Estudo
Os açúcares do leite materno têm propriedades antibacterianas, revela um estudo norte-americano, segundo o qual o leite da mãe...

O estudo é da Universidade Vanderbilt, de Nasville, nos Estados Unidos, e os resultados foram apresentados em 20 de agosto no encontro anual da Sociedade Americana de Químicos, em Washington.

A equipa interdisciplinar de investigadores, liderada pelo químico Steven Townsend, descobriu que alguns dos hidratos de carbono presentes no leite humano não só têm propriedades antibacterianas próprias, como potenciam a eficácia das proteínas antibacterianas também presentes no leite.

Isto depois de, no passado, os cientistas terem concentrado as suas investigações na procura da fonte das propriedades antibacterianas nas proteínas.

“Este é o primeiro exemplo de atividade antimicrobial generalizada nos hidratos de carbono do leite humano”, disse Steven Townsend, em declarações para um artigo da Associação Americana pelo Desenvolvimento da Ciência (AAAS, na sigla em inglês).

Acrescentou que uma das “propriedades mais notáveis destes compostos é o facto de serem claramente não tóxicos, ao contrário da maioria dos antibióticos”.

O ponto de partida para este estudo teve a ver com a resistência bacteriana aos antibióticos, um problema crescente e que o Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças estima que provoque 23 mil mortes anuais.

A equipa de investigadores começou por procurar diferentes métodos para derrotar a bactéria infecciosa e, “para inspiração”, estudaram uma bactéria específica, procurando perceber se o seu hospedeiro habitual, as mulheres grávidas, produziam compostos que enfraquecessem ou matassem a bactéria, responsável por infeções em recém-nascidos.

Em vez de procurarem por proteínas no leite humano com propriedades antimicrobiais, a equipa de investigadores focou a sua atenção nos açúcares, que são mais difíceis de estudar.

Benefícios adicionais
Os benefícios adicionais de saúde foram criados há dez anos para ajudar idosos com menos rendimentos a comprar medicamentos,...

Destinam-se a apoiar idosos com maiores dificuldades económicas e são apresentados pelo Ministério da Saúde como um “instrumento de justiça social”. Porém, os últimos dados tornados públicos pela tutela mostram que os chamados benefícios adicionais de saúde (BAS), reembolsos a que têm direito todos os idosos que recebem o complemento solidário para idosos (CSI), são cada vez menos utilizados. Em 2016, ano em que houve 173 mil idosos a receber o CSI, apenas 24 481 aproveitaram os BAS, o que dá uma taxa de uso de 14%. A maioria dos potenciais beneficiários não fez assim qualquer pedido de reembolso de despesas de saúde e os BAS parecem ser cada vez menos conhecidos: nos últimos cinco anos perderam mais de 10 mil utilizadores.

Fontes ouvidas pelo i apontam a falta de informação como um dos motivos para a baixa utilização destes apoios, mas parece também haver assimetrias.

Segundo os dados divulgados no último Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS, conhecido este mês, os BAS são bastante mais utilizados no norte e centro do país do que na região Sul. Em 2016, o último ano com dados disponíveis, a Administração Regional de Saúde do Norte registava 11 994 beneficiários destes apoios, duas vezes mais do que os 4711 inscritos na ARS de Lisboa e Vale do Tejo.

No Algarve, onde no ano passado houve registo de 6957 beneficiários do complemento solidário do idoso, só 462 pessoas aproveitaram estas ajudas, o que perfaz uma taxa de uso de 6,6%.

Este regime criado há dez anos como uma ajuda adicional aos idosos que recebem o CSI tem três vertentes. Por um lado, garante o reembolso de 50% da despesa que os idosos tenham com medicamentos além daquilo que o Estado comparticipa. Ou seja, os idosos com direito ao CSI podem reaver metade da despesa que têm efetivamente nas farmácias com medicamentos.

Além disto, garante-se o reembolso de 75% da despesa com a compra de óculos e lentes, até ao limite de 100 euros por cada período de dois anos. A compra ou reparação de dentaduras também pode ser objeto de reembolso de 75% do montante, com um plafond de 350 euros por cada período de três anos.

De acordo com os dados da tutela, no ano passado, os 24 mil beneficiários fizeram 109 mil pedidos de reembolso, a maioria relacionados com a aquisição de medicamentos. O pagamento dos BAS representou, em 2016, uma despesa de 2,1 milhões de euros para o Estado, valor que também tem estado a cair todos os anos à medida que há cada vez menos idosos a aproveitar os BAS. Em 2012, os reembolsos chegaram a totalizar uma despesa de perto de 4 milhões de euros, dinheiro que os idosos que utilizam esta ajuda conseguiram reaver.

Mais informação

O i questionou o Ministério da Saúde no sentido de perceber por que motivo não existe uma maior promoção dos BAS e se o facto de apenas 14% dos idosos que poderiam estar a beneficiar desta medida o fazerem vai motivar alguma medida.

Fonte oficial informou apenas que o número final de beneficiários do CSI em 2016 é dinâmico, variando ao longo do ano, e destacou o facto de a Segurança Social ter lançado uma campanha, em novembro de 2016, de divulgação do complemento solidário do idoso que abordou largamente a existência destes benefícios.

