Apesar de críticas
O Registo Oncológico Nacional vai incluir o nome, o sexo, a data de nascimento, a morada e a profissão do doente, apesar das...

A lei que cria e regula o Registo Oncológico Nacional (RON) foi hoje publicada em Diário da República e visa “a recolha e a análise de dados de todos os doentes oncológicos diagnosticados e ou tratados em Portugal continental e nas regiões autónomas”.

Este registo deverá permitir – que irá incluir os dados existentes nos Registos Oncológicos Regionais (ROR) – a monitorização da atividade realizada pelas instituições, a efetividade dos rastreios organizados e a efetividade terapêutica, a vigilância epidemiológica, a investigação e, em articulação com o Infarmed, a monitorização da efetividade de medicamentos e dispositivos médicos.

No RON vai constar a “identificação do nome, do sexo, da data de nascimento, da morada, do número de utente, da identificação da instituição, do número de processo clínico, da profissão e da naturalidade do doente”.

A data e os resultados dos exames efetuados, para diagnóstico e estadiamento, que sejam relevantes para a história clínica, a identificação do código da Classificação Internacional da Doença (CID), na versão em vigor à data do registo no RON, correspondente à neoplasia diagnosticada constarão igualmente no registo.

No registo pediátrico, será aplicada a classificação pediátrica atualizada para cada grupo de neoplasias.

Entre outros dados, o RON terá “a data do diagnóstico e do início do tratamento, bem como das várias modalidades de tratamento, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia” e a caracterização de cada linha de tratamento, assim como a data de óbito e a causa de morte.

A identificação do doente no RON, que entra em vigor a 01 de janeiro do próximo ano, tem merecido várias críticas e receios, tendo a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) defendido um algoritmo ou um código que mascarasse o número de utente e o número de processo para impedir a identificação do doente.

Em janeiro, numa audição parlamentar no grupo de trabalho sobre a proposta de lei do Registo Oncológico Nacional, a presidente da CNPD explicou que as cautelas a aplicar a uma base de dados de doentes com cancro se prendem com o risco de discriminação a que esses utentes podiam ser sujeitos se fossem identificados.

No passado dia 16 de junho, O Presidente da República promulgou o diploma que cria e regula o RON, ressalvando que o articulado “suscita várias interrogações”.

Na nota publicada na página na Presidência da República enumeram-se as dúvidas levantadas, que em alguns casos já tinham também sido “relevadas pela Comissão Nacional de Proteção de Dados” (CNPD).

Entre elas estão: “o risco de identificação desnecessária dos titulares de dados pessoais, em certas situações em que haveria solução técnica para o evitar; a insuficiente segmentação de tipos de utilizadores da base de dados e de titulares de acesso à informação; a falta de autorização prévia da CNPD para articulação do novo registo com outras bases de dados; o contraste entre o prazo de 100 anos para a conservação de dados e o de 15 anos para a manutenção do anonimato”.

No final de 2016, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, disse estar preocupado com o Registo Nacional Oncológico, por poder vir a servir para “uma devassa da privacidade” dos doentes.

Na mesma altura o coordenador do Programa Nacional das Doenças Oncológicas garantiu que os bancos e as seguradoras não terão acesso ao registo e que se tal acontecesse seria um crime.

Congresso da ISTH 2017
A introdução dos novos anticoagulantes orais não-antagonistas da vitamina K (NOACs) no âmbito da terapêutica anticoagulante...

Ainda restam algumas indicações para as quais o uso dos NOACs se assume como vantajoso em relação aos AVKs, embora até ao momento não existam dados de evidência científica que comprovem o seu benefício. É o caso da utilização dos NOACs em doentes com tromboembolismo venoso (TEV) associado ao cancro.

No entanto, esta lacuna de conhecimento será preenchida em breve com os resultados do estudo Hokusai VTE-Cancer, que avalia o tratamento com LIXIANA® (edoxabano), um inibidor do fator Xa, de toma oral, uma vez por dia, desenvolvido pela Daiichi Sankyo, em doentes com TEV associado à doença oncológica.

De acordo com os peritos, os resultados do Hokusai VTE-Cancer, que serão apresentados no final do ano, poderão representar atualizações nas guidelines internacionais para o tratamento destes doentes. O papel do edoxabano em doentes com TEV associado ao cancro foi debatido num simpósio satélite sob a presidência do Prof. Doutor Jeffrey I. Weitz, professor de Medicina e Bioquímia, da McMaster University, e diretor-executivo do Thrombosis & Atherosclerosis Research Institute, Hamilton, Ontario, no Canadá, durante o Congresso da International Society on Thrombosis and Haemostasis - ISTH 2017*.

O TEV associado à doença oncológica representa cerca de 20% dos casos de TEV. A abordagem do TEV em doentes com cancro não deve interferir com a terapêutica para o tratamento do cancro e deve ter mínimo impacto na qualidade de vida dos doentes, já comprometida pela doença oncológica. As guidelines (ACCP, ASCO, ESMO) recomendam o tratamento com heparinas de baixo peso molecular (HBPM) para o tratamento inicial e a longo prazo1. “Os NOACs poderão constituir uma boa alternativa para estes doentes”, afirmou o Prof. Doutor Gary E. Raskob, do College of Public Health, e professor regente de Epidemiologia e Medicina da University of Oklahoma Health Sciences Center, em Oklahoma, nos EUA.

Os resultados da análise de subgrupo de doentes com cancro no estudo Hokusai-VTE2 demonstrou que o tratamento com edoxabano é eficaz e causa menos eventos hemorrágicos clinicamente relevantes do que varfarina nesse grupo de doentes. Mas, até agora, os NOACs não foram comparados com HBPM, o tratamento padrão recomendado para estes doentes. Preencher esta lacuna no conhecimento requer ensaios clínicos controlados e aleatorizados suficientemente sólidos, que avaliem a eficácia e a segurança da utilização dos NOACs versus HBPM em doentes com TEV associado à doença oncológica, analisando o risco/benefício relativos ao tratamento continuado com anticoagulantes durante mais de 6 meses.

