Carreira
Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia regressam hoje ao protesto que pode afetar blocos de parto e...

O movimento dos Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia (ESMO) decidiu retomar o protesto que passa por deixar de realizar as funções de especialista, pelas quais estes profissionais ainda não são pagos.

O protesto tinha ocorrido já durante quase todo o mês de julho, tendo sido interrompido para negociações com o Governo.

Hoje, os profissionais especialistas retomam o protesto por “falta de resposta política do Governo”, segundo o porta-voz do movimento, Bruno Reis.

Os enfermeiros especialistas exigem a criação de uma categoria específica na carreira, bem como a respetiva remuneração pelas funções especializadas que desempenham.

Consultas de vigilância da gravidez, blocos de partos, internamentos de alto risco, interrupção voluntária da gravidez ou cursos de preparação para a parentalidade são algumas das funções específicas destes profissionais que serão suspensas no protesto.

O ministro da Saúde chegou a pedir um parecer sobre o protesto realizado em julho, tendo o conselho consultivo da Procuradoria-geral da República (PGR) concluído que os enfermeiros especialistas podem ser responsabilizados disciplinar e civilmente, bem como incorrer em faltas injustificadas.

Balanço DGS
Portugal tem 435 casos confirmados de hepatite A, num total de 454 notificados, desde 01 de janeiro, de acordo com o balanço...

Segundo os dados da DGS, disponíveis no ‘site’ daquela entidade, dos 454 casos notificados, a grande maioria (88%) diz respeito a homens, e em mais de metade (52%) o contágio deu-se por contacto sexual, tendo 26% “sido adquirida [a doença] por via desconhecida”.

A maioria dos casos notificados (74%) ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Há um mês, Portugal tinha 402 casos confirmados de hepatite A, num total de 425 notificados desde o início deste ano.

A DGS, tendo em conta o surto de hepatite A, reforçou da vacinação antes dos grandes festivais de verão e aconselha a adoção de medidas de prevenção durante estes eventos e, após, a vigilância de sintomas compatíveis com os da hepatite A.

Em maio, a DGS atualizou a norma sobre a hepatite A e os viajantes deixaram de precisar de submeter o pedido de vacinação à Direção-geral da Saúde, bastando ter a prescrição do médico.

Em abril, com o país em pleno surto de hepatite A, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excecional e o médico prescritor da vacina tinha de contactar previamente a autoridade de saúde.

Esta medida prendeu-se, na altura, com uma necessidade de controlar o ‘stock’ de vacinas, de modo a que chegassem aos grupos prioritários, como contactos íntimos ou familiares de infetados e homens que têm sexo com homens de forma desprotegida.

No que respeita a estes grupos prioritários continua a não ser necessária qualquer validação da vacina por parte da DGS, sendo a imunização gratuita, a cargo do Serviço Nacional de Saúde.

Segundo a DGS, desde 03 de abril foram administradas cerca de três mil vacinas, das quais 80% na região de Lisboa e Vale do Tejo, a quase totalidade em contexto de pré-exposição.

Na Unidade Móvel de vacinação (campanha em Lisboa, Bairro Alto e Terreiro do Paço) foram administradas 150 vacinas nos dias 27, 28 e 29 de abril, 164 nos dias 05 e 06 de maio e 130 no dia 24 de junho.

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não se torna crónica e dá imunidade para o resto da vida.

Estudo
Os doentes dos 80 aos 89 anos com diabetes, hipertensão e depressão vão ao médico de família 7,6 vezes por ano, em média,...

O número de consultas por ano varia de acordo com a idade, havendo um aumento progressivo com o avançar da faixa etária, quer para os utentes com diagnóstico de doenças crónicas quer para os que não têm doenças diagnosticadas.

Contudo, os utentes com diagnóstico de diabetes, hipertensão ou depressão apresentam um número de consultas por ano “muito superior” aos utentes sem diagnóstico em qualquer uma das faixas etárias, revela o estudo feito com o apoio do Gabinete de Estatística, Modelação e Aplicações Computacionais da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Neste estudo foram utilizados dados de seis unidades funcionais dos cuidados de saúde primários, envolvendo mais de 85 mil utentes e quase 230 mil consultas em 2016.

A análise permitiu perceber que os utentes que têm dois diagnósticos (entre a diabetes, hipertensão e depressão) apresentam mais consultas do que os doentes com apenas uma patologia diagnosticada.

O número de consultas por ano, segundo o estudo a que a agência Lusa teve acesso, varia entre 1,1 consultas nos utentes entre os 10 e os 19 anos sem diagnósticos e 7,6 consultas nos doentes dos 80 aos 89 anos com os três problemas diagnosticados.

Na primeira infância, dos 0 aos 9 anos, o número de consultas por ano é em média de 2,2, semelhante ao que ocorre nos utentes entre os 40 e os 59 anos sem problemas diagnosticados. Entre os 10 e os 50 anos, os utentes sem patologias vão duas ou menos vezes por ano ao médico de família.

Os médicos têm reclamado que as listas de utentes passem para um máximo de 1.500 doentes por médico de família, pretendendo que haja fatores de ponderação com base na idade e nos diagnósticos de diabetes, hipertensão e depressão.