A campanha do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que teve como objetivo chamar idosos que na anterior legislatura tinham perdido o direito ao CSI depois de o governo ter baixado o patamar de rendimentos a partir do qual se confere o direito a este apoio, abordou de facto os BAS, que chegaram a ser divulgados não só nas cartas enviadas aos pensionistas como em programas televisivos. Mas no terreno poderá continuar a faltar informação, junto quer dos médicos quer dos assistentes sociais, disseram ao i fontes do setor. Muita da informação sobre estes apoios está online, no site da Segurança Social e do Ministério da Saúde, mas poderá não ser facilmente acedida pelo grupo da população em causa.

Exames de Diagnóstico
O alerta é de um programa informativo da BBC, confirmado pelo especialista em farmacologia Atholl Johnston, da Universidade...

Os exames toxicológicos no trabalho são cada vez mais frequentes, especialmente no caso de postos que envolvam grande responsabilidade civil. Por isso, a televisão pública britânica, a BBC, fez uma experiência no programa "Rip Off Britain", uma série informativa dedicada à alimentação.

Após três dias a comer pão com sementes de papoila, a apresentadora Angela Rippon, de 72 anos, foi submetida a um exame para detetar opiáceos no sangue e urina. Testes esses que deram positivo.

O ópio é uma substância extraída a partir da cápsula verde da planta Papaver somniferum, conhecida popularmente como papoila. A planta tem propriedades analgésicas e narcóticas e o seu consumo pode provocar dependência. Do ópio, são extraídos produtos como a morfina, heroína e codeína.

A televisão britânica decidiu fazer a experiência depois de um espectador entrar em contacto com o programa para dar conta da sua história inusitada: tinha sido demitido do trabalho depois de um controlo antidrogas de rotina ter dado positivo para opiáceos.

"Comer pão com sementes de papoila pode dar um resultado positivo num teste de urina que deteta morfina", confirmou à BBC Atholl Johnston, especialista em farmacologia na Universidade Queen Mary, do Reino Unido.

A quantidade de morfina numa semente de papoila é variável e os testes toxicológicos são muito sensíveis, podendo dar falsos positivos mesmo após o consumo de uma quantidade relativamente pequena de sementes. Por isso, o especialista sugere esperar até três dias depois de comer sementes de papoila para fazer exames toxicológicos.

A semente de papoila não é o único alimento traiçoeiro. De acordo com o fabricante canadiano de bafómetros para automóveis Lifesafer, com dispositivo para bloquear a ignição caso seja detetado álcool no hálito do motorista, existem vários alimentos que podem dar um falso positivo.

Tal pode acontecer devido a reações químicas de certos alimentos que causam fermentação, como a massa de pão ou pizza com leveduras, ou até mesmo algumas frutas, frisa o fabricante num artigo publicado no seu website.

A fermentação pode gerar uma determinada quantidade de álcool que, embora mínima, pode ser detetada por um teste de bafómetro. Além disso, o artigo menciona que existem outros alimentos que podem conter pequenas quantidades de álcool, como o vinagre ou extrato de baunilha, e produtos de higiene pessoal como antissépticos bucais e alguns xaropes para tosse.

Especialista deixa o alerta
Com a chegada do bom tempo, doentes sentem-se melhor e têm tendência a diminuir ou suspender a medicação. No entanto, este é...

O verão é sinónimo de bom tempo e de actividades ao ar livre. E, também para os doentes que sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), esta época do ano é o momento de aproveitar e realizar passeios e caminhadas, fomentando a actividade física, com benefícios para todos e para estes doentes em particular. Porém, esta altura do ano, em que as infecções respiratórias e o frio deixam de atormentar, pode criar uma sensação de segurança que leva, em muitos casos, a falhas na medicação.

O alerta é dado por Paula Simão, pneumologista da Unidade Local de Saúde de Matosinhos e membro da Fundação Portuguesa do Pulmão, que chama a atenção para a consequência desta atitude. “O inverno é muito difícil para estes doentes. Por isso, com a chegada da primavera e do verão, sentem-se melhor e têm tendência a diminuir a medicação ou até suspendê-la, porque se sentem melhor e acham que não precisam de a tomar.” Não se deve ter esta atitude, reforça a especialista, que confirma a necessidade de manter a terapêutica independentemente do tempo lá fora. “Apesar de ser verão, a medicação é para tomar sempre, já que estamos a falar de uma doença crónica.”

As temperaturas elevadas que se fazem sentir no verão são também responsáveis pela descompensação de muitas doenças crónicas a que os doentes com DPOC não escapam. “A maioria destes doentes já são idosos e têm muitas cormobilidades”, afirma a pneumologista, que a esta situação junta outra, a falta de hidratação, que é também um problema associado aos mais idosos. “É necessário que bebam água, porque se não tiverem suficientemente bem hidratados, isso vai fazer com que as secreções sejam mais grossas, que se tornem mais difíceis de eliminar, causando uma maior obstrução e mais dificuldade em respirar.”

A este alerta junta outro, resultado também das temperaturas mais elevadas, que têm impacto no ambiente e no ar que respiramos. Os poluentes presentes na atmosfera são responsáveis pelas elevadas concentrações de ozono, às quais se juntam várias partículas resultantes dos incêndios que têm flagelado o País. Um impacto que se faz sentir também na vida dos doentes com DPOC. “Quando há muito calor, assistimos a uma concentração de partículas no ambiente. E a exposição ao ar carregado destas partículas nocivas pode desencadear ou agravar sintomas ”, justifica a especialista.

