Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde recomendou hoje à população que tome medidas de proteção contra o calor, face à previsão de...

Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS)  adianta que estão em aviso meteorológico laranja os distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Guarda e Portalegre devido à previsão de “valores de temperatura muito elevados, especialmente da máxima”.

Neste contexto, a DGS recomenda à população que adote várias medidas para se proteger do calor, principalmente as crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas.

Como medidas de prevenção dos efeitos do calor, a Direção-Geral da Saúde recomenda o aumento da ingestão de água ou sumos de fruta natural, sem açúcar, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, bem como “procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados”.

Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas, utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas e após os banhos na praia ou piscina, são outras medidas recomendadas.

A DGS aconselha igualmente a população a usar “roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo”, chapéu de abas largas, óculos de sol e a evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer ao ar livre.

Para quem tem de viajar de carro, a DGS recomenda para o fazer nas horas de menor calor e não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol.

No caso dos doentes crónicos, a Direção-Geral da Saúde aconselha a seguir as recomendações do médico assistente ou da Saúde 24 (808 24 24 24).

Também deve assegurar-se que as crianças consomem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado e que os bebés até aos seis meses não devem estar sujeitos à “exposição solar, direta ou indireta”.

“Contactar e acompanhar os idosos e outras pessoas que vivam isoladas”, assegurando a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado é outra das recomendações da DGS.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste e nas terras altas, em especial durante a tarde.

A previsão aponta também para neblina ou nevoeiro matinal no litoral Centro, pequena subida de temperatura, em especial nas regiões do interior Centro e Sul.

As temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 21 e 33 graus celsius, no Porto entre 16 e 28, em Braga entre 16 e 35, em Vila Real entre 18 e 35, em Viseu entre 18 e 35, em Bragança entre 16 e 37, na Guarda entre 18 e 34, em Coimbra entre 15 e 32, em Castelo entre 23 e 42, em Portalegre entre 26 e 41, em Santarém entre 19 e 37, em Évora entre 20 e 45, em Beja entre 21 e 44 e em Faro entre 24 e 36.

Este mês
A Associação Abraço e a ARS Norte promovem este mês uma campanha de vacinação gratuita para a Hepatite A, destinada...

Em declarações, o coordenador dos projetos de rastreio da Abraço, Pedro Morais, adiantou que a Unidade Móvel de Saúde da associação vai deslocar-se todos os sábados deste mês a vários locais do Porto “onde existem zonas recreativas ‘gay friendly’”.

O objetivo é “chegar realmente às pessoas e não esperar por elas dentro dos gabinetes”, disse Pedro Morais, explicando que apesar de este grupo ser o alvo prioritário da campanha, qualquer homem ou mulher com comportamentos sexuais de risco pode ser vacinado gratuitamente.

A iniciativa surge na sequência do surto de infeção pelo vírus da hepatite A (VHA) associado ao contacto sexual em vários países europeus, incluindo Portugal, sobretudo na região da grande Lisboa

“O surto começou inicialmente focado na zona de Lisboa”, mas “neste momento começa a haver um aumento de casos na zona norte do país”, maioritariamente em homens que têm sexo com homens, “apesar de não ser exclusivo deste grupo”, adiantou Pedro Morais

Para parar a cadeia de novos casos, a Direção-Geral da Saúde (DGS) fez uma gestão de recursos para disponibilizar a vacinação a Hepatite A.

Este trabalho já decorreu em Lisboa com outras associações e agora está a ser realizado no Porto, com o apoio da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, que forneceu um ‘stock’ de 80 vacinas que pode ser ajustado consoante a procura.

A carrinha da Abraço vai estar no próximo sábado junto ao Café Lusitano, entre as 21:30 e as 03:40, no dia 22 no Túnel de Ceuta (00:00-01:45) e no Bar Zoom (02:00-05:00) e no dia 29 na Galeria Paris (21:30-03:00).

As vacinas estão também disponíveis para quem quiser vacinar-se no Centro Comunitário +Abraço, na rua Damião de Góis, no Porto, de segunda a sexta-feira entre as 12:00 e as 20:00 até ao final do mês.

A hepatite A, uma infeção viral que causa a inflamação aguda do fígado, transmite-se pela ingestão de água e alimentos contaminados ou através de práticas sexuais de risco.

A infeção previne-se através da vacinação e da lavagem das mãos antes e durante a preparação de alimentos, e da região genital e perianal antes e depois das relações sexuais.

Os últimos dados da DGS, divulgados no início de junho, apontavam a existência de 280 casos confirmados em Portugal, num total de 327 notificados desde o início do ano, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo (256).

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não se torna crónica e dá imunidade para o resto da vida.

Carlos Moedas
O comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação disse hoje que um dos objetivos do acordo hoje assinado sobre...

"Os oceanos são cientificamente muito importantes para a bioeconomia, por exemplo no desenvolvimento da investigação que leve a novos antibióticos, porque achamos que os próximos antibióticos virão do mar", exemplificou Carlos Moedas.

Em declarações à margem da conferência que decorre hoje em Lisboa, durante a qual será assinada uma declaração conjunta sobre cooperação atlântica em matéria de investigação e de inovação, Carlos Moedas disse que a aposta no conhecimento marítimo levará à criação de "universidades flutuantes, que aproveitam os grandes navios de investigação na África do Sul para proporcionar aos jovens a obtenção de estágios e a possibilidade de trabalharem em laboratórios dentro desses navios".

