Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, de acordo...

Segundo o Instituto, também os arquipélagos da Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até ao meio da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, no litoral oeste, em especial durante a tarde e início da noite, e nas terras altas, onde soprará de nordeste no final do dia.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal, em especial nas regiões do litoral Norte e Centro e pequena subida da temperatura mínima.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas terras altas e nas vertentes sul da ilha, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas e vento moderado a forte de nordeste, por vezes com rajadas até 65 quilómetros por hora, soprando forte nas terras altas com rajadas até 80 quilómetros por hora.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos e vento fraco a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 18 e 27 graus Celsius, no Porto entre 16 e 25, em Vila Real entre 14 e 31, em Viseu entre 14 e 30, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 13 e 28, em Coimbra entre 16 e 28, em Castelo Branco entre 17 e 35, em Portalegre entre 18 e 34, em Santarém entre 17 e 30, em Évora entre 15 e 35, em Beja entre 16 e 36 e em Faro entre 21 e 36.

Incêndios
Dois incêndios no distrito de Castelo Branco mobilizavam às 06:30 quase mil operacionais e obrigaram ao corte de várias...

De acordo com informação disponível na página da Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o incêndio que mais preocupa é o que lavra desde domingo na localidade de Mosteiro de São Tiago, freguesia de Várzea dos Cavaleiros, concelho da Sertã, no distrito de Castelo Branco.

Este fogo, com duas frentes ativa, está a ser combatido por 734 operacionais, com o auxílio de 228 meios terrestres.

O incêndio deflagrou na tarde de domingo no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, tendo as chamas entrado no concelho de Mação, distrito de Santarém, e obrigado à retirada de pessoas de três aldeias.

Devido ao incêndio, estão cortadas, segundo a ANPC, a Estrada Nacional 224 em Mesão e Cardigos, Estrada Municipal 526-1 em Várzea dos Cavaleiros e a Estradas Municipal 538 em Vale do Pereiro-Vale Junça.

Também no distrito de Castelo Branco, continua por dominar o incêndio em Vale de Coelheiro, freguesia de Santo André das Tojeiras que mobiliza 238 operacionais, com o apoio de 75 veículos.

Por causa deste incêndio estão cortadas a Estrada Nacional 3 e Itinerário Principal (IP) 2 entre Alvaiade e Sarnadas de Ródão e a Estrada Municipal Bugios-Sarnadinha.

Em fase de resolução está o incêndio que deflagrou no domingo à tarde na localidade de Domingos da Vinha, freguesia de Belver, concelho de Gavião, distrito de Portalegre, encontrando-se no local 330 operacionais, com o apoio de 107 veículos.

Este incêndio obrigou ao corte da Estrada Municipal 1010 em Domingos da Vinha e Areia, a Estrada Municipal 1020-2 em Outeiro Fundeiro e Outeiro Cimeiro e Estrada 1011 Alvisquer e Areia.

Em fase de resolução estão os incêndios na freguesia de Vale Frechoso, concelho de Vila Flor, distrito de Bragança, que mobiliza 164 operacionais, com o apoio de 62 veículos, e o da localidade de Carvalhosa, freguesia de Ceira, distrito de Coimbra, encontrando-se no local 217 operacionais, com o auxílio de 60 veículos.

ÀS 06:30, a ANPC dava conta de 17 incêndios ativos, três em curso, três em resolução e 11 em fase de conclusão.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde inaugura hoje o novo centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde, que terá novos serviços que...

Um dos novos serviços, disponível a partir do fim do verão, vai permitir aos portugueses marcar consultas nos centros de saúde através da até aqui linha Saúde 24, que a partir de hoje é integrada no centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas mantém o número 808 24 24 24.

“O novo centro de contacto do SNS é uma solução que cresce a partir da linha Saúde 24 e que queremos que seja cada vez mais utilizada, mas que passa a ter outras formas de comunicar, nomeadamente explorando mais o digital, a presença nos ‘sites’ e em aplicações de telemóvel”, explicou à agência Lusa o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Mais do que uma linha de atendimento, o SNS 24 “aposta na criação de novos serviços complementares aos já existentes na antiga linha de saúde 24, desenvolvendo, progressivamente, novas respostas de serviços informativos, administrativos e de telessaúde”.

Além do atendimento telefónico, o SNS 24 vai ser acessível ao cidadão através de vários canais, como internet, ‘smartphone’, aplicações móveis e através da área do cidadão do Portal SNS.

“Vai ser possível, por exemplo, marcar consultas com o médico de família, tratar diversas matérias administrativas que hoje obrigam a deslocação às unidades de saúde, promovendo a proximidade do profissional de saúde e do utente ao SNS”, referem os SPMS.

O SNS 24 vai integrar serviços informativos, serviços administrativos, serviços de triagem, aconselhamento e encaminhamento e ainda serviços de telecuidados.

Segundo o presidente dos SPMS, Henrique Martins, um dos serviços que está a ser desenvolvido é a telemonitorização no domicílio de algumas doenças crónicas. A telemonitorização consiste num modo de seguimento de doentes à distância, com transmissão de dados clínicos e disponibilizando apoio.

O novo centro de contacto do SNS incluirá ainda uma nova faceta dirigida à população mais idosa, que pode passar por realizar chamadas regulares a pessoas que vivam em isolamento.

“Queremos ter contacto telefónico com o idoso, mas sem substituir a função de um centro de saúde, queremos antes ajudá-los e sabemos que há dificuldades das unidades no terreno para fazer telefonemas regulares”, afirmou Henrique Martins.

Os SPMS estão ainda a trabalhar para que seja possível os utentes do SNS passarem a poder marcar uma consulta através da televisão de casa, o que está integrado num novo concurso que vai ser lançado para a rede informática do Ministério da Saúde.

Servirá sobretudo para cidadãos que não têm ou não sabem usar computador, podendo aceder na televisão, usando de forma simples o controlo remoto, a serviços da área do cidadão do SNS que por enquanto só estão disponíveis em computador.

No novo centro de contacto do SNS vão ser investidos cerca de 30 milhões de euros nos próximos três anos, um investimento que quase duplica face à realidade da até agora Linha Saúde 24.

Atualmente, há cerca de 1,6 milhões de portugueses inscritos na área do cidadão do SNS e diariamente marcam-se cerca de cinco mil consultas para os centros de saúde através desta via.

