Deco
Quatro em cada 10 pessoas inquiridas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor comem doces todos os dias, com o...

De acordo com os dados do inquérito da Deco sobre hábitos alimentares, que será publicado da edição de agosto da revista Teste Saúde, 77% dos inquiridos não têm hábitos saudáveis e mais de um terço (36%) aponta as dificuldades económicas como principal motivo.

O inquérito revela ainda que as leguminosas também não entram no prato tantas vezes como seria desejável, tal como os laticínios e o peixe.

Feito em dezembro de 2016, a 1.346 portugueses entre os 30 e os 80 anos, o inquérito revela igualmente que um terço (33%) não tem hábitos alimentares saudáveis porque simplesmente não consegue resistir a comida menos saudável e 30% é por falta de tempo.

Segundo a Deco, pouco mais de um quinto preenche os requisitos mínimos no que se refere à adoção de hábitos alimentares saudáveis. Porém, quatro em cada 10 pensam que estão a seguir todos os preceitos.

Ainda assim, a maioria (77%) garante ter alterado um comportamento alimentar ou mais nos últimos dois anos, sobretudo para prevenir problemas de saúde. Metade passou a beber menos refrigerantes, quase metade (48%) menos doces e mais de um terço (38%) menos alimentos pré-embalados.

O inquérito revela ainda que 8% alteraram os hábitos alimentares devido à diminuição dos rendimentos da família. Neste caso, baixou o consumo de peixe, carne, fruta, vegetais e produtos biológicos e integrais.

Quatro em cada 10 inquiridos julgam ter comportamentos muito saudáveis, mas, pelo índice da Deco, tal não corresponde à verdade.

Carla ferreira, psicóloga clínica ouvida pela Deco para esta edição, considera que esta diferença de perceção pode estar relacionada com a informação errada que circula, nomeadamente, na internet.

Os dados revelam ainda que três em cada 10 inquiridos tomam suplementos alimentares, sobretudo cálcio, potássio e magnésio, vitaminas C e D e complexos vitamínicos, mas grande parte não apresenta qualquer doença relacionada com a alimentação.

A Deco recorda que a toma de suplementos alimentares só está recomendada quando as necessidades alimentares não são supridas pela dieta e que o consumo deste tipo de produtos em excesso pode mesmo ser prejudicial para o organismo.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, de acordo...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), também os arquipélagos da Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral entre os cabos Raso e Mondego até ao início da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, e pequena subida da temperatura máxima.

Na Madeira prevê-se céu com períodos de muita nebulosidade, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento moderado a forte de nordeste, soprando forte e por vezes com rajadas até 90 quilómetros por hora nas zonas montanhosas.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, tornando-se encoberto para o final do dia, períodos de chuva fraca para a noite (nas ilhas Flores e Corvo, grupo Ocidental), e vento fraco a bonançoso.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 17 e 31 graus Celsius, no Porto entre 15 e 27, em Vila Real entre 16 e 32, em Viseu entre 16 e 31, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 14 e 28, em Leiria entre 15 e 28, em Coimbra entre 13 e 32, em Castelo Branco entre 19 e 35, em Santarém entre 16 e 36, em Portalegre entre 20 e 35, em Évora entre 16 e 38, em Beja entre 15 e 38 e em Faro entre 21 e 33.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Mais de 40 concelhos de nove distritos do continente estão hoje em risco ‘máximo’ de incêndio, incluindo a Sertã, que está a...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de 40 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Faro, Portalegre, Santarém, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu e Bragança estão hoje em risco ‘máximo’ de incêndio.

Entre estes estão os concelhos de Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova, Vila de Rei, Sertã, Oleiros e Covilhã, no distrito de Castelo Branco, onde continuam por dominar dois fogos.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), por dominar está ainda o incêndio que deflagrou no domingo à tarde na Sertã e alastrou aos concelhos de Mação (distrito de Santarém) e Proença-a-Nova (Castelo Branco) e que às 06:30 mantinha três frentes ativas e mobilizava 898 operacionais, com o apoio de 320 meios terrestres.

Pelo menos uma centena e meia de pessoas, de diversas aldeias de Mação, tiveram de ser retiradas das suas casas.

Ainda no distrito de Castelo Branco, continuava em curso o incêndio que começou em Vale do Coelheiro, concelho de Castelo Branco, e estavam a combater as chamas 371 operacionais e 113 veículos.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre "Reduzido" e "Máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

ÀS 06:30, Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) dava conta de 36 incêndios ativos, dois em curso, dois em resolução e 12 em fase de conclusão.

Disponível em 2018
O Brasil anunciou uma alteração na composição da vacina contra a febre aftosa, depois dos efeitos causados pela anterior...

A decisão foi anunciada pelo Ministério da Agricultura brasileiro e pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), entidade que reúne os fabricantes da vacina contra a febre aftosa no Brasil.

O Ministério da Agricultura do Brasil, país que é o maior exportador de carne bovina do mundo, já havia informado que uma substância denominada adjuvante saponina seria responsável pela formação de inflamações na carne fresca, facto que motivou os Estados Unidos a suspenderem as importações destes produtos em junho.

Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindan, destacou em comunicado de imprensa que o processo de retirada de adjuvante saponina da composição da vacina contra a febre aftosa já estará disponível em 2018.

"O desenvolvimento de uma nova formulação implica investimentos pesados por parte da indústria para adequação aos parâmetros de controlo, porém mantendo a mesma eficiência e pureza da formulação atual", explicou.

"A indústria de saúde animal dá mais um exemplo do seu compromisso com o sucesso do controlo sanitário do rebanho bovino brasileiro, reformulando a vacina e mantendo a mesma eficácia. Trata-se da vacina mais indicada para a etapa final do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa", completou Emilio Salani.

