Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental, Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões estão com risco ‘muito elevado’ com exceção dos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Leiria, Porto, Viana do Castelo, Horta (ilha do Faial, Açores) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) que estão com níveis ‘elevados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e ‘elevado’, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro Ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

No caso de risco ‘moderado’ são aconselhados óculos de Sol e protetor solar.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente limpo e vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado de noroeste no litoral oeste em especial durante a tarde e moderado a forte nas terras altas.

A previsão aponta ainda para uma pequena descida da temperatura mínima no interior da região Norte e pequena subida na região Sul e subida da máxima no litoral oeste das regiões Centro e Sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas até início da manhã e vento moderado de nordeste, soprando forte, com rajadas até 80 quilómetros por hora, nas terras altas e no extremo leste.

No Funchal, as temperaturas vão variar entre 20 e 26 graus Celsius.

Para os Açores, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos na ilha de São Miguel (grupo oriental) e vento fraco a bonançoso.

Em Ponta Delgada e em Angra do Heroísmo as temperaturas vão variar 20 e 25 graus e em Santa Cruz das Flores 21 e 25 graus.

Em Lisboa, as temperaturas vão oscilar entre 19 e 35 graus Celsius, no Porto entre 16 e 29, em Braga entre 12 e 33, em Viana do Castelo entre 14 e 27, em Vila Real entre 15 e 31, em Viseu entre 16 e 32, em Bragança entre 10 e 30, na Guarda entre 13 e 28, em Coimbra entre 15 e 33, em Leiria entre 12 e 31, em Aveiro entre 16 e 27, em Castelo Branco entre 20 e 35, em Portalegre entre 22 e 34, em Santarém entre 16 e 38, em Évora e Beja entre 18 e 37, em Setúbal entre 18 e 37 e em Faro entre 21 e 30.

Governo
O Ministério da Saúde do Brasil declarou ontem oficialmente o fim do surto de febre-amarela que matou mais de 250 pessoas no...

O Ministério da Saúde brasileiro informou que o último caso desta doença foi confirmado em junho. No total, 777 pessoas foram infetadas, das quais 261 morreram.

Outros 2.270 casos foram descartados e 213 continuam em investigação. Além disso, 304 casos foram considerados inconclusivos, pois não foi possível confirmar a infeção por febre-amarela ou não se encaixavam na definição de caso. No total, foram 3.564 notificações.

O anúncio do fim do surto foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, após a apresentação do novo boletim epidemiológico sobre a situação da doença no país.

"A situação, hoje, está sob controlo, mas é fundamental que os estados e municípios se esforcem para aumentar as coberturas vacinais nas áreas com recomendação, seja com a busca ativa de pessoas não vacinadas ou através de campanhas específicas, envolvendo também as escolas", frisou o ministro brasileiro, em um comunicado.

A febre-amarela preocupou o Governo brasileiro porque a doença também pode ser transmitida em áreas urbanas pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, do Zika e da febre Chikungunya.

O surto de febre-amarela detetado no início de 2017 foi considerado invulgar no país, já que os órgãos de saúde contabilizavam apenas alguns casos a cada ano e, geralmente, a doença era transmitida pelo mosquito Haemagogus, que vive em áreas de floresta.

Em 2017, porém, a doença também ocorreu em áreas não consideradas em risco, onde as taxas de vacinação eram baixas.

Em resposta ao surto de febre-amarela, o Brasil montou uma campanha de vacinação maciça, enviando mais de 36,7 milhões de doses para diversos estados do país.

Os esforços de vacinação continuam, já que o Ministério da Saúde diz que a taxa média de cobertura em áreas que têm o peso do surto é de cerca de 60%, abaixo do objetivo de 95%.

Nos Açores
Um homem de 58 anos está internado no Hospital da Horta, na ilha do Faial, com um diagnóstico de legionella, disse a...

"Temos neste momento um caso de legionella num doente que está atualmente internado, o que posso dizer é que esta é uma situação isolada, não se pode relacionar com nenhuma outra situação, portanto, não são conhecidos casos de propagação da doença através de ingestão de água contaminada e não há razão para alarme", afirmou Ana Rita Eusébio.

O homem de 58 anos que está infetado com a doença do legionário é habitante na freguesia das Bandeiras e trabalhador da Cofaco, empresa açoriana de conservas, no concelho da Madalena do Pico.

Segundo a responsável máxima pela saúde pública nos Açores, sendo a legionella uma doença de declaração obrigatória, foi acionado de imediato o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), sistema que "é disparado" sempre que há perigo para a saúde pública.

"Assim que houve o diagnóstico laboratorial ao nível hospitalar desta doença, foi feita a notificação no SINAVE e, de imediato, foram tomadas as medidas. Portanto, numa primeira fase, a realização de um inquérito epidemiológico e, numa segunda fase, o estudo ambiental para avaliação de possíveis fontes de infeção", disse.

Ana Rita Eusébio adianta que os "resultados" das análises feitas à água serão conhecidos "dentro de uma semana", sendo que foram retiradas amostras em vários locais de acordo "com a história do doente" e "onde esteve" nos últimos dias.

A coordenadora de saúde pública dos Açores confirmou ainda que alguns reservatórios de água nos locais onde foram retiradas amostras foram encerrados "por uma questão de prevenção".

"Faz sentido até termos um resultado que indique que não temos nenhuma contaminação nessa área, faz sentido em termos preventivos isolar e, atendendo que era possível outra fonte de água, foi apenas por uma questão de prevenção o isolamento desses locais", sublinhou.

Sem querer avançar "informação clínica confidencial", Ana Rita Eusébio lembrou ainda que "a gravidade da doença do legionário varia consoante o histórico clínico e os fatores de risco" de cada pessoa.

Há mais grávidas obesas, com diabetes e hipertensão
Já não é novidade, mas antes uma tendência: ser mãe é um desejo concretizado cada vez mais tarde. Mas esta aposta numa...

“Em Portugal temos cada vez mais as doenças associadas aos excessos, ao sedentarismo e à idade avançada. Há cada vez mais grávidas obesas, com diabetes, hipertensão arterial, síndrome depressivo, patologia osteoarticular, etc.”, alerta Inês Palma dos Reis, coordenadora do Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica (NEMO) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).