Sociedade Internacional contra a Sida
A IX Conferência de investigação sobre o HIV, organizada pela Sociedade Internacional contra a Sida, exigiu o aumento dos...

Numa declaração publicada horas antes da abertura oficial do fórum, que reúne até quarta-feira, em Paris, cerca de 6.000 peritos, a comunidade científica realçou que, sem apoios e “com cortes”, não será possível cumprir a meta de reduzir a epidemia à escala mundial e de tratar os 37 milhões de seropositivos que existem atualmente.

No texto, a sociedade não se dirige diretamente a algum país, mas um relatório lançado este mês pela Fundação Kaiser e pelo Programa das Nações Unidas para a Luta Contra a Sida (ONUSIDA) assinalou que o financiamento governamental para apoiar ações conjuntas contra o HIV em países de baixo e médio rendimento está ao seu nível mais baixo, desde 2010.

Como exemplo, no total, passou-se de 7.500 milhões de dólares (cerca de 6.420 milhões de euros), em 2015, para 7.000 milhões (6.000 milhões de euros), em 2016.

Apesar de a União Europeia se ter mantido no ano passado como o principal doador, com 4.900 milhões de dólares (4.200 milhões de euros), seguida pelo Reino Unido, a França, a Holanda e a Alemanha, os cortes previstos pela administração norte-americana para os programas globais de saúde deixaram os peritos em alerta.

“Para fazer com que todas as inovações terapêuticas e os programas de prevenção sejam acessíveis, necessitam-se de meios financeiros”, sublinharam, num comunicado, as Organizações Não-Governamentais (ONG) Act Up Paris, AIDES e Coalition PLUS.

Um relatório das Nações Unidas, divulgado na passada quinta-feira, revelou que um milhão de pessoas morreram de problemas ligados ao VIH/sida no ano passado, o que significa quase metade das mortes em relação ao que acontecia em 2005.

O documento da ONUSIDA considera que foi atingido um “ponto de viragem”, com mais de metade dos doentes no mundo em tratamento e com uma contínua diminuição das novas infeções por VIH/sida.

As três ONG destacaram que, apesar destes números, continua por percorrer “a outra metade do caminho”, levando tratamento aos outros cerca de 50% que ainda não o têm.

“Reforçar as investigações sobre uma vacina é mais indispensável do que nunca para controlar a epidemia”, acrescentou a IAS na sua declaração, onde também instou ao reforço dos esforços para aumentar o número de opções terapêuticas e a priorizar o desenvolvimento de ferramentas de prevenção acessíveis para os grupos de risco.

Serviço Nacional de Saúde
Mais de metade dos portugueses têm já o seu boletim de vacinas digital, que pode ser consultado ‘online’ e possibilita a...

O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) adiantou que já foram migrados para uma base de dados nacional os boletins de vacinas de mais de metade da população.

Henrique Martins espera ter concluído todo o processo até outubro, indicando que os serviços se estão a esforçar para que o processo esteja terminado ainda um pouco mais cedo, para coincidir com o início do ano letivo.

Com o registo eletrónico da vacinação, o boletim de vacinas passa a poder ser consultado ‘online’ pelo cidadão, desde que esteja registado na área do cidadão do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Até ao momento, há cerca de 1,6 milhões de utentes inscritos.

Também médicos e enfermeiros podem aceder a esse registo eletrónico das vacinas em qualquer unidade do SNS.

Numa urgência, por exemplo, pode ser fundamental um médico saber se o doente tem a vacina do tétano em dia.

Este registo eletrónico também visa permitir que o utente faça a sua vacina em qualquer centro de saúde do país.

A migração de todos os dados para uma base nacional é uma tarefa complexa, explica o presidente dos SPMS, porque envolve muitos boletins de vacina, que estavam registados em sistemas antigos, ao que acresce o facto de muitos portugueses terem vacinas registadas em mais do que um centro de saúde, dado que ao longo da vida foram mudando de local de residência.

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
A Luz Saúde anunciou ao mercado que concluiu a compra do British Hospital, depois de a Autoridade da Concorrência ter dado luz...

"A Luz Saúde informa que concretizou a transação referida, passando o Grupo British Hospital a integrar o grupo Luz Saúde", anunciou a empresa num comunicado publicado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sem revelar o valor do negócio.

Para o grupo, esta compra "vem reforçar a estratégia da Luz Saúde de alargamento e diferenciação da sua oferta em cuidados de saúde, constituindo um novo passo na consolidação da Rede Hospital da Luz".

A concretização da compra ocorre cerca de duas semanas depois de o grupo Luz Saúde ter recebido 'luz verde' da Autoridade da Concorrência.

A compra pela Luz Saúde (pertencente aos chineses da Fosun) do grupo British Hospital inclui o hospital das Torres de Lisboa, que é a unidade de maior dimensão, com 46 camas, três salas de bloco e 34 gabinetes de consulta, que realizou em 2016 cerca de 75 mil consultas e 4.400 cirurgias.

No negócio inclui-se ainda o British Hospital Saldanha Microcular, unidade em Lisboa de cuidados de saúde sobretudo da área oftalmológica, especializada em cirurgia laser, e 90,41% do capital social do British Hospital Management Care, também integrado no campus das Torres de Lisboa, que presta cuidados na área da sinistralidade, caso de acidentes de trabalho, e serviços de fisioterapia.

A Luz Saúde (antiga Espírito Santo Saúde, do Grupo Espírito Santo) foi comprada pela seguradora Fidelidade, que pertence aos chineses da Fosun, em outubro de 2014.

A empresa é dona Hospital da Luz, em Lisboa, entre outras unidades hospitalares.

Direção-Geral da Saúde
Os bombeiros vão começar a receber ‘kits’ com alimentos concebidos para o esforço do combate aos incêndios, estudados pela...

Pedro Graça, da Direção-Geral da Saúde (DGS), explicou que os ‘kits’ são compostos por quatro menus e produzidos para as necessidades específicas dos bombeiros e ao esforço que fazem no combate aos fogos.

É uma espécie de “ração de combate” moderna adaptada ao esforço dos bombeiros, com características específicas do ponto de vista energético e nutricional, para por exemplo compensar a desidratação, disse.

