Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa
O leilão solidário de uma guitarra assinada por Chrissie Hynde, vocalista da banda The Pretenders, rendeu 1.565 euros, que...

O Festival edpcooljazz abre hoje à noite, nos Jardins Marquês de Pombal, em Oeiras, nos arredores de Lisboa, com as atuações do duo Rodrigo y Gabriela, e a primeira parte garantida pela portuguesa Márcia.

“A dupla mexicana faz uma viagem perfeita entre Jimi Hendrix, o jazz fusão e o flamenco”, lê-se no comunicado enviado pela organização à agência Lusa, acrescentando que se trata de “um duelo melódico, harmonioso, técnico e pulsante que difere dos padrões ‘standard’”.

O texto da organização cita o jornal inglês The Independent, que se se referiu ao “flamenco rock”, “o que emana do palco quando Rodrigo y Gabriela tomam conta das guitarras”.

O Festival apresenta, este ano, pela primeira vez, “Live Experiences”, um espaço de apresentações “de talentos do jazz nacional”.

A iniciativa “Santa Casa Jazz Sessions”, pois conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, “vai juntar trios de jazz, que atuam em todas as noites do festival, das 19:30 às 21:00, no espaço Cool Pick & Go, que funciona nos jardins e no parque dos Poetas.

O cartaz das Santa Casa Jazz Sessions conta com a participação de Sócrates Bôrras, na próxima terça-feira, Jessica Pina, na quarta e quinta-feira próximas, João Espadinha, nos dia 23 e 29, João Coelho, no dia 25, e Rui Pereira, a fechar, no dia 26.

A guitarra assinada por Chrissie Hynde é entregue ao vencedor do leilão na quarta-feira, antes do concerto dos The Pretenders, no Parque dos Poetas, também em Oeiras, nos arredores de Lisboa. A primeira parte garantida por Rita Redshoes.

O valor apurado reverterá para o Centro Nuno Belmar da Costa da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL), cujo objetivo “é apoiar e proporcionar tranquilidade às pessoas com paralisia cerebral e situações neurológicas afins, e suas famílias, através do desenvolvimento máximo das suas capacidades”.

Estas iniciativas solidárias iniciaram-se em 2015, tendo então sido leiloado uma guitarra autografada por Mark Knopfler, cujo resultado de oito mil euros reverteu para a CerciOeiras.

Ao duo mexicano Rodrigo y Gabriela e à portuguesa Márcia, que abrem na terça-feira o edpcooljazz, seguem-se, na quarta-feira, no Parque dos Poetas, Rita Redshoes e os The Pretenders, e, no dia 20, no palco montado nos jardins, tocam Maceo Parker e Da Chick.

No dia 23 de julho, atuam, no palco dos jardins, os brasileiros Filipe Catto e Maria Gadú, no dia seguinte, sobem a este palco Jorge Palma e Jake Bugg e, no dia 26, também nos jardins, atuam Jamie Lidell & The Royal Pharons e Luísa Sobral.

O festival encerra no dia 29 de julho com o britânico Jamie Cullum, no Parque dos Poetas, sendo a primeira parte garantida por Beatriz Pessoa.

No ano passado, 35.000 pessoas assistiram aos oito concertos do festival edpcooljazz, segundo dados da organização.

OMS
Uma em cada dez crianças no mundo não recebeu qualquer vacina em 2016 e arrisca-se a contrair doenças como a difteria, tétano...

De acordo com os dados hoje disponibilizados no ‘site’ da instituição, serão 12,9 milhões as crianças que em todo o mundo não receberam qualquer vacina no ano passado, o que significa que falharam pelo menos a primeira dose da vacina contra a difteria, tétano e tosse convulsa (DTP), que em Portugal está integrada no Programa Nacional de Vacinação.

Adicionalmente, estima-se que outros 6,6 milhões de crianças que receberam a primeira dose da vacina tríplice conhecida por DTP não tenham concluído as doses necessárias para a imunização completa.

Em Portugal esta vacina é administrada gratuitamente aos dois meses, aos quatro meses, aos seis meses, aos 18 meses e aos cinco anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que realizou as atuais estimativas a par com a UNICEF, sublinha que desde 2010 a percentagem de crianças com as vacinações de rotina completas estabilizou nos 86%, sem alterações significativas em quaisquer países ou regiões.

Este valor está abaixo da meta de 90% de vacinados fixada pelas Nações Unidas.

“A maior parte das crianças que não está vacinada é a que escapa aos sistemas de saúde. Estas crianças provavelmente não receberam nenhum serviço básico de saúde”, afirma o diretor de imunização da OMS, Jean-Marie Okwo-Bele, numa declaração escrita no ‘site’ da instituição.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a vacinação previne atualmente entre dois a três milhões de mortes por ano, entre doenças como a difteria, o tétano ou o sarampo.

Os novos dados relativos a 2016 hoje divulgados mostram que 130 dos 194 países que pertencem à OMS alcançaram ou superaram os 90% de cobertura total da vacina da difteria, tétano e tosse convulsa.

Mas pelo menos mais dez milhões de crianças carecem da vacina em 64 países, se todos quiserem atingir os 90% definidos no Plano de Ação Global de Vacinação.

Desses dez milhões há mais de sete milhões de crianças que vivem em condições humanitárias frágeis, incluindo países afetados por conflitos. Aliás, quatro milhões dessas crianças não vacinadas pertencem a apenas três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

No ano passado, a OMS e a UNICEF registaram oito países com uma taxa de cobertura vacinal inferior a 50%: República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Nigéria, Somália, Sudão do Sul, Síria, Chade e Ucrânia.

Em relação ao sarampo, doença que este ano teve um ressurgimento em vários países europeus, as atuais estimativas apontam para uma taxa de vacinação global de 85% na primeira dose, mas que baixa para os 64% no que se refere à segunda dose da imunização.

Governo
O secretário de Estado da Saúde anunciou hoje que o concurso público para as obras de instalação da radioterapia no Centro...

"Vamos fazer o programa funcional, ou seja, onde vai ficar instalado, que áreas vão ficar já ocupadas e a área que ficará definida para ter um segundo acelerador linear e, em função disso, feito esse programa, vai-se fazer um caderno de encargos e abrir concurso público ainda este ano", avançou Manuel Delgado.

De acordo com o governante, que marcou presença na cerimónia de comemoração do 20.º aniversário do Hospital São Teotónio, em Viseu, o concurso público a lançar este ano será de natureza internacional, face ao valor que representa.

O investimento inicial na radioterapia, a instalar no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, irá rondar os seis milhões de euros, "com tendência para aumentar cerca de 30% a 40%, em função da instalação de um segundo acelerador linear".

Numa primeira fase será criado um ‘bunker' com um acelerador linear (máquina de tratamento), sendo remetida para uma outra fase a colocação de um segundo acelerador linear.