“Torna-se necessário determinar novos fatores e critérios de ponderação com vista à normalização da carga de trabalho associada a cada lista de utentes”, frisa o Sindicato Independente dos Médicos.

O secretário-geral do Sindicato, Roque da Cunha, considera fundamental introduzir as patologias mais frequentes como ponderação nas listas dos utentes, indicando que o estudo agora divulgado vem “fundamentar a necessidade de reduzir as listas a um máximo de 1.500 utentes por médico”.

Aliás, a redução da lista de utentes tem sido uma das principais reivindicações dos sindicatos médicos e esteve também na origem da greve nacional de maio passado. Além disso, continua na lista de prioridades das organizações médicas nas negociações que decorrem com o Governo.

As listas de utentes por médico de família passaram de 1.500 para 1.900 utentes em 2013, no período de assistência financeira a Portugal e de intervenção da ‘troika’, tendo na altura o acordo dos sindicatos, com a condição de que seria por um período limitado de tempo.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) recorda que este aumento representou um acréscimo de 27% na dimensão das listas de utentes, a que veio acrescer um aumento de 22% de utentes efetivamente utilizadores das unidades de cuidados de saúde primários, quando foram expurgadas das listas os utentes que não frequentam os centros de saúde.

“No total assistiu-se a um aumento de 55% do número de utentes utilizadores nas listas de utentes”, refere o SIM, considerando que este “aumento desastroso na carga de trabalho dos médicos” implicou “estado elevado de exaustão emocional e impossibilidade de cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos”.

Aliás, segundo o sindicato, mesmo as unidades de saúde familiar (USF) acreditadas apresentam mais de 75% das consultas marcadas por iniciativa do utente com tempo de espera acima do máximo legalmente estabelecido.

O secretário-geral do SIM apela ao Ministério da Saúde para que seja célere a abrir os concursos para os médicos recém-especialistas, de forma a dar médicos de família a mais utentes.

Roque da Cunha sustenta que o Ministério da Saúde tem o dever de criar condições para tornar mais atrativa a medicina geral e familiar, fazendo com que os clínicos permaneçam mais tempo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e evitando saídas antecipadas.

Novas conclusões
Já se sabia que ser obeso era um fator de risco para várias doenças, mas um estudo da Universidade de Cambridge traz novas...

Lucy Cheke e os colegas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, convidaram um grupo de voluntários para fazer uma espécie de "caça ao tesouro".

Os participantes foram convidados a navegar num ambiente virtual a partir de uma tela de computador, escondendo vários objetos pelo caminho. Em seguida, tinham de responder a uma série de perguntas para testar as lembranças acerca do que tinham acabado de fazer, notícia a BBC.

Ao analisar o que pode ter influenciado o desempenho de cada um, seria lógico imaginar que Lucy Cheke estaria mais concentrada no QI do participante do que no tamanho da sua barriga. Mas foi precisamente no excesso de peso que a investigadora se concentrou.

A cientista encontrou uma ligação evidente entre o Índice de Massa Corporal (IMC), usado para indicar o nível de obesidade, e um aparente défice de memória: quanto mais alto o IMC do voluntário, pior o desempenho na tarefa. A referida investigação conclui ainda que o excesso de peso pode contribuir para o desenvolvimento de distúrbios neurodegenerativos, como a Doença de Alzheimer, escreve a televisão britânica.

Surpreendentemente, o estudo também mostra que a relação entre a obesidade e a memória é uma via de mão dupla: estar acima do peso não só tem um impacto sobre o que somos capazes de recordar como também pode influenciar o comportamento alimentar no futuro, ao alterar as lembranças de experiências passadas.

Mais quilos, menos memória

Cheke partiu da hipótese de que a obesidade poderia afetar a capacidade de imaginação, pois outros estudos já comprovaram existir uma relação entre a memória e a imaginação - o nosso cérebro tende a unir fragmentos de lembranças para prever como serão eventos no futuro.

Em 2010, cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, relataram que adultos de meia-idade saudáveis, mas com mais gordura abdominal, tendem a ter um cérebro menos volumoso. O problema é mais evidente no hipocampo, uma estrutura cerebral profunda que tem a função de aprender e guardar memórias - muito menor em obesos do que em pessoas mais magras.

Um estudo mais recente que realizou tomografias cerebrais em mais de 500 voluntários confirmou que há uma ligação entre estar acima do peso e apresentar um grau mais avançado de degeneração cerebral por causa da idade. Esses efeitos eram mais acentuados em pessoas de meia-idade, nas quais as mudanças provocadas pela obesidade correspondem a um aumento de cerca de dez anos de "idade mental".

A obesidade é um distúrbio complexo, causado por múltiplos fatores. Não se sabe por isso como é que este fator afeta a estrutura cerebral e a sua função. "A gordura corporal é o principal indício de obesidade, mas há outros problemas, como a resistência à insulina e a hipertensão", explica Cheke.

