Em Marvila
A construção do Hospital de Lisboa Oriental terá início em Janeiro de 2020. Vai ficar com a maioria da atividade clínica de...

O novo Hospital de Lisboa Oriental será em Marvila, entre as estações de metro da Belavista e de Chelas. Será construído entre Janeiro de 2020 e Dezembro de 2022, data indicada para a conclusão da obra. Terá capacidade correspondente a 875 camas. E sua construção será assegurada por uma Parceria Público-Privada (PPP). Deverá abrir as portas até 2024, escreve o jornal Público. O procedimento envolve a abertura de um concurso público internacional, sem pré-qualificação, que será lançado no início do segundo semestre deste ano.

A apresentação preliminar do projeto de PPP para a construção do Hospital de Lisboa Oriental decorreu nesta terça-feira, no Infarmed, em Lisboa, e foi feita por Vítor Almeida, ex-presidente do conselho diretivo da Administração-Geral Tributária e ex-Inspetor-geral das Finanças, presidente da equipa que preparou e lançou o projeto do Hospital de Lisboa Oriental.

O projeto tem vindo a ser analisado ao longo dos anos (está previsto desde 2007, mas acabou por nunca avançar), terá um prazo contratual da parceria público-privada de 30 anos, dos quais três serão dedicados à construção do mesmo.

No concurso público internacional serão apresentadas propostas, das quais serão selecionadas entre duas a três para uma fase de negociação, que decorrerá em Maio de 2019, na qual serão apontadas possíveis melhorias a estas.

O concorrente com a proposta vencedora deverá desenvolver estudos e projetos que integram uma proposta final.

A construção de um novo centro hospitalar significa que Lisboa terá três principais centros hospitalares, ao juntar-se ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte e ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. O Centro Hospitalar de Lisboa Oriental irá integrar o Hospital São José, Curry Cabral, Capuchos, Dona Estefânia, Santa Marta e a Maternidade Alfredo da Costa (MAC). O hospital deverá ficar com a maioria da atividade clínica destas seis unidades, explicou Vítor Almeida.

Há um mês, numa entrevista à Lusa, o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes afirmou que "uma parte do São José ficará como hospital de proximidade, para servir aquela população mais idosa e que beneficiará muito de estar nos bairros antigos à volta" desta unidade de saúde.

Em relação ao Hospital Dona Estefânia, é ideia deste Governo "consagrar aquele espaço, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a uma fruição de funções relacionadas com a criança e a adolescência". Para o edifício da MAC, que continuará a manter a sua identidade e marca e passará a integrar uma grande unidade materno-infantil no novo Hospital Oriental de Lisboa, ainda não existem planos, segundo o ministro afirmou na altura.

De acordo com a Lusa, na altura da entrevista ao ministro, o futuro Hospital Oriental de Lisboa terá um custo de 500 milhões de euros.

Estudo
Um novo estudo publicado no "BMJ Open" sugere que os inibidores da bomba de protões (IBP), fármacos para combater a...

A investigação foi conduzida por uma equipa de investigadores de várias instituições norte-americanas, incluindo a Universidade de Washington.

O estudo conclui que os inibidores da bomba de protões (IBP) aumentam a mortalidade, seja comparativamente a quem não toma nenhum medicamento do género, seja em relação a pessoas que tomam outros neutralizadores ou supressores de acidez (bloqueadores de H2).

O estudo, segundo o Sapo, baseou-se na análise das fichas médicas de 3,5 milhões de norte-americanos e no acompanhamento de 350 mil pessoas durante cinco anos. Ou seja, a análise foi observacional, pelo que não foi possível estabelecer uma causa-efeito.

Os resultados evidenciaram um risco de morte 25% superior nos pacientes que tomavam os IBP, face aos que tomavam os bloqueadores de H2. Já a taxa de risco em relação aos que não tomavam nenhum supressor de ácido foi de 23%. Os investigadores apuraram também que "o risco aumenta quanto mais prolongado é o uso do medicamento", comentou Ziyad Al-Aly, médico epidemiologista e co-autor do estudo.

Este não é o primeiro estudo a alertar para os riscos deste tipo de fármacos. Os IBP são uma classe de fármacos amplamente disponível no mercado e de fácil acesso. Estudos prévios já os tinham relacionado com problemas renais, pneumonia, demência, osteoporose, infeções graves, stress oxidativo, entre outros.

Estudo
Um grupo de investigadores conseguiu identificar os que estão na base das duas patologias. Em Portugal, também se registam...

Um grupo de cientistas do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido, conseguiu identificar os genes na origem da doença de Crohn e da colite ulcerosa. “Reunimos o maior número de informação de sempre no que se refere às doenças inflamatórias do intestino e aplicámos cuidadosamente uma série de estatísticas para reduzir o número de variantes genéticas envolvidas [na sua origem e desenvolvimento]”, afirmou já publicamente Jeffrey Barrett, um dos coautores da investigação.