"O que vamos fazer é uma experiência interessante e inovadora que é uma afiliação entre a radioterapia de Viseu com a radioterapia que se faz no IPO de Coimbra, cuja experiência, conhecimento e ‘know-how' são já bastante bons. Trabalham já com dois ou três aceleradores, os técnicos têm muita experiência e vão ajudar a montar o serviço aqui", referiu.

O secretário de Estado da Saúde informou ainda que a radioterapia de Viseu deverá entrar em funcionamento "em finais de 2018, princípios de 2019".

"Este é um processo que tem todos estes percursos e estes aspetos que têm de ser devidamente acautelados para não fazermos asneiras do ponto de vista burocrático ou administrativo", acrescentou.

Questionado pelos jornalistas sobre o modelo a aplicar em Viseu, radioterapia ou centro oncológico, o governante esclareceu que Viseu terá radioterapia.

"Vamos ter radioterapia em Viseu, que consiste em fazer tratamentos que implicam radiação em relação a alguns tumores que os doentes têm. O que vamos fazer aqui, na radioterapia, é substituir o papel que o IPO de Coimbra tem e até se calhar o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra em relação a muitos doentes que são desta região", evidenciou.

No seu entender, a instalação da radioterapia na região da Beira Interior é mesmo "uma necessidade emergente".

Na sua intervenção na cerimónia, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques tinha desafiado o governante a dar, como prenda de aniversários dos 20 anos do Hospital de S. Teotónio, o cronograma e pacote financeiro do centro oncológico.

Reviv Lisbon
A Entidade Reguladora da Saúde suspendeu a licença de funcionamento de uma clínica em Lisboa que vendia tratamentos com...

A informação foi divulgada no site da Ordem dos Médicos e confirmada hoje por fonte oficial da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

As ordens dos Médicos, dos Enfermeiros e também dos Farmacêuticos requereram ao regulador que fosse efetuada uma inspeção à Reviv Lisbon, apresentada como uma clínica que fazia tratamentos com soro e injeções com misturas de vitaminas, nutrientes, aminoácidos e até medicamentos.

Os pedidos de uma intervenção inspetiva surgiram em maio e, no dia em que a inspeção à Reviv Lisbon estava agendada, o estabelecimento encontrava-se fechado e a clínica não reabriu desde então, segundo confirmou à agência Lusa fonte oficial da ERS.

Entretanto, o regulador suspendeu a licença de funcionamento do estabelecimento e, caso a empresa pretenda reabrir, terá de submeter um novo pedido e sujeitar-se a uma vistoria prévia.

A Reviv Lisbon obteve, no dia 2 de fevereiro deste ano, a sua licença para atuar na área da "medicina geral e familiar", com autorização para exercer a atividade como "centro de enfermagem" e "clínica ou consultório médico".

A clínica prometia no seu site vários serviços: “A gama de tratamentos de bem-estar inclui intravenosas (IVs), como Hydromax, para repor a hidratação, Ultraviv, para ajudar na recuperação da ressaca e de doenças, Megaboost, para proporcionar vitaminas, Vitaglow, para refrescar o aspeto da pele, e Royal Flush, para uma desintoxicação deluxe do organismo”.

A Reviv dizia ainda ter tratamentos com injeções de vitaminas e nutrientes à escolha para vários fins, como “perda de peso natural” ou para revigorar a condição física.

A Ordem dos Médicos considerou que alguma da informação existente no site da empresa correspondia a uma situação de “publicidade enganosa”.

Polícia Judiciária
Seis pessoas foram constituídos arguidos por suspeitas de fraude ao Serviço Nacional de Saúde, anunciou na sexta-feira a...

Seis pessoas – um farmacêutico, um gerente de farmácia e quadro médicos – foram constituídos arguidos por suspeitas de fraude ao Serviço Nacional de Saúde, anunciou na sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Em nota de imprensa, a PJ informou que deteve um farmacêutico, de 45 anos, proprietário de duas farmácias, tendo o suspeito ficado sujeito à obrigação de permanência na habitação, à proibição de contactos com os coarguidos médicos e à suspensão do exercício da função profissional de farmacêutico, depois de ter sido presente a primeiro interrogatório judicial.

No âmbito da operação ‘Vida Ativa’ do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ, foram constituídos outros cinco arguidos, escreve o Observador.

Além do farmacêutico, os restantes arguidos são um gerente de farmácia e quatro médicos. Todos estão “fortemente indiciados pela prática dos crimes de burla qualificada ao Estado, falsificação de documentos agravada e de corrupção”.

Segundo a nota da PJ, “de acordo com os abundantes elementos probatórios recolhidos, a atividade criminosa consistia num esquema fraudulento de venda fictícia, massiva, com apresentação indevida de receituário para medicamentos com elevado valor de comparticipação pago pelo Estado, revertendo o lucro para os arguidos”.

Até ao momento e nos últimos cinco anos foi apurado “um valor de fraude ao SNS não inferior a três milhões e quatrocentos mil euros”.

Segundo a PJ, foram realizadas cinco buscas domiciliárias e 15 não domiciliárias em duas farmácias, em Abrantes e em Lisboa, e em seis consultórios médicos em Abrantes, Ourém, Oliveira de Frades e em Coimbra.

O inquérito foi conduzido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal do Ministério Público, com a colaboração do Centro de Conferência de Faturas do Ministério da Saúde.

Em vigor a 1 de janeiro de 2018
Marcelo promulgou o decreto que reforça a proibição de fumar em locais frequentados por menores, mesmo ao ar livre. Quer...

O Presidente da República promulgou na sexta-feira o decreto que reforça a proibição de fumar em locais frequentados por menores, mesmo ao ar livre, e que equipara cigarros com tabaco a cigarros sem combustão e eletrónicos. A promulgação por Marcelo Rebelo de Sousa deste diploma foi divulgada no sítio oficial da Presidência da República, escreve o Observador.

Com esta deliberação do parlamento, a partir de 1 de janeiro de 2018 será proibido fumar em locais para menores, ainda que ao ar livre, como campos de férias ou parques infantis e são equiparados aos cigarros com tabaco os cigarros sem combustão e cigarros eletrónicos.

A nova lei pretende proibir que se fume (além dos já previstos na atual lei) “nos locais destinados a menores de 18 anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias, parques infantis, e demais estabelecimentos similares”.

A legislação foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, PS e PAN a 1 de junho no parlamento, em votação final global, depois de um trabalho na especialidade, na comissão de Saúde, que alterou o diploma vindo do Ministério da Saúde.

Votaram contra a deputada socialista Isabel Moreira e os deputados da bancada do CDS-PP Álvaro Castelo Branco, João Almeida, António Carlos Monteiro, Vânia Dias da Silva, Ana Rita Bessa, Pedro Mota Soares, Cecília Meireles, Helder Amaral, Filipe Anacoreta Correia, Ilda Araújo Novo.

Bloco de Esquerda, PCP e “Os Verdes” optaram pela abstenção, assim como Wanda Guimarães (PS) e três deputados do CDS-PP: a presidente do partido, Assunção Cristas, o líder parlamentar, Nuno Magalhães, e a médica e deputada Isabel Galriça Neto.

Infarmed
A Autoridade do Medicamento ordenou a suspensão da venda e a retirada do mercado de todos os produtos para cabelos da marca...

Segundo a informação disponibilizada na página do Infarmed, as substâncias proibidas em causa são conservantes e um filtro solar.

O Infarmed aconselha os consumidores a não usarem os produtos (cosméticos para cabelos) desta marca.

Em causa estão produtos como mousses de volume, gel, condicionadores e máscaras para cabelos.

IPMA
Mais de 60 concelhos da região Norte e Centro do país e quatro municípios do Algarve estão hoje em risco 'Máximo' de...

Os distritos de Bragança, Vila Real, Porto, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Portalegre e Santarém são os que apresentam mais concelhos em risco 'Máximo', além dos municípios de São Braz de Alportel, Tavira, Alcoutim e Castro Marim, no distrito de Faro.

De acordo com a informação disponível na página do Internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estão em risco 'Muito Elevado' cerca de 60 outros municípios das regiões Norte e Centro e cinco concelhos no baixo Alentejo e Algarve.

Também em risco 'Elevado' está a zona do maciço central da ilha da Madeira.

Mais de 70 concelhos estão em risco 'Elevado', cobrindo toda a região do Alentejo e alguns municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Santarém, Lisboa, Setúbal e Faro.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre "Reduzido" e "Máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje no continente uma pequena descida da temperatura máxima, em especial nas regiões do Norte e Centro, céu pouco nublado ou limpo, com nebulosidade matinal no litoral oeste, vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando temporariamente moderado (20 a 35 km/h) do quadrante sul nas terras altas.

Nos Açores, estão previstos períodos de céu muito nublado, com boas abertas, embora possam ocorrem aguaceiros fracos nas ilhas do Grupo Central (Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial).

No que diz respeito às temperaturas máximas, deverão chegar aos 38º Celsius em Évora, 37º em Beja, 36º em Bragança, Castelo Branco, Portalegre e Santarém, 34º em Vila Real, 33º em Faro e 32º na Guarda e em Viseu.

Em Lisboa e Coimbra os termómetros devem subir até aos 30º e no Porto não devem ultrapassar os 22º.

IPMA
Portugal apresenta hoje um risco ‘muito elevado de exposição à radiação ultravioleta, com exceção do grupo oriental dos Açores,...

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje, em Portugal continental, céu pouco nublado ou limpo, com nebulosidade matinal no litoral oeste que pode persistir a norte do Cabo Raso.

O céu vai estar pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral Norte e Centro e na região Sul até final da manhã, podendo essa nebulosidade persistir a norte do Cabo Raso.

O vento vai soprar fraco a moderado e a temperatura máxima deverá descer, em especial nas regiões do Norte e Centro.

Para os Açores, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado, mas com boas abertas nos grupos Ocidental e Oriental, sendo que são aguardados aguaceiros no grupo central.

Na Madeira, as previsões apontam para períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral muito nublado nas vertentes sul da ilha da Madeira. O vento será fraco a moderado.

Europol
A polícia espanhola prendeu 65 pessoas numa operação coordenada com a Europol que visou uma rede que vendia como carne de vaca...

Segundo um comunicado da Europol, o caso remonta a 2013, quando as autoridades irlandesas encontraram carne de cavalo em hambúrgueres de vaca, contaminada com um medicamento anti-inflamatório, e começaram a investigar a sua proveniência, acabando num negociante de carne holandês, que também foi detido na Bélgica.

Em 2016, a Guardia Civil descobriu que havia animais idosos, doentes, feridos ou considerados impróprios para consumo em dois matadouros, provenientes de Portugal e do norte de Espanha, cujos documentos eram alterados para introduzir no mercado a carne, que era enviada para a Bélgica.

Além das autoridades portuguesas e espanholas, colaboraram na investigação polícias de outros países afetados, como França, Itália, Roménia, Suíça e Reino Unido e a agência federal para os alimentos belga.

Os detidos são acusados de crimes contra animais, falsificação de documentos, obstrução à justiça, crimes contra a saúde pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Foram apreendidas cinco viaturas de luxo, bloqueadas várias contas bancárias e apreendidas propriedades.

O chefe da rede tinha colocado homens da sua confiança à frente da operação de falsificação em cada um dos países.

“Verão Azul”
Trinta crianças residentes na área de Chernobyl, no norte da Ucrânia, chegaram ontem a Portugal para passarem cinco semanas,...

Intitulada “Verão Azul”, a iniciativa acontece pelo nono ano consecutivo, permitindo às crianças ucranianas que residem na área afetada pelo acidente na central nuclear de Chernobyl, em abril de 1986, estar de férias em Portugal até ao dia 20 de agosto.

“Estas crianças residem na zona limite, moram a 50 quilómetros da central”, precisou Fernando Pinho.

Fernando Pinho, residente no Porto, vai receber pela segunda vez Diana, e recebeu em anos anteriores outra menina, Carina, que este ano não veio.

“A Carina sofre de paralisia mental, e está muito ligada à mãe, mas gostou muito de estar cá”, referiu.

As crianças distribuem-se por várias regiões do país – “do Alentejo a Braga” -, “chegam cabisbaixas, mas há uma diferença colossal entre a chegada e a altura da partida”.

Fernando Pinho afirmou que, segundo um estudo realizado por uma universidade francesa, e entregue no Fundo das Nações Unidas para a Infância e Juventude (UNICEF), “as cinco semanas que as crianças passam em Portugal, com alimentação adequada, ar livre e atividades, corresponde a acrescentar-lhes um a dois anos de vida".

"E isso é o nos motiva mais a continuar este projeto”, acrescentou, referindo que o estudo foi publicado na revista National Geographic.

"Verão Azul" é uma iniciativa da seguradora Liberty, no âmbito da responsabilidade social da empresa, e nesse sentido conta com a sua congénere na Ucrânia. As crianças ucranianas são escolhidas a partir do que as famílias portuguesas pretendem receber, nomeadamente a idade e sexo, e são sinalizadas pelo contacto da seguradora na Ucrânia. Em novembro, Fernando Pinho desloca-se à Ucrânia para conhecer as crianças e respetivas famílias, e também conhece “uma a uma as famílias portuguesas que as recebem".

“Temos de ter muito cuidado, não há nenhuma família que não conheça, que não vá a casa dela, e tentamos saber quem é, tiramos informações, porque não vamos entregar uma criança a qualquer pessoa”, disse.

