Procuradoria-Geral Distrital do Porto
O Ministério Público no Departamento de Investigação e Ação Penal de Braga acusou três médicos de burla tributária, por...

Em nota publicada no seu 'site', a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGD-P) explica que os factos ocorreram entre 2011 e 2013 e reportam-se à instrução, perante a Comissão de Recursos do Centro Distrital de Segurança Social de Braga, de pedidos de reavaliação da situação de beneficiários requerentes de pensão de invalidez a quem a Comissão de Verificação do mesmo Centro Distrital negara a pensão.

De acordo com a acusação, os pedidos de 12 requerentes foram instruídos com declarações e relatórios falsos de médicos de várias especialidades, que um dos arguidos providenciava.

Esses relatórios eram depois sustentados pelos arguidos em sede de Comissão de Recurso, quando representavam os requerentes.

Um dos arguidos está acusado de 11 crimes de burla tributária, dos quais seis na forma tentada, e de um crime de atestado falso.

Os outros dois vão responder por um crime de burla tributária na forma tentada.

SNS
Um grupo de quase 200 médicos de família recém-especialistas diz que os aposentados que aceitaram retomar funções estão a...

“Embora reconhecendo o esforço suplementar levado a cabo pelos médicos de família aposentados que aceitaram retomar funções no SNS (134 a nível nacional), atualmente essa medida extraordinária já não será assim tão necessária, pelo que as vagas por si ocupadas deveriam ir a concurso”, refere um grupo de 176 médicos de família formados este ano.

Num documento assinado por um grupo que obteve especialização em medicina familiar na 1.ª época de 2017, os médicos referem que o regresso a funções dos aposentados é “uma medida para, disfarçadamente, reduzir o número de utentes sem médico de família, que, pelo seu carácter provisório, não pode ser encarada como sinónimo de continuidade de cuidados em saúde”.

O Ministério da Saúde anunciou, no ano passado, que pretendia contratar para o Serviço Nacional de Saúde cerca de 700 médicos reformados até 2018, oferecendo a hipótese de juntar 75% do vencimento à reforma.

A medida tem como objetivo conseguir dar resposta aos cerca de um milhão de portugueses que ainda estão sem médico de família.

A ideia era conseguir o retorno a funções de 200 médicos durante o ano 2016 (que se juntariam a cerca de 220 já nessa condição), outros 200 em 2017 e mais 100 em 2018.

"Eventualmente, já serão zero em 2019, pois os valores vão reduzindo em virtude da formação de novos médicos", referiu o ministério na altura.

O ministro da Saúde anunciou, na terça-feira, que nos últimos quatro meses pediram para reentrar no SNS 145 médicos, indicando que, no final do ano passado, já se contabilizavam mais de 300 clínicos nessa situação.

A posição tomada pelos médicos de família recém-formados foi enviada ao Presidente da República, ao ministro da Saúde, à Ordem dos Médicos, ao Conselho de Internato Médicos, entre outras entidades.

O grupo de recém-formados pede ainda que o procedimento concursal seja clarificado e estabelecidas datas concretas.

“Não pretendemos um concurso célere, mas antes que este seja transparente e que acautele os interesses de todos: médicos, utentes e unidades de saúde, para que seja possível a organização da atividade assistencial, assim como da vida profissional e pessoal dos envolvidos”, concluem.

Conselho de Ministros
O Centro Hospitalar do Algarve vai transformar-se em Centro Hospitalar e Universitário, uma forma de ajudar a fixar...

Foi hoje aprovado em Conselho de Ministros um decreto-lei que cria esta alteração de denominação do Centro Hospitalar do Algarve, “de modo a intensificar a integração das atividades de ensino superior, investigação e transmissão do conhecimento científico na prestação de cuidados de saúde”.

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministro, o ministro da Saúde disse aos jornalistas que esta alteração pretende consolidar a valorização da região algarvia e atrair e fixar jovens médicos.

Este diploma hoje aprovado transfere também para este hospital as competências relativos ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
Portugal tem uma lista de espera para transplante renal de duas mil pessoas, tendo a presidente da Sociedade Portuguesa de...

Em declarações, à margem das comemorações do primeiro transplante de rim em Portugal, realizado a 20 de julho de 1969, Susana Sampaio chamou a atenção para o problema em torno do órgão mais transplantado a nível mundial.

"Em Portugal, e no mundo, o transplante que mais se realiza é o renal e, por isso, temos mais gente em lista de espera, sendo que em Portugal existem cerca de duas mil pessoas à espera”, revelou a presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT).

O tempo de espera, acrescentou, “depende do grupo sanguíneo, mas pode chegar aos cinco anos e meio desde o início da diálise".

Segundo Susana Sampaio, "talvez por questões epidemiológicas, tensões menos controladas e menos idas ao médico" são os homens quem mais figura na lista nacional de espera pelo transplante renal.

Numa sessão solene consagrada ao tema "Transplantes e Gravidez", a especialista chamou a atenção para a necessidade do aumento em vida do número de doações do rim", pois "os números nacionais e mundiais em termos de doação de cadáver não conseguem suprir as necessidades", alertou.

Sobre o tema que reuniu na Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) especialistas nacionais, Susana Sampaio considerou que o mais importante é “chamar a atenção que a gravidez, principalmente para a mulher transplantada, tem de ser planeada".

"Há cuidados especiais a ter neste grupo de mulheres, devido à medicação imunossupressora que, diminuindo o risco de rejeição do órgão, não é boa porque pode conduzir a malformações fetais", disse.

Planear, trocar a imunossupressão e vigiar a estabilidade da situação em termos de função do órgão são, para a presidente da SPT, os passos necessários antes de planear a gravidez.

Revelando ser raro haver mulheres que engravidam estando, por exemplo, em processo de hemodiálise, "pois as alterações hormonais levam a que fertilidade fique diminuída", a responsável frisou que "o sucesso é possível, ainda que seja relativo".

"O sucesso depende do grau de acompanhamento e do incremento das sessões de diálise para que os tóxicos que a mulher que sofre de doença renal tem no sangue diminuam e não afetem o feto", explicou, adiantando que essas gravidezes resultam normalmente em "crianças de baixo peso e, muitas vezes, em partos prematuros".

Com fármacos imunossupressores contraindicados em caso de gravidez, a especialista deu conta de "alternativas com menos toxicidade", num processo em que é "imperioso controlar a tensão arterial e ser bem medicada".

De acordo com a especialista, "a fertilidade é mais reduzida nas mulheres que sofrem de insuficiência renal crónica - entre 0,3 a 1,5 gravidezes/ano, por cada cem mulheres em idade fértil e submetidas a hemodiálise".

"E ainda que continue a ser inferior ao verificado na população geral (10 gravidezes por cem mulheres/ano), este é um valor que sobe após o transplante (passa para 3,3 por cem mulheres/ano)", disse.

Dia do Transplante
"A história da transplantação renal em Portugal iniciou-se nos anos 60 do século vinte com o pr

Portugal é a nível mundial, um dos países com maior incidência e prevalência de insuficiência renal crónica em estádio terminal (IRCT).

A transplantação é uma das modalidades terapêuticas de substituição da função renal, disponível para indivíduos que sofrem de doença renal crónica em estádio terminal.

Comparativamente a hemodiálise e à diálise peritoneal, as outras duas modalidades disponíveis para tratamento da IRCT, a transplantação oferece os melhores resultados em termos de sobrevivência e de qualidade de vida.

O transplante envolve a colheita de um órgão (enxerto) de um dador, vivo ou cadáver, e uma cirurgia para implantação do enxerto no receptor.

Os resultados do transplante dependem de diversos factores. Entre os mais relevantes estão a compatibilidade entre o dador e o receptor a correcta utilização dos imunossupressores.

Os imunossupressores são fármacos que diminuem a reactividade do receptor ao enxerto e assim a sua rejeição. No entanto, estes medicamentos não são isentos de efeitos adversos.

O aumento do risco de infecção, o desenvolvimento de factores de risco cardiovasculares (como a diabetes e a hipertensão) e o aumento do risco de neoplasias são algumas das complicações a que os doentes transplantados estão sujeitos e que contribuem para a sua morbilidade e mortalidade.

A história da transplantação renal em Portugal iniciou-se nos anos 60 do século vinte com o primeiro transplante a realizar-se com um dador vivo em Coimbra.
Nos anos 80, as colheitas alargaram-se também a dadores cadáver. Desde então, esta é uma história de sucesso, tendo-se realizado mais de 12000 transplantes, havendo atualmente cerca de 7000 doentes em seguimento, com enxertosrenaisfuncionantes.

Em 2016, foram realizados 513 transplantes nas oito unidades existentes no nosso país. Deste, 421 foram realizados com dador cadáver, 65 com dador vivo e 28 foram transplantes multi-órgão.

Ainda assim, a lista de espera para transplantação renal cresce todos os anos, devido a escassez de órgãos transplantáveis e às ainda às baixas taxas de doação em vida.

No dia 20 de julho de 2017 assinala-se pela nona vez em Portugal o dia do Transplante, este ano dedicado ao tema: “Transplante e Gravidez”.

Este ano o dia será assinalado no Porto, numa iniciativa que reunirá uma vez mais doentes, dadores, familiares, amigos e profissionais de saúde.

Com este evento pretende-se uma partilha de conhecimentos e experiências, mas também uma divulgação e sensibilização da população em geral para as temáticas da transplantação.

Estas iniciativas são importantes para ajudar a eliminar receios e promover uma cultura de dádiva, ainda pouco presente na nossa população e na formação dos nossos profissionais de saúde, que poderá ajudar a aumentar os números e a qualidade do programa nacional de transplantação

A sociedade Portuguesa da Transplantação tem em curso uma petição para a institucionalização do dia Nacional da Transplantação, que poderá ser assinada na sua página oficial na internet.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação de Jovens Diabéticos de Portugal
A Quinta da Fonte Quente, em Cantanhede, irá receber, entre 22 e 28 de Julho, a colónia de férias de Verão para jovens com...

Neste Verão, os jovens com diabetes terão uma semana recheada de atividade física proporcionada pela Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP). Entre desportos radicais, caminhadas, jogos de equipa e sessões de esclarecimento, cerca de 25 jovens aprenderão que a diabetes não é uma limitação para uma vida saudável e divertida. Tudo isto com uma forte componente de espírito de equipa e desenvolvimento de capacidades sociais, já característico desta colónia de férias.

Paula Klose, presidente da AJDP, refere que “esta colónia visa ajudar os jovens a conviver da melhor forma com a diabetes e mostrar que a doença não impossibilita nem condiciona a vida, se for bem controlada. A AJDP orgulha-se de poder ajudar os jovens a ultrapassar os seus obstáculos, promovendo o espírito de equipa e a reflexão de estilos de vida saudáveis ”.

Durante a semana, os jovens serão acompanhados por monitores experientes, muitos deles participantes das primeiras edições da colónia, assim como por uma equipa médica, constituída por pessoas com diabetes tipo 1.

Para qualquer informação adicional sobre a colónia de férias ou sobre a AJDP, entre em contacto através do e-mail [email protected]

ONU
Um milhão de pessoas morreu de problemas ligados ao VIH/sida no ano passado, o que significa quase metade das mortes em relação...

O documento da ONUSIDA considera que foi atingido um “ponto de viragem”, com mais de metade dos doentes no mundo em tratamento e com uma contínua diminuição das novas infeções por VIH/sida.

“O número de mortes ligados ao VIH/sida caiu de 1,9 milhões em 2005 para um milhão em 2016”, frisa a coordenação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/sida, numa nota sobre o relatório mais recente acerca da infeção.

O relatório é divulgado antes da abertura, no domingo, em Paris, de uma conferência internacional sobre a doença.

A diminuição do número de mortes é atribuída fundamentalmente a uma melhor difusão dos tratamentos com antirretrovirais.

Aliás, o número de seropositivos com acesso a tratamento antirretroviral em todo o mundo superou, em 2016, os 50%, o que ocorre pela primeira vez desde o início da epidemia.

Segundo os dados relativos ao ano passado, 19,5 milhões dos 36,7 milhões de pessoas com VIH/sida estavam em tratamento. Para 2020, a meta definida para as Nações Unidas é ter 30 milhões de pessoas a receber o tratamento adequado para a infeção.

“Atingimos a meta de 2015 de ter 15 milhões de pessoas em tratamento e estamos no caminho para duplicar esse número e atingir a meta de 2020”, refere o diretor executivo da ONUSIDA, Michel Sidibé.

As regiões de África oriental e do sul foram as que exibiram maior progresso a este nível, sendo igualmente as mais afetadas pela epidemia de VIH/sida. Nestas zonas do mundo, as mortes ligadas à sida decaíram 42% e as novas infeções reduziram quase 30%.

Para 2020, o Programa das Nações Unidas para o VIH tem como meta conseguir que 90% das pessoas que vivem com a infeção estejam diagnosticadas.

Em 2016 atingiu-se 70% nesse objetivo, com mais de dois terços dos infetados a serem conhecedores do seu estatuto.

Os outros dois elementos da tríade de 90/90/90 definidos pela ONU são atingir 90% dos diagnosticados em tratamento e 90% dos que estão em tratamento atingirem carga viral indetetável (o que torna muito baixa a possibilidade de transmitir a infeção).

Os dados divulgados no novo relatório mostram que 77% das pessoas que têm diagnóstico estão a aceder a tratamento e que 82% das pessoas em tratamento têm carga viral indetetável.

Testado no Brasil
Uma nova terapia não invasiva e indolor dá esperança a quem não consegue perder peso. O tratamento consiste em aplicar...

Este tratamento, que já foi testado em dez países, consiste em realizar pequenas descargas elétricas de baixa intensidade na região do cérebro responsável pelo controlo da fome, de forma a alterar hábitos alimentares com a perda da sensação de fome e vontade de comer, e consequentemente diminuir a obesidade.

A investigação conta com a participação de 36 mulheres, com idades entre os 20 e os 40 anos, que apresentam índices de massa corporal (IMC) com valores entre os 30 e os 35 kg/m2, sendo que a partir dos 30 de IMC já é considerada obesidade. Cada uma das voluntárias vai realizar dez sessões com descargas elétricas e, segundo o Diário de Notícias, após o tratamento são aconselhadas a seguir um plano de dieta programado pela Universidade de São Paulo (USP). "Após duas semanas de estimulação cerebral associada à dieta hipocalórica (dieta que consiste em controlar as quantidades de calorias ingeridas), elas voltam para casa, seguem a dieta e nós acompanhamo-las por seis meses, para saber a perda de peso e as escolhas alimentares que elas fazem", explica a investigadora Priscila Giacomo Fassini, num comunicado.

Este tratamento tem como objetivo combater a obesidade e evitar a recuperação do peso após o fim do plano alimentar. A investigadora afirma que "esta é uma proposta clínica inovadora que utiliza uma intervenção biomédica para transformar o paradigma sobre a perda de peso e a manutenção da perda de peso, oferecendo uma nova forma de tratar a obesidade".

Reduzir 1% por semana
Este projeto está a ser desenvolvido em parceria com a Universidade Tufts e a Escola de Medicina de Harvard, ambas nos Estados Unidos da América, com os voluntários norte-americanos a apresentar uma redução de 1% do peso por cada semana. Mas, apesar de nesta fase experimental o tratamento se revelar eficaz, os investigadores alertam que este método deve ser aplicado a quem já tentou por outras vias perder peso e não conseguiu obter os resultados pretendido, não deve ser usado como primeira opção sem antes tentar mudar os hábitos alimentares de forma espontânea.

Viviane Fornari, voluntária da pesquisa, refere que este método é totalmente indolor e espera perder 15 quilos com a mudança de hábitos alimentares, afirma ao jornal Globo.

Regulamento eleitoral
Regulamento eleitoral foi publicado ontem e entra em vigor hoje. Prazos atiram eleições para meados de Setembro.

Depois de um compasso de espera para evitar que a eleição dos quatro representantes dos beneficiários da ADSE (o sistema de saúde dos funcionários e aposentados do Estado) coincidisse com o mês de Agosto, o regulamento eleitoral foi publicado nesta quarta-feira, em Diário da República. Os prazos previstos no diploma, que devem ser lidos em conjunto com os do decreto-lei que cria o instituto da ADSE, atiram as eleições para meados de Setembro.