Os números confirmam esta tendência de gravidez tardia: os dados do Pordata mostram que, no ano 2000, a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho não ia além dos 26,5 anos; 16 anos depois chegava aos 30,3. A estes dados juntam-se outros: os dos partos depois dos 40, que corresponderam, em 2015, a 5,2% do total (4.431). E o que é que isto significa? “Com o avançar da idade acumulam-se muitas vezes as doenças e até a medicação crónica, com respetivos riscos para a gravidez. Por exemplo, em mulheres com hipertensão arterial é mais frequente haver complicações na gravidez como a pré-eclampsia e eclampsia, com riscos para a mãe e feto; parto pré-termo, alterações no crescimento fetal; aborto ou morte fetal…”, responde Inês Palma dos Reis.

Problemas que interferem com a gravidez. E vice-versa. “A gravidez, por requerer uma adaptação e ‘esforço’ suplementar do corpo da mulher, pode levar aos primeiros sintomas em problemas latentes, agravar as doenças crónicas, por vezes com risco de vida para a mãe e para o feto. Algumas doenças, como as associadas a disfunções da imunidade, podem apresentar menos sintomas durante a gravidez. Por outro lado, as doenças e/ou a medicação necessária para as controlar podem, por vezes, diminuir a fertilidade, aumentar o risco de malformações fetais, transmissão fetal ou outras alterações no seu desenvolvimento e dificultar o adequado aumento de peso materno ou um trabalho de parto seguro.”

A Medicina Interna desempenha, aqui, um papel cada vez maior, e isto em todas as fases, explica a especialista da SPMI. Se antes da gravidez a missão destes especialistas deve ser “garantir o aconselhamento adequado às mulheres seguidas com doença crónica e que queiram engravidar, no que diz respeito ao mais adequado planeamento da gravidez conforme a evolução da doença e prevendo eventuais ajustes na medicação”, durante a gestação cabe à Medicina Interna “manter a vigilância regular da doença crónica, com os ajustes necessários para minimizar os riscos da doença, dos exames e fármacos necessários e estar alerta para minimizar eventuais complicações, sempre disponível para esclarecer a grávida, a família e o obstetra em relação a estes ajustes e riscos”.

O trabalho não se fica por aqui. Depois do parto, volta a caber aos internistas uma tarefa: a de “reavaliar a mulher, procurando minimizar o risco de problemas futuros (noutra gravidez ou mesmo ao longo da vida)”. É, por isso, importante, a relação entre internista e obstetra, que deve ser, segundo Inês Palma dos Reis, “de entreajuda, idealmente com discussão próxima e frequente da evolução das expectativas e eventuais problemas, para melhor apoiar a grávida nas suas decisões”.

Neste Dia da Grávida, que celebra um período “que se quer maravilhoso, pleno de saúde e descobertas”, a SPMI reforça a importância de ter “hábitos de vida saudáveis (exercício, alimentação, evitar álcool, tabaco, drogas) e de procurar vigilância médica adequada, sobretudo nos casos de mulheres com doenças e/ou medicação crónicas. Durante a gravidez, toda a medicação deve ser revista e cuidadosamente ponderada. É que há medicamentos, tratamentos, exames perigosos, mas há outros imprescindíveis para a segurança da grávida e/ou do bebé”. E com vigilância “e apoio médico adequados melhora-se o prognóstico mesmo das gravidezes mais complicadas".

Medicina geral e familiar
O Ministério das Finanças autorizou o Ministério da Saúde a contratar 290 clínicos de medicina geral e familiar para exercer em...

De acordo com um despacho conjunto dos ministérios das Finanças e da Saúde, publicado em Diário da República, a Saúde está autorizada a contratar 290 médicos especialistas em medicina geral e familiar, mediante celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado ou contrato individual de trabalho sem termo.

O despacho adianta que a medida dispensa a obrigatoriedade definida no Orçamento do Estado para 2017 de serem iguais ou inferiores aos registados em 31 de dezembro de 2016 os gastos com pessoal.

Também é publicado em Diário da República um despacho que identifica os serviços e estabelecimentos de saúde e respetivas unidades funcionais como carenciados, na área de medicina geral e familiar.

O objetivo desta identificação é “a abertura de procedimento concursal, no sentido de poderem vir a ser constituídas até 290 relações jurídicas de emprego”.

Segundo este despacho, importa viabilizar a contratação destes profissionais, “com a maior celeridade possível, permitindo, assim, a sua colocação nos serviços e estabelecimentos onde se denotem as maiores carências deste grupo de pessoal com as qualificações profissionais aqui em causa”.

Apesar da autorização das Finanças para a contratação de 290 médicos, foi disponibilizado “um número de unidades funcionais superior ao de postos de trabalho a preencher, termos em que se identificam 317 potenciais locais de colocação”.

Estudo
Segundo cientistas norte-americanos, o vírus Zika, que causa danos cerebrais em bebés, pode oferecer um surpreendente...

O vírus tem sido visto como uma ameaça global para a saúde, mas numa pesquisa recente descobriram que pode infetar e eliminar células cancerígenas difíceis de matar e que estão no cérebro.

O tratamento com o Zika parece funcionar em amostras de células humanas em laboratório. O vírus é injetado e ataca os tumores agressivos, deixando as outras células do cérebro ilesas, escreve o Diário de Notícias.

Segundo a BBC, ainda não existem provas humanas, mas os especialistas acreditam que o vírus pode ser injetado no cérebro ao mesmo tempo que decorre a cirurgia para remover os tumores malignos.

Dos vários tipos de cancro do cérebro que existem, o glioblastoma é o mais comum em adultos e um dos mais difíceis de tratar. A radioterapia, quimioterapia e a cirurgia podem não ser suficientes para remover cancros invasivos.

Pensa-se que as células do glioblastoma mesmo após os tratamentos agressivos continuam a crescer e a dividir-se, produzindo novas células cancerígenas.

Mas esta nova pesquisa, em ratos vivos e em amostras de tecido de cérebro humano doado, mostra que o tratamento com o Zika pode matar as células cancerígenas que tendem a resistir aos habituais tratamentos.

