alerta é feito através de comunicados divulgados pelos media

Quanto ao tipo de caos, em 38% trata-se de contaminação microbiológica, em particular por bactérias do tipo salmonela ou listeria, em 27% há presença de corpos estranhos nos alimentos, incluindo pedaços de vidro ou plástico, e menos frequentemente faltam informações sobre o seu conteúdo ou há violação do dever legal de informação.

O problema, de acordo com a Foodwatch, está tanto na demora em retirar os alimentos como na forma como é feito, sendo que a única regra aprovada na União Europeia, em 2002, prevê apenas que “os produtos que não são seguros não devem ser colocados em circulação”, não existindo instruções específicas.

"A falta de informação por parte das autoridades no escândalo de ovos contaminados com fipronil ilustra, mais uma vez, este problema", diz a Foodwatch, que preconiza a promulgação de regras obrigatórias e específicas.

Sindicato Independente dos Médicos
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) quer que o Ministério da Saúde tenha em conta no número de utentes atribuídos a cada...

O pedido surge depois da divulgação de um estudo feito pelo SIM em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto que avaliou 228 mil consultas de Medicina Geral e Familiar em 2016.

Segundo a análise, os doentes dos 80 aos 89 anos com diabetes, hipertensão e depressão vão ao médico de família quase 8 vezes por ano.

O número mínimo de consultas é atingido nas idades entre os 10 e 19 anos, aumentando gradualmente a partir dessas idades à medida que os utentes ficam mais velhos. Os dados levam o secretário-geral do sindicato a pedir, que nas ponderações que existem na lista de utentes por médico de família, se passe a ter em conta não apenas a idade mas também as doenças diagnosticadas, escreve a TSF.

"Não diminuindo a carga de trabalho. A carga mantém-se para acompanhar devidamente os doentes mais idosos", diz Jorge Roque da Cunha, médico de família e secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.

Segundo a referida rádio, no entender do sindicato, esta seria uma forma de levar todos os médicos de família a responder a tempo, horas, sem listas de espera e com qualidade aos pedidos de consulta dos utentes.

Depois da passagem da troika por Portugal, o número de doentes por médico de família passou de 1500 para 1900.

Esta sexta-feira está marcada uma nova reunião daquele sindicato com a secretária de Estado da Administração Pública, mas Roque da Cunha não está otimista. "Aquilo que o ministério da Saúde e o ministério das Finanças propôs ainda não foi nada e estamos a ser empurrados para a greve", admite.

Segurança rodoviária
No período de um ano e meio, entre 2016 e os primeiros seis meses de 2017, foram realizados 4236 testes para controlar o...

Em média, quatro condutores por semana são apanhados sob efeito de estupefacientes. No período de um ano e meio, entre 2016 e os primeiros seis meses de 2017, foram realizados 4236 testes para controlar o consumo de drogas na estrada e 261 deram positivo.

Os números foram apresentados esta quinta-feira pelo Jornal de Notícias, que contactou o Comando Geral da Guarda Nacional Republicana (GNR). A informação da polícia portuguesa dá conta de que, só em 2016, dos 2017 testes feitos 162 deram positivo. Já este ano, no primeiro semestre, totalizam-se 76 positivos num universo de 823, conforme nota a edição de hoje do matutino portuense.

Uma das preocupações das autoridades policiais é o crescimento das “novas drogas sintéticas”, de acordo com o que explicaram ao JN fontes do ramo. Assim, dizem, o investimento na detecção destas substâncias também deverá acompanhar esse crescimento. “A fiscalização também tem de evoluir”, acrescentam.

Observando os números, pode perceber-se que entre 8% e 9% dos condutores são apanhados com droga nos rastreios policiais da GNR e da Polícia de Segurança Pública (PSP). Os três distritos onde se verificou a maioria das ocorrências foram Braga (35), Faro (30) e Leiria (23). A canábis é a substância mais detetada nos testes.

Consumo em excesso
O consumo excessivo de álcool aumenta nas férias e constitui um sério problema de saúde pública, causando inúmeras doenças,...

As bebidas alcoólicas contêm etanol, uma substância psicoativa que afeta a função e neurotransmissão cerebral, e que possui propriedades intrínsecas capazes de induzir dependência.

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 3,3 milhões de pessoas morrem anualmente, em todo o mundo, como consequência do consumo abusivo de álcool, ocupando o quarto lugar no ranking de causas de morte.