Desde o início do ano a ADSE passou a ser um instituto público e foi criado um Conselho Geral e de Supervisão, onde têm lugar representantes dos sindicatos e dos beneficiários, ao qual compete dar parecer sobre as principais decisões que se prendem com o sistema, nomeadamente a sua abertura a novos beneficiários.

De acordo com o regulamento agora publicado, escreve o jornal Público, a data de eleição dos representantes dos beneficiários é marcada “com uma antecedência mínima de 50 dias”. Este prazo tem de ser lido em articulação com o diploma que cria o instituto da ADSE e que dá 10 dias à direção para desencadear o processo.

Isto significa que a eleição será remetida para meados de Setembro. Um cronograma enviado aos sindicatos no início de Julho propunha o dia 12 de Setembro para a realização do ato eleitoral, uma data compatível com os prazos do diploma.

Caso este cronograma se confirme, a apresentação das candidaturas decorrerá entre 27 de Julho e 9 de Agosto. As listas são constituídas por quatro membros efetivos e quatro suplentes (que têm de ser beneficiários da ADSE) e devem ser subscritas por um mínimo de 100 beneficiários titulares.

Os resultados das eleições serão conhecidos no final do mês e só depois será possível discutir e aprovar o novo regulamento e abrir a ADSE a novos beneficiários.

Até lá, porém, os membros do Conselho Geral e de Supervisão já designados (e que não dependem das eleições) já estão a analisar alguns documentos. É o caso do projeto de decreto-lei que regula os benefícios da ADSE e que concretiza o alargamento da ADSE a trabalhadores e familiares que agora não podem aceder ao sistema e cria uma nova tipologia de beneficiários.

Nos caso dos beneficiários titulares, que agora se cingem aos funcionários públicos no ativo e aos aposentados, há alterações e passam a integrar os trabalhadores das empresas públicas, dos reguladores, das fundações e das associações públicas, incluindo os contratos individuais de trabalho e os contratos a prazo, desde que a relação laboral perdure há mais de um ano sem interrupções e mediante um desconto de 3,5% do salário.

Nestes casos, contudo, a inscrição dos trabalhadores não será automática e está “condicionada à prévia celebração de acordo da respetiva entidade empregadora com a ADSE”, onde ficarão definidos os procedimentos da inscrição, comunicação de dados, processamento do desconto, assim como “todas as condições de atribuição dos benefícios”.

Para acomodar o alargamento da ADSE a mais familiares (indo ao encontro das recomendações do Tribunal de Contas) cria-se uma nova tipologia de beneficiários - os associados - a quem será exigido um desconto para poderem usufruir do sistema de saúde.

É nesta categoria que serão integrados os cônjuges ou unidos de facto que trabalham no sector privado, desde não tenham mais de 65 anos na data do pedido de inscrição, e os filhos até 35 desde que coabitem com os titulares. Tanto uns como outros estão atualmente fora do sistema.

Os ascendentes que coabitem com os beneficiários titulares e que não tenham rendimentos próprios iguais ou superiores a 50% do salário mínimo (ou 80%, caso se trate de um casal) também passam a integrar esta categoria, quando atualmente fazem parte dos beneficiários familiares.

Tanto ascendentes como filhos entre 26 e 35 anos passarão a descontar 3,5% sobre o valor do salário mínimo (557 euros). Já o desconto dos cônjuges está em aberto. No projeto de diploma, colocam-se em cima da mesa várias taxas, que se agravam à medida que a idade avança e que, no máximo, corresponderão a 2,7%.

Na proposta fica também em aberto a possibilidade de se criar um período de carência de 90 dias para aceder ao sistema.

Atualmente, a ADSE cobre à volta de um milhão e 200 mil beneficiários entre titulares - trabalhadores e aposentados que descontam todos os meses uma parte do salário para o sistema - e familiares, que não fazem qualquer desconto.

Implantado com sucesso
Os corações artificiais, que vão nos próximos anos substituir progressivamente a transplantação, foram este ano implantados com...

O primeiro implante de um coração artificial bem sucedido ocorreu em março num doente de 64 anos, numa intervenção feita no Hospital de Santa Marta pela equipa do cirurgião José Fragata, pioneiro em várias intervenções na área cardiotorácica em Portugal.

O doente sofria de insuficiência cardíaca e não podia receber um coração transplantado devido aos danos que lhe provocaria, nos rins, a medicação.

A solução passaria por um coração transplantado, mas o facto de o doente sofrer de doença renal e por causa dos efeitos nos rins dos fármacos para a imunodepressão, essa hipótese foi posta de lado.

Assim, em março, este doente português juntou-se, aos 1.200 que em todo o mundo, na altura, tinham já recebido um coração artificial daquela geração, podendo chegar a viver 11 a 12 anos.

Trata-se de “uma bomba muito diferenciada, que funciona por levitação magnética, aspira o sangue da ponta esquerda do coração e injeta na aorta e que está ligada por uma 'drive line' que sai pela parede abdominal do doente e que se liga a um conjunto de baterias”, explicou, na altura, o cirurgião José Fragata.

No fundo, comparando, “é como um telemóvel que tem carga de 17 horas e que à noite é preciso ligar a um carregador”.

Das 20 a 30 pessoas que aguardam por um transplante de coração em Portugal, este coração artificial deverá ser uma resposta para “quatro, cinco ou seis”, estima José Fragata.

Perto de 50 portugueses recebem todos os anos, em média, um novo coração, sendo que o número de transplantes cardíacos é “muito inferior às necessidades”, segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

Os cardiologistas estimam que nas próximas décadas a transplantação seja progressivamente substituída pelo coração artificial e outras formas de assistência ventricular mecânica.

O número de dadores de coração tem vindo a diminuir e a qualidade dos dadores também constitui uma ameaça à transplantação cardiovascular.

Os dadores “nunca serão suficientes para as necessidades”, daí que o caminho futuro seja a progressiva substituição da transplantação pelos corações artificiais e outras formas mecânicas.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todas as regiões do continente, Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões do continente, Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV) com exceção das regiões Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores) e Horta (ilha do Faial, Açores), que estão com níveis ‘moderados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até meio da manhã e vento fraco a moderado de noroeste, tornando-se moderado a partir do final manhã, e moderado a forte no litoral e nas terras altas, por vezes com rajadas até 65 quilómetros por hora.

A previsão aponta ainda para possibilidade de ocorrência de neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do interior, pequena descida da temperatura mínima e da máxima no litoral oeste.

Na Madeira prevê-se céu com períodos de muita nebulosidade e vento moderado de nordeste, soprando por vezes forte nas zonas montanhosas.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros em geral fracos e vento nordeste bonançoso a moderado.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 17 e 23 graus celsius, no Porto entre 14 e 22, em Vila Real entre 12 e 25, em Bragança entre 12 e 28, em Viseu entre 11 e 25, na Guarda entre 10 e 24, em Castelo Branco entre 14 e 30, em Santarém entre 16 e 26, em Portalegre entre 12 e 28, em Évora entre 14 e 30, em Beja entre 14 e 29 e em Faro entre 17 e 30.

Parlamento
O projeto de resolução do PCP sobre saúde mental foi ontem aprovado por unanimidade no parlamento, tendo o projeto do PSD sobre...

Os deputados debateram ontem projetos de resolução do PSD e do PCP que recomendam ao Governo um reforço das respostas na área da saúde mental e que pedem a contratação de mais profissionais para esta área.

Se o do PCP foi aprovado por unanimidade, o do PSD, com oito pontos, foi votado ponto a ponto, e apenas o 5.º ponto foi rejeitado.

“A melhoria da articulação e da interação entre os estabelecimentos hospitalares públicos e do setor privado, entre si e com as instituições do setor social convencionado, assim como com os serviços da comunidade que prestam cuidados e serviços de saúde mental” foi o ponto que mereceu a rejeição da maioria dos deputados.

Na discussão todos os partidos foram unânimes ao considerar que a saúde mental tem sido tratada como um “parente pobre” do sistema de saúde português ou “secundarizada” na ação política, referindo a necessidade de mais investimento e de tomar medidas que melhorem a resposta aos doentes.

PCP e Bloco de Esquerda sublinharam ainda o impacto das condições socioeconómicas, empobrecimento, precariedade e austeridade na saúde mental dos portugueses, com João Ramos, dos comunistas, a pedir uma monitorização do impacto da crise na saúde mental dos portugueses.

Já Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, afirmou que “os problemas de saúde mental não se resolvem apenas com medidas estritas na área de saúde”.

O PSD quer que o Governo crie e reforce as estruturas e equipamentos vocacionados para a prestação de cuidados de saúde mental, nomeadamente nos cuidados primários de saúde.

No seu projeto de resolução, os sociais-democratas recomendam ainda a criação de equipas multidisciplinares e comunitárias de saúde mental, bem como a formação para cuidadores formais e informais.

A este propósito, o PSD recorda que a criação do estatuto do cuidador informal foi recomendada há um ano pela Assembleia da República mas ainda não foi aprovada pelo Governo.

Também o PCP pede um reforço das equipas que trabalham na área da saúde mental, através da abertura de concursos para contratar profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas e assistentes sociais.

A “elevada escassez” de profissionais na área da saúde mental é generalizada, mas o PCP sublinha que a insuficiência “ganha grande expressão” na área da pedopsiquiatria.

No projeto de resolução que hoje é discutido no plenário do parlamento, o PCP recomenda ainda um reforço da resposta pública na área da gerontopsiquiatria (dirigida aos idosos) e na formação de profissionais para esta subespecialidade.

A Assembleia da República aprecia também uma petição da Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas com Experiência em Doença Mental, que recolheu mais de três mil assinaturas online e quase duas mil presenciais.

A petição pede o arranque das primeiras experiências piloto dos cuidados continuados integrados de saúde mental para crianças, adolescentes e adultos, recordando que esses projetos tinham sido anunciados para julho deste ano, mas não foram ainda “desbloqueados orçamentalmente”.

Organização Mundial da Saúde
Mais de 60% da população mundial vive em países que têm políticas de controlo do tabaco, como imagens e advertências nos maços...

Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde divulgado ontem, desde 2007 até agora quadruplicou a quantidade de pessoas que está coberta por medidas de proteção ou controlo do tabaco.

“As estratégias para implementar essas políticas salvaram milhões de pessoas de uma morte precoce”, sublinha a Organização Mundial da Saúde (OMS) .

Contudo, “a indústria do tabaco continua a dificultar os esforços” para uma aplicação completa das intervenções na política antitabágica.

“Os governos de todo o mundo não devem perder tempo a incorporar medidas” de controlo do tabaco nas suas legislações e políticas nacionais, pede o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Trabalhando em conjunto os países podem prevenir milhões de pessoas a morrer a cada ano de doenças preveníveis e ligadas ao tabaco, poupando milhões de dólares por ano em despesas de saúde evitáveis e em perda de produtividade”, acrescentou o responsável na mensagem que serve de introdução ao relatório.

Atualmente são 4,7 mil milhões de cidadãos que vivem em países com medidas e políticas de proteção do tabaco consideradas essenciais pela OMS, mais 3,6 mil milhões do que o que se verificava em 2007.

Cerca de metade da população mundial vive em estados que adotaram as designadas imagens choque nos maços de tabaco, duas vezes mais do que em 2015.

Globalmente, a OMS aconselha os países a adotarem medidas para proteger os cidadãos do fumo do tabaco, a oferecerem ajuda e apoios para quem quer deixar de fumar e a elevar os impostos sobre o tabaco, considerada como uma das medidas mais eficazes para reduzir o consumo.

Jovens médicos
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão organiza, entre os dias 21 e 24 de Setembro no Palace Hotel da Curia, a 14ª edição do ...

Esta ação formativa tem como língua oficial o inglês e as inscrições estão limitadas a um total de 25 participantes. Serão abordados diferentes temas na área da hipertensão arterial e da doença cardiovascular: genética, fisiologia, epidemiologia, medicina translacional, sal e doença cardiovascular, aspetos cognitivos e leitura crítica da evidência.

“O Summer School é uma referência, também, a nível internacional por se tratar de um curso ministrado inteiramente em inglês e por contar com a presença de excelentes especialistas estrangeiros. A partilha de conhecimentos com especialistas de renome na área da hipertensão é uma oportunidade única na carreira destes jovens profissionais de saúde”, refere o Dr. Carvalho Rodrigues, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

Ao melhor participante do Curso, será concedida uma Bolsa de Estudo com a duração de três meses, para participar num projeto de investigação num Serviço de renome, no estrangeiro, na área da HTA.

“O objetivo do Summer School é proporcionar uma formação de alta qualidade a jovens médicos que se interessem particularmente pela temática da hipertensão arterial o que, por conseguinte, vai trazer mais-valias aos seus locais de trabalho e fomentar o interesse na investigação, contribuindo para um maior sucesso no tratamento da doença”, explica o Prof. Agostinho Monteiro, Presidente da Comissão Organizadora do Summer School.

Todo o candidato tem de ser fluente em Inglês e estar disponível para aceitar a Bolsa de Estudo no estrangeiro, caso venha a ser o laureado. A inscrição no Curso é gratuita e todas as despesas do Curso e a Bolsa de Estudo são suportadas pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão.

“O Summer School tem o propósito de criar uma rede entre profissionais, europeus e não só, dedicados ao estudo da hipertensão de forma a facilitar a pesquisa colaborativa em todo o mundo”, conclui o presidente da SPH.

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Cerca de 50 Portugueses recebem, anualmente, um novo coração. Este é o número médio de transplantes cardíacos realizados, todos...

O primeiro transplante cardíaco foi realizado em 1967 e, apesar de hoje ainda se seguirem os mesmos princípios, a experiência na gestão do doente e do seu novo coração tem evoluído bastante.

No entanto, este procedimento, o Transplante Cardíaco, é reservado a situações de doença do músculo cardíaco não passíveis de tratamento médico ou cirúrgico convencional. Além disso, apenas os doentes que garantem o cumprimento absoluto das indicações médicas de recuperação, após cirurgia, são elegíveis devido ao risco de complicações.

Outro aspeto importante é o número de dadores, que tem diminuído, e para Manuel Antunes, Cirurgião Cardiotorácico, Diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação de Órgãos Torácicos do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e Presidente Honorário da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a qualidade dos dadores constitui, atualmente, a principal ameaça à transplantação cardiovascular.

Segundo o especialista “ainda que este desafio possa ser compensado com a otimização da procura de dadores, estes nunca serão suficientes para as necessidades”. Por este motivo, prevê o cirurgião cardiotorácico “nas próximas duas décadas veremos a transplantação ser progressivamente substituída pelo coração artificial e outras formas de assistência ventricular mecânica.”

Atendendo à prevalência de doenças terminais, como a Insuficiência Cardíaca que atinge cerca de 26 milhões de pessoas, em todo o mundo, e cerca de 400 mil em Portugal, não existem dadores de coração suficientes. Por este motivo, a ciência tem apostado no desenvolvimento de procedimentos experimentais, como a implementação de dispositivos que mantêm a circulação sanguínea através do bombeamento artificial, ou a substituição do órgão danificado. Exemplos disso, são os diferentes procedimentos que têm surgido, tais como, o coração recelularizado funcional, desenvolvido em 2016 pelo grupo de Jacques Guyette, no Centro de Medicina Regenerativa em Boston ou o coração de silicone desenvolvido já este ano, pelo grupo de Nicholas Cohrs, no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique.

Apesar de ainda se encontrarem em desenvolvimento, todas estas opções surgem como uma janela de oportunidade para um futuro promissor, no tratamento dos doentes com Insuficiência Cardíaca em fase avançada, e para os quais os tratamentos convencionais já não são suficientes para a manutenção de uma qualidade de vida aceitável.

Três dias depois
Quando há perto de sete mil doentes curados e o número de pacientes inscritos para tratamento nos hospitais suplanta as...

O Ministério da Saúde voltou atrás na intenção de definir limites para o financiamento centralizado dos medicamentos da hepatite C nos hospitais públicos, numa altura em que já foi dada luz verde para o tratamento de 17.591 doentes, um número muito superior ao estimado inicialmente. Até esta terça-feira, 6639 pessoas infetadas com hepatite C estavam curadas.

Num despacho datado do passado dia 11 e a que o jornal Público teve acesso, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, estabeleceu limites máximos para o financiamento hospitalar dos tratamentos da hepatite C - que desde 2014 está centralizado na Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Três dias depois, porém, revogou o despacho.

