Em Coimbra
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos assina na sexta-feira um protocolo com mais sete ordens da saúde direcionado...

"É um sinal muito importante das ordens de saúde, que estão a juntar esforços em prol da população e dos doentes", disse Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (OM).

O acordo, que será apadrinhado pelo advogado António Arnaut, um dos fundadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), envolve as ordens dos Biólogos, Farmacêuticos, Dentistas, Psicológicos, Enfermeiros, Médicos Veterinários e dos Nutricionistas.

Segundo Carlos Cortes, as ordens entenderam que "juntas poderiam criar sinergias importantes, além da sua intervenção autónoma".

"Estivemos juntos em Pedrógão Grande, na altura dos incêndios, e isso reforçou a articulação entre as ordens, que estão empenhadas em que tudo corra bem", sublinhou.

O presidente da secção regional do Centro da OM disse que esta colaboração "já era uma vontade com algum tempo", no sentido de defender o SNS, a qualidade da medicina e os direitos dos doentes e o seu acesso a melhores cuidados de saúde.

Este protocolo pretende "também sinalizar a sustentabilidade do SNS, que atravessou muitas dificuldades financeiras e sempre se conseguiu aguentar porque foi suportado por profissionais muito dedicados".

"A assinatura do protocolo é o primeiro passo para o desenvolvimento futuro de iniciativas concretas, existindo já projetos e iniciativas muito particulares na defesa da qualidade da saúde para resolver problemas em hospitais e centros de saúde", frisou Carlos Cortes.

A Secção Regional do OM assinala na sexta-feira os 38 anos do SNS com atividades em Coimbra, Aveiro e Viseu.

Em Coimbra, além do protocolo com as sete ordens de saúde, o programa inclui uma visita ao Serviço de Urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra e a rega da oliveira, no Parque Verde do Mondego, numa iniciativa da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Em Aveiro, está agendada uma reunião e visita ao Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Infante D. Pedro, e em Viseu uma visita ao Centro de Saúde Viseu 1, que integra Agrupamento de Centros de Saúde do Dão-Lafões.

PAN e Ordem dos Nutricionistas denunciam
As orientações da Direção Geral de Educação para as ementas e refeitórios escolares não estão a ser cumpridas nas escolas,...

O deputado do PAN, André Silva, e a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, visitam na próxima semana uma escola em Lisboa, para assinalar o início do ano letivo e chamar a atenção para a necessidade de serem cumpridas as normas publicadas pela tutela, bem como uma resolução da Assembleia da República, de 2012, neste sentido.

De acordo com os dados recolhidos pelas duas estruturas, 25% das crianças e 32,3% dos adolescentes têm excesso de peso ou obesidade.

A falta de qualidade da alimentação servida nas escolas é uma das principais queixas dos encarregados de educação.

Em declarações à agência Lusa, Alexandra Bento afirmou que existem vários estudos da comunidade académica que revelam a falta de cumprimento das normas relativas à alimentação nas escolas.

Um dos principais problemas continua a ser o excesso de sal e a falta de supervisionamento: “Ninguém vê o que as crianças comem, se comem os vegetais, a sopa”.

A bastonária reafirmou também que a qualidade da alimentação vegetariana introduzida nas escolas deve ser salvaguardada por um nutricionista, o que não acontece porque estes profissionais não estão presentes nas escolas.

Alexandra Bento defendeu que deveria fazer-se em relação à alimentação o mesmo que foi feito para a educação ambiental, em que foram as crianças “a levar as boas práticas da escola para casa”.

Na quinta-feira (21), à hora do almoço, o deputado e a nutricionista visitam a Escola Secundária D. Pedro V, em Lisboa, com o objetivo de reforçar a importância da alimentação saudável para o sucesso escolar.

O partido anunciou, em comunicado, que está a negociar com o governo o reforço dos nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde, no âmbito do Orçamento do Estado para 2018.

No documento são citados dados do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física 2015 – 2016, segundo os quais 69% das crianças e 66% dos adolescentes não consomem as quantidades de fruta e hortícolas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.

“É importante que as escolas sejam lugares promotores de alimentação saudável, assegurando o Direito Humano a uma Alimentação e Nutrição Adequadas”, contribuindo assim para “a promoção da saúde da população”, lê-se no comunicado.

As ementas escolares, à semelhança de outros refeitórios públicos, passaram este ano a ter a obrigatoriedade de oferecer pelo menos uma opção vegetariana.

O PAN e a Ordem estão igualmente preocupados com os produtos disponíveis nas máquinas de venda automática.

Cancro de Cabeça e Pescoço
Entre os dias 18 e 22 de Setembro assinala-se a 5.ª Semana Europeia de Luta Contra o Cancro de Cabeça e Pescoço, cuja mensagem...

Ao longo dos anos, esta iniciativa da Sociedade Europeia de Cabeça e Pescoço tem vindo a ser liderada, em Portugal, pelo Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço e, desde a sua criação, com o apoio da Associação dos Amigos dos Doentes com Cancro Oral – ASADOCORAL, a única associação de doentes em Portugal deste especialidade.

Sendo o cancro uma dura batalha à qual cada vez mais pessoas sobrevivem, é preciso ajudar estas pessoas a retomar as suas vidas. Neste sentido, através desta campanha, pretende-se sensibilizar a população, media e órgãos decisores para as necessidades dos sobreviventes, mas também passar uma mensagem positiva àqueles que acabam de ser diagnosticados.

Anualmente, em Portugal, o cancro de cabeça e pescoço mata 3 portugueses por dia, número que pode diminuir quando o diagnóstico é feito numa fase inicial da doença. Por isso, ao longo desta semana, o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço e a ASADOCORAL vão desenvolver iniciativas de sensibilização que visam informar e alertar para a necessidade de reconhecer sinais e sintomas da doença e formas de prevenção.

Segundo Ana Castro, médica oncologista e presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço, “Muitas vezes fala-se em cancro de cabeça e pescoço e as pessoas não reconhecem. Não sabem onde se localiza, quais os sinais e sintomas, fatores de risco, etc. O nosso objetivo, ano após ano, é aumentar o grau de sensibilização de todos sem exceção, de forma a diminuirmos o número de casos deste tipo de cancro.”

As várias iniciativas previstas enquadram-se na campanha europeia “The Make Sense Campaign”, realizada pela European Head and Neck Society (EHNS), onde estão envolvidos países como Espanha, Itália, Alemanha, França, Inglaterra e Portugal.