As crianças que chegam “não fazem ideia sequer do desastre [acontecido em 1983], agora os pais sim, estão na casa dos 30/40 anos e já começam a ter os malefícios de respirar aquele ar”, disse Fernando Pinho, referindo a existência de doenças respiratórias, vários tipos de cancros, nomeadamente de pele e na tiroide.

“Estas crianças, ainda não têm qualquer problema, mas são os candidatos para o amanhã”, disse.

As crianças mantêm ligação com as famílias de acolhimento, como contou Rui Nicolau, de Gulpilhares, nos arredores de Vila Nova de Gaia, que afirmou que, “após uns dias de sol, regressam radiantes e contentes”.

A Mariana, de dez anos, sobrinha de Rui Nicolau, disse que interage através de gestos, com a menina ucraniana que vai receber, referindo que esta prefere as atividades ao ar livre, como saltar à corda, brincar na rua, andar de bicicleta. “Eles não têm os mesmos brinquedos que nós”, disse Mariana.

Isabel, mulher de Rui Nicolau, afirmou que as crianças que chegam “sentem-se encantadas, estranham alguns costumes, principalmente os hábitos de higiene, pois temos de os relembrar, mas adaptam-se muito bem e gostam muito das nossas casas, admiram-se de termos televisões tão grandes”.

Graça Marto, de Matosinhos, vai receber uma criança ucraniana pela primeira vez. Trata-se de uma menina, Anastasya, de 10 anos, e incentivou uma ucraniana, sua vizinha, a receber também uma outra criança.

Em declarações, Graça Marto afirmou que foi a vontade de "fazer bem e ajudar" que a levou a querer participar no projeto, mas também inspirada por uma senhora de quem é amiga, que, durante a II Grande Guerra (1939-1945), recebeu duas crianças austríacas, irmãos, com as quais ainda hoje mantém o contacto e a visitam.

“Dona Antonieta tem 100 anos, vive em Oliveira de Frades [no distrito de Viseu], recebeu duas crianças austríacas, que depois regressaram aos seus pais, mas mantiveram o contacto, e ainda hoje, o rapaz, que tem perto de 70 anos e fala português, a trata por ‘querida mamã’ e telefona-lhe diariamente”, contou.

Enquanto esperavam as crianças que viajam desde as 03.00 de madrugada de ontem, via Roma, para Lisboa, as famílias, no átrio do edifício aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, trocaram contactos, sugestões e projetaram idas à praia juntos e piqueniques.

Algarve
O Instituto Nacional de Emergência Médica anunciou que vai reforçar meios no Algarve e operacionalizar uma ambulância para o...

O protocolo, a assinar às 15:00, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, vão permitir ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e aos parceiros dos Bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) “aumentar o dispositivo de meios de emergência no verão” para “reforçar a capacidade de resposta a situações de acidente ou doença súbita” no Algarve, adiantou o Instituto em comunicado.

O INEM recordou que, no Algarve, durante o verão, a “população cresce de forma considerável” e o dispositivo de reforço sazonal já tem meios em atividade desde 01 de junho, que se vão manter até 30 de setembro, e se juntaram aos “já existente durante o resto do ano”.

“O reforço sazonal de meios do INEM prevê mais sete ambulâncias e dois motociclos”, precisou o Instituto, adiantando que há uma ambulância de socorro na Cruz Vermelha em Portimão, Altura (Castro Marim), Almancil (Loulé), Ferreiras (Albufeira) e Armação de Pera (Silves), e nos Bombeiros Voluntários de Portimão e nos de Albufeira que, além da ambulância, contam também com um motociclo cada.

O INEM justificou a decisão de reforçar os meios de emergência na região do Algarve com “uma análise pormenorizada das ocorrências”, cujos dados disponíveis demonstram que “o aumento da população durante o período estival não tem um aumento proporcional do número de solicitações ao INEM”, mas aconselham “ajustamentos regionais para melhorar a capacidade de resposta”.

“Por este motivo, e por ocasião da 36ª Concentração Internacional de Motos, o INEM vai ainda colocar em funcionamento nos dias 21, 22 e 23 de julho, na cidade de Faro, mais uma ambulância de suporte imediato de vida e mais um motociclo de emergência médica”, anunciou.

O Instituto responsável por coordenar o sistema de emergência médica em Portugal adiantou que vai, na cerimónia de segunda-feira, protocolar ainda a constituição de um posto de emergência médica nos Bombeiros Voluntários de Alcoutim, onde passará a funcionar uma ambulância para “prestar cuidados pré-hospitalares à população do concelho, reforçando a assistência médica pré-hospitalar a situações de acidente ou doença súbita”.

Com o verão e a maior afluência de pessoas ao Algarve, os meios de resposta médica foram também reforçados pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, que abriu 32 de postos de assistência em praias da região, com um enfermeiro, em colaboração com a CVP e articulação com os centros de saúde mais próximos. A ARS também alargou o horário de funcionamento dos centros de saúde nas zonas com mais afluência.

Estudos
As dificuldades linguísticas podem conduzir ao isolamento social dos imigrantes portugueses nos lares do Luxemburgo,...

A situação dos imigrantes nas instituições da terceira idade no país é abordada na revista "Biografias e redes de apoio social (trans)nacionais de migrantes idosos no Luxemburgo", que reúne uma série de estudos das investigadoras Ute Karl e Anne Carolina Ramos.

Os estudos dão voz a imigrantes, que continuam a ser uma minoria nos lares e centros de dia no Luxemburgo, reunindo entrevistas a 34 utentes de várias nacionalidades, incluindo 12 portugueses.

Cândida, uma das idosas portuguesas ouvidas pelas investigadoras, vive num lar de idosos no Luxemburgo e passa os dias fechada no quarto.

"Não saio do meu quarto. Para fazer o quê? Falar com os luxemburgueses?", disse às investigadoras.

A octogenária não fala luxemburguês e "treme da cabeça aos pés" quando a convidam para ir a encontros, porque não percebe a língua, e só consegue comunicar com a cozinheira portuguesa.

"Nesta casa, é a única pessoa com quem falo", afirmou.

Não é caso único. Conceição, outra das idosas portuguesas ouvidas no estudo, frequenta um centro de dia e também não fala luxemburguês, passando os dias sozinha, "sentada a um canto", a contar as horas que faltam para voltar para casa.

Os estrangeiros representam 47% da população do Luxemburgo, mas continuam a ser uma minoria nos lares: só 4% dos portugueses e 22% dos italianos no país têm mais de 65 anos, aponta o estudo, citando dados do Statec, o instituto de estatísticas luxemburguês.

A esmagadora maioria dos utentes são luxemburgueses e preferem falar luxemburguês, uma língua que é uma barreira para os imigrantes portugueses, que só aprenderam francês, um dos três idiomas oficiais no Luxemburgo.