"Com a chegada do bom tempo e do período de férias chegam também as atividades ao ar livre, as festas regionais e os festivais de música, circunstâncias que apelam ao consumo de bebidas alcoólicas, tradicionalmente associado ao relaxamento e à diversão", admite a médica Mónica Almeida.

"O efeito de desinibição social intrínseco ao álcool pode também ser motivo de procura em pessoas com maiores limitações na interação social, sobretudo jovens, como os que sofrem de fobia social, grupo de risco para desenvolver problemas relacionados com o álcool", recorda a psiquiatra.

No entanto, a especialista deixa um alerta: "O consumo excessivo de álcool constitui um sério problema de saúde pública, atuando como fator causal em inúmeras doenças".

"Aumenta exponencialmente o risco de acidentes em meio aquático, como afogamentos, acidentes de viação, consumo de outros estupefacientes, comportamentos sexuais de risco, comportamentos violentos" assim como "aumenta a exposição a várias doenças psiquiátricas", indica.

"O aumento do consumo de bebidas alcoólicas no período de férias é sobretudo preocupante nos jovens, por variadas razões, das quais se realça poder precipitar um padrão de consumo regular e problemático que se perpetua após este período", acrescenta Mónica Almeida, psiquiatra na Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra.

A especialista aconselha "limitar o seu consumo de álcool nestas férias e ficar atento ao mesmo por parte dos filhos". "Depois da prevenção, o reconhecimento do problema e intervenção precoces são o principal fator de bom prognóstico a médio e longo prazo, logo, não hesite em procurar ajuda especializada aos primeiros sinais de suspeição de dependência do álcool", avisa.

Harvard
As pessoas idosas que foram tratadas por médicas do sexo feminino tiveram taxas de sobrevivência significativamente maiores e...

As descobertas, publicadas na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA) Internal Medicine, foram baseadas na análise dos registos médicos de uma amostra de mais de um milhão de pessoas, referentes ao período de 2011 a 2014.

Os pacientes com médicas tinham uma probabilidade significativamente menor de morrer num período de 30 dias a partir da data de internamento ou de ser readmitidos nos 30 dias após a alta.

Se os homens conseguissem obter a mesma taxa de sucesso que as mulheres neste campo, haveria menos 32.000 mortes por ano apenas entre os pacientes do programa de assistência de saúde Medicare, um grupo que inclui pessoas com mais de 65 anos. Os números constam do referido estudo.

"A diferença nas taxas de mortalidade surpreendeu-nos", concluiu o autor principal do estudo, Yusuke Tsugawa, do Departamento de Política e Gestão de Saúde da Universidade de Harvard. "O género do médico parece ser particularmente significativo para os pacientes mais doentes", acrescentou.

O estudo foi descrito como a primeira avaliação nacional deste tipo a comparar os resultados entre os pacientes de médicos de sexos opostos. A investigação conclui que os pacientes tratados por uma médica do sexo feminino tinham um risco 4% menor de morrer prematuramente em comparação com os pacientes tratados por um médico homem.

Menor risco de reinternamento

Os pacientes atendidos por médicas também tiveram um risco relativo 5% mais baixo de serem readmitidos num hospital nos 30 dias seguintes à alta médica. A análise científica não aprofunda razões para as diferenças observadas, mas recorda que estudos anteriores mostraram que as médicas do sexo feminino tendem a seguir as diretrizes clínicas mais rigorosamente do que os homens e que as mulheres oferecem uma comunicação mais centrada no paciente.

Uma melhor compreensão das diferentes abordagens é agora mais importante do que nunca, conclui ainda o autor sénior do estudo, Ashish Jha, professor de política de saúde e diretor do Instituto de Saúde Global de Harvard.

Estudo
Uma dieta mediterrânica rica em legumes frescos, azeite e fruta pode ajudar a preservar a massa cerebral e a prevenir doenças...

Já sabíamos que a Dieta Mediterrânica prevenia o aparecimento da diabetes e de doenças cardiovasculares, só não tínhamos a certeza é que esta era também uma das opções mais saudáveis para o cérebro, nomeadamente para a prevenção das doenças neurodegenerativas.