TEV associado à doença oncológica: Estudo Hokusai VTE-Cancer
O estudo Hokusai VTE-Cancer foi iniciado para avaliar se o tratamento inicial com HBPM seguido da administração de edoxabano é não-inferior às HBPM (dalteparina) na prevenção combinada de dois objetivos primários: TEV recorrente ou hemorragia major em doentes com TEV e cancro, durante um período de 12 meses3.  Estas duas complicações ocorrem frequentemente em doentes com cancro que recebem tratamento anticoagulante e afetam significativamente o prognóstico e a qualidade de vida. Esta avaliação superior a seis meses irá preencher a lacuna atual na base de evidências para o tratamento a longo prazo desses doentes, disse o Prof. Doutor Gary E. Raskob.

Tendo em conta o facto de que o risco de TEV recorrente em doentes com cancro é similar ao risco dos que têm um histórico de cancro, o estudo Hokusai VTE-Cancer envolveu doentes cujo cancro tinha sido diagnosticado nos últimos dois anos. Além disso, os doentes com TEV incidental foram elegíveis para o estudo uma vez que o risco destes doentes de um episódio de TEV recorrente é equiparável ao risco dos doentes com doença sintomática. Os resultados do estudo Hokusai VTE-Cancer serão divulgados até ao final do ano e, de acordo com os peritos, podem alterar as guidelines de tratamento destes doentes.

Tromboemboslimo Venoso: o ponto alto do Hokusai
No geral, muitos estudos sobre o tratamento do TEV defendem a eficácia e segurança da utilização de NOACs em doentes com TEV4. Relativamente ao edoxabano, o estudo Hokusai VTE demonstrou uma eficácia equiparável e uma segurança superior em comparação com a terapêutica padrão2. O Prof. Doutor Harry R. Büller, professor de Medicina Interna no Academic Medical Center, em Amesterdão, Holanda, sintetizou principais resultados. O estudo Hokusai VTE envolveu 8,292 doentes com TEV agudo, que inicialmente receberam heparinas, e começaram a utilizar edoxabano na dose de 60 mg uma vez ao dia, ou 30 mg uma vez ao dia (i.e., no caso dos doentes com clearance de creatinina entre 30 a 50 ml por minuto ou peso corporal abaixo de 60 kg), ou doentes que começaram a utilizar varfarina. Os doentes receberam o tratamento definido entre 3 a 12 meses. O objetivo primário de eficácia foi o TEV sintomático recorrente. O objetivo primário de segurança foi a hemorragia major ou a hemorragia não-major clinicamente relevante. Edoxabano demonstrou não-inferioridade em relação à terapêutica padrão de excelência, e o número de hemorragias foi significativamente menor num vasto grupo de doentes com TEV, incluindo os doentes com embolia pulmonar grave2.

Tal como o Prof. Doutor Harry R. Büller salientou, foram realizadas várias análises de subgrupo no estudo Hokusai VTE. O especialista sumarizou os resultados de uma análise de subgrupo envolvendo 1,109 doentes aleatórios do leste asiático no estudo Hokusai VTE. O tratamento com edoxabano mostrou eficácia favorável e uma redução de eventos hemorrágicos quando comparado com a terapêutica padrão5. Noutra análise de subgrupo verificou-se que, mesmo com a redução de dose (30 mg), edoxabano manteve a eficácia e, mais uma vez, reduziu eventos hemorrágicos comparativamente à terapêutica padrão6. Além disso, novos dados mostram que a eficácia/segurança de edoxabano não é afetada por comorbilidades ou interações medicamentosas, disse o Prof. Doutor Harry R. Büller.

Fibrilhação auricular: abraçar uma nova opção
Na fibrilhação auricular (FA), os NOACs substituíram os AVKs enquanto terapêutica anticoagulante preferencial e recomendada. Edoxabano é o único NOAC que demonstrou redução significativa da mortalidade cardiovascular durante o ensaio clínico de fase III1: no estudo ENGAGE-AF-TIMI 48 (Effetive aNticoaGulation with Factor XA Next GEnaration in Atrial Fibrillation) verificou-se uma diminuição da mortalidade cardiovascular, 2.74% em doentes tratados com edoxabano comparativamente a 3.17% quando tratados com varfarina (p=0.013). Em toda a população estudada, o perfil de segurança de edoxabano foi vantajoso em relação ao tratamento com varfarina7, resultado que se mostrou consistente mesmo em análises com subgrupos de doentes de alto risco. Por exemplo, edoxabano demonstrou um benefício clínico mais elevado do que a varfarina no subgrupo de doentes idosos (≥ 75 anos), que geralmente têm um risco acrescido de AVC e de eventos hemorrágicos8. De acordo com o Prof. Doutor Peter Verhamme, professor associado do Departamento de Ciências Cardiovasculares da University Hospitals Leuven, na Bélgica, edoxabano combina a segurança e a comodidade da toma única diária de uma forma especial, no sentido de garantir a efetividade do tratamento tanto para o médico como para o doente.

Um aspeto importante, que simplifica o tratamento com edoxabano na prática clínica, diz respeito aos critérios clínicos bem definidos para a redução da dose standard, de 60 mg de edoxabano uma vez ao dia, para 30 mg: insuficiência renal moderada ou grave (CrCL 15-50 ml/min), baixo peso corporal (≤60 kg) ou uso concomitante de inibidores potentes da gp-P (dronedarona, eritromicina, cetoconazol, ciclosporina). Como conclui o especialista, “a redução da dose preservou a eficácia do edoxabano versus varfarina e melhorou o perfil de segurança”.

* “Engaging in New Options for Anticoagulation Therapy” foi o simpósio satélite que decorreu durante o ISTH 2017, em Berlim, Alemanha.

Estudo
Um grupo de investigadores da Universidade de Stanford (nos EUA) analisou os padrões de actividade física de 717 000 mil...

Os investigadores analisaram indicadores como a idade, género, peso e altura – de cada um dos indivíduos – através da aplicação de atividade física Azumiu Argus, durante um período de 95 dias. Através do cálculo entre o peso e a altura, foi possível obter o índice de massa corporal de cada individuo e estabelecer uma relação entre o nível de atividade física e a prevalência de obesidade. Apesar de incluir dados de 111 países, a equipa centrou a análise em apenas 46 países.

O estudo conclui, segundo o jornal Público, que nos países em que as pessoas andam aproximadamente o mesmo tempo (ou dão o mesmo número de passos diários) os níveis de obesidade são menores. Por outro lado, nos países em que esta diferença é maior (ou seja, a quantidade de atividade física entre indivíduos é muito variável), os níveis de obesidade tendem a aumentar.

