Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Évora e Beja apresentam hoje risco ‘extremo' de exposição à radiação ultravioleta, enquanto os restantes...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apenas os grupos Central e Oriental dos Açores apresentam um valor 'moderado' de exposição a estes raios.

O risco 'extremo' corresponde a uma situação de "perigo" aconselhando o IPMA a que se evite o mais possível a exposição ao Sol. No caso de risco 'muito elevado' é recomendado o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Para hoje o IPMA prevê uma pequena subida da temperatura mínima e vento forte com rajadas no litoral oeste e nas terras altas.

Com a subida das temperaturas, os termómetros deverão chegar aos 39.º em Beja e Évora, 38.º em Castelo Branco, 37.º em Portalegre, 36.º em Santarém, 34.º em Bragança, 33.º em Vila Real e Viseu, 32.º em Lisboa e 31.º em Coimbra.

Para os Açores esperam-se períodos de céu muito nublado e aguaceiros nos grupos Central e Ocidental.

Na Madeira é esperado céu muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul da ilha da Madeira. O vento será moderado de nordeste, soprando moderado a forte nas terras altas até meio da manhã.

Estados Unidos da América
O Senado dos Estados Unidos recusou na terça-feira à noite a primeira proposta dos republicanos submetida a votação nessa...

Com 43 votos a favor e 57 contra, os republicanos não foram capazes de aprovar o projeto em que trabalhavam há várias semanas, ao qual se opuseram nove senadores do seu próprio partido.

É provável que os republicanos voltem a votar um novo projeto para rejeitar o Obamacare sem um plano para o substituir, proposta que também deve ser derrotada por falta de apoio.

Estas votações surgem depois de a Câmara Alta aprovar, também na terça-feira, o início de um novo procedimento legislativo de modo a permitir a discussão da alteração da legislação sobre acesso aos cuidados de saúde.

O resultado dessa votação foi de 51-50, tendo sido necessário que o vice-presidente, Mike Pence, que preside ao senado, desempatasse os senadores.

Incêndios
Cerca de 30 concelhos da região de Trás-os-Montes e do Centro do país, onde se concentram os maiores incêndios, e quatro...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estão em risco 'Máximo' cerca de 30 municípios dos distritos de Castelo Branco, Guarda, Coimbra, Leiria, Santarém e Portalegre, assim como os concelhos de Monchique, Tavira, Castro Marim e Alcoutim, no distrito de Faro.

Estão em risco 'Muito Elevado' de incêndio mais de 70 concelhos das regiões Norte e Centro e oito municípios do Alentejo e Algarve.

O IPMA coloca ainda em risco 'Elevado' cerca de 60 concelhos que abrangem toda a região do Alentejo e parte dos distritos de Lisboa, Leiria, Coimbra, Viseu, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre "Reduzido" e "Máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Para hoje o IPMA prevê uma pequena subida da temperatura mínima e vento forte com rajadas no litoral oeste e nas terras altas.

Com a subida das temperaturas, os termómetros deverão chegar aos 39.º em Beja e Évora, 38.º em Castelo Branco, 37.º em Portalegre, 36.º em Santarém, 34.º em Bragança, 33.º em Vila Real e Viseu, 32.º em Lisboa e 31.º em Coimbra.

O vento tem sido um dos fatores que mais tem dificultado o combate às chamas. Durante esta noite, os incêndios que lavram no distrito de Castelo Branco e na zona de Mação, no distrito de Santarém, foram aqueles que concentraram uma maior atenção por parte da Proteção Civil.

Pelas 06:20, segundo a informação disponível na página da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), mais de 2.300 bombeiros combatiam as chamas, apoiados por 767 veículos e um meio aéreo. Os incêndios que mais meios tinham mobilizados eram os que lavram no distrito de Castelo Branco, com um total de 1.752 homens e 560 veículos.

Administração Regional de Saúde
O Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, irá ser um "espaço dedicado à criança" e albergará a nova Unidade de Saúde...

Estas informações foram transmitidas à presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), Helena Roseta, num ofício da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), datado de 07 de julho.

A 19 de junho, a presidente da AML enviou um primeiro pedido de esclarecimentos ao Ministério da Saúde relativamente ao novo hospital a construir na zona oriental, questionando "qual a sua dimensão, em número de camas e de valências", bem como "qual o futuro da atual rede hospitalar de Lisboa" até e após a entrada em funcionamento da nova unidade.

A resposta chegou por via da ARS-LVT, num documento composto por oito páginas, das quais apenas uma é dedicada ao novo hospital e ao futuro das seis unidades que fazem parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).

O documento refere que o Hospital de Lisboa Oriental irá ter "uma capacidade de 875 camas e um período de construção de três anos", pelo que se estima que entre em funcionamento em 2023.

"Após a transferência dos serviços para o novo hospital, [o Hospital Dona Estefânia] será transformado num espaço dedicado à criança, onde se poderão instalar organizações que trabalham em prol das crianças, abrindo o espaço à comunidade", lê-se no documento enviado à AML.

O ofício refere que o espaço poderá, "eventualmente, vir a ser um local adequado para a instalação da Unidade de Cuidados Continuados Integrados Pediátricos", sendo que está também prevista para aquele recinto a construção do novo centro de saúde de Arroios, que "integrará atividade direcionada ao planeamento familiar e aos cuidados da infância e maternidade".

O Hospital de Santa Marta ficará ligado às doenças cardiovasculares e no recinto "está, desde já, prevista a instalação de uma Unidade de Cuidados de Saúde Primários".

Já a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) "irá deixar as suas atuais funções, mantendo-se, no entanto, ao serviço da saúde".

Numa entrevista a 10 de junho, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, apontou que gostaria "muito" que o edifício onde atualmente funciona a MAC "fosse dedicado a uma área não assistencial, mas de saúde".

Tal poderá passar por um museu da saúde - que está instalado numa solução provisória - ou "outras áreas relacionadas com a memória".

"É importante que seja preservada em termos de continuidade histórica grande parte da memória que existe no SNS e, concretamente, na MAC, mas não temos a ideia fechada", disse na altura.

Segundo o ofício da ARS-LVT, também o Curry Cabral se manterá ligado à saúde, com "o perfil de atividades que no médio/longo prazo se revele necessário".

Em junho, o ministro havia referido que os edifícios onde funcionam o Curry Cabral e os Capuchos teriam "destinos independentes da saúde", o que ainda se mantém para este último.

Já o São José passará a "hospital de proximidade, servindo em especial a população do centro histórico com patologias crónicas".

Na carta, a ARS-LVT refere que o novo hospital, previsto ocupar 13 hectares em Chelas, será "geral e polivalente, com ensino universitário, deverá centralizar e substituir a maior parte da atividade atualmente assegurada nos hospitais que integram o CHLC", e contará ainda com Medicina Nuclear e Radioterapia.

Unidade Local de Saúde do Nordeste
A Unidade Local de Saúde do Nordeste anunciou que pretende reforçar o apoio na área da saúde materna, através da criação de uma...

O início do funcionamento da linha “está dependente de questões técnicas”, mas é esperada a entrada em funcionamento “o mais rápida possível, como indicaram os enfermeiros Sofia Morais e Francisco Antunes, na apresentação do projeto.

O propósito é disponibilizar um contacto de proximidade às mães que, depois de saírem da maternidade, vão poder ligar para esta linha e serem atendidas pelo enfermeiro especialista indicado para a sua área de residência.

O serviço faz parte do projeto “Apoiar na Maternidade”, promovido pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, e contemplado com um apoio financeiro de quase 11 mil euros pela Missão Continente, num concurso anual da cadeia de hipermercados para apoiar a saúde familiar em Portugal.

O projeto foi apresentado ontem em Bragança, no Centro de Saúde de Santa Maria, e tem como principal novidade a linha telefónica gratuita para “reforçar o apoio após a saída do Hospital, que irá permitir às mães e seus familiares esclarecer dúvidas e solucionar problemas relacionados com a maternidade”, segundo a instituição.

Para complementar este apoio disponibilizado através da linha telefónica, será ainda criada uma página na Internet “com o objetivo de facilitar a comunicação entre as mães e seus familiares com o enfermeiro especialista”.

Nesta plataforma digital, como explicou a ULS do Nordeste, “serão disponibilizados conteúdos sobre a gravidez, o parto, a recuperação pós-parto e os cuidados com o bebé, abrangendo a segurança, saúde e nutrição”.

A promoção do aleitamento materno é outra das vertentes deste projeto, que irá disponibilizar os mecanismos de suporte necessários para que as mães continuem a amamentar após a saída da Maternidade.

Para este fim, serão dotados com mais equipamento e material de apoio, “os cantinhos de amamentação instalados nos 14 Centros de Saúde do distrito de Bragança”.

Os responsáveis pela saúde na região de Bragança, defendem que “este projeto irá contribuir para a melhoria da qualidade de vida das mães/família, dando resposta às suas necessidades e indo ao encontro das suas expectativas, num momento que gera ansiedade e exige adaptações diárias no seio familiar”.

Governo Regional
O secretário regional da Saúde dos Açores afirmou que a rede de infraestruturas de saúde no arquipélago está “ao nível do...

“No momento em que formalizamos o arranque de mais um investimento na saúde no Pico, não tenho dúvidas em dizer que a rede de infraestruturas da saúde nos Açores, que está em fase de consolidação, se encontra ao nível do melhor que existe no país”, disse Ruis Luís.

O governante discursava na assinatura do contrato para as obras de requalificação do centro de saúde das Lajes do Pico, iniciativa integrada na visita estatutária que o Governo dos Açores está a efetuar a esta ilha, a segunda maior do arquipélago, depois de São Miguel.

Segundo o secretário regional da Saúde, “este tem sido um caminho trilhado de forma consistente e planeada, que tem em conta a descontinuidade geográfica e as necessidades especiais” da condição de arquipélago.

“Numa década, a construção de raiz de novas unidades de saúde contemplou várias ilhas, de forma a dotar os profissionais de saúde de condições de trabalho à altura dos desafios de uma região que não pode dispor de um hospital em todas as ilhas, mas, sobretudo, no sentido de garantir mais e melhores cuidados de saúde aos açorianos”, continuou.

São Miguel, Terceira e Faial são as únicas ilhas com hospital.

Rui Luís precisou que “nos últimos dez anos foram inaugurados os novos centros de saúde da Graciosa, de Ponta Delgada [São Miguel], da Madalena do Pico, de Santa Maria, ampliado o centro de saúde da Praia da Vitória” e foram construídos o hospital da Terceira e um novo bloco no hospital da Horta, Faial.

O secretário da Saúde garantiu que o plano de modernização das infraestruturas de saúde “vai prosseguir nos próximos anos, com investimentos que contemplarão diversas ilhas”.

Em fase de execução encontra-se a empreitada de reabilitação do centro de saúde da Calheta, na ilha de São Jorge, tendo sido assinado o contrato para a ampliação do centro de saúde de Santa Cruz das Flores.

Segue-se a beneficiação do hospital e do novo centro de saúde da Horta e do centro de saúde das Velas, em São Jorge.

“Estamos a falar de um investimento público em infraestruturas, a desenvolver ao longo desta legislatura, superior a 10,4 milhões de euros, o qual reputamos de grande importância para responder ao direito dos açorianos de terem um seu Serviço Regional de Saúde com cada vez mais qualidade e cada vez mais acessível”, acrescentou Rui Luís.

A requalificação do centro de saúde das Lajes do Pico é um investimento na ordem dos 700 mil euros e tem um prazo de execução de um ano.

A deslocação do Governo dos Açores ao Pico, ilha do grupo central do arquipélago, termina hoje e cumpre o Estatuto Político-Administrativo da região, segundo o qual o executivo regional deve visitar cada uma das ilhas pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo reúna na ilha visitada.

26 de julho - Dia Mundial dos Avós
São, cada vez mais, uns segundos pais. Mais do que dar colo, acompanham filhos e netos, ajudam, educam, partilham alegrias e...

“O cristalino sofre um processo de envelhecimento ao longo dos anos”, confirma Manuel Monteiro Grillo, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). É à alteração deste cristalino que se dá o nome de catarata, “que é uma das principais causas de cegueira em todo o mundo”. Aliás, de acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde, estima-se que as cataratas venham a ser a causa de cegueira reversível em 50 milhões de pessoas até 2025. Mas não tem que ser assim, confirma o especialista. “Há tratamento disponível capaz de evitar a cegueira e devolver a visão. A oftalmologia evolui muito e consegue dar cada vez mais respostas satisfatórias.”

A este problema junta-se outro, também ele frequente na população mais idosa, a degenerescência macular relacionada com a idade (DMI), uma doença da retina que se manifesta acima dos 50 anos, sendo a sua principal característica a perda da visão central. Por cá, os dados da DGS estimam que este problema progressivo, que é assintomático nas suas formas mais precoces, afete 12,5% da população portuguesa, estando as suas formas mais tardias associadas a perda grave de visão ou cegueira.

Ainda desconhecido por muitos, o glaucoma é subdiagnosticado e “silencioso” ao provocar danos progressivos na visão sem aviso até às fases mais avançadas da doença. Apesar de o tratamento ser eficaz na estabilização desta patologia, é incapaz de reverter as lesões já provocadas. Isto significa que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a visão preservada.

O glaucoma afeta cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis.

“A nossa maior preocupação aqui é levar as pessoas a procurar cuidados oftalmológicos, uma vez que a maioria apenas recorre ao especialista numa situação tardia, quando é mais difícil realizar um tratamento eficaz”, alerta o presidente da SPO. De facto, são cada vez mais as soluções disponíveis para melhorar a acuidade visual e evitar a cegueira. Não só evoluíram os métodos de diagnóstico, como também os tratamentos, “que tornam hoje possível que se previnam e tratem doenças que há uns anos eram consideradas incuráveis.” O importante é estar atento aos sinais e procurar um especialista.

26 de julho - Dia Mundial dos Avós
Com uma boa higiene oral e consultas regulares com o médico dentista, os dentes podem durar toda a vida e as gengivas podem...

“Muitos dos fatores de risco das doenças orais são comuns a diversas doenças crónicas, como a diabetes ou as doenças cardiovasculares, por isso, os idosos requerem uma atenção especial”, lembra João Caramês, fundador e diretor clínico do Instituto de Implantologia®.

A ausência parcial ou total de dentes provoca graves consequências físicas e emocionais. A falta de dentes causa enorme impacto na auto-estima e a capacidade de mastigação torna-se mais reduzida, afetando as escolhas alimentares, o que pode contribuir para deficiências nutricionais e, consequentemente, para o aparecimento de outras doenças.

Com o avançar da idade, os problemas mais recorrentes são as cáries, principalmente as cáries radiculares (nas raízes dos dentes), a doença periodontal (que afeta as gengivas e os ossos maxilares) e as alterações funcionais da cavidade oral decorrentes da perda ou do desgaste dos dentes. Outras alterações associadas à idade estão relacionadas com o aparecimento de mucosas mais sensíveis, alteração da cor dos dentes, diminuição da perceção de determinados sabores, a xerostomia (sentir a boca seca) e até o cancro oral.

Escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia com um dentífrico fluoretado é a mais importante forma de prevenção de cáries dentárias e consequente perda de dentes.

“É comum os idosos sentirem a boca seca, sobretudo devido à toma de alguns medicamentos que reduzem a produção de saliva. Por isso, o aconselhamento com o médico dentista é fundamental, sobretudo para saber como tratar esta disfunção”, acrescenta o também Professor Catedrático da Universidade de Lisboa.

A manutenção das próteses dentárias exige alguns cuidados especiais, como a correta higienização após as refeições. É importante remover as próteses durante o sono, para que as mucosas descansem durante algumas horas. Deve ser dada especial atenção ao eventual desgaste da prótese e ao seu ajuste na boca. As próteses devem estar corretamente adaptadas para não provocarem lesões nas mucosas e para permitirem a adequada mastigação dos alimentos.

26 de julho - Dia Mundial dos Avós
Celebra-se no próximo dia 26 de julho o Dia dos Avós. Num país onde o índice de envelhecimento atingiu, em 2016, o valor mais...

Este é o retrato de um país, que tendo atingido um nível maduro de desenvolvimento socioeconómico, se encontra, agora, num momento em que o apoio à população idosa é premente. Segundo a Cardiologista Ana Abreu, “com o avançar do tempo a incidência da fragilidade vai aumentando, tal como a ocorrência de comorbilidades e de síndromes geriátricos, criando-se um enquadramento negativo que predispõe cada vez mais à doença, nomeadamente à doença cardiovascular”.

Atendendo a este cenário, na voz da especialista Ana Abreu, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia defende a manutenção de estilos de vida saudáveis, ao longo da vida, deixando as seguintes recomendações não só à população, mas também a profissionais de saúde e cuidadores:

- É necessário promover estilos de vida saudáveis, com qualidade, incluindo alimentação saudável e incentivo ao exercício regular;

- Precisamos de ensinar e controlar a toma de medicamentos, com os cuidados inerentes à polimedicação (toma de diferentes panóplias de medicamentos), dando atenção a possíveis interferências medicamentosas;

- Os profissionais de saúde devem identificar corretamente fragilidade, comorbilidades, síndromes geriátricos, depressão do idoso, déficits cognitivos, anorexia do idoso e tratar estas situações o mais precocemente possível;

- O tratamento da fragilidade instalada deve passar por um programa de reabilitação multidimensional, adequado e progressivo, uma alimentação adequada, saudável, com suprimento dos déficits nutricionais e um enquadramento psicológico e emocional em família, ou em centros adequados, mantendo os idosos, sempre que possível, em ambientes conhecidos.

Deste modo, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) pretende, não só, ajudar a prolongar a vida dos Portugueses, mas também melhorar a sua qualidade de vida. Na perspetiva da SPC este é o caminho para um país desenvolvido que consegue garantir suporte a todos, independentemente do seu segmento social e etário.

Cancro de cabeça e pescoço
No dia 27 de julho assinala-se o 3º Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço, uma iniciativa da Federação Internacional das...

O cancro de cabeça e pescoço vitima mortalmente 3 portugueses por dia. Neste sentido, através desta campanha, o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) pretende sensibilizar a população para a necessidade da realização do diagnóstico precoce, relembrando que os doentes diagnosticados nos estados iniciais da doença têm uma taxa de sobrevivência entre os 80-90%.

Como forma de assinalar o Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço, o GECCP vai colocar 3 cubos gigantes com a imagem da campanha em praças emblemáticas das cidades de Coimbra, Lisboa e Porto. O objetivo é atrair a atenção das pessoas e assim prestar mais informação sobre esta patologia, com especial foco na identificação dos sintomas ainda muito desconhecidos pelos portugueses.

Ainda nesse dia, na Praça Carlos Alberto, no Porto, vão realizar-se rastreios gratuitos ao Cancro de Cabeça e Pescoço em dois períodos, das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 16h30.

Segundo Ana Castro, médica oncologista e presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço, “Uma das preocupações atuais é que este tipo de cancro, que outrora afetava sobretudo homens, a partir dos 50 anos, que apresentavam um consumo excessivo de tabaco e álcool, começa a incidir cada vez mais em pessoas jovens, muito devido ao vírus do HPV. Anualmente, continuam a surgir ainda cerca de 3.000 novos casos no nosso país, sendo que mais de metade destes são diagnosticados em estádios avançados, é preciso agir! ”

No Porto
O Instituto Português de Oncologia do Porto promove, quinta-feira, um rastreio gratuito de cabeça e pescoço, lançando ao mesmo...

A iniciativa, que se realiza na clínica de cabeça e pescoço do Instituto Português de Oncologia (IPO) entre as 11:00 e as 14:00, é essencialmente dedicada aos utentes com fatores de risco ou sintomas como nariz entupido ou hemorragia nasal, úlceras e/ou manchas brancas ou vermelhas na boca, dor de garganta, rouquidão persistentes ou nódulos do pescoço há mais de três semanas, disse hoje fonte do instituto.

Além disso, durante a semana, o IPO vai proporcionar um curso de formação intensiva para profissionais de saúde primária, entre eles médicos de família, dentistas e enfermeiros.

“Cerca de 10 profissionais de saúde primária vão integrar a equipa multidisciplinar de cabeça e pescoço do IPO-Porto, observando e absorvendo a complementaridade de métodos terapêuticos distintos”, afirmou a fonte.

Em Portugal, há cerca de 2.500 novos casos da doença, 85% dos quais em fumadores ou ex-fumadores com taxas de incidência e mortalidade das mais elevadas da Europa, revelou.

A fonte adiantou que a doença atinge principalmente fumadores e pessoas que consomem excessivamente álcool. Contudo, existe um número crescente de casos associados a outros fatores de risco como a infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV).

O consumo de álcool e tabaco são ainda os principais fatores de risco do cancro da cavidade oral, laringe, orofaringe e hipofaringe que representam 75% do carcinoma da cabeça e pescoço, revelou.

“Quando chegam ao instituto, muitos doentes já estão em estado avançado da doença, o que representa um indício claro de falta de informação e de desconhecimento na identificação dos sinais de alerta”, explicou o coordenador da Clínica de Cabeça e Pescoço do IPO-Porto, Jorge Guimarães.

O médico frisou que o diagnóstico precoce é fundamental porque numa fase inicial o tratamento deste cancro tem uma taxa de sucesso de 80%.

Para Jorge Guimarães estes rastreios são “importantíssimos”, sublinhando que o curso dirigido aos profissionais de saúde é uma “iniciativa inédita e inovadora” porque desafia-os a conhecerem a realidade do instituto, do modelo de consulta de grupo multidisciplinar e o processo de diagnóstico e terapêutico subjacente.

“Mas, acima de tudo, permite construir pontes, estabelecer laços e contactos que facilitam o diagnóstico precoce e a referenciação para um centro oncológico credenciado", considerou.

ONG
Duas organizações não governamentais alertaram hoje que vários médicos norte-americanos continuam a fazer cirurgias...

A denúncia está contida no relatório "Quero Ser Como a Natureza Me Fez: Cirurgias Médicas Desnecessárias em Crianças Intersexuais nos Estados Unidos", elaborado pela Human Rights Watch (HRW) e a pela InterACT, organização que promove os direitos dos jovens nestas circunstâncias.

Apesar de décadas de controvérsia sobre os procedimentos, os médicos operam as gónadas - glândulas sexuais que produzem os gâmetas e segregam as hormonas, em que o testículo é a gónada masculina e o ovário a feminina -, bem como órgãos sexuais internos e genitais quando as crianças são demasiado jovens para participarem numa tomada de decisão, apesar de as cirurgias poderem ser adiadas com segurança.

O relatório, de 160 páginas, analisa os danos físicos e psicológicos provocados por cirurgias desnecessárias em jovens intersexuais que nasceram com cromossomas, gónadas, órgãos sexuais ou genitália diferentes do que é tipicamente considerado pela sociedade como definidores de rapaz ou rapariga.

No documento, as duas organizações analisam também a controvérsia suscitada entre a própria comunidade médica e a pressão exercida sobre os pais para que optem pela cirurgia.

Uma vez definidas como hermafroditas, "termo hoje considerado pejorativo e desatualizado", as pessoas intersexuais são mais frequentes do que se pensa, mas ainda "geralmente incompreendidas", lê-se no documento.

Com base em teorias médicas popularizadas ao longo da década de 1960, os médicos operam crianças intersexuais, frequentemente na infância, com o objetivo assumido de facilitar o crescimento "normal" dos jovens.

Segundo o relatório, os resultados são "frequentemente catastróficos", os supostos benefícios ficam "longe de serem provados" e não há quaisquer protocolos médicos de emergência para se proceder a uma intervenção imediata para garantir a irreversibilidade da operação.

"A devastação provocada pelas cirurgias desnecessárias em crianças intersexuais é tanto física como psicológica. Apesar de décadas de avisos de advogados que lutam por maior atenção para os danos provocados por este tipo de intervenções, muitos médicos continuam a apresentar aos pais das crianças a ideia de que as cirurgias são a melhor opção", garante Kimberly Zieselman, uma "mulher intersexual" e diretora executiva da InterACT.

Cerca de 1,7% dos bebés são diferentes daquilo que é comum denominar-se rapaz ou rapariga, pois os cromossomas, as gónadas e os órgãos sexuais internos ou externos destas crianças diferem das expectativas sociais.

Algumas características da intersexualidade, como a genitália externa atípica, são detetáveis na altura do nascimento da criança. Outras, como as gónadas ou cromossomas que não coincidem com as expectativas de um sexo definido, podem manifestar-se mais tarde, sobretudo na adolescência.

Uma criança pode crescer naturalmente com qualquer dos sexos sem necessitar de cirurgia. No entanto, as operações às gónadas e aos genitais em crianças intersexuais quando ainda são muito novas podem levar o jovem ficar com o género sexual errado.

Segundo as duas organizações, os protocolos médicos têm evoluído, em particular com o uso de equipas multidisciplinares que tratam de casos no programa Diferenças no Desenvolvimento Sexual (DDS).

"Muitos médicos entendem agora que os pais da criança preferem manter o corpo da criança inalterado", escreve-se no documento, que cita um dos cirurgiões incluídos no programa DDS: "Estamos a ter em conta os pacientes adultos que nos dizem que sentem que foram maltratados e mutilados e isso é uma questão muito poderosa".

Kyle Knigth, investigador da HRW e um dos autores do relatório, destaca a evolução da compreensão dos médicos na questão, mas lamenta que ainda sejam comuns os casos de cirurgias desnecessárias, que são, depois, irreversíveis.

"A pressão para que uma pessoa (intersexual) se sinta normal, para que viva uma vida normal, é real, mas ainda não existem quaisquer provas de que as cirurgias tornem a vida mais fácil, deixando claro, por outro lado, os riscos de danos irreversíveis causados a longo prazo", sublinhou Kyle Knight.

A experiência dos que já foram submetidos a cirurgias, a par da ética médica, sugere que, até que seja conhecida maior e melhor informação sobre o assunto, as operações em crianças devem ser evitadas.

"Os pais de crianças intersexuais ficam frequentemente assustados e confusos sobre a melhor forma de proteger os filhos deste estigma. É um grande alívio para eles quando encontram outros pais nas mesmas circunstâncias, ficando satisfeitos por verem casos de jovens que cresceram saudáveis e felizes", lembra, por seu lado, Kimberly Zieselman.

O relatório, que contém vasta literatura sobre o tema, teve por base entrevistas a 42 pessoas intersexuais - 30 adultos e duas crianças -, 17 país de crianças intersexuais e 21 médicos, entre ginecologistas, endocrinologistas, urologistas, psiquiatras e psicólogos.

Governo
A Associação Nacional de Municípios Portugueses pronunciou-se hoje contra o diploma do Governo que visa regular o horário de...

Reunido na sede da associação, em Coimbra, o conselho diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) “aprovou por unanimidade um parecer desfavorável” ao projeto de decreto-lei com que o executivo de António Costa pretende alterar o diploma congénere em vigor, de 08 de março de 2007, “que regula o horário de funcionamento das farmácias de oficina”.

O presidente da ANMP, Manuel Machado, disse aos jornalistas que “não é oportuno” e “não tem razão de ser que seja reduzido” o nível do serviço prestado às pessoas.

O autarca socialista, também presidente da Câmara Municipal de Coimbra, frisou que “o parecer desfavorável à proposta que está em cima da mesa” foi aprovado por todos os membros do conselho diretivo da ANMP.

No documento, que ainda hoje será enviado ao Governo, a associação que representa os 308 municípios portugueses afirma que “os critérios definidos para os turnos de serviço permanente e para o regime de disponibilidade das farmácias são insuficientes”.

“Não fazendo qualquer sentido a diminuição do nível do serviço prestado às populações”, a ANMP “rejeita as alterações propostas” no projeto de decreto-lei.

Governo
As farmácias que estão abertas 24 horas por dia devem passar a contar para os turnos das farmácias em serviço permanente,...

O projeto de alteração ao diploma que regula os turnos e o número de farmácias em serviço permanente e de disponibilidade ainda está em fase de aprovação, mas pretende que as farmácias que estão abertas durante 24 horas entrem nos turnos.

Uma nota da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) refere que o que se pretende é “garantir que o sistema de turnos está adaptado à realidade”, possibilitando “que se considerem as farmácias abertas durante 24 horas, numa determinada distância, e do concelho limítrofe, para a definição de turnos de serviço permanente e de disponibilidade das outras farmácias da mesma área”.

O novo regime de turnos será aplicado consoante as especificidades de cada região e devem ter a concordância dos respetivos municípios, indica ainda o Infarmed.

A Associação Nacional de Farmácias e o Ministério da Saúde estão ainda a preparar um projeto para entregar medicamentos aos doentes no período noturno e em situações de urgência sem que os utentes tenham de fazer deslocações.

“No período noturno, os portugueses em situações de urgência não terão de fazer deslocações, porque os medicamentos irão ter com eles sempre que necessário”, refere a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Um projeto-piloto deste novo serviço vai ser lançado ainda no verão, em Bragança, com o objetivo, segundo a nota da ANF, de “melhorar a interação e articulação entre o Serviço Nacional de Saúde e as farmácias”.

Estas notícias surgem no dia em que o Jornal de Notícias dá conta da proposta do Governo que pretende alterar o diploma que estabelece as farmácias que estão de serviço durante a noite, reduzindo as que estão de serviço permanente.

A associação que representa as farmácias afirma que “nenhum país europeu tem melhores tempos de acesso ao medicamento do que Portugal”.

Atualmente já há várias farmácias que estão abertas 24 horas por dia e outras que têm horários alargados até às 22:00 ou até às 24:00, independentemente das que estão de serviço.

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou Portugal por discriminação sexual, após o Supremo Tribunal Administrativo...

A Maternidade Alfredo da Costa recorreu para o Supremo, em dezembro de 2013, da condenação de pagar 172.000 euros por negligência médica cometida durante a cirurgia realizada em 1995, que deixou a mulher com lesões irreversíveis e uma incapacidade permanente de 73%, tendo o Supremo Tribunal Administrativo (STA) decidido reduzir o valor em cerca de 60.000 euros, justificando a decisão com o argumento de que a sexualidade não é tão importante para uma mulher de 50 anos e com dois filhos como para alguém mais novo.

Para Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) a fundamentação do acórdão do coletivo de juízes do STA, proferido em 2015, demonstra “os preconceitos” que prevalecem no sistema judiciário português, e condenou Portugal a pagar 3.250 euros à vítima por danos não patrimoniais, por violar os artigos 8.º (direito ao respeito pela vida privada e familiar) e 14.º (proibição da discriminação) da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, e ao pagamento de 2.460 euros devidos a despesas com o processo.

“Como ela [vítima] já tinha mais de 50 anos à data em que foi operada, o STA entendeu que a sexualidade a partir dos 50 anos não tinha a mesma relevância que teria se ela fosse mais nova. Ela foi discriminada [pelo STA] pelo facto de ser mulher e por ter a idade que tem”, explicou à agência Lusa o advogado da vítima.

Vítor Parente Ribeiro espera que esta decisão do TEDH permita reanalisar o acórdão dos juízes do Supremo Tribunal Administrativo.

“Com base nela [na decisão do TEDH] podemos, em princípio, pedir uma revisão do acórdão do STA. Vamos ver se é possível ou não. Vou analisar para ver se aquela decisão tomada, seja novamente reapreciada”, acrescentou o advogado.

A sentença do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa (TACL), proferida em outubro de 2013, sustentava que durante a intervenção cirúrgica do foro ginecológico [realizada em 1995] a equipa médica "lesou parcialmente" o nervo pudendo, que controla a continência urinária e fecal, deixando a paciente "inválida para toda e qualquer profissão".

Treze anos depois, o tribunal de primeira instância deu razão à paciente, que à data dos factos tinha 50 anos, e condenou a Maternidade Alfredo da Costa ao pagamento de 172.000 euros, acrescidos de juros.

O caso só chegou à Justiça em 2000, depois de a mulher ter realizado exames numa clínica privada (em 1999), que provaram que o seu estado de saúde era resultado do erro médico cometido no decorrer da cirurgia realizada na MAC, em 1995. Após a operação, a utente continuou a ser seguida pelo serviço de ginecologia da maternidade.

A 12 de outubro de 1999, o presidente de uma junta médica subscreveu o "Atestado Médico de Incapacidade Multiuso", o qual refere que a paciente "apresenta deficiências" que, de acordo com a tabela nacional de incapacidade, "lhe conferem uma incapacidade permanente global de 73%, desde 1995".

O TACL atribuiu responsabilidades à equipa médica.

"A atuação é ilícita e culposa, por violadora das leges artis (leis da medicina), que lhe impunha o cuidado de não lesar o nervo pudendo da utente, pelo que o seu comportamento ficou abaixo do standard técnico/científico que era exigível a um ginecologista cirurgião médio".

A MAC e a equipa responsável pela cirurgia - composta por uma cirurgiã, duas ajudantes e um médico anestesista - ainda invocaram a prescrição, o que foi recusado, na ocasião.

O tribunal também não deu provimento à contestação apresentada pela MAC e pelos clínicos que refere, entre outros fundamentos, que as queixas da paciente para não trabalhar são do "foro psiquiátrico", que a mulher, "antes da operação, já sofria de incontinência" e que "tinha tido dois partos vaginais, um deles em casa e com um bebé de 4.000 gramas [20 anos antes]".

Diário da República
O diploma que regula a conservação e destruição de embriões, espermatozoides e ovócitos entra em vigor na quarta-feira, tendo...

O diploma procede à quarta alteração à lei da procriação medicamente assistida (PMA) e determina que os embriões, espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico criopreservados antes da lei de 2006 podem ser descongelados e eliminados por determinação do diretor do centro de PMA.

O Presidente da República promulgou o diploma este mês, embora deixando reparos, por considerar que a “relevância da matéria exigiria maior diligência no contacto prévio” com os “titulares do material biológico” que é exigido para o descongelamento e eliminação de embriões criopreservados antes de 2006.

O diploma estabelece que o contacto é efetuado por carta registada com aviso de recção e dá um prazo de 30 dias para o titular do material biológico transmitir a sua decisão. Quando a carta é devolvida, considera-se que o contacto foi estabelecido e que se pode avançar com a eliminação dos embriões.

O Presidente da República, na promulgação da lei, defendeu a supressão dessa presunção de contacto.

Quanto aos espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e ovárico que tenham sido criopreservados antes da lei de 2006, é determinado que podem ser descongelados e eliminados por decisão do diretor do centro de PMA quando não tenha havido contacto, nos últimos cinco anos, por parte do titular do material biológico.

ANF e Ministério da Saúde
A Associação Nacional de Farmácias e o Ministério da Saúde estão a preparar um projeto para entregar medicamentos aos doentes...

“No período noturno, os portugueses em situações de urgência não terão de fazer deslocações, porque os medicamentos irão ter com eles sempre que necessário”, refere a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Um projeto-piloto deste novo serviço vai ser lançado ainda no verão em Bragança com o objetivo, segundo a nota da ANF, de “melhorar a interação e articulação entre o Serviço Nacional de Saúde e as farmácias”.

A nota foi divulgada no dia em que o Jornal de Notícias noticia uma proposta do Governo, a que o jornal terá tido acesso, e que pretende alterar o diploma que estabelece as farmácias que estão de serviço durante a noite, reduzindo as que estão de serviço permanente.

“A ANF garante que o acesso dos portugueses ao medicamento vai continuar a melhorar e será sempre superior a quaisquer critérios mínimos legais e regulamentares”, refere a ANF, sem, no entanto, nunca se referir à proposta de alteração do Ministério da Saúde.

A associação que representa as farmácias afirma que “nenhum país europeu tem melhores tempos de acesso ao medicamento do que Portugal”.

Atualmente já há várias farmácias que estão abertas 24 horas por dia e outras que têm horários alargados até às 22:00 ou até às 24:00, independentemente das que estão de serviço.

Conferência conclui
Portugal foi pioneiro em garantir o acesso aos medicamentos para todos os doentes. No entanto, para controlar a infeção, é...

O responsável pelo programa de investigação clínica sobre hepatites virais no Kirby Institute, em Sidney, e fundador do serviço de hepatites virais no Hospital de St. Vincent, o médico Greg Dore, esteve no Porto para partilhar o modelo de acesso à saúde na hepatite C implementado na Austrália e levantar algumas questões sobre a metodologia implementada em Portugal.

Chefe de um dos serviços hospitalares líderes no tratamento da hepatite C, com particular foco nos utilizadores de drogas e nos sem-abrigo, Greg Dore partilhou com especialistas nacionais as boas práticas da Austrália que fazem desse país uma referência nos modelos de acesso à saúde na hepatite.

As grandes conclusões da conferência podem ser resumidas em três pontos:

Os médicos de clínica geral atualmente não podem confirmar o diagnóstico e é essencial que tal aconteça

Para isso têm de ter acesso ao pedido da carga viral algo que não acontece nos dias de hoje

É essencial garantir um acesso mais rápido do diagnóstico ao tratamento

As populações mais vulneráveis (prisões e utilizadores de drogas) precisam de uma nova resposta dos cuidados de saúde

É essencial que o diagnóstico, acompanhamento e tratamento possa ser feito junto destas populações em vez das mesmas terem de se deslocar aos hospitais

Na Austrália, o programa de eliminação da hepatite C não passa apenas pelos especialistas de gastro ou infeciologistas. Passa pelos médicos de família a quem foi dada formação e treino para diagnóstico, acompanhamento de doentes que sofram com esta doença e prescrição da medicação recomendada.

Em Portugal a realidade é outra. Há uma separação entre o papel do médico de família e dos especialistas, sendo que o clínico geral nem pode pedir testes específicos que confirmam a doença, mesmo depois de uma análise positiva a anticorpos do vírus da hepatite C.

Segundo Greg Dore é necessário realizar alterações de grande impacto na moldura regulatória em Portugal com vista a facilitar a prescrição, não apenas dos exames necessários, mas também da terapêutica que deverá ser iniciada com a maior brevidade. E para isso o papel dos médicos não especialistas é fundamental. Isto será possível investindo na formação médica.

Para além disso, o modelo português é muito moroso desde o diagnóstico até ao início do tratamento, desde que o médico prescreve até que a medicação chegue ao doente. Até o doente ter acesso aos medicamentos chegam a passar vários meses, como referiu Luís Mendão do GAT (Grupo de Ativistas em Tratamento).

“Para que se consiga controlar uma epidemia instalada através do acesso à cura tem que se começar ousadamente. É essencial uma cobertura alargada e rápida do acesso cura” Um cobertura reduzida compromete o impacto a nível de saúde pública”, disse Greg Dore. Para este especialista, rastrear sem acesso ao tratamento não faz sentido, “o ideal seria diagnosticar hoje e ter acesso ao tratamento nesse mesmo dia”.

Outra questão relevante é a necessidade de identificar as populações de risco (como a população prisional e pessoas que consomem drogas injetáveis) e ir ao seu encontro.

Aumentar o rastreio e promover uma referenciação rápida para cuidados de saúde adequados é essencial se queremos de facto eliminar a Hepatite C como problema de saúde pública, e a participação das comunidades mais atingidas pela epidemia tem um papel fundamental na resposta, quer ao nível da literacia, quer do desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção.

O meio prisional continua a ser uma das grandes lacunas em termos de acesso a tratamento em Portugal. Sobre este tema Isabel Aldir, Diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais, VIH/Sida e Tuberculose, referiu que está a ser preparado um despacho - que se espera que seja publicado ainda durante o mês de julho - entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça sobre os rastreios e o acesso aos cuidados de saúde na população prisional.

“Contudo, não podemos pensar apenas em tratamento quando falamos em hepatite C. Temos de trabalhar um pacote integrado que trabalhe ao nível da prevenção e, apesar de termos tido um programa bem-sucedido até aqui, temos que o alargar a outras populações onde ainda não conseguimos chegar”, concluiu Isabel Aldir.

No encerramento da Conferência “A hepatite C em utilizadores de drogas: do rastreio à referenciação” e debate, Luis Mendão, responsável do GAT e promotor do evento referiu: “Se não conseguirmos manter a visão de tratar todos, tratar bem e sermos capazes de pagar a fatura, todos vamos perder neste trabalho.”

Inquérito internacional
Portugal é um dos países onde os tópicos sobre saúde estão mais presente nas conversas partilhadas nas redes sociais, revelam...

O trabalho ‘Global perspective on healthcare social media conversation’, que inquiriu os diretores de agências de comunicação que integram a rede Global Health PR, uma network internacional que reúne agências de comunicação da área da saúde e ciência de todo o mundo, e da qual faz parte a agência portuguesa Guess What Comunicação, mostra que, por cá, o tema da saúde tem lugar de destaque nas redes sociais. De resto, o nosso é o terceiro país, do grupo em análise, onde isso mais acontece, apenas precedido da Itália e do Reino Unido. Portugal consegue 7 valores, numa escala de 1 a 10, sendo 10 o melhor resultado.

E são os doentes os principais impulsionadores destas conversas, revela a mesma fonte, seguidos de perto pelas associações não-governamentais. Um cenário que é apenas diferente no México, Alemanha, Itália e França, onde outros protagonistas, como o Governo (no caso do México), os jornalistas (para Alemanha e França) e a indústria de consumer healthcare (Itália), assumem a liderança.

A indústria farmacêutica é a que menos motiva as conversas sobre saúde nas redes sociais, uma situação que é transversal a quase todos os países que participam neste estudo, com exceção dos EUA e do Brasil, onde ocupa os lugares cimeiros.

O barómetro foi feito junto de agências de comunicação e relações públicas da Alemanha, Austrália, Argentina, Brasil, Canadá, Dinamarca, Suécia, Noruega, EUA, Espanha, França, Hong Kong, Índia, Itália, México, Polónia, Portugal e Reino Unido.

Autoridade Nacional da Proteção Civil
Mais de mil operacionais combatem hoje de manhã o incêndio na Sertã, no distrito de Castelo Branco, esperando-se a chegada de...

“Hoje de manhã temos ainda ativos os incêndios de Castelo Branco, o de Vale do Coelheiro e o da Sertã, que continua a ser o que concentra maior número de meios. Temos 1.021 operacionais no terreno, com o apoio de 329 veículos. Estamos neste momento a acionar os meios aéreos, para estas ocorrências”, disse Patrícia Gaspar.

De acordo com a adjunta de operações da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), foram solicitados dois meios aéreos a Espanha e foi também acionado o protocolo bilateral com Marrocos, mas ainda não há indicação sobre virá ou não algum reforço.

“Podemos dizer que esta manhã a situação está um pouco mais calma do que ontem [segunda-feira] durante a tarde, mas os dois incêndios mantém-se ativos. Vamos ter também durante o dia de hoje algum vento, sobretudo nas terras altas, com rajadas de 75 quilómetros por hora e um aumento das temperaturas, o que não é muito favorável ao combate”, disse.

Patrícia Gaspar explicou também que não foi entretanto necessário evacuar mais aldeias, nem há estradas cortadas.

“Ontem durante a tarde e início da noite foram sendo feitas evacuações de vários locais por onde o incêndio foi passando sobretudo na zona de Mação e houve de facto várias aldeias onde foi necessário proceder a uma retirada preventiva das pessoas. Estamos a falar das aldeias de Bairrada, Eira, Envendos, Casal Velho, Quebradas, Roda. Estamos a falar de uma área vasta onde existem várias povoações dispersas”, disse.

Segundo Patrícia Gaspar, parte destas pessoas regressaram às suas casas assim que as condições de segurança foram sendo restabelecidas.

“Não é possível saber neste momento o número das pessoas. As retiradas foram temporárias e as pessoas acabaram por regressar às suas habitações.

A adjunta de operações adiantou ainda que hoje de manhã não há estradas principais cortadas devido aos incêndios.

“Ontem [segunda-feira] foi necessário proceder a alguns cortes de vias para atuação dos meios e por segurança, mas neste momento temos indicação de que a A23 e o IC8 [que estiveram cortados na segunda-feira] foram reabertos. Não há indicação, neste momento, de vias principais cortadas”, concluiu.

Segundo a ANPC, por dominar está ainda o incêndio que deflagrou no domingo à tarde na Sertã e alastrou aos concelhos de Mação (distrito de Santarém) e Proença-a-Nova (Castelo Branco) e que 09:00 mantinha três frentes ativas e mobilizava 1.021 operacionais, com o apoio de 329 meios terrestres.

Ainda no distrito de Castelo Branco, continuava em curso o incêndio que começou em Vale do Coelheiro, concelho de Castelo Branco, e estavam a combater as chamas 404 operacionais e 124 veículos.

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