Campanha de Sensibilização
Cláudia Borges, Diogo Piçarra, João Paulo Sousa e Luísa Barbosa juntam-se à Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos para...

No âmbito desta iniciativa, Cláudia Borges, Diogo Piçarra, João Paulo Sousa e Luísa Barbosa pretendem elucidar sobre o verdadeiro sentido dos cuidados paliativos, formas de acesso, divulgar a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) como uma instituição dinamizadora destes cuidados, e acima de tudo, dar voz a mais de 89 mil doentes com necessidades paliativas em Portugal.

“Quando fui contactada pela APCP não hesitei, não poderia ficar indiferente a esta campanha que pretende aumentar o conhecimento e promover o acesso equitativo a estes cuidados no nosso país. Tenho a certeza que juntos podemos fazer a diferença”, afirma a apresentadora, Cláudia Borges.

“Todos nós, sendo figura pública ou não, temos o dever de informar, desmistificar e ajudar quem mais precisa. Estamos juntos pelos cuidados paliativos, que representam o direito à qualidade de vida mesmo em fases terminais. Porque hoje são eles, e um dia somos nós.”, explicou Diogo Piçarra, a propósito da sua participação.

Para o Professor Manuel Luís Capelas, Presidente da APCP, “é muito gratificante perceber que pessoas mediáticas e reconhecidas do grande público, dão voz a estas causas prementes. Através delas, do seu empenho e entusiasmo, conseguimos sensibilizar um maior número de pessoas e fazer realmente a diferença na promoção destes cuidados no nosso país”.

Cláudia Borges, Diogo Piçarra, João Paulo Sousa e Luísa Barbosa são os protagonistas de um spot de TV que será transmitido pelos canais generalistas, mais de 1.000 salas de Cinemas NOS e pelo circuito interno de TV do Metro do Porto, durante o mês de outubro.

A APCP promove ainda um Seminário, com o mesmo tema, no dia 14 de Outubro, entre as 14h00 e as 18h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, cuja entrada é gratuita. Este encontro é dirigido ao grande público e está sujeito a uma inscrição online através do site www.admedic.pt, até dia 10 de outubro.

Estudo
Um novo estudo mostra, pela primeira vez, que algumas partículas microscópicas de tinta infiltram-se na corrente sanguínea...

São partículas microscópicas ou nanopartículas que viajam pelo corpo humano e acabam por depositar-se nos gânglios linfáticos, uma das estruturas do sistema linfático que têm um importante papel no sistema imunitário.

O estudo do Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos e do Laboratório Europeu de Radiação Synchotron, em Grenoble, França, foi publicado numa das revistas do grupo Nature. Segundo a investigação, entre essas pequenas partículas encontram-se restos de conservantes e contaminantes, nomeadamente níquel, crómio, manganês, cobalto e dióxido de titânio. Este último, por exemplo, pode causar prurido, eczema e dificuldades de cicatrização quando entra em contacto com a pele, escreve o Sapo.

De acordo com os investigadores, este é o primeiro estudo a mostrar "evidências fortes" tanto no que toca à infiltração dos pigmentos na pele, como no depósito a longo prazo de elementos tóxicos no organismo.

No estudo, os cientistas avisam que, antes de fazer uma tatuagem, é necessário verificar a composição química das tintas usadas. "Ninguém verifica a composição química das cores, mas o nosso estudo mostra que talvez o devessem fazer", disse Hiram Castillo, coautor do estudo, citado pelo Guardian.

"Já sabíamos que os pigmentos das tatuagens chegavam aos nódulos linfáticos por causa das evidências visuais: os nódulos ficam marcados com as cores das tatuagens. Esta é a resposta do corpo à limpeza do local da tatuagem. Mas o que não sabíamos é que estes pigmentos viajam de forma nanométrica, o que implica que talvez não tenham o mesmo comportamento de partículas no nível micrométrico. E isso é um problema: não sabemos como estas partículas agem", alerta Bernhard Hesse, cientista daquele instituto e coautor do estudo.

A próxima fase da investigação será perceber se estas nanopartículas causam efeitos graves no organismo, como processos inflamatórios. Há um ano, a Comissão Europeia alertou, com base num estudo que encomendou à Joint Research Centre, para o perigo das tintas das tatuagens, que podem conter pigmentos cancerígenos.

Em Portugal, ainda não existe legislação específica relativamente aos produtos químicos usados em tatuagens. Dados de 2016 indicam que pelo menos 60 milhões de europeus têm tatuagens.

No Porto
Uma equipa de cirurgiões plásticos do Serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética do Hospital de São João, Porto,...

“Foi realizada a reconstrução das duas mamas em simultâneo com o tratamento do linfedema (acumulação de líquidos) do braço numa doente com risco aumentado de cancro de mama”, explicou a cirurgiã Inês Correia de Sá, sobre esta técnica que o próprio hospital considerou "inovadora".

De acordo com a especialista, esta foi a "primeira vez" que este procedimento simultâneo foi realizado em Portugal.

A técnica foi implementada numa utente previamente submetida a tumorectomia (cirurgia em que apenas é removido o tumor, respeitando a zona de tecido em volta dele) e esvaziamento axilar ganglionar para o tratamento de um cancro de mama.

Segundo explicou Inês Correia de Sá, após este procedimento cirúrgico foi-lhe diagnosticada uma mutação genética que lhe confere um elevado risco de voltar a desenvolver cancro de mama pelo que a utente optou por fazer mastectomia bilateral profilática (extração das duas mamas para diminuição de risco de cancro).

“Como a doente apresentava já linfedema acentuado do membro superior, sem melhoria com o uso de mangas elásticas ou fisioterapia e condicionando elevada limitação motora, optou-se por realizar uma transferência microcirúrgica de gânglios linfáticos localizados na região inguinal para a axila no mesmo tempo cirúrgico em que se realizou a reconstrução mamária bilateral recorrendo a técnicas microcirúrgicas”, esclareceu.

Ambas as técnicas - para reconstrução da mama e a transferência de gânglios linfáticos – “são procedimentos altamente diferenciados e com elevado grau de exigência técnica”, salientou Inês Correia de Sá.

Acrescentou que “a reconstrução fisiológica com transferência micro vascularizada de gânglios linfáticos é, por si só, uma técnica recentemente desenvolvida e que apenas se realiza rotineiramente em alguns centros diferenciados a nível mundial”.

De acordo com a cirurgiã, com esta intervenção, “é expectável uma melhoria significativa do linfedema, com redução da circunferência do membro superior e das complicações inerentes a esta patologia”.

O linfedema pode chegar aos “50% das doentes tratadas para o cancro da mama”. No entanto, esclareceu Inês Correia de Sá, “esta patologia afeta outros doentes como, por exemplo, pessoas que fazem tratamento de melanoma (cancro da pele)” e pode ocorrer nos braços e nas pernas.

As cirurgiãs responsáveis pelo procedimento, Inês Correia de Sá e Joana Costa, fizeram parte da sua formação cirúrgica em centros de referência em Nova Iorque, EUA, e Gent, na Bélgica, respetivamente.

Inês Correia de Sá disse ainda à Lusa, que com este avanço, o Serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética espera dar resposta no tratamento de doentes de qualquer área do país que sofram de linfedema dos membros superior ou inferior adquiridos no tratamento de tumores, secundários a traumatismos, infeções ou outras causas.

Estudo
Estar sentado durante períodos longos pode conduzir a uma morte precoce, conclui um estudo norte-americano publicado no Annals...

A investigação, conduzida por Keith Diaz, do Departamento de Medicina da Universidade Columbia, em Nova Iorque (EUA), baseou-se numa amostra de 8.000 pessoas.

De acordo com o estudo, existe uma relação direta entre o tempo que passamos sentados e o risco de mortalidade precoce: à medida que esse tempo aumenta, também cresce o risco de morte prematura. Para medir esse tempo, escreve o Sapo, a equipa de investigadores recorreu a acelerómetros e concluiu que em média passados 12,3 horas sentados durante as 16 horas que passamos acordados.

No entanto, os investigadores descobriram que as pessoas que se levantam pelo menos uma vez a cada 30 minutos estavam menos propensas a morrer de morte prematura, sugerindo assim uma possível contra-medida.

Os resultados do estudo indicaram que, em geral, o risco de morte dos participantes aumentou em conjunto com o tempo total que passavam sentados, independentemente da idade, sexo, raça, índice de massa corporal ou hábitos de exercício. "Para dar um número específico, aqueles que se sentaram por mais de 13 horas por dia tiveram um risco duas vezes superior em relação àqueles que se sentaram menos de 11 horas por dia", comentou o investigador à cadeia de televisão americana CNN.

Os resultados indicam ainda que aqueles que se sentam menos de 30 minutos apresentaram um risco de morte 55% inferior do que as pessoas que ficam sentadas por períodos superiores a meia hora. "Deveria existir uma diretriz mais específica, que dissesse: Por cada 30 minutos consecutivos sentado, levante-se e caminhe durante cinco minutos, em ritmo acelerado", acrescenta Keith Diaz.

Investigação
Uma equipa internacional de cientistas, incluindo portugueses, vai estudar o comportamento do parasita que causa uma doença...

Da equipa fazem parte investigadores do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, liderados por Luísa Figueiredo, coordenadora do laboratório de Biologia do Parasitismo.

A doença chama-se nagana e é provocada pelo parasita tripanossoma, que é transmitido aos animais pela picada da mosca tsé-tsé (nas pessoas, o mesmo género de parasita causa a doença do sono).

"Conhece-se muito pouco como estes parasitas tornam a vaca doente (...). Não compreendemos como é que as vacas podem estar tanto tempo, tantos anos às vezes, infetadas pelo parasita", disse à Lusa a investigadora Luísa Figueiredo, realçando que a nagana "é uma doença veterinária que tem um impacto económico grande", já que os animais "são um meio de subsistência das famílias que vivem em ambientes rurais".

"A produção de leite é menor, a fertilidade é menor, a vaca dá menos dinheiro", assinalou.

O grupo de cientistas propõe-se estudar as estratégias usadas pelo parasita para "conseguir escapar às defesas das vacas" e perceber como se distribui e se adapta no organismo.

Deste modo, será possível, segundo Luísa Figueiredo, "descobrir pontos fracos" no parasita que possam ser um alvo para medicamentos mais eficazes ou vacinas.

Na doença do sono, o parasita é conhecido por enganar o sistema imunitário, uma vez que este não consegue reconhecê-lo e eliminá-lo: ao entrar na corrente sanguínea, o tripanossoma altera as proteínas na sua superfície.

O estudo, a concretizar num prazo de quatro anos, envolve também a participação de cientistas de instituições da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos, sendo financiado pela Wellcome Trust, uma fundação britânica que apoia a investigação biomédica para melhorar a saúde humana e animal.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Beja e Faro, bem como o arquipélago da Madeira apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação...

Todas as restantes regiões do país encontram-se com risco ‘elevado’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e ‘elevado’, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro Ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

No caso de risco ‘moderado’ são aconselhados óculos de Sol e protetor solar.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje céu geralmente muito nublado no litoral oeste e na região Norte até meio da manhã, e temporariamente com períodos de maior nebulosidade por nuvens altas na região Sul.

A previsão aponta também para possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral a norte do Cabo da Roca até ao meio da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 65 quilómetros por hora, no litoral oeste e nas terras altas em especial a partir da tarde, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena descida da temperatura máxima.

As temperaturas máximas vão oscilar entre 23 (Leiria, Porto, Viana do Castelo, Setúbal) e 31 graus (Évora, Beja, Faro e Castelo Branco).

As mínimas vão variar entre os 11 graus Celsius (na Guarda) e 18 (Faro).

Para o arquipélago dos Açores são esperados períodos de céu muito nublado, por vezes com abertas, sendo possível aguaceiros no grupo Ocidental e Central.

Ponta Delgada vai chegar ao 26 graus.

Na Madeira, aguardam-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha da Madeira a partir do meio da manhã. Possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas até meio da manhã.

As temperaturas no Funchal vão chegar até aos 27º.

Diretor-geral da Saúde
O diretor-geral da Saúde, que deixa o cargo em outubro, esteve para encerrar a Quinta do Lago por causa de um mosquito, passou...

Ao fim de uma dúzia de anos como diretor-geral da Saúde, Francisco George deixa a administração pública e termina uma carreira de 44 anos ao serviço de um Estado que, acredita, é hoje muito melhor.

Em entrevista, recordou que entrou na DGS em 2000, para “dar um impulso na saúde ambiental”. Hoje, é o mais antigo funcionário deste organismo onde, aliás, tinha começado a sua carreira, em 1975.

Desde 2000, viu passar oito ministros da Saúde, alguns dos quais seus amigos e companheiros dos primeiros tempos de escola e de exercício da Medicina. Não sabe indicar qual o melhor, mas acredita que um dia fará uma grelha que culminará nessa eleição.