A equipa de Stanford apelidou esta tendência como “desigualdade de atividade” – quanto maior for a diferença entre as pessoas mais ativas e as mais sedentárias, os níveis de obesidade daquele país tendem a ser mais elevados. De acordo com este estudo, os portugueses dão em média, entre 4500 a 5000 passos diários. Já o Japão, é o país que regista maior número de passos diários com 6000.

À BBC, Scott Delp, um dos investigadores afirmou que “este estudo é 1000 vezes maior do que anteriores relativos ao movimento humano”. E o que diferencia este estudo dos restantes? Para Scott Delp um dos principais pontos distintivos é o "rastreamento contínuo da atividade dos indivíduos".

Para exemplificar a “desigualdade de atividade” os investigadores de Stanford dão o exemplo da Suécia. “A Suécia possui um dos níveis mais pequenos de desigualdade de atividade física”, declarou Tim Althoff, um dos investigadores do estudo e principal autor do artigo publicado na Nature. O facto de a Suécia apresentar um dos menores níveis de desigualdade de atividade física, faz com que tenha um dos menores níveis de obesidade do conjunto de países analisados.

Do outro lado do espectro encontram-se os EUA, com o maior nível de “desigualdade de atividade” de todos os países analisados e, por isso, também o país com os níveis de obesidade mais elevados.

Para os investigadores, um dos fatores que terá influência na atividade física das pessoas é a forma como a cidade onde vivem está organizada. Para Jennifer Hicks, uma das investigadoras, as cidades mais “amigas” dos pedestres, registaram um menor número de “desigualdade de atividade”. “Nas cidades que são mais acessíveis para caminhar, todos [os indivíduos] tendem a dar mais passos diários” independentemente do género, idade ou do peso, destacou a investigadora.

Para Scott Delp, este estudo apoiado em dados fornecidos por uma aplicação de um telemóvel “abre portas para novas formas de fazer ciência” a uma escala mais ampla.

Estudo
Cientistas desenvolveram um método não invasivo para avaliar as artérias de um paciente, detetar inflamações e evitar doenças...

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de homens e mulheres nos Estados Unidos. Todos os anos cerca de 750.000 norte-americanos sofrem ataques do coração.

Durante décadas, os médicos recorreram a tomografias e angiogramas para detetar doenças das artérias coronárias, onde os ataquem cardíacos têm origem. Estes exames concentram-se em encontrar vasos que se tornaram mais estreitos devido ao colesterol ou por outras causas, restringindo o fluxo de sangue para o coração. Mas estes exames estão longe de serem perfeitos e muitas vezes só encontram o problema quando a condição do paciente já é muito grave, escreve o Sapo.

Além disso, o estreitamento das artérias nem sempre é um sinal de ataque cardíaco iminente. Na verdade, a inflamação é a principal responsável pelos bloqueios nas artérias que causam os ataques do coração, explica o investigador Keith Channon, professor de medicina cardiovascular na Universidade de Oxford. "Até agora, não havia nenhuma maneira de detetar uma inflamação nas artérias coronárias", comentou Channon numa conferência de imprensa antes da publicação do estudo na revista Science Translational Medicine.

O novo método funciona através da análise das mudanças no tecido adiposo que envolve as artérias, conhecido como gordura perivascular. Esta torna-se mais líquida e menos gordurosa quando está perto de uma artéria inflamada, explicaram.

Utilizando uma medida chamada Índice de Atenuação da Gordura (FAI), os cientistas encontraram sinais de inflamação de artérias em tomografias existentes. Também descobriram ser possível rastrear mudanças na gordura perivascular através do tempo, permitindo detetar sinais precoces que poderiam prevenir acidentes cardiovasculares. No entanto, ainda são necessários estudos mais amplos para assegurar a eficácia deste novo método na prevenção de ataques cardíacos. Os resultados finais deste estudo serão publicados no final do ano, segundo os investigadores.

Estudo
É difícil manter uma alimentação regrada a vida inteira, mas tomar pequenas decisões nas escolha dos alimentos mais saudáveis...

O estudo publicado no "New England Journal of Medicine" é o primeiro a mostrar que melhorar a qualidade da dieta ao longo de pelo menos 12 anos está relacionada com um diminuição da taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares e outras causas.

Investigadores da Universidade de Harvard rastrearam algumas mudanças na dieta de uma população de quase 74.000 profissionais de saúde, escreve o Sapo. Para isso, utilizaram um sistema de pontuações da qualidade da dieta para avaliar essas melhorais. Por exemplo, um aumento de 20% nas pontuações poderia "ser alcançado trocando apenas uma porção de carne vermelha ou processada por uma porção diária de nozes ou legumes", revela a pesquisa.

Ao longo do período de 12 anos, aqueles que passaram a comer um pouco melhor do que no início - mais grãos integrais, frutas, vegetais e peixes gordurosos, por exemplo - tiveram um risco 8% a 17% menor de morrer precocemente nos 12 anos seguintes.

Aqueles cujas dietas pioraram ao longo do tempo tiveram um aumento de 6% a 12% no risco de morte nos 12 anos de acompanhamento. "Os nossos resultados destacam os benefícios a longo prazo de melhorar a qualidade da dieta, com ênfase nos padrões alimentares gerais, em vez de em alimentos ou nutrientes individuais", disse o autor sénior do estudo, Frank Hu, professor e presidente do Departamento de Nutrição da Escola Harvard Chan.

"Um padrão de alimentação saudável pode ser adotado de acordo com as preferências alimentares e culturais e condições de saúde dos indivíduos", acrescentou. "Não há uma dieta única para toda a gente".

Estudo
Pessoas que tomaram antibióticos de forma frequente entre os 20 e os 60 anos apresentaram maior frequência de pólipos, pequenas...

O estudo analisou 16.600 mulheres norte-americanas com mais de 60 anos, 1.195 das quais com pólipos ou adenomas colorretais.

Os autores do estudo, publicado na revista do British Medical Journal, observaram que mulheres submetidas a tratamento com antibióticos durante pelo menos dois meses acumulados entre os 20 e os 39 anos tinham 36% mais probabilidade de ter pólipos no colo ou no reto em relação às demais.

Entre as mulheres que receberam antibióticos durante pelo menos dois meses entre os 40 e os 59 anos, a possibilidade de pólipos é 69% maior, segundo os autores do estudo, da Harvard Medical School e da Harvard TH Chan School of Public Health, em Boston.