A revogação visou "simplificar os procedimentos administrativos" que, tendo em conta o despacho inicial, passariam a ser mais burocráticos porque o financiamento dos tratamentos que excedessem os limites fixados passaria a ser feito através dos contratos-programa (que são negociados pelos hospitais anualmente), explicou uma fonte do Ministério da Saúde. "O objetivo foi justamente o de não colocar barreiras" aos tratamentos", frisou.

O problema é que o número de pessoas infetadas com o vírus da hepatite C inscritas para tratamento nos hospitais públicos está a crescer a um ritmo superior ao que tinha sido estimado. Isso mesmo é recordado no primeiro despacho de Manuel Delgado, que frisa que se previa inicialmente o tratamento de 13 mil doentes, “o que foi concretizado no início de 2017”.

O governante nota ainda que, desde o início deste ano, aumentou o número de fornecedores de medicamentos para esta patologia, e que, por isso mesmo, estes fármacos "não necessitam de ter um modelo de financiamento que os diferencie dos restantes integrados nos valores pagos pela produção, no âmbito dos contratos-programa dos hospitais”. Defendendo que é preciso "tornar previsível a gestão destes financiamentos durante este ano", estabelece assim os referidos limites a partir dos quais “deverão as entidades proceder ao respetivo financiamento recorrendo às verbas pagas através do contrato-programa".

“Alvo de reapreciação”
No dia 14, Manuel Delgado reconsidera e revoga a primeira ordem, argumentando que a matéria foi “alvo de reapreciação” e “carece de uma análise adicional”. Tratava-se de uma medida de precaução, tendo em conta o número crescente de doentes que é muito superior ao previsto, justifica a fonte do ministério.

Os dados adiantados pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) comprovam isto mesmo: até esta terça-feira, tinham já sido autorizados 17.591 tratamentos; deste total, foram entretanto iniciados 11.792 tratamentos e finalizados 6880; destes, 6639 foram declarados curados e 241 não curados.

Sublinhando que desconhece os despachos em causa, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, até admite que fará sentido que o financiamento do tratamento da hepatite C entre "na lógica de negociação anual dos contratos-programa, como aconteceu no passado com outras patologias, como a infeção por VIH/sida e a esclerose múltipla, mas frisa que isto "não pode ser decidido a meio do ano".

Alexandre Lourenço lembra ainda que no caso da hepatite C houve um contrato de partilha de risco com a primeira farmacêutica com a qual o Estado chegou a acordo, a Gilead Sciences, e em que se estabeleceu que apenas são pagos os tratamentos dos doentes curados. Entretanto, dois anos passaram, muitos doentes estão curados, mas entraram no mercado outros medicamentos, o que implicou a diminuição acentuado do preço destes medicamentos, que são muito dispendiosos.

Mais fármacos disponíveis
Em Fevereiro passado, dois anos após o acordo entre o Estado e a Gilead para a comparticipação dos dois primeiros medicamentos antivíricos de ação direta para o tratamento da hepatite C, o Infarmed sublinhava que passavam a estar disponíveis nos hospitais públicos oito fármacos diferentes incluindo os de outros três laboratórios farmacêuticos.

Portugal decidiu tratar todas as pessoas infetadas pelo vírus da hepatite C, ao contrário do que aconteceu com outros países. Uma decisão que, enfatizava então o Infarmed, “faz com que Portugal seja um dos primeiros países europeus, e mesmo a nível mundial, a implementar uma medida estruturante para a eliminação deste grave problema de saúde pública”.

Em 2015, quando o acordo entre o Governo e a Gilead foi assinado, não foi revelado o valor pago por cada doente tratado, mas o então ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse que se tinha chegado a um valor médio por doente que representava “um desconto que será mais do dobro” do que tinha sido anunciado inicialmente – e que era cerca de 48 mil euros. 

As negociações arrastaram-se durante meses a fio e o acordo acabou por ser assinado na mesma semana em que um doente interpelou Paulo Macedo no Parlamento, pedindo-lhe que não o deixasse morrer.

SNS
Autoridades de saúde dizem que é preciso preparar SNS para as alterações climáticas que vão afetar ainda mais Portugal.

A Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge emitiram uma orientação aos hospitais, centros de saúde e unidades da rede de cuidados continuados para que se preparem de forma "adequada" para as temperaturas extremas, recordando que Portugal é "um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas e à ocorrência de fenómenos climáticos extremos".

A orientação com data de 13 de julho e consultada pela TSF recorda os estudos que avaliaram a repercussão do calor extremo na mortalidade e em especial um trabalho de 2008 que concluiu que a mortalidade aumentou nos hospitais na onda de calor de 2003 e que a sobrevivência é melhor quando existe ar condicionado para os doentes com mais de 45 anos, numa "redução de 40% no risco de morrer".

Uma preocupação que é maior tendo em conta o envelhecimento da população e o crescimento da prevalência das doenças crónicas.

As autoridades de saúde defendem que é preciso "promover a adaptação às alterações climáticas no setor da saúde".

Reparar avarias a tempo e salas climatizadas para doentes crónicos
A orientação agora emitida pede às unidades do Serviço Nacional de Saúde que se preparem para responder de forma "adequada a situações de temperaturas extremas".

Por exemplo, "promovendo a instalação de equipamentos de climatização" e a "manutenção preventiva, de acordo com as especificações do fabricante, dos sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado, de modo a aumentar a sua eficiência e a minimizar as avarias", garantindo que são reparados os "problemas identificados nas avaliações da climatização".

Em paralelo será preciso "promover a adequada climatização dos espaços de observação, internamento e salas de espera", tendo "salas climatizadas para, em caso de calor ou frio intenso, acolher doentes crónicos que necessitem de cuidados básicos".