Apesar dos cuidados, o verão tem um lado muito positivo para estes doentes, que Paula Simão aproveita para reforçar: permite-lhes sair e usufruir do ar livre. “O inverno serve muitas vezes de desculpa para que o doente não saia de casa. Ou é porque está frio, ou porque está a chover… Eu tento sempre estimular os meus doentes a praticarem exercício físico independentemente do tempo, mas o verão é o momento em que é mais fácil fazê-lo. É importante que saiam de casa, que aproveitem para fazer caminhadas, para passear, evitando claro as horas de maior calor, sem esquecer de fazer a sua medicação habitual, uma hidratação correta, refeições leves, enfim o que é, de resto, um conselho válido para todo o ano.”

Da pouca higiene à fraude nos alimentos
No ano passado, a avaliação da entidade levou a 95 processos de contraordenação, 17 suspensões de actividade e nove processos...

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já recebeu 1517 reclamações contra restaurantes este ano, sendo que só no concelho de Lisboa se contabilizam 142 denúncias, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Diário de Notícias.

Em média, registam-se 20 queixas por mês por atividades de restauração na zona da capital portuguesa. No ano passado, a avaliação desta entidade de segurança levou a 95 processos de contraordenação, 17 suspensões de atividade e nove processos-crime. Em 2017 assinalam-se já 131 processos de contraordenação, 35 suspensões de atividade e dez processos-crime.

As principais infrações detetadas pela ASAE nos estabelecimentos na área de restauração e bebida são a falta de higiene, a especulação de preços, a fraude sobre mercadorias e géneros alimentícios, conforme nomeia o DN.

Destacam-se ainda a falta de cumprimento de requisitos legais em cozinhas, copas e zonas de fabrico, irregularidades na lista de preços, falta de inspeção periódica à instalação de gás, etc.

Associação Zero
Associação ambientalista fez as contas até ao final de Julho.

A ZERO -- Associação Sistema Terrestre Sustentável, com base em dados até final de Julho, estima que 2017 seja o ano com maiores emissões de gases com efeito de estufa em Portugal na presente década.

Em comunicado, a associação quantificou as emissões associadas à produção de electricidade entre Janeiro e Julho passados, verificando um aumento de 5,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono em relação ao mesmo período de 2016, traduzido num aumento de 42% em relação às emissões do ano passado.

"Por comparação, os incêndios estão também a ter uma contribuição acrescida, já que (...) no total ao ano passado se emitiram 2,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente e este ano, até final de Julho, já se atingiu 2,9 milhões de toneladas", afirma a associação, especificando ter havido um aumento de cerca de 600 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente e atingido 5,9 milhões de toneladas.

"Em termos relativos, para se ter uma ideia da dimensão, seis milhões de toneladas representam cerca de 10% das emissões anuais verificadas em Portugal em 2015", explica a associação, defendendo que, face aos dados finais e estimados para o período 2010 a 2016, "tudo aponta para que 2017 venha a ser, até agora, o ano com maiores emissões de gases com efeito de estufa da presente década em Portugal".

Estudo
Um estudo de investigadores do Porto e do Reino Unido concluiu que pessoas que ouvem vozes e não sofrem de doenças mentais,...

O estudo, publicado hoje na revista científica Brain, mostra que as pessoas que têm alucinações auditivas verbais (ouvem vozes), "podem ter uma maior tendência para perceber padrões de fala com sentido em estímulos auditivos pouco claros", disse à Lusa César Lima, investigador da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), um dos responsáveis pelo projeto.

Pessoas que têm alucinações auditivas verbais são frequentemente diagnosticadas com uma condição de saúde mental, como esquizofrenia ou doença bipolar, no entanto, nem todas as pessoas que ouvem vozes têm problemas de saúde mental, acrescentou.

Resultante de uma parceria entre a FPCEUP, a University College London e a Durham University, do Reino Unido, a investigação incluiu 12 pessoas que ouvem vozes regularmente - sem problemas de saúde mental nem diagnóstico psiquiátrico - e 17 que nunca tiveram a experiência de ouvir vozes, no grupo de controlo.

Os resultados mostraram que nove dos 12 participantes que ouvem vozes (75%) indicaram detetar fala disfarçada em sons ambíguos, enquanto no grupo de controlo isso aconteceu com oito pessoas (47%).

Para além disso, a maioria dos participantes que ouve vozes detetou a fala escondida antes de saber que os sons podiam conter frases, o que decorreu "significativamente mais cedo" (três ou quatro minutos, em média) do que os participantes do grupo de controlo.

Os resultados mostram ainda que o cérebro das pessoas que ouvem vozes respondeu preferencialmente a sons que continham fala escondida, em comparação àqueles que não continham.

Coco Loko
Chama-se Coco Loko e é cacau moído em estado puro misturado com substâncias estimulantes. O seu consumo é uma moda que está a...

Ao cacau puro é adicionado gingko biloba (um estimulante vegetal que aumenta a circulação sanguínea), taurina (um aminoácido) e sementes de guaraná (uma fonte de cafeína). O produto final é uma mistura que promete despertar a euforia no consumidor durante pelo menos meia hora.

Nick Anderson, o seu criador, com 29 anos, levou dois meses e uma dúzia de fórmulas falhadas para conseguir aquilo a que chamou de "mistura perfeita". O objetivo era obter uma infusão de "energia eufórica", explica o próprio no site da empresa distribuidora, a Legal Lean, com sede em Orlando, na Florida.