“Neste momento, temos uma perspetiva mais clara dos genes que desempenham um papel na evolução da doença e dos que não têm qualquer influência [no processo]. Agora vamos analisar ao pormenor os principais culpados das doenças”, avança o especialista. Para identificar os genes em questão, a equipa de especialistas analisou o genoma de perto de 68.000 voluntários, escreve o Sapo.

A revelação foi feita numa altura em que, em Portugal, também são feitos avanços significativos, como é o caso de uma nova ferramenta online que prevê a evolução da doença de crohn. O dispositivo permite saber como irão evoluir esta e outras doenças inflamatórias intestinais com base em dados demográficos e informações clínicas obtidas em consulta, como é o caso da idade no diagnóstico, do uso de corticoides, da existência de doença perianal e/ou da possível existência de hábitos tabágicos.

Desenvolvida por uma equipa do Centro de Investigação de Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), a ferramenta estará acessível aos profissionais de saúde, integrada no sistema de interface com a base de dados do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal. Segundo Cláudia Camila Dias, investigadora principal, ao "prever a evolução da doença em cada paciente», o sistema permite «adaptar a terapêutica de forma rápida, eficiente e nada invasiva".

De acordo com a investigadora, essa situação passa a poder ser feita “sem necessidade de recorrer a testes genéticos nem laboratoriais”, ajudando os médicos a assegurar um melhor controlo da doença. A doença inflamatória intestinal, que também inclui a colite colagenosa, a colite linfocítica, a colite isquémica, a colite indeterminada e o síndrome de Behçet, afeta, segundo estimativas, entre 7.000 a 15.000 portugueses. A taxa de incidência em Portugal ronda os 2,9 casos por cada 100.000.

Estudo
Uma equipa internacional, que inclui cientistas do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do...

A investigação publicada na reputada revista “Scientific Reports”, do grupo Nature, e pode abrir pistas para perceber a origem do declínio cognitivo e o processo natural de envelhecimento.

O grupo de trabalho junta Joana Cabral, Nuno Sousa, Paulo Marques, Ricardo Magalhães, Pedro Silva Moreira (todos do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde), Morten Kringelbach (Universidade de Aarhus, Dinamarca) e Gustavo Deco (Universidade Pompeu Fabra, Espanha).

A equipa gravou e analisou a atividade cerebral de 100 idosos portugueses saudáveis com níveis diferentes de capacidades cognitivas e descobriu padrões distintos, graças a um novo método de deteção que desenvolveu para o efeito, o “Leading Eigenvector Dynamics Analysis”. Concluiu-se que os participantes com melhor desempenho cognitivo têm uma maior atividade cerebral mesmo quando estão a descansar dentro do aparelho de ressonância magnética, escreve o Sapo.

Na prática, a conectividade funcional dos idosos que têm menor desempenho cognitivo alterna de forma errática entre configurações de rede diferentes no cérebro; já os restantes idosos conseguem construir e manter padrões de conetividade específicos durante mais tempo e seguem redes mais estruturadas de reconfigurações.

Estes resultados apontam para nova evidência relacionando as dinâmicas da conetividade funcional com o desempenho cognitivo em idades avançadas, reforçando o papel funcional da atividade cerebral espontânea para o processamento cognitivo.

A influência da educação e da vida ativa
“Ao usar este novo método podemos caracterizar de forma eficiente o repertório de estados de rede que o cérebro humano explora durante o descanso”, diz a autora principal Joana Cabral, que na altura do estudo estava na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

“Fomos capazes de demonstrar que o desempenho cognitivo na vida avançada está relacionado com a paisagem dinâmica dos estados cerebrais, que podem ser moldados ao longo da vida através de fatores como a educação, o estatuto socioeconómico, a participação em atividades exigentes em termos cognitivos ou até a disposição”, realça.

Este estudo ajuda a perceber as dinâmicas do cérebro saudável no envelhecimento e mostra desigualdades significativas entre pessoas que apenas diferem na sua capacidade cognitiva.

“A longo prazo, esperamos caracterizar a evolução destas mudanças ao longo dos anos nos mesmos indivíduos, visando a identificação precoce daqueles que possam precisar de ajuda. Por outro lado, isto pode também ajudar a identificar algumas das capacidades cognitivas que caracterizam a sabedoria da idade”, acrescenta Morten Kringelbach.

Cientistas alertam
O aumento da temperatura dos oceanos e a poluição marítima exigem intervenção urgente dos governos para proteger o alto mar,...

Depois de compilarem 271 estudos feitos desde 2012, os oceanólogos do departamento de Zoologia da universidade britânica concluíram que os oceanos são muito mais complexos do que se pensava antes e que há regiões que estão à beira do colapso ecológico.

Por exemplo, na baía de Bengala, o resultado de alterações climáticas e de descargas de fertilizantes agrícolas estão a acabar com o oxigénio na água, o que terá um impacto mundial e provoca perturbações nos ecossistemas dos quais as populações dependem para pescar, escreve o Sapo.