Enquanto Autoridade de Saúde foi chamado a decidir em várias situações, mas Francisco George não tem dúvidas de que foi o surto de ‘legionella’, em Vila Franca de Xira, em 2014, responsável por 11 mortos, que lhe tirou o sono.

“Foram mais de 400 doentes, quase metade teve de ser assistida em cuidados intensivos. Percebemos, e demos uma lição a todos, que Portugal tem um Serviço Nacional de Saúde (SNS) fantástico”, disse.

Segundo Francisco George, os resultados foram também “muito positivos” na investigação da fonte do problema, que “era a principal preocupação”.

“Ao fim de poucas horas foi possível perceber o que se estava a passar, encerrar, do segundo para o terceiro dia, a fábrica que estava a emitir as partículas contaminadas com essa bactéria”, disse.

Para Francisco George, “foi uma situação muito grave que mobilizou todos os meios e teve um grande apoio político”: “Conseguimos, ao fim de 15 dias, declarar o fim da epidemia”.

Uma das primeiras preocupações enquanto DGS deu-se no “pico” do verão de 2004, no Algarve, com um alerta vindo da Irlanda de que dois cidadãos daquele país apresentavam encefalite após estadia em Portugal e que o agente suspeito era o vírus do Nilo.

A infeção por vírus do Nilo Ocidental é transmitida através da picada de um mosquito. Uma em cada cinco pessoas infetadas exibe doença febril e um em cada 150 desenvolve meningite, encefalite ou meningoencefalite.

“Tivemos de demonstrar que os mosquitos estavam infetados. Fizemos o cálculo do número de picadas de mosquito preciso para provocar um caso de doença e fomos ver quem podia ter 500 picadas. Concluímos que são os que observam a natureza, nos postos de observação de aves. Os irlandeses em causa tinham, de facto, estado num posto de observação de aves ao fim da tarde e tinham sido martirizados por mosquitos”.

O posto foi encerrado e, mais tarde, a Quinta do Lago era identificada como local da infeção, o que obrigou ao uso de inseticidas, mesmo contra a vontade do então organismo que tinha a tutela das culturas e proteção vegetal.

“Tomei a atitude de usarmos os inseticidas para proteção humana. A proteção vegetal é muito importante, mas neste caso estava em causa a proteção humana”, disse.

Numa ação que contou com “um grande apoio de Luís Filipe Pereira”, na altura ministro da Saúde, a situação foi resolvida sem o fecho da Quinta do Lago, o qual esteve eminente.

A ameaça do bioterrorismo e do “pó branco”, a pandemia de gripe A, o susto do dengue, os casos sempre alarmantes de meningite, a tosse convulsa, a hepatite A e o sarampo foram alvo da política de saúde pública nos últimos anos e contaram com decisões, nem sempre fáceis, de Francisco George.

Quando Portugal, à semelhança de outros países europeus, se confrontou este ano com um surto de hepatite A, o DGS não teve dúvidas: “Prejudicámos os viajantes, aqueles que iam fazer viagens e tinham indicação para ser protegidos”.

Isto porque a Direção-Geral de Saúde decidiu concentrar o ‘stock’ de 12 mil vacinas que estavam distribuídas nas farmácias “a favor do controlo da epidemia”.

“Era preciso parar com a atividade viral naquela comunidade, a fim de proteger os que não tinham ainda a doença, na comunidade em causa, mas também evitar que saltasse para outras comunidades”, disse.

A última intervenção de Francisco George vai acontecer no dia 20 de outubro, na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, e terá como tema “44 anos de serviço público”.

Depois, vai gozar umas férias “curtas” e abraçar outros desafios, um dos quais já foi assumido, uma vez que se vai candidatar à presidência da Cruz Vermelha Portuguesa.

Consciente da “popularidade” que adquiriu nos últimos anos, Francisco George vê-se perfeitamente em outras funções, não na administração pública, onde não pode exercer por ter atingido o limite de idade (70 anos), mas para o bem público.

A esse propósito, soube-lhe bem ouvir o socialista Jorge Coelho referir, num programa televisivo, que Francisco George era o homem certo para lidar com questões como os donativos para ajudar as vítimas dos incêndios em Pedrogão Grande, em nome da transparência que tanto advoga.

“Se isso acontecesse, porque não? Missões dessa natureza, aceito, como aceitei participar numa campanha contra a discriminação de ciganos”, afirmou.

E sobre o Estado para o qual trabalhou mais de quatro décadas, Francisco George prescreve “justiça”.

“O Estado tem que ser justiça, tem que ser absolutamente transparente. Há aqui uma garantia de servir os cidadãos de uma forma absolutamente transparente. O Estado é o garante do Estado social”.

Francisco George
As normas de orientação clínica vão passar a ser feitas em conjunto com a Ordem dos Médicos, anunciou o diretor-geral da Saúde,...

“Tem sido um sucesso e vamos reforçar. Vamos trabalhar mais esta área com a Ordem dos Médicos e fazer com que as normas, em lugar de serem da inteira responsabilidade da Direção-geral da Saúde (DGS), passem também a ser da Ordem dos Médicos em termos paritários. E porque não a sua assinatura ser conjunta, do diretor-geral e do bastonário?”, questionou Francisco George.

As normas de orientação clínica são um conjunto de recomendações técnico-científicas sistematizadas e que visam apoiar o médico na tomada de decisões acerca dos cuidados de saúde dos seus doentes. No fundo, resumem os dados científicos acerca de uma patologia ou de um tratamento e disponibilizam-nos ao médico, para que atue da melhor maneira possível.

O diretor-geral da Saúde assume que as normas de orientação clínica (NOC) foram o trabalho que mais duvidou que fosse possível cumprir nos seus 12 anos a liderar a DGS, de onde sai dentro de um mês por ter atingido os 70 anos.

Quando se iniciou, com a Ordem dos Médicos, o trabalho de produzir as NOC “muitos pensavam que ia ser difícil”. Noutros países há agências com muita experiência e recursos e em Portugal não havia esse hábito, que acabou por ser uma imposição da ‘troika’.

“Pensei que se não fosse [um trabalho] bem feito poderia ser alvo, em congressos, de chacota, de discórdia e de revolta. Começámos depois a ver que as normas eram muito boas, muito bem feitas. Mobilizámos 500 consultores nas várias especialidades e agora estamos num processo de auditorias. Têm sido bem aceites. Nunca existiu um congresso em que tivessem sido postas em causa”, descreve.