Fonte da Autoridade Nacional da Proteção Civil disse que esses novos ‘kits’ estão a chegar aos comandos distritais, sendo esses comandos que os distribuem em caso de necessidade, e que foram desenhados para garantir as primeiras 24 horas em caso de necessidade.

Pedro Graça salientou que se trata de um tipo de comida de emergência, como já existia, mas agora estudada e adaptada aos bombeiros, como é adaptado aos bombeiros o manual disponível a partir de hoje.

“Este documento vem colmatar uma lacuna nesta área, fornecendo um conjunto de recomendações alimentares para um desempenho ótimo dos bombeiros e adicionalmente um contributo para melhorar o estado de saúde destes profissionais ao longo do ano”, diz-se num comunicado da DGS sobre o manual “Recomendações gerais para a alimentação dos Bombeiros".

Além das recomendações gerais para uma alimentação saudável o manual apresenta recomendações específicas para períodos de atividade intensa, como os de combate a incêndios.

O documento, de 42 páginas, indica que os bombeiros podem correr mais risco de doenças cardiovasculares, devido à sobrecarga física e emocional, e que “hábitos alimentares inadequados” favorecem o aumento de peso e desenvolvimento de doenças crónicas não transmissíveis.

Nele recomenda-se uma alimentação saudável no dia-a-dia, baseada na dieta mediterrânica, e em períodos de combate a incêndios, quando as necessidades energéticas duplicam, sugere-se alimentos ricos em hidratos de carbono (pão, cereais e fruta) e a reposição de sódio com bebidas para desportistas e potássio com alimentos como banana ou citrinos.

O “kit” alimentar, menu 01, inclui por exemplo café, açúcar, bolachas e queijo para o pequeno-almoço, massa à bolonhesa, atum e doce de maçã para o almoço, e paelha de frango, sardinhas em conserva e marmelada para o jantar.

Em Portugal, segundo dados do Recenseamento Nacional de Bombeiros Portugueses de 2017, citados no manual, existem cerca de 66.000 bombeiros, na sua maioria do sexo masculino e na faixa etária 31-50 anos.

ARS-Norte
A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou que a resposta na área da saúde mental, no âmbito da Rede Nacional de...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) refere que os acordos evolvem esta entidade, bem como o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Braga, o Centro Distrital de Segurança Social do Porto, o Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e a Encontrar+se, Instituição Particular de Solidariedade Social fundada há dez anos e que desde 2009 presta cuidados integrados de saúde mental.

Os protocolos assinados na sexta-feira, na presença do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, têm como objeto a criação de uma Equipa de Apoio Domiciliário, com oito visitas/dia, e uma Unidade Sociocupacional com 25 lugares.

A ARS-Norte acrescenta que, além destes acordos, estão previstos para o ano em curso, e também no âmbito da saúde mental da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), 132 lugares, sendo que alguns dos quais já estão protocolados e em funcionamento.

A nota da ARS-Norte inclui referências à intervenção e tarefas atribuídas ao Instituto São João de Deus, bem como à Associação Recovery, estando em causa vertentes ligadas à infância, adolescência.

"A preocupação com as pessoas, enquanto objetivo de as tratar na comunidade, procurando a sua integração na sociedade e a preparação para uma vida autónoma e independente, são propósitos fundamentais destes cuidados, desde há anos anunciados e, agora, concretizados", lê-se na nota da ARS-Norte.

Também em comunicado, uma das instituições incluídas neste plano de alargamento de resposta, a Encontrar+se, disse entender ser este "um importante reconhecimento que permitirá garantir a continuidade dos cuidados de saúde mental que tem vindo a disponibilizar".

Em declarações, a presidente da associação Filipa Palha explicou que "o novo contrato é válido até setembro de 2018 e tem início em agosto, permitindo continuar a apoiar as 25 pessoas que já eram acompanhadas".

O alargamento da resposta na área da saúde mental no Norte foi consumado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Administração Regional de Saúde do Centro
A Administração Regional de Saúde do Centro vai dinamizar um estudo em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de...

O projeto vai contar com a parceria de diversas instituições e assume-se como um "diagnóstico, tendo em vista a prevenção, o tratamento e a investigação" na zona afetada pelas chamas, disse o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso.

Segundo o responsável, o estudo tem como objetivo "identificar os riscos para a saúde" na zona mais afetada pelo incêndio que deflagrou a 17 de junho em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e "implementar medidas corretivas e preventivas na defesa da saúde das populações", em função dos resultados que se encontrem no terreno.

O estudo vai contar com diferentes projetos integrados, nomeadamente o estudo de "morbi-mortalidade [do foro respiratório, cutâneo, oftalmológico, cardíaco, psíquico e outros], o estudo da função respiratória e cardiovascular, estudo do solo e alimentos, a qualidade do ar e a qualidade da água de consumo", acrescentou.

Na área do impacto da função respiratória, a iniciativa vai contar com o apoio do serviço de pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, sendo que será "dirigido um inquérito e uma avaliação semestral da função respiratória, através de espirometria e outros exames complementares de diagnóstico", explanou José Tereso.

Esse estudo será realizado a partir de "uma amostra aleatória da população", nos três concelhos mais afetados - Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera -, sendo que as espirometrias devem começar a ser feitas em setembro.

A iniciativa é coordenada pelo delegado de saúde regional do Centro, João Pedro Pimentel, e vai contar com a colaboração de instituições e organismos como o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a Direção-Geral da Saúde e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

O projeto está, neste momento, a ser desenhado, estando previsto arrancar a 31 de julho e terminar a 31 de julho de 2019, com a conclusão do relatório final apontada para 30 de outubro desse mesmo ano, informou José Tereso.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

Apresentada hoje
A Associação Portuguesa de Nutrição, que sucede à Associação Portuguesa dos Nutricionistas, foi hoje apresentada no Porto,...

Decorridos 35 anos, aquela que foi a primeira associação profissional dos nutricionistas em Portugal, "acompanhando a evolução das necessidades dos nutricionistas e dos cidadãos que cada vez mais necessitam de respostas válidas e credíveis, assentes na evidência científica", surge com uma nova resposta, acrescentou.

Abandonando a sua vocação de associação profissional, passa a focar-se exclusivamente "na promoção da componente técnico-científica da nutrição e alimentação" numa lógica de adaptação que "decorre do facto de ter sido criada em Portugal a Ordem dos Nutricionistas", explicou Helena Real.