O acordo entre a União Europeia, Brasil e África do Sul surge na sequência do que já existia entre a Europa, os Estados Unidos e o Canadá, disse Moedas, salientando ter conseguido "ao longo dos últimos dois anos e meio convencer os colegas e a Europa de que não devia haver esta divisão entre o norte e o sul, e devia ter também um acordo para o Atlântico Sul".

A assinatura do acordo é "um momento muito marcante para a Europa", disse o comissário, salientando que até 2020 há o objetivo de criar "cerca de 500 equipas de investigação para todas estas zonas do Atlântico, que terão 60 milhões da UE no ano que vem, permitindo criar uma dinâmica muito interessante para os oceanos".

Com este acordo, "a União Europeia vai reforçar ainda mais a sua cooperação em matéria de investigação e de inovação com os seus parceiros estratégicos do Brasil e da África do Sul, com vista a compreender melhor os ecossistemas marinhos e combater as alterações climáticas", lê-se num comunicado divulgado hoje em Bruxelas.

Relatório revela
Cerca de 2,1 mil milhões de pessoas não têm acesso a serviços de abastecimento de água potável em casa e 4,4 mil milhões não...

O relatório do Programa Conjunto de Monitorização OMS/UNICEF "Progress on Drinking Water, Sanitation and Hygiene: 2017 Update and Sustainable Development Goal Baselines" apresenta a primeira avaliação mundial sobre serviços de água potável e saneamento "geridos de forma segura". A principal conclusão é que um número enorme de pessoas continua sem acesso a estes serviços, especialmente em zonas rurais.

"Ter acesso a água potável, saneamento e higiene em casa não devia ser um privilégio apenas dos ricos ou dos que vivem em centros urbanos", diz Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Estamos a falar de serviços básicos para a saúde humana, e todos os países têm a responsabilidade de assegurar que todas as pessoas a eles possam aceder".

Ainda que, desde o ano 2000, milhares de milhões de pessoas tenham passado a aceder a serviços básicos de água potável e saneamento, estes serviços não fornecem necessariamente água e saneamento seguros, escreve o Sapo. Muitas casas, centros de saúde e escolas também ainda não dispõem de água e sabão para lavagem das mãos, situação que põe a saúde das pessoas, mas principalmente das crianças pequenas, em risco de doenças, como a diarreia.

Mais de 361.000 mortes de crianças com menos de 5 anos
Como consequência, 361.000 crianças menores de 5 anos morrem anualmente devido à diarreia. O saneamento precário e a água contaminada também estão associados à transmissão de doenças como a cólera, disenteria, hepatite A e febre tifóide.

"A água salubre, o saneamento e a higiene adequados são fundamentais para a saúde de todas as crianças e de todas as comunidades, e por isso essenciais para construir sociedades mais fortes, mais saudáveis e mais equitativas", afirmou Anthony Lake, diretor executivo da UNICEF. "Ao melhorarmos hoje estes serviços nas comunidades carenciadas e para as crianças mais carenciadas, estamos a dar--lhes uma oportunidade mais justa para que possam ter um futuro melhor".

A fim de reduzir as desigualdades ao nível mundial, os novos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) apelam ao fim da defecação ao ar livre e para que seja assegurado o acesso universal aos serviços básicos até 2030.

Dos 2,1 mil milhões de pessoas (30% da população mundial) que não dispõem de água gerida com toda a segurança, 844 milhões não têm mesmo acesso a serviços básicos de água potável. Este número inclui 263 milhões de pessoas que levam mais de 30 minutos para chegar ao ponto de abastecimento de água mais próximo e 159 milhões continuam a beber água não tratada de fontes de água de superfície, como riachos ou lagos.

Em 90 países, os progressos em matéria de saneamento básico são muito lentos, o que significa que não atingirão a cobertura universal até 2030.

Dos 4,4 mil milhões de pessoas (60% da população mundial) que não têm acesso a um saneamento seguro, 2,3 mil milhões ainda não dispõem de serviços básicos de saneamento. Este número inclui 600 milhões de pessoas que partilham sanitários ou latrinas com outras famílias e 892 milhões de pessoas – principalmente em zonas rurais – que defecam ao ar livre, uma prática que devido ao crescimento populacional está a aumentar na África subsaariana e na Oceania.

As boas práticas de higiene são a maneira mais simples e eficaz de evitar a propagação de doenças. Pela primeira vez, os ODS estão a monitorizar a percentagem de pessoas que dispõem de instalações para lavar as mãos em casa com água e sabão. De acordo com o novo relatório, o acesso a água e sabão para lavagem das mãos varia consideravelmente nos 70 países com dados disponíveis, oscilando entre 15% da população na África subsaariana e 76% na Ásia Ocidental e no Norte de África.

Estudo
Um novo exame de sangue já consegue detetar tumores malignos do pâncreas nas primeiras etapas de desenvolvimento, o que confere...

"Ter um biomarcador para esta doença pode mudar radicalmente as perspetivas para estes pacientes", apontou o coautor do estudo Robert Vonderheide, diretor do Centro de Cancro Abramson da Universidade da Pensilvânia. "A deteção precoce dos tumores tem um impacto importante na redução da mortalidade de muitos tipos de cancro, incluindo os de cólon, mama e colo do útero", acrescentou.

"Infelizmente, as pessoas com cancro do pâncreas são frequentemente diagnosticadas tarde demais para serem operadas e tratadas de maneira eficaz", disse ainda o investigador.

Atualmente, segundo o Sapo, quatro em cada cinco pacientes morrem um ano depois do diagnóstico e só 5% continuam vivos cinco anos depois. Através de células estaminais de um paciente com cancro de pâncreas, os cientistas foram capazes de retroceder na progressão da doença. Ao fazer isso, encontraram dois biomarcadores associados às diferentes etapas da progressão deste tipo de tumor.