Antibióticos alteram a flora intestinal
O estudo constata uma situação estatística, escreve o Sapo, mas não estabelece uma relação de causa e efeito entre o consumo de antibióticos e o surgimento de pólipos. Mas esta relação teria uma "explicação biológica plausível", já que os antibióticos alteram a flora intestinal ao reduzir a quantidade e a diversidade das bactérias presentes, explica o estudo.

Outros estudos já observaram a redução de algumas bactérias e a proliferação de outras em pacientes com cancro colorretal. "A estes dados somam-se o que já se conhece sobre a importância da flora intestinal para a nossa saúde", comentou Sheena Cruickshank, especialista em imunologia da Universidade de Manchester, que não participou no estudo.

No entanto, neste estudo, os cientistas não tiveram em conta os hábitos alimentares das mulheres que apresentaram pólipos, nem o eventual impacto da presença de antibióticos na alimentação, provenientes dos tratamentos aplicados a animais de abate. Os antibióticos são "medicamentos essenciais para tratar as infeções bacterianas e, quando utilizados corretamente, podem salvar vidas", acrescenta Cruickshank.

Aveiro
Apreensão aconteceu em Ílhavo, no distrito de Aveiro, na sequência das deficientes condições de transporte e armazenamento do...

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da Unidade Regional do Centro, precedeu à apreensão de mais de três toneladas de atum congelado num valor total de 5.500 euros.

A ação decorreu no concelho de Ílhavo, escreve o Sapo, na sequência da interceção, por parte da GNR, de uma viatura de transporte de pescado com destino a um estabelecimento de armazenagem de produtos de origem animal ultracongelado, tendo sido verificadas as condições em que tal transporte estava a ser realizado, por forma a garantir a Segurança Alimentar.

Após ter sido constatado que o produto se encontrava a ser transportado em deficientes condições de transporte, em tinos metálicos, sem qualquer proteção do pescado ou existência de sistema de refrigeração que permitisse garantir a temperatura mínima exigível, foi o produto apreendido e instaurado um processo de contraordenação.

EUA
Conselheiros da FDA, que autoriza medicamentos nos EUA, aprovaram terapêutica revolucionária que altera a genética do sistema...

Os conselheiros externos da Food and Drug Administration (FDA), a empresa que garante o controlo alimentar e autoriza medicamentos nos Estados Unidos, aprovou um tratamento revolucionário que dá ordens genéticas às células do sistema imunitário para identificar e atacar um cancro. É a primeira vez que uma terapêutica que implica manipulação genética das células do corpo humano é aprovada por especialistas para combater o cancro, sublinha a Nature News. A FDA não tem de seguir os pareceres desses conselheiros, mas normalmente fá-lo. A seguir a ela, podem seguir-se outras empresas de aprovação de medicamentos na Europa, escreve o Observador.

Esse tratamento baseia-se numa antiga aposta do mercado dos medicamentos: a terapia CAR-T. O tratamento modifica as células T, um grupo de glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo contra ataques externos, através da chamada “engenharia genética”. Primeiro, os médicos extraem células T dos pacientes e, em laboratório, limpam-nas. A seguir, é introduzido um vírus que leva à boleia moléculas que têm por função identificar as células cancerígenas. Essas moléculas, que são criadas especialmente para cada um dos pacientes, chamam-se recetores de antigénios quiméricos (CAR) e reduzem a capacidade que as células cancerígenas têm de escapar ao ataque do sistema imunitário. Isso é possível porque, no fundo, as células T sofrem uma reprogramação genética que lhes permite serem mais sensíveis a reconhecer o cancro e mais capazes de o atacar. Assim que essa modificação é feita, as células T reprogramadas são reintroduzidas no corpo do doente. Todo este processo demora, no máximo, 22 dias.

No caso específico do tratamento aprovado pelos conselheiros da FDA, a terapêutica utiliza um produto da Novartis com base em tisagenlecleucel, que trata crianças e jovens adultos com leucemia linfoblástica aguda. Num estudo com a participação de 63 pacientes em que se testou este tratamento, 52 das pessoas ficaram completamente curadas, o que simboliza 82,5% da amostra. Por este estudo não ter um grupo de controlo, não foi possível verificar se o cancro desaparece para sempre ou se há hipóteses de regressar, mas esta não é a primeira experiência com tisagenlecleucel com resultados animadores. Num estudo da Fred Hutchinson Cancer Research Center (EUA) que testou esta terapêutica em 35 pessoas com leucemia linfoblástica aguda, em 94% dos casos o cancro entrou em remissão. Noutro estudo, o tratamento funcionou em 80% da amostra de pacientes com linfoma não-Hodgkin. Mas em todas estas investigações, o número de pessoas testadas é baixo, o que condiciona as conclusões que se podem tirar delas.

Mas muitas outras dúvidas deixaram a FDA e os seus conselheiros de pé atrás quanto a este tratamento até agora. Depois de um teste feito com tisagenlecleucel em 2015, 47% dos doentes-cobaia apresentaram sinais de hipercitocinemia, uma reação inflamatória extrema que provoca febres altas e insuficiência dos órgãos, podendo conduzir à morte. Houve até registo de doentes que morreram com um inchaço grave no cérebro. Desta vez, a Novartis diz que esses problemas já foram contornados. A empresa admite que muitos dos pacientes tiveram convulsões e alucinações, mas apenas temporariamente. E os conselheiros da FDA concordam que “os benefícios da terapia CAR-T ultrapassam os seus riscos”.

Agora, a FDA tem dois meses para decidir se aprova ou chumba a terapia CAR-T. É o tempo que a comunidade científica tem para refletir sobre outros aspetos que ainda não têm resposta: os investigadores ainda não sabem se o vírus usado para introduzir a molécula nas células ganha ou não capacidade para se replicar e espalhar pelo corpo quando chega ao organismo do paciente. Também ainda não se sabe se, perante alguma falha em laboratório — por mais pequena que seja — o vírus pode atacar a célula-T e torná-la numa célula cancerígena. Mas acima de tudo, ainda é muito cedo para perceber se esta é uma terapêutica definitiva ou se o cancro pode voltar a uma pessoa supostamente curada.

Infarmed
Os hospitais portugueses autorizados para a realização de abortos adquiriram nos últimos dez anos 134.564 comprimidos de...

Dados fornecidos pelo instituto que regula o setor do medicamento (Infarmed), indicam que atualmente dois laboratórios têm autorização de introdução no mercado para a mifepristona.