"Tudo isto anda de mãos dadas com fatores comportamentais, como comer demasiado ou fazer pouco exercício. Tudo isso pode provocar alterações no cérebro", conclui a investigadora em declarações à BBC.

Doenças cardíacas
Um novo estudo mostra que pessoas hipocondríacas ou com altos níveis de ansiedade em relação à saúde correm mais riscos de...

Os médicos deviam levar os hipocondríacos mais a sério. É o que conclui um estudo publicado na revista científica BMJ Open. A investigação, desenvolvida na Noruega, vincula a forma mais comum de doença cardíaca, a cardiopatia isquémica – ou doença arterial coronária – à hipocondria ou nosomifalia, condição caracterizada por uma preocupação excessiva com a saúde.

No estudo, mais de 7 mil pessoas responderam a perguntas relacionadas como o estilo de vida, educação e saúde. Cada uma delas foi submetida a um exame físico.

Os participantes com altos níveis de ansiedade em relação à saúde foram identificados usando o Whiteley Index, um teste para diagnosticar a hipocondria, e controlados ao longo de 12 anos. Até agora, vários estudos apontavam para o facto das pessoas hipocondríacas correrem menos riscos de saúde, por serem mais propensas a detetarem sintomas e a ajustarem o seu estilo de vida com o objetivo de evitar doenças.

Mais propensão para doenças do coração

No entanto, agora "provámos que os participantes que relataram por conta própria altos níveis de ansiedade em relação à saúde tinham 70% mais hipóteses de desenvolverem doença cardíaca isquémica, quando descontados outros fatores de risco", diz Line Iden Berge, investigador que liderou o novo estudo.

"A ansiedade em geral tem um efeito fisiológico sobre o coração, assim como outros fatores de stress", aponta o cardiologista Thomas Klingenheben citado pela radiotelevisão alemã Deutsche Welle.

"As pessoas com ansiedade têm uma frequência cardíaca muito maior do que outras – talvez em torno de 80 [batimentos por minuto], quando a pessoa média pode ter uma frequência cardíaca de 60."

Klingenheben, que não participou neste estudo, explica que esse aumento do risco de doenças pode ser causado pelo aumento da atividade do sistema nervoso: quando a ansiedade desencadeia essa hiperatividade, pode causar danos vasculares.

Preocupação na base do inquérito
A Comissão Europeia anunciou a abertura de uma investigação aprofundada sobre a compra da norte-americana Monsanto, produtora...

O executivo europeu refere "preocupações preliminares" relacionadas com a possibilidade de a aquisição "poder reduzir a concorrência em diferentes mercados, levando a preços mais altos, menos qualidade, menos escolha e menos inovação".

A investigação de mercado inicial identificou preocupações nomeadamente nas áreas dos pesticidas e das sementes.

O projeto de aquisição da Monsanto pela Bayer, uma operação no valor de 66 mil milhões de dólares (cerca de 56 mil milhões de euros), anunciada em setembro de 2016, "levará à criação da mais importante empresa integrada mundial nos setores dos pesticidas e das sementes", realça a Comissão.

Por outro lado, acrescenta, a operação iria ocorrer em áreas de atividade "já concentradas a nível mundial".

A Comissão foi notificada sobre esta aquisição em 30 de junho, e tem agora 90 dias úteis, até 08 janeiro de 2018, para tomar uma decisão.

A 31 de julho, a Bayer e a Monsanto entregaram declarações direcionadas para as preocupações listadas pela Comissão, no entanto, esta considera aquelas informações insuficientes para clarificar as suas dúvidas. Desde o início do ano, a Comissão Europeia já autorizou duas mega fusões no setor agroquímico, sob condições.

No final de março, Bruxelas autorizou a fusão dos grupos norte-americanos Dow e Dupont, que vai dar origem à DowDuPont, um gigante que vale 130 mil milhões de dólares (110,6 mil milhões de euros) no mercado bolsista.

Dez dias depois, foi a decisão sobre a compra da suíça Syngenta pelo grupo chinês ChemChina por 43 mil milhões de dólares (40 mil milhões de euros, na altura, ou 36,5 mil milhões de euros atualmente), a maior compra de sempre lançada por um grupo da China no estrangeiro.

As novas empresas comprometeram-se junto da União Europeia a vender algumas das suas atividades de modo a garantir a concorrência no mercado europeu.

No ano passado, a Bayer teve um lucro de 4,5 mil milhões de euros e um volume de negócios de 46,8 mil milhões de euros.

A Monsanto apresentou no exercício 2015/2016 um resultado líquido de 1,3 mil milhões de dólares (850 milhões de euros), para um volume de negócios de 13,5 mil milhões de dólares (11,5 mil milhões de euros).

Deslocalização durante o verão
À segunda edição, o Programa de Mobilidade Especial do Ministério da Saúde só cativou quatro médicos para reforçar a região do...

Apenas quatro médicos aceitaram reforçar a região do Algarve durante os meses de verão, ao abrigo da segunda edição do Programa de Mobilidade Especial do Ministério das Finanças, avança o DN.