"A maioria fala francês, mas alguns só se desenrascam, como eles próprios dizem", explicou Anne Carolina Ramos. "A maioria trabalhou sempre entre portugueses: os homens na construção e as mulheres nas limpezas, e não usavam a língua nem no trabalho, nem em casa", acrescentou a investigadora.

Por causa das dificuldades linguísticas, "o contacto com outros utentes não pode ser facilmente estabelecido, apesar de constituir um aspeto importante do bem-estar" dos idosos, concluem as investigadoras, sublinhando que as relações sociais protegem de "doenças cardiovasculares, cancro, depressão e demência".

"Eles acabam por se sentir socialmente isolados, porque não conseguem comunicar com as outras pessoas", apontou Anne Carolina Ramos.

Para a investigadora, é preciso encontrar soluções "para reduzir o isolamento social" dos imigrantes.

"Pensámos em criar departamentos para imigrantes portugueses e mediterrâneos, como italianos, porque alguns trabalharam com italianos e acham que têm muito mais em comum culturalmente com eles", defendeu, apontando que essa é uma solução já usada na Suíça.

Um segundo estudo da Universidade do Luxemburgo, publicado na mesma revista, questionou 17 imigrantes com mais de 65 anos, incluindo nove portugueses, sobre as suas preferências em relação aos cuidados de saúde na terceira idade.

Ir para um lar no Luxemburgo é a última opção, por causa das dificuldades linguísticas, segundo o estudo.

"Muitos deles imaginam voltar para Portugal para ir para um lar, porque lá vão poder falar na língua deles, apesar de a vontade ser ficar no Luxemburgo, porque têm aqui os filhos e os netos", explicou Anne Carolina Ramos.

Outro fator que preocupa os portugueses é o custo dos lares: com reformas baixas, "muitos não conseguem pagar as mensalidades", que rondam os 2.500 euros por mês, indica o estudo.

O Fundo de Solidariedade Nacional comparticipa o pagamento, mas para isso é preciso que os beneficiários hipotequem as casas a favor do Estado.

Mas para os imigrantes que deixaram Portugal para fugir à pobreza, "ser proprietário de uma casa é um símbolo de sucesso" e perdê-la representa "uma regressão", sublinha o estudo.

A coletânea de estudos foi enviada ao Ministério da Integração e a profissionais do setor, disse Anne Carolina Ramos, que considera que a questão é importante para "o planeamento das políticas de saúde públicas".

Centro de Reabilitação do Norte
Os dois primeiros exoesqueletos produzidos em Portugal foram apresentados no Centro de Reabilitação do Norte, em Valadares,...

Produzido pela Exotec, a criação do engenheiro Nuno Carmo tem vindo há dois anos "a ser ensaiada e melhorada, com o contributo de três paraplégicos, Carlos, Rute e António" cujas horas de treino permitirão "uma completa autonomia futura", revelou um dos empresários promotores, Manuel Alves Monteiro.

Constituindo-se como "um sistema robótico de locomoção assistida", o exoesqueleto, ainda sem denominação comercial, propõe-se ser "uma versão costumizada ao nível do ‘software’", funcionando a partir de comandos inseridos num relógio "com as imagens gráficas de todas as dinâmicas".

Adaptado ao corpo do paraplégico, que terá de ter ação nos membros superiores e equilíbrio de corpo, o exoesqueleto é complementado por duas canadianas que, "para além de auxílio quando se ergue e se senta, permite também definir a dinâmica da passada, bem como subir e descer escadas".

Com 19 horas de treino, Rute considera o equipamento, que tem um peso de 18,6 quilogramas, "confortável" e admite que lhe dará "acesso a todo o lado", caminhado graças a ele "tanto em casa como no centro comercial", uma vez que está apto para qualquer superfície.

Com um tempo estimado de treino na ordem das 40 horas, Nuno Carmo explicou que o exoesqueleto português foi produzido para indivíduos "com altura entre o 1,49 e 1,97 metros e peso até os 90 quilogramas".

Ao todo, os dois exoesqueletos apresentados "já funcionaram 230 horas" e as respetivas baterias têm uma "autonomia diária de quatro horas".

Sem adiantar preços, o segundo dos empresários envolvidos no projeto, Manuel Ferreira admitiu apenas que "será substancialmente mais barato" que o mais económico dos exoesqueletos norte-americanos, "cujo custo ronda os 70 mil dólares" (cerca de 61 mil euros).

Ambos os protótipos foram feitos à mão pelo engenheiro Nuno Carmo.

Incêndios
O luto nas comunidades atingidas por catástrofes deve ser trabalhado por técnicos com formação específica, que permitam...

“Infelizmente em Portugal ainda temos muito pouca atenção a estes fenómenos do luto. Achamos que toda a gente passa por perdas e toda a gente se irá, de uma forma ou de outra, reabilitar, digamos assim, no seu processo de vida futura. E só acontece alguma atenção a estes processos de luto quando leva mais do que uma pessoa”, disse Eduardo Carqueja.

O psicólogo, especialista em luto, salientou a importância de em casos como o incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande a 17 de junho (com 64 mortos e mais de 200 feridos) haver organização e uma “avaliação e monitorização” das comunidades afetadas pela tragédia.

O também presidente da direção regional do Norte da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) avisou que o país “carece de técnicos especializados na abordagem do luto”.

“Não chega ser só psicólogo se eu não tiver formação específica em intervenção em luto, não chega ser só psiquiatra se eu não tiver formação em luto”, frisou.

O especialista admitiu que a Direção-Geral da Saúde apresente em breve “linhas orientadoras” para intervenções nesta área, “porque senão podem ser mais prejudiciais na abordagem do que beneficiar a pessoa que está em luto”.

Nesse sentido, a OPP tem em curso um plano para colocar 1.000 psicólogos, formados para intervenção em catástrofe, à disposição das entidades de Proteção Civil.

Recuando a março de 2001, à queda do tabuleiro da Ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, que arrastou para a morte 59 pessoas, a maioria de Castelo de Paiva, o psicólogo explicou ser preciso continuar a trabalhar com familiares das vítimas, incidindo na forma de “contar a história” e na maneira de “encontrar um significado para a perda”.

O temporal que assolou a Madeira em fevereiro de 2010, provocando 43 mortos, seis desaparecidos, 250 feridos e 600 desalojados, ou os incêndios de 2016 na ilha, em que morreram três pessoas e foram destruídas 37 habitações, contribuíram para que os psicólogos insulares tenham mais experiência na resposta a estes fenómenos do que no continente, por aliarem o conhecimento teórico à prática, reconheceu Eduardo Carqueja.

