Fumadores
A legislação que equipara os cigarros sem combustão e eletrónicos aos cigarros tradicionais e reforça a proibição de fumar em...

A nova legislação passa a abranger no conceito de fumar “os novos produtos do tabaco sem combustão que produzam aerossóis, vapores, gases ou partículas inaláveis” e reforça “as medidas a aplicar a estes novos produtos em matéria de exposição ao fumo ambiental, publicidade e promoção”.

Além dos locais onde já é proibido fumar, a legislação vem proibir que se fume "nos locais destinados a menores de 18 anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias, parques infantis, e demais estabelecimentos similares".

A lei altera 17 artigos da atual legislação e junta dois novos que estabelecem que os serviços de saúde ocupacional devem promover nos locais de trabalho ações e programas de prevenção e controlo tabágico e apoiar trabalhadores que queiram deixar de fumar, bem como que os medicamentos para deixar de fumar devem ser progressivamente comparticipados.

O decreto-lei determina que, sempre que possível, devem ser definidos “espaços para fumar no exterior que garantam a devida proteção dos elementos climatéricos, bem como da imagem dos profissionais que os utilizam”.

Estabelece também a proibição de qualquer discriminação dos fumadores no âmbito das relações laborais, designadamente no que se refere à seleção e admissão, à cessação da relação laboral, ao salário ou a outros direitos e regalias”.

Relativamente ao fabricante e importadores, a lei refere que “sempre que sejam feitas menções de que um novo produto do tabaco é potencialmente menos nocivo do que outros, ou apresenta um risco reduzido para a saúde do consumidor”, estes devem apresentar “fundamentação científica” que o comprove.

Devem comprovar que o novo produto “reduz o risco de doenças relacionadas com o tabaco”, “não aumenta a atratividade, a toxicidade e o potencial de criação de dependência, bem como as propriedades cancerígenas, mutagénicas ou tóxicas para a reprodução, em comparação com os produtos do tabaco já existentes no mercado”.

Segundo a lei, a introdução de novos produtos do tabaco fica sujeita à autorização da Direção-Geral das Atividades Económicas, após parecer da Direção-Geral da Saúde.

A legislação foi Promulgado pelo Presidente da República no passado dia 14 de julho e aprovada a 01 de junho no Parlamento, com os votos favoráveis do PSD, PS e PAN, depois de um trabalho na especialidade, na comissão de Saúde, que alterou o diploma vindo do Ministério da Saúde.

Esta é a segunda alteração à lei do tabaco de 2007, que aprova normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo.

Estudo
Um estudo envolvendo instituições do Porto indica que 45% das crianças portuguesas com seis anos apresentam cáries dentárias, o...

"É necessário que as crianças até aos seis anos sejam observadas anualmente pelo dentista e que seja criado um modelo de cheque-dentista que permita realizar todos os tratamentos necessários nos dentes decíduos [temporários]", disse o investigador Paulo Melo, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), entidade envolvida no estudo.

Embora este número seja inferior ao registado 2006, altura em que rondava os 49%, existem ainda "grandes necessidades de tratamento", visto que uma percentagem de crianças desta idade e abaixo possuem cárie precoce de infância, "a forma mais grave de manifestação da cárie dentária", que se traduz pela destruição total dos dentes.

O estudo mostra também que 47% das crianças com 12 anos têm cáries dentárias, enquanto nos jovens com 18 anos esse número suba para 67,6%.

Esses valores são igualmente inferiores aos registados em 2006, no "II Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais", em que 56% das crianças com 12 anos e 72% dos jovens com 15 apresentavam a doença.

No estudo agora apresentado participaram 3.710 crianças e jovens com 6, 12 e 18 anos, de Portugal Continental e das regiões autónomas, que foram examinados pelos dentistas envolvidos no projeto e responderam a um questionário para obtenção de dados sociodemográficos e de hábitos de higiene oral e alimentares.

Esta investigação, desenvolvida no âmbito do "III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais", tinha objetivo avaliar a prevalência e as necessidades de tratamentos dentários nas crianças e nos adolescentes portugueses, com o intuito de se delinearem programas estratégicos promotores da saúde oral junto destas populações.

Os especialistas constataram que o número médio de dentes atingido por cárie no grupo de jovens com 12 anos "é baixa" (1,18 dentes por criança), tendo sido já ultrapassado o objetivo para 2020 definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a prevalência da doença nesta idade, em que prevê que esse número esteja abaixo do 1,5.

Quanto aos adolescentes com 18 anos, o seu padrão de saúde oral revela níveis moderados de cárie, abaixo das expectativas dos investigadores.

Para o investigador, estes resultados mostram que a percentagem de crianças com cárie dentária tem vindo a diminuir de "forma muito expressiva", atingindo "níveis muito satisfatórios", particularmente nos indivíduos que têm beneficiado das atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO).

O PNPSO engloba o programa cheque-dentista, aplicado a crianças e a adolescentes a partir de 2009, bem como medidas para promoção da saúde oral e prevenção das doenças orais nas escolas, que incluem a alimentação saudável e a escovagem e um projeto conjunto com as bibliotecas escolares, denominado SOBE (Saúde Oral Bibliotecas Escolares).

"A importância do programa cheque-dentista fica evidente ao constatar que quase dois terços dos dentes com cárie se encontram tratados, contrariamente ao que se verificava nos estudos nacionais de 2000 e 2006, realizados nas crianças e jovens de 6, 12 e 15 anos, e publicados pela Direção-Geral da Saúde (DGS)", referiu Paulo Melo.

O estudo, designado "Caries prevalence and treatment needs in young people in Portugal: the third national study", é também assinado pelos investigadores Rui Calado, Paulo Nogueira e Cristina Sousa Ferreira, da Direção Geral da Saúde, e foi publicado na revista "Community Dental Helth".

Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Em pleno período de férias, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, através da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do...

“Em época de verão, de viagens mais longas rumo às férias e de regresso de tantos emigrantes ao nosso país, consideramos fundamental recordar a importância de um sono reparador antes de viajar”, afirma a Dr.ª Susana Sousa, representante da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

A campanha Não Conduza de Olhos Fechados visa alertar para os sinais de sonolência ao volante e reforçar o ensino de medidas de boa higiene do sono para uma viagem sem percalços. A Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono considera que, “tão importante como alertar para o perigo da condução sob efeito do álcool, de não cumprir as velocidades recomendadas ou de usar o telemóvel durante a condução, é chamar a atenção para o perigo da sonolência ao volante”.

Um estudo recente, que contou com a participação de 12.783 mil europeus, em 19 países, dos quais 1093 residiam em Portugal, concluiu que 23% dos participantes já tinham adormecido ao volante pelo menos uma vez nos últimos dois anos e 8% referiram ter tido um risco de acidente de viação como consequência de terem adormecido. Este estudo revelou ainda que 20% dos acidentes de viação estão relacionados com sonolência ao volante; que os homens têm quase o dobro do risco de adormecer ao volante do que as mulheres e que os indivíduos que conduzem maiores distâncias apresentaram maior risco de adormecer ao volante. Esse risco é três vezes superior nos indivíduos com alta probabilidade de apneia obstrutiva do sono.

Entre as diferentes causas que podem ser responsáveis pela sonolência ao volante, a Dr.ª Susana Sousa aponta, em primeiro lugar, os fatores comportamentais. “A privação do sono, ou seja, dormir menos que 7-9 horas, o trabalho excessivo por períodos prolongados, o trabalho por turnos e sem recuperação do sono nos períodos de descanso são causas frequentes de sonolência”, descreve. Segundo a pneumologista, “todos distúrbios do sono não tratados podem afetar a capacidade de alerta durante o dia e consequentemente, influenciar a capacidade para a condução”.

Os principais sinais de sonolência são:

- Bocejos frequentes
- Dificuldade de concentração
- Dificuldade em focar e manter os olhos abertos
- Sensação de sonhar acordado
- Reagir com mais lentidão
- Pensamentos desconexos
- Dificuldade em memorizar acontecimentos imediatamente anteriores

As medidas recomendadas para a prevenção da sonolência são:

- Dormir 7-9h de sono regularmente
- Não conduzir em caso de sonolência
- Reconhecer os sinais de sonolência ao volante*
- Parar o carro e dormir uma sesta 15-20 minutos em caso de se sentir com sono enquanto conduz
- Planear a viagem, programar o trabalho prévio à condução e considerar partilhar a tarefa de condução, em viagens longas.

Esta campanha pretende divulgar a mensagem, sobretudo, através das redes sociais. A parceria com as diversas entidades pretende potenciar a divulgação da mensagem e a partilha da mesma na população em geral. “Sendo uma temática que não se esgota, haverá espaço para outras iniciativas e outras formas de passar a palavra. Em suma, o mais importante é #naoconduzadeolhosfechados”, alertam as Dras Susana Sousa e Fátima Teixeira, pela Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono.

Pedrógão Grande
A Linha Nacional de Emergência Social vai disponibilizar novas funcionalidades para apoiar e encaminhar as populações afetadas...

O Governo adianta, em comunicado, que a linha, que funciona 24 horas por dias, através do número 144, “funcionará como ponto central de apoio e de encaminhamento” a estas populações.

Através das novas funcionalidades do serviço “será possível às populações afetadas pelos incêndios obter acompanhamento social, subsídios eventuais, encaminhamento para resposta social, prestações sociais ou apoios sociais específicos”, adianta.

As populações poderão ainda obter através deste serviço apoio psicológico e encaminhamento para cuidados de saúde, adianta o comunicado conjunto dos ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde e da Justiça.

Nesta linha é ainda possível encaminhar os interessados para procedimentos de registos relativos ao óbito, heranças e partilhas, renovação de documentos perdidos, certidões ou segunda via do documento único automóvel, e obtenção de informação sobre o cancelamento de veículos ardidos.

O Governo adianta que “estas medidas procuram dar continuidade às ações imediatamente tomadas pelos diferentes ministérios, para apoiar as populações afetadas pelos incêndios”.

O Governo relata ainda no comunicado o apoio prestado às populações no âmbito dos três ministérios.

“A partir da identificação dos veículos ardidos feita pelas autoridades competentes”, o ministério da Justiça desenvolveu “um mecanismo especial” para simplificar os atos relativos a veículos ardidos (automóveis, tratores ou maquinaria agrícola).

Este mecanismo dispensa procedimentos e taxas e possibilita o cancelamento oficioso de matrículas e registos destes veículos, sem necessidade de um pedido dos interessados e quaisquer deslocações às Conservatórias ou ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

“O envolvimento da Autoridade Tributária vem evitar que os titulares falecidos ou os familiares recebam notificações para liquidação do Imposto Único de Circulação”, explica o comunicado.

Através dos serviços de Segurança Social são atribuídos subsídios de caráter eventual, de concessão única ou de manutenção, de apoio às pessoas que se encontrem em situação de carência ou perda de rendimento e que necessitem de proceder a despesas necessárias à sua subsistência ou à aquisição de bens imediatos e inadiáveis.

A nível do Ministério da Saúde está a ser prestado apoio psicológico nos três concelhos mais afetados.

As equipas de Saúde Pública estão a realizar um estudo que visa avaliar os efeitos na saúde da população exposta ao incêndio de Pedrógão.

Nos centros de saúde de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, os recursos humanos têm sido ajustados à procura.

Quanto aos doentes internados, o comunicado informa que cinco estão no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, dois no Hospital de Santa Maria, um no Hospital de S. João e outro no Hospital de La Fé, em Valência.

Hoje terá alta hospitalar a doente internada no Centro Hospitalar de Leiria com transferência programada para a Unidade de Cuidados Continuados de Figueiró dos Vinhos.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Programa Abem
O antigo secretário de Estado da Saúde José Martins Nunes vai presidir ao comité de “fundraising” (angariação de recursos) do...

O Programa Abem, rede solidária do medicamento, é o primeiro programa dinamizado pela Associação Dignitude, que tem sede em Coimbra e que pretende dar resposta aos problemas de acesso ao medicamento motivados pelo atual contexto socioeconómico.

Esta associação e o programa Abem ambicionam atingir 25 mil beneficiários até ao final do próximo ano e 50 mil até ao final de 2019.

"A adesão do professor Martins Nunes a este projeto enche-nos de orgulho e de esperança na realização do sonho de garantir a todos os portugueses o acesso integral aos medicamentos de que precisam, sendo nosso objetivo abranger 5.000 beneficiários até ao final do ano e 25.000 até ao final de 2018", disse Maria João Toscano, diretora executiva da Associação Dignitude.

Neste momento, o programa está a apoiar cerca de 2.500 pessoas carenciadas, referenciadas por 21 entidades, tendo garantido a aquisição de mais de 29 mil medicamentos.

Em declarações à agência Lusa, José Martins Nunes disse que "é um privilégio poder contribuir para o desenvolvimento de um projeto nacional assente na solidariedade para com os mais necessitados e na responsabilidade social da sociedade civil".

"Trata-se também de uma enorme responsabilidade por poder ajudar na implementação de um programa que tem como fundadores, entre outros, o antigo presidente da República Ramalho Eanes e os ex-ministros António Arnaut e Maria de Belém Roseira", sublinhou.

A criação da Associação Dignitude, em novembro de 2015, foi promovida pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras instituições da área social.

Além de Ramalho Eanes, António Arnaut e Maria de Belém Roseira, são embaixadores da associação os farmacêuticos Odette Ferreira, Francisco Carvalho Guerra, João Gonçalves da Silveira e João Cordeiro.

O advogado António Arnaut, um dos mentores do projeto, salientou que a Dignitude "nasceu da preocupação de muitas instituições e cidadãos, por verificarem que muitos doentes não tinham condições económicas para adquirir os medicamentos".

"Algumas associações e municípios procuram ajudar os doentes da sua área de influência, mas não havia nenhuma organização nacional que enfrentasse este problema social e tentasse uma solução global", frisou à Lusa o antigo ministro dos Assuntos Sociais, que criou o Serviço Nacional de Saúde.

"Foi neste espírito que nasceu a Dignitude, iniciativa de instituições ligadas ao fabrico e comércio de medicamentos e de cidadãos de várias sensibilidades preocupados com o facto de muitas pessoas sofrerem o dilema de escolher entre os alimentos e os medicamentos", acrescentou.

Os beneficiários do programa Abem têm acesso a medicamentos sem qualquer discriminação em relação à generalidade dos cidadãos, na mesma rede de farmácias, com a mesma qualidade, segurança e confidencialidade, garante a associação.

Todas as doações são integralmente aplicadas na aquisição de medicamentos para os cidadãos necessitados que são beneficiários e os custos logísticos e administrativos são suportados na totalidade pela Associação Nacional das Farmácias (ANF) e pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), fundadores da Associação, juntamente com a Cáritas Portuguesa e a Plataforma Saúde em Diálogo.

José Martins Nunes, médico, foi secretário de Estado da Saúde do XII Governo Constitucional e representante da Presidência do Conselho de Ministros na Comissão para Instalação do Observatório Europeu da Droga em 1994 e 1995. Foi, entre 2011 e 2017, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), cargo que acumulou com a direção clínica. Foi diretor do Serviço de Anestesiologia e coordenador do bloco operatório central dos Hospitais da Universidade de Coimbra até ser nomeado para presidente do CHUC.

É membro externo do Conselho Geral da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, curador da Fundação “A Comunidade Contra a Sida” e chefe de serviço de Anestesiologia do CHUC.

Estudo
Eletricidade, água, dióxido de carbono e micróbios: esta é a nova receita para combater a fome mundial. Criada por...

O projeto Food From Electricity recebeu recentemente uma nova contribuição que pode vir a revolucionar a forma como encaramos a produção de alimentos. Isto porque uma equipa de investigadores finlandeses conseguiu produzir proteína a partir de eletricidade. O estudo resultou da parceria entre a Universidade de Tecnologia de Lapeenranta (LUT) e o Centro de Investigação Técnica VTT da Finlândia, escreve o Observador.

A proteína pode ser produzida em qualquer lugar onde exista energia renovável como, por exemplo, a energia solar. Esta fase inicial de investigação pode marcar o caminho para uma futura solução de alimentar populações de países pobres. A mesma técnica poderá vir a aplicar-se na indústria de produção animal.

Na prática, todas as matérias-primas estão disponíveis no ar. No futuro, a tecnologia pode ser transportada, por exemplo, para desertos e outras áreas que são fortemente afetadas pela fome. Uma alternativa possível é utilizar um reator doméstico que permita ao consumidor produzir a proteína necessária”, explicou Juha-Pekka Pitkänen, investigador do VTT.

Para que o processo ocorra é necessário água, eletricidade, dióxido de carbono e micróbios. Depois de expor estas matérias-primas à eletrólise – técnica de decomposição por meio de corrente elétrica – num biorreator, forma-se um pó que consiste em mais de 50% de proteína e 25% de hidratos de carbono.

Para além disso, em comparação à agricultura tradicional, “o método não exige uma temperatura certa, humidade, controlo de pragas ou um tipo específico de solo”, como refere Jero Ahola da LUT.

Estudo DEVOTE
Estudo DEVOTE permitiu concluir que uma insulina de nova geração ajuda a reduzir o risco cardiovascu

Um novo estudo internacional, publicado pela revista New England Journal of Medicine e apresentado, recentemente, no congresso da Associação Americana de Diabetes vem concluir que existe uma insulina de nova geração, a insulina degludec, pode ser uma boa opção de tratamento para os doentes com diabetes tipo 2, trazendo benefícios no risco de hipoglicemias (grande redução de níveis de glicose no sangue) graves e noturnas, sem aumento do risco cardiovascular.

A diabetes tipo 2 é uma doença associada a um estilo de vida pouco saudável relacionado com más escolhas alimentares, pouco saudáveis e variadas, bem como a uma atividade física pouco ou nada frequente.

Os doentes com este tipo de diabetes desenvolvem frequentemente complicações cardiovasculares e, consequência de algumas terapêuticas efetuadas, as hipoglicemias podem ser um problema impactante sobre a qualidade de vida. O risco cardiovascular nas pessoas com diabetes tipo 2 chega mesmo a duplicar, comparativamente a uma pessoa sem aquela doença.

As investigações têm sido desenvolvidas no sentido de se encontrarem mais e melhores opções que venham dar resposta aos atuais desafios da doença, razão pela qual também foi desenvolvido o estudo DEVOTE.

O estudo, que contou com a participação de mais de 7 mil doentes com uma média de idades de 65 anos, de mais de 20 países, concluiu que a nova opção terapêutica, insulina degludec, reduziu o risco de hipoglicemias graves em 27% bem como em 53% as hipoglicemias noturnas graves destes doentes. Também se comprovou que pode ser um tratamento seguro tendo em conta que não está associada a aumento dos eventos cardiovasculares, nomeadamente morte por causa cardiovascular, enfarte do miocárdio não-fatal e Acidente Vascular Cerebral (AVC) não fatal.

Estas potenciais complicações da doença podem ter um grande impacto social na vida do doente e seus familiares, mas também acarretam custos económicos de tratamento, hospitalização e impacto na vida profissional.

Esta insulina providencia duração de ação para além das 42 horas com um efeito estabilização sobre os níveis de glicose (sendo que as insulinas atualmente comercializadas, são de menor duração de ação). A insulina degludec permite uma maior flexibilidade na dosagem, no caso de o doente não conseguir tomar a insulina sempre à mesma hora, e reduz o risco de hipoglicemias graves em pessoas com diabetes tipo 2, sem que aumente o risco de eventos cardiovasculares.

Este estudo vem trazer uma boa novidade aos médicos e doentes com diabetes tipo 2, pois permite uma opção de tratamento eficaz e seguro para os casos em que este tratamento pode ser aplicado.

A diabetes tipo 2 tem registado um grande aumento em Portugal e no mundo, devido às alterações dos estilos de vida das pessoas no dia de hoje. O Observatório Nacional da Diabetes contabiliza 1,3 milhões de pessoas com diabetes em Portugal, entre os 20 e 79 anos de idade. Este número tem vindo a aumentar nos últimos anos, particularmente à custa do aumento de casos de diabetes tipo 2, colocando o nosso país acima da média europeia. Por estes motivos, esta é considerada uma das doenças pandémicas do século XXI e que necessita de uma reflexão séria, não só ao nível da prevenção mas, também, ao nível das opções de tratamento para estes doentes.

Professor José Silva Nunes
Médico endocrinologista do Centro Hospitalar de Lisboa Central

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Seis distritos de Portugal continental estão hoje sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro vão estar sob ‘aviso amarelo’ devido ao tempo quente até às 15:00 de sábado.

Também o arquipélago da Madeira está entre as 09:00 de hoje e as 21:00 de sexta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido ao tempo quente.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado no litoral oeste até meio da manhã, podendo essa nebulosidade persistir em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo Raso e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral Norte até ao início da manhã.

A previsão aponta também para vento fraco a moderado predominando de noroeste com rajadas até 55 quilómetros por hora no litoral a sul do Cabo Carvoeiro, sendo moderado a forte nas terras altas com rajadas da ordem dos 70 quilómetros por horas, em especial nas regiões Centro e Sul.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal, em especial no litoral Norte e Centro, subida da temperatura mínima, em especial na região Norte e pequena subida da temperatura máxima na região Sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento fraco a moderado predominando de nordeste, soprando moderado a forte nas terras altas.

Para os Açores prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva e vento bonançoso a moderado com rajadas até 55 quilómetros por hora.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 19 e 30 graus Celsius, no Porto entre 17 e 24, em Braga entre 16 e 27, em Viana do Castelo entre 16 e 23, em Vila Real entre 14 e 29, em Viseu entre 13 e 30, em Bragança entre 15 e 33, na Guarda 14 e 29, em Coimbra entre 16 e 30, em Aveiro entre 19 e 25, em Castelo Branco entre 17 e 36, em Portalegre entre 17 e 35, em Santarém entre 18 e 32, em Setúbal entre 18 e 33, em Leiria entre 17 e 27, em Évora entre 16 e 36, em Beja entre 14 e 36 e Faro entre 21 e 35.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre 20 e 26 graus Celsius, em Ponta Delgada entre 22 e 26, em Angra do Heroísmo entre 21 e 26 e em Santa Cruz das Flores entre 18 e 27.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, de acordo...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), também os arquipélagos da Madeira e Açores, com exceção de Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) com níveis ‘moderados’, apresentam risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

No que diz respeito ao estado do tempo, o IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado no litoral oeste até meio da manhã, podendo essa nebulosidade persistir em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo Raso e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral Norte até ao início da manhã.

A previsão aponta também para vento fraco a moderado predominando de noroeste com rajadas até 55 quilómetros por hora no litoral a sul do Cabo Carvoeiro, sendo moderado a forte nas terras altas com rajadas da ordem dos 70 quilómetros por horas, em especial nas regiões Centro e Sul.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal, em especial no litoral Norte e Centro, subida da temperatura mínima, em especial na região Norte e pequena subida da temperatura máxima na região Sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento fraco a moderado predominando de nordeste, soprando moderado a forte nas terras altas.

Para os Açores prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva e vento bonançoso a moderado com rajadas até 55 quilómetros por hora.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 19 e 30 graus Celsius, no Porto entre 17 e 24, em Braga entre 16 e 27, em Viana do Castelo entre 16 e 23, em Vila Real entre 14 e 29, em Viseu entre 13 e 30, em Bragança entre 15 e 33, na Guarda 14 e 29, em Coimbra entre 16 e 30, em Aveiro entre 19 e 25, em Castelo Branco entre 17 e 36, em Portalegre entre 17 e 35, em Santarém entre 18 e 32, em Setúbal entre 18 e 33, em Leiria entre 17 e 27, em Évora entre 16 e 36, em Beja entre 14 e 36 e Faro entre 21 e 35.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre 20 e 26 graus Celsius, em Ponta Delgada entre 22 e 26, em Angra do Heroísmo entre 21 e 26 e em Santa Cruz das Flores entre 18 e 27.

Estudo
A cegueira atinge 36 milhões de pessoas em todo o mundo, número que poderá triplicar em 2050, afetando sobretudo a Ásia e a...

De acordo com as estimativas apresentadas no estudo, em 2050 haverá quase 115 milhões de cegos (mais 79 milhões face a 2015) e 588 milhões de pessoas com dificuldade de visão moderada a grave (mais 371 milhões) se os tratamentos não melhorarem.

O maior número de pessoas cegas vive no sul, leste e sudoeste da Ásia, sendo que a taxa de cegueira entre idosos é mais elevada no sul da Ásia e na África Subsariana oriental e ocidental.

O estudo analisou a prevalência da cegueira e da deficiência visual em 188 países, entre 1990 e 2015, e faz projeções para 2020 e 2050.

Trata-se do primeiro trabalho a incluir dados sobre a presbiopia, uma anomalia da visão mais conhecida como "vista cansada" que afeta a capacidade de ler e aparece com o envelhecimento, podendo ser corrigida com o uso de óculos.

Depois de um período em que as taxas de cegueira e de deficiência visual caíram, os números voltaram a subir à medida que a população mundial vai crescendo e envelhecendo: em 2015 havia mais 5,4 milhões de cegos e mais 57 milhões de pessoas com dificuldade de visão moderada a severa do que em 1990.

Os autores do estudo alertam para a importância do investimento nos tratamentos, salientando que, entre 1990 e 2010, a prevalência da cegueira diminuiu fruto dessa aposta.

"Investir em tratamentos já trouxe benefícios consideráveis, incluindo a melhoria da qualidade de vida", afirma o autor principal do estudo, Rupert Bourne, da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, citado em comunicado pela The Lancet Global Health.

Nos EUA
Cientistas corrigiram, pela primeira vez, em embriões humanos uma mutação do gene responsável por uma doença cardíaca...

A técnica, que usa o sistema de edição genética CRISPR-Cas9, corrigiu o erro na fase mais precoce do desenvolvimento do embrião, evitando a transmissão do gene que causa a miocardiopatia hipertrófica (doença do músculo cardíaco) a novas gerações.

Os investigadores asseguram ter cumprido todas as considerações éticas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos sobre técnicas de edição genética (as experiências realizaram-se neste país em centros especializados).

O artigo da Nature, que reproduz resultados ainda preliminares, ressalva que os embriões se mantiveram vivos durante poucos dias e nunca se desenvolveram com o intuito de serem implantados.

A técnica de edição genética CRISPR-Cas9 permite cortar o genoma (informação genética codificada no ADN) onde se quer para depois repará-lo, com 'tesouras' moleculares constituídas por proteínas e pequenas sequências de moléculas de ARN (ácido ribonucleico, que é responsável pela síntese de proteínas da célula).

Não é a primeira vez que cientistas fazem edição de genes em embriões humanos. Investigadores chineses já o tinham feito.

Mas é a primeira vez que tal acontece nos Estados Unidos, com resultados que demonstram que o procedimento é "mais eficaz e seguro", segundo a equipa internacional de investigadores, que inclui espanhóis.

Além disso, acrescentam os cientistas, a metodologia usada favorece o desenvolvimento de embriões sãos.

Nas experiências foram gerados embriões novos, não tendo sido utilizados embriões que sobraram de processos de fecundação 'in vitro'.

Os investigadores produziram zigotos (células que originam o embrião) fertilizando ovócitos sãos com esperma de um dador portador de uma mutação no gene MYBPC3, que causa a miocardiopatia hipertrófica, condição que provoca, por exemplo, a morte súbita de atletas.

Quem é portador de uma cópia deste gene mutado tem 50 por cento de probabilidade de o transmitir aos seus filhos.

A técnica CRISPR-Cas9 foi usada em dois momentos: após a fecundação, tal como sucedeu em investigações anteriores, mas também, de forma inédita, antes, enquanto era introduzido o esperma no óvulo, tendo este último método provocado resultados mais surpreendentes, de acordo com os autores do estudo.

Depois de CRISPR-Cas9 fazer o 'corta e cola', o embrião iniciou as suas próprias reparações, mas, em vez de utilizar a cadeia de moléculas de ADN (material genético) sintético administrado, fê-lo usando preferencialmente a cópia saudável do gene herdada da mãe.

Quando se corrige um gene como o MYBPC3 são ativados sistemas de reparação nas células.

Nas experiências reportadas pela Nature, os cientistas não só repararam uma percentagem elevada de células embrionárias, como a correção produzida não induziu outras mutações genéticas nem instabilidade no genoma: 72 por cento dos embriões 'herdaram' duas cópias sãs do gene.

A equipa científica considera que o diagnóstico genético pré-implantacional - que estuda os embriões antes de serem implantados - é uma fórmula válida para evitar embriões com mutações genéticas.

Contudo, entendem que o novo trabalho contribui para melhorar as fecundações 'in vitro', ao aumentar o número de embriões saudáveis que seriam implantados.

Ministério da Saúde
O reconhecimento de mais 21 centros de referência em áreas prioritárias de intervenção em saúde fez subir para 111 os centros...

De acordo com um despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que será publicado quinta-feira em Diário da República, o Ministério da Saúde reconheceu recentemente mais 21 centros de referência nacional para cinco especialidades - fibrose quística, neurorradiologia de intervenção na doença cerebrovascular, coagulopatias congénitas, implantes cocleares e a oxigenação por membrana extracorporal.

Na área da fibrose quística, são agora centros de referência os centros hospitalares do Porto, Universitário de Coimbra, Lisboa Central, Lisboa Norte e São João, no Porto.

Os centros hospitalares de Lisboa Norte, do Porto, Lisboa Central, Universitário de Coimbra, de Vila Nova de Gaia/Espinho e de Lisboa Ocidental passam a ser os centros de referência para a área da neurorradiologia de intervenção na doença cerebrovascular.

Para a área das coagulopatias congénitas são centros de referência os centros hospitalares de Lisboa Central, de São João (Porto), Lisboa Norte e o Universitário de Coimbra.

Os implantes cocleares têm como centros de referência o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, conjuntamente com o Centro Hospitalar do Porto, o Centro Hospitalar Lisboa Norte, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, conjuntamente com o Centro Hospitalar Lisboa Central, e o Hospital CUF Infante Santo.

Na área da oxigenação por membrana extracorporal (ECMO) foram reconhecidos como centros de referência o Centro Hospitalar Lisboa Central, o Centro Hospitalar Lisboa Norte e o Centro Hospitalar de São João, no Porto.

Os primeiros 13 centros de referência foram reconhecidos em 2015. Seguiram-se mais 77 em 2016 e os 21 novos em 2017.

Na região norte existem 39 centros de referência, 21 na região centro, 49 em Lisboa e Vale do Tejo, um no Alentejo e um no Algarve.

Saúde
A Administração Regional de Saúde do Norte investiu, desde o início da atual legislatura, 8,3 milhões de euros na construção de...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) assinala ainda a conclusão e a entrada “em pleno funcionamento” das “novas instalações da Unidade de Saúde (US) de Martim, Barcelos, e realizadas as obras de ampliação e beneficiação da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Custóias, Matosinhos”, bem como o início “das obras de requalificação, adaptação e ampliação da Unidade de Saúde da Batalha”, no Porto, “tudo num investimento geral calculado da ordem de 8,3 milhões de euros”.

A ARS-N assinala também que, durante o ano em curso, vai fazer “obras de construção, ampliação e/ou remodelação” nas unidades Nuno Grande (Vila Real), Campo (Valongo), Cerco (Porto), Amorosa (Guimarães), Lustosa (Lousada), Senhora da Graça (Mondim de Basto) ou Aborim (Barcelos), entre outras.

De acordo com a ARS, a informação surge “no seguimento e implementação das medidas constantes do Programa do Governo e na concretização dos objetivos definidos pela atual tutela do Ministério da Saúde, em jeito de balanço do investimento já efetuado durante a presente legislatura e das perspetivas de reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

A ARS-N destaca estar em curso a “reformulação do parque informático”, estando a decorrer a “instalação de 3.300 computadores”.

Destes, “numa primeira fase já foram colocados 1.200, estando prevista a entrega de 2.100, correspondentes na segunda fase, a concluir até ao fim deste mês”.

“Esta medida é muito importante para a melhoria da prestação de cuidados pois, hoje, as novas tecnologias assumem um papel preponderante nas sociedades e no SNS”, refere a ARS.

De acordo com a ARS-N, “após conclusão deste processo, as unidades de saúde vão poder igualmente contar com duas novas aplicações, cujos projetos estão a ser desenvolvidos”.

Um destes projetos diz respeito à “área dos meios complementares de diagnóstico (requisição, realização e disponibilização eletrónica e automatizada aos profissionais dos resultados respetivos)”.

O outro abrange a “área da qualidade e gestão documental nos vários níveis da prestação de cuidados de saúde primários”.

“O investimento financiado é da ordem, respetivamente, de 1,7 milhões de euros, simplificando-se assim os procedimentos administrativos e consumidores de tempo, com forte impacto nos cidadãos”, acrescenta a ARS.

Quanto aos “recursos humanos”, o objetivo definido pela ARS para 2017 é a “cobertura total”, dotando “as unidades de saúde com os recursos desejáveis em termos de Equipa de Medicina Geral e Familiar de modo a que todos os utentes possam dispor do seu médico de Família”.

A ARS indica ainda um “reforço de enfermeiros e outros especialistas”.

“Para além do alargamento do quadro de enfermagem, todos os Agrupamentos de Centros de Saúde contam com, pelo menos, um nutricionista e um psicólogo clínico”.

A ARS-N vai ainda, “numa fase piloto (a iniciar nos próximos dias) aplicar, e posteriormente alargar, o acompanhamento e tratamento em saúde oral a unidades de saúde de âmbito dos Cuidados de Saúde Primários”.

Para 2018, a intenção da ARS é “reforçar, de novo, os centros de saúde com novos profissionais e novas profissões”.

A intenção é ir “de encontro às necessidades de aumentar as respostas no SNS às necessidades dos cidadãos e numa política de prevenção da doença e de promoção da saúde”.

Rui Moreira
O presidente da Câmara Municipal do Porto garantiu hoje que a instalação da Agência Europeia do Medicamento no Porto, se a...

“A instalação da Agência Europeia do Medicamento (EMA) não vai ter custos para Portugal. Isto não é o Euro do futebol. Não vamos construir estádios para receber a EMA”, disse Rui Moreira durante a apresentação da candidatura do Portugal à relocalização desta agência.

A EMA terá de deixar o Reino Unido em março de 2019, no âmbito da sua saída da União Europeia, existindo atualmente 19 dos 27 Estados da União Europeia candidatos a acolherem o organismo.

Na cerimónia, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP) e do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, mostrou-se consciente das dificuldades desta candidatura.

Santos Silva optou por sublinhar os aspetos positivos que a cidade do Porto oