Estudo
Um estudo sobre os efeitos de uma vacina contra a meningite apresentou resultados promissores no tratamento da gonorreia, um...

Segundo a publicação, os indivíduos vacinados contra o meningococo B, a bactéria responsável pela meningite, são menos propensos que os demais à infeção por gonorreia, uma doença que pode ser transmitida através de relações sexuais.

A publicação do trabalho, na revista médica The Lancet, ocorre poucos dias depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) advertir que a gonorreia é cada vez mais difícil de tratar devido à crescente resistência aos antibióticos, escreve o Sapo.

O estudo poderá dar "uma nova pista para o desenvolvimento de uma vacina", destaca a revista The Lancet, admitindo que "apesar de mais de um século de investigação" tal objetivo ainda não foi alcançado.

O trabalho analisou os resultados de uma campanha de vacinação contra o meningococo B na Nova Zelândia entre 2004 e 2006, que envolveu mais de um milhão de pacientes. Ao examinar os dados de 14 mil pessoas, os autores do estudo determinaram que a vacinação reduziu em 31% os casos de gonorreia.

Apesar dos sintomas de meningite e gonorreia serem bem diferentes, as bactérias que provocam as doenças têm uma grande semelhança genética. "É a primeira vez que observamos uma proteção contra a gonorreia graças a uma vacina, mas o mecanismo desta resposta imunitária é ignorado no momento", comentou uma das autoras do estudo, a doutora Helen Petousis-Harris, da Universidade de Auckland.

De acordo com a OMS, 78 milhões de pessoas contraem gonorreia todos os anos.

Estudo
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e do Instituto de...

O resultado, publicado na Scientific Reports, é inovador porque se foca no sistema nervoso central (SNC) que tem uma capacidade de regeneração inferior à do sistema nervoso periférico, podendo vir a ser aplicado na doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica ou lesões vertebro-medulares, onde o crescimento do axónio entre neurónios pode ser crucial.

Luís Martins, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e primeiro autor do artigo científico publicado, explica que “a investigação partiu dos problemas de eficácia do transplante das células estaminais mesenquimais no tratamento de doenças do SNC, tendo recorrido às várias moléculas libertadas (secretoma) por células estaminais do cordão umbilical humano para compreender o seu papel no crescimento dos axónios. O estudo de neurónios do SNC de rato estimulados com o secretoma apresentaram um aumento do crescimento dos seus axónios comparativamente maior que os neurónios que não receberam qualquer estimulação”.

O trabalho descobriu que uma das moléculas cruciais do secretoma para o aumento dos axónios se chama “Fator neurotrófico derivado do cérebro”. Os investigadores removeram esta molécula do secretoma aplicado nos neurónios e verificaram que o crescimento dos axónios se apresentava reduzido na sua ausência, o que significa que a sua presença contribui para este crescimento.

Ramiro de Almeida, coordenador do estudo e investigador do CNC, sublinha que “o secretoma poderá ser uma alternativa ao transplante, uma vez que, contendo as moléculas responsáveis pela regeneração mediada pelas células estaminais, pode ser aplicado sem a necessidade da presença destas. A abordagem proposta é mais fácil, acarreta menos riscos e num futuro próximo poderá permitir um controlo da composição do secretoma a aplicar ao doente consoante as suas necessidades personalizadas”.

A experiência foi realizada em câmaras microfluídicas, constituídas por uma placa à base de silicone com dois compartimentos unidos por túneis longos e estreitos, onde foram colocados os neurónios, tendo sido observado o seu crescimento quando atravessaram os túneis e atingiram o compartimento oposto, como se fossem as raízes de uma planta.

A investigação foi financiada através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), do COMPETE- Programa Operacional Fatores de Competitividade, QREN e da União Europeia (FEDER- Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).

Oscilações de peso entre as causas
As indesejáveis estrias aparecem após a gravidez ou imediatamente a seguir a uma significativa perda
Mulher a mostrar estrias na cintura

As estrias caracterizam-se por uma lesão irreversível da pele. “São quase como cicatrizes que se vão tornando mais complexas e resistentes aos tratamentos à medida que o tempo passa”, começa por referir Ana Silva Guerra, especialista em cirurgia plástica reconstrutiva e estética.  

As estrias podem surgir em ambos os sexos, em qualquer idade e em qualquer zona do corpo e ser altamente comprometedoras, sobretudo, se forem bastante extensas e disseminadas.

Elas podem surgir no contexto de determinadas patologias (como doenças hormonais), após certos medicamentos (“corticoesteroides são os mais frequentes”), ou nas situações em que a pele é obrigada a um grande «esforço» de dilatação, tal como acontece durante a gravidez, ou em consequência de oscilações de peso.

De acordo com a especialista, o tratamento das estrias é bastante complexo. “Nas estrias avermelhadas recentes consegue-se obter boas melhorias mas quanto mais tempo passa, mais “definitiva” se torna a cicatriz (uma estria é, no fundo, uma cicatriz da derme e epiderme) e portanto a sua correção é impossivel”, refere.

A escolha dos tratamentos para tratar as estrias são, por isso, adaptados a cada caso tendo em vista os melhores resultados possíveis. Entre os mais frequentes estão:

Peeling

De acordo com a especialista, o peeling  “vai provocar uma reação inflamatória e cicatricial que permite renoava de forma mais ou menos profunda uma ou mais camadas de pele” Este processo conduzirá à produção de mais colagénio ao estimular a atividade dos fibroblastos, contribuindo, acima de tudo, para reafirmar a área tratada, diminuindo o espaço entre os limites das estrias.

São necessários vários tratamentos, com intervalos mínimos de três semanas, uma vez que “os resultados são cumulativos”. 