De acordo com o último estudo sobre a matéria, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, a dieta dos povos do sul da Europa - leia-se Portugal, Espanha, França, Itália, Croácia, Chipre e Grécia - é saudável e pode ajudar a preservar a saúde cerebral a longo prazo. Este estudo inclui ainda um dado inovador: não é o peixe o segredo dos benefícios da Dieta Mediterrânica, classificada Património Imaterial pela UNESCO.

O estudo não esclarece exatamente porquê, salienta apenas que as saladas frescas vestidas de azeite, a fruta, o hummus, o feijão e as massas são a chave do sucesso.

O grupo de investigadores da área da neurologia observou  ressonâncias magnéticas ao cérebro de 401 pessoas, primeiro aos 73 e depois aos 76 anos.

Perda de massa cinzenta

O estudo, baseado na observação do volume do cérebro, conseguiu estabelecer uma relação entre a alimentação e a perda de volume e células cerebrais, duas das principais causas de demência, nomeadamente da Doença de Alzheimer.

De acordo com as conclusões da investigação, quem aderiu à Dieta Mediterrânica sofreu menos efeitos decorrentes do natural processo de envelhecimento cerebral comparativamente a qualquer outra dieta, uma vez que o cérebro não diminuiu de tamanho no período de estudo.

Em contrapartida, o estudo mostra que os que adotaram a dieta do Sul da Europa tinham mais dez milímetros de volume total de cérebro do que aqueles que optaram por outro tipo de alimentação.

IPMA
Vários concelhos nos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco estão hoje em risco máximo de incêndio, de acordo...

Com risco muito elevado de incêndio estão vários concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e Faro. Já em concelhos dos distritos de Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Santarém, Portalegre, Évora e Beja o risco é elevado.

Nos distritos de Aveiro, Lisboa e Setúbal o risco de incêndio é moderado.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o "reduzido" e o "máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje, no continente nebulosidade matinal no litoral Norte e Centro, que poderá persistir em alguns locais e descida de temperatura. As temperaturas vão variar entre os 23º no Porto e os 34º em Évora e Beja.

Para os Açores aguardam-se períodos de céu muito nublado com abertas e aguaceiros fracos. Ponta Delgada vai chegar aos 26º.

A Madeira, o céu vai apresentar-se com períodos de muita nebulosidade. o vento soprará fraco a moderado (10 a 30 km/h) de nordeste, soprando por vezes forte (até 40 km/h) e com rajadas até 55 km/h no extremo leste da ilha da Madeira. No Funchal, os termómetros vão subir aos 28º.

Devido à previsão de temperaturas elevadas, as regiões montanhosas da Ilha da Madeira mantêm-se hoje sob aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro.

O ‘aviso laranja’, o segundo mais grave de uma escala de quatro, indica uma situação meteorológica de risco moderado a elevado e estará em vigor nas regiões montanhosas da ilha da Madeira até às 20:59 de hoje.

Também devido à previsão de temperaturas elevadas, estão sob aviso amarelo, o terceiro mais grave, a costa sul da ilha da Madeira e a ilha de Porto Santo. Este aviso está também em vigor até às 20:59 de hoje.

Comunicado
A Ordem dos Enfermeiros (OE) manifestou ontem o seu apoio ao protesto dos enfermeiros de saúde materna e obstetrícia,...

Em comunicado, a OE considera que o ministro da Saúde “perdeu a oportunidade de honrar a sua palavra”, dando o seu aval ao protesto dos enfermeiros especialistas que a partir de quinta-feira suspendem algumas funções e podem provocar constrangimentos em blocos de parto.

A Ordem afirma mesmo que o protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia “deve estender-se também às restantes especialidades”.

“Vamos defender os especialistas até às últimas consequências”, afirma a bastonária dos Enfermeiros na nota divulgada à comunicação social.

A OE está a preparar a impugnação da homologação do parecer do conselho consultivo da Procuradoria-geral da República que considerou que esta forma de protesto dos enfermeiros especialistas, que já tinha ocorrido em julho, pode motivar processos de responsabilidade disciplinar e civil, bem como levar os profissionais a incorrer em faltas injustificadas.

A Ordem dos Enfermeiros contesta este parecer por considerar “que foi elaborado com base em informações erradas fornecidas pelo ministro da Saúde”.

Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia regressam quinta-feira ao protesto que pode afetar blocos de parto e maternidades.

O movimento dos Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia (ESMO) decidiu retomar o protesto que passa por deixar de realizar as funções de especialista, pelas quais estes profissionais ainda não são pagos.

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