As mudanças na fórmula da vacina contra febre aftosa usada no Brasil foram acordadas na 6.ª Reunião Extraordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), realizada em Brasília na semana passada.

Incêndios
A Cruz Vermelha Portuguesa, após participar na resposta de emergência à catástrofe em Pedrogão Grande e Figueiró dos Vinhos,...

Em comunicado, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) refere que, nesta fase de recuperação e retorno à normalidade após os trágicos incêndios iniciados a 17 de junho naqueles municípios, opera no terreno em diferentes frentes.

"Após o envolvimento de 37 estruturas locais e mais de 330 voluntários na resposta de emergência a esta catástrofe, a instituição reorganizou-se para, de forma racional e consistente, apoiar as inúmeras pessoas e famílias afetadas pelas mortes, ferimentos e destruição de casas, empresas, bens, pastos e terrenos agrícolas", indica a instituição.

Face ao levantamento das necessidades e no âmbito do plano de recuperação e prevenção do Governo e autarquias, a CVP informa que tem "duas equipas de apoio psicossocial, compostas por quatro psicólogos, a trabalhar junto das vítimas diretas e indiretas de perdas familiares e materiais, de acordo com as necessidades".

Para o apoio dos mais idosos e dependentes que vivem em áreas mais isoladas, a CVP adianta que estão a ser instalados cem equipamentos de teleassistência.

Este serviço - precisa a CPV - servirá para melhorar a qualidade de vida, saúde, segurança e autoestima dos seus utilizadores, 24 horas por dia e 365 dias por ano, garantindo o pronto auxílio em situações de urgência e emergência.

Está ainda prevista a prestação de cuidados primários de saúde e o apoio logístico com a distribuição de vestuário e alimentos, quando estes serviços forem necessários.

A CVP disponibilizou-se também para oferecer os seus serviços de apoio domiciliário e médico em casa.

A instituição alerta ainda para as consequências e impactos na natureza destes incêndios florestais, como a perda da biodiversidade e a erosão dos solos, que, com a chegada das chuvas, poderá provocar situações preocupantes.

Inglaterra
Os pais de um bebé britânico de onze meses com uma doença genética rara, Charlie Gard, decidiram ontem renunciar à batalha...

Num caso que despertou a atenção de vários países e instituições, Chris Gard e Connie Yates, os pais de Charlie, mantinham uma batalha legal com o centro hospitalar onde o bebé está internado, porque este não lhes permitia tirar de lá o filho para ser submetido a um tratamento experimental nos Estados Unidos.

"É a coisa mais difícil que alguma vez tivemos de fazer", mas "decidimos deixar partir o nosso filho", declarou, em lágrimas, a mãe da criança, Connie Yates, numa declaração em frente ao Tribunal Superior de Londres.

"Os últimos onze meses foram os melhores e os piores das nossas vidas. Nos só queríamos dar-lhe uma oportunidade de viver", disse a mãe de Charlie, que voltou a apontar o dedo ao hospital por não ter permitido o tratamento experimental.

Charlie sofre de um problema de escassez de ADN mitocondrial, uma doença rara que retira ao corpo a capacidade de dar energia aos músculos, já que afeta as células responsáveis pela produção de energia e respiração.

"Demasiado tempo perdido. Deixamo-lo meses à espera no hospital", considerou o pai, Chris Gard, à saída do tribunal, acrescentando que se o seu filho tivesse feito o tratamento experimental "poderia sobreviver".

A luta judicial começou em abril, quando o hospital londrino de Great Ormond Street tomou a decisão de desligar a ventilação artificial do bebé. Os pais travaram a medida recorrendo à justiça, mas o Tribunal Superior de Londres deu razão aos médicos, uma decisão confirmada pelo tribunal de recurso, o Supremo britânico e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, a 27 de junho.

No entanto, após a mobilização de organizações cristãs e a intervenção direta do Papa Francisco e do Presidente norte-americano, Donald Trump, em favor dos pais, o hospital pediu uma nova audiência no Tribunal Superior, para examinar novos elementos "para um tratamento experimental" em dois hospitais: um nos Estados Unidos e outro em Roma.

Os médicos do hospital de Great Ormond Street continuam a acreditar que é "injustificado" prolongar o tratamento de Charlie, devido ao agravamento do seu estado.

O Tribunal Superior de Londres deveria tomar uma decisão final sobre o caso esta semana, confirmando ou não a sua decisão de desligar as máquinas de Charlie.

"Infelizmente, é demasiado tarde", declarou o advogado dos pais, Grant Armstrong.

"Já não é no melhor interesse do Charlie prosseguir com o tratamento", disse o advogado, acrescentando que os pais tomaram esta decisão ao verem os resultados dos últimos exames médicos e análises, realizados na semana passada.

O bebé "sofreu atrofia muscular grave" e os "danos causados aos seus músculos são irreversíveis", concluiu.

O juiz Nicholas Francis prestou homenagem aos pais, "pelo amor e dedicação para com o seu filho Charlie".

"Pai nenhum teria feito mais pelo seu filho", acrescentou.

À porta do tribunal várias pessoas manifestaram-se encolerizados, gritando frases como "que vergonha de juiz" e "que vergonha de hospital".

Gastrenterologia
O Serviço de Gastrenterologia do Hospital de Santo André, unidade do Centro Hospitalar de Leiria, dispõe de um novo equipamento...

O equipamento endoscópico permite efetuar mais exames e intervenções com mais eficácia e segurança para os utentes, adianta uma nota do Centro Hospitalar de Leiria (CHL).

A diretora do Serviço de Gastrenterologia, Helena Vasconcelos, citada no comunicado, refere que esta unidade "já dispõe de todos os meios técnicos necessários à realização de ecoendoscopia digestiva alta e baixa".

O novo aparelho custou mais de 260 mil euros, suportados na totalidade pelo CHL.

Estudo
Uma injeção por mês de tratamento antirretroviral mostrou-se suficiente para manter o vírus do VIH/sida indetetável, segundo um...

Foram avaliados 230 doentes com VIH/sida a quem foram injetadas moléculas antirretrovirais de quatro em quatro semanas ou a cada oito semanas durante cerca de dois anos, em dois grupos distintos.

Após este período, 87% dos doentes tinham carga viral indetetável no grupo que recebeu a injeção com intervalo de quatro semanas. Nos que receberam a injeção a cada oito semanas a percentagem de doentes com VIH latente subiu para 94%.

Estas proporções são comparáveis às do grupo de 56 doentes que continuaram a tomar um comprimido por dia, segundo os resultados do estudo que foi hoje apresentado na conferência internacional sobre investigação em VIH que decorre em Paris e que foi igualmente publicado na revista médica britânica The Lancet.

Estudo
Uma criança sul-africana que nasceu com VIH viveu de forma saudável durante cerca de nove anos sem medicamentos, tendo apenas...

Trata-se do terceiro caso de remissão do VIH sem tratamento com medicamentos que é observado numa criança, sublinha o estudo que foi apresentado na conferência internacional sobre investigação em VIH/sida que decorre em Paris.

Isto “vem reforçar as esperanças de um dia libertar crianças seropositivas do fardo de um tratamento ao longo da vida, tratando-as por um curto período nos primeiros meses de vida”, refere Anthony Fauci, diretor do Instituto norte-americano de Doenças Infeciosas.

O investigador ressalva que é sempre possível haver uma recaída, como em qualquer remissão.

“Mas o facto de esta remissão ser verificada por um longo período sugere que pode ser sustentável”, indicou ainda, citado pela agência France Presse.

A rapariga sul-africana foi submetida a partir dos dois meses a tratamentos antirretrovirais, o que dificultou o desenvolvimento do vírus da sida. Dez meses depois o tratamento foi interrompido deliberadamente no âmbito do estudo, verificando-se que o vírus tinha sido reduzido a uma carga indetetável.

Oito anos e nove meses depois, o vírus do VIH permanece com carga indetetável mesmo não se tendo submetido a mais tratamentos.

MIND&GAIT
Projeto MIND&GAIT, cofinanciado por fundos europeus, consiste numa intervenção combinada, com uma componente de estimulação...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) coordena um projeto nacional que visa promover a vida independente da população idosa fragilizada, por meio da melhoria da cognição e da capacidade de marcha dos cidadãos seniores.

“MIND&GAIT: Promoção da autonomia de idosos frágeis através da melhoria da cognição e capacidade de marcha e utilização de produtos de apoio” é o nome do projeto que envolve cinco outros parceiros: institutos politécnicos de Coimbra, Leiria e Santarém, Cáritas Diocesana de Coimbra e Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça.

O que se pretende é o desenvolvimento de uma intervenção combinada, composta por um programa de estimulação cognitiva – por computador e através de terapia animal assistida – e por um programa de atividade física.

Adicionalmente, será construído um mecanismo autobloqueador para andarilhos, para permitir a atividade em segurança.

Com este projeto, sustenta o consórcio, estar-se-á a “incrementar ganhos em saúde e qualidade de vida numa população frágil”, bem como a “reduzir os custos em cuidados de saúde”, na medida em que se irá “prolongar a independência dos idosos e reduzir os gastos em internamento hospitalar” com um público muito vulnerável a quedas e fraturas, incapacidade, dependência, hospitalização e institucionalização.

A equipa, liderada pelo professor João Apóstolo (ESEnfC), integra especialistas das áreas de Enfermagem, Terapia Ocupacional, Ciência do Exercício, Engenharia Mecânica, Engenharia Informática e Design.

Esta equipa irá desenvolver serviços e produtos de valor acrescentado na área da saúde, com recurso às tecnologias da informação e comunicação e a aplicações móveis, o que também confere originalidade ao projeto.

“MIND&GAIT: Promoção da autonomia de idosos frágeis através da melhoria da cognição e capacidade de marcha e utilização de produtos de apoio” perspetiva-se também como um projeto-piloto, que no futuro poderá vir a ser implementado ao nível nacional e internacional.

O projeto “MIND&GAIT” é cofinanciado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Apoio à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente de copromoção, com um incentivo do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) de 126.343 euros para um investimento elegível de 148.639 euros.

Estudo
Um estudo a nível nacional promovido pela Bayer, com o apoio da GfK, “Geração Milénio e Contraceção – Porque nos esquecemos?”...

Os principais motivos apontados para o esquecimento são o facto de nem sempre ter a pílula consigo (30%), o stress no trabalho/universidade (29%), a pílula não estar num lugar visível (28%) ou por ter a agenda ocupada (28%). Sendo que o facto de estarem ocupadas ou preocupadas com algo contribuiu para o esquecimento (67%).

De modo a evitar esquecimentos, 43% das entrevistadas opta por usar algum lembrete, alarme ou app desenvolvida para este efeito. Para 39% das entrevistadas, a toma da pílula não ocorre sempre à mesma hora.

É de salientar que 47 por cento das inquiridas já pensou em usar um método contracetivo que não precisa de ser tomado diariamente, em oposição à pílula.

Quando se fala em mudança de método contracetivo, 33% admite já ter mudado, sendo que destas, 59% mudou uma vez e 32% mudou 2 vezes. Os principais métodos considerados para a mudança são:

  • O implante subcutâneo (37%)
  • DIU (26%)
  • Adesivo transdérmico (20%)

Como principal obstáculo à mudança, 18 por cento das inquiridas identificou o facto de ainda não ter discutido com o médico a alteração (18%), o que realça a importância da consulta com um especialista para tomar uma decisão informada.

Outras causas apontadas são algum receio de efeitos secundários (12%), ter reservas quanto à eficácia (11%) e o fato de preferir a pílula (11%).

O médico de família (56%) e o ginecologista (42%) são as principais fontes de aconselhamento sobre contraceção. Para mais informações, 78% das entrevistadas recorre a profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, etc), e em segundo lugar à internet (35%).

Depois da pílula, com uma taxa de penetração de 76 por cento, o preservativo masculino é o método contracetivo mais utilizado (31%).

O Universo de investigação deste projeto concretizado pela GfK foi constituído por mulheres entre os 21 e os 29 anos residentes em Portugal Continental. O estudo realizado pela GFK realizou-se em março último, junto de uma amostragem de 526 mulheres .

Açores
A unidade de hemodiálise da ilha do Pico, que vai evitar a deslocação de utentes ao hospital da Horta, no Faial, deverá entrar...

“Vai ser criada uma extensão da unidade de hemodiálise do hospital da Horta no centro de saúde da Madalena, estando atualmente o novo contrato de fornecimento dos monitores de diálise e respetivas soluções do hospital em fase de visto prévio do Tribunal de Contas”, refere uma resposta escrita enviada à agência Lusa pela secretaria tutelada por Rui Luís.

Segundo a secretaria regional, “estão também já em curso os trâmites necessários para as instalações no centro de saúde da Madalena, designadamente de obras de adaptação do espaço e aquisição de equipamentos”.

“Após estarem concluídos esses procedimentos, a entrada em funcionamento ocorrerá logo que esteja concluído o processo de validação do anel de água e estabilização de água para diálise, que terá de percorrer o tempo necessário previsto no respetivo manual de boas práticas, que se prevê de seis meses”, adianta.

O investimento nas obras de adaptação do espaço e aquisição de equipamentos para o centro de saúde da Madalena é de cerca de 150 mil euros, acrescidos de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado).

A criação desta unidade no Pico, uma das seis ilhas sem hospital do arquipélago dos Açores, foi uma das resoluções do Conselho de Governo realizado em maio do ano passado no âmbito da visita estatutária.

O comunicado da reunião do executivo açoriano dava na ocasião conta da criação da unidade no Pico para “evitar a deslocação dos utentes com necessidade de fazer diálise” ao hospital da Horta, garantir “a prestação deste tratamento em condições de maior proximidade” e permitir um “tratamento mais perto dos seus lares e das suas famílias”.

Na visita estatutária que hoje começou ao Pico, Rui Luís tem agendada uma reunião com o conselho de administração da Unidade de Saúde da Ilha, na qual, entre outros assuntos, fará o ponto de situação deste projeto.

Atualmente, são nove os doentes do Pico que fazem hemodiálise no hospital da Horta, estabelecimento hospitalar que “gasta cerca de 6.200 euros/mês com quatro utentes” que foram residir para o Faial.

Existem unidades de hemodiálise nos três hospitais do arquipélago - Horta, Ponta Delgada (ilha de São Miguel) e Angra do Heroísmo (Terceira) - estando a ser tratados um total de 187 doentes.

A tutela garante que não está prevista a abertura de mais alguma unidade de hemodiálise no arquipélago.

A visita estatutária do Governo dos Açores, presidido por Vasco Cordeiro, ao Pico, a segunda maior ilha em área do arquipélago, termina na quarta-feira.

A deslocação cumpre o estabelecido no Estatuto Político-Administrativo da região, segundo o qual o executivo deve visitar cada uma das nove ilhas pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo reúna na ilha visitada.

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
A Campanha de Recolha de Sangue do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, que decorreu nos shoppings da Mundicenter...

Doar sangue é realmente tão contagioso como o riso que uma boa piada provoca. A Campanha de Recolha de Sangue do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, que decorreu de norte a sul do país, em seis shoppings da Mundicenter, estabeleceu novos recordes, contando com mais de três mil dadores registados, ultrapassando largamente os números do ano passado. O embaixador, o humorista Nilton obedeceu ao lema “Fazer rir está-nos no sangue” e foi o primeiro a dar o exemplo.

Trocando em miúdos, a campanha “Dê sangue. A+ dentro de si”, que se realizou no Amoreiras Shopping Center, Arena Shopping, Braga Parque, Oeiras Parque, Spacio Shopping e Strada Outlet, registou 3.255 dadores de sangue, o que representou um crescimento de cerca de 47% face à edição do ano passado, e recolheu 2.409 unidades – mais 776 do que em 2016 – o que equivale a 1.084 litros, que vão contribuir para a estabilização dos níveis de stock do IPST e assim ajudar as pessoas que mais necessitam.

“São números como estes que me deixam realmente feliz e cheio de confiança nos portugueses. Afinal, mais de três mil pessoas doaram pouco mais de 20 minutos do seu dia para ajudar a salvar vidas e contribuir para o aumento significativo de sorrisos e risos por esse país fora. Se isto não é verdadeiramente divertido e de uma extrema solidariedade, então eu não percebo nada disto e vou é dedicar-me à pesca”, afirma Nilton.

Também ao nível dos dadores de medula óssea, os números voltam a ser risonhos: com um aumento de 33 dadores registados em relação ao ano anterior, a edição de 2017 contou com 68 dadores.