O aumento de temperatura provocado pela atividade humana é um problema global que significa que o mar fica mais ácido porque absorve dióxido de carbono, além de levar ao aumento de bactérias responsáveis por doenças como a cólera, gastroenterite ou septicémia. "As mudanças climáticas afetam todos os aspetos do oceano, incluindo temperatura, circulação e nutrientes", lê-se no relatório.

A coordenadora da Aliança do Alto Mar, Peggy Kalas, afirmou que "os impactos da atividade humana estão a sentir-se nos oceanos, não apenas em cada Zona Económica Exclusiva." "Precisamos urgentemente de estruturas de governo para gerir o alto mar e aplicar o princípio de garantir a sustentabilidade da atividade humana", defendeu.

Na terça-feira, reuniu-se nas Nações Unidas um comité preparatório para tentar chegar a uma conferência entre governos de onde saia um novo tratado internacional para proteger os oceanos.

A conseguir-se, seria o primeiro tratado dedicado à proteção da vida marinha no mar alto, que cobre quase metade da superfície do planeta, sem jurisdições nacionais.

O impacto da quantidade cada vez maior de lixo plástico nos mares ainda está por avaliar completamente, mas não restam dúvidas aos cientistas de que é inevitável.

Ao fim de décadas, sentem-se também os impactos da extração de minerais, o que salienta a necessidade de se estudar antecipadamente onde se vai perfurar.

Estudo
Um estudo da Universidade de Berkeley, na Califórnia, assevera que o cheiro da comida atrasa o metabolismo, levando o organismo...

Os investigadores daquela universidade californiana realizaram uma experiência na qual destruíram os neurónios olfativos de camundongos adultos, para que os ratos perdessem o olfato.

Em laboratório, escreve o Sapo, observou-se que os animais obesos que perderam esse sentido também perderam peso. Para além disso, os camundongos com um olfato "melhorado" ficaram mais gordos do que aqueles com o olfato normal.

O estudo publicado na revista Cell Metabolism sugere uma relação entre o sistema olfativo e partes do cérebro que regulam o metabolismo, como o hipotálamo. Apesar de não conseguirem explicar essa ligação, os cientistas acreditam que o cheiro da comida avisa o cérebro da refeição, pondo o metabolismo em modo de descanso, levando-o automaticamente a absorver e armazenar mais gordura.

"Este artigo é um dos primeiros estudos que realmente demonstra que se manipularmos as entradas olfativas conseguimos alterar a forma como o cérebro percebe o equilíbrio energético", comenta Céline Riera, do Centro Médico de Cedars-Sinai, em Los Angeles.

Os cientistas observaram ainda que as cobaias e os seres humanos são mais sensíveis aos cheiros quando estão com fome do que depois das refeições, por isso "a falta de cheiro pode fazer com que o corpo pense que já comeu", ativando e acelerando o metabolismo, disse ainda o principal autor do estudo, Andrew Dillin.

APED apoia participação de jovem português
No âmbito do 10º Congresso da Federação Europeia da Dor, que decorre de 6 a 9 de setembro, em Copenhaga, na Dinamarca, vai...

A viagem, entre Kiel (Alemanha) e Copenhaga (Dinamarca), decorre no dia 4 de setembro e vai realizar-se no navio ARTEMIS, um exemplo da tradição marítima do Báltico, construído em 1926.

Para se candidatarem a esta viagem, os participantes devem ser sócios da APED, ter menos de 32 anos de idade e apresentar um poster/comunicação livre no X Congresso da Federação Europeia da Dor (EFIC) ou ser o primeiro autor do mesmo. As candidaturas deverão ser remetidas para o secretariado da APED, ao cuidado de Ana Tavares ([email protected]), e o sorteio será realizado na Ordem dos Médicos, em Lisboa, no dia 25 de julho de 2017.

“Queremos dar a oportunidade a um jovem interno/investigador português de criar uma rede de contactos importantes na área, proporcionar o debate em torno de temas científicos recentes e promover a partilha de experiências entre os vários países. Estas iniciativas são uma mais-valia para a investigação nacional e para a melhoria do tratamento dos doentes com dor em todo o mundo”, revela Ana Pedro, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor.

Esta viagem será apoiada pela APED no valor de 320 euros, mas todos os outros custos inerentes à deslocação e participação no X Congresso da EFIC são da responsabilidade do vencedor do concurso.

Irão participar 37 jovens internos/investigadores oriundos da Albânia, Áustria, Bélgica, Bósnia, Bulgária, Croácia, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Israel, Itália, Kosovo, Letónia, Lituânia, Moldávia, Noruega, Portugal, Polónia, Roménia, Rússia, San Marino, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Holanda, Turquia, Ucrânia e Reino Unido.

A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) tem como objetivos promover o estudo, o ensino e a divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e terapêutica da dor. Para mais informações: www.aped-dor.com.