Os cérebros dos bebés têm células estaminais saudáveis em abundância, enquanto o cérebro adulto têm muito poucas o que explica que o tratamento com o vírus Zika em cérebros adultos destrua apenas as células estaminais cancerígenas sem causar danos colaterais.

A equipa da Escola de Medicina da Universidade de Washington e a Escola de Medicina da Universidade de Califórnia San Diego, como precaução, começaram a modificar o vírus para o tornar mais seguro.

"Depois de adicionarmos mais umas mudanças, penso que será impossível para o vírus alterá-las e provocar doenças", afirmou o Dr. Michael Diamond.

"Este vírus ataca células muito importantes para o crescimento dos bebés e podemos agora usar isso para atacar tumores", acrescentou.

Os cientistas esperam começar ensaios em humanos dentro de 18 meses.

Usar vírus para combater cancro não é uma ideia nova, mas usar o Zika como arma sim. Cientistas da Universidade de Cambridge iniciaram uma pesquisa semelhante com o mesmo vírus.

"Esta pesquisa promissora mostra que uma versão modificada do vírus Zika pode atacar células cancerígenas no cérebro em laboratório", disse a Dr. Catherine Pickworth, da Cancer Research UK.

Professor Eugénio Oliveira
O professor da Universidade do Porto Eugénio Oliveira, especialista em Inteligência Artificial, considerou que os...

"Os algoritmos, os métodos e os processos da Inteligência Artificial estão atualmente muito ao serviço da área dos negócios, dos governos, das indústrias", mas é altura de "darmos um passo à retaguarda e olharmos a responsabilidade social que temos ao desenvolver estas ferramentas tão poderosas, que depois podem ser mal utilizadas", indicou o professor da Faculdade de Engenharia do Porto da Universidade do Porto (FEUP).

Para o especialista, escreve o Sapo, que falava à margem da 18.ª edição do Encontro Português de Inteligência Artificial (EPIA), que se realiza na FEUP, entre hoje e sexta-feira, é necessário a existência de regras e princípios que façam com que sistemas baseados em Inteligência Artificial sejam usados para "benefício da humanidade" e "seguindo os Direitos Humanos", o que "não está assim muito transparente" na atualidade.

Eugénio Oliveira, que coordena de uma sessão do EPIA 2017 sobre o impacto social da Inteligência Artificial, indicou que esta está presente em múltiplos aspetos com impacto social, desde o reconhecimento automático de imagens e de texto até à pesquisa que se realiza em plataformas como a Google, que a utiliza "para sugerir os ‘links’ que mais nos interessam".

Existem igualmente "muitos sistemas de controlo automatizados", que conseguem extrair padrões que permitem prever alguns comportamentos futuros em diversas áreas, através da análise de grande volume de dados (‘big data').

No entanto, segundo um relatório que foi encomendado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos sobre o impacto da Inteligência Artificial, divulgado há menos de dois meses, há uma chamada de atenção para o facto de esta poder ser utilizada com dados falsos, o que permite tirar "conclusões completamente erradas", contou o professor.

"É relativamente fácil, por alteração dos dados iniciais que se fornecem aos programas, ter depois conclusões que levam, por exemplo, a políticas de ataque e de defesa, a nível militar, baseados nesses dados falsos (‘fake data')", explicou, acrescentando que essa situação pode levar "a terríveis decisões, que colocam em risco muita coisa na Humanidade".

De acordo com o especialista, o desenvolvimento atual do ‘hardware' "é de tal ordem" que já permite uma densificação do processamento que "não está muito longe do se passa em alguns cérebros", colocando-se inclusivamente a possibilidade de alguns desses sistemas virem a desenvolver "algum tipo de consciência", num futuro próximo.

Ao nível do ‘software', continuou o professor, embora a evolução não seja tão grande, há uma aproximação entre os estudos de neurocientistas e alguns tópicos de Inteligência Artificial, "como é o caso do ‘deep learning' aplicado sobre o ‘big data'", que resolvem facilmente todas as questões de traduções e de reconhecimentos de faces, com uma aceleração enorme.

Esta simbiose entre a aceleração "que é necessária e que está a acontecer neste momento na Inteligência Artificial" e "os perigos que daí advêm, se não houver os cuidados suficientes para que todos esses movimentos sejam feitos sobre regras", são algumas questões ao nível ético e moral que se colocam nesta área, concluiu Eugénio Oliveira.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Beja, Évora e Setúbal estão hoje e na quinta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo quente,...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Évora, Beja e Setúbal vão estar sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O aviso vai estar em vigor entre as 12:00 de hoje e as 21:00 de quinta-feira.

Segundo o IPMA, o ‘aviso amarelo’, o terceiro menos grave de uma escala de três, indica situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Fundo Mundial para a Natureza
A equação é simples: 60% da humanidade come peixe, por isso preservar os oceanos é a única forma de assegurar a dieta alimentar...

Na cidade chilena de La Serena, na costa do oceano Pacífico, Kakabadse, ex-ministra do Meio Ambiente do Equador, diz que a pesca ilegal, a exploração excessiva, as implacáveis alterações climáticas e a falta de vontade política para priorizar a conservação são uma mistura explosiva para os mares.

Com este panorama sombrio, escreve o Sapo, é inadiável que o IV Congresso Mundial sobre Áreas Marinhas Protegidas, o Impac4, que acontece esta semana em La Serena, crie um roteiro claro que estabeleça planos de gestão viáveis para proteger ao menos 30% dos mares.

Qual é o objetivo do Impac4?
Este exercício de reunir os especialistas em questões marinhas deveria ser feito com mais frequência, porque devemos acordar ações muito mais fortes. Nos propomos a conservar 10% da área marinha dos oceanos, como área protegida, mas 10% não é nada. É muito suave, devemos ser mais radicais em nossa ambição de proteger o oceano.

Cerca de 60% da humanidade come peixe. Se não cuidarmos deste recurso que são os oceanos e todas as suas espécies estamos ameaçando a segurança alimentar do ser humano.

Qual é a principal ameaça sobre as águas oceânicas e suas costas?
As mudanças climáticas são um dos fatores que mais estão influenciando. As águas dos oceanos estão aquecendo e estão destruindo (...) os recifes de coral. Neste momento, 50% dos recifes de coral estão afetados e se não fizermos alguma coisa logo, (...) na metade deste século terão desaparecido.