Ao longo de 16 edições de enorme sucesso, esta campanha anual de recolha de sangue veio reafirmar a veia (e a artéria) solidária dos portugueses: desde a realização da primeira campanha, já garantiram o registo de mais 32.500 dadores de sangue, reunindo cerca de 22.500 unidades, cruciais para o tratamento de mais de 68 mil pessoas.

“O balanço desta edição é extremamente positivo, tendo sido o melhor ano de sempre desde que esta iniciativa se realiza nos shoppings da Mundicenter em parceria com o IPST. Entre os números mais curiosos, destacamos que 800 pessoas doaram sangue pela primeira vez nesta campanha, sendo que 45 fizeram-no pela primeira vez na vida”, refere Fernando Oliveira, administrador da Mundicenter. “É um orgulho enorme poder contribuir de forma tão relevante para melhorar a vida daqueles que mais precisam. E não podemos deixar de agradecer ao Nilton por todo o empenho e esforço de divulgação que dedicou a esta causa, incentivando à dádiva de sangue, um dos gestos de maior nobreza, solidariedade e responsabilidade que podemos fazer enquanto cidadãos”.

Para todos aqueles que não tiveram oportunidade de se associar a esta campanha, as oportunidades não terminaram. O IPST tem, ao longo do ano, várias iniciativas de recolha de sangue com o objetivo de repor e estabilizar as reservas que se ressentem, especialmente, em alturas de férias como o verão. Cada dádiva de sangue pode ajudar até três pessoas, separando-a em três componentes que têm diferentes funções terapêuticas e que se aplicam numa grande diversidade de patologias.

22 de julho - Dia Mundial do Cérebro
Este ano a Federação Mundial de Neurologia (WFN) escolheu o acidente vascular cerebral (AVC) como te

Para além do peso do AVC como grande causador de incapacidade permanente e de mortalidade, a relevância da informação à população prende-se muito com o facto de ser uma doença que se pode prevenir e que se pode tratar de forma eficaz na maioria dos casos, se forem cumpridos determinados cuidados. Sim, o AVC é um ataque cerebral, mas pode ser prevenido e tratado!

O AVC deve estar no topo da agenda política em saúde. Deve ser chamada a atenção para a eliminação do tabaco, e devem ser implementadas leis neste sentido. O perigo da pressão arterial elevada deve ser conhecido e devem ser disponibilizadas medicações a custo favorável. As Unidades de AVC devem ser estabelecidas em todos os Hospitais diferenciados. Deve ser assegurada a existência de medicamentos para eliminar o trombo e a sua utilização atempada. Devem ser estabelecidos centros e programas de reabilitação.

Informações úteis sobre o AVC:

1. O AVC é frequente: 1 em cada 6 pessoas no mundo sofre um AVC na vida

2. O AVC pode afetar qualquer um: homens e mulheres, crianças e idosos podem ser vítimas de um AVC.

3. O AVC ocorre subitamente: a maioria dos AVCs parece um “ataque” imediato, com sintomas e incapacidade súbita.

4. O AVC pode ser incapacitante: quase 30% dos sobreviventes sofrerá de incapacidade permanente.

5. O AVC pode ser mortal: quase 30% das pessoas com AVC acaba por morrer na sequência desta doença.

6. Mas o AVC é prevenível: metade dos AVCs poderiam ser prevenidos controlando a pressão arterial e deixando de fumar.

7. O AVC é tratável: o tratamento adequado na fase aguda pode reduzir as taxas de morte e incapacidade em 50%.

8. Uma vida sem incapacidade é possível: 70% das pessoas com AVC pode ter uma vida independente com tratamento precoce e reabilitação.

Como posso ajudar a prevenir o AVC?

1. Promova a medição regular e controlo da pressão arterial e não adicione sal aos alimentos; 30% dos AVC podem ser prevenidos baixando a pressão arterial.

2. Divulgue a necessidade de deixar de fumar; parar o uso do tabaco pode reduzir o AVC em 35%.

3. Controle diabetes e colesterol. Os valores de colesterol e glicose devem estar dentro do normal.

4. Exercício diário: 30 minutos de exercício diário pode diminuir o risco de AVC em 20%.

5. Controle o peso: A obesidade aumenta o risco vascular, evite-a. Aumente a ingestão de vegetais.

6. Fibrilhação auricular: verifique periodicamente se as suas pulsações cardíacas são rítmicas; a fibrilhação auricular é uma arritmia que aumenta o risco de AVC, e o risco diminui com a anticoagulação.

7. Placas ateroscleróticas: os depósitos destas placas nas artérias carótidas são uma importante causa de AVC, discuta com o seu médico da necessidade de as detetar.

Como posso ajudar a reduzir a morte e incapacidade devido a AVC?

Saiba detetar o AVC e agir. Aprenda e ensine a família e amigos a detetar os 3 Fs – FACE, FORÇA, FALA.

Se acha que alguém pode estar a sofrer um AVC peça-lhe para fazer o seguinte:

  • FACE: Peça à pessoa para sorrir. Um dos lados da cara está paralisado?
  • FORÇA: Peça à pessoa para levantar os braços. Um dos braços descai?
  • FALA: Peça à pessoa para repetir uma frase simples. As palavras saem “enroladas”? A pessoa consegue facilmente repetir a frase ou tem di­ficuldade em falar ou compreender?
  • TEMPO: Se a pessoa tem algum destes sintomas o tempo é fundamental. Ligue para o 112 e faça com que ela seja transportada imediatamente à urgência hospitalar.

É importante melhorar os cuidados ao doente que teve um AVC:

Divulgação: Ajude a que os outros conheçam os sintomas do AVC, espalhe a mensagem dos 3 Fs.