O produto já é comercializado e faz sucesso entre os jovens de Atlanta e Houston, nos Estados Unidos, embora também possa ser comprado na Europa através da internet, escreve o El País.

A Legal Lean garante que o pó de cacau é inócuo e que não inclui quaisquer componentes tóxicos equiparáveis a drogas. "Está desenhado para provocar um aumento da produção de endorfinas e uma libertação de serotonina que te proporciona euforia e vitalidade", explicou o autor da substância ao jornal americano ABC.

O produto, que está no mercado desde junho, tem os mesmos efeitos que os de uma bebida energética. "Põe-te eufórico, mas também motivado a fazer o que quer que tenhas para fazer", acrescenta o responsável.

O regulador americano - a Food and Drug Administration (FDA) - ainda não se pronunciou oficialmente sobre a substância, mas o senador democrata Chuck Schumer já exigiu numa carta a intervenção urgente desta autoridade.

"Têm que lançar uma investigação antes que os nossos jovens sejam prejudicados", alertou o político na missiva em que compara a substância à cocaína, escreve a Associated Press.

"A questão é saber quais são os seus riscos. Não existem dados e, pelo que sei, ninguém estudou ainda o que acontece quando inalamos chocolate através do nariz", comentou Andrew Lane, diretor do Centro de Sinusite do Hospital Johns Hopkins, ao Washington Post.

Um pote de Coco Loko custa 24,99 dólares (qualquer coisa como 21 euros) e contém 10 doses.

Medicamentos
Nova associação vai ser responsável por uma plataforma nacional de verificação de medicamentos, que ficará ligada ao sistema...

As associações representativas da fileira do medicamento criaram uma nova entidade para combater a falsificação de medicamentos, através da implementação em Portugal de uma plataforma de verificação de medicamentos ligada ao sistema europeu.

A contrafação de medicamentos é uma questão que se coloca globalmente, pelas consequências em termos de saúde pública, mas também económicas. Em Portugal, de acordo com dados revelados em junho pelo Infarmed, só no ano passado foram retidas, devolvidas ou destruídas perto de 461 mil unidades de medicamentos, no âmbito do protocolo de colaboração entre esta entidade e a Autoridade Tributária e Aduaneira. Estes medicamentos eram falsificados ou suspeitos de serem falsificados, e a sua eficácia e segurança não estavam garantidas, constituindo uma ameaça para a saúde pública.

O maior risco está na utilização da Internet como meio de comercialização de medicamentos falsificados. Um estudo de 2013 do Instituto Internacional de Pesquisa e Contrafação de Medicamentos cita a Organização Mundial de Saúde (OMS) e diz que um em cada dois medicamentos vendidos na Internet é falso. Na Operação Pangea VI, levada a cabo pela Interpol em junho de 2013, foram encerradas mais de 13.700 farmácias online, que operavam de forma ilegal em 99 países, e apreendidos quase 10 milhões de medicamentos falsificados.

Entre 2013 e 2016, a OMS reportou ter recebido denúncias de falsificação de mais de 920 medicamentos, de várias áreas terapêuticas, dos inovadores aos genéricos.

A nova entidade, constituída este mês, dá pelo nome MVO Portugal – Associação Portuguesa de Verificação de Medicamentos, criada pela AFP – Associação de Farmácias de Portugal, APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares, APIEM – Associação Portuguesa de Importadores e Exportadores de Medicamentos, ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos, GROQUIFAR – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e ANF – Associação Nacional de Farmácias.

Para os responsáveis pela MVO Portugal, é importante que todos os agentes da cadeia do medicamento – da produção até à dispensa – participem no processo.

“É urgente combater a falsificação, para que todos os cidadãos tenham acesso a uma saúde de qualidade”, afirma fonte oficial da associação, acrescentando que “a contrafação de medicamentos constitui uma ameaça para a Saúde Pública e leva a uma perda de confiança na medicação, nos profissionais de saúde e no próprio sistema de saúde”.

Um estudo do Observatório Europeu das Infrações aos Direitos de Propriedade Intelectual, de setembro de 2016, refere que os medicamentos falsificados custam 10 mil milhões de euros por ano ao setor farmacêutico na União Europeia e que, tendo em conta os efeitos diretos e indiretos, a falsificação é responsável por 17 mil milhões de euros de perdas na economia, 1,7 mil milhões de euros para os Estados e, ainda, faz perder 91 mil postos de trabalho. 

Novo caso
Os Serviços de Saúde de Macau registaram hoje o sexto caso local de febre de dengue, na mesma zona onde foram registados os...

Este sexto caso foi detetado numa mulher com 36 anos, moradora na zona da Praia do Manduco, onde moram ou estiveram os cinco casos confirmados anteriormente.

Os Serviços de Saúde consideram que o caso é local, apesar de a mulher se ter deslocado à China no dia 09 de agosto. Os primeiros sintomas - febre, dores articulares e musculares - surgiram no dia 12, tendo sido aliviados após uma ida ao hospital. No entanto, no dia 18 a doente apresentou uma erupção cutânea em todo o corpo e decidiu recorreu novamente ao hospital, tendo sido hoje confirmado o resultado positivo do teste ao tipo II do vírus da febre de dengue.

"Apesar da deslocação ao Interior da China, a doente não viajou para outras regiões durante os 14 dias antes da manifestação de sintomas", indicam os Serviços de Saúde, em comunicado.