"Hoje há a Ordem o que nos fez deixar cair a parte da promoção da profissão, passando a promover o que já se fazia há alguns de atividade e apoio ao nutricionista no âmbito da ciência", disse.

Mantendo as atuais instalações, no Porto, a Associação Portuguesa de Nutrição (APN) admite avançar com parcerias com instituições de ensino superior ao mesmo tempo que prosseguirá o auxílio aos nutricionistas na "sua busca permanente pela atualização profissional".

Apesar disso, sustenta a responsável, "a comunidade em geral também poderá e deverá ver na APN uma entidade de referência na busca da informação correta no que respeita à alimentação e nutrição".

Serviço Nacional de Saúde
Os portugueses vão passar, a partir do fim do verão, a poder marcar consultas nos centros de saúde através da Linha Saúde 24,...

“O novo centro de contacto do SNS é uma solução que cresce a partir da Linha Saúde 24 e que queremos que seja cada vez mais utilizada, mas que passa a ter outras formas de comunicar, nomeadamente explorando mais o digital, a presença nos ‘sites’ e em aplicações de telemóvel”, explicou à agência Lusa o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Este novo centro de contacto, que é lançado na segunda-feira, vai manter os serviços de orientação de doentes que já era feito pela Linha Saúde 24, que também mantém o mesmo número de telefone (808 24 24 24).

Contudo, vão surgir novos serviços e a partir do fim do verão será possível telefonar para marcar uma consulta com o médico de família.

Segundo o presidente dos SPMS, Henrique Martins, outros serviços estão a ser desenvolvidos como a telemonitorização no domicílio de algumas doenças crónicas.

A telemonitorização consiste num modo de seguimento de doentes à distância, com transmissão de dados clínicos e disponibilizando apoio.

“Há uma integração maior entre os serviços administrativos e este canal que acaba por ter várias formas de ser acedido. Por telefone, numa página ‘web’ e integrado com a área [‘online’] do cidadão do SNS, onde hoje os cidadãos já podem fazer muitas coisas”, como pedir uma declaração de presença num serviço de saúde ou marcar uma consulta, refere o responsável.

O novo centro de contacto do SNS incluirá ainda uma nova faceta dirigida à população mais idosa, que pode passar por realizar chamadas regulares a pessoas que vivam em isolamento.

“Queremos ter contacto telefónico com o idoso, mas sem substituir a função de um centro de saúde, queremos antes ajudá-los e sabemos que há dificuldades das unidades no terreno para fazer telefonemas regulares”, afirmou Henrique Martins à Lusa.

Os SPMS estão ainda a trabalhar para que seja possível os utentes do SNS passarem a poder marcar uma consulta através da televisão de casa, o que está integrado num novo concurso que vai ser lançado para a rede informática do Ministério da Saúde.

Servirá sobretudo para cidadãos que não têm ou não sabem usar computador, podendo aceder na televisão, usando de forma simples o controlo remoto, a serviços da área do cidadão do SNS que por enquanto só estão disponíveis em computador.

“Vamos passar a ter um canal que é muito conhecido dos mais idosos, que é a televisão. Acreditamos que isso pode ser muito transformador. Além de telefonarem podem contactar o centro de contacto através da televisão”, indicou o presidente dos SPMS, que tem a partir de agora a responsabilidade deste novo “SNS 24”.

Outra das possibilidades futuras do novo centro de contacto deve passar por permitir poder redirecionar as chamadas em tempo real ou diferido para um profissional de saúde dos cuidados de saúde primários.

No novo centro de contacto do SNS vão ser investidos cerca de 30 milhões de euros nos próximos três anos, um investimento que quase duplica face à realidade da até agora Linha Saúde 24.

“Mantém-se a funcionar a Linha, que tem feito um excelente trabalho ao longo dos anos. Importa ampliar os serviços e misturar o canal de telefone com outros canais que permitem no futuro, por exemplo, colocar algoritmos e questões ‘online’ que permitam orientar as pessoas e reduzir as idas às urgências e até os telefonemas para o centro de contacto. Caso persistam dúvidas, podem as pessoas sempre telefonar na mesma. Não perdemos a Linha 24”, insiste Henrique Martins.

Atualmente, há cerca de 1,6 milhões de portugueses inscritos na área do cidadão do SNS e diariamente marcam-se cerca de cinco mil consultas para os centros de saúde através desta via.

Para os SPMS, ter um único centro de contacto com o SNS “vai potenciar” tanto a Linha Saúde 24 como os canais digitais, terminando com a dispersão que havia: “Acho que o futuro passa muito por aqui, mas mantendo a continuidade dos serviços que já existiam. É muito mais confortável marcar de casa, do telemóvel ou com o telemóvel, telefonando. Incluir as pessoas todas e acabar com o flagelo de estar de madrugada à porta do SNS à espera de conseguir marcar uma consulta”.

Estudo
Conclusões revelam que a doença não é uma consequência inevitável do envelhecimento e existem fatores que podem ajudar a...

Um relatório elaborado pela Lancet Commission concluiu que a demência não é uma consequência inevitável do envelhecimento e que existem nove fatores, em várias fases da vida, que quando eliminados podem prevenir a doença.

"Existem várias coisas que os indivíduos podem fazer, bem como a saúde pública e as suas politicas, para reduzir os números de pessoas que desenvolvem demência", disse Gill Livingston, coautor do relatório e professor de psicologia na Universidade College London, em declarações ao The Guardian.

O estudo sugere que os indivíduos devem seguir uma dieta mediterrânica, manter um peso saudável e controlar a pressão sanguínea, escreve o Diário de Notícias. Os resultados revelaram ainda que 35% dos casos de demência podiam, na teoria, ser prevenidos, sendo que 9% estão ligados à perda de audição na meia-idade, 8% ao abandono escolar antes de completar o ensino secundário, 5% ao facto de ser fumador em idade avançada e 4% estão ligados a casos de depressão na velhice.

Os restantes cinco fatores passam pelo isolamento social, os diabetes tardios, a alta pressão sanguínea, a obesidade e a falta de exercício, sendo estes potenciais riscos para o aparecimento da doença.

Os autores do relatório admitem ainda que a estimativa de mais de um terço dos casos poderem ser evitados é o melhor cenário, sendo os números do estudo baseados numa séria de premissas que incluem o anulamento de cada um dos fatores referidos. "Penso que a realidade contempla apenas 5% dos casos", afirma Clive Ballard, coautor e professor na Universidade Exeter. Ainda assim essa percentagem iria corresponder a uma redução de 5.000 casos por ano no Reino Unido.

Os autores reconhecem ainda que, em alguns dos fatores, não é claro se as intervenções iriam reduzir o risco de demência ou apenas retardar o seu inicio. Existem também incertezas em relação a fatores como a depressão e o isolamento social, não sendo evidente se estes aumentam o risco da doença ou se as mudanças no cérebro que levam à demência possam estar também por trás dessas questões.

Ainda assim, Doug Brown, médico e diretor de pesquisa na Alzheimer's Society, afirma que o facto de a estimativa apontar para o facto de mais de um terço dos casos poderem ser prevenidos é um motivo de celebração, não esquecendo também as dificuldades que isso acarreta.

"Nem todos os nove fatores identificados são facilmente modificáveis, como uma educação pobre ou o isolamento social. Mas existem fatores fáceis como a pressão sanguínea e o tabaco", disse também ao The Guardian.

Os autores do relatório afirmam ainda que apenas uma intervenção que atrase o inicio e a progressão da doença, mesmo que por um ano, pode ajudar a diminuir os casos de demência em todo o mundo em nove milhões, no ano de 2050.

Conselho Geral e de Supervisão
Instituto identificou empresas que praticam valores acima do mercado e vai impor limites máximos equivalentes aos do Serviço...

A direção da ADSE (o sistema de saúde dos funcionários e aposentados do Estado) quer impor limites aos valores cobrados pelo transporte não urgente de doentes que, atualmente, não estão sujeitos a qualquer teto, levando a que os preços praticados pelas empresas sejam superiores aos do mercado e do próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A proposta foi apresentada nesta quinta-feira aos membros do Conselho Geral e de Supervisão, durante uma reunião informal deste órgão que só estará completo depois da eleição dos representes dos beneficiários, marcada para 19 de Setembro.

Além de criar uma tabela para a rede convencionada (empresas que estabelecem convenção com a ADSE) colocando os preços ao nível dos praticados pelo SNS, a proposta limita também os preços praticados quando se trata do regime livre (quando o beneficiário adianta o valor e é reembolsado pela ADSE mais tarde).

Caso a tabela seja adotada, irá traduzir-se em “poupanças significativas quer para os beneficiários, quer para a ADSE, face à prática atualmente em vigor pelos diversos operadores”, esclareceu ao jornal Público o presidente da ADSE, Carlos Liberato Baptista.

Atualmente o transporte de doentes não urgente apenas é possível no regime livre, mas não há qualquer valor limite e a ADSE comparticipa entre 80% a 100% do valor gasto pelo doente. Ora, adianta a ADSE na proposta que entregou aos representantes dos sindicatos e dos aposentados do Estado, “verificou-se que as empresas privadas que operam no transporte não urgente de doentes, têm vindo a praticar aos beneficiários da ADSE valores substancialmente superiores aos definidos na tabela de preços máximos a pagar pelo SNS no transporte não urgente de doentes em ambulância, sendo que nalguns casos esses valores são também substancialmente superiores aos valores de mercado em vigor”.

De acordo com José Abraão, dirigente sindical que tem assento no Conselho Geral e Supervisão, foram apresentados alguns exemplos, como o caso de um beneficiário a quem a empresa cobrou 95 euros para fazer menos de dois quilómetros em Lisboa, valor que posteriormente foi comparticipado pela ADSE.

Agora, na proposta em cima da mesa, passam a fixar-se limites semelhantes aos do SNS. Por deslocações iguais ou inferiores a 30 quilómetros as empresas não poderão cobrar mais de 25 euros, e por cada quilómetro a mais o valor de tabela passa a ser de 51 cêntimos. O tempo de espera custará 7,5 euros e cada acompanhante não poderá pagar mais de dez euros.

Estas tabelas passam a vigorar em todas as situações mudando apenas a comparticipação da ADSE, que irá oscilar entre os 80% e os 100%.

Também nesta quinta-feira ficou decidido que a eleição dos quatro representantes dos beneficiários da ADSE no Conselho Geral e de Supervisão será a 19 de Setembro. A decisão foi tomada pela comissão eleitoral, um dia depois da publicação do regulamento eleitoral em Diário da República.

Desde o início do ano, a ADSE passou a ser um instituto público e foi criado um conselho, onde têm lugar representantes dos sindicatos e dos beneficiários e cuja competência é dar parecer (não vinculativo) sobre as principais decisões que se prendem com o sistema, nomeadamente a sua abertura a novos beneficiários e a revisão das convenções em vigor.

De acordo com José Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos para a Administração Pública (Fesap) e um dos membros da comissão eleitoral, os quatro representantes dos beneficiários titulares serão eleitos no dia 19, permitindo que o Conselho Geral e de Supervisão fique completo e possam avançar as decisões de gestão que estão pendentes.

Podem votar os beneficiários titulares (funcionários no ativo e aposentados do Estado) com as quotas em dia. De acordo com os cadernos eleitorais, estarão em causa 831.496 eleitores.

i3S-Hovione Capital Innovation Prize
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto abriu hoje um concurso para um prémio internacional...

Esta iniciativa, designada i3S-Hovione Capital Innovation Prize, surgiu de uma parceria entre instituto e a Hovione Capital, uma sociedade privada independente dedicada à gestão de ativos, especializada no investimento e na gestão de projetos em fase inicial na área das ciências da saúde, informa um comunicado do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).

"Parecia-nos que faltava um prémio dedicado diretamente à inovação na área da saúde, em particular na parte de biomédica, de dispositivos e meios de diagnósticos, que pretende fazer diferença também por ser internacional", disse à Lusa João Cortez, especialista do i3S na área de transferência de conhecimento.

O grande objetivo, segundo indicou, é criar um prémio de inovação na região norte, que coloque o i3S "no mapa" e que distinga empresas em fase inicial, com pouco valor investido.

Esta parceria conta ainda com o apoio do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT-Health), uma rede de instituições ligadas às tecnologias na saúde, para a projeção além-fronteiras do concurso.

Para além desta, associaram-se à iniciativa várias entidades, possibilitando que se ofereça às empresas um leque alargado de serviços, como a consultoria jurídica, propriedade intelectual e apoio em assuntos regulamentares, de forma a completar o ciclo daquilo que as tecnologias desta área precisam, num prémio único, explicou João Cortez.

O prazo de candidatura para o concurso termina a 07 de setembro, havendo, no dia 28 do mesmo mês, um evento que pretende promover o encontro entre os investidores e as empresas selecionadas, à porta fechada.

Durante a tarde, o evento é aberto ao público e o prémio de 35 mil euros é divulgado e atribuído ao projeto vencedor.

Haverá ainda, ao longo do evento, espaço para uma sessão adicional entre as empresas e investidores internacionais, com interesse em dispositivos médicos, de diagnóstico e de monitorização de saúde.

João Cortez adiantou que existe uma segunda distinção, na qual cada um dos parceiros associados à iniciativa pode escolher uma empresa e atribuir o seu prémio à mesma, que passa apoio no seu desenvolvimento.

O membro do i3S disse também que se vai propor a todos os inscritos no evento que contribuam com um mínimo valor monetário, para ser depois entregue à equipa ganhadora, constituindo-se assim um terceiro prémio.

Para Margarida Rossi, especialista do i3S na área de transferência de conhecimento referida no comunicado, a criação de novos produtos médicos são uma forma de retorno do investimento feito em investigação.

"O desenvolvimento de novas empresas leva ao emprego especializado, que absorve os recursos humanos qualificados que o instituto tem vindo a formar", indicou.

Hugo Prazeres, também especialista em transferência de conhecimento no i3S, afirmou que todos saem a ganhar desta parceria.

"O Instituto, por criar uma atmosfera de excelência para a inovação, a Hovione Capital, ao ter acesso e participar desde cedo no surgimento de novas ideias e, acima de tudo, os empreendedores, por terem uma oportunidade de dar corpo às suas ideias inovadoras", acrescentou.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do continente, Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta,...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões do continente, Madeira e Açores, exceto Ponta Delgada (ilha de São Miguel) que está com níveis ‘moderados’, apresentam um risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, tornando-se geralmente muito nublado no litoral Norte e Centro a partir do meio da tarde.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 65 quilómetros por hora no litoral e nas terras altas, em especial durante a tarde.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, possibilidade de ocorrência de aguaceiros nas vertentes norte e terras altas a partir da tarde, vento fraco a moderado predominando de nordeste, soprando por vezes forte nas terras altas e pequena descida de temperatura.

Para os Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos e vento nordeste bonançoso a moderado.

Em Lisboa, as temperaturas vão oscilar entre 16 e 24 graus Celsius, no Porto entre 13 e 22, em Vila Real entre 11 e 25, em Viseu entre 09 e 24, em Bragança entre 12 e 28, na Guarda entre 10 e 24, em Coimbra entre 12 e 24, em Castelo Branco entre 14 e 30, em Portalegre entre 12 e 29, em Santarém entre 15 e 26, em Évora e Beja entre 13 e 30 e em Faro entre 15 e 31.

Bebés prematuros
A primeira consulta para selecionar e recrutar mães lactentes interessadas em doar leite destinado a bebés prematuros está a...

Esta é a única zona do país a ter um banco de leite humano, que funciona na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), tendo já ajudado desde 2009 mais de mil bebés a receberem leite de outras mulheres que não as suas mães.

Um protocolo que é hoje assinado entre o Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras e o Centro Hospitalar que integra a Alfredo da Costa pretende ajudar a aumentar a oferta de leite humano pasteurizado para recém-nascidos muito prematuros, explicou a enfermeira Ana Lúcia Torgal, coordenadora do projeto.

Apesar de o banco de leite funcionar na MAC, o leite doado pode ser fornecido a outras unidades de cuidados intensivos neonatais da área de Lisboa, mediante pedidos e protocolos estabelecidos entre as várias instituições.

O leite materno tem várias vantagens quando comparado com o leite artificial, sobretudo no que se refere aos prematuros, a quem é destinado este leite doado, sublinha Ana Lúcia Torgal.

O leite humano reduz em cerca de 30% o risco de enterocolite (inflamação intestinal) e em cinco vezes o risco de intolerância alimentar.

O agrupamento de centros de saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras pretende ajudar a recrutar mais mães lactentes, aumentando a quantidade de leite disponível para os grandes prematuros.

Segundo Ana Lúcia Torgal, a ideia deste projeto surgiu com a dificuldade que muitas vezes a Maternidade Alfredo da Costa sente em ter doações de leite materno, até porque muitas das mulheres que podem ser candidatas acabam por circular mais nos cuidados de saúde primários.

Para isso foi criada uma consulta específica, que é gratuita e funcionará no centro de saúde de Oeiras, onde é aferido se as potenciais dadoras de leite cumprem os requisitos necessários. Um dos objetivos é conseguir 12 mães dadoras no primeiro ano de funcionamento.

A doação de leite materno deve ser iniciada durante os primeiros quatro meses de vida do bebé, sendo que a mãe não deve ainda ter iniciado o desmame do bebé. Só é aconselhável ser doadora até 12 meses depois do nascimento da criança.

Depois de numa consulta do centro de saúde serem selecionadas as dadoras, que têm de ser saudáveis e mães de crianças saudáveis, enfermeiros deslocam-se às casas das mães escolhidas para averiguar as condições da habitação.

As mães recebem do centro de saúde material para poderem fazer a recolha do leite e o congelamento, além de instruções do modo como deve ser extraído e conservado o leite.

“Há cuidados específicos a ter, nomeadamente a higiene das mãos e das mamas e ter atenção para não contaminar os frascos. Exige um cuidado rigoroso. É para grandes prematuros, não é um bebé saudável que vai receber o leite”, especificou Ana Lúcia Torgal.

Depois, o centro de saúde recolhe nas habitações das dadoras o leite congelado, conservando-o num congelador específico cedido pela Maternidade Alfredo da Costa.

A pasteurização do leite doado fica também a cargo da MAC, a maior maternidade do país.

Os materiais que serão distribuídos às dadores de leite recrutadas pelo ACES Lisboa Ocidental e Oeiras foram angariados através de um prémio atribuído pela Missão Continente.

O projeto “Promoção e Apoio do Aleitamento Materno num ACES Amigo dos Bebés” recebeu precisamente um dos prémios da Missão Continente, no valor de 36.863 euros. Esta verba será ainda aplicada em equipamentos e material médico e de enfermagem, mobiliário, equipamento informático e audiovisual, material didático, obras e formação.

A ideia é formar os profissionais de saúde deste ACES nesta área de prestação de cuidados a grávidas, mães e bebés.

Este ACES da região de Lisboa e Vale do Tejo é até agora o único em Portugal a ter recebido a certificação como “Unidade de Saúde Amiga dos Bebés” pela UNICEF, que chegou em setembro do ano passado.

Segurança Social
Mais de 120 médicos inscreveram-se na Bolsa de Médicos criada em janeiro pela Segurança Social, mas apenas seis foram...

Segundo o Instituto da Segurança Social, no total, atualmente há 356 médicos a trabalhar neste sistema, que faz a confirmação da subsistência de condições de incapacidade para o trabalho para efeitos de concessão ou manutenção de prestações sociais de Segurança Social (doença, invalidez e dependência), bem como a certificação de doença profissional.

Em janeiro, dados revelados pelo Ministério da segurança Social davam conta de que, no ano passado, um em cada cinco trabalhadores com baixa médica podia trabalhar.

Somando as inspeções extraordinárias às inspeções regulares, no total foram feitas mais de 262 mil inspeções em 2016 (mais 19% do que no ano anterior), concluindo-se que 22% destes trabalhadores de baixa foram considerados aptos para o trabalho.

Depois da revelação destes dados, um estudo da Defesa do Consumidor - Deco divulgado em março revelou que um em cada cinco médicos de família recebem todas as semanas pedidos de baixas médicas desnecessárias e 8% confessam que acabam por ceder aos doentes, mesmo sem motivos clínicos.

De acordo com este estudo, quase metade (48%) dos médicos inquiridos assume que todas as semanas prescreve exames desnecessários apenas porque o doente insiste.

“Apesar de os clínicos afirmarem que são regularmente confrontados com estes pedidos, e que por vezes até cedem, a percentagem de doentes que admitem exagerar sintomas para obterem exames, medicamentos ou baixas é mínima”, refere a Deco.

O estudo da Deco, feito entre setembro e outubro de 2016 e que obteve respostas de 1.013 pacientes e 281 médicos de família, evidencia “uma inconsistência de comportamentos”, com "o doente que exagera e o médico que não sabe dizer ‘não’”.

Citado no estudo, o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, afirmou: “É muito pouco frequente o doente insistir. O que não quer dizer que não haja doentes simuladores, que tentam e conseguem iludir o médico”.

Universidade dos Açores
Um estudo para conhecer e prevenir os comportamentos aditivos nos Açores deverá estar concluído em julho do próximo ano,...

“A Universidade dos Açores, com uma equipa de cinco investigadores, vai avançar com o estudo sobre a caracterização dos comportamentos aditivos na região”, afirmou Rui Luís aos jornalistas, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, à margem da primeira reunião com o grupo de trabalho da Universidade dos Açores que vai desenvolver o trabalho.

Rui Luís explicou que o trabalho vai permitir conhecer “duas áreas que estão por estudar”, uma são os fatores de risco, ou seja, “o que leva os jovens em cada um dos territórios a ter esses comportamentos e dependências”, outra é a aferição dos fatores protetores que podem “servir de escudo para não entrarem nesta área”, explicou.

O governante adiantou que a equipa vai “realizar 18 focos grupo nas nove ilhas dos Açores, dois por ilha com os principais ‘players’ relacionados com esta temática”, seguindo-se após esta primeira análise “um questionário que vai ser aplicado nas escolas da região a crianças [e jovens] entre os 14 e os 21 anos de idade”.

“O que pretendemos, além dessa caracterização, é que depois daqui saiam propostas concretas de como agir em cada um dos territórios”, esclareceu, realçando que tal não significa “medidas globais iguais para todos, mas consoante a situação em cada uma das ilhas”.

Segundo o secretário regional da Saúde, o estudo contempla o consumo de substâncias ilícitas e lícitas, como o álcool e o tabaco, notando que são “das maiores taxas de prevalência” que existem nos Açores e que “dão origem a muitas doenças crónicas”.

“Sabemos também que a questão do álcool é um caminho para as [substâncias] ilícitas”, referiu ainda, adiantando que o trabalho vai debruçar-se sobre as “dependências da modernidade, que são os jogos, a Internet”, entre outras.

Rui Luís sublinhou que “a ideia é percorrer todas as faixas etárias” e “perceber em cada ilha as razões para cada uma das faixas etárias iniciar ou manter-se nestas dependências”.

O estudo sobre comportamentos aditivos e dependências, cujo relatório preliminar deverá estar pronto em fevereiro, resulta de um projeto de resolução apresentado pelo Bloco de Esquerda em janeiro no parlamento dos Açores, tendo sido aprovado por unanimidade.

A proposta visava a problemática da toxicodependência, mas o âmbito do estudo foi alargado a outros comportamentos aditivos, como o álcool, o tabaco, o jogo e a Internet.

O documento vai incluir a caracterização do perfil dos consumidores, da idade ao género, escolaridade, padrões de consumo e condições socioeconómicas.

O grupo de trabalho é liderado por Célia Carvalho, investigadora da Universidade dos Açores.

Hospital de Guimarães
Uma "investigação inovadora" liderada por uma pneumologista do Hospital de Guimarães concluiu que a Doença de Pompe ...

Em declarações, Maria José Guimarães, que liderou o trabalho científico “Prevalence of late-onset pompe disease in Portuguese patients with diaphragmatic paralysis - DIPPER study”, recentemente publicado num portal de investigação clínica internacional, explicou, "em termos simples", que a Doença de Pompe é uma doença rara caracterizada pela "falta de uma enzima responsável por degradar o glicogénio”, levando as células musculares a acumular gordura e a deixar de funcionar “o que leva à perda de força".

Segundo a clínica, a investigação centrou-se em 18 casos de doentes com paresia do diafragma - "diafragma elevado, que não baixa com a respiração e obriga o doente a forçar para que baixe" - sem explicação aparente, tendo sido diagnosticada a Doença de Pompe em quatro daqueles pacientes.