Neste caso, notou, o trabalho desenvolvido em meio escolar e em grupos terapêuticos deve passar por “não deixar dramatizar em excesso” os acontecimentos e procurar fazer entender que determinados fenómenos decorrem da natureza e que não podem ser controlados pelas pessoas.

O que fazer então em relação ao incêndio que, em junho, deflagrou em Pedrógão Grande?

“Tudo isto que agora está a acontecer ainda vivemos em momentos de muita intensidade, que seguramente vai precisar de dois, três anos de acompanhamento”, estimou o dirigente da OPP, sublinhando que “as pessoas têm de ser abordadas no seu local”, por se tratar de uma população idosa, com dificuldades de mobilidade.

No seu entender, não basta dizer apenas que se pode recorrer a um centro de saúde e será preciso avaliar quem tem ânimo e se consegue deslocar, no pressuposto de que “tem de ser um serviço coordenado e organizado para se ir junto das pessoas”.

“É importante também percebermos que vai ser a primeira vez que estas pessoas vão viver uma noite de Natal seguramente sem muitas pessoas importantes. Como é que elas vão ser ajudadas a ultrapassar isto? Elas estão a ser preparadas para isto?”, questionou Eduardo Carqueja.

O psicólogo vincou que nos processos de luto as primeiras datas marcantes sem a presença de pessoas próximas são momentos “de grande sofrimento, de grande impacto emocional”.

“No fundo é a primeira vez que eu vou viver o Natal, por exemplo, sem a presença da minha mãe ou sem a presença do meu filho, coisa que nunca aconteceu, então é natural que emocionalmente eu esteja mais afetado”, disse.

Perante esta reação individual de ajustamento à realidade, Eduardo Carqueja antecipou que, provavelmente, no próximo período natalício, Pedrógão Grande estará cheio de pessoas que querem prestar o seu apoio, mas o seguinte “pode ser o primeiro Natal efetivo [em] que as pessoas vão sentir a ausência e o vazio”.

ONU
Os países da África Oriental estão em estado de alerta por causa da falta de chuva, situação que se repete pelo terceiro ano...

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) precisou que o número de pessoas que necessitam de assistência humanitária na Somália, Etiópia, Quénia, Tanzânia e Uganda já atinge os 16 milhões, mais 30% do que em finais de 2016.

Numa nota informativa de alerta, a agência da ONU avisou que a terceira temporada consecutiva de escassez de chuvas está a deixar as famílias daquela região sem recursos para lidar com tal cenário e por isso precisam de um apoio “urgente e eficaz”.

Várias áreas dos cinco países referenciados pela FAO estão a registar menos de metade dos níveis normais da precipitação sazonal e as famílias estão a perder culturas e pastos.

A par das pessoas, a ONU alertou que milhares de animais também estão a sofrer.

Na Somália, quase metade da população total sofre de graves carências alimentares e tem sido a ajuda humanitária que tem evitado a propagação do flagelo da fome no país, segundo a FAO, que estima que as condições na região vão piorar nos próximos meses com o início da estação seca.

No território somali, mas também no Quénia, a alimentação dos pastores – uma das mais importantes funções numa economia rural – está atualmente ameaçada por causa da elevada taxa de mortalidade do gado e a baixa produção de leite.

O preço dos animais que sobrevivem a estas condições adversas tem vindo a cair, devido à má condição física dos próprios animais. Já os cereais estão a ser comercializados fortemente inflacionados, o que também está a dificultar o acesso aos géneros alimentares.

A FAO assinalou ainda a ocorrência de pragas, nomeadamente da lagarta que se espalhou pela África Oriental provocando grandes danos nas culturas agrícolas daquela região do continente africano.

A agência da ONU estima que em 2017 a fome vai aumentar em todo o mundo, especialmente devido ao impacto da seca e dos conflitos, alertando que cerca de 30 milhões de pessoas estão à beira de sofrer de fome em países como o Sudão do Sul, Somália, Nigéria e Iémen.

Investigação
Um dispositivo descartável que permite detetar precocemente metástases em doentes com cancro está a ser desenvolvido por...

Este dispositivo possibilita o isolamento e a análise automática das células tumorais circundantes, que têm a capacidade de se soltarem do tumor inicial, entrar na circulação sanguínea (por exemplo) e, posteriormente, fixarem-se noutro local, disseram as investigadoras Lorena Diéguez e Silvina Samy, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), de Braga.

A doença metastática "é diretamente responsável pela maior parte da mortalidade relacionada com cancro em todo o mundo", indicaram as especialistas, acrescentando que o estudo das células tumorais circundantes permite aos médicos a monitorização contínua e em tempo real da sua progressão.

De acordo com as investigadoras, o dispositivo desenvolvido no projeto RUBYnanomed pode levar a um prognóstico mais preciso e a um tratamento personalizado, contribuindo para um melhor equilíbrio entre o custo, a eficiência e a sustentabilidade do sistema de saúde.

Existem outras duas soluções semelhantes a esta no contexto da prática clínica, uma que analisa as células tumorais circundantes (CellSearch CTC Test) e outra para análise de ADN tumoral libertado pelas células (COBAS).

Para as especialistas, a solução proposta pelo RUBYnanomed possibilita uma deteção mais rápida, com maior sensibilidade e especificidade, do mesmo tipo de células e de outros tipos celulares, associados a formas mais agressivas de cancro.

Até ao momento já foi realizado um estudo pré-clínico com doentes com cancro colorretal metastático, estando a decorrer um segundo, com pacientes diagnosticados com cancro de bexiga metastático.

Da equipa do RUBYnanomed fazem ainda parte mais quatro profissionais, com experiência e conhecimento em diferentes áreas.  

Este projeto é apoiado pelo RESOLVE, um programa do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) que auxilia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de iniciativas inovadoras, em estágio inicial, com potencial de se traduzir em soluções para o benefício do doente e dos profissionais de saúde.

Apesar de críticas
O Registo Oncológico Nacional vai incluir o nome, o sexo, a data de nascimento, a morada e a profissão do doente, apesar das...

A lei que cria e regula o Registo Oncológico Nacional (RON) foi hoje publicada em Diário da República e visa “a recolha e a análise de dados de todos os doentes oncológicos diagnosticados e ou tratados em Portugal continental e nas regiões autónomas”.

Este registo deverá permitir – que irá incluir os dados existentes nos Registos Oncológicos Regionais (ROR) – a monitorização da atividade realizada pelas instituições, a efetividade dos rastreios organizados e a efetividade terapêutica, a vigilância epidemiológica, a investigação e, em articulação com o Infarmed, a monitorização da efetividade de medicamentos e dispositivos médicos.

No RON vai constar a “identificação do nome, do sexo, da data de nascimento, da morada, do número de utente, da identificação da instituição, do número de processo clínico, da profissão e da naturalidade do doente”.

A data e os resultados dos exames efetuados, para diagnóstico e estadiamento, que sejam relevantes para a história clínica, a identificação do código da Classificação Internacional da Doença (CID), na versão em vigor à data do registo no RON, correspondente à neoplasia diagnosticada constarão igualmente no registo.

No registo pediátrico, será aplicada a classificação pediátrica atualizada para cada grupo de neoplasias.

Entre outros dados, o RON terá “a data do diagnóstico e do início do tratamento, bem como das várias modalidades de tratamento, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia” e a caracterização de cada linha de tratamento, assim como a data de óbito e a causa de morte.

A identificação do doente no RON, que entra em vigor a 01 de janeiro do próximo ano, tem merecido várias críticas e receios, tendo a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) defendido um algoritmo ou um código que mascarasse o número de utente e o número de processo para impedir a identificação do doente.

Em janeiro, numa audição parlamentar no grupo de trabalho sobre a proposta de lei do Registo Oncológico Nacional, a presidente da CNPD explicou que as cautelas a aplicar a uma base de dados de doentes com cancro se prendem com o risco de discriminação a que esses utentes podiam ser sujeitos se fossem identificados.

No passado dia 16 de junho, O Presidente da República promulgou o diploma que cria e regula o RON, ressalvando que o articulado “suscita várias interrogações”.

Na nota publicada na página na Presidência da República enumeram-se as dúvidas levantadas, que em alguns casos já tinham também sido “relevadas pela Comissão Nacional de Proteção de Dados” (CNPD).

Entre elas estão: “o risco de identificação desnecessária dos titulares de dados pessoais, em certas situações em que haveria solução técnica para o evitar; a insuficiente segmentação de tipos de utilizadores da base de dados e de titulares de acesso à informação; a falta de autorização prévia da CNPD para articulação do novo registo com outras bases de dados; o contraste entre o prazo de 100 anos para a conservação de dados e o de 15 anos para a manutenção do anonimato”.

No final de 2016, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, disse estar preocupado com o Registo Nacional Oncológico, por poder vir a servir para “uma devassa da privacidade” dos doentes.

Na mesma altura o coordenador do Programa Nacional das Doenças Oncológicas garantiu que os bancos e as seguradoras não terão acesso ao registo e que se tal acontecesse seria um crime.

Congresso da ISTH 2017
A introdução dos novos anticoagulantes orais não-antagonistas da vitamina K (NOACs) no âmbito da terapêutica anticoagulante...

Ainda restam algumas indicações para as quais o uso dos NOACs se assume como vantajoso em relação aos AVKs, embora até ao momento não existam dados de evidência científica que comprovem o seu benefício. É o caso da utilização dos NOACs em doentes com tromboembolismo venoso (TEV) associado ao cancro.

No entanto, esta lacuna de conhecimento será preenchida em breve com os resultados do estudo Hokusai VTE-Cancer, que avalia o tratamento com LIXIANA® (edoxabano), um inibidor do fator Xa, de toma oral, uma vez por dia, desenvolvido pela Daiichi Sankyo, em doentes com TEV associado à doença oncológica.

De acordo com os peritos, os resultados do Hokusai VTE-Cancer, que serão apresentados no final do ano, poderão representar atualizações nas guidelines internacionais para o tratamento destes doentes. O papel do edoxabano em doentes com TEV associado ao cancro foi debatido num simpósio satélite sob a presidência do Prof. Doutor Jeffrey I. Weitz, professor de Medicina e Bioquímia, da McMaster University, e diretor-executivo do Thrombosis & Atherosclerosis Research Institute, Hamilton, Ontario, no Canadá, durante o Congresso da International Society on Thrombosis and Haemostasis - ISTH 2017*.

O TEV associado à doença oncológica representa cerca de 20% dos casos de TEV. A abordagem do TEV em doentes com cancro não deve interferir com a terapêutica para o tratamento do cancro e deve ter mínimo impacto na qualidade de vida dos doentes, já comprometida pela doença oncológica. As guidelines (ACCP, ASCO, ESMO) recomendam o tratamento com heparinas de baixo peso molecular (HBPM) para o tratamento inicial e a longo prazo1. “Os NOACs poderão constituir uma boa alternativa para estes doentes”, afirmou o Prof. Doutor Gary E. Raskob, do College of Public Health, e professor regente de Epidemiologia e Medicina da University of Oklahoma Health Sciences Center, em Oklahoma, nos EUA.

Os resultados da análise de subgrupo de doentes com cancro no estudo Hokusai-VTE2 demonstrou que o tratamento com edoxabano é eficaz e causa menos eventos hemorrágicos clinicamente relevantes do que varfarina nesse grupo de doentes. Mas, até agora, os NOACs não foram comparados com HBPM, o tratamento padrão recomendado para estes doentes. Preencher esta lacuna no conhecimento requer ensaios clínicos controlados e aleatorizados suficientemente sólidos, que avaliem a eficácia e a segurança da utilização dos NOACs versus HBPM em doentes com TEV associado à doença oncológica, analisando o risco/benefício relativos ao tratamento continuado com anticoagulantes durante mais de 6 meses.

TEV associado à doença oncológica: Estudo Hokusai VTE-Cancer
O estudo Hokusai VTE-Cancer foi iniciado para avaliar se o tratamento inicial com HBPM seguido da administração de edoxabano é não-inferior às HBPM (dalteparina) na prevenção combinada de dois objetivos primários: TEV recorrente ou hemorragia major em doentes com TEV e cancro, durante um período de 12 meses3.  Estas duas complicações ocorrem frequentemente em doentes com cancro que recebem tratamento anticoagulante e afetam significativamente o prognóstico e a qualidade de vida. Esta avaliação superior a seis meses irá preencher a lacuna atual na base de evidências para o tratamento a longo prazo desses doentes, disse o Prof. Doutor Gary E. Raskob.

Tendo em conta o facto de que o risco de TEV recorrente em doentes com cancro é similar ao risco dos que têm um histórico de cancro, o estudo Hokusai VTE-Cancer envolveu doentes cujo cancro tinha sido diagnosticado nos últimos dois anos. Além disso, os doentes com TEV incidental foram elegíveis para o estudo uma vez que o risco destes doentes de um episódio de TEV recorrente é equiparável ao risco dos doentes com doença sintomática. Os resultados do estudo Hokusai VTE-Cancer serão divulgados até ao final do ano e, de acordo com os peritos, podem alterar as guidelines de tratamento destes doentes.