Em que grau a superexploração da pesca e a poluição influenciam na deterioração da fauna oceânica?
Há um excesso de pesca inquestionável em todas as partes do mundo. A poluição que derramamos nos oceanos de substâncias químicas de vertentes que vêm de áreas urbanas, de plásticos, cada um desse elementos que derramamos no mar como se fosse um grande depósito de lixo estão destruindo as espécies e a qualidade do oceano. Quando digo espécies, quero dizer as espécies que nos alimentam, os peixes estão sendo poluídos e quando chegam à mesa do consumidor já vêm afetados por poluição química.

Qual é a situação na América Latina?
Todos os nossos países sabem quais são as áreas que deveriam ser protegidas, o que faz falta é a decisão política de proteger mais áreas marinhas. Falo pela América Latina, onde sinto que poderíamos fazer muito mais.

Que ações garantem o sucesso de planos de preservação?
Não serve de nada que declaremos áreas marinhas se nossos rios continuam levando poluentes para o oceano. Não serve de nada protegê-las se não impusermos regulações ao setor pesqueiro. Não serve de nada declará-las sem as pessoas, as comunidades.

Que casos destacaria como exemplos de sucesso de conservação?
O Triângulo de Corais na Ásia no Pacífico Oriental, onde vários países que estão em volta deste triângulo concordaram que o mais importante para sua economia era o turismo e que não haveria nada de turismo se não se preservasse.

Outro exemplo é Galápagos (arquipélago do Equador). Foi um sucesso porque conseguimos recuperar o equilíbrio de algumas espécies, mas continua havendo ameaças.

Que acordos esperam alcançar em Impac4?
Esperamos chegar a um acordo para aumentar as áreas marinhas protegidas, mas com planos de gestão. Um segundo acordo é que temos que prestar muito mais atenção às comunidades que vivem das áreas protegidas ou nelas. E a única maneira de conseguir bons resultados é fazer acordos internacionais e penalizações fortes.

Já temos penalizações estabelecidas nos acordos, mas temos que aplicá-las.

Gigantes da moda
Os gigantes de luxo que representam grandes nomes da moda como Gucci, Saint Laurent, Vuitton e Dior, adotaram uma carta de...

Apresentada publicamente na véspera da Semana da Moda de Nova Iorque, numa abordagem sem precedentes e depois de diversas polémicas sobre o tema, esta “Carta das Relações Laborais e Bem-Estar dos Manequins” proíbe o tamanho 32 usado por alguns criadores e define que "nenhum modelo com menos de 16 anos será recrutado para participar de desfiles ou sessões de fotos que representem adultos".

"Nós queríamos ir rápido e fazer com que as coisas realmente mudassem, tentando que os outros atores da moda, na medida do possível, nos sigam”, afirmou à agência France Presse o presidente do gigante de luxo Kering, François-Henri Pinault.

Antoine Arnault, membro do concelho de administração da LVMH e filho do presidente da empresa, Bernard Arnault, congratulou-se com a carta que “realmente impõe uma mudança”.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental, Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões estão com risco ‘muito elevado’ com exceção dos distritos de Braga, Porto, Viana do Castelo e Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores), Angra do Heroísmo (Terceira), Horta (Faial) e Santa Cruz das Flores (Flores) que estão com níveis ‘elevados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e ‘elevado’, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro Ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

No caso de risco ‘moderado’ são aconselhados óculos de Sol e protetor solar.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste das regiões Centro e Sul até meio da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, sendo fraco a moderado do quadrante norte nas terras altas

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal e pequena subida da temperatura máxima.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha, aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas e vento moderado de nordeste, soprando forte com rajadas até 65 quilómetros por hora no extremo leste com rajadas até 80 quilómetros por hora nas terras altas.

Nos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos e vento moderado a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 18 e 31 graus Celsius, no Porto entre 15 e 29, em Braga entre 13 e 32, em Viana do Castelo entre 15 e 30, em Vila Real entre 16 e 32, em Bragança entre 14 e 31, em Viseu entre 15 e 33, na Guarda entre 15 e 29, em Coimbra entre 16 e 32, em Castelo Branco entre 21 e 36, em Portalegre entre 20 e 35, em Leiria entre 16 e 28, em Santarém entre 17 e 36, em Aveiro entre 17 e 26, em Setúbal entre 17 e 34, em Évora entre 16 e 37, em Beja entre 16 e 36 e em Faro entre 21 e 31.

No Funchal (Madeira) as temperaturas vão oscilar entre 22 e 27, em Ponta Delgada (São Miguel, Açores), Angra do Heroísmo (Terceira) entre 21 e 27, em Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) entre 22 e 27.

Organização Mundial de Saúde
Portugal está acima da média global de suicídios, apresentando uma taxa de 13,7 por cem mil habitantes em 2015, face a uma taxa...

Perto de 800 mil pessoas suicidam-se todos os anos, o que significa uma pessoa a cada quarenta segundos, de acordo com os dados publicados no site da Organização Mundial de Saúde (OMS), que defendeu que a comunicação social deve noticiar estas mortes de forma responsável.

“O suicídio é a segunda principal causa de morte entre os 15 e os 29 anos, globalmente”, diz a OMS.

A OMS diz também que a Europa foi a região do mundo com a mais alta taxa de suicídio (14,1 por cada cem mil habitantes), à frente de África (8,8), Américas (9,6), Sudeste asiático (12,9), Mediterrâneo Oriental (3,8) ou Pacífico Ocidental (10,8).

Dentro da região Europa, Portugal está ligeiramente abaixo da média europeia mas acima da média global, tendo registado, em 2015, uma taxa de 13,7 mortes por suicídio por cada cem mil habitantes, o que significa, tendo em conta os cerca de dez milhões de habitantes, que cerca de 1.370 pessoas ter-se-ão suicidado.

De acordo com a organização, o suicídio é um fenómeno global, apontando que, em 2015, 78% dos casos ocorreu em países com baixos e médios rendimentos.