"De acordo com a análise epidemiológica, o caso foi classificado como o sexto caso local da febre de dengue registado na Região Administrativa Especial de Macau este ano", informa o mesmo comunicado.

O estado de saúde da doente melhorou e os seus familiares não apresentam sintomas de febre de dengue.

Além dos seis casos locais, as autoridades registaram até agora outros seis casos de febre de dengue importados, o último dos quais confirmado na quarta-feira, numa mulher que chegou recentemente das Filipinas para visitar a família em Macau.

No ano passado, foram registados 11 casos de febre de dengue, todos importados.

SNS
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) anunciou hoje a disponibilização, a partir de 01 de setembro, de 46 vagas em...

Em comunicado, a ARSC afirma que assinou hoje, em conjunto com o Centro Distrital de Coimbra da Segurança Social, os primeiros acordos para o funcionamento de 46 vagas de cuidados de saúde mental, 38 com a Fundação Beatriz Santos (Coimbra) - distribuídas por 30 vagas em unidade sócio ocupacional e 08 vagas na equipa de apoio domiciliário - e as restantes oito com a Associação Quinta das Pontes (Penela) em residência de apoio moderado.

"Estas instituições vão funcionar integradas em projetos-piloto, representando um investimento superior a meio milhão de euros até final de 2018", adianta a ARSC.

Na nota, a Administração Regional de Saúde sustenta que a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados na região Centro tem atualmente uma capacidade de oferta de 2.308 camas destinadas a internamento e 826 vagas para apoio domiciliado, distribuídas por 66 equipas de cuidados continuados integrados, iniciando, a partir de setembro,, o seu alargamento à área da saúde mental.

Onda de calor
O diretor-geral da Saúde ordenou que os delegados de Saúde visitassem, no fim de semana, lares de idosos e unidades de cuidados...

"Determino que os delegados de Saúde de todas as regiões visitem, durante o fim de semana, lares e unidades prestadoras, no quadro do plano de contingência [sazonal]", escreveu Francisco George numa de quatro mensagens enviadas à rede nacional de delegados de Saúde.

Francisco George ordenou ainda a entrada em funcionamento de "medidas imediatas" previstas no plano de contingência, como a "identificação de abrigos climatizados nas unidades prestadoras de cuidados" de saúde.

O diretor-geral da Saúde justifica as determinações com a "previsão do aumento das temperaturas no continente", com as máximas a poderem atingir, entre sábado e o dia de hoje, os 37ºC a 44ºC em alguns distritos.

Nas mensagens, Francisco George lembra ainda a necessidade de proteção contra os efeitos negativos do calor intenso e refere que os cidadãos podem obter informação na página da Direção-geral da Saúde na Internet (www.dgs.pt) ou através da linha Saúde 24 (808 24 24 24).

Estudo alerta para perigos
Os antioxidantes naturalmente presentes na alimentação fazem bem à saúde, mas não devem ser ingeridos como reforço nutricional...

Estudos sobre nutrição são publicados, nos dias de hoje, à velocidade da luz em revistas científicas de referência em todo o mundo, mas algo parece ser consensual: alguns suplementos vitamínicos, sobretudo os ricos em betacarotenos e em vitaminas A, C e E podem acarretar riscos para quem tem hábitos tabágicos ou para quem sofre de doenças como o cancro.

Uma meta-análise publicada em 2006 pelo Instituto de Saúde Pública dos Estados Unidos, com base em 68 ensaios clínicos, iniciava as hostilidades: a prova científica da presença ou ausência de benefícios nos multivitamínicos e suplementos minerais na prevenção de doenças é absolutamente "insuficiente". Mais tarde, em 2013, um estudo publicado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, demonstra em ratos que alguns antioxidantes podem acelerar o crescimento de tumores, desaconselhando a toma de suplementos ricos em vitaminas A, C e E em doentes com cancro.

Outro estudo da Faculdade de Medicina de Nis, na Sérvia, e publicado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) em 2014, vai ainda mais longe: os betacarotenos e as vitaminas A e E estão associadas ao incremento da mortalidade na ordem dos 7%, 16% e 4%, respetivamente.

"Antes de mais o que há que frisar é que as pessoas devem ter uma alimentação rica em verduras e frutas, porque só e apenas os alimentos naturais contêm a proporção de nutrientes necessários ao ser humano", começa por explicar Javier Aranceta, médico, professor associado da Universidade de Navarra e presidente do Comité Científico da Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária.

"Uma suplementação vitamínima só é precisa quando a pessoa não consegue ingerir a quantidade de vitaminas, minerais e nutrientes de que necessita e deve ser prescrita por um médico e nunca tomada por iniciativa própria", salienta, "sob pena de ter efeitos nocivos".

O perigo dos antioxidantes

É aqui que entra o perigo dos antioxidantes quando tomados como suplementos no caso dos fumadores. "Os antioxidantes em contacto com os componentes do tabaco provocam alterações no corpo, aumentando a atividade proxidante que pode dar origem a doenças oncológicas e doenças cardiovasculares", salienta. "O melhor é procurar esses antioxidantes numa alimentação saudável e variada. E melhor ainda seria largar o tabaco", frisa.

Em relação aos doentes oncológicos, o médico frisa que estes devem ter uma dieta rica em antioxidantes naturais, sobretudo os provenientes dos frutos vermelhos, como os arandos, morangos, uvas, amoras, mirtilos, entre outros. "A maioria dos antioxidantes não estão ainda reproduzidos pela farmacologia, portanto o ideal é procurá-los numa alimentação saudável", assevera.