Administração Regional de Saúde do Norte
A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou hoje que a Unidade de Saúde Familiar “Novo Sentido”, a funcionar em ...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) explica que o compromisso financeiro já foi assumido pelo Governo e publicado em Diário da República.

Refere que, com este objetivo, já tinha sido celebrado um protocolo entre a ARS-Norte e a Câmara Municipal do Porto.

O objetivo do acordo era dotar a população de referência (USF “Novo Sentido” e antiga Extensão de Saúde do Ilhéu – 14.000 utentes, aproximadamente), bem como os profissionais que na mesma desenvolvem a sua atividade, com “um equipamento que, para além de moderno, humanizado e devidamente equipado, pudesse responder às reais necessidades”.

O protocolo visa também transformar parte das instalações abandonadas da antiga Escola do Básica e Secundária do Cerco e contribuir, assim, para a qualificação da zona oriental da cidade.

O investimento calculado (remodelação do edifício e equipamento) é da ordem dos 1.549.574,82 euros, sendo que, deste, 85% vai ser obtido através do Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020) e o restante, do Orçamento Geral do Estado.

De acordo com o projeto aprovado, as futuras instalações vão incluir dois módulos – um de Saúde Familiar (com 9 gabinetes médicos, 3 gabinetes de enfermagem, 2 salas de tratamento, 2 gabinetes de vacinas e injetáveis e 4 gabinetes de Saúde Materna/Infantil) e outro que será destinado a Cuidados na Comunidade (com 3 gabinetes médicos, 1 polivalente e 1 de enfermagem).

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Oito distritos de Portugal continental estão hoje sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo quente, de acordo com...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja vão estar sob ‘aviso amarelo’ entre as 10:00 de hoje e as 18:00 de sexta-feira devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, é emitido sempre que há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral das regiões Norte e Centro até meio da manhã.

Está também previsto vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste e nas terras altas, em especial durante a tarde, neblina ou nevoeiro matinal no litoral das regiões Norte e Centro e pequena subida de temperatura.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 31 graus Celsius, no Porto entre 16 e 26, em Vila Real entre 16 e 33, em Viseu entre 15 e 32, em Bragança entre 15 e 34, em Coimbra entre 16 e 30, na Guarda entre 16 e 32, em Castelo Branco entre 18 e 39, em Portalegre entre 20 e 38, em Santarém entre 17 e 35, em Évora entre 15 e 41, em Beja entre 16 e 40 e em Faro entre 25 e 34.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Sete regiões de Portugal apresentam hoje risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta, enquanto o resto do país está...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta (UV) estão as regiões de Beja, Castelo Branco, Évora, Guarda, Penhas Douradas, Portalegre e Santarém.

O Instituto recomenda para as regiões em risco ‘extremo’ que se evite o mais possível a exposição ao sol.

O resto do país está com níveis ‘muito elevados’ e ‘elevados’ de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral das regiões Norte e Centro até meio da manhã.

Está também previsto vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste e nas terras altas, em especial durante a tarde, neblina ou nevoeiro matinal no litoral das regiões Norte e Centro e pequena subida de temperatura.

Para a Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento fraco a moderado de nordeste.

Nos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos especialmente na madrugada e manhã e vento fraco.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 31 graus Celsius, no Porto entre 16 e 26, em Vila Real entre 16 e 33, em Viseu entre 15 e 32, em Bragança entre 15 e 34, em Coimbra entre 16 e 30, na Guarda entre 16 e 32, em Castelo Branco entre 18 e 39, em Portalegre entre 20 e 38, em Santarém entre 17 e 35, em Évora entre 15 e 41, em Beja entre 16 e 40 e em Faro entre 25 e 34.

Programa Operacional de Capital Humano
Mais de sete milhões de euros foram aprovados no âmbito do Programa Operacional de Capital Humano para financiar a integração...

Segundo a informação disponível no ‘site’ do Programa Operacional de Capital Humano (POCH), foram aprovados quatro milhões de euros de despesa total para a integração, até ao final de 2018, de 108 psicólogos em escolas da região Norte, 1,9 milhões para integrar 52 psicólogos em escolas da região Centro e 1,5 milhões para 40 novos profissionais para o Alentejo.

“A integração de 200 novos psicólogos em escolas públicas visa apoiar o desenvolvimento psicológico dos alunos, a melhoria da sua orientação escolar e profissional, bem como o apoio psicopedagógico às atividades educativas e ao sistema de relações da comunidade escolar", explicam os técnicos do POCH.

O objetivo central do reforço da rede de psicólogos é a prevenção do abandono escolar precoce e do absentismo, através do diagnóstico das dificuldades que afetam a aprendizagem, de modo a agir atempadamente, identificando e analisando as causas do insucesso escolar e propondo medidas para o reduzir.

A falta de psicólogos nas escolas portuguesas tem sido reiterada, tanto pela comunidade educativa como pela Ordem dos Psicólogos, que em abril estimou que seriam necessários 500 profissionais nos estabelecimentos de ensino.