Este programa é voluntário e não contempla qualquer aumento das remunerações nem alteração dos horários dos médicos que a ele adiram. A única contrapartida está nas ajudas de custo, que oscilam entre os 50 e os 200 euros, dependendo da necessidade de subsídio de transporte e de pernoita na zona.

Joaquim Ramalho, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), afirma ao DN que os quatro médicos estarão na região até meados ou final de setembro, tendo provido de Lisboa, Viseu, Bragança e Açores, e sendo especialistas de anestesia, ortopedia, neurologia e medicina geral e familiar.

Ramalho adianta ainda não esperar a chegada de mais médicos ao CHA: “O regime foi notificado no início do verão e quem estava interessado e tinha disponibilidade já a manifestou”. Ainda assim, o responsável acredita que o esforço trouxe ganhos, pois “em termos de custo direto, podemos ter aqui, em média, uma economia de 20% a 30% em relação ao que seriam os custos das prestações de serviço para cumprir o mesmo número de horas”.

A segunda edição deste programa de reforço de médicos para a região algarvia durante o verão, altura em que a população da zona triplica, atingindo os 1,5 milhões de habitantes, foi menos sucedida que a primeira. Em 2016, foram sete os médicos a aceitar a deslocalização durante o verão.

Estudo
O consumo prolongado de doses elevadas de vitamina B aumenta o risco de cancro de pulmão nos homens, triplicando ou...

A investigação foi conduzida por epidemiologistas de centros do cancro nos Estados Unidos e em Taiwan, que analisaram dados de mais de 77 mil doentes que participaram num estudo de longo prazo para avaliar a relação entre o risco de cancro e a ingestão de vitaminas e outros suplementos.

O estudo agora publicado é o primeiro a debruçar-se sobre o risco de cancro do pulmão e os efeitos do consumo prolongado de doses elevadas de suplementos de vitamina B6 e B12, apresentados pela indústria como produtos que aumentam os níveis de energia e melhoram o metabolismo. A ingestão de vitamina B foi anteriormente associada à diminuição do risco de cancro.

A equipa de epidemiologistas baseou-se em informação sobre consumos de vitamina B reportada nos últimos dez anos por pessoas entre os 50 e os 76 anos, recrutadas no estado norte-americano de Washington.

Os investigadores tiveram em conta diversas variáveis, como o histórico pessoal de fumador, de cancro ou doença crónica do pulmão, antecedentes familiares de cancro do pulmão, idade, raça, educação, tamanho corporal, consumo de bebidas alcoólicas e uso de medicamentos anti-inflamatórios.

"Os nossos dados mostram que tomar doses elevadas de B6 e B12 durante um longo período de tempo pode contribuir para a incidência do cancro do pulmão em homens fumadores", afirmou um dos epidemiologistas, Theodore Brasky, citado em comunicado pelo centro para o estudo do cancro na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos.

Os autores do artigo hoje publicado concluíram que o risco de cancro do pulmão é duas a quatro vezes superior nos homens que ingerem grandes quantidades de suplementos de vitamina B.

O risco triplica nos fumadores que tomaram, durante dez anos, mais de 20 miligramas diários de B6 e quadruplica nos que consumiram 55 microgramas de B12.

Um novo estudo pretende avaliar os efeitos do consumo de vitamina B em mulheres em pós-menopausa, sobre as quais uma recente investigação revelou que não existe risco elevado de cancro do pulmão.

IPMA
Praticamente todo o território português, excetuando duas ilhas nos Açores, está hoje sujeito a um risco de exposição muito...

À exceção da ilha Terceira e da ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, onde o risco é elevado, todo o território nacional apresenta risco de exposição muito elevado à radiação UV.

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje céu geralmente pouco nublado ou limpo, apresentando-se temporariamente muito nublado. O vento deverá soprar em geral fraco, soprando moderado no litoral oeste e nas terras altas a partir do início da tarde.

Para hoje está também prevista neblina ou nevoeiro matinal.

As temperaturas máximas irão variar entre os 25 graus centígrados no Porto e os 38 em Castelo Branco, Évora e Beja.

Investimento
O concelho de Cascais, em Lisboa, vai ter duas novas unidades de cuidados de saúde primários e melhorias nas restantes no...

Segundo a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, o investimento, a realizar entre 2017 e 2020, será de “cerca de seis milhões de euros”.

O objetivo é “reforçar os cuidados de saúde primários na área geográfica do município de Cascais e adequar as infraestruturas existentes às necessidades da população”, indicou a ARS num comunicado.

Além da beneficiação e ampliação de instalações existentes, o acordo prevê a construção de duas novas unidades de saúde em Carcavelos e Cascais.

De acordo com a minuta do protocolo a subscrever entre a presidente da ARS, Rosa Valente de Matos, e o presidente da autarquia, Carlos Carreiras (PSD), as duas entidades procederam “ao diagnóstico, ao cálculo das necessidades e das carências em equipamentos de cuidados primários de saúde”.

No documento, a que a Lusa teve acesso, estão previstas, até à construção do novo polo de saúde de Carcavelos, instalações provisórias para a Equipa de Tratamento (ET) da Parede, e a ampliação da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Carcavelos, com até dois contentores.