Laser

O laser é um tratamento não invasivo que atua quer na fase “jovem” das estrias – enquanto estão avermelhadas – tendo como alvo um pigmento do sangue, quer na fase “madura” estimulando a produção de colagénio e elastina.

Com este tratamento é possível melhorar dignificativamente a aparênciadas estrias, no entanto, fique a saber que “as estrias avermelhadas são as que melhor respondem ao tratamento”. 

Fatores de crescimento plasmático

As plaquetas são um importante reservatório de fatores de crescimento do corpo e interferem em inúmeros processos, tais como a coagulação, a resposta imune ou a cicatrização.

Dentro dos grânulos das plaquetas podem-se encontrar diferentes fatores de crescimento.

“Atualmente, é possível obter concentrações significativas desses fatores sob a forma de uma solução que pode ser usada em diferentes contextos clínicos. O «PRP», ou platelet rich plasma, é um concentrado plaquetário autologo (isto é, do próprio) num pequeno volume de plasma. A eficácia clínica deste preparado depende essencialmente do número de plaquetas e da concentração dos seus fatores de crescimento”, explica a especialista.

Estas pequenas moléculas atuam em diferentes processos na regeneração dos tecidos podendo ter diferentes “aplicações”. São utilizadas, nomeadamente, no tratamento de feridas crónicas.

“Pelo seu potencial reparador e regenerador são uma «arma» terapêutica eficaz no processo de envelhecimento”, afima Ana Silva Guerra.

Microdermoabrasão

De acordo com a especialista, a microdermoabrasão trata-se de um tratamento de superfície, não invasivo “que submete a pele a uma pressão negativa através de um sistema de microagulhas ou microcristais, que causam esfoliação”. Este impacto mecânico “obriga” a pele a regenerar, promovendo a renovação celular e estimulando a atividade fibroblástica e a produção de colagénio.

“A sua intervenção nas estrias resulta desse estímulo reafirmante e regenerador, melhorando a aparência das estrias. Os resultados são cumulativos e requerem tratamentos seriados com intervalos de três semanas”, explica a especialista.

“Através da combinação das várias técnicas é possível obter melhorias em casos selecionados”, acrescenta Ana Silva Guerra reforçando que até à data, não existe nenhum tratamento que elimine definitivamente as estrias.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Infarmed
O Infarmed recomendou a não utilização das pulseiras e pensos repelentes de mosquitos do fabricante Henan Hexin Hengda , porque...

Numa nota publicada no ‘site’, a Autoridade Nacional do Medicamento recorda que, apesar de não identificado em Portugal registos deste fabricante, uma vez que há livre circulação de produtos estes podem ser adquiridos noutros países.

“A existência destes produtos em Portugal deve ser reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed”, acrescenta a autoridade do medicamento.

“Retrato de Portugal 2017”
Três por cento das crianças com idade para frequentar o primeiro ciclo não estavam matriculadas neste nível de ensino em 2014 e...

Os dados do “Retrato de Portugal 2017” revelam que a taxa real de escolarização foi de 100% entre 1981 e 2013, tendo caído para os 97,9% em 2014 e para 97% em 2015. Em 1961, era de 80,4 por cento.

Esta taxa reflete a percentagem de alunos matriculados no ensino pré-escolar, básico ou secundário, em idade normal de frequência desse ciclo, face à população dos mesmos níveis etários.

Segundo os dados, a taxa real de escolarização era de 89% no segundo ciclo, em 2015 (7,5% em 1961 e 67,5% em 1988), e de 87% no terceiro ciclo (6,1% em 1961 e 44,7% em 1988).

Os dados apontam ainda que, em 2016, 8% da população não sabiam ler nem escrever e 18% tinham o ensino superior.

Nesse ano, a taxa de abandono escolar precoce dos jovens dos 18 aos 24 anos situou-se nos 14%, um número muito distante dos 50% registados em 1992 e dos 40% em 2004, segundo a publicação divulgada no Dia Mundial da População.

A diretora da Pordata, Maria João Valente Rosa, adiantou à agência Lusa que a Educação é um dos 15 temas refletidos no “Retrato de Portugal” que demonstram mudanças na sociedade.

“A sociedade portuguesa está em mudança, nalguns casos mesmo muito acelerada, e por isso mesmo precisamos de nos preparar para essas mudanças de maneira a poder retirar delas o melhor proveito”, disse a demógrafa.

Nessas mudanças descritas na publicação “existem várias tendências que nos obrigam a parar e a refletir sobre o presente, o futuro e a trajetória que fizemos até à atualidade”, adiantou, apontando como exemplo “o número de contribuintes por pensão, que é cada vez menor”.

Há outros dados que “podem suscitar interessem, mesmo numa ótima de políticas públicas, com a ainda muito baixa escolaridade dos empregadores em Portugal ou o aumento recente dos trabalhadores por conta de outrem a receberem o salário mínimo”.

Também há “evoluções muito significativas, como a diminuição dos níveis da mortalidade infantil ou o aumento da esperança de vida”, apontou.

“Hoje as crianças nascem com muito mais segurança do que nasciam no passado”, com 99% a nascerem em estabelecimentos de saúde, o que não acontecia em 1960 (18%)”, referiu.

A demógrafa realçou igualmente “o aumento da escolaridade, em especial das mulheres, que foi extremamente significativo”, mas ressalvou que ainda há “um grande caminho a percorrer” quando comparado com outros países da União Europeia.

Os dados demonstram também, “apesar de muitos tentarem insinuar o contrário, que estudar compensa”, disse, exemplificando que, a partir de 2009, as taxas de desemprego mais baixas correspondem a quem tem um nível de escolaridade superior.

O livro mostra ainda que “Portugal se converteu claramente ao mundo digital” e que os portugueses estão “mais preocupados com o ambiente”, pelo modo como lidam como os resíduos.