Infarmed
Catorze novos medicamentos foram aprovados no primeiro semestre deste ano pela Autoridade Nacional do Medicamento, mais do que...

De acordo com dados da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), a maior parte dos medicamentos inovadores financiados ou comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) são de uso hospitalar, destacando-se as substâncias a utilizar para tratamento do cancro (três para o melanoma), hepatite C (dois) ou hemofilia (dois).

No primeiro semestre foram concluídos 30 processos distintos de avaliação, dos quais 16 foram indeferidos ou arquivados na sequência do pedido da empresa, e estão em fase final de negociação mais cerca de 30 processos no Infarmed, que deverão estar concluídos nas próximas semanas.

No total, foram aprovados quase 200 medicamentos, dos quais 138 genéricos.

“A aceleração da aprovação de novos medicamentos tem sido uma prioridade para o Infarmed, que tem ainda procurado reduzir o passivo existente. Nos últimos 12 meses foi possível reduzir para metade o número de processos anteriores a 2014”, indica a Autoridade Nacional para o Medicamento.

Estas aprovações – recorda – “têm permitido tratar dezenas de milhares de doentes todos os anos e reduzir o recurso a Autorizações de Utilização Excecional (AUE)”.

O Infarmed lembra ainda que estão em fase final de aprovação alterações legislativas que aproximam mais os prazos de decisão nacionais do quadro europeu, “tornando-os mais equilibrados e ajustados em função da complexidade dos processos a avaliar (medicamentos genéricos, novas apresentações e novas substâncias ativas)”.

‘Smartphones’
Investigadores do Porto estão a desenvolver uma aplicação que permite efetuar rastreios de pele e avaliar o risco de melanoma,...

"O cancro da pele corresponde a um terço de todos os cancros e o melanoma maligno é responsável pela maioria das respetivas mortes", explicaram os investigadores Maria Vasconcelos e Luís Rosado, do centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS, do Porto, responsáveis pelo projeto SkinLesionRS.

Esta tecnologia, segundo indicaram, permite melhorar o processo de referenciação para lesões de pele entre centros de saúde e departamentos de dermatologia dos hospitais, tendo sido desenvolvida de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS) para aquisição de imagens da pele para rastreio teledermatológico.

Para além disso, a solução, "simples e intuitiva", foi otimizada para minimizar erros e facilitar a recolha e registo de dados dermatológicos relevantes, através de algoritmos de controlo de qualidade da imagem e captura automática.

Já o módulo de avaliação automática do risco de melanoma, a partir de imagens de lesões de pele, visa auxiliar os especialistas no processo de triagem.

A equipa tem vindo ainda a trabalhar num módulo adicional de avaliação do risco de melanoma, a partir de imagens da pele capturadas com ‘smartphones', com a finalidade de funcionar como um sistema de apoio à decisão clínica.

De acordo com os investigadores, este projeto surgiu para colmatar dificuldades associadas ao processo de aquisição de imagens com qualidade e resolução suficiente, possíveis de serem utilizadas de forma efetiva no processo de triagem dermatológico.

O SkinLesionsRS, do qual faz também parte o coordenador de desenvolvimento de novos projetos da Fraunhofer Portugal AICOS, Nuno Felício, está a ser desenvolvido desde 2011.

É apoiado pelo RESOLVE, um programa do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) que auxilia iniciativas inovadoras, com potencial de se traduzirem em soluções para o benefício do doente e dos profissionais de saúde.

O centro Fraunhofer Portugal AICOS tem desenvolvido investigação na área da dermatologia "mobile" desde 2011, inicialmente através do projeto interno "Melanoma Detection", que decorreu em parceira com departamento de Dermatologia do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto).

No decorrer da investigação, foi criada uma base de dados de imagens de lesões de pele anotadas por especialistas, disponibilizada, posteriormente, à comunidade científica.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todas as regiões do continente, Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões do continente, Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV) com exceção das regiões de Viana do Castelo, Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores), que estão com níveis ‘moderados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje nas regiões do Norte e Centro céu geralmente muito nublado, diminuindo de nebulosidade a partir do início da tarde, e períodos de chuva, em geral fraca, até ao início da tarde.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco do quadrante oeste, rodando para noroeste partir da tarde, sendo moderado nas terras altas, neblina ou nevoeiro matinal e descida da temperatura máxima nas regiões do interior.

Na região Sul prevê-se céu pouco nublado ou limpo, apresentando temporariamente muito nublado até ao início da tarde no Alentejo e litoral oeste, com possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca no Alto Alentejo.

Está também previsto vento em geral fraco predominando de noroeste, soprando moderado no litoral oeste a partir da tarde e de sudoeste no sotavento algarvio durante a tarde, neblina ou nevoeiro matinal e descida da temperatura máxima nas regiões do interior.

Na Madeira prevê-se céu geralmente pouco nublado, apresentando-se temporariamente muito nublado nas vertentes norte, e com possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco até ao início da manhã e vento fraco a moderado do quadrante norte.

Para os Açores, a previsão aponta para céu muito nublado, períodos de chuva passando a aguaceiros, geralmente fracos, e vento moderado a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 18 e 26 graus celsius, no Porto entre 16 e 24, em Vila Real entre 14 e 23, em Viseu entre 12 e 24, em Bragança entre 14 e 26, na Guarda entre 12 e 23, em Coimbra entre 16 e 24, em Castelo Branco entre 16 e 29, em Santarém entre 16 e 28, em Portalegre entre 14 e 27, em Évora e Beja entre 16 e 30 e em Faro entre 19 e 30.

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