Agora, as normas de orientação clínica devem ser reforçadas, sendo um trabalho conjunto com a Ordem dos Médicos, que poderá assinar os documentos em conjunto com a DGS, o que significará que resultam de um consenso e são corretas.

Para avançar com estas normas conjuntas vão ser inicialmente escolhidos 20 temas, que abarquem as doenças mais frequentes, como diabetes, patologias do foro cardiovascular e outras que possam ser causa de mortalidade precoce.

Aliás, Francisco George considera como “uma das marcas deste mandato” na DGS o combate à mortalidade precoce, antes dos 70 anos.

“Não tem o mesmo significado um enfarte do miocárdio fulminante aos 65 anos ou aos 85. Há aqui uma diferença e temos de olhar para ela. Temos de fazer com que as pessoas de 65 anos vivam mais 20”, declarou o responsável pela saúde pública em Portugal, que vai abandonar o cargo ao fim de 44 anos dedicados à administração pública.

Francisco George
Portugal é atualmente o país europeu com menos abortos por cada mil nascimentos vivos, o que vem demonstrar que a interrupção...

A cerca de um mês de acabar a sua carreira de 44 anos na administração pública, Francisco George fez uma retrospetiva de alguns dos casos de sucesso na saúde pública, nos quais inclui a interrupção voluntária da gravidez (IVG).

“A IVG foi um sucesso, um grande sucesso. Ao longo destes anos analisámos os registos e percebemos que, todos os anos, há menos interrupções do que no ano anterior. [O número] tem descido e essa descida é acentuada. Temos menos 15% de interrupções do que quando começámos e 15% é importante”, resumiu o diretor-geral da Saúde.

Em 2007, um referendo nacional veio permitir que as mulheres em Portugal passassem a poder interromper uma gravidez até às 10 semanas, num estabelecimento de saúde reconhecido e com capacidade para tal. Antes disso, o aborto era penalizado e criminalizado.

A DGS assegurou, na altura, a regulamentação e implementação da lei que permite a interrupção da gravidez, mas Francisco George admite que muito deste trabalho se ficou a dever a Albino Aroso, considerado o “pai” do planeamento familiar.

Segundo Francisco George, atualmente, Portugal está “no lugar mais cimeiro ao nível europeu” no que se refere às interrupções de gravidez, sendo o país com “menos interrupções por cada mil nascimentos vivos”.

“[O aborto] era um problema da sociedade portuguesa. Interrupções feitas sem condições de higiene, de dignidade para a mulher. O reconhecimento deste direito [à IVG] veio melhorar as condições de saúde da própria mulher”, considera o diretor-geral da Saúde.

O responsável pela saúde pública salienta que deixaram de chegar às urgências casos de mulheres com rutura de órgãos, como vagina e útero, decorrentes de manobras realizadas em abortos mal feitos.

“Temos aqui um programa de sucesso”, conclui, reforçando a redução anual de abortos a pedido da mulher.

No início da aplicação da lei, Francisco George ainda “recebia protestos de alguns grupos” de cidadãos, mas diz que, hoje em dia, “já não se fala no assunto”.

Aos que ainda possam ter dúvidas, deixa a questão: “Alguém se convence de que se a lei não existisse, as interrupções não existiam?”.

O relatório oficial das interrupções da gravidez mais recente refere-se a dados de 2015, ano em que se registou o número de abortos mais baixo desde 2008, primeiro ano completo desde que entrou em vigor a lei que despenalizou o aborto até às dez semanas de gravidez.

Este documento mostra que houve uma diminuição de 1,9% nos abortos por opção da mulher entre 2014 e 2015, tendo sido feitas 15.873 interrupções por decisão da grávida nesse ano.

Tão debatida como chegou a ser a despenalização do aborto promete ser a eutanásia, assunto sobre o qual Francisco George recusa tomar uma posição enquanto diretor-geral da Saúde.

“Não faço declarações públicas sobre a eutanásia. Tenho duas posições. Como diretor-geral da Saúde não tenho possibilidade de clarificar esse assunto, porque esse trabalho ainda não foi feito ao nível dos colégios que aqui se juntam para discutir este problema. O diretor-geral não se pronuncia sobre a eutanásia”, afirma, de modo categórico.

Quanto ao cidadão Francisco George, “no plano pessoal”, gostaria de, no fim da sua vida, evitar sofrimentos exacerbados e situações de grande dependência, optando antes por pedir que lhe fosse acelerado o final da vida.

Campanha
O município de Bilbau, no norte de Espanha, desencadeou uma grande polémica ao decidir distribuir folhetos para informar os...

“Esmaga bem a tua linha” (“Pica bien tu raya”) e “Não partilhes o teu rolo” (“Rula con tu rulo”) são algumas das mensagens que se podem ler nos cartões, idênticos aos cartões de crédito, que são distribuídos aos potenciais consumidores de cocaína nos postos de informação da autarquia sobre drogas e sexualidade.

O município referiu que pretendia explicar aos consumidores de cocaína que devem esmagar bem a droga antes de a ‘snifarem’ para evitar “danos nas fossas nasais” e cada um também deve usar o seu “rolo” (ou nota) para reduzir a ocorrência de contágios de qualquer enfermidade.

“O nosso objetivo não é a promoção do consumo, mas se isso for feito que seja um consumo seguro, responsável e minimizando os riscos e danos para a saúde”, disse a responsável da autarquia pela área da saúde, citada pela imprensa local.

A socialista Yolanda Díez insiste que se pretende “minimizar os malefícios” entre aqueles que estão decididos a consumir algum estupefaciente.

A campanha foi suspensa ontem depois da controvérsia lançada nas redes sociais e das críticas de várias associações e pelo menos um partido político.

“É uma verdadeira parvoíce dar uma espécie de ‘kit’ de consumo com um slogan tão leviano e frívolo ", indignava-se na terça-feira o Partido Popular (direita) numa declaração, onde sublinhava ainda que se estava a banalizar a utilização desta droga.

A autarquia deixou ontem de fornecer o material aos consumidores de droga, mas vai manter um ponto de informação móvel nos sábados à noite nas zonas de diversão dos mais jovens.

Segundo dados do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência referentes a 2015, 9,1 % dos espanhóis entre a idade de 15 e 64 anos declararam ter consumido cocaína pelo menos uma fez na vida, a segunda maior taxa na União Europeia.