Tromboemboslimo Venoso: o ponto alto do Hokusai
No geral, muitos estudos sobre o tratamento do TEV defendem a eficácia e segurança da utilização de NOACs em doentes com TEV4. Relativamente ao edoxabano, o estudo Hokusai VTE demonstrou uma eficácia equiparável e uma segurança superior em comparação com a terapêutica padrão2. O Prof. Doutor Harry R. Büller, professor de Medicina Interna no Academic Medical Center, em Amesterdão, Holanda, sintetizou principais resultados. O estudo Hokusai VTE envolveu 8,292 doentes com TEV agudo, que inicialmente receberam heparinas, e começaram a utilizar edoxabano na dose de 60 mg uma vez ao dia, ou 30 mg uma vez ao dia (i.e., no caso dos doentes com clearance de creatinina entre 30 a 50 ml por minuto ou peso corporal abaixo de 60 kg), ou doentes que começaram a utilizar varfarina. Os doentes receberam o tratamento definido entre 3 a 12 meses. O objetivo primário de eficácia foi o TEV sintomático recorrente. O objetivo primário de segurança foi a hemorragia major ou a hemorragia não-major clinicamente relevante. Edoxabano demonstrou não-inferioridade em relação à terapêutica padrão de excelência, e o número de hemorragias foi significativamente menor num vasto grupo de doentes com TEV, incluindo os doentes com embolia pulmonar grave2.

Tal como o Prof. Doutor Harry R. Büller salientou, foram realizadas várias análises de subgrupo no estudo Hokusai VTE. O especialista sumarizou os resultados de uma análise de subgrupo envolvendo 1,109 doentes aleatórios do leste asiático no estudo Hokusai VTE. O tratamento com edoxabano mostrou eficácia favorável e uma redução de eventos hemorrágicos quando comparado com a terapêutica padrão5. Noutra análise de subgrupo verificou-se que, mesmo com a redução de dose (30 mg), edoxabano manteve a eficácia e, mais uma vez, reduziu eventos hemorrágicos comparativamente à terapêutica padrão6. Além disso, novos dados mostram que a eficácia/segurança de edoxabano não é afetada por comorbilidades ou interações medicamentosas, disse o Prof. Doutor Harry R. Büller.

Fibrilhação auricular: abraçar uma nova opção
Na fibrilhação auricular (FA), os NOACs substituíram os AVKs enquanto terapêutica anticoagulante preferencial e recomendada. Edoxabano é o único NOAC que demonstrou redução significativa da mortalidade cardiovascular durante o ensaio clínico de fase III1: no estudo ENGAGE-AF-TIMI 48 (Effetive aNticoaGulation with Factor XA Next GEnaration in Atrial Fibrillation) verificou-se uma diminuição da mortalidade cardiovascular, 2.74% em doentes tratados com edoxabano comparativamente a 3.17% quando tratados com varfarina (p=0.013). Em toda a população estudada, o perfil de segurança de edoxabano foi vantajoso em relação ao tratamento com varfarina7, resultado que se mostrou consistente mesmo em análises com subgrupos de doentes de alto risco. Por exemplo, edoxabano demonstrou um benefício clínico mais elevado do que a varfarina no subgrupo de doentes idosos (≥ 75 anos), que geralmente têm um risco acrescido de AVC e de eventos hemorrágicos8. De acordo com o Prof. Doutor Peter Verhamme, professor associado do Departamento de Ciências Cardiovasculares da University Hospitals Leuven, na Bélgica, edoxabano combina a segurança e a comodidade da toma única diária de uma forma especial, no sentido de garantir a efetividade do tratamento tanto para o médico como para o doente.

Um aspeto importante, que simplifica o tratamento com edoxabano na prática clínica, diz respeito aos critérios clínicos bem definidos para a redução da dose standard, de 60 mg de edoxabano uma vez ao dia, para 30 mg: insuficiência renal moderada ou grave (CrCL 15-50 ml/min), baixo peso corporal (≤60 kg) ou uso concomitante de inibidores potentes da gp-P (dronedarona, eritromicina, cetoconazol, ciclosporina). Como conclui o especialista, “a redução da dose preservou a eficácia do edoxabano versus varfarina e melhorou o perfil de segurança”.

* “Engaging in New Options for Anticoagulation Therapy” foi o simpósio satélite que decorreu durante o ISTH 2017, em Berlim, Alemanha.

Estudo
Um grupo de investigadores da Universidade de Stanford (nos EUA) analisou os padrões de actividade física de 717 000 mil...

Os investigadores analisaram indicadores como a idade, género, peso e altura – de cada um dos indivíduos – através da aplicação de atividade física Azumiu Argus, durante um período de 95 dias. Através do cálculo entre o peso e a altura, foi possível obter o índice de massa corporal de cada individuo e estabelecer uma relação entre o nível de atividade física e a prevalência de obesidade. Apesar de incluir dados de 111 países, a equipa centrou a análise em apenas 46 países.

O estudo conclui, segundo o jornal Público, que nos países em que as pessoas andam aproximadamente o mesmo tempo (ou dão o mesmo número de passos diários) os níveis de obesidade são menores. Por outro lado, nos países em que esta diferença é maior (ou seja, a quantidade de atividade física entre indivíduos é muito variável), os níveis de obesidade tendem a aumentar.

A equipa de Stanford apelidou esta tendência como “desigualdade de atividade” – quanto maior for a diferença entre as pessoas mais ativas e as mais sedentárias, os níveis de obesidade daquele país tendem a ser mais elevados. De acordo com este estudo, os portugueses dão em média, entre 4500 a 5000 passos diários. Já o Japão, é o país que regista maior número de passos diários com 6000.

À BBC, Scott Delp, um dos investigadores afirmou que “este estudo é 1000 vezes maior do que anteriores relativos ao movimento humano”. E o que diferencia este estudo dos restantes? Para Scott Delp um dos principais pontos distintivos é o "rastreamento contínuo da atividade dos indivíduos".

Para exemplificar a “desigualdade de atividade” os investigadores de Stanford dão o exemplo da Suécia. “A Suécia possui um dos níveis mais pequenos de desigualdade de atividade física”, declarou Tim Althoff, um dos investigadores do estudo e principal autor do artigo publicado na Nature. O facto de a Suécia apresentar um dos menores níveis de desigualdade de atividade física, faz com que tenha um dos menores níveis de obesidade do conjunto de países analisados.

Do outro lado do espectro encontram-se os EUA, com o maior nível de “desigualdade de atividade” de todos os países analisados e, por isso, também o país com os níveis de obesidade mais elevados.

Para os investigadores, um dos fatores que terá influência na atividade física das pessoas é a forma como a cidade onde vivem está organizada. Para Jennifer Hicks, uma das investigadoras, as cidades mais “amigas” dos pedestres, registaram um menor número de “desigualdade de atividade”. “Nas cidades que são mais acessíveis para caminhar, todos [os indivíduos] tendem a dar mais passos diários” independentemente do género, idade ou do peso, destacou a investigadora.

Para Scott Delp, este estudo apoiado em dados fornecidos por uma aplicação de um telemóvel “abre portas para novas formas de fazer ciência” a uma escala mais ampla.

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