Na altura, o bastonário da Ordem dos Psicólogos revelou que estava já prevista a contratação de 200 profissionais no âmbito do POCH, sublinhando que com estas integrações o rácio nas escolas passaria dos atuais 1/1.700 para um psicólogo para cada 1.100 alunos.

ONU
A ONU lançou hoje um pedido de ajuda internacional para fazer frente ao surto de cólera que afeta o Iémen, numa altura em que o...

Desde o início da epidemia, em abril, já se registaram mais de 313.000 casos suspeitos e 1.732 mortes, disse o coordenador dos assuntos humanitários da ONU para o Iémen, Jamie McGoldrick.

As agências da Organização das Nações Unidas, que têm sido muito solicitadas, estão a fazer o seu melhor para travar a doença com recurso a programas de alimentação, afirmou a mesma fonte, citada pela France-Presse.

“Estamos com falta de financiamento”, acrescentou, durante uma conferência de imprensa por telefone, durante a qual enfatizou o círculo vicioso da população enfraquecida pela fome que cai doente com cólera.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), após mais de dois anos de guerra entre os rebeldes hutis xiitas e as forças governamentais que gozam do apoio da Arábia Saudita, as infraestruturas médicas e sanitárias do Iémen colapsaram, levando à propagação da doença pela população.

Altamente contagiosa, a cólera é uma infeção bacteriana que se transmite através de alimentos contaminados ou da água e, embora o seu tratamento seja relativamente fácil, a falta de infraestruturas médicas no país impede o controlo da evolução da epidemia.

McGoldrick reconheceu que a ONU subestimou a gravidade da epidemia e confirmou que o programa de vacinação no país foi interrompido quando a doença já se tinha espalhado.

O coordenador dos assuntos humanitários afirmou que a ONU tem dado apoio humanitário ao Iémen, no entanto há necessidade de um financiamento de 87 milhões de euros para uma intervenção imediata no país.

"A cólera é a crise de hoje, a fome é a crise de amanhã", acrescentou, numa previsão do futuro de cerca de 500.000 iemenitas, se nada for feito para impedir esta situação.

De acordo com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, dois terços dos 17 milhões de iemenitas não sabem de que será feita a sua próxima refeição.

Organização Mundial da Saúde
Os surtos recentes de sarampo na Europa causaram 35 mortos nos últimos 12 meses, entre os quais uma morte em Portugal, tendo a...

Nesse país, desde junho de 2016 que se registaram 3.300 casos de sarampo e duas mortes. Outros países também registaram casos e várias mortes: 31 na Roménia, uma na Alemanha e outra em Portugal.

Para Zsuzsanna Jakab, diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, “toda a morte causada por esta doença que se pode evitar com uma vacina é uma tragédia inaceitável”.

“Estamos muito preocupados com o facto de, apesar de uma vacina segura, eficaz e acessível estar disponível, o sarampo continuar a ser uma das principais causas de morte entre crianças em todo o mundo. Infelizmente, a Europa não é poupada”, disse.

“Trabalhar de uma forma muito estreita com as autoridades de saúde em toda os países da Europa afetados é a nossa prioridade para controlar os surtos e manter uma alta cobertura vacinal em toda a população”.

A região tem vindo a eliminar o sarampo. Um total de 37 países interrompeu a transmissão endémica, de acordo com a avaliação da Comissão Regional de Verificação para a Eliminação do Sarampo e Rubéola, com base em relatórios de 2015.

No entanto, persistem bolsas de baixa cobertura de imunização, as quais permitem que o vírus altamente contagioso se espalhe entre aqueles que optam por não vacinar, não têm acesso equitativo a vacinas ou não podem ser protegidos através da vacinação, por motivos de saúde.

Como resposta, alguns países adotaram medidas, como chegues de entrada nas escolas, de forma a aumentar as coberturas de vacinação contra esta e outras doenças.

Banhistas
Os frequentadores da Praia de Mira terão ao seu dispor, a partir de quarta-feira, um dispositivo móvel que vai percorrer o...

Fruto de uma parceria entre a Câmara de Mira, a Universidade de Aveiro e a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o dispositivo estará instalado num veículo de três rodas transformado para o efeito.

Com o mote "Estás Protegido?", o dispositivo consiste numa câmara de filmar e um monitor, através dos quais será possível verificar, instantaneamente, se o protetor solar está a ser bem aplicado, graças a uma tecnologia desenvolvida pela Universidade de Aveiro.

"O dispositivo permitirá aos utilizadores registar em foto ou vídeo o momento da aplicação e posteriormente partilhar esse conteúdo nas redes sociais", explica o presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida, garantindo que o veículo passará a ser uma presença constante nas praias de Mira e Poço da Cruz.

O dispositivo é fruto de mais uma parceria com a Universidade de Aveiro, que está já a monitorizar em tempo real a erosão costeira e os agueiros (correntes de retorno) na Praia de Mira.

"Trata-se de um projeto-piloto de vídeo-monitorização que vai reforçar a segurança da nossa praia e que poderá ser acompanhado pelos cidadãos através de uma aplicação para telemóveis que está a ser desenvolvida pela Universidade", explica o presidente da autarquia, Raul Almeida.

Um dos resultados práticos do projeto é a "despistagem" em tempo real dos agueiros, correntes de retorno que põem em causa a segurança dos banhistas.

O projeto será desenvolvido durante três anos pelo Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro, que se propõe desenvolver um sistema de monitorização costeira (componente de vídeo) que visa adquirir e processar informação relativamente a parâmetros hidrodinâmicos e morfológicos, do domínio constituído pela praia subaérea e cordão dunar e/ou dique arenoso no troço costeiro Praia de Mira - Poço da Cruz".

Associação Portuguesa da Castanha
O combate à vespa das galhas do castanheiro intensificou-se este ano com a realização, em cerca de 50 municípios, de 301...

A denominada luta biológica está a ser concretizada pela Associação Portuguesa da Castanha – RefCast, com sede em Vila Real, direções regionais de agricultura do Norte, Centro e Madeira e pelos municípios onde estão a ser feitas as largadas.

José Gomes Laranjo, presidente da RefCast e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), disse que se tem verificado uma dispersão da praga, como era esperado quando foi detetado o primeiro foco de infestação em 2014, e frisou que se está a “acompanhar devidamente a situação”.

O método mais eficaz de combate à vespa é a luta biológica e as primeiras largadas foram feitas há dois anos.

Nesta primavera, segundo José Gomes Laranjo, foram realizadas 301 largadas, em cerca de meia centena de municípios. No ano passado, foram feitas 104 largadas em cerca de 30 concelhos.

A luta biológica consiste na largada dos parasitoides ‘Torymus sinensis’, insetos que se alimentam das larvas que estão nas árvores e são capazes de exterminar a vespa.

Trata-se, segundo o investigador, de um “processo complicado” que leva “quatro a cinco anos a ser evidente”.

No entanto, revelou que os resultados preliminares mostram que o parasita se está a conseguir instalar e a reproduzir, ainda que a percentagem seja muito reduzida.

“Os dados experimentais mostram que, ao final do primeiro ano, há apenas cerca de um por cento de galhas que estão parasitadas, o que diz bem da dificuldade do processo no momento inicial. Mas, depois, ele começa a alargar de uma forma exponencial e, ao fim de quatro a cinco anos, já devemos ter cerca de 70 a 80% das galhas parasitadas”, explicou.

O responsável apontou ainda uma ligação da praga às condições climáticas.

Ou seja, segundo José Gomes Laranjo, nas zonas com climas “mais quentes e húmidos” é onde, de facto, a praga se “está a desenvolver com mais agressividade” e onde há, neste momento, “concelhos mais infestados”.

O responsável exemplificou com as zonas do Minho, do Douro e da Madeira.

“Ela (a vespa) encontra aqui um quadro de desenvolvimento tal que, depois de entrar, rapidamente atinge níveis de ataque brutais”, frisou.

Isto aliado, na sua opinião, às variedades de castanha, pode ajudar a explicar porque é que em Trás-os-Montes, território muito quente e seco, a praga não tem a mesma agressividade.

José Gomes Laranjo afirmou que Portugal está a “atuar com a rapidez possível e que a praga deixa”. O objetivo é impedir que se atinja o “estado calamitoso” verificado em outros países da Europa, como Itália, onde esta praga provocou quebras brutais na produção.

Em 2016, Portugal produziu cerca de 45 mil toneladas de castanha. É uma produção com um peso económico relevante em algumas zonas do país, pelo que se tem verificado uma grande mobilização na luta contra a vespa, por parte de autarquias e produtores.

Foi precisamente para unir esforços no combate à vespa das galhas do castanheiro que foi assinado o protocolo “Biovespa”, que junta a RefCast e 56 municípios.

Procriação medicamente assistida
O Presidente da República promulgou hoje, embora deixando reparos, o diploma do parlamento que regula a conservação e...

Com origem numa proposta do Governo, este diploma que procede à quarta alteração à lei da procriação medicamente assistida (PMA) foi aprovado em votação final global no parlamento no dia 19 de maio, com votos a favor de PS, BE, PCP, PEV, PAN e votos contra de PSD e CDS-PP, e seguiu para promulgação há duas semanas, no dia 27 de junho.

Numa nota divulgada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere que decidiu promulgar o diploma, "considerando embora que a relevância da matéria exigiria maior diligência no contacto previsto" com "os titulares do material biológico" que é exigido para o descongelamento e eliminação de embriões criopreservados em data anterior à entrada em vigor da lei que regula a PMA, de 2006.

O diploma estabelece que esse contacto "é efetuado por carta registada com aviso de receção, remetida para a morada referida pelo casal aquando dos tratamentos", e dá-lhes "um prazo de 30 dias para transmitir a sua decisão", permitindo, "na ausência de resposta", que os embriões sejam "descongelados e eliminados por determinação do diretor do centro de PMA".

"Nas situações em que a carta referida no número anterior seja devolvida, considera-se que o contacto foi estabelecido" e que se pode avançar com a eliminação dos embriões.

Na nota hoje divulgada, Marcelo Rebelo de Sousa manifesta reservas quanto a este ponto, defendendo a "supressão da presunção de contacto", mas considera que "a regulamentação do diploma pode ainda, por exemplo, ir além da mera utilização da morada inicial e prever a aludida afetação dos embriões aos fins de investigação".

Quanto aos "espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico que tenham sido criopreservados em data anterior à entrada em vigor" da lei da PMA, o diploma determina que "podem ser descongelados e eliminados por determinação do diretor do centro de PMA, nas situações em que não tenha existido contacto, nos últimos cinco anos, por parte do titular do material biológico com o centro de PMA".

O destino dos embriões, espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico criopreservados em data anterior à entrada em vigor da lei que regula a PMA consta de uma "norma transitória".

Num outro artigo do diploma hoje promulgado, é regulado o "destino dos espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico" congelados já no quadro da lei da PMA, prevendo-se que fiquem "criopreservados por um prazo máximo de cinco anos" e que depois possam "ser destruídos ou doados para investigação científica se outro destino não lhes for dado".

Fica estabelecido, contudo que, "a pedido dos beneficiários, em situações devidamente justificadas, o diretor do centro de PMA pode assumir a responsabilidade de alargar o prazo de criopreservação de espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico por um novo período de cinco anos, sucessivamente renovável por igual período".

Relativamente ao "destino dos espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico para fins de investigação científica", o decreto ressalva que "só pode verificar-se mediante o consentimento livre, esclarecido, de forma expressa e por escrito, dos beneficiários originários, através de modelos de consentimento informado elaborados pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, apresentado perante o médico responsável".

Nos casos em que tenha sido consentida a doação, "sem que nos 10 anos subsequentes ao momento da criopreservação os espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico tenham sido utilizados em projeto de investigação", a lei prevê que "podem os mesmos ser descongelados e eliminados, por determinação do diretor do centro de PMA".

Se não for consentida a doação, decorridos os prazos indicados, "podem os espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico ser descongelados e eliminados, por determinação do diretor do centro de PMA".

Centro Hospitalar do Oeste
O Centro Hospitalar do Oeste divulgou hoje o novo serviço Baby Care, que permite aos pais dos bebés internados no serviço de...

Das dez camas e berços existentes no serviço, oito estão atualmente “equipadas com câmeras de vídeo, ligadas a um servidor de IP, que permite aos pais verem em casa, no computador, a incubadora onde se encontra o bebé”, explicou Alcina Sousa, enfermeira chefe da Neonatologia no Hospital das Caldas da Rainha.

O acesso é feito através de uma palavra-passe atribuída pelo hospital a cada incubadora e que “é alterada sempre que a mesma é ocupada por um novo bebé”, acrescentou.

O serviço é disponibilizado gratuitamente aos pais, mantendo-se as câmeras ligadas ao longo de todo o período de internamento dos bebés e sendo a imagem “tapada apenas quando são feitos processos invasivos ou cuja visão possa perturbar os pais”, disse a mesma responsável.

O serviço Baby Care foi instalado pela Fundação PT (Portugal Telecom), no âmbito da “estratégia de responsabilidade social da empresa” que, segundo a presidente, Graça Rebocho, “faculta esta tecnologia a todos os hospitais públicos que o solicitem”.

No caso do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) o serviço representou um investimento de oito mil euros e foi o 10.º a ser instalado a nível nacional e o primeiro na zona centro do país.

Desde 2002, ano em que o primeiro Baby Care foi instalado na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, a Fundação PT já disponibilizou um total de 100 câmeras de vídeo que, de acordo com Graça Rebocho, “serviram cerca de 1.500 famílias”.

O CHO foi criado no dia 1 de outubro de 2012, resultado da fusão hospitalar do antigo Centro Hospitalar do Oeste Norte e do antigo Centro Hospitalar de Torres Vedras e integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.

Serve uma população de mais de 300 mil habitantes dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

Symbiosis
Um dispositivo portátil capaz de detetar o risco de uma pessoa infetada com tuberculose passar da fase de latência à fase ativa...

De acordo com os responsáveis pelo projeto, designado Symbiosis, a transição do estado de latência da doença para a fase ativa deve-se, sobretudo, a desregulações do sistema imunitário, causadas por outras infeções, como o HIV, por doenças metabólicas, como a diabetes, ou por terapias imunes.

Para combater a patologia, continuaram as investigadoras, são necessárias intervenções personalizadas, que possam enfrentar os vários aspetos da tuberculose.

"O desenvolvimento de testes moleculares que estratifiquem os cerca de dois mil milhões de indivíduos com tuberculose latente, consoante o seu risco de reativação, permite tratar apenas os que apresentam maior perigo", explicaram.

Segundo indicaram, os resultados obtidos durante a investigação apontam para um possível biomarcador (molécula), que distingue dois grupos entre as pessoas com a doença latente, que apresentam diferenças quando expostos à bactéria que leva à ativação da doença.

Na hipótese que estão a desenvolver, os indivíduos latentes que não têm a bactéria não precisarão de ser submetidos à antibioterapia preventiva - uma terapia que, no caso da tuberculose, é aplicada como forma de assegurar que não ocorra uma reativação da doença.

Deste projeto fazem parte as investigadores Lúcia Brandão e Helena Sá, do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde da Universidade do Porto (CINTESIS) e do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), e Margarida Saraiva, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), bem como vários clínicos.

O Symbiosis é apoiado pelo RESOLVE, um programa do i3S que auxilia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de projetos inovadores, em estágio inicial, com potencial de se traduzir em soluções para o benefício do doente e dos profissionais de saúde.

Colaboração com a ARS-LVT
A Câmara de Cascais vai investir mais de seis milhões de euros na construção de dois novos centros de saúde e na ampliação de...

A decisão, aprovada na segunda-feira em reunião de câmara, surge na sequência de um acordo de colaboração entre a Câmara de Cascais e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT).

Segundo o acordo, a ARSLVT fica obrigada a equipar as unidades de saúde (material médico e mobiliário) e alocar os recursos (pessoal especializado).

Já à Câmara de Cascais caberá a decisão da localização dos terrenos para construção das infraestruturas de saúde, a elaboração ou obtenção de projetos de arquitetura, a construção ou requalificação dos equipamentos de saúde já existentes e do edificado a adaptar às funções de saúde.

Segundo a autarquia, os novos centros de saúde vão localizar-se nas freguesias de Cascais e Carcavelos-Parede.

Em São Domingos de Rana será feita a ampliação do equipamento existente.

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, refere que "este processo prova que, quando há boa vontade e iniciativa política, independentemente dos partidos ou das responsabilidades, os diferentes níveis da administração podem resolver os problemas dos cidadãos".

O investimento autárquico deverá rondar os cinco milhões de euros, sem contar com os terrenos para futuras construções, e a contribuição do Estado será de cerca de um milhão de euros.

Segundo Carlos Carreiras, um milhão de euros foi o valor que a câmara pagou para completar a aquisição do antigo edifício do Hospital de Cascais ao Estado.

"O senhor ministro da Saúde deu-nos a garantia de que esta verba será reinvestida no concelho de Cascais, facto que nos deixa profundamente satisfeitos porque são investimentos de que estamos precisados para continuar a ter uma saúde pública universal de qualidade", acrescenta.

O autarca sublinha ainda que tem sido feita uma aposta "muito significativa" na Saúde, passando-se de zero camas de cuidados continuados em 2013 para 400 camas em 2019.

"Passamos também de uma escassez de médicos de família em 2013 para uma situação em que prevemos, em 2019, ter toda a população coberta", conclui.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
É uma dádiva de vida. E é para a celebrar que no próximo dia 20 de julho a Sociedade Portuguesa de Transplantação assinala o...

‘Transplantes e Gravidez’ é, de resto, o tema em destaque nas celebrações, cuja cerimónia solene vai decorrer na Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), dia 20 de julho, no Porto, a partir das 11h e vai contar com palestras de especialistas ilustradas pelos testemunhos de doentes e familiares de doentes que, graças ao transplante, puderam realizar o sonho de ter um filho.

“O transplante não tem que ser impedimento para a concretização do sonho de engravidar. Pelo contrário: esta é uma forma de devolver às mulheres que sofrem de insuficiência renal crónica a possibilidade de virem a ser mães”, refere Susana Sampaio, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT). “E é para aumentar o conhecimento sobre este tema que este ano lhe decidimos dedicar o Dia do Transplante.”

De acordo com a especialista, “a fertilidade é mais reduzida nas mulheres que sofrem de insuficiência renal crónica - entre 0,3 a 1,5 gravidezes todos os anos, por cada cem mulheres em idade fértil e submetidas a hemodiálise. E ainda que continue a ser inferior ao verificado na população geral (10 gravidezes por cem mulheres/ano), este é um valor que sobe após o transplante (passa para 3,3 por cem mulheres/ano)”.

O aconselhamento por parte de um especialista é essencial durante todo o processo. Até porque a gravidez não deve acontecer logo após o transplante, existindo cuidados que importa não perder de vista, assim como riscos que devem ser monitorizados, havendo também medicamentos contraindicados durante o período de gestação.

O Dia do Transplante serve ainda outro propósito, o de “chamar a atenção da população, sensibilizando para a importância da transplantação”, para que o número de transplantes em Portugal possa continuar a aumentar.

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