Um biomarcador conhecido como trombospondina-2 em combinação com outro biomarcador do sangue, o CA 19-9, presente nas etapas finais do cancro do pâncreas, "permitiram identificar de forma consistente e correta todas as etapas do tumor", disse o autor principal do estudo, Ken Zaret, diretor do Instituto Penn para a Medicina Regenerativa.

A combinação destes dois biomarcadores "identificou as primeiras etapas de desenvolvimento do tumor de forma mais eficaz do que qualquer outro método conhecido", acrescentou. A população alvo deste novo exame de sangue são as pessoas com antecedentes familiares de cancro do pâncreas, as que têm predisposição genética para a doença ou aquelas que desenvolveram diabetes depois dos 50 anos.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Doze regiões de Portugal apresentam hoje risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta, enquanto o resto do país está...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em risco ‘extremo’ de exposição à radiação UV estão as regiões de Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal e Sines.

O Instituto recomenda para as regiões em risco ‘extremo’ que se evite o mais possível a exposição ao sol.

O resto do país está com níveis ‘muito elevados’ e ‘elevados’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Quanto ao estado do tempo, o Instituto prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste e nas terras altas, em especial durante a tarde.

A previsão aponta também para neblina ou nevoeiro matinal no litoral Centro, pequena subida de temperatura, em especial nas regiões do interior Centro e Sul.

Para a Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha, possibilidade de ocorrência de aguaceiros nas vertentes norte e terras altas, vento fraco a moderado de nordeste e pequena subida da temperatura mínima.

Nos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, temporariamente encoberto, períodos de chuva fraca ou chuvisco (exceto nas ilhas Flores e Corvo no grupo Ocidental) e vento nordeste fraco a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 21 e 33 graus celsius, no Porto entre 16 e 28, em Braga entre 16 e 35, em Vila Real entre 18 e 35, em Viseu entre 18 e 35, em Bragança entre 16 e 37, na Guarda entre 18 e 34, em Coimbra entre 15 e 32, em Castelo entre 23 e 42, em Portalegre entre 26 e 41, em Santarém entre 19 e 37, em Évora entre 20 e 45, em Beja entre 21 e 44 e em Faro entre 24 e 36.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja estão hoje sob ‘aviso laranja’ devido ao tempo quente, segundo...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja vão estar sob ‘aviso laranja’ até às 21:00 de sábado.

Também devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, o IPMA colocou os distritos de Braga, Vila Real, Viseu, Bragança, Setúbal e Faro sob ‘aviso amarelo’ até às 22:00 de sexta-feira.

O ‘aviso laranja’ é o segundo mais grave de uma escala de quatro e indica situação meteorológica de risco moderado a elevado.

Segundo o IPMA, o ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O Instituto prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste e nas terras altas, em especial durante a tarde.

A previsão aponta também para neblina ou nevoeiro matinal no litoral Centro, pequena subida de temperatura, em especial nas regiões do interior Centro e Sul.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 21 e 33 graus celsius, no Porto entre 16 e 28, em Braga entre 16 e 35, em Vila Real entre 18 e 35, em Viseu entre 18 e 35, em Bragança entre 16 e 37, na Guarda entre 18 e 34, em Coimbra entre 15 e 32, em Castelo entre 23 e 42, em Portalegre entre 26 e 41, em Santarém entre 19 e 37, em Évora entre 20 e 45, em Beja entre 21 e 44 e em Faro entre 24 e 36.

Human Rights Watch
O Brasil não abordou problemas de direitos humanos de longa data permitindo que o surto do vírus Zika alastrasse pelo país,...

O documento, "Desprezadas e desprotegidas: o impacto do surto do vírus Zika em mulheres e meninas no Nordeste do Brasil", apresenta lacunas nas respostas dadas pelas autoridades brasileiras perante a proliferação da doença.

Segundo aquela organização não-governamental (ONG), apesar do governo brasileiro ter declarado o fim do estado de emergência nacional de saúde pública em maio de 2017, a infeção ainda ameaça o país.

"Os brasileiros podem ver a declaração do Ministério da Saúde sobre o fim da emergência de Zika como uma vitória, mas riscos significativos permanecem, assim como as questões de direitos humanos subjacentes que foram expostas", diz Amanda Klasing, investigadora sénior dos direitos das mulheres da Human Rights Watch (HRW).

"Os direitos básicos dos brasileiros estão em risco se o Governo não reduzir a infestação de mosquito ['Aedes aegypti'] no longo prazo, garantindo o acesso aos direitos reprodutivos e apoiar as famílias que criam crianças afetadas pelo Zika", salienta.

O anúncio do fim do estado de emergência ocorreu 18 meses depois do Brasil ter declarado a epidemia do vírus como uma emergência nacional.

Para fazer o relatório, a HRW entrevistou 183 pessoas em Pernambuco e Paraíba, os dois Estados brasileiros mais atingidos pela doença, incluindo 98 mulheres e meninas com idade entre os 15 e os 63 anos.

A ONG também falou com homens e meninos das comunidades afetadas, prestadores de serviços, especialistas e autoridades governamentais.

Nestas entrevistas, os investigadores da HRW constataram que muitas mulheres grávidas e meninas não receberam informações abrangentes sobre a prevenção da transmissão do vírus durante as consultas pré-natais.

"Muitos [profissionais de saúde] não informaram que o vírus Zika pode ser transmitido sexualmente, em parte devido a informações contraditórias ou inconsistentes que receberam do Governo. Como resultado, poucas [mulheres] utilizavam consistentemente preservativos para proteger o feto da transmissão da doença", destaca o relatório.