Carência de vitaminas e nutrientes na população

Para este professor universitário, "na sociedade atual é frequente uma situação de risco de ingestão inadequada de folato, vitamina D, cálcio, magnésio, ferro e zinco, entre outros".

"No Sul da Europa, contrariamente ao que se pensa, existe défice de vitamina D na população e esta é crucial no desenvolvimento do feto na gravidez e na manutenção das funções cognitivas em pessoas mais velhas", alerta ainda o professor.

Javier Aranceta recorda que durante a gravidez a suplementação é muitas vezes necessária. "Tanto o médico como a parteira devem dar orientações necessárias que no caso da alimentação deve ser dada de forma individual e de preferência com o acompanhamento de um nutricionista".

"As pessoas com situações especiais, doença crónica e os idosos podem precisar também de orientações individualizadas. O profissional de saúde deve indicar a possibilidade de complementar a sua dieta normal com alimentos enriquecidos, alimentos funcionais ou suplementos de vitaminas", explica.

Já "os atletas e pessoas com estilo de vida mais ativo podem precisar de um aporte extra de líquidos, nutrientes ou alimentos que deve ser valorizado de forma continuada", acrescenta o especialista.

Novos dados
Um novo estudo publicado na revista “Neurology” sugere que um simples teste de identificação de odores poderá ajudar a...

Na altura em que surgem os primeiros sintomas da Doença de Alzheimer, como a perda de memória, a doença poderá já estar instalada há mais de 20 anos.

Por isso, vários estudos têm tentado encontrar mecanismos para identificar precocemente esta patologia neurodegenerativa, na tentativa de reduzir a prevalência dos sintomas.

Um estudo conduzido por John Breitler, da Universidade McGill, nos Estados Unidos, recrutou cerca de 274 pessoas, com uma média de idades de 63 anos, que se encontravam em risco de desenvolver esta doença incurável.

Os investigadores convidaram os participantes a realizarem um teste de identificação de odores com amostras variadas de produtos como gasolina, pastilha elástica e limão. Destes participantes, 100 voluntariaram-se para serem submetidos a punções lombares para medir a quantidade de proteínas associadas à Doença de Alzheimer no líquido cefalorraquidiano. Concluiu-se que os participantes com mais dificuldades em identificar odores foram os que evidenciaram mais marcadores biológicos da doença.

"Esta é a primeira vez que alguém conseguiu demonstrar claramente que a perda da capacidade de identificar odores pode estar relacionada com os marcadores biológicos que indicam o avanço da doença", comentou Marie-Elyse Lafaille-Magnan, primeira autora, numa nota apensa ao estudo.

"Isto faz sentido porque sabe-se que o bulbo olfatório (envolvido no sentido do olfato) e o córtex entorrinal (envolvido na memória e em nomear os odores) estão entre as primeiras estruturas cerebrais a serem afetadas pela doença", disse ainda.

Obesidade
A obesidade, de facto, afeta a qualidade de vida!

A obesidade é uma doença e um problema de saúde pública desde o seu início.

O eixo verão surge aqui apenas para relembrar que a obesidade é uma doença crónica que afeta múltiplos órgãos e sistemas do organismo e não é apenas no Verão, por as pessoas se desnudarem que o problema surge. A doença obesidade está sempre presente – quer seja Verão ou inverno - desde que se instalou. E as pessoas com obesidade ou pré-obesidade devem encarar o problema de forma crónica, isto é, modificar o seu estilo de vida (padrão alimentar e prática regular de exercício físico) para toda a vida e não apenas nesta época.

De facto, as consequências da obesidade são múltiplas e podem atingir todos os órgãos e sistemas do organismo e vou apenas enumerar algumas das complicações associadas à obesidade: insulino-resistência, diabetes, dislipidemia aterogénica, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, inflamação vascular, apneia obstrutiva sono, doenças gastrointestinais e hepáticas (esteatose hepática, cirrose), síndrome do ovário poliquístico, infertilidade, artroses, insuficiência vascular, depressão, morte cardiovascular e vários cancros como mama, endométrio e próstata.

Mas, se o doente perder peso pode reverter muitas destas complicações. Por vezes, pequenas perdas de peso, na ordem dos 3 a 5% podem concorrer para a melhoria ou controlo destas complicações.

Mas a mensagem mais importante é: a obesidade é uma doença crónica. Procure o seu médico. Não tenha pensamento mágico: não existe nenhuma intervenção miraculosa de curto prazo que trate ou cure uma doença crónica. Seja realista, procure aqueles que estão treinados e capacitados cientificamente para abordar doenças crónicas complexas.


Profª Paula Freitas - Endocrinologista do Centro Hospital de S. João e Professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa APN
A Associação Portuguesa de Nutrição (APN) quer que o tema da alimentação sustentável seja discutido em contexto escolar junto...

"As crianças cada vez não sabem de onde vem o alimento até chegar ao prato. Não há noção do impacto ambiental [consumo de água na produção ou de combustível no transporte, etc.] que o alimento tem no dia-a-dia. E essa mensagem pode ser passada facilmente às crianças e com isso conseguimos modelar os comportamentos dos futuros adultos que teremos", apontou Helena Real à agência Lusa.