Cruz Vermelha
A epidemia de cólera que alastra no Iémen poderá afetar cerca de 850.000 pessoas até ao final do ano, advertiu a Cruz Vermelha...

A epidemia “já atingiu proporções gigantescas”, declarou o responsável pelo Médio e Próximo Oriente da Comissão Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Robert Mardini.

A degradação das infraestruturas no Iémen após mais de dois anos de guerra civil entre o Governo apoiado pela Arábia Saudita e os rebeldes que controlam a capital, Sanaa, levou à maior epidemia de cólera no mundo.

A propagação da doença desacelerou nos últimos meses, mas ainda não está controlada.

“Em julho, dissemos que deveriam registar-se 600.000 casos até ao final do ano, mas agora já temos 647.000 casos suspeitos”, disse Mardini.

“Prevemos, neste momento, o pior dos cenários, ou seja, 850.000 casos até ao fim do ano”, acrescentou, sublinhando que a epidemia “não está sob controlo”.

No início desta semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que 2.065 pessoas morreram devido a contaminação com cólera.

“O ritmo abrandou um pouco, mas na semana passada acelerou novamente”, afirmou Mardini, precisando que há 4.700 casos suspeitos declarados por dia.

“Trata-se da pior crise de saúde da história recente causada por uma doença evitável”, frisou o responsável da CICV, numa conferência à margem do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que decorre em Genebra.

A OMS indicou que a doença se propagou rapidamente por causa da deterioração das condições de higiene e sanitárias, com milhões de pessoas que deixaram de ter acesso a água potável no país.

Menos de metade dos equipamentos de saúde estão em condições de funcionamento, muitas das equipas profissionais não são pagas há cerca de um ano, e menos de 30% dos medicamentos necessários são fornecidos, segundo Robert Mardini.

De acordo com estimativas da ONU, mais de 8.400 pessoas, incluindo civis, morreram na guerra civil do Iémen, que a organização considera ter provocado a pior crise humanitária do planeta, com várias regiões em que a população está à beira da fome.

O conflito que opõe rebeldes apoiados pelo Irão, que controlam a capital, Sanaa, e o norte do Iémen, às forças pró-governamentais concentradas no sul e apoiadas por uma coligação militar dirigida pela Arábia Saudita.

Em Amarante
A população de Amarante está a ser desaconselhada a contactar com o Tâmega devido à camada de algas que, há vários dias, se...

O presidente do município, José Luís Gaspar, disse que a recomendação é uma "medida preventiva" e estende-se às atividades balneares, de pesca e de embarcações de recreio utilizadas diariamente, nomeadamente por muitos turistas que visitam a cidade.

A decisão foi tomada na sequência de uma reunião convocada pela autarquia para análise da situação, em que participaram representantes da autoridade local de saúde, dos bombeiros e da GNR.

As análises mandadas realizar pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vão esclarecer o tipo de alga que cobre, na zona de Amarante, a quase na totalidade o leito do rio. Pretende-se aferir, frisou o presidente, se a camada é formada por algas verdes, que não são tóxicas, ou pelas designadas algas azuis, também designadas por cianobactérias, cuja toxicidade pode ser prejudicial para a saúde humana.

Se for o segundo caso, insistiu José Luís Gaspar, há que redobrar os cuidados.

O presidente da autarquia disse não se lembrar de ver o rio que atravessa a cidade coberto por uma camada tão extensa e espessa de algas, um manto que, precisou, também se verifica em Mondim de Basto.

Além disso, sublinhou, é a primeira vez que se observa este fenómeno, de montante para jusante, recordando que, desde o início de setembro, se começou a observar uma camada de algas na zona de Chaves.

Em anos mais secos, ocorre com frequência o aparecimento de uma camada verde a cobrir o rio, mas que evolui a partir da barragem do Torrão, a jusante de Amarante, em direção à proximidade daquela cidade.

Questionado sobre o que provoca a situação atual no Tâmega, na sua cidade, José Luís Gaspar respondeu que se deve à presença excessiva na água de material orgânico, um problema que afirmou não ser novo e transversal a vários municípios, associada ao reduzido caudal do rio, que disse estar a um nível nunca visto na cidade devido à seca que assola a região.

Referiu, a propósito, que dois dos mais importantes afluentes do Tâmega, a jusante da barragem de Daivões, que está a ser construída na zona de Ribeira de Pena, estão praticamente secos, o que também é novo na região.

O presidente de Amarante disse não estabelecer relação entre as obras em curso na barragem e a situação que se observa no rio, mas admitiu estar preocupado com o nível do caudal e a aparente estagnação que se observa na água, o que já foi comunicado à APA.

Após experiência em Portugal, Brasil e Cabo Verde
Especialistas da saúde querem aproveitar a experiência do Brasil, Cabo Verde e Portugal para levar a telemedicina a toda a...

A intenção foi avançada ontem à imprensa pela responsável do serviço de telemedicina de Cabo Verde, Vanda Azevedo, e pelo coordenador da Rede Universitária de Telemedicina, Luiz Ary Messina, durante a abertura da primeira reunião do setor, que acontece na cidade da Praia.

"Aguardamos esta reunião com alguma ansiedade, porque se Cabo Verde, Brasil e Portugal já têm um programa estruturado de telemedicina, os outros países (da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) não têm. Então queremos ver se conseguimos unificar os processos", apontou Vanda Azevedo.

A responsável médica afirmou que Cabo Verde, Brasil e Portugal já partilham experiências e querem que esses conhecimentos sejam partilhados também com Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e os outros países que falam português.

"A experiência existente em Portugal, Brasil e Cabo Verde - e daí a realização da reunião em Cabo Verde, pela experiência com as nove ilhas habitadas - vai ser fundamental para os outros países que ainda não têm", completou Luíz Ary Messina.

O coordenador da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) do Brasil, um dos organizadores da reunião, notou que todos os ministérios da Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) já estão conscientes da prática da saúde digital, mas referiu que serão precisos recursos para se poder avançar mais rápido.

"O mais importante, talvez, seja o facto de já termos alguns países com experiência e termos a participação massiva dos representantes dos Ministérios de Saúde da CPLP (na reunião)", prosseguiu.

Apenas a Guiné-Equatorial e Timor-Leste não marcam presença com nenhum representante na reunião, que terá a duração de três dias e em que serão debatidos vários temas sobre a saúde digital em língua portuguesa.

Luíz Ary Messina recordou que em março do ano passado foi elaborado e aprovado um roteiro estratégico de telemedicina para a CPLP e que a reunião vai servir para elaborar um plano de trabalho sobre as ações e o que será necessário para a aplicação.

O coordenador da RUTE destacou a importância do plano de trabalho que irá sair da reunião, considerando que vai servir para os países procurarem recursos em conjunto e integrar todos os outros e cada um individualmente no setor.

"Aos poucos, todos os ministérios de Saúde vêm-se dando conta da importância da saúde digital. A minha expetativa e esperança é que isso comece a servir e seja compreendido como uma vacina para todos os processos na área da saúde", manifestou Luiz Messina.

O coordenador sublinhou a importância da participação do setor privado, considerando que serão os produtos gerados pelas empresas que servirão para um maior avanço na medicina digital ao nível da comunidade de língua portuguesa.

15 de setembro - Dia Internacional do Linfoma
A Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas tem em curso até ao final de setembro uma campanha para explicar as...

Criada há 16 anos, e desde 2014 Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), a associação sediada no Porto apoiou nos últimos três anos "cerca de 500 doentes", pretendendo com a nova campanha "Quando as pequenas coisas fazem a grande diferença" chegar a muito mais portugueses.

A campanha, que decorre no âmbito do Dia Internacional do Linfoma assinalado na próxima sexta-feira, visa combater o facto de a "maior parte das pessoas não saber o que é um linfoma", contou a presidente da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL), Isabel Barbosa.

“O linfoma é um cancro”, frisou a responsável, explicando que, em Portugal, “a maior parte das pessoas sabe o que é a leucemia, mas desconhece o que é o linfoma, que é só a doença de sangue mais frequente”.

Caracterizada pelo “surgimento de células anormais – linfócitos – que levam ao aparecimento de gânglios aumentados, principalmente nas axilas, pescoço e virilhas”, a doença continua, segundo Isabel Barbosa, “a ser motivo de confusão para as pessoas”.

Com o envelhecimento da população portuguesa, a especialista prevê mesmo o surgimento de “cada vez mais casos de linfomas e mielomas, doenças de sangue que atacam pessoas de idade mais avançada.

"No caso dos linfomas há, por ano, entre 1.700 e 2.000 novos casos em Portugal", revelou Isabel Barbosa, informando haver "mais de 60 subtipos de linfomas" e que esse é um detalhe "muito importante para poder determinar o tratamento".

Prestando apoio social, nas áreas da psicologia e apoio económico aos doentes mais carenciados e referenciados pelas assistentes sociais dos hospitais, a APLL "ajuda-os na aquisição, entre outros, de medicamentos, produtos de higiene, próteses dentárias e óculos", disse a presidente.

"Nos últimos três anos, ajudámos cerca de 500 doentes nos quatro meses após terem saído do hospital", relatou a responsável da associação que conta com 30 voluntários e mais de um milhar de associados.

No âmbito do "Mês das Doenças Malignas do Sangue", a APLL vai desenvolver até final de setembro outras atividades, entre elas a apresentação do livro "Somos todos heróis", com testemunhos de 50 pessoas que superaram doenças do sangue, e uma exposição fotográfica itinerante, denominada "Sempre em forma".

No dia 22 estarão representados quer no Mercado do Bom Sucesso quer na Fundação Manuel António da Mota, dando informação sobre o Dia Mundial da Leucemia Mielóide Crónica, alertando para a doença e fazendo angariação de fundos.

No âmbito da campanha "Quando as pequenas coisas fazem a grande diferença", a APLL está também a pedir na rede social Facebook uma fotografia com uma frase sobre "que pequena coisa fez alterar a sua vida".

Com um trabalho assente no voluntariado, a APLL conta com o apoio de pessoas entre os 30 e 50 anos "temporariamente desempregadas", mas também da colaboração de reformados, congratulando-se Isabel Barbosa também pelo apoio prestado "por grupos de jovens" durante as férias de verão.

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Desde setembro de 2016 foram realizadas 19.505 consultas de saúde oral em 11 centros de saúde que integram um projeto-piloto...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) adianta que o projeto-piloto dos cuidados de saúde oral nos cuidados de saúde primários vai ser alargado a mais 12 centros de saúde durante o segundo ano de implementação.

Para a presidente do conselho diretivo da ARSLVT, Rosa Valente de Matos, os resultados alcançados no primeiro ano são "muito positivos", sublinhando que este projeto é "um excelente exemplo dos cuidados de proximidade" que se pretendem prestar aos utentes.

Integram o projeto, a Unidade de Saúde Familiar do Monte da Caparica e os centros de Saúde de Mafra-Ericeira, Lourinhã, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Rio Maior, Cartaxo, Salvaterra de Magos, Moita e Fátima.

“As consultas de saúde oral refletem o nosso investimento numa equipa de saúde composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, dentistas e outros profissionais. Com este projeto piloto apostámos na promoção da saúde, sobretudo dos utentes mais vulneráveis”, acrescenta Rosa Valente de Matos, citada no comunicado.

Nos primeiros três meses do projeto, até dezembro, foram abrangidos os doentes portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e transplantados. Desde o início deste ano, todos os utentes daqueles locais passaram a poder ser referenciados para consultas de Medicina Dentária.

De acordo com a informação facultada pela assessoria da ARSLVT, a maioria das consultas foram concedidas a doentes isentos, sendo que uma minoria foi submetida ao pagamento da taxa moderadora equivalente a um total de sete euros.

Especialistas alertam
A coordenadora das I Jornadas do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna alertou...

Elga Freire falava a propósito do encontro que se realiza sábado, no Porto, no qual se irá destacar os cuidados paliativos não oncológicos, já que “os cuidados paliativos continuam a ser muito associados às doenças oncológicas e introduzidos apenas numa fase terminal”.

De facto, “apesar de ser já consensual que deve haver uma introdução precoce dos cuidados paliativos no tratamento das doenças oncológicas e não oncológicas, a par de todos os outros cuidados, mesmo que o objetivo seja curar, estes continuam a ser associados às últimas semanas ou meses de vida dos doentes”, considerou.

Neste âmbito, sustenta a especialista em medicina interna e coordenadora do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa, “aos médicos cabe fazer a avaliação de necessidades de doentes complexos e suas famílias, providenciar alívio de sintomas, saber comunicar eficazmente e trabalhar em equipa”.

Sobre o facto das jornadas se centrarem no debate dos cuidados paliativos não oncológicos, a especialista explicou que é “importante alertar que as doenças não oncológicas, nomeadamente as insuficiências de órgão como a insuficiência cardíaca, a doença renal crónica avançada, as doenças respiratórias crónicas, a doença hepática avançada ou a sida são áreas que carecem de uma atenção específica em cuidados paliativos. Esse é um dos objetivos destas jornadas”.

Salientou que “grande parte das ações de formações e reuniões científicas no âmbito de cuidados paliativos se dedicam sobretudo aos doentes oncológicos, quer a população em geral, quer a população médica ainda associa estes cuidados a esta área”.

Em seu entender, “um dos grandes desafios vem da parte das doenças neurológicas e degenerativas, nas quais se incluem as demências e a esclerose lateral amiotrófica, entre muitas outras”.

Quem sofre destas doenças é, de acordo com a especialista, “cada vez mais alvo dos cuidados dos internistas”, sendo por isso necessário que “estes estejam também preparados para lidar com estas situações. E cada vez mais cedo”.

Com estas jornadas, o Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna pretende dirigir-se “a todos os profissionais de saúde que lidam com pessoas com doenças graves e/ou avançadas e progressivas, sejam da medicina interna, dos cuidados paliativos, ou dos cuidados de saúde primários”.

No encontro, que decorrerá no auditório da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, serão partilhadas as experiências de vários internistas e serão apresentados e discutidos exemplos de organização de resposta multidisciplinar às necessidades específicas das doenças neuromusculares em ambiente hospitalar e domiciliário.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde prepara-se para estabelecer novas metas relativamente aos teores de sal e açúcar, que serão sugeridas...

Há marcas de bolachas de água e sal e do tipo Maria que usam o dobro do sal e da gordura para produzir produtos similares. Este foi o resultado de um trabalho de análise a dois dos tipos de bolachas mais consumidas em Portugal, efetuado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e que permitiu aos investigadores concluir ser possível produzir os mesmos produtos com melhor qualidade nutricional. Por isso, os autores do estudo reforçam no documento a necessidade de serem "estabelecidas metas que permitam a reformulação gradual destes alimentos".

Atenta a esta realidade, a Direção-Geral da Saúde está a preparar-se para determinar algumas metas, que serão recomendadas à indústria alimentar com vista à reformulação das bolachas. Ao Diário de Notícias, Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, destaca a importância do trabalho feito pelo Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA, que ajuda "a tomar decisões".

"Temos de tentar criar ambientes nos supermercados, nos mercados e nas lojas para que a oferta alimentar tenha teores médios menores de açúcar e de sal. Estamos a ultimar aquilo que podem vir a ser metas ou objetivos", adiantou. Dentro de algumas semanas, a DGS deverá "reunir-se com a indústria alimentar no sentido de fazer sugestões de reformulação de produtos", não só de bolachas mas também de outros setores, entre os quais a charcutaria. "As decisões têm de ser tomadas pelo Estado e pela indústria, para que cheguemos a objetivos alcançáveis."

Quinze marcas analisadas
Em 2015, os investigadores adquiriram 15 tipos de bolachas (oito marcas de bolachas de água e sal e sete marcas de bolachas tipo Maria) em grandes superfícies na região de Lisboa, incluindo produtos de marca branca, de marca comercial, sem glúten e sem açúcar. "O objetivo era realizar uma análise comparativa dos teores de gordura, sal e perfil de ácidos gordos de bolachas Maria e de água e sal, para atualizar a informação nutricional relativa a estes produtos e também para estimar o potencial risco/benefício para a saúde tendo por base as recomendações de ingestão diária para os referidos nutrientes", explica Helena Soares, investigadora do Departamento de Alimentação e Nutrição e uma das autoras do estudo.

As bolachas de água e sal analisadas apresentam teores superiores de gordura total e de sal. Por isso, Helena Soares destaca a importância de "definir medidas de reformulação gradual por forma a melhorar o seu perfil nutricional, sobretudo relativamente aos teores de sal".

Contudo, para os investigadores, o mais importante foi terem verificado que nos dois tipos de bolachas existiam grandes variações, já que há marcas que chegam a usar o dobro do teor de sal e gordura para produzir produtos semelhantes.

Por exemplo, para o teor de sal nas amostras analisadas de bolachas de água e sal observou-se uma variação de 0,984 g a 1,82 g/100 g e para o teor de gordura total nas amostras analisadas de bolachas Maria verificou-se uma variação de 8,73 g a 19,5 g/100 g. "Este trabalho permite concluir que é possível produzir produtos similares com melhor qualidade nutricional", sublinha a investigadora.

A investigação revelou ainda que as bolachas analisadas apresentam teores elevados de gordura saturada, cujo consumo excessivo está associado a um aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Pão em primeiro lugar
Pedro Graça acredita que os dois tipos de bolachas estão entre os mais consumidos em Portugal, existindo a noção de que são as mais interessantes do ponto de vista nutricional. "O que este estudo demonstrou é que devemos ser cuidadosos com o consumo de qualquer tipo da bolachas. Há bolachas que são nutricionalmente mais equilibradas, mas o pão deveria ser sempre a primeira escolha como fornecedor de hidratos de carbono", frisa o responsável.

Substituído nos últimos anos por produtos de pastelaria e bolachas, o pão "tem sido denegrido, mas continua a ser um excelente alimento, uma boa fonte de energia e uma energia limpa, ou seja, com quantidades reduzidas de substâncias adicionadas".

Pedro Graça diz que "há uma ideia relativamente falsa que leva a que as bolachas sejam apenas associadas ao açúcar, mas não existe noção de que mesmo as bolachas doces têm quantidades muito elevadas de sal". Um dado importante, destaca o nutricionista, num país onde "40% da população sofre de hipertensão".

A importância do rótulo
O diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável lembra que "felizmente, hoje em dia, a rotulagem dá aos consumidores uma informação clara sobre o valor energético, teor de sal e de gordura", o que lhes permite escolher as que mais lhe convêm do ponto de vista nutricional. Embora, ressalva, o pão seja sempre a melhor escolha. Além do trabalho que tem feito e que vai continuar a fazer com a indústria alimentar, a Direção-Geral da Saúde mantém a preocupação em "motivar, capacitar os cidadãos para que leiam os rótulos e façam escolhas mais interessantes".

Nas conclusões do trabalho, os investigadores do Instituto Ricardo Jorge destacam que "algumas bolachas apresentam quantidades superiores de ácidos gordos insaturados, que podem contribuir para a prevenção de doenças crónicas e diminuir o impacto na saúde relacionado com o consumo deste tipo de alimentos". Já o teor de ácidos gordos decresceu em comparação com os dados anteriores existentes na literatura.

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