No documento recorda-se também que o vírus Zika atingiu o Brasil quando o país enfrentava a sua pior recessão económica em décadas, forçando as autoridades locais a tomarem decisões difíceis relativamente à alocação de recursos.

No entanto, a HRW avaliou que doença não foi contida no curto prazo e ainda é um risco porque o Brasil adota políticas negligentes há anos em relação à oferta de saneamento básico, fator que permitiu a proliferação e a rápida disseminação da doença.

"As autoridades brasileiras devem fazer investimentos há muito atrasados em infraestruturas de água e saneamento para controlar a reprodução dos mosquitos e, assim, melhorar as condições de saúde pública", considera a HRW.

Aquela ONG também recomenda que o Brasil reforce os serviços de saúde voltados para atender mulheres e meninas, descriminalize o aborto e garanta que crianças afetadas pelo Zika tenham acesso a serviços especializados de saúde que lhes garantam maior qualidade de vida.

Desde que a doença foi detetada no Brasil em 2015, mais de 2.600 crianças nasceram com microcefalia e outros problemas neurológicos causados pela infeção.

Em 2017, o número de casos de vírus Zika e de bebés nascidos com deficiências ligadas à doença caíram drasticamente em relação a 2016, mas as autoridades brasileiras não conseguiram identificar a causa exata desta redução do número de casos.

Nas conclusões do relatório, Amanda Klasing lembra que a doença também afeta populações noutras partes do mundo.

"À medida que a proliferação dos mosquitos ['Aedes aegypti'] se verifica em partes da América do Sul, América Central e dos Estados Unidos, estes outros países afetados pelo vírus Zika devem reconhecer que os problemas de direitos humanos podem contribuir para a rápida escalada da epidemia", alerta.

"Países que esperam evitar a crise que o Brasil enfrenta devem abordar questões de direitos humanos no início do seu planeamento e resposta à doença", conclui a especialista da HRW.

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
A Campanha Mergulho Seguro, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, arrancou ontem para a sua 5.ª edição consecutiva, com o...

“Mede as Consequências – Bater no fundo é mais fácil do que pensas” é o lema da campanha deste ano, que, de acordo com um comunicado da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), terá “forte incidência no [domínio] digital”, estando visível nos festivais de verão, nos media online, redes sociais, mas também em media tradicionais como as estações de televisão RTP e SIC, o canal de cabo Fox e numa cadeia de cinemas.

A campanha da SCML é feita em parceria com a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia e destina-se à “camada mais jovem da população”.

“O objetivo é sensibilizar a população na prevenção de traumatismos provocados por acidentes relacionados com mergulhos imponderados, em praias, piscinas e todas as zonas balneares, costeiras ou fluviais, que podem dar origem a casos graves de paraplegia e tetraplegia”, refere o comunicado de imprensa.

A campanha tem como parceiros institucionais o Ministério da Saúde e o Secretário de Estado da Educação e conta ainda com o apoio da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, da Associação Salvador, da Federação Portuguesa de Surf, entre outros.

Até final do ano
O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica disse que até ao final do ano, vão ser criados 18 novos postos de...

"Até ao final do ano mais 18 PEM vão estar em concelho que não têm e a renovação de 41 ambulâncias que têm muitos anos e serão substituídas por novas", afirmou Luís Meira durante a assinatura de protocolos para constituição de postos de emergência médica (PEM) nas corporações de bombeiros de Pedrógão Grande e de Castanheira de Pera e de substituição em Góis e Figueiró dos Vinhos.

O responsável do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) adiantou ainda que até ao final deste ano, vão estar mais 65 ambulâncias novas em atividade, sendo que em cinco concelhos do país onde já existem os PEM, estes vão ser reforçados.

Luís Meira voltou a reforçar a ideia e o objetivo de, até final do ano, garantir que todos os concelhos do país têm um PEM.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, adiantou que o compromisso do Governo passa por melhorar o Serviço nacional de Saúde (SNS), no sentido de este responder com qualidade às necessidades das populações.

"Para isso, é preciso dotar [o SNS] com recursos técnicos e humanos. O INEM tem 623 meios no terreno e mais de 300 ambulâncias estão colocadas nos bombeiros. Alguns meios já estão envelhecidos. Fazia sentido neste esforço de reforço, olhar para o INEM", disse.

O governante adiantou que há meios cujo tempo médio de vida já foi ultrapassado e sublinhou que o Governo vai reverter a situação, através de um plano anual de remodelação para as ambulâncias mais antigas.

No conjunto de medidas estratégicas do Governo está a criação de novos PEM nos concelhos onde não existiam, reforço e renovação periódica de PEM em quatro concelhos, sendo que o investimento previsto ronda os 3,5 milhões de euros.

Governo
A Comissão Europeia atribuirá um máximo de 12,5 milhões de euros às zonas da região Centro afetadas pelos incêndios de junho,...

No final de uma reunião extraordinária da Concertação Social, em Lisboa, o governante sublinhou que a verba a atribuir por Bruxelas é “apenas uma das componentes e que tem a ver com a existência de um fundo europeu de solidariedade, que pode ser desencadeado para danos globais de 500 milhões de euros”.

Aos jornalistas, Vieira da Silva recordou que o Conselho de Ministros já aprovou uma resolução sobre os apoios para aquela zona com diversas origens: “fundos específicos, como o fundo de emergência municipal”, “fundos que resultam da solidariedade” e “fundos resultantes do Portugal 2020 [verbas comunitárias]”.

“O total ainda não está completamente avaliado”, afirmou.

A verba máxima atribuída pelo executivo comunitário tinha sido avançada por Vasco Mello, vice-presidente da Confederação e Serviços de Portugal (CCP), que considerou “não ser um valor muito significativo”. No seu entender, o montante “não será a solução para essas calamidades”.

Segundo o responsável da CCP, na reunião de quatro horas o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza, informou sobre a possibilidade de um “reequacionamento do Portugal 2020: “Isso é uma coisa mais demorada, mas poderá haver mais fundos europeus por essa via”.

Depois do encontro com os parceiros sociais, o responsável da CCP manifestou ainda “preocupação” com a forma como a floresta tem sido ordenada e “enorme preocupação com a forma de funcionamento do sistema [de comunicações] Siresp”, recordando que as zonas de comércio são “zonas de grande concentração de pessoas”.

Esta manhã, à entrada para o encontro com os parceiros sociais, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, previu que o pedido para Bruxelas, a cargo do ministério do Planeamento e Infraestruturas, dará entrada em “muitos poucos dias”.

Na terça-feira, fonte oficial do ministério tutelado por Pedro Marques informou à Lusa que o Governo e a Comissão Europeia vão concluir "esta semana" os "contactos técnicos" relativos à ativação do fundo de solidariedade europeu, devendo o pedido formal seguir para Bruxelas após este processo.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta.

Após a reunião, com a reforma das florestas e as consequências dos incêndios, a presidente da central sindical UGT, Lucinda Dâmaso, salientou a “importância de olhar para algumas classes profissionais” como os bombeiros e os guardas florestais.

“Será que não temos de fazer um debate sobre a importância destes trabalhadores?”, questionou a dirigente sindical, argumentando ainda a importância de existirem os meios necessários para acudir a incêndios.

Já o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, apelou para que, “para lá das medidas mais gerais que devem ser tomadas”, haja “respostas às necessidades mais prementes das pessoas”.

“É preciso apoiar as pessoas naquilo que é fundamental para a vida do seu dia-a-dia e é preciso tomar medidas para recuperar as casas e simultaneamente recuperar rapidamente os empregos e já agora tomar outras medidas complementares para atrair investimento e novas empresas para aquelas zonas”, defendeu.

Presente no encontro esteve ainda o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.

Comissão Parlamentar de Saúde
O presidente do INEM assumiu hoje “dificuldades efetivas” para garantir o funcionamento do dispositivo do instituto, revelando...

Numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde, solicitada pelo PS, Luís Meira disse que os portugueses têm razões para confiar na assistência prestada por este organismo do Ministério da Saúde o qual, reconheceu, atravessa dificuldades ao nível dos recursos humanos.

“Os trabalhadores têm feito um esforço – que deve ser reconhecido – para garantir a operacionalidade de meios”, acrescentou.

Ainda assim, em junho registou-se uma inoperacionalidade na ordem dos 2,2% em relação ao total dos turnos de ambulâncias de emergência médica.

Questionado sobre os tempos de atendimento das chamadas, Luís Meira afirmou que a média de atendimento se situa nos 26 segundos e que este tempo, que preocupa o INEM, é também um reflexo do défice nos recursos humanos.

Sobre as chamadas não atendidas, ou “desligadas na origem”, como o presidente do INEM lhes prefere chamar, entre janeiro e junho deste ano foram 41.708, o que representa 5,78% das efetuadas no mesmo período.

Ainda assim, cerca de metade das chamadas são recuperadas através do sistema que o INEM dispõe e que permite estabelecer a ligação entretanto terminada.

Em novembro
A cidade de Coimbra recebe em novembro o "segundo maior evento nacional" da área da Psicologia, iniciativa com mais...

De acordo com o presidente da Associação Portuguesa Conversas de Psicologia, Vítor Nuno Anjos, o evento de dois dias terá 16 oradores principais, a afixação de 150 ‘posters' de estudos científicos e uma feira de psicologia que conta com mais de 20 stands, onde serão divulgados todos os produtos da área da psicologia, ciências sociais e médicas.

"Iremos ter também a atribuição do prémio de carreira, sendo distinguido este ano o professor doutor António Reis Marques, médico psiquiatra e ex-diretor da Psiquiatria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra", revelou.

O 4.º Congresso Nacional Conversas de Psicologia | 3.ª Conferência Internacional de Envelhecimento Ativo vai decorrer no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, nos dias 06 e 07 de novembro, sendo promovido pela Associação Portuguesa Conversas de Psicologia - APCDP, em colaboração com a Psicofix e várias instituições Universitárias.

"O nosso ‘target' são os profissionais e estudantes de psicologia, mas também a comunidade civil. Temos tido uma adesão muito forte nos outros anos e a nível científico temos verificado que este congresso já constitui um momento muito alto no panorama científico nacional", sublinhou.

De acordo com a organização, estarão presentes oradores nacionais e internacionais de referência, que debaterão a situação e a intervenção da Psicologia e do envelhecimento ativo em diferentes áreas de atuação.

"Sobre os oradores principais, destaque para o professor Pinto da Costa, a eurodeputada Marisa Matias, o professor doutor António Pacheco Palha e o professor doutor José Pinto Gouveia", acrescentou.

Vítor Nuno Anjos explicou ainda que estão abertas candidaturas para qualquer pessoa que queira apresentar um projeto ou um ‘poster’ científico no congresso.

"Haverá um prémio para a melhor comunicação e para o melhor ‘poster'. Iremos também entregar os diplomas dos primeiros pós-graduados da associação", informou.