Maria João Rosa destacou a importância do Dia Mundial da População, uma iniciativa das Nações Unidas que se celebra desde 1987, para “pensar, discutir ou abrir caminhos sobre aquilo que somos, aquilo que fomos e para onde estamos a caminhar”.

“A população não é um dado imutável no tempo, vai-se alterando, e por isso é tão importante conhecer essas dinâmicas da população para nos compreendermos melhor enquanto país”, rematou.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Oito distritos de Portugal continental vão estar na quarta e na quinta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja vão estar entre as 10:00 de quarta-feira e as 18:00 de quinta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O ‘aviso amarelo’ é emitido sempre que há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente limpo, vento fraco a moderado predominando de noroeste, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, e nas terras altas.

A previsão aponta também para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais da região Centro, pequena subida da temperatura mínima no interior das regiões Norte e Centro e subida da máxima na região Sul e no interior Norte e Centro.

Para quarta-feira, o IPMA prevê no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral das regiões Norte e Centro até meio da manhã, vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, e nas terras altas, neblina ou nevoeiro matinal no litoral das regiões Norte e Centro e subida de temperatura, em especial da máxima.

Quanto às temperaturas previstas para hoje, em Lisboa vão oscilar entre 16 e 27 graus, no Porto entre 14 e 23, entre Vila Real entre 13 e 29, em Viseu entre 12 e 28, em Bragança entre 14 e 31, na Guarda entre 14 e 28, em Coimbra entre 13 e 27, em Castelo Branco entre 17 e 35, em Santarém entre 15 e 31, em Portalegre entre 14 e 36, em Beja entre 13 e 35 e em Faro entre 19 e 32.

Estudo
O consumo de café pode contribuir para mais longevidade, ajudando a evitar doenças cardíacas, renais, respiratórias, cancros,...

A investigação, que é divulgada hoje na publicação especializada Annals of Internal Medicine, baseou-se num estudo feito nos Estados Unidos entre diversas etnias pela Universidade do Hawaii e a Escola de Medicina Keck, da Califórnia

"Não podemos dizer que beber café prolonga a vida mas vemos uma associação", afirmou Veronica Setiawan, professora de medicina preventiva e principal autora do estudo, em que se regista que quem bebe uma chávena de café por dia tinha menos 12% de probabilidade de morrer do que quem não bebe.

Para quem bebe duas ou três chávenas, o risco de morte reduz-se em 18%, não se verificando variação entre quem bebe café descafeinado.

"O café contém muitos anti-oxidantes e compostos que desempenham um papel importante na prevenção do cancro", apontou a investigadora, salientando que os resultados não permitem concluir que o café é uma espécie de elixir, mas que "faz parte de uma dieta e estilo de vida saudáveis".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já tinha reconhecido no ano passado, depois de 25 anos a associar o café ao cancro da bexiga, que a bebida reduz o risco de cancro hepático e uterino.

"Há pessoas que receiam que beber café possa ser mau porque aumenta o risco de doenças cardíacas, atrofia o crescimento ou leva ao aparecimento de úlceras ou azia, mas a investigação mostrou que de um modo geral, não faz mal à saúde", declarou.

Contudo, há uma contraindicação clara no consumo de café muito quente, que a OMS alerta que pode causar cancro no esófago.

As pessoas que participaram no estudo responderam a questões sobre estilo de vida, hábitos alimentares, historial clínico e hábitos de consumo de café, dados que foram sendo atualizados durante cinco anos.

Dos participantes, 16% não bebe café, 31% bebe uma chávena por dia, 25% bebe duas a três e sete por cento declarou beber quatro ou mais chávenas diariamente. Os 21% restantes indicaram consumos sem padrão.

A tendência verificou-se entre afro-americanos, americanos de origem japonesa, de origem sul e centro-americana e brancos, o que leva os cientistas a considerar que se estende a outros grupos étnicos.

"Este estudo é o maior deste género que já foi feito e inclui minorias com estilos de vida muito diferentes", afirmou Setiawan.

Até final do ano
A região Norte tem atualmente 2.504 camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, mas até ao final do ano prevê...

“Até ao final do ano prevê-se, nesta região de saúde, um acréscimo de cerca de 280 camas nas suas mais diversas tipologias, estando para breve a assinatura de acordos para novas unidades de Saúde Mental”, avançou, em comunicado.

Em 2016, o Norte tinha 2.489 camas, passando em 2017 para 2.504, sendo 157 delas em Convalescença, 737 em Média Duração e Reabilitação, 1.534 em Longa Duração e Manutenção, 26 em Cuidados Paliativos, 10 em Ambulatório Pediátrico, 10 em Cuidados Integrados Pediátricos e 30 em Saúde Mental, referiu.

Para além destes lugares de internamento, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) disponibiliza ainda 1.644 lugares de resposta domiciliária, através de Equipas de Cuidados Continuados Integrados, distribuídos pelos diferentes Agrupamentos de Centros de Saúde da Região Norte, sustentou.

“No que concerne aos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde [distrito do Porto] podemos assegurar que a taxa de cobertura supera os 100%. Mesmo assim, até final deste verão, será assinado um novo protocolo o qual vai permitir um aumento de número de camas”, lê-se na nota.

Em Moçambique
Dentistas portugueses e um especialista holandês iniciaram ontem uma missão de duas semanas em Moçambique para divulgar uma...

A ação está a cargo da associação Health4Moz, em parceria com a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP).

Os tratamentos são feitos "utilizando menos instrumentos e material", sem anestesia e sem que a intervenção "seja feita no consultório de um dentista", anunciam em comunicado.

Um grupo de médicos portugueses e um especialista holandês (Jo E. Frenchen, responsável pelo desenvolvimento da técnica) vão transmitir as práticas a alunos finalistas de medicina dentária e médicos dentistas nas cidades da Beira e Nampula.

Prevê-se ainda a aplicação do tratamento a cerca de 500 crianças em idade escolar, observadas no âmbito do projeto "Mozambique: more than a smile" e a todos os que dele necessitem.

O projeto de saúde oral da Health4Moz contou com uma missão em 2014 e o projeto recebeu depois uma bolsa anual da Federação Internacional de Medicina Dentária (FDI), bem como o apoio do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.

Centro Hospitalar Lisboa Norte
O Centro Hospitalar Lisboa Norte indicou que muitas das recomendações apontadas no relatório do Tribunal de Contas “já foram...

Num esclarecimento sobre a auditoria financeira realizada pelo Tribunal de Contas (TdC) ao exercício financeiro de 2014, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) aponta como recomendações concretizadas ou em fase de concretização “a reorganização do Hospital Pulido Valente e o ajustamento entre a oferta e a procura”.

“Relativamente a este ponto, a afirmação de que há um desequilíbrio entre estrutura de custos e cuidados de saúde realizados, é uma realidade já ultrapassada, na medida em que o CHLN recuperou e ultrapassou o número de doentes que tinha perdido aquando da abertura do HBA” (Hospital Beatriz Ângelo), adianta a nota.

O CHLN sublinha também que “hoje os indicadores revelam uma realidade diferente”, estando “a crescer progressivamente”, entre outros, as urgências, consultas externas e internamento.

O esclarecimento do Centro Hospitalar Lisboa Norte surge após o TdC ter detetado algumas irregularidades no exercício de 2014, como resultado líquido pior que o registado, contas inscritas inapropriadamente, dívidas para pagar e por cobrar.

O relatório revela que as “demonstrações financeiras do centro hospitalar estão afetadas por distorções materialmente relevantes”, tendo o TdC emitido “um juízo desfavorável sobre as contas” do CHLN.

O centro hospitalar esclarece igualmente que “boa parte das recomendações apontam para a alteração da comparticipação dos acionistas - Ministério da Saúde e Ministério das Finanças – o que tem sido reiteradamente solicitado pelo CHLN”.

Na nota, o centro hospitalar recorda que, quando o conselho de administração tomou posse em 2013, o prejuízo era de 11 milhões por mês em 2013, situação que foi “gradualmente invertida”, sublinhando que as sucessivas auditorias externas às contas anuais do CHLN solicitadas pelo Ministério da Saúde referem que as demonstrações financeiras “apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira do CHLN”, facto que tranquilizou o órgão máximo de gestão.

“Igualmente o Fiscal Único e a ACSS – Administração Central dos Sistemas de Saúde - chamam atenção para o facto de que as demonstrações financeiras do CHLN obedeceram a indicações da tutela e a procedimentos considerados normais no sector público da saúde”, avança, garantindo que “o processo de reequilíbrio financeiro do CHLN nunca comprometeu o financiamento dos cuidados de saúde realizados pela instituição”.

O CHLN destaca declarações do presidente do conselho de administração, que “sempre referiu que a missão constitucional e pública do maior Centro Hospitalar do país nunca estaria em causa por razões económico-financeiras”.

“Assim, o CHLN tratou, trata e continuará a tratar todos os doentes da sua responsabilidade direta – entre seis a sete mil por dia - bem como doentes vindos de todo o país e dos PALOP’S – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa - independentemente de serem financiados ou não pelo Estado”, refere ainda.

Europacolon Portugal
O presidente da Europacolon Portugal - Apoio ao Doente com Cancro Digestivo defendeu o rastreio ao cólon e reto a nível...

Vítor Neves argumenta, em comunicado divulgado pela organização, que o apresentado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) a quatro centros de saúde em Setúbal como sendo um projeto-piloto, é algo que devia estar em curso desde abril de 2016 aquando da publicação do despacho n.º 4771-A/2016".

"Mais de um ano depois da publicação do despacho, continuamos sem rastreio de base populacional. Esta ação da ARSLVT é apenas um cumprimento parcial e atrasado do despacho", denunciou Vítor Neves, frisando que "os rastreios de base populacional têm de ser feitos de forma sistemática e nacional pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) com convocatórias semanais dos Centros de Saúde, a todos os cidadãos dentro da área de risco".

Para o presidente da Europacolon "repetir procedimentos como o projeto-piloto anunciado a 16 de dezembro, na ARS Norte, a 3.000 utentes e que passados sete meses ninguém conhece o seu resultado, faz recear que atitudes como a agora enunciada só sirvam para adiar uma decisão de fundo, que poria cobro a um problema de saúde pública nacional responsável por mais de 3.900 mortes por ano no país".

Lembrando a recomendação de que "o rastreio ao cancro do cólon e do reto deve ser feito por todas as pessoas sem esta patologia, com idades entre os 50 e os 74 anos, de dois em dois anos", sustentou que os de "base populacional, por pesquisa de sangue oculto, têm de ser feitos de forma anual, tal como recomendam as boas práticas internacionais e nacionais".

A Europacolon Portugal, criada em 2006, no Porto, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que faz parte da organização Pan-Europeia Europacolon exercendo a sua ação no combate ao cancro colo-rectal que é a terceira causa de morte por cancro em todo o mundo, com cerca de 1,4 milhões de novos casos.

Segundo aquela IPSS, em Portugal, surgem anualmente cerca de 8.000 novos casos e morrem mais de 3.000 pessoas com a doença.

Universidade de Aveiro
Um radar que permite medir a respiração à distância está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de...

"O equipamento está em fase de protótipo, mas já temos alguns resultados encorajadores. Já conseguimos medir em algumas situações o ritmo respiratório", disse José Vieira, engenheiro eletrotécnico.

O Bio-Radar resulta de uma colaboração entre o Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro (IEETA) e o Instituto de Telecomunicações de Aveiro, duas das unidades de investigação da Universidade de Aveiro (UA).

O objetivo é usar um sistema radar para monitorizar à distância de um a dois metros os sinais biométricos de um paciente.

"Inicialmente, será só para medir o ritmo respiratório, mas estamos a trabalhar para que, dentro em breve, também possamos medir o ritmo cardíaco, que é um pouco mais complexo", disse José Vieira.

O trabalho desenvolvido pelos investigadores Daniel Malafaia, José Vieira, Ana Tomé, Pedro Pinho e pela aluna de mestrado Carolina Gouveia, funciona através do envio de uma onda rádio que é refletida pelo tórax do paciente. Este eco recebido pelo radar permite monitorizar os sinais vitais.

A principal característica deste tipo de equipamento é o de assegurar uma avaliação não invasiva, que permite uma medição de longa duração, sem afetar o conforto do paciente.

José Vieira destaca que o Bio-Radar pode ser uma mais-valia em ambiente hospitalar, nomeadamente numa unidade de queimados, porque "permite fazer a monitorização em tempo real sem colocar qualquer equipamento em contacto direto com o paciente".

Os investigadores admitem outras utilizações para o equipamento como o uso dentro de carros "para medir o nível de stress ou descontração de um condutor ou até detetar se o mesmo está perto de adormecer ao volante".

Juntamente com o NeuroLab da UA, os investigadores estão a avaliar também a possibilidade de o sistema ser utilizado para análise psicofisiológica e de avaliação da credibilidade de depoimentos.

Lisboa, Porto ou Barcelona
Portugal e Espanha defenderam em Madrid que a Agência Europeia de Medicamentos, com sede em Londres, deve ser transferida para...

“Esperamos que no final [do processo decisório] possamos dizer que a Agência Europeia de Medicamentos está situada na Península Ibérica”, disse o ministro da Saúde de Portugal, Adalberto Campos Fernandes, numa conferência de imprensa com a sua congénere espanhola.

Dolors Montserrat Montserrat também assegurou que “o melhor sítio” para a agência estar localizada é a Península Ibérica e que Portugal e Espanha “vão-se apoiar sempre”.

Os dois responsáveis governativos querem que “a grelha de critérios” para tomar a decisão final em outubro e novembro próximo seja “objetiva e técnica” e que a decisão da União Europeia não tome em consideração “critérios políticos”.

Adalberto Campos Fernandes confirmou que a escolha entre Lisboa ou Porto como localização portuguesa candidata a sede da Agência Europeia de Medicamentos será tomada no Conselho de Ministros de quinta-feira, 13 de julho.

“Estão a ser terminados os processos internos das duas cidades e quinta-feira, ao princípio da tarde, será comunicada a decisão de Portugal em termos da candidatura nacional”, disse o ministro português.

O presidente da Câmara do Porto disse que respeitará a decisão governamental sobre a candidatura à Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa), alertando sobre o "ruído de fundo" que poderá prejudicar as ambições portuguesas neste processo.

"Devemos respeitar a decisão do Governo, seja ela qual for, porque qualquer ruído de fundo fragiliza a candidatura portuguesa e isso é que é grave", considerou o autarca do Porto para quem "há muita gente que anda para aí a falar, a fazer comentários quase a clamar vitória para aqui e para ali".

Portugal vai apresentar uma candidatura para receber a sede da EMA, que deixará Londres com a saída do Reino Unido da União Europeia.

Inicialmente, Lisboa era a única candidata nacional, mas o Governo reabriu o processo de forma a integrar também o Porto.

Praticamente todos os Estados-membros da União Europeia já apresentaram ou vão apresentar uma candidatura a sede da EMA.

Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

Governo Regional
O secretário da Saúde da Madeira disse que o programa de saúde oral implementado no arquipélago, que “foi copiado a nível...

Pedro Ramos falava no centro de saúde de Machico, na zona leste da Madeira, na cerimónia que assinalou o início das consultas de medicina dentária, no âmbito do alargamento do programa “Madeira a sorrir”, integrado no projeto de descentralização de saúde oral existente na Região.

“Esta é uma das iniciativas concretizadas: o alargamento do programa de saúde oral na Região Autónoma da Madeira, que tem vários anos de existência, que é diferente e por ser diferente foi copiado ao nível do Serviço Nacional de Saúde”, disse o governante madeirense.

O responsável do executivo insular apontou que este programa “tem tido bons resultados na Madeira” e "excedeu as expectativas para o qual foi criado”.

Segundo Pedro Ramos, estava previsto para abranger 100 escolas da Madeira e cerca de 6.000 alunos, mas “desde outubro do ano passado” foram observadas e monitorizadas 7.000 crianças que frequentam centena e meia de estabelecimentos de ensino público e privado na Região.

O programa é desenvolvido no centro de saúde do Bom Jesus (Funchal), na ilha do Porto Santo e no Porto Moniz (norte da Madeira).

“A descentralização do programa de saúde oral para Machico vai permitir que uma série de consultas que eram feitas no centro de saúde do Bom Jesus (a principal unidade do género no centro do Funchal), passem para Machico e, posteriormente, para Câmara de Lobos (concelho vizinho a oeste o Funchal), o que permite serem observadas cerca de 7.000 crianças nos respetivos concelhos”, acrescentou.

Pedro Ramos referiu que no centro de saúde de Machico vão passar a ser observadas aproximadamente 3.000 crianças, estando prevista numa nova fase do alargamento do programa ‘Madeira a sorrir’ ser abrangido o concelho de São Vicente (norte da ilha).

“Isso permite gerir melhor os recursos humanos que temos”, sublinhou.

O secretário também argumentou que “algumas das coisas que são necessárias resolver [na área da Saúde da Madeira] são questões organizacionais, que não implicam mais despesa, mas implica mais impacto na população e mais resultado no que diz respeito à promoção e prevenção da doença”, vincando que é a este nível que o governo insular está a apostar.

“Porque a área hospitalar estamos a tentar controlar. Está bem desenvolvida, diferenciada e é extremamente onerosa”, vincou Pedro Ramos, concluindo que este continuará a ser o cenário se “a montante não houver um investimento real e concreto na promoção da saúde e prevenção da doença”.

Estudo revela
A incapacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do setor...

O documento, desenvolvido pela consultora Augusto Mateus & Associados, considera que o "setor privado da saúde é cada vez mais relevante para a saúde dos portugueses, para a sustentabilidade do sistema de saúde e para o tecido empresarial nacional".

"Para lá do caráter supletivo face ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), o setor privado da saúde em Portugal assume também um papel complementar", pode ler-se no estudo apresentado na conferência "Saúde Privada em Portugal", organizada pelo Millennium bcp.

Os autores do trabalho concluem que, no primeiro caso, o setor privado proporciona uma maior rapidez no acesso a cuidados, maiores níveis de conforto, a possibilidade de escolha de médico, simpatia dos colaboradores, notoriedade, localização e entidade prestadora dos cuidados.

No segundo caso, "o setor privado é procurado especificamente para preencher lacunas ou contornar fragilidades da oferta pública, tais como a fraca cobertura [medicina dentária], as listas de utentes sem médico de família ou tempos de espera para marcação de consulta programada nos centros de saúde ou as listas de espera para cirurgia".

A atividade privada da saúde encontra-se bastante concentrada nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, sendo secundada por alguns polos na região Centro, sobretudo, Coimbra.

As regiões de Lisboa e Porto "são responsáveis por 68,2% das empresas, 79,3% do volume de negócios e por 72,7% do resultado líquido".

O estudo revela que 40% da população portuguesa está coberta por um subsistema de saúde público (ADM, Ministério da Justiça, ADSE), privado ou um seguro de saúde, além de ser beneficiária do SNS.

"Atendendo a que este financiamento está tendencialmente direcionado para prestadores privados, sinaliza a relevância expressiva que o setor privado assume no quadro nacional da saúde", lê-se no documento.

O setor privado da saúde é atualmente responsável por 79 mil empresas, 130 mil empregos e 5,7 mil milhões de euros de faturação anual.

Segundo os autores do estudo, o setor privado da saúde apresenta bons índices competitivos "mais favoráveis do que a generalidade das atividades económicas do país" e prossegue a sua expansão para o interior do território nacional.

Saiba como os eliminar
Os piolhos surgem sobretudo na infância e não são sinónimo de falta de higiene.
Desenho de um piolho

O piolho é um parasita que provoca uma infestação, de contágio muito fácil e desenvolvimento muito rápido, provocando dermatoses. Esta é provocada pela picada que o parasita faz para se alimentar do sangue. Ou seja, Os piolhos ligam-se aos pêlos para picar a pele e alimentar-se de sangue humano.

Os piolhos têm um voraz apetite e alimentam-se cada três horas do sangue do couro cabeludo, depois de injectar uma substância anestésica na pele. Rapidamente os piolhos atingem o estado adulto (cerca de 3mm) e as fêmeas começam a por os ovos. As lêndeas são os ovos postos pela fêmea piolho e que ficam coladas ao cabelo com uma saliva produzida. Cada fêmea põe aproximadamente 10 lêndeas por dia, e 160 ao longo da vida.

A esta infestação de piolhos é dado o nome de pediculose. Não se trata de uma situação grave, apesar de desagradável quer pelo aspecto, quer pela comichão que provoca. Deve, contudo, tratar-se imediatamente.

Transmissão dos piolhos

Os piolhos transmitem-se por contágio directo (cabelo, barba, sobrancelhas), ou através de objectos pessoais: pentes, chapéus, almofadas, camisolas, barretes, cachecóis, etc.. A transmissão é mais fácil em escolas, infantários, colónias de férias ou entre familiares.

Por isso, deve vigiar e lavar com frequência a cabeça das crianças. Não deve usar roupa nem objectos de outras pessoas, que possam estar contaminados (os piolhos podem sobreviver 36h sem se alimentarem). Se sabe que está em contacto com pessoas infestadas deverá usar um repelente de piolhos.

Sinais de alerta dos piolhos

A comichão na cabeça, principalmente na nuca e atrás das orelhas, e, por vezes, na fronte é o principal alerta para a possibilidade de existir uma pediculose. Para além disso, podem surgir crostas na cabeça e atrás das orelhas, provocadas pela picada do piolho e consequente coceira. Por outro lado, será visível a presença de lêndeas esbranquiçadas presas ao cabelo.

Como acabar com os piolhos

Deve iniciar o tratamento logo que se detecte a infestação. Deve utilizar o produto adequado, de acordo com as informações do seu farmacêutico e do folheto informativo. Elimine as lêndeas com um pente fino próprio, lave muito bem todos os objectos e roupa em contacto com o cabelo.

O tratamento deve ser feito na mesma altura por todas as pessoas que tenham piolhos ou que vivem com quem está infestado.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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Os ministros da Saúde de Portugal e Espanha lançaram hoje em Madrid uma iniciativa considerada “histórica” para aumentar a...

“Os doentes e os cidadãos portugueses e espanhóis podem, têm a possibilidade, de adquirir medicamentos mais baratos de igual qualidade”, resumiu o ministro da Saúde de Portugal, Adalberto Campos Fernandes, em conferência de imprensa ao lado da ministra espanhola.

Os dois responsáveis governamentais assinaram uma “declaração de intenções” que pretende “marcar o início de negociações centralizadas de medicamentos” entre os dois países.

“Vamos selecionar um medicamento como prova piloto para desenvolver um procedimento comum de compra para os dois países”, explicou a ministra da Saúde, Serviços sociais e Igualdade de Espanha, Dolors Montserrat Montserrat.

Adalberto Campos Fernandes assegurou que “não se trata apenas de um objetivo de poupança [sustentabilidade do sistema], trata-se de libertar recursos que são escassos para que com essas poupanças” os dois países possam aceder a “mais fármacos, mais inovação terapêutica, repartindo esse benefício com o consumidor”.

O documento assinado incide no financiamento e na fixação de preços de medicamentos e outras tecnologias de saúde, na partilha de informações e na elaboração de documentos técnicos nestas áreas.

“A partir de agora vamos trabalhar numa cooperação estruturada que será uma oportunidade para realizar melhorias na saúde de 60 milhões de habitantes” portugueses e espanhóis, disse o ministro português.

Adalberto Campos Fernandes constatou que Portugal e Espanha são uma região com continuidade territorial e epistemológica, o que vai levar a que técnicos dos dois países também aumentem a cooperação no estudo de “doenças que não têm fronteira”.

Os especialistas ibéricos vão assim identificar métodos comuns de vigilância e partilha de dados para a deteção precoce da presença de mosquitos e, em seguida, adotar medidas conjuntas para reduzir e controlar as populações vetores nas zonas fronteiriças.

Finalmente, os dois governos decidiram avançar na facilitação da repatriação de cadáveres entre os dois países e pôr fim a uma série de atrasos provocados por procedimentos administrativos inúteis.

SNS +Proximidade
Projeto-piloto arrancou na região Norte e contempla outras medidas, como dotar os centros com material para análises. O...

Os médicos de família vão saber quantas vezes os seus utentes foram às urgências de um hospital, a que horas, se se tratava de uma situação grave ou não e se antes procuraram assistência no centro de saúde e se este foi capaz de lhes dar resposta. A medida já está em teste na região Norte e faz parte do projeto SNS +Proximidade, que envolve outras iniciativas como centros de saúde capazes de fazer análises ou vias diretas com os hospitais para cuidados especializados sem que os utentes encaminhados tenham de passar pelas urgências.

Chama-se SNS +Monitor e está em vigor desde 22 de junho, com o início do projeto SNS +Proximidade na região Norte, escreve o Diário de Notícias. A iniciativa abrange 660 mil utentes inscritos nos agrupamentos de centros de saúde (ACES) de Gondomar, Porto Ocidental, Matosinhos e Barcelos. Pessoas com doenças crónicas, com mais de um problema de saúde, com planos individuais de cuidados desenhados em parceria com os médicos de família de forma a estabelecer os objetivos que permitam melhorar a sua saúde.

"O projeto vai permitir ao médico de família saber quais os utentes que vão mais vezes às urgências, a que horas foi, a cor da pulseira atribuída na triagem, se no mesmo dia foi ao centro de saúde para se perceber se é um sobreutilizador. Entre as primeiras coisas a avaliar é se conseguiu uma consulta aberta no centro de saúde e quanto tempo esperou após o pedido da mesma. Interessa saber se está a seguir o plano individual de cuidados, se foi ou não às consultas da especialidade. O que se pretende é ter toda a informação do percurso do doente", explica Constantino Sakellarides, consultor do Ministério da Saúde e responsável pelo projeto SNS +Proximidade.

No final de 2018 pretende-se que exista um retrato completo destes utentes. Para já o trabalho parte do retrato colhido em maio, que mostrava que nessa altura os 660 mil utentes estavam distribuídos por 433 médicos de família dos quatro ACES e foram responsáveis por 7803 episódios de urgências. No mesmo período realizaram-se 118 547 consultas de medicina geral e familiar nestes centros de saúde.

O projeto piloto tem uma outra componente que começou a ser testada na mesma altura e que envolve os quatro ACES e os hospitais de Santo António, Pedro Hispano e Barcelos, as unidades de referência geográfica. O que se pretende, explica Sakellarides, "é aumentar a capacidade dos centros de saúde para darem resposta e conforto aos utentes e proteger as urgências" de situações que não precisam de cuidados diferenciados. Casos das pulseiras verdes e azuis, que no ano passado representaram 40,7% dos 6,4 milhões de episódios de urgências. "O importante é permitir que o doente vá à consulta aberta no centro de saúde perante uma situação aguda. Existem várias modalidades a serem experimentadas. Se precisar de análises, o sangue é colhido no centro de saúde que o envia ao laboratório do hospital ou a laboratório convencionado se este for mais perto. O objetivo é que a pessoa tenha resposta no mesmo período de tempo que teria se tivesse ido ao hospital. Pode aguardar no centro de saúde pelos resultados ou ir para casa e o médico entra posteriormente em contacto para dar os resultados e seguimento, se for caso disso", explica.

No início do próximo ano serão lançados projetos semelhantes nas restantes administrações regionais de saúde: Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. "A previsão é que sejam abrangidos 1,5 milhões de utentes. A região Norte foi a primeira a ser escolhida porque é onde a cobertura de médicos de família está praticamente completa. Sem a base dos cuidados de saúde primários não é possível testar o projeto", salienta Constantino Sakellarides.

Apifarma
Candidatura de Lisboa para acolher Agência Europeia do Medicamento tem apoio da Apifarma. Comissão deverá escolher cidade,...

"Porquê Lisboa?" São 60 páginas de argumentos para tentar convencer o governo a escolher a capital, em detrimento da do Porto, para sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), organismo que tem de ser relocalizado na sequência da saída do Reino Unido da União Europeia. O dossiê da candidatura, a que o Diário de Notícias teve acesso, está pronto e já foi entregue aos ministérios da Saúde e dos Negócios Estrangeiros e à Comissão de Candidatura Nacional (CNN), que hoje decide qual a cidade portuguesa que vai tentar acolher a sede da EMA.

E, para já, a capital conta com um apoio de peso. "Com Lisboa, Portugal tem uma possibilidade grande" de se tornar a sede da EMA, comentou ao Diário de Notícias Almeida Lopes, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Apifarma. Este responsável recusou alongar--se em comentários que justificassem a preferência por Lisboa, relembrando, porém, que a Apifarma elogiou, há uns meses, o voto de louvor do Parlamento à candidatura nacional, a de Lisboa.

A Alta de Lisboa, Parque das Nações, frente Ribeirinha de Lisboa, Lagoas Park (Porto Salvo), Taguspark (Oeiras) e as antigas sedes do Banco Nacional Ultramarino, do BANIF e do Instituto Nacional da Água (as três no centro de Lisboa) são os oito locais propostos com possibilidade para acolher a sede da EMA.

A localização, nomeadamente a distância para o aeroporto, é um dos principais argumentos que esta candidatura utiliza, considerando-o uma vantagem relativa à candidatura da cidade do Porto (ver quadro ao lado).

Os critérios exigidos às cidades candidatas vão desde a capacidade de acolhimento para os 890 funcionários da agência, escolas internacionais para mais de 600 crianças, ligações aéreas às principais capitais europeias, capacidade hoteleira para 30 mil dormidas anuais, um edifício pronto a funcionar em 2019, altura em que o brexit fica concluído. E Lisboa considera que em todos estes requisitos ganha vantagem sobre o Porto. E para isso recorre-se de um relatório de fevereiro, feito antes de Portugal anunciar a candidatura nacional que concluiu que a capital oferecia "maiores possibilidades de sucesso" e mais hipóteses de competir com candidaturas como a de Barcelona e Milão.

A localização e as infraestruturas de Lisboa iniciam o dossiê da candidatura, que desfila com um enorme rol de benefícios : "Lisboa é a porta de entrada para a Europa, de empresas e cidadãos da América do Norte, América Latina e África"; "Regista em média 2400 voos por semana e serve 53 companhias aéreas de todo o mundo"; "A partir de Lisboa é possível voar diretamente para 118 destinos"; "O aeroporto fica apenas a 7 km do centro da cidade".

A vantagem competitiva de Lisboa é também salientada na qualidade de vida e pela economia em crescimento - "ocupa a 5.ª posição no ranking das "Cidades e Regiões Europeias do Futuro 2016-2017, do Financial Times"; "foi eleita, em 2014, como a 2.ª melhor cidade do mundo para investir"; "é uma das capitais mais baratas da Europa para viver, ocupando a 137.ª posição no ranking das cidades mais caras do mundo".

Os argumentos abrangem todas as áreas, com destaque para o turismo - onde não foi esquecida a nomeação da CNN que considerou a cidade mais cool da Europa - para a capacidade hoteleira e para o facto de ter uma "população altamente instruída, multilingue e que abraça a mudança e a inovação".

No Porto
Investigadores do Porto desenvolveram conservas de peixe e moluscos com macroalgas da costa portuguesa, recurso que contém...

"Num país onde se estima que mais de um terço da população tenha deficiência de iodo e mais de 70% consuma sal em excesso, os resultados do projeto permitem antever uma revolução no mercado das conservas", disse Simone Morais, docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), uma das entidades envolvidas no Porto.

Com a inclusão de macroalgas, as conservas passam a conter manganês, zinco e iodo, "um micronutriente essencial e cujo défice na dieta alimentar" é um dos "principais problemas socioeconómicos e de saúde pública na Europa", indicou a investigadora do Grupo de Reação e Análises Químicas (GRAQ) da Rede de Química e Tecnologia (REQUIMTE) do ISEP.

Essas macroalgas, que podem ser de origem selvagem ou de aquicultura, são colhidas e secas de seguida, de forma a manter a conservação, voltando a ser hidratadas antes da preparação das conservas, que também podem ser produzidas com algas frescas, explicou.

Durante o projeto, escreve o Sapo, as macroalgas foram também utilizadas como potenciadoras de sabor salgado e umami (um dos cinco gostos básicos do paladar humano), estando a ser agora estudada a possibilidade de diminuição do sal nas conservas.

"Portugal possui uma das mais extensas costas europeias" e "um enorme potencial de aproveitamento dos recursos marinhos", indicou a docente, acrescentando que o país tem, no entanto, "uma das mais elevadas taxas de subaproveitamento desses recursos", em comparação com os principais parceiros europeus.

Para Simone Morais, os resultados comprovam o potencial diferenciador da utilização das algas nos produtos de conserva, visto trazerem benefícios ao nível sensorial, possibilitando uma maior diversidade aos consumidores, e ao nível nutricional, permitindo colmatar algumas das "mais preocupantes" deficiências alimentares.

A investigadora acredita que, devido ao valo nutricional das algas, em particular pelo seu conteúdo em micronutrientes essenciais e em proteínas de elevado valor biológico, a integração destas na alimentação pode assumir grande relevância, respondendo também à "intensa e crescente" procura dos consumidores por alimentos mais saudáveis e naturais.

O "iCanSea" resulta de uma consórcio formado pelo ISEP, pela fábrica de conservas La Gondola e pela empresa de consultoria de enfoque tecnológico WeDoTech, sendo uma iniciativa do programa Portugal 2020, financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 213 mil euros, através do COMPETE2020.

Questionado pela Lusa, Sérgio Real, representante da empresa La Gondola informou que as conversas serão produzidas e comercializadas, em princípio, a partir de setembro.

"Já temos interessados nacionais e internacionais e estamos a ultimar o projeto, procurando a melhor forma de ter uma produção contínua", indicou.

Com um investimento total de 403 mil euros, o projeto teve início em julho de 2015 e finalizou em junho de 2017, contando com a participação de oito investigadores do ISEP, dois do WeDoTech e sete elementos da La Gondola.

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