“O suicídio correspondeu a 1,4% de todas as mortes a nível mundial, tornando-o na 17.ª principal causa de morte em 2015. Os indicadores revelam que por cada adulto que morre por suicídio, haverá mais de 20 tentativas”, diz a OMS.

A propósito destes números e tendo em conta que no próximo domingo se assinala o Dia Internacional da Prevenção do Suicídio, a OMS aproveitou para atualizar o seu guia com recomendações para os órgãos de comunicação social.

Em conferência de imprensa, citada pela agência espanhola EFE, Alexandra Fleischmann, do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substancias, apontou que a OMS considera que os jornalistas podem “melhorar ou dificultar os esforços de prevenção”, apontando que os meios de comunicação social têm um papel importante no momento de informar de forma responsável as mortes por suicídio.

Para a responsável, é importante trabalhar a prevenção com os meios de comunicação social e não só falar do que podem ou não fazer, para que os jornalistas transmitam a mensagem de que o suicídio não é um tabu e que “pode-se falar dele e procurar ajuda”.

O guia da OMS recomenda que se forneçam dados corretos sobre onde se pode procurar e encontrar ajuda, dar a conhecer histórias pessoais sobre como fazer frente a situações difíceis da vida ou a pensamentos suicidas e ter uma especial precaução quando se noticia suicídios de pessoas famosas.

A OMS também recomenda que haja cuidado na hora de entrevistar familiares ou pessoas próximas de alguém que se suicidou, já que podem ser boas fontes sobre como educar outros sobre as realidades destas mortes, não esquecendo que estão numa situação de dor que se deve respeitar.

O guia pede aos meios impressos e digitais que não coloquem em destaque nas suas páginas as notícias sobre suicídios e às televisões e rádios que não abram os seus blocos informativos com este tipo de informação.

Além disso, a OMS considera que os jornalistas não devem usar uma linguagem sensacionalista ou que banalize o suicídio, nem que o mostre como uma solução para possíveis problemas.

Defende também que é melhor não descrever explicitamente o método usado para cometer o suicídio nem o local da morte, acrescentando que deveria evitar-se o uso de fotografias, vídeos ou links digitais.

Alexandra Fleischmann apontou ainda que os principais fatores de risco para o suicídio são a depressão e as desordens associadas ao consumo de álcool, as drogas, a violência, os traumas, as perdas e situações de conflito, bem como o ‘bullying’ escolar.

Ano letivo
A Associação Portuguesa de Conservação da Natureza Quercus alertou ontem que, em vésperas do início do ano letivo 2017/2018, há...

Em comunicado, a Quercus diz não acreditar nos números do Ministério da Educação e pretender saber como está o amianto nas 2.662 escolas sob sua gestão.

"Como está o levantamento sobre a existência de materiais com amianto nas escolas? Foi feito algum diagnóstico e avaliação de risco à exposição de trabalhadores e ocupantes destes edifícios a esta fibra contaminante? Quantos estabelecimentos foram intervencionados para remover amianto?", são questões que a Quercus coloca ao Ministério da Educação.

A Quercus diz ter conhecimento do início trabalhos de remoção de coberturas com amianto em algumas escolas, numa altura em que se prepara o início do ano escolar, mas observa que há ainda muitas que esperam que sejam identificados e removidos todos os materiais que contêm amianto e que põem em causa a saúde de todos.

Em seu entender, é fundamental identificar a totalidade dos materiais com amianto, definir as situações prioritárias e intervir na sua remoção, dando preferência a períodos de pausa escolar, minimizando a exposição de ocupantes à possível libertação de fibras durante estas obras.

"As intervenções deverão ser controladas de acordo com o Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) e monitorizada a qualidade do ar por forma a verificar que os espaços se encontram aptos para reocupação humana, após as conclusões das obras", salienta a Quercus.

A Quercus lembra que o Ministério da Educação tem sob sua tutela 2.2662 escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário (dados Prodata), onde é estimada a existência de amianto em 739 edifícios escolares, tendo já sido removido coberturas de amianto em cerca de 300 escolas.

"O problema é que estes dados correspondem apenas aos materiais em fibrocimento (coberturas), e o amianto foi utilizado em cerca de 3.000 materiais e equipamentos diferentes, desde pavimentos, revestimentos de paredes, condutas, radiadores, depósitos, tubagens para o abastecimento de água ou fornos para cerâmica. Certamente haverá muitos materiais que não constam desta listagem, e por isso é preciso revê-la", adverte a associação ambientalista.

A Quercus recorda ainda que um estudo da Universidade Aberta revela que apesar da obrigatoriedade da lei que apontava para a necessidade da identificação da totalidade dos materiais com amianto, promoção de análises a concentrações de fibras respiráveis e avaliação e informação do risco de exposição dos trabalhadores e ocupantes dos edifícios ao amianto, entre outras exigências, a situação em Portugal "pouco tem evoluído".

O mesmo estudo indicava que a maior parte da Administração Pública não estava preparada e não tinha meios suficientes para aplicar a legislação, notando que não existem memórias descritivas de todos os edifícios públicos.

"O resultado foi um levantamento inicial, efetuado de uma forma muito débil em 2014", lamenta a Quercus.

A Quercus avisa que a exposição a este tipo de fibras poderá ter efeitos na saúde, tais como o desenvolvimento de asbestose, cancro do pulmão, mesotelioma, laringe, ovários e gastrointestinal.

Os números de mesotelioma (cancro provocado exclusivamente por exposição ao amianto) em Portugal rondam os 36 casos/ano referenciados, facto que indicia que muitas situações são mal diagnosticadas ou não é feita a correta relação causal entre a doença e a exposição a este contaminante.

"Aliás, 97% das doenças não são denunciadas. O amianto é a segunda maior causa de contaminação ocupacional do mundo", nota a Quercus.

Um milhão de euros
O Prémio António Champalimaud de Visão, de um milhão de euros, foi atribuído este ano às instituições internacionais...

A Sightsavers, instituição de caridade britânica que trabalha na prevenção da cegueira e na inserção social de cegos, foi distinguida pelo seu programa de tratamento do tracoma, uma doença inflamatória crónica causada por uma bactéria que afeta pálpebras e córnea e cuja disseminação está associada à falta de cuidados de higiene.

O projeto decorre em 29 países de África, América Latina e Caraíbas, onde a taxa de prevalência é maior. Moçambique tem membros da instituição no terreno, em particular na região norte, onde há mais casos de tracoma.

Para o diretor da Sightsavers em Moçambique, Izidine Hassane, o prémio "vem dar um novo fôlego" ao trabalho em curso.

"Significa bastante para nós. Sentimo-nos honrados por uma distinção da Fundação Champalimaud", afirmou.

Depois de ter identificado as zonas no mundo com maior prevalência de tracoma, doença que leva à cegueira se não for tratada a tempo, a Sightsavers foi para o terreno.

Em colaboração com governos, unidades e profissionais de saúde dos países, a instituição encetou uma campanha de tratamento do tracoma e de prevenção da cegueira.

Conforme a gravidade dos casos, são administrados antibióticos (oferecidos por farmacêuticas) ou é feita uma cirurgia corretiva aos doentes.

O trabalho da Sightsavers não se esgota, porém, na terapêutica. Izidine Hassane esclareceu que o programa inclui intervenção nas comunidades em termos de "mudança de comportamentos", como ensinar a lavar bem a cara e a manter as casas e os quintais limpos.

Com os governos, a organização procura promover o saneamento básico e a água canalizada onde faltam.

Além disso, dá formação a técnicos para que possam identificar melhor as situações, contribuindo, nas palavras de Izidine Hassane, para "o fortalecimento do sistema nacional de saúde" dos países.

A avaliação, em Moçambique, da diminuição ou não da prevalência de tracoma, doença que não escolhe idades, será feita no final de 2017 ou em 2018, adiantou.

A Organização Mundial de Saúde definiu como meta a erradicação em 2020 do tracoma, uma das doenças tropicais negligenciadas.

A CBM é uma instituição cristã para o desenvolvimento que tem trabalhado na prevenção da cegueira e na promoção da qualidade de vida de deficientes nos países mais pobres.

Lançado pela Fundação Champalimaud em 2006, o Prémio António Champalimaud de Visão é considerado o maior do mundo na área. Em anos alternados, reconhece a investigação científica sobre doenças dos olhos e o trabalho de instituições na luta contra a cegueira, sobretudo em países subdesenvolvidos.

O júri integra cientistas e personalidades internacionais, como o secretário-geral da ONU, António Guterres, o Prémio Nobel da Medicina Susumu Tonegawa, o ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors e o oftalmologista José Cunha-Vaz.

As duas instituições premiadas vão receber, cada uma, 500 mil euros.

Administração Regional de Saúde do Norte
O Centro de Respostas Integradas de Braga vai ter "instalações condignas" dentro de quatro meses, um investimento de...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) explica que aquela valência funcionou durante "vários anos" em dois edifícios arrendados, resultando desse facto "elevados custos para o erário público", e que os espaços em causa "há muito tempo que manifestavam elevado estado de degradação, eram exíguos e desadequados ao fim a que se destinavam".

Por isso, explica o texto, a ARSN assinou no dia 01 de setembro um contrato de consignação de empreitada "com vista à instalação Centro de Respostas Integradas (CRI) de Braga em instalações condignas, quer para os doentes, quer para os profissionais que nas mesmas vão desempenhar a sua atividade", num investimento superior a duzentos mil euros (203.635,88 euros, mais IVA).

"A realização deste investimento vem proporcionar ganhos de eficiência e economia, além de permitir a unificação dos serviços", lê-se.

As futuras instalações, adianta o texto, "que deverão estar concluídas no prazo de quatro meses a contar desta data, vão dispor de uma área, aproximada, de 505 metros quadrados" e vão incluir 13 gabinetes técnicos, secretaria adequada ao funcionamento com área de atendimento ao público e área de retaguarda, sala de reuniões, secretariado, sala de espera e instalações sanitárias.

Hospital Santa Chiara de Trento
Uma criança de quatro anos morreu de paludismo no norte de Itália, caso que deixou perplexos os médicos italianos, segundo...

“Nunca tinha visto um caso destes, é um mistério. Não deveria ter sido possível contrair o paludismo”, disse à agência AFP Claudio Paternoster, chefe do departamento de doenças infeciosas do Hospital Santa Chiara de Trento (norte de Itália), onde a menina de quatro anos esteve internada.

A menina, que nunca viajou para os países identificados como de risco e passou o verão na região de Veneza, foi internada por outras razões médicas, uma vez que tinha estado em contacto com duas crianças que contraíram o paludismo durante uma viagem ao Burkina Faso.

A criança foi diagnosticada no sábado com paludismo e colocada nos cuidados intensivos, mas o seu estado de saúde rapidamente piorou e os médicos não a conseguiram salvar.

“Apenas certos tipos de mosquitos podem transmitir esta doença e não existem em Itália”, afirmou o médico, adiantando que anualmente são identificados alguns casos no país, mas são contraídos por pessoas que trouxeram de África um mosquito infetado.

“O verão tem sido particularmente quente e com as mudanças climáticas, não podemos excluir totalmente a hipóteses de uma adaptação de certa espécies de mosquitos ou a reintrodução de outros” que podem transmitir a doença, explicou.

O paludismo era uma doença comum em Itália no século XIX, mas foi erradicada em 1962.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), registaram-se 2012 casos de paludismo em todo o mundo em 2015 e 429 mil mortes.

Cerca de 90% dos casos de paludismo e mortes por malária tem origem em África.

10 de setembro - Dia Mundial da Prevenção do Suicídio
Beja é a primeira cidade portuguesa a promover iniciativas no âmbito da Campanha Setembro Amarelo, que decorre anualmente neste...

A campanha, que começou em 2014, em Brasília, capital do Brasil, chega este ano a Beja, "a primeira cidade portuguesa a desenvolvê-la", refere a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

Com o objetivo de consciencializar a população sobre a prevenção do suicídio, a campanha chega a Beja por iniciativa do Observatório dos Comportamentos Suicidários da ULSBA e da ARIS da Planície - Associação de Reabilitação e Integração Social da Pessoa com Experiência de Doença Mental.

No âmbito da campanha, as duas entidades promovem, durante este mês, em Beja, várias atividades, como tertúlias, para debater o tema da prevenção do suicídio.