Um dos momentos altos do evento de dois dias será a apresentação de dois estudos pioneiros, produzidos pelo núcleo de investigação da Associação Portuguesa Conversas de Psicologia

"O primeiro tem como objetivo percebermos as questões de ‘burnout' dos cuidadores de idosos, nas IPSS, pois não existem estudos para eles. Existem para médicos, enfermeiros, mas não nos cuidadores de idosos, que são pessoas que têm de fazer muitos turnos, lidam com a morte diariamente e com situações de défice cognitivo e patologias graves e temos questões que têm de ser estudadas", sustentou.

Já o segundo estudo tem a característica de ser feito através de inquéritos e investigação a homens e mulheres em situação de sem abrigo.

"As conclusões destes estudos serão feitas no dia, uma vez que estamos ainda em fase de análise de dados. São estudos exaustivos e com várias variáveis", concluiu.

"iLiquid"
Investigadores do Porto estão a estudar um método para transformar medicamentos sólidos em líquidos, de forma a aumentar a sua...

"Um dos problemas dos fármacos, independentemente da patologia a que se destinam", é a "baixa eficácia" originada pela resistência desenvolvida pelos agentes patogénicos aos medicamentos, como acontece com os antibióticos, disse a professora Paula Gomes, do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (DQB-FCUP), envolvida no projeto.

Essa baixa eficácia deve-se, igualmente, à "reduzida percentagem do medicamento que chega realmente ao local de ação", acrescentou a também investigadora do LAQV-REQUIMTE, um laboratório da Universidade do Porto e da Universidade Nova de Lisboa.

Existem ainda outros problemas que dificultam a sua administração de medicamentos injetáveis, por exemplo, que não se dissolvem completamente no veículo líquido, tendo que ser injetados sob a forma de suspensão (como as injeções de penicilina), método que "é muito doloroso".

Para além disso, um número considerável de pacientes sente dificuldade em tomar pastilhas ou comprimidos grandes, o que, segundo a professora, se torna mais evidente em crianças ou no uso veterinário.

De acordo com a investigadora, o método proposto no projeto "iLiquid" para contornar os problemas passa por converter os "medicamentos sólidos problemáticos" em sais líquidos, através de liquefação iónica, um processo que considera "rápido, simples e de baixo custo".

Segundo a investigadora, os medicamentos líquidos não terão os mesmos problemas de administração que os sólidos e, caso tenham a formulação certa, poderão apresentar um cheiro e um sabor mais agradáveis.

Por serem "ligeiramente diferentes dos medicamentos originais", poderão ainda ser melhor absorvidos e "iludir" os micróbios resistentes, tendo, assim, uma maior eficácia.

Paula Gomes contou que a equipa de investigação já conseguiu resultados "muito positivos" com sais líquidos preparados a partir de ampicilina (pertencente ao grupo da penicilina e utilizada para tratar bactérias), que se revelaram "eficazes" contra bactérias resistentes a esse fármaco.

Num estudo mais recente, prepararam sais líquidos com base em primaquina, um antiparasítico usado na prevenção e no tratamento da malária, que demonstraram resultados contra três fases do ciclo de vida do parasita, ao passo que o medicamento original é apenas ativo contra duas dessas fases.

A equipa está também a trabalhar na aplicação deste conceito à criação de sais líquidos potencialmente úteis no combate a coinfeções "muito comuns em regiões de contexto socioeconómico desfavorecido", nomeadamente a malária, o HIV e a tuberculose.

O "iLiquid" surgiu de uma parceria entre o DQB-FCUP e a Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto (ESS-PPorto).

Da equipa fazem ainda parte os investigadores Ricardo Ferraz, do LAQV-REQUIMTE e da ESS-PPorto, Cristina Soares, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) e da ESS-PPorto, e Cátia Teixeira, do LAQV-REQUIMTE e do DQB-FCUP.

Pedrógão Grande
O presidente do INEM garantiu hoje que a resposta à catástrofe em Pedrógão Grande foi “excecional”, apesar das “dificuldades no...

Luís Meira falava na Comissão Parlamentar de Saúde, onde foi ouvido a pedido do PS sobre os meios deste instituto.

A propósito da tragédia em Pedrógão Grande, deputados de vários partidos questionaram Luís Meira sobre a resposta do INEM no terreno.

Miguel Santos (PSD) questionou o presidente do INEM sobre alegadas dificuldades nesta resposta, perguntando, por exemplo, a razão para não ter sido montado um hospital de campanha no terreno, tal como aconteceu em maio aquando da visita do papa Francisco a Fátima.

Luís Meira recusou as críticas e sublinhou o “excecional” trabalho desenvolvido pelos profissionais do INEM nesta “situação excecional”.

“Não aceito que se ponha em causa a resposta do INEM e de uma gestão muito complicada e em circunstâncias muito difíceis”, disse.

Sobre o hospital de campanha, o presidente do INEM respondeu que tal não aconteceu porque a opção passou por dotar os centros de saúde de Pedrógão Grande e de Castanheira de Pera com todos os meios diferenciados.

“Não precisamos de ter uma tenda para ter um Posto Médico Avançado (PEM) e não precisamos de várias tendas para ter um hospital de campanha”, disse.

Em relação a outra questão levantada pelos deputados sobre uma alegada transferência de meios de socorro para a região Centro, deixando o resto da população sem cobertura, Luís Meira garantiu que tal não aconteceu.

“Não foi desguarnecida a resposta do INEM em outros locais”, afirmou.

Sobre as dificuldades de comunicação durante as operações de socorro, o presidente do INEM assumiu-as.

“Temos registo de que existiram dificuldades”, disse acrescentando que estas foram sendo colmatadas pelos operacionais que procuraram outras alternativas, sobre as quais receberam formação.

Ainda assim, reconheceu que uma boa comunicação é fundamental para responder a uma situação de catástrofe, como a que atingiu aquela zona do país no dia 17, causando 64 mortos e mais de 200 feridos.

“Mais perto da Europa”
O Governo alemão propôs a candidatura de Bona para acolher a Agência Europeia do Medicamento, juntando-se a outras cidades...

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) deverá ser transferida, após o ‘sim’ dos britânicos à saída do Reino Unido da União Europeia (UE), e praticamente todos os Estados-membros já apresentaram ou vão apresentar uma candidatura para receber a sede e os seus cerca de 900 trabalhadores.

O ministro alemão da Saúde apresentou uma proposta de candidatura, com o tema “Mais perto da Europa”, para a cidade de Bona, antiga capital da Alemanha ocidental e sede de várias organizações internacionais, incluindo alguns serviços das Nações Unidas.

“Se a EMA se relocalizar na Alemanha, poderá beneficiar de uma concentração de especialistas e de grandes parcerias nacionais, à mão de semear. A importância científica e económica do ambiente de Bona torna-a num local de primeiro plano para a Agência Europeia do Medicamento”, considerou o governante, Hermann Gröhe, num comunicado escrito propositadamente em inglês.

A Comissão Europeia será a responsável por avaliar as candidaturas, tendo em conta vários critérios, que vão desde a acessibilidade do local às oportunidades de emprego para os cônjuges dos funcionários e oferta de escolas para os filhos.

As candidaturas devem ser apresentadas até 31 de julho e a decisão deverá ser tomada, através de votação, em novembro.

Portugal também está na corrida e esta quinta-feira o Governo decide, em Conselho de Ministros, se será Lisboa ou Porto a cidade portuguesa candidata.

O Governo aprovou, em abril, a candidatura de Portugal, pretendendo instalar a sede do organismo europeu na capital, mas a decisão gerou polémica, com outras cidades a reivindicarem a mesma intenção.

Em final de junho, o executivo decidiu reabrir o processo de candidatura, de forma a integrar também representantes do Porto.

Na ótica do Governo, só estas duas cidades portuguesas reúnem “condições para uma candidatura muito exigente e competitiva em termos europeus”.

Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

No início desta semana, Portugal e Espanha defenderam em Madrid que a Agência Europeia de Medicamentos deve ser transferida para uma cidade da Península Ibérica: Lisboa, Porto ou Barcelona.

A principal missão da Agência Europeia do Medicamento é a proteção e a promoção da saúde pública e animal, através da avaliação e supervisão dos medicamentos utilizados por pessoas e animais.

Pedrógão Grande
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assegurou hoje que o problema que está a afetar o sistema informático de duas...

O jornal Expresso noticia hoje que os utentes dos centros de saúde de Vila Facaia e da Graça precisam de renovar as baixas médicas e ter acesso a receituários, mas não podem porque o sistema informático não funciona.

Questionado por esta situação, o ministro da saúde afirmou que “não é verdade que o sistema não esteja a funcionar nos centros de saúde” do concelho de Pedrogão Grande, onde deflagrou o incêndio no passado dia 17 de junho.

“Em concreto, duas extensões, por motivo de furtos das instalações e dos cabos, que por duas vezes já foram instalados, têm estado constantemente a ir abaixo”, explicou Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, à margem da inauguração do primeiro Espaço Familiar Ronald McDonald em Portugal, instalado no Hospital Santa Maria, em Lisboa.

O ministro adiantou que a informação que dispõe é que “a operadora vai optar por um sistema de comunicação diferente, eventualmente por satélite, e que essas duas extensões do conjunto de centros de saúde terão o problema resolvido esta semana”.

O Expresso adianta que, desde os incêndios que deflagram há quase um mês na região centro e que causaram 64 mortes, as telecomunicações apresentam problemas.

Um dos serviços afetados é o das extensões de Vila Facaia e da Graça, abrangidas pelo Centro de Saúde de Pedrógão Grande, que atendem cerca de 1500 pessoas, adianta o jornal na edição online

Nestas duas aldeias, o sistema informático não funciona, impedindo que sejam disponibilizadas as requisições necessárias ao tratamento de doentes crónicos, como diabéticos, ou a entrega da renovação de baixas médicas, necessárias para que as pessoas afetadas não se apresentem ao trabalho, sublinha.

Contatada pelo Expresso, a PT Portugal garante que a rede fixa já foi reposta em Pedrogão Grande, embora admita que possa haver um “constrangimento técnico pontual” que pode estar a afetar as comunicações dos Centros de Saúde desta localidade.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

Em Marvila
A construção do Hospital de Lisboa Oriental terá início em Janeiro de 2020. Vai ficar com a maioria da atividade clínica de...

O novo Hospital de Lisboa Oriental será em Marvila, entre as estações de metro da Belavista e de Chelas. Será construído entre Janeiro de 2020 e Dezembro de 2022, data indicada para a conclusão da obra. Terá capacidade correspondente a 875 camas. E sua construção será assegurada por uma Parceria Público-Privada (PPP). Deverá abrir as portas até 2024, escreve o jornal Público. O procedimento envolve a abertura de um concurso público internacional, sem pré-qualificação, que será lançado no início do segundo semestre deste ano.

A apresentação preliminar do projeto de PPP para a construção do Hospital de Lisboa Oriental decorreu nesta terça-feira, no Infarmed, em Lisboa, e foi feita por Vítor Almeida, ex-presidente do conselho diretivo da Administração-Geral Tributária e ex-Inspetor-geral das Finanças, presidente da equipa que preparou e lançou o projeto do Hospital de Lisboa Oriental.