Segundo o Infarmed, 28 hospitais do Serviço Nacional da Saúde (SNS) com gestão pública consumiram mifepristona em 2016.

A comercialização de mifepristona - que bloqueia a hormona fundamental para a manutenção da gravidez (progesterona) – está autorizada em Portugal desde julho de 2007, o mesmo mês em que entrou em vigor a lei que despenalizou o aborto até às dez semanas, cujo aniversário se assinala sábado.

No segundo semestre de 2007 foram vendidas 4.427 unidades desta “pílula abortiva”.

Em 2008, primeiro ano completo de comercialização legal deste medicamento em Portugal, foram vendidas 14.431 unidades.

Em 2009 foram vendidas 16.339 unidades, 16.298 em 2010, 15.259 em 2011, 13.558 em 2012, 13.234 em 2013, 12.147 em 2014, 11.614 em 2015 e 11.837 em 2016.

Entre janeiro e março desde ano foram vendidos 5.420 comprimidos.

Todos os anos
Dez anos após a despenalização do aborto em Portugal, cerca de 500 portuguesas vão anualmente a Espanha para interromper a...

De acordo com Associação de Clínicas Acreditadas para a Interrupção da Gravidez (ACAIVE), de Espanha, a maioria das mulheres que opta por realizar um aborto no país vizinho fá-lo por estar grávida há mais de dez semanas, o prazo máximo previsto na lei portuguesa, que entrou em vigor há dez anos, a 15 de julho de 2017.

Em Espanha, a interrupção da gravidez a pedido da mulher é permitida até às 14 semanas.

Outra das razões que, segundo esta associação, levam as mulheres portuguesas a abortar em clínicas espanholas é a confidencialidade que acreditam conseguir noutro país.

A ACAIVE estima que, anualmente, 400 portuguesas abortem em clínicas situadas em Badajoz, 60 em estabelecimentos na Galiza, 26 em Huelva e entre duas a três em Valladolid.

Em relação a espanholas que viajam até Portugal para abortar, esses valores “não são relevantes”, segundo esta associação.

Os dados oficiais da Direção-Geral da Saúde (DGS) de 2016 ainda não estão disponíveis, mas as estatísticas dos oito anos completos de despenalização da interrupção da gravidez (2008 a 2015) mostram uma tendência de decréscimo, sobretudo a partir de 2012.

No último relatório com os registos de interrupção da gravidez, mostra-se que, quanto ao aborto por opção da mulher, houve uma diminuição de 1,9% entre 2014 e 2015, tendo sido feitas 15.873 interrupções por decisão da grávida nesse ano.

Trata-se do número mais baixo desde 2008, primeiro ano completo desde que entrou em vigor a lei que despenalizou o aborto até às 10 semanas de gravidez.

Entre 2008 e 2011 houve uma tendência de subida das interrupções, que começaram a descer depois a partir de 2012, com um decréscimo acentuado de 6,6% nesse ano. Também de 2013 para 2014 se verificou outra descida significativa, de 8,7 por cento.

Em relação aos últimos dados disponíveis, relativos a 2015, o relatório mostra que metade das mulheres que abortaram por opção referiram ter um ou dois filhos, sendo que 42,3% ainda não era mãe, dados semelhantes aos verificados em anos anteriores.

Quanto a interrupções de gravidez anteriores, 70% das mulheres que decidiram abortar em 2015 nunca tinha realizado qualquer outro aborto, 21% já tinham feito uma intervenção, quase 6% tinham feito duas e 2,5% já tinham realizado três ou mais.

O documento da DGS exibe ainda que mais de sete em cada dez abortos foram feitos em unidades oficiais do Serviço Nacional de Saúde.

Noutro relatório da autoridade de saúde é ainda possível perceber que entre 2001 e 2014 foram sendo reduzindo as complicações pelo aborto ilegal a partir de 2007/2008.

Verificou-se uma “redução significativa tanto do número total de complicações como do número de complicações graves a partir de 2008”, uma diminuição ainda mais nítida a partir de 2013.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
As temperaturas vão descer entre dois a cinco graus Celsius no fim de semana em Portugal continental, mas hoje ainda deverão...

“Hoje já temos uma pequena descida da temperatura, mas apenas na região Sul. Ainda vamos ter temperaturas entre os 40 e os 42 graus nas capitais de distrito do Alentejo e entre 35 e 39 no interior Norte e Centro”, adiantou à agência Lusa o meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Por causa do tempo quente, o IPMA colocou em ‘aviso laranja’ os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja até às 22:00 de hoje.

Também devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, o Instituto colocou os distritos de Braga, Vila Real, Viseu, Bragança, Setúbal e Faro sob ‘aviso amarelo’ até às 21:00 de hoje.

O ‘aviso laranja’ é o segundo mais grave de uma escala de quatro e indica situação meteorológica de risco moderado a elevado.

Segundo o IPMA, o ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

“No sábado há uma descida da temperatura máxima e mínima, não devendo ultrapassar os 40 graus. No domingo desce de uma forma mais generalizada e a temperatura na região do Alentejo não deverá ultrapassar os 37 graus”, disse Bruno Café.

De acordo com o meteorologista do IPMA, no sábado estão previstas descidas entre 02 e 04 graus e no domingo entre 02 e 05 graus de um modo geral.

“Há uma tendência de descida da temperatura que se prolonga na primeira parte da próxima semana. Em geral vamos ter descidas, mas que não serão de forma igual em todos os distritos”, disse.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Oito regiões do continente e da Madeira apresentam hoje risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta, enquanto o resto...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta (UV) estão as regiões de Beja, Évora, Faro, Guarda, Portalegre, Santarém, Setúbal e no Funchal (Madeira).

O Instituto recomenda para as regiões em risco ‘extremo’ que se evite o mais possível a exposição ao sol.

O resto do país está com níveis ‘muito elevados’ e ‘elevados’ de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo e vento em geral fraco predominando do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, e sendo moderado a forte de nordeste nas terras altas das regiões Norte e Centro até meio da manhã e para o final do dia.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral nas regiões Norte e Centro, pequena descida da temperatura máxima na região Sul e pequena subida no Minho.

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha e nas terras altas e vento moderado de nordeste.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento fraco.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 32 graus Celsius, no Porto entre 15 e 29, em Vila Real entre 18 e 35, em Viseu entre 17 e 36, em Bragança entre 16 e 35, na Guarda entre 18 e 34, em Coimbra entre 15 e 32, em Castelo Branco entre 23 e 41, em Santarém entre 17 e 34, em Évora entre 19 e 42, em Portalegre entre 24 e 40, em Beja entre 19 e 41 e em Faro entre 24 e 34.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Trinta e sete concelhos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Viseu e Bragança apresentam hoje risco ‘máximo’...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em risco ‘máximo’ de incêndio estão 37 concelhos de Faro (sete), Santarém (dois), Portalegre (três), Castelo Branco (sete), Coimbra (dois), Guarda (seis), Viseu (três) e Bragança (sete).

O IPMA colocou ainda em risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de incêndio vários concelhos de todos os distritos (18) de Portugal continental.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre "reduzido" e "máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo e vento em geral fraco predominando do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, e sendo moderado a forte de nordeste nas terras altas das regiões Norte e Centro até meio da manhã e para o final do dia.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral nas regiões Norte e Centro, pequena descida da temperatura máxima na região Sul e pequena subida no Minho.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 32 graus Celsius, no Porto entre 15 e 29, em Vila Real entre 18 e 35, em Viseu entre 17 e 36, em Bragança entre 16 e 35, na Guarda entre 18 e 34, em Coimbra entre 15 e 32, em Castelo Branco entre 23 e 41, em Santarém entre 17 e 34, em Évora entre 19 e 42, em Portalegre entre 24 e 40, em Beja entre 19 e 41 e em Faro entre 24 e 34.

Centro Hospitalar do Oeste
O Governo vai avançar com as obras de remodelação das urgências do Hospital de Torres Vedras e da farmácia do Centro Hospitalar...

O Governo quer garantir que o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) “chega ao inverno com melhores condições”, afirmou Adalberto Campos Fernandes, no final de uma reunião em que anunciou a intenção de avançar com “obras nas urgências de Torres Vedras”, a par com “um conjunto importante de investimentos”, entre os quais “a formulação da farmácia hospitalar”.

O ministro, que ontem reuniu com a administração do CHO e com os presidentes dos três concelhos onde se localizam as unidades hospitalares daquele centro [Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche], afirmou, no final do encontro, que “é prioritário reformular a farmácia, tal como é prioritário reabilitar as condições do Bloco Operatório das Caldas da Rainha”.

No final da reunião de cerca de três horas, que decorreu no Museu do Hospital e das Caldas, o Ministro disse aos jornalistas lamentar que o processo de passagem do CHO de uma unidade do setor público administrativa SPA) a entidade pública empresarial (EPE) “se tenha atrasado tanto” e que, depois de anunciado há mais de ano, não esteja ainda concretizado.

O governante, que já tinha estimado que o processo estivesse concluído no início deste ano recusou hoje avançar novas datas, esclarecendo apenas que o mesmo se encontra “na comissão do Ministério da Finanças que faz essa avaliação”.

Ana Paula Harfouche, presidente do Conselho de Administração do CHO, expressou no final satisfação pelos investimentos anunciados pelo ministro, sem especificar valores do investimento que, no caso das urgências de Torres Vedras, incidirá numa remodelação “muito similar à do serviço das Caldas da Rainha”, orçamento em 1,7 milhões de euros.

A requalificação da farmácia, disse ainda a mesmo responsável, “irá permitir retomar a preparação dos tratamentos de quimioterapia”, que havia sido suspensa por falta de condições.

Ana Paula Harfourche adiantou ainda ter já agenda para o mês de agosto uma reunião com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para avançar coma formulação dos respetivos projetos que serão depois objeto de candidatura a fundos.

O (CHO) foi criado no dia 01 de outubro de 2012, resultado da fusão hospitalar do antigo Centro Hospitalar do Oeste Norte e do antigo Centro Hospitalar de Torres Vedras e integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.

Serve uma população de mais de 300 mil habitantes dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

Autoridade de Saúde Pública
Um caso de tuberculose foi detetado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, do Instituto Politécnico de Leiria,...

"É um caso de tuberculose complicado. A jovem não aderiu bem ao que foi solicitado e não colaborou logo na identificação dos amigos mais próximos. Mas já rastreámos o grupo mais íntimo e ninguém tem sinais da doença", revelou a adjunta da Autoridade de Saúde de Leiria e responsável do programa de doenças transmissíveis do Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) do Pinhal Litoral, Ana Silva.

A responsável sublinhou que "não há razão nenhuma para alarme".

Segundo explicou, a aluna frequenta os três anos do curso, porque tem cadeiras em atraso, o que obrigou a que o rastreio dos restantes alunos fosse feito através de um meio móvel, que se deslocou à Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG).

"Na próxima semana, todos os colegas serão rastreados para que possam ir descansados para férias. Sabemos onde a aluna foi infetada e não foi na ESTG, nem em Leiria", assegurou ainda Ana Silva.

Todas as medidas de prevenção foram tomadas pela Autoridade de Saúde de Leiria, pelo que Ana Silva afirmou não "haver motivo para preocupação".

A jovem encontra-se internada num hospital do país.

"Normalmente, a tuberculose trata-se em ambulatório, mas este é um caso que exige internamento porque é necessário cumprir o tratamento escrupulosamente", explicou a médica.

Ana Silva adiantou também que a tuberculose é uma doença infectocontagiosa cuja transmissão do bacilo se faz por "via respiratória" e de "forma direta".

"Pode ser a conversar com alguém, que emite gotículas de saliva quando fala, que podem estar infetadas e entram no corpo por via respiratória, ou através do cumprimento com um 'beijinho'", exemplificou.

Em resposta, o Instituto Politécnico de Leiria esclarece que a Autoridade de Saúde Pública está a acompanhar o caso e que a "pessoa em causa se encontra internada num hospital público, estando a ser acompanhada por equipa de especialistas na matéria".

"Foram tomadas e serão tomadas pelo Politécnico de Leiria todas as medidas necessárias e adequadas que nos forem indicadas pela Autoridade de Saúde Pública", acrescentou o IPL.

Aumento da procura
Segundo a ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), em 2015 os prémios brutos e

O número de pessoas em Portugal com doenças graves – oncológicas e de outro foro – tem aumentado de ano para ano, ao passo que o desenvolvimento da Medicina e o diagnóstico atempado têm permitido o crescimento dos casos de tratamento com sucesso e a melhoria da qualidade de vida das pessoas a quem são diagnosticadas doenças desta natureza.

Os próprios seguros de saúde, cuja contratação tem vindo a aumentar, podem ter contribuído para uma maior assiduidade na realização de check-ups anuais (o que permite o referido diagnóstico atempado), bem como para a concretização de melhores tratamentos.

Para quem considera o seguro de saúde como essencial e coloca de parte uma porção do seu orçamento mensal para esta despesa, existem três aspetos a ter em consideração na hora de procurar o que existe no mercado: quais são as enfermidades que estão efetivamente cobertas pelo pacote do seguro? Quais as especificidades em que a pessoa segura está efetivamente segurada? Até que valores podem chegar os prémios anuais?

Para responder a estas questões, tomemos o perfil exemplificativo da Joana, com 35 anos de idade, casada e com dois filhos. Preocupada com a sua saúde e com a dos seus – especialmente depois de ter recebido a notícia de que uma das suas colegas de trabalho havia sido diagnosticada com cancro da mama -, resolveu percorrer o mercado dos seguros de saúde contra doenças graves e deparou-se com uma série de exclusões.

Geralmente, um seguro de saúde para doenças graves pode abarcar seis grandes coberturas. Em primeiro lugar, uma das coberturas que geralmente se encontra sempre incluída é a da hospitalização (período em que o paciente permanece no hospital).

Em segundo lugar, há que mencionar o subsídio diário em caso de internamento - trata-se de um valor fixo para fazer face a gastos que surjam enquanto o paciente se encontra internado e que não façam parte da cobertura de internamento - e a chamada cobertura internacional – vocacionada especialmente para quem vive, trabalha ou estuda no estrangeiro, oferecendo uma proteção global, mas também dando a possibilidade de o segurado, diagnosticado em Portugal, se tratar noutro país.

No âmbito desta última cobertura, podem estar incluídos os custos da viagem, do acompanhante e até o alojamento no exterior, bem como o transporte em ambulância (se o mesmo for necessário).

Estes seguros podem abranger ainda a chamada medicina preventiva, que engloba em si a prevenção de doenças, seja esta materializada em rastreios, programas de vacinação ou aconselhamento médico, por exemplo.

Finalmente, cabe mencionar o rol de doenças que geralmente se encontram efetivamente cobertas pelos seguros para doenças graves (que costumam ser transversais a todas as soluções): as mais contempladas são as oncológicas e os enfartes do miocárdio, seguindo-se as neurocirurgias, bypass de artérias coronárias e transplantes de órgãos.

Relativamente às exclusões, é importante referir que o Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) - ou qualquer tipo de complicação que surja em decorrência do mesmo - nunca está abrangido por estes seguros. Alguns pacotes excluem ainda pessoas que careçam de hemodiálise, assim como de transplantes de órgãos ou tecidos.

Mas quanto pagaria a Joana por um seguro para doenças graves? O prémio de um produto desta natureza pode oscilar entre os 450 e os 1200 euros – as diferenças podem assim chegar aos 750 euros. Quantas mais coberturas estiverem incluídas, mais elevado será o prémio, à partida.

Porém, há que salientar que, regra geral, os seguros de saúde nos quais estão contratadas as coberturas de doenças graves dizem respeito aos pacotes premium, isto é, os que possuem prémios mais elevados e aqueles em que a pessoa segurada tem, consequentemente, um capital universal muito mais elevado.

Por norma, os planos com capitais universais mais abrangentes só podem ser contratados como complemento à oferta-base, não podendo ser contratados independentemente.

Ainda assim, para além da opção de ter um seguro de saúde mais amplo, existe ainda uma outra solução já disponível no mercado português: a possibilidade de contratar um outro seguro isoladamente, vocacionado especificamente para doenças graves, que complemente o seguro de saúde que já se tenha, e que poderá acabar por ter um preço muito mas competitivo do que um seguro de saúde premium.

A aposta dos portugueses na contratação de um seguro de saúde é cada vez maior, tal como indicam os estudos que têm sido levados a cabo nesta área – só no espaço de um ano, de 2014 para 2015, registou-se um crescimento na ordem dos 3%. Porém, este tipo de coberturas [doenças graves] não costuma constar nos planos base dos seguros de saúde, uma vez que estas doenças constituem um risco maior para as seguradoras, esclarece e conclui Miguel Mamede, responsável pela área de seguros do ComparaJá.pt.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conselho de Ministros
O Conselho de Ministros decidiu hoje candidatar a cidade do Porto para acolher a sede da Agência Europeia de Medicamentos,...

No final da reunião do Conselho de Ministros, a ministra da Presidência disse que foi decidido que o Porto é a cidade portuguesa que "apresenta melhores condições para acolher a sede daquela instituição".

"O Porto está mais próximo do centro da Europa, o Porto tem uma relação muito importante com o noroeste da Península com Espanha", disse.

Segundo o ministro da Saúde, Lisboa e Porto eram "ambas candidaturas muito fortes e competitivas". Contudo, acrescentou, a escolha do Porto justifica-se "pela dinâmica não só do tecido empresarial e económico mas também pela aposta nas ciências da saúde, nos polos de investigação, e pela nova centralidade que representa no eixo importante não apenas de Portugal e da Península".

O Porto tem "todas as condições" para acolher a sede da Agência Europeia de Medicamentos, incluindo "instalações logísticas" capazes de, com "um pequeno esforço de adaptação", acolher os cerca de 900 funcionários que atualmente trabalham na sede daquela agência em Londres.

O ministro rejeitou a ideia de que Lisboa apresentasse melhores condições logísticas para acolher a agência, afirmando que esse pressuposto "não corresponde à verdade".

"É certo que podemos falar de ligações aéreas em menor quantidade (no Porto), também de outras condições de oferta mas uma instalação com estas características gera ela própria dinâmicas que suplantam essas necessidades".

Para o ministro, "o mais importante é perceber que o país precisa de se organizar num novo modelo do território e que este é um sinal importante que as competências que estão disseminadas a norte e a sul do país têm de ser potenciadas".

Para o Governo, a candidatura do Porto oferece "o capital humano, as competências técnicas, científicas, industriais, a dinamização económica e o desenvolvimento extraordinário do porto nos últimos anos", disse o ministro da Saúde.

Quanto às possíveis localizações na cidade, o ministro da Saúde apontou que está sinalizado "um edifício na praça D. João I, que apresenta condições técnicas muito adequadas".

Ainda quanto à localização, Maria Manuel Leitão Marques disse que a opção do Governo pelo Porto, em detrimento da capital, visa "criar outros polos de desenvolvimento do país para ter um país mais coeso".

Inicialmente, Lisboa era a única candidata nacional, mas o Governo reabriu o processo de forma a integrar também o Porto.

Praticamente todos os Estados-membros da União Europeia já apresentaram ou vão apresentar uma candidatura a sede da EMA.

Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

Vamos lutar Todos Contra ELA!
A campanha de angariação de fundos lançada pelo movimento de responsabilidade social Todos Contra ELA para a aquisição de uma...

Juntaram-se a esta campanha de angariação de fundos da Todos Contra ELA um conjunto de figuras públicas ligadas ao desporto, como são os casos do nadador olímpico Simão Morgado, do velejador olímpico Francisco Rebelo de Andrade ou do ultra-maratonista Ricardo Cabral, assim como os atores Cláudia Vieira e Ricardo Pereira. Mas também anónimos se associaram à angariação de donativos e a associação CECAB Capoeira Água de Beber PT está a organizar uma roda de capoeira no próximo domingo, 16 de julho, no Parque do Bonfim, em Setúbal, das 11H00 às 13H00, para contribuir com donativos para a causa.

A campanha está a decorrer na plataforma online, em www.todoscontraela.com, e qualquer pessoa pode ajudar com um donativo no valor mínimo de 5 euros. Para isso pode fazê-lo online ou offline, até ao próximo dia 16 de julho. Com o recurso a uma plataforma online, os donativos poderão ser depositados de uma forma simples e transparente, embora quem queira apoiar também o possa fazer offline. A participação pode ser realizada através dos seguintes métodos: multibanco, transferência bancária, cartão de crédito, Paypal, ou ainda num agente PayShop. No multibanco basta selecionar a opção “Pagamento de Serviços” e inserir a Entidade 21707, a Referência 707 707 707 e o valor do donativo.

O movimento de responsabilidade social Todos contra ELA, um projeto lançado em 2015 por Salvador Guedes para a sensibilização da doença Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), dinamiza uma página de Facebook que conta já com mais de 13 mil seguidores, em Todos Contra ELA no Facebook.

European Stroke Organisation
A European Stroke Organisation atribuiu o estatuto de “First Certified ESO Stroke Centre” à Unidade de AVC do Centro Hospitalar...

“Esta é uma certificação fruto de um trabalho imenso de um grupo de pessoas e de uma capacidade organizativa que foi pedida ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho aquando a aprovação de novos tratamentos na área do AVC agudo, e que não teria sido possível sem a preciosa colaboração da Unidade de Neurorradiologia de Intervenção”, afirma o Dr. Miguel Veloso a propósito desta distinção. “A melhor maneira de tratar e de minimizar as consequências de um AVC é oferecer o tratamento  clinicamente indicado o mais rapidamente possível, sendo para isso necessária uma disponibilidade nas 24 horas do dia durante todos os dias da semana, pois no AVC o tempo é fundamental: quanto mais cedo os doentes forem tratados, melhor será o seu prognóstico e a sua recuperação”, acrescenta.

Para o Dr. Manuel Ribeiro, responsável pela Unidade de Neurorradiologia de Intervenção, “esta satisfação e orgulho são partilhados com a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), com a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia de Intervenção (SPNI), e com todas as Unidades de AVC que connosco trabalham referenciando-nos doentes ou partilhando experiências. Por isso, o mérito é todos nós”, remata o especialista.

Em nome da direção da SPAVC, o Prof. Doutor José Castro Lopes mostrou “grande satisfação” por existirem profissionais extremamente empenhados “para que se morra menos e se fique menos inválido pelo flagelo que é o AVC no nosso país”, trabalho agora reconhecido com um “galardão internacional de excelência que vai ficar para a história no combate ao AVC em Portugal”. O presidente da SPAVC sublinhou que “a grande preparação técnica e científica dos profissionais envolvidos permitiu a atribuição desta distinção, a primeira na Europa, constituindo um estímulo para que a sociedade portuguesa colabore e se empenhe no combate ao AVC”, frisou o especialista, apelando para a mobilização da população na adoção de medidas de prevenção e no reconhecimento dos sinais de alerta de AVC.

A distinção foi anunciada na plataforma de certificação da European Stroke Organisation (ESO), disponível online em: https://www.eso-certification.org/. Recentemente, a ESO lançou recomendações para a excelência de cuidados no AVC agudo e estabeleceu critérios para conceder a certificação como Stroke Unit ou como Stroke Center (este mais diferenciado, incluindo neurorradiologia de intervenção). O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (Unidades de AVC e de Neurorradiologia de Intervenção) foi o primeiro da Europa a ser acreditado com o título de Stroke Center no tratamento do AVC, tendo conseguido tal distinção mediante critérios de elevada exigência.

O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho abriu a Unidade de AVC em outubro de 2006 e a rede Via Verde AVC foi implementada dois anos depois. No ano de 2016, estiveram internados 540 doentes na Unidade de AVC e foram realizadas 92 trombólises endovenosas. Desde janeiro de 2015 até ao presente mês, foram realizadas 277 trombectomias.

Comissão Europeia
A Comissão Europeia deu hoje um prazo de dois meses para que Portugal preste informação sobre os programas nacionais de gestão...

Os resíduos radioativos são gerados a partir da produção de eletricidade em centrais nucleares ou de utilizações de materiais radioativos para fins clínicos, de investigação, industriais e agrícolas, não relacionados com a energia, e todos os países da União Europeia (UE) produzem resíduos radioativos.

A diretiva em causa obriga os Estados-membros a adotarem as medidas adequadas para garantir um elevado nível de segurança na gestão do combustível irradiado e dos resíduos radioativos, com o objetivo de proteger os trabalhadores e a população contra os perigos resultantes das radiações ionizantes.

Bruxelas deveria ter sido notificada sobre os programas nacionais até 25 de agosto de 2015 e, quase dois anos depois, Portugal – a par da Áustria, Croácia, República Checa e Itália – ainda não o fez.

Os Estados-Membros em causa dispõem de dois meses para cumprir as suas obrigações, caso contrário a Comissão Europeia poderá decidir intentar ações contra eles no Tribunal de Justiça da UE.

Em Portugal são produzidos resíduos radioativos em diversas áreas de atividade, como a saúde, a indústria, a investigação e o ensino.

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