Uma nova USF no centro de saúde de S. Domingos de Rana, no último piso da unidade existente, está também contemplada no acordo.

O futuro polo de saúde de Carcavelos, com uma área bruta de construção até 1.800 metros quadrados, incluirá a USF, a ET da Parede, do eixo Oeiras/Cascais do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Lisboa Ocidental e serviço de pedopsiquiatria.

No documento está ainda prevista a construção da nova unidade de saúde de Cascais, que poderá ser de raiz ou mediante adaptação de edifícios existentes.

Uma fonte oficial da ARS adiantou à Lusa que o investimento no âmbito do protocolo está estimado “em cerca de seis milhões de euros”, principalmente para os dois novos centros de saúde.

A ARS assume o compromisso de “elaborar os programas funcionais” para as unidades de saúde, instalar equipamentos e mobiliário e “proceder à alocação de recursos humanos”, para “garantir a cobertura tendencialmente completa dos utentes do município de Cascais com médico de família até ao final de 2020”, estipula a minuta do acordo.

O município compromete-se a “diligenciar pela localização dos terrenos para construção de infraestruturas e equipamentos de saúde”, na elaboração dos projetos, lançamento de concursos e construção ou reabilitação das instalações.

“Este investimento conjunto permitirá requalificar as condições de funcionamento das unidades de saúde do concelho e aumentar a capacidade de atração de novos profissionais para o ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] de Cascais”, salienta a nota da ARS.

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo é responsável pela prestação de cuidados de saúde a cerca de 3,6 milhões de utentes.

A importância do diagnóstico
Em Portugal já se trata a Hepatite C há cerca de 30 anos, no entanto, o sucesso da cura continua a d

A hepatite C é uma infeção causada por um vírus que se aloja no fígado, levando à inflamação e destruição progressiva deste orgão. Estima-se que 3% da população mundial esteja infetada pelo VHC.

Em Portugal desconhece-se o número preciso de casos, estimando-se que a percentagem de portugueses “com teste positivo” ronde 1% - aproximadamente 100 mil casos. “Poucos países têm dados muito concretos. Na atualidade, talvez seja um número inferior”, começa por dizer Rui Tato Marinho, hepatologista e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

O European Centre for Disease Prevention and Control, agência da União Europeia, divulga, por exemplo, que em França a prevalência do anticorpo da hepatite C é de cerca 0,8%, e em Espanha, 1,1%.  “Portugal não deve andar muito longe desses números”, adianta.

“De qualquer modo, dos casos positivos (anti-VHC positivo) apenas três quartos têm o vírus positivo (carga vírica positiva) com consequente risco de evolução de doença”, esclarece acrescentando que, em Portugal, já se trata a hepatite C há 30 anos. “Mais importante do que insistir muito em estimativas é identificar potenciais infetados que o desconhecem e tratá-los”.  É que, de acordo com este especialista, estes doentes têm “direito ao que de melhor existe a nível de tratamentos e a serem tratados para uma doença que os pode afetar de modo muito impactante”.

A transmissão do vírus VHC pode acontecer através da contaminação com sangue que contenha o vírus. “Pode ser no contexto da partilha de material usado no consumo de drogas, em tatuagens, relações sexuais de risco, desprotegidas sem preservativo, transfusões antes de 1992”, explica o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. “Os profissionais de saúde também são um grupo de risco devido à sua atividade profissional”, adverte.

Tratando-se de uma doença silenciosa – a maioria dos doentes não apresenta qualquer sintoma – o diagnóstico, feito através de análise específica (anti-VHC) comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde, é essencial para um bom prognóstico clínico.


"Temos de ser pragamáticos e «executivos» na cura de uma doença potencialmente grave", afirma Rui Tato Marinho

“A hepatite C é uma doença assintomática que pode não apresentar qualquer sinal durante anos ou mesmo décadas”, esclarece o especialista.

Quando apresenta sintomas, “como dores e aumento do volume abdominal, vómitos com sangue derivado de rotura de varizes do esófago, alterações mentais como confusão mental, agressividade (encefalopatia hepática) ou um nódulo maligno (carcinoma hepatocelular)”, a doença já se encontra numa fase avançada.

A cirrose é a principal complicação desta patologia e resulta, quase sempre, em transplante hepático, apresentando um risco de 10 a 40% de evoluir para cancro. Porém, não é a única. “Nalguns casos, felizmente raros, mas que existem, a pessoa pode ter complicações noutros órgãos apesar do fígado não ter ainda cirrose: problemas visuais, renais, na pele, linfomas, problemas neurológicos (nervos, medula ou cerebrais)”, acrescenta Rui Tato Marinho.

Eliminação definitiva do vírus em 96% dos casos

“A hepatite C é considerada uma infeção crónica e oncogénica. Já se cura a hepatite C há cerca de 30 anos, mas com menor eficácia”, afirma o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia revelando que em 1986 o seu tratamento resultava em 6% dos casos.

De acordo com o especialista, durante muito tempo, “o tratamento para combater o vírus era feito com recurso a injeções associadas a cinco ou seis comprimidos de Ribavirina que se estendia pode seis meses a um ano”. Pecava por inúmeros efeitos secundários e nem todos os doentes podiam receber o tratamento e alguns não o conseguiam aguentar.

“Na atualidade, a eficácia na eliminação do vírus é superior a 95% e a maioria dos tratamentos dura 12 semanas”, revela o médico.

No entanto, nos casos em que a doença já se encontra numa fase avançada, o tratamento pode não acabar com a eliminação do vírus. “Para quem tem cirrose, é mandatório realizar uma ecografia abdominal de seis em seis meses para toda da vida dado o risco de cancro se manter (apesar de inferior a 1% por ano). Quem já tem varizes necessita também de ser seguido em consulta especializada”, explica Rui Tato Marinho.

A nova terapêutica introduzida e comparticipada pelo estado veio permitir, deste modo, que qualquer pessoa infetada com o  vírus VHC possa ser tratada. “O Estado português colocou à nossa disposição a hipótese de tratar as pessoas com os medicamentos mais modernos, de uso exclusivamente oral, quase sem efeitos secundários e com uma eficácia na eliminação definitiva do vírus em 96% dos casos”, revela o clínico que admite que este é um resultado sem paralelo na Medicina.  “As outras doenças crónicas e oncogénicas não são passíveis de cura, apenas controlo, como é o caso da hepatite B e da infeção VIH”, afirma face a esta conquista.

Não obstante, o diagnóstico de doentes infetados continua a constituir o principal desafio nesta área. 

“Os benefícios de identificar e tratar as pessoas infetadas são múltiplos, dos quais os mais importantes são a eliminação definitiva do vírus e anulação da transmissão de uma doença infeciosa, a par da redução dos riscos de evolução para cirrose e da cirrose para cancro do fígado. Em muitos casos, estavamos a falar de salvar vidas”, reforça o especialista que considera de extrema importância a realização do teste da hepatite C, pelo menos uma vez na vida.

“É crucial apostar na prevenção e informação sobre esta doença, designadamente através de uma mensagem de esperança na eliminação do vírus para toda a vida”, acrescenta. “Mesmo em quem tem a doença mais avançada há muito a fazer. Se tiver acompanhamento adequado, as consequências da hepatite C podem ser minimizadas ou mesmo anuladas”, conclui. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Pesquisa
O sintoma foi verificado em cerca de 89% dos casos.

De acordo com a pesquisa, e após analisarem matérias que estavam a bloquear as artérias dos pacientes que tinham sofrido um ataque cardíaco, uma equipa de vários cientistas e médicos da Universidade Estadual do Michigan, nos Estados Unidos, confirmou que o colesterol, sob a forma de cristais, é o que mais bloqueia as artérias destes pacientes.

De acordo com o Independent, os investigadores descobriram que este tipo particular de colesterol que se encontra sob uma forma sólida,  se encontrava presente em mais de 89% dos casos.

"Em estudos anteriores, mostrámos que quando o colesterol passa de líquido para sólido ou estado de cristal, ele expande-se em volume como acontece com o gelo e a água. Esta expansão dentro da parede da artéria pode rasgá-la e bloquear o fluxo de sangue provocando um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC)", explicou o Dr. George Abela, professor de medicina da Universidade Estadual de Michigan.

SNS
A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar pediu hoje ao Governo que abra mais USF no país, lembrando que o número a...

“Não entendemos a enorme resistência que tem existido no apoio à abertura de novas Unidade de Saúde Familiar”, refere a direção da associação num comunicado divulgado a propósito do décimo aniversário da publicação em Diário da República do decreto-lei que criou as USF.

Este ano, “abriram apenas quatro USF e continuamos a aguardar a publicação do despacho que estabelece o número de USF a constituir em 2017, despacho esse que deveria ter sido publicado até 31 de janeiro”, sublinha a associação.

Para a entidade, “as USF (nomeadamente as de modelo B [que têm organizações mais desenvolvidas]) têm demonstrado melhores resultados ao longo destes dez anos, com despesa pública mais baixa e com a maior satisfação dos utentes e dos profissionais”.

Por isso, sublinha, é essencial que o Governo crie “condições para se evoluir para a cobertura nacional em USF durante esta legislatura”.

No final do ano passado, existiam 479 USF em atividade, as quais abrangiam 5.894.408 utentes, o que corresponde a 55,8% dos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários.

O número de utentes sem médico de família era, nessa altura, de 769.537, tendo pela primeira vez sido abaixo de um milhão, segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde.

As USF foram criadas como uma forma alternativa ao habitual centro de saúde, prestando também cuidados primários de saúde, mas com autonomia de funcionamento e sujeitas a regras de financiamento próprias, baseadas também em incentivos financeiros a profissionais e à própria organização.

Em maio, os médicos de família sugeriram que o Governo passasse a criar um número mínimo de Unidades de Saúde Familiar por ano, ao invés de estabelecer um número máximo, como acontece atualmente.

Saúde
No que toca a questões de saúde, algumas pessoas afirmam que os homens são mais ‘mariquinhas’ do que as mulheres e que fazem...