Abertas à população, as tertúlias sobre prevenção do suicídio, quatro no total, vão decorrer sempre às quartas-feiras, a partir das 18:00, no Centro UNESCO, em Beja, e contar com a participação de especialistas na área.

A primeira tertúlia vai decorrer na quarta-feira e contar com a presença da psicóloga e investigadora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto Inês Rothes.

No domingo, a partir das 10:00, no átrio do hospital de Beja, vai realizar-se uma cerimónia de comemoração do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que será seguida do passeio de bicicleta "Juntos a pedalar".

No dia 20, a partir das 11:00, na sala de conferências do hospital de Beja, vai decorrer um "workshop" sobre avaliação do risco suicidário a cargo de dois médicos internos de psiquiatria da ULSBA.

Em todas as sextas-feiras, às 18:00, e em todos os domingos, às 11:00, deste mês, vai ser transmitido, numa rádio de Beja, o programa "Saúde por si", com conteúdos dedicados à campanha.

A campanha inclui também, até dia 16, as iniciativas "De bicicleta pelo mundo fora", com passeios de bicicleta no distrito de Beja, e "Cinco quilómetros pela prevenção do suicídio", nos ginásios da cidade.

O Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, criado em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial de Saúde, assinala-se no dia 10 de setembro.

Condecoração
O Presidente da República condecorou hoje a equipa que salvou o bebé nascido de uma mãe em morte cerebral, agradecendo a...

"As pessoas não estão aqui - por muito importante que seja o estatuto profissional, e é - por causa do estatuto profissional. As pessoas não estão aqui por causa do conceito social, não estão aqui por causa da publicidade daquilo que fazem", defendeu o chefe de Estado, num discurso de defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e de elogio dos seus profissionais.

Numa cerimónia em que esteve presente o ministro da Saúde, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a unidade de cuidados intensivos neurocríticos do Hospital de São José, em Lisboa, que salvou há mais de um ano um bebé que se desenvolveu no corpo de uma mãe que estava em morte cerebral, e a essa condecoração quis imprimir um "alerta" para o egoísmo de quem agradece apenas o seu caso particular.

"Não foi apenas um testemunho de gratidão a uma equipa alargada, multidisciplinar, foi um alerta, uma chamada de atenção, para nós, que tantas vezes somos egoístas e verdadeiramente só agradecemos quando se trata do nosso caso, no momento que entendemos adequado, da forma que consideramos que é a justa", defendeu.

Assim, sublinhou, as pessoas deverão "olhar um bocadinho para os outros" e considerar "que aqueles que conseguiram fazer aquilo que alguns consideraram o milagre do Lourenço, fazem todos os dias esses milagres".

"No entanto, nós não vos agradecemos todos os dias. Como Presidente da República estou aqui para agradecer esses muitos milagres de todos os dias", declarou, na cerimónia de condecoração, que decorreu no Hospital de São José, em Lisboa.

O Presidente da República ressalvou que atualmente tem "muito cuidado" no apelo aos consensos, para "não ser acusado mais tarde de não ter conseguido por de pé ou ajudar a concretizar consensos que haveria desejado", mas reiterou a sua importância na saúde.

"Também no domínio da saúde todos percebemos que é muito importante a convergência e que começa em todos os portugueses e todas as portuguesas, independentemente das suas preferências de outra ordem, aceitando que não há sociedade verdadeiramente desenvolvida que não tenha na saúde uma prioridade fundamental", declarou.

Distrofia Muscular de Duchenne
“Como ter uma vida normal com Distrofia Muscular de Duchenne?”, “Perfil Clínico e Funcional da Distrofia Muscular de Duchenne”...

Com os recentes avanços, e perspetivas para um futuro melhor para os portadores de DMD e de BMD, A APN sentiu necessidade de informar toda a comunidade envolvida, incluindo os doentes, os cuidadores, os médicos, os técnicos de saúde e, ainda, alguns investigadores. Para tal, convidam todos os interessados a passarem a debaterem livremente os temas mais transversais à doença.

Para o programa, foram convidados, como oradores, os maiores especialistas nacionais, quer na Neurologia de adultos, quer na Neurologia Pediátrica. Muitos convites foram enviados a todas as unidades hospitalares do país, onde estão referenciados portadores desta doença. Será uma excelente oportunidade para se debater, entre todos, alguns dos seus aspetos, ainda desconhecidos.

A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) afeta mais de 300.000 pessoas em todo o mundo. A grande maioria dos pacientes com Duchenne é do sexo masculino e, supõe-se, que um em cada 3.500 recém-nascidos sofre da doença; embora de forma muito residual, algumas meninas sofram também desta doença rara. Os seus portadores veem alteradas as suas capacidades durante a infância perdendo a marcha no início da adolescência, assim como a capacidade de usar os braços, impedindo-os de realizar normalmente as atividades diárias tais como escrever ou alimentar-se. A sua capacidade de respirar também se deteriora. À medida que crescem, estes jovens sentem cada vez mais dificuldades em respirar e, normalmente, acabam por sucumbir devido a problemas respiratórios ou insuficiência cardíaca. Nos últimos anos, a esperança média de vida tem vindo a aumentar, graças à formação e à informação distribuída aos seus cuidadores.

Conforme explica o presidente da APN, Joaquim Brites, “o acesso rápido aos tratamentos que vão surgindo, para as mais de 2.000 mutações já identificadas, e que estão disponíveis em forma de medicamentos órfãos, continua a ser uma das maiores preocupações da APN. É fundamental que se ultrapassem algumas barreiras burocráticas nas Autorizações de Introdução no Mercado. Para além disso, é urgente definir a sua taxa de comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde, que se exige de 100%, tal como acontece em outros países da Europa. É, também, o momento de fazer o balanço sobre os ganhos conseguidos nos doentes em tratamento, que fizeram parte da luta do último ano. O mínimo que podemos dizer é que valeu a pena!”