Esta ideia integra o conjunto de recomendações que a APN - que sucede à Associação Portuguesa dos Nutricionistas e que foi apresentada em julho no Porto, passando a deter uma função técnico-científica - apresentou, na fase de consulta pública, ao Governo no âmbito da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, um documento interministerial que apresenta metas para o período 2017/2020.

Helena Real referiu que a APN ficou "agradada" com o lançamento desta estratégia, até porque "não havia histórico na área da alimentação e nutrição", mas para que "a estratégia seja consolidada, bem pensada e existam resultados", esta associação recomenda o "reforço das mensagens associadas à sustentabilidade alimentar".

"Há aspetos elencados de forma transversal mas devem ser reforçados. Uma alimentação sustentável é uma alimentação saudável e uma alimentação saudável poderá não ser uma alimentação sustentável. A nossa proposta é inserir no eixo de desenvolvimento da literacia e de autonomia da população, a mensagem da sustentabilidade alimentar", referiu a secretária geral da APN.

A associação defende uma intervenção precoce junto da sociedade, ou seja através das crianças, sugerindo a criação de uma disciplina extracurricular no 1.º ciclo de ensino (com enfoque no 3.º e 4.º anos de escolaridade), podendo juntar várias áreas como a saúde, o ambiente, a economia e a agricultura e interligar várias disciplinas como as ciências, a matemática e a geografia.

Como exemplo da pertinência de uma intervenção precoce, a APN lembra que o tema da reciclagem também foi tratado junto deste grupo etário, e sugere que a história do alimento seja contada aos mais novos, somando-se a promoção de visitas de estudo a quintas pedagógicas, entre outros locais.

"É importante que todas estas medidas sejam implementadas por equipas multidisciplinares. É importante haver investimento nos recursos humanos. A estratégia [Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável] é interessante porque é ambiciosa mas há objetivos muito claros a atingir até 2020 e às vezes para haver poupança de recursos é importante que haja investimento em recursos", referiu Helena Real.

Partindo das definições da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), uma alimentação sustentável é uma alimentação mais amiga do ambiente, saudável, acessível à população, ou seja dando acesso facilitado aos alimentos locais e nacionais, e economicamente justa.

Ainda no âmbito deste tema, a APN criou recentemente o "Ebook Sustentabilidade Alimentar", uma espécie de livro digital que está disponível gratuitamente em www.apn.org.pt.

Além de conceitos, esta ferramenta dedica um capítulo a refeições sustentáveis, sendo o objetivo "despertar a população e incentivá-la a fazer escolhas mais informadas".

O ‘ebook' é dedicado à população em geral e a profissionais de saúde, tendo a secretária-geral da APN exemplificado à Lusa o porquê da associação também apostar na sensibilização dos próprios agentes da área: "Hoje em dia já não é suficiente que um nutricionista diga que é importante consumir fruta, é importante que diga que é necessário consumir fruta de preferência fresca, local e sazonal", exemplificou.

Paralelamente, em setembro, a APN retoma o ciclo de conferências mensais com uma iniciativa no dia 08 em Tavira, seguindo-se até ao final do ano Porto, Guimarães e Coimbra.

DECO alerta
O alerta é da associação de defesa do consumidor DECO que analisou a composição e preço de cinco marcas comercializadas no...

Em cinco marcas de sumo de limão para temperar analisadas pela DECO, uma continha mais água do que sumo e todas incluíam sulfitos, químicos que podem provocar reações alérgicas em pessoas mais sensíveis.

"Todas [as marcas analisas] incluem o conservante E224, que pode ser um problema para pessoas com alergias ou intolerâncias alimentares", alerta a associação.

O E224 é um aditivo que funciona como antioxidante, conservante e estabilizador. Tratando-se de um sulfito, pode provocar efeitos secundários em pessoas mais sensíveis. Asma, dores de cabeça, irritação gástrica ou cutânea, eczema, náuseas e diarreia são alguns dos sintomas comuns deste tipo de alergias.

Mais caro, mas menos saudável

Os cinco produtos analisados são mais caros do que o sumo de limão natural. Duzentos mililitros da marca mais barata custam 45 cêntimos. A mesma quantidade de sumo espremido à mão sai por 34 cêntimos, "com a vantagem de ser sumo totalmente puro".

"O sumo espremido à mão é 100% puro e mais barato", recordam os especialistas da DECO.

"O sumo de limão embalado tenta substituir a fruta fresca e pode ser mais prático para temperar a comida no dia-a-dia. Porém, é menos saudável e mais caro. Prefira o sumo natural, para evitar o consumo desnecessário de aditivos. Para não perder tempo a espremer um limão sempre que precisar, pode fazer uma grande quantidade e congelar em cuvetes", sugere a associação.

Pedopsiquiatra explica
É comum observar o uso da palavra brincar quase de forma indiscriminada no dia-a-dia, e até com tonalidade pejorativa, como...

No entanto, brincar apresenta-se como uma atividade fundamental para o desenvolvimento saudável da criança. É através do brincar que as crianças aprendem a compreender o mundo, a conceptualizar soluções para os problemas, a desenvolver a linguagem, a cognição e a capacidade de se relacionarem com os outros.

No contexto social atual, numa tentativa de oferecer às crianças atividades que lhes permitam desenvolver competências físicas e intelectuais, parece que nos vamos esquecendo de lhes dar tempo de brincadeira livre, onde possam ir mentalizando e refletindo as suas vidas internas e relacionais. Está muitas vezes subjacente o receio de que a ausência de atividade concreta possa levar a comportamentos disruptivos e início de atividades “perigosas”.