"Foi uma investigação inovadora, porque pesquisou de forma original a incidência da doença em doentes que tinham o diafragma parado e não se sabia qual é a causa", explicou Maria José Guimarães.

A investigação envolveu um trabalho "multicêntrico, que contou com a participação de outros investigadores de dez hospitais do país" e levou a que se diagnosticasse a Pompe em quatro pacientes.

"A nível nacional há apenas 30 casos diagnosticados, por isso o impacto foi muito grande, daí o reconhecimento científico que o trabalho teve", explicou.

A investigadora explicou que o objetivo era "criar um protocolo específico para que em doentes com paresia de diafragma, sem causa aparente, e em que tudo já foi despistado, fosse procurada a Doença de Pompe".

O objetivo não foi conseguido – “porque houve doentes que fizeram a determinação da enzima” e, por isso, não foi possível quer diagnosticá-los, quer criar um protocolo, mas, para a investigadora, foram atingidas conclusões importantes.

"A conclusão do estudo é que todos os doentes com paresia diafragmática devem fazer despiste para doença de Pompe. Conseguimos que a partir de agora a doença de Pompe seja considerada em todos os doentes com paresia do diafragma desconhecida", salientou.

Esta nova abordagem pode levar ao diagnóstico precoce desta doença rara - a taxa de incidência é de um para 40 mil – uma vez que, embora seja fácil de diagnosticar, só é procurada “muito tempo depois”, num processo que chega a demorar “quase 10 anos”.

Além da paresia do diafragma, a Doença de Pompe tem outras manifestações como “grande dificuldade em sentar e levantar, a marcha alterada em que o pé fica pendente, sintomas que facilmente se atribuem a outras patologias, como problemas de coluna, por exemplo”.

A Doença de Pompe, explicou, "é altamente incapacitante", sendo que 290% dos doentes acabam em cadeira de rodas e 60% a precisar de máquinas para respirar, suporte ventilatório", pelo que o diagnóstico precoce assume particular importância, embora não seja ainda conhecida uma cura.

Mas, refere o Hospital de Guimarães em comunicado, "existe um tratamento dirigido à própria doença que ajuda a controlar e reduzir de forma significativa os sintomas dos doentes: a terapêutica de substituição enzimática" que, conjuntamente com "o manuseamento e tratamento por uma equipa multidisciplinar especializada, poderão levar a uma melhoria dos sintomas".

Médicos Sem Fronteiras
Os Médicos Sem Fronteiras congratularam-se hoje com o relatório do Programa da ONU sobre sida, através de Sharonann Lynch,...

"É uma boa notícia que tantas pessoas estejam recebendo agora tratamento para o VIH [vírus da imunodeficiência humana], mas um milhão de mortes em um ano ainda é demais. Ainda existe uma crise de sida e é muito preocupante que a ajuda internacional para VIH/sida esteja recuando a partir da conclusão equivocada de que a batalha foi vencida", declarou a responsável.

Segundo Sharonann Lynch, muitas dessas mortes são evitáveis e as pessoas com VIH ainda desenvolvem sida e por isso desenvolvem tuberculose e infeções oportunistas como meningite criptocócica.

"Os dados da ONUSIDA mostram que uma em cada três pessoas com VIH só começa o tratamento antirretroviral depois de desenvolver sida. Isso torna mais provável que o resultado do tratamento seja pior. Além disso, pessoas com VIH frequentemente não recebem o tratamento de que precisam para essas infeções oportunistas", observou.

Em seu entender, a resposta global ao VIH deve ampliar o tratamento antirretroviral para mais pessoas rapidamente, admitindo contudo que, com mais pessoas em tratamento, é crítico que recursos suficientes estejam disponíveis para prevenir e responder a doenças relacionadas à doença, cuja assistência continua a ser difícil e oneroso com os meios disponíveis atualmente.

Segundo dados das Nações Unidas hoje divulgados, um milhão de pessoas morreu de problemas ligados ao VIH/sida no ano passado, o que significa quase metade das mortes em relação ao que acontecia em 2005.

O documento da ONUSIDA considera que foi atingido um “ponto de viragem”, com mais de metade dos doentes no mundo em tratamento e com uma contínua diminuição das novas infeções por VIH/sida.

“O número de mortes ligados ao VIH/sida caiu de 1,9 milhões em 2005 para um milhão em 2016”, frisa a coordenação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/sida, numa nota sobre o relatório mais recente acerca da infeção.

O relatório é divulgado antes da abertura, no domingo, em Paris, de uma conferência internacional sobre a doença.

A diminuição do número de mortes é atribuída fundamentalmente a uma melhor difusão dos tratamentos com antirretrovirais.

Aliás, o número de seropositivos com acesso a tratamento antirretroviral em todo o mundo superou, em 2016, os 50%, o que ocorre pela primeira vez desde o início da epidemia.

Segundo os dados relativos ao ano passado, 19,5 milhões dos 36,7 milhões de pessoas com VIH/sida estavam em tratamento. Para 2020, a meta definida para as Nações Unidas é ter 30 milhões de pessoas a receber o tratamento adequado para a infeção.

“Atingimos a meta de 2015 de ter 15 milhões de pessoas em tratamento e estamos no caminho para duplicar esse número e atingir a meta de 2020”, refere o diretor executivo da ONUSIDA, Michel Sidibé.

As regiões de África oriental e do sul foram as que exibiram maior progresso a este nível, sendo igualmente as mais afetadas pela epidemia de VIH/sida. Nestas zonas do mundo, as mortes ligadas à sida decaíram 42% e as novas infeções reduziram quase 30%.

Para 2020, o Programa das Nações Unidas para o VIH tem como meta conseguir que 90% das pessoas que vivem com a infeção estejam diagnosticadas.

Em 2016 atingiu-se 70% nesse objetivo, com mais de dois terços dos infetados a serem conhecedores do seu estatuto.

Os outros dois elementos da tríade de 90/90/90 definidos pela ONU são atingir 90% dos diagnosticados em tratamento e 90% dos que estão em tratamento atingirem carga viral indetetável (o que torna muito baixa a possibilidade de transmitir a infeção).

Os dados divulgados no novo relatório mostram que 77% das pessoas que têm diagnóstico estão a aceder a tratamento e que 82% das pessoas em tratamento têm carga viral indetetável.

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