Enquanto as muitas questões relacionadas com os medicamentos não se resolvem, estes pacientes necessitam obrigatoriamente de cuidados ao nível da Medicina Física e de Reabilitação. “Essenciais para evitar o aparecimento de retrações tendinosas ou contraturas dos membros superiores e inferiores, características da doença, estes pacientes precisam de sessões regulares de fisioterapia, que lhes são continuamente negadas pelos Centros Hospitalares, onde são seguidos. Com o argumento da falta de recursos, os responsáveis pelos Centros de Reabilitação sugerem às famílias que solicitem ao seu médico de família a credenciação destes tratamentos para os serviços privados convencionados. Para além de ilegal, este comportamento ‘entope’ todas as clínicas privadas nas quais estes doentes passam a ser meros números estatísticos para o seu financiamento. Acresce a este comportamento, a duplicação de custos por parte do SNS que financia por duas vezes os tratamentos, sem que estes se realizem, e agravando o estado de saúde destas pessoas”, explica o presidente da APN.

Nesse sentido, Joaquim Brites sublinha que “é fundamental um bom diagnóstico e um bom acompanhamento médico através do acesso a centros especializados onde existam grupos multidisciplinares. É também necessário melhorar a situação relativamente à formação e empregabilidade dos portadores de DMD e, sobretudo, criar condições de acessibilidade que permita uma vida o mais ativa e autónoma, possível, libertando-os do isolamento a que, uma grande maioria das vezes, estão sujeitos”.

Para além da melhoria da qualidade de vida destes doentes, estas simples alterações permitiriam prolongar a sua esperança de vida. Atualmente, não há cura para a Distrofia Muscular de Duchenne mas, perfilam-se no horizonte algumas soluções, ainda em fase de desenvolvimento, que trarão uma garantia de maior longevidade e de qualidade de vida aos seus portadores.

Em Coimbra
O 27º Encontro Anual do Grupo de Estudo Europeu de Neuropatia Diabética (NEURODIAB 2017) reúne de 9 a 11 de setembro, em...

Inserido no congresso da European Association for the Study of Diabetes (EASD), o NEURODIAB 2017 tem como principal objetivo promover o avanço do conhecimento sobre a Neuropatia Diabética, através de uma cooperação ativa entre especialistas de várias áreas, tais como endocrinologistas, neurologistas, neurofisiologistas, nefrologistas, gastroenterologistas, especialistas de medicina interna e medicina geral e familiar.

Para Isaura Tavares, Presidente do encontro e investigadora na área da neuropatia diabética “é fundamental apoiar e promover o intercâmbio de conhecimento médico e científico em áreas como a neuropatia diabética, com destaque para as atuais dificuldades sentidas no seu diagnóstico e tratamento, proporcionando assim um debate sobre as futuras perspetivas necessárias para melhorar o estado atual desta situação”.

85% das amputações ocorridas em pacientes diabéticos estão relacionadas com neuropatia sensitivo-motora
O diagnóstico da neuropatia diabética passa pela caracterização de um quadro clínico, com os sinais e sintomas mais típicos, e pela realização de testes neurológicos. Trata-se de um doença que se manifesta através de sintomas como dormência ou sensação de queimadura nos membros inferiores, formigueiro, pontadas, choques, agulhadas nas pernas e pés, desconforto ou dor e perda da sensibilidade táctil, entre outros. Como explica o endocrinologista José Luiz Medina “a neuropatia diabética é uma complicação que evolui de forma traiçoeira, durante algum tempo sem sintomas ou sinais, mas que pode ser causa de grande sofrimento para as pessoas com diabetes, sobretudo pelas dores que pode provocar, pela incapacidade física e pelas repercussões sobre o sistema nervoso autónomo. No caso da neuropatia sensitivo-motora, chega mesmo a ser o principal fator de risco para o desenvolvimento de úlceras no pé diabético, que por sua vez são responsáveis por cerca de 85% das amputações ocorridas em pacientes diabéticos, pelo que o investimento na prevenção é fundamental”.

Impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em 4,6 mil milhões de euros/ano
A neuropatia diabética é uma das causas mais comuns de dor neuropática a qual é reflexo da destruição progressiva dos nervos do corpo. É a principal complicação e a mais incapacitante da diabetes. Acontece quando há um aumento do açúcar no sangue nos diabéticos não controlados, o que provoca modificações e até obstrução nos vasos que alimentam os nervos. “A dor crónica é reconhecida como um grave problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e enormes custos individuais e sociais. Em Portugal, o impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em dois mil milhões de euros/ano em custos com cuidados de saúde, valor que atinge os 4,6 mil milhões de euros quando somados os gastos com incapacidades temporárias, "baixas" e reformas antecipadas”, alerta José M. Castro Lopes, coordenador do estudo epidemiológico sobre dor crónica em Portugal e membro da comissão organizadora do Neurodiab.

Estudo em curso sobre a Neuropatia Diabética em Portugal
Lançado em 2015, pelo Grupo de Estudos da Neuropatia Diabética (GRENEDI) da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), o estudo PREVANEDIA tem procurado calcular a prevalência da neuropatia diabética em Portugal. Trata-se de um estudo que conta com o apoio de inúmeros especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF) que têm contribuído para a recolha e análise de dados. Como explica Rui Cernadas, Médico especialista em Medicina Geral e Familiar e um dos responsáveis pelo estudo PREVANEDIA “sob o ponto de vista médico a neuropatia diabética é a mais vulgar e frequente das complicações, embora subavaliada. A neuropatia diabética é caracteristicamente dolorosa e predominantemente sensitiva, com bem menor envolvimento motor”.

Embora o estudo em curso ainda tenha um número relativamente pequeno de doentes e não abranja a totalidade do território nacional, alguns resultados preliminares indicam que muitos doentes diabéticos apresentam alterações sensitivas características da neuropatia diabética, incluindo dor crónica, mas são poucos os que efetuam terapêutica adequada, o que poderá indiciar um subdiagnóstico desta complicação da diabetes.

O NEURODIAB 2017 irá colocar em discussão os últimos avanços no tratamento e na investigação da neuropatia diabética, temas que serão abordados através de um vasto programa que inclui palestras, simpósios, sessões de apresentações orais e apresentação de posters. Considerado o principal fórum de discussão anual no campo da Neuropatia Diabética, a reunião constitui uma oportunidade para apresentar e discutir novas ideias sobre a causalidade, avaliação e tratamento da neuropatia diabética.

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