Estes podem hábitos podem colocar a saúde das mulheres em risco:

1 – Não estão atentas ao coração: É sabido por muitos que os sintomas de ataques cardíacos nos homens são diferentes daqueles que surgem nas mulheres. No entanto, de acordo com o estudo publicado no New England Journal of Medicine, mulheres norte-americanas com menos de 50 anos hospitalizadas devido a um ataque cardíaco têm, quando comparadas a homens da mesma idade na mesma situação, o dobro da probabilidade de morrer. Isto porque não conhecem ou não estão atentas aos sinais dados pelo coração.

2 – Acompanham a evolução do peso baseando-se apenas no tamanho da roupa: Às vezes passamos de um 40 para um 42 no tamanho de calças e ignoramos. Afinal, subimos apenas um número, nada demais… Mas a verdade é que essa diferença pode ser bastante significativa: “Subir um tamanho nas peças de roupa pode ilustrar um aumento de quase cinco quilos”, diz a nutricionista Jennifer McDaniel. Por isso, o melhor mesmo é estar atenta à balança.

3 – Usam a Internet e são os seus próprios médicos: Segundo um relatório da organização Pew Research Center, 40% procuram diagnósticos através da Internet – do sexo masculino, apenas 30% admite recorrer a esta ferramenta. O melhor é procurar ajuda profissional, pois as pesquisas na Internet podem resultar em diagnósticos errados e, consequentemente, crises de ansiedade.

Beleza
Investigadores descobrem forma natural de regenerar as células gordas da pele que podem eliminar as rugas e as cicatrizes.

Vários investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriram uma forma natural de regenerar as células gordas da pele que podem vir a eliminar as rugas e as cicatrizes, dando à pele uma aparência mais suave e mais jovem.

Num estudo publicado na Revista Science, os cientistas revelam que, através do reaproveitamento de uma substancia de sinalização vital, designada por proteína morfogenética óssea, conseguem posteriormente usar essa mesma substância para instruir as células formadoras de cicatrizes e rugas e transforma-las em células de gordura que mantêm uma pele saudável.

"Essencialmente, podemos manipular a cicatrização de feridas de modo a que ela leve à regeneração da pele em vez da formação de cicatrizes”, disse, citado pelo Express, George Cotsarelis, um dos cientistas principais envolvidos no estudo.

Esta descoberta pode dar origem a uma nova geração de tratamentos antienvelhecimento através de uma injeção semelhante ao botox que permite acabar com todas as preocupações referentes às rugas. 

IPMA
As temperaturas máximas vão variar entre os 24 graus, em Sines, Braga e Viana do Castelo e os 38 em Castelo Branco e Évora.

A maior parte do território português está sob aviso amarelo, devido à previsão de temperaturas elevadas, de acordo com informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em Portugal Continental estão sob aviso amarelo, “devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima”, os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Lisboa, Setúbal, Évora e Beja. A estes distritos juntam-se as ilhas da Madeira e de Porto Santo, no arquipélago da Madeira.

Este aviso está em vigor até às 20h59 de quarta-feira, no continente, e de quinta-feira, no arquipélago da Madeira.

Sob aviso amarelo estão também as ilhas do Grupo Central do Arquipélago dos Açores (Pico, Faial, São Jorge, Terceira e Graciosa), mas devido à previsão de chuva.

O aviso amarelo é o terceiro mais grave numa escala de quatro e aplica-se a situações de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para esta terça-feira, no continente, nebulosidade matinal no litoral oeste, que pode persistir na faixa costeira e descida de temperatura no Norte e Centro. As temperaturas máximas vão variar entre os 24 graus, em Sines, Braga e Viana do Castelo e os 38 em Castelo Branco e Évora.

Para os Açores estão previstos períodos de céu muito nublado e chuva nos grupos Central e Oriental. Os termómetros vão subir até aos 26 em Ponta Delgada.

Na Madeira, o céu vai estar geralmente pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte da ilha da Madeira e na ilha de Porto Santo. No Funchal, a temperatura vai chegar aos 27.

Portugal está sujeito a um risco de exposição a radiação ultravioleta (UV) muito elevado com excepção de duas ilhas do Açores. O IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Risco para consumidores
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED) ordenou a retirada do mercado do produto Dormix Gel,...

Num comunicado divulgado no ‘site’ do INFARMED lê-se que “o produto Dormix Gel, colocado no mercado pela empresa Master Queen Pharma, Lda. como produto cosmético, contendo uma mistura de substâncias destinadas ao alívio da dor e da inflamação, apresenta características e funções que não são compatíveis com a definição de produto cosmético”.

“Por esta razão, o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado de todas as unidades deste produto”, refere aquela entidade.

O INFARMED, “atendendo a que esta situação pode colocar em risco a segurança dos consumidores”, determina que “as entidades que tenham adquirido este produto não o podem disponibilizar” e “os consumidores que possuam este produto não o devem utilizar”.

Justiça
Um tribunal de Los Angeles condenou na segunda-feira a Johnson & Johnson a pagar um valor recorde de 417 milhões de dólares...

A mulher, que está hospitalizada, interpôs uma ação judicial contra a companhia norte-americana, alegando que o pó de talco para bebés que comercializa provoca cancro nos ovários, quando usado regularmente na higiene feminina.

O veredicto do tribunal, no processo movido pela californiana Eva Echeverria, estabeleceu a maior quantia alguma vez concedida numa série de processos judiciais contra a Johnson & Johnson por causa do pó de talco, em tribunais dos Estados Unidos da América (EUA).

Eva Echeverria alegou que a Johnson & Johnson não alertou convenientemente os consumidores quanto ao risco de desenvolverem cancro por causa dos produtos à base de talco.

A queixosa usou o pó de talco para bebé daquela companhia numa base diária desde 1950 até 2016 e foi diagnosticada com cancro dos ovários em 2007, de acordo com o processo.

A porta-voz da Johnson & Johnson, Carol Goodrich, disse em comunicado que a empresa vai recorrer da decisão do júri, acrescentando que a evidência científica mostra a segurança do pó de talco para bebés da Johnson.

O veredicto surge depois de um tribunal no Missouri ter condenado a empresa ao pagamento de 110,5 milhões de dólares a uma mulher da Virgínia a quem foi diagnosticado cancro dos ovários em 2012.

Além desse caso, três outros tribunais de St. Louis aplicaram sentenças semelhantes no ano passado, com os júris a ordenar o pagamento de indemnizações nos valores de 72 milhões, 70,1 milhões e 55 milhões, num total que ascende aos 307,6 milhões de dólares.

Pesquisa
A casca do caroço do abacate tem vários compostos químicos com possíveis utilizações medicinais e industriais, defende um...

Num trabalho que apresenta hoje no 254.º Encontro e Exposição Nacionais da Sociedade Americana de Química, a equipa liderada por Debasish Bandyopadhyay, explica que, além das aplicações industriais, a composição química desta casca pode ajudar a “tratar cancros e doenças cardiovasculares”.

O abacate tem ganho popularidade por ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e pela sua ação antioxidante, mas, até agora, não se conheciam benefícios associados à casca do caroço que, por isso, não é aproveitada.

Num comunicado da Sociedade Americana de Química, Bandyopadhyay explica que, para chegarem a estas conclusões, os investigadores reduziram a pó 300 cascas de caroço, do qual extraíram óleo e cera para análise.

No óleo da casca foram encontrados elementos como docosanol, um álcool utilizado em medicamentos antivirais, heptacosano, um possível inibidor do crescimento de células tumorais, e ácido dodecanóico, que aumenta o chamado “colesterol bom”, reduzindo o risco de aterosclerose.

Na cera, foram encontrados químicos frequentemente utilizados em produtos industriais, como hidroxitolueno butilado, utilizado como aditivo alimentar, e Bis(2-etilhexil) ftalato, utilizado em cosméticos.

Despois desta investigação, o objetivo da equipa é modificar vários dos compostos naturais encontrados na casca dos caroços, para a criação de medicamentos com menos efeitos secundários.

Anualmente, são produzidas aproximadamente cinco milhões de toneladas de abacates em todo mundo, mas, geralmente, as pessoas só aproveitam a polpa. Alguns fabricantes extraem o óleo de abacate dos caroços, mas a casca que o envolve não é aproveitada.

Tumores
Cientistas portugueses estão a testar, usando larvas de peixe-zebra, qual a quimioterapia mais eficaz para cada doente com...

Os resultados do estudo, coordenado por Rita Fior, do Centro Champalimaud, em Lisboa, e Miguel Godinho Ferreira, do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, são publicados hoje na edição digital da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Os investigadores implantaram fragmentos de células tumorais de cinco doentes com cancro colorretal em larvas de peixe-zebra, que foram tratados com as drogas usadas habitualmente na quimioterapia contra este tipo de cancro.

Resultado: dois doentes, cujos tumores não responderam nas larvas ao fármaco escolhido, sofreram pouco tempo depois uma recaída com a mesma droga. Em contrapartida, outros dois pacientes, cujas células tumorais responderam ao tratamento administrado nos peixes-zebra, reagiram bem à opção terapêutica. O teste não funcionou num doente que tinha sido sujeito a um primeiro tratamento com quimioterapia antes da cirurgia.

Em declarações à Lusa, Rita Fior sublinhou que, apesar de os resultados "serem promissores" para o tratamento personalizado e eficaz do cancro, há "ainda uma longa estrada para percorrer", assinalando que o próximo passo é realizar estudos clínicos com uma amostra maior de doentes e estendê-los a outros tipos de cancro, como o da mama, para os quais existem várias opções de quimioterapia disponíveis.

A equipa científica, que espera ter resultados mais consolidados dentro de dois a três anos, optou por usar as larvas de peixe-zebra como modelo, em vez de ratinhos, para ter respostas que permitam direcionar o tratamento a um doente em tempo útil depois de feito o diagnóstico (com um ratinho, os resultados surgem ao fim de meses, e não em duas ou três semanas, como acontece com o peixe-zebra).

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