O projeto tem vindo a ser analisado ao longo dos anos (está previsto desde 2007, mas acabou por nunca avançar), terá um prazo contratual da parceria público-privada de 30 anos, dos quais três serão dedicados à construção do mesmo.

No concurso público internacional serão apresentadas propostas, das quais serão selecionadas entre duas a três para uma fase de negociação, que decorrerá em Maio de 2019, na qual serão apontadas possíveis melhorias a estas.

O concorrente com a proposta vencedora deverá desenvolver estudos e projetos que integram uma proposta final.

A construção de um novo centro hospitalar significa que Lisboa terá três principais centros hospitalares, ao juntar-se ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte e ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. O Centro Hospitalar de Lisboa Oriental irá integrar o Hospital São José, Curry Cabral, Capuchos, Dona Estefânia, Santa Marta e a Maternidade Alfredo da Costa (MAC). O hospital deverá ficar com a maioria da atividade clínica destas seis unidades, explicou Vítor Almeida.

Há um mês, numa entrevista à Lusa, o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes afirmou que "uma parte do São José ficará como hospital de proximidade, para servir aquela população mais idosa e que beneficiará muito de estar nos bairros antigos à volta" desta unidade de saúde.

Em relação ao Hospital Dona Estefânia, é ideia deste Governo "consagrar aquele espaço, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a uma fruição de funções relacionadas com a criança e a adolescência". Para o edifício da MAC, que continuará a manter a sua identidade e marca e passará a integrar uma grande unidade materno-infantil no novo Hospital Oriental de Lisboa, ainda não existem planos, segundo o ministro afirmou na altura.

De acordo com a Lusa, na altura da entrevista ao ministro, o futuro Hospital Oriental de Lisboa terá um custo de 500 milhões de euros.

Estudo
Um novo estudo publicado no "BMJ Open" sugere que os inibidores da bomba de protões (IBP), fármacos para combater a...

A investigação foi conduzida por uma equipa de investigadores de várias instituições norte-americanas, incluindo a Universidade de Washington.

O estudo conclui que os inibidores da bomba de protões (IBP) aumentam a mortalidade, seja comparativamente a quem não toma nenhum medicamento do género, seja em relação a pessoas que tomam outros neutralizadores ou supressores de acidez (bloqueadores de H2).

O estudo, segundo o Sapo, baseou-se na análise das fichas médicas de 3,5 milhões de norte-americanos e no acompanhamento de 350 mil pessoas durante cinco anos. Ou seja, a análise foi observacional, pelo que não foi possível estabelecer uma causa-efeito.

Os resultados evidenciaram um risco de morte 25% superior nos pacientes que tomavam os IBP, face aos que tomavam os bloqueadores de H2. Já a taxa de risco em relação aos que não tomavam nenhum supressor de ácido foi de 23%. Os investigadores apuraram também que "o risco aumenta quanto mais prolongado é o uso do medicamento", comentou Ziyad Al-Aly, médico epidemiologista e co-autor do estudo.

Este não é o primeiro estudo a alertar para os riscos deste tipo de fármacos. Os IBP são uma classe de fármacos amplamente disponível no mercado e de fácil acesso. Estudos prévios já os tinham relacionado com problemas renais, pneumonia, demência, osteoporose, infeções graves, stress oxidativo, entre outros.

Estudo
Um grupo de investigadores conseguiu identificar os que estão na base das duas patologias. Em Portugal, também se registam...

Um grupo de cientistas do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido, conseguiu identificar os genes na origem da doença de Crohn e da colite ulcerosa. “Reunimos o maior número de informação de sempre no que se refere às doenças inflamatórias do intestino e aplicámos cuidadosamente uma série de estatísticas para reduzir o número de variantes genéticas envolvidas [na sua origem e desenvolvimento]”, afirmou já publicamente Jeffrey Barrett, um dos coautores da investigação.

“Neste momento, temos uma perspetiva mais clara dos genes que desempenham um papel na evolução da doença e dos que não têm qualquer influência [no processo]. Agora vamos analisar ao pormenor os principais culpados das doenças”, avança o especialista. Para identificar os genes em questão, a equipa de especialistas analisou o genoma de perto de 68.000 voluntários, escreve o Sapo.

A revelação foi feita numa altura em que, em Portugal, também são feitos avanços significativos, como é o caso de uma nova ferramenta online que prevê a evolução da doença de crohn. O dispositivo permite saber como irão evoluir esta e outras doenças inflamatórias intestinais com base em dados demográficos e informações clínicas obtidas em consulta, como é o caso da idade no diagnóstico, do uso de corticoides, da existência de doença perianal e/ou da possível existência de hábitos tabágicos.

Desenvolvida por uma equipa do Centro de Investigação de Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), a ferramenta estará acessível aos profissionais de saúde, integrada no sistema de interface com a base de dados do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal. Segundo Cláudia Camila Dias, investigadora principal, ao "prever a evolução da doença em cada paciente», o sistema permite «adaptar a terapêutica de forma rápida, eficiente e nada invasiva".

De acordo com a investigadora, essa situação passa a poder ser feita “sem necessidade de recorrer a testes genéticos nem laboratoriais”, ajudando os médicos a assegurar um melhor controlo da doença. A doença inflamatória intestinal, que também inclui a colite colagenosa, a colite linfocítica, a colite isquémica, a colite indeterminada e o síndrome de Behçet, afeta, segundo estimativas, entre 7.000 a 15.000 portugueses. A taxa de incidência em Portugal ronda os 2,9 casos por cada 100.000.

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