Porém, a ausência de tempo para brincar é um fator de risco importante para alterações do desenvolvimento e surgimento de sintomas psiquiátricos.

Em paralelo, as crianças de hoje despendem uma quantidade crescente do seu tempo em atividades que implicam a utilização de um ecrã (televisão, vídeos e jogos no PC, tablet ou smartphones). Esta utilização tem vindo a ser associada a atrasos no desenvolvimento da linguagem e a comportamento agressivo.

É, por isso, importante transmitir às crianças conceitos saudáveis do uso digital e os pais desempenham um papel essencial no ensino dos mesmos.

E as brincadeiras em família?

Famílias que brincam juntas, aprendem juntas. A participação das famílias incentiva as interações sociais, fortalece as ligações afetivas e a transmissão de ensinamentos. É uma boa maneira de os pais demonstrarem atitudes e valores familiares, uma oportunidade de compartilharem as suas próprias experiências e de compreenderem como os filhos se estão a desenvolver.

Brincar é por isso fundamental no desenvolvimento da criança, da família e da sociedade.

Comunidade científica não concorda
O alerta parte de um epidemiologista israelita devido à queda para metade, nos últimos 40 anos, do número de espermatozoides...

A espécie humana está em perigo, caso continue a queda abrupta do número de espermatozoides contabilizados nos homens, alerta o epidemiologista Hagai Levine, professos e investigador na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel.

 Perto de 200 estudos já realizados, entre 1973 e 2011, vão no mesmo sentido e indicam que a contagem de esperma caiu para metade nos últimos 40 anos, sobretudo nos homens da Europa, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.

«Se não mudarmos a forma como vivemos, o meio ambiente e os produtos químicos a que estamos expostos, estou muito preocupado com o que acontecerá no futuro. Eventualmente, podemos ter um problema com a reprodução em geral, e pode ser a extinção da espécie humana», declarou o investigador à BBC.

 Ao fazer uma meta análise a estes dados, Levine descobriu um declínio de 52,4% na concentração de esperma e um declínio de 59,3% na contagem total de esperma em homens da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia. O estudo também indica que a taxa de diminuição é contínua e pode estar a aumentar.

 Porém, por outro lado, não houve declínio significativo na América do Sul, Ásia e África, mas os pesquisadores apontam que muito menos estudos foram conduzidos nestes continentes. No entanto, Hagai Levine está preocupado que, eventualmente, as contagens de esperma também possam cair nesses lugares.

 A comunidade cientifica não está, no entanto, toda de acordo. Segundo a BBC, cientistas não envolvidos no estudo louvaram a qualidade da pesquisa, mas dizem que pode ser prematuro chegar a tal conclusão.

 Muitos estudos anteriores indicaram declínios acentuados similares na contagem de esperma nas economias desenvolvidas, mas os céticos dizem que uma grande proporção deles está errada.Isto porque, alegam, alguns estudos são muito pequenos e incluíam apenas homens que frequentavam clínicas de fertilidade, pelo que são mais propensos a terem baixas contagens de esperma. Também há preocupação de que os estudos que afirmam mostrar um declínio nas contagens de esperma são mais propensos a serem publicados em revistas científicas do que aqueles que não chegam a tal conclusão.

Estudo
Cerca de 80% das crianças tratadas com probióticos e imunoterapia mantiveram-se tolerantes ao amendoim quatro anos após o...

Investigadores australianos fizeram um avanço no tratamento da alergia ao amendoim em crianças, ao conseguirem que dois terços das crianças do estudo não fizessem alergia ao fruto seco ao fim de quatro anos, revela o Murdoch Children’s Research Institute, entidade que procedeu ao estudo, em comunicado.

 O tratamento feito com probióticos e imunoterapia oral mostrou sinais de ser duradouro, uma vez que mantém os seus efeitos ao fim de quatro anos após o início do estudo, mostrando fortes evidências de que uma cura pode ser possível e dando indicações importantes de como atacar a epidemia de alergias alimentares existente atualmente, revela o instituto.

 No final do teste original, em 2013, 82% das crianças que receberam a imunoterapia oral probiótica foram consideradas tolerantes aos amendoins. Quatro anos depois, a maioria das crianças que ganharam a tolerância inicial continuam a ingerir amendoins (80%) e passaram um teste de desafio adicional confirmando a tolerância de longo prazo ao amendoim (70%).

 «Estas crianças comem amendoim livremente sem terem que seguir nenhum programa específico de ingestão de amendoim após o término do tratamento. Mais de metade consome quantidades moderadas ou grandes quantidades de amendoim numa base regular, outros apenas comem amendoins com pouca frequência. A importância desta descoberta é que essas crianças foram capazes de comer amendoim como crianças que não têm alergia e ainda mantêm o seu estado de tolerância», explica Mimi Tang, líder da pesquisa.

 «Estas descobertas sugerem que o nosso tratamento é eficaz para induzir tolerância a longo prazo, até quatro anos após o término do tratamento, e é seguro. Também sugere a possibilidade emocionante de que a tolerância é um alvo realista para tratar a alergia alimentar. Este é um grande passo em frente na identificação de um tratamento eficaz para resolver o problema de alergia alimentar nas sociedades ocidentais», concluiu Tang.

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