Ação urgente: Se acha que alguém na sua presença está a ter um AVC ligue o 112.

Tratamento precoce em Unidade de AVC: os doentes com AVC devem ser admitidos em Unidades de AVC especializadas.

Usar mais o tratamento trombolítico intravenoso: este tratamento deve ser feito até 4 horas e meia após o início dos sintomas de AVC, em doentes com critérios para tal definidos pelo médico especialista em AVC. O tratamento mais precoce é mais efi­caz, pois “tempo é cérebro”. Para isso o doente tem que chegar muito cedo ao hospital!!

Trombectomia endovascular: para doentes selecionados com casos graves de oclusão de grandes artérias cerebrais e AVC isquémico, este tratamento por cateterismo pode ser eficaz até às 6 horas após o início, por vezes mais tempo nalguns casos. Mas tem que ser detetado e tratado a tempo para se obterem bons resultados!!

Reabilitação precoce e sustentada: a reabilitação deve começar precocemente, deve ser adequada ao caso clinico e ser sustentada no tempo de acordo com a necessidade do sobrevivente de AVC!

Procure mais informações!

Federação Mundial de Neurologia - www.wfneurology.org/world-brain-day-2017

Sociedade Portuguesa do AVC – www.spavc.org

Portugal AVC - PT.AVC - União de Sobreviventes, Familiares e Amigos - www.portugalavc.pt

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo realizado por investigadores da Unidade de Investigação em Epidemiologia do Instituto de Saúde Pública da...

A investigação, publicada na revista “BMC Public Health”, foi desenvolvida no âmbito do projeto PORMETS – um estudo transversal nacional levado a cabo entre fevereiro de 2007 e julho de 2009 - com o objetivo de determinar a prevalência da síndrome metabólica e as suas determinantes em Portugal Continental e nas suas regiões administrativas.

A síndrome metabólica caracteriza-se por um conjunto de fatores clínicos e metabólicos (disglicemia, pressão arterial elevada, obesidade abdominal e níveis séricos de triglicéridos e HDL respetivamente elevados e diminuídos) que se associam entre si e que conferem um risco acrescido de desenvolver doença cardiovascular e diabetes mellitus tipo 2.

Para conduzir o estudo, os investigadores utilizaram uma amostra de 4.004 participantes (2.309 do sexo feminino e 1.695 do sexo masculino), selecionados aleatoriamente nos centros de saúde dos 18 distritos de Portugal Continental. Aos participantes foi aplicado um questionário com vista a recolher informação sobre a história clínica e várias variáveis sociodemográficas e comportamentais. Foi ainda realizado uma avaliação antropométrica (peso, altura, perímetro da cintura e da anca) e da pressão arterial e efetuada uma colheita de sangue para análise de vários parâmetros (colesterol, triglicerídeos, HDL, glicose, hs-PCR e insulina).

Os resultados mostram que os indivíduos residentes nos distritos de Vila Real e Leiria apresentam maior prevalência de síndrome metabólica, ao passo que os de Bragança e Beja registam valores mais baixos em comparação com a média nacional. De sublinhar ainda que se verificou uma maior prevalência da síndrome nos participantes que residiam em áreas não urbanas.

As conclusões mostram ainda que “existe uma maior prevalência da síndrome no sexo feminino, nos idosos e nos participantes classificados em relação à sua ocupação como ‘domésticas’, ‘reformados’ e ‘desempregados’” e que, em contrapartida, se constatou uma menor prevalência nos participantes que referiram realizar exercício físico regular”, refere Luís Raposo, primeiro autor do estudo, coordenado pela investigadora Ana Cristina Santos.

“Este estudo vem confirmar a elevada prevalência da síndrome metabólica em Portugal. A elevada prevalência nacional de obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2 contribuem para a dimensão deste grave problema de saúde pública”, acrescenta o investigador. “O envelhecimento e a tendência para o aumento da frequência de obesidade na nossa população poderão vir a contribuir para um agravamento futuro do problema. Pensamos que o combate à obesidade e ao sedentarismo deve ser uma prioridade”, remata.

O estudo designado “The prevalence of the metabolic syndrome in Portugal: the PORMETS study”, é também assinado por Milton Severo e Henrique Barros, e pode ser consultado neste link.

Estudo internacional
Um estudo internacional, liderado por Henrique Girão, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, permitiu descobrir...

Os exossomas são pequenas vesículas sinalizadoras que permitem a comunicação e partilha de informação entre células, órgãos e tecidos. Uma vez que podem ser encontrados na maioria dos fluidos biológicos, incluindo sangue, urina e saliva, estes exossomas têm merecido uma grande atenção por parte da comunidade científica, dado o seu enorme potencial terapêutico e de diagnóstico.

Neste estudo, os investigadores demonstraram que o “conteúdo” destas pequenas vesículas varia com as condições a que o coração é sujeito. Ou seja, a informação veiculada pelos exossomas é determinada pelos estímulos, ou danos, induzidos no coração, como é o caso da isquemia, que leva ao enfarte do miocárdio.

A partir desta informação, a equipa descobriu que exossomas libertados por células do músculo cardíaco sujeitas a isquemia têm a capacidade de libertar sinais que promovem o crescimento de novos vasos sanguíneos no coração.

As células do músculo cardíaco “quando deixam de ser devidamente alimentadas, por privação de nutrientes e oxigénio, devido à obstrução de um vaso sanguíneo, emitem pedidos de ajuda com o objetivo de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos que possam compensar os que se encontram bloqueados ou disfuncionais, permitindo desta forma restabelecer a circulação sanguínea e a função cardíaca”, explica o coordenador do estudo, Henrique Girão.

Assim, prossegue o investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), “começámos por identificar o tipo de mensagem que é emitido pelas células do músculo cardíaco, quando expostas a condições adversas. Depois, demonstrámos que são exossomas ricos em determinadas moléculas reguladoras, denominadas miRNA, os responsáveis por induzir os mecanismos que levam ao crescimento de novos vasos sanguíneos, num processo designado angiogénese”.

O estudo foi mais longe e, simulando em laboratório o que acontece no coração em isquemia, a equipa isolou os exossomas libertados pelas células danificadas, mantidas em cultura, e aplicou-os no coração de ratinhos de laboratório, através de uma injeção intracardíaca. Ao fim de um mês, os corações dos animais sujeitos a este tratamento apresentavam mais vasos sanguíneos, registando-se uma melhoria da função cardíaca em comparação com os “corações de controlo”, em que os ratinhos foram injetados com exossomas produzidos por células mantidas em condições “saudáveis”.

Esta descoberta, já publicada na conceituada revista científica Cardiovascular Research, pode “abrir portas a abordagens terapêuticas inovadoras para tratar doenças do coração provocadas por disfunção vascular como, por exemplo, no caso do enfarte do miocárdio, a principal causa de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Para além de doenças cardíacas, esta abordagem poderá ser útil em outras patologias em que a terapia passe pela promoção do crescimento de novos vasos”, observa Henrique Girão.

O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e por fundos europeus e teve a participação de investigadores do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) da Universidade Nova de Lisboa, Instituto de Medicina Molecular (IMM), Imperial College London e Faculty of Medicine - University of Geneva.

Estudo
Quase duas em cada dez pessoas em Portugal diagnosticadas com VIH/sida não são seguidas nos serviços de saúde, o que representa...

Estes são dados de um estudo que será apresentado esta semana numa conferência internacional em Paris e que analisa números referentes a 2014.

O estudo exibe, pela primeira vez e de forma organizada, dados completos sobre a “cascata de tratamento” do VIH/sida em Portugal, segundo o especialista e antigo diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/sida, António Diniz.

Neste trabalho realizado por vários peritos portugueses é analisado o ponto de situação nacional relativamente aos três grandes objetivos traçados pelas Nações Unidos para 2020, a tríade conhecida por 90 – 90 – 90.

A primeira meta é ter 90% das pessoas que vivem com VIH/sida diagnosticadas, um objetivo já conseguido por Portugal. Os outros dois objetivos definidos pela ONUSida são alcançar 90% dos diagnosticados em tratamento e 90% dos que estão em tratamento atingirem carga viral indetetável (o que torna muito baixa a possibilidade de transmitir a infeção).

A investigação que esta semana é apresentada internacionalmente foi feita com dados de 2014 e mostra que Portugal tinha apenas cerca de 65% das pessoas diagnosticadas em tratamento.

António Diniz e os outros investigadores subdividiram este campo para tentar compreender os passos intermédios entre o diagnóstico e o tratamento.

“Do diagnóstico ao tratamento é como um saco muito grande, porque há passos intermédios. Primeiro é preciso que as pessoas cheguem aos serviços de saúde e depois que se mantenham”, justificou o antigo coordenador do Programa para o VIH/sida, em entrevista à agência Lusa.

Do total de pessoas diagnosticadas são seguidas pouco mais de 80% e, das que são “verdadeiramente seguidas”, só 79% estavam em tratamento na altura.

A junção destes dois dados fez com que apenas 64,4% das pessoas diagnosticadas com VIH/sida estivessem a receber, de facto, tratamento, quando a meta para 2020 é de 90%.

António Diniz ressalva que esta avaliação reporta a 2014, quando só em 2015 foi instituído o princípio de que todos os doentes que fossem diagnosticados com VIH devaim começar de imediato a receber tratamento. Até aí, havia indicação de que algumas pessoas não deviam iniciar tratamento.

Ainda assim, o especialista salienta que “se perdem” dos serviços de saúde quase 20% dos doentes diagnosticados, o que significa quase 8.000 doentes.

“Perdemos as pessoas porque não as conseguimos manter nos cuidados de saúde ou porque nem sequer lá chegam. Com estes dados conhecemos a realidade e pode haver várias interpretações para isto. Mas eu prefiro olhar para este número e alertar para a necessidade de melhorar as condições de ligação aos cuidados de saúde e de retenção dessas pessoas”, afirmou António Diniz.

Reconhece que nos oito mil diagnosticados não são seguidos nos serviços de saúde possam estar alguns óbitos e também um número residual de pessoas que entretanto emigraram. Mas mesmo que sejam contemplados 2.500 mortos no conjunto das oito mil pessoas, sempre serão 5.500 as pessoas que escapam a seguimento.

“O grosso destes quase 20% não seguidos são seguramente pessoas que não conseguimos atingir com as medidas que atualmente temos implementado. Até agora, podíamos dizer que não sabíamos, mas a partir de agora não temos desculpa”, sublinhou.

Vários fatores podem fazer com que estas pessoas se percam ou não sejam retidas nos serviços de saúde, com António Diniz a lembrar que muitas pertencem a populações mais frágeis e vulneráveis, como migrantes que genericamente já têm maior dificuldade de acesso à saúde.

O médico defende que cada hospital devia fazer um estudo idêntico, “uma cascata de tratamento” para a sua unidade de saúde, com o objetivo de avaliar o trabalho que está a ser feito e de perceber quem são os doentes que estão a escapar ao sistema.

António Diniz sugere também a criação de um gestor de caso nos hospitais que lidem mais diretamente com as situações de potencial abandono ou falta de retenção nos serviços de saúde.

Este papel tanto podia ser desempenhado por um profissional de saúde a quem é atribuída essa função concreta ou por uma organização de base comunitária que seria envolvida na equipa hospitalar.

Mesmo com os atuais dados de Portugal que são apresentados esta semana em Paris, António Diniz acredita que ainda será possível em 2020 atingir os três objetivos “90” definidos pela ONUsida.

No final do ano passado, especialistas portugueses tinham apresentado um estudo analisando a primeira dessas metas, concluindo que Portugal já tinha menos de 10% dos infetados com VIH/sida por diagnosticar, o que ao todo representava menos de cinco mil pessoas com a infeção e sem o diagnóstico.

Ao todo, estima-se que em Portugal haja, pelo menos, 45 mil pessoas com a infeção.

“Pensava-se que o grande problema e a nossa fraqueza era no diagnóstico. Percebemos depois que não é o diagnóstico e, agora, que a fraqueza está entre o diagnóstico e o tratamento, na ligação das pessoas aos cuidados de saúde e na capacidade de as reter”, resumiu António Diniz.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quatro distritos de Portugal continental estão entre hoje e quarta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de vento forte e...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o distrito de Lisboa vai estar sob ‘aviso amarelo’ entre as 09:00 e as 21:00 de hoje devido à previsão de vento forte com rajadas de 70 quilómetros por hora, em especial junto à faixa costeira.

Também sob ‘aviso amarelo’ estão os distritos de Portalegre, Évora e Beja, devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

Estes distritos do Alentejo vão estar sob ‘aviso amarelo’ entre as 12:00 de terça-feira e as 21:00 de quarta-feira.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até ao meio da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, no litoral oeste, em especial durante a tarde e início da noite, e nas terras altas, onde soprará de nordeste no final do dia.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal, em especial nas regiões do litoral Norte e Centro e pequena subida da temperatura mínima.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 18 e 27 graus Celsius, no Porto entre 16 e 25, em Vila Real entre 14 e 31, em Viseu entre 14 e 30, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 13 e 28, em Coimbra entre 16 e 28, em Castelo Branco entre 17 e 35, em Portalegre entre 18 e 34, em Santarém entre 17 e 30, em Évora entre 15 e 35, em Beja entre 16 e 36 e em Faro entre 21 e 36.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, de acordo...

Segundo o Instituto, também os arquipélagos da Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até ao meio da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, no litoral oeste, em especial durante a tarde e início da noite, e nas terras altas, onde soprará de nordeste no final do dia.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal, em especial nas regiões do litoral Norte e Centro e pequena subida da temperatura mínima.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas terras altas e nas vertentes sul da ilha, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas e vento moderado a forte de nordeste, por vezes com rajadas até 65 quilómetros por hora, soprando forte nas terras altas com rajadas até 80 quilómetros por hora.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos e vento fraco a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 18 e 27 graus Celsius, no Porto entre 16 e 25, em Vila Real entre 14 e 31, em Viseu entre 14 e 30, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 13 e 28, em Coimbra entre 16 e 28, em Castelo Branco entre 17 e 35, em Portalegre entre 18 e 34, em Santarém entre 17 e 30, em Évora entre 15 e 35, em Beja entre 16 e 36 e em Faro entre 21 e 36.

Incêndios
Dois incêndios no distrito de Castelo Branco mobilizavam às 06:30 quase mil operacionais e obrigaram ao corte de várias...

De acordo com informação disponível na página da Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o incêndio que mais preocupa é o que lavra desde domingo na localidade de Mosteiro de São Tiago, freguesia de Várzea dos Cavaleiros, concelho da Sertã, no distrito de Castelo Branco.

Este fogo, com duas frentes ativa, está a ser combatido por 734 operacionais, com o auxílio de 228 meios terrestres.

O incêndio deflagrou na tarde de domingo no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, tendo as chamas entrado no concelho de Mação, distrito de Santarém, e obrigado à retirada de pessoas de três aldeias.

Devido ao incêndio, estão cortadas, segundo a ANPC, a Estrada Nacional 224 em Mesão e Cardigos, Estrada Municipal 526-1 em Várzea dos Cavaleiros e a Estradas Municipal 538 em Vale do Pereiro-Vale Junça.

Também no distrito de Castelo Branco, continua por dominar o incêndio em Vale de Coelheiro, freguesia de Santo André das Tojeiras que mobiliza 238 operacionais, com o apoio de 75 veículos.

Por causa deste incêndio estão cortadas a Estrada Nacional 3 e Itinerário Principal (IP) 2 entre Alvaiade e Sarnadas de Ródão e a Estrada Municipal Bugios-Sarnadinha.

Em fase de resolução está o incêndio que deflagrou no domingo à tarde na localidade de Domingos da Vinha, freguesia de Belver, concelho de Gavião, distrito de Portalegre, encontrando-se no local 330 operacionais, com o apoio de 107 veículos.

Este incêndio obrigou ao corte da Estrada Municipal 1010 em Domingos da Vinha e Areia, a Estrada Municipal 1020-2 em Outeiro Fundeiro e Outeiro Cimeiro e Estrada 1011 Alvisquer e Areia.

Em fase de resolução estão os incêndios na freguesia de Vale Frechoso, concelho de Vila Flor, distrito de Bragança, que mobiliza 164 operacionais, com o apoio de 62 veículos, e o da localidade de Carvalhosa, freguesia de Ceira, distrito de Coimbra, encontrando-se no local 217 operacionais, com o auxílio de 60 veículos.

ÀS 06:30, a ANPC dava conta de 17 incêndios ativos, três em curso, três em resolução e 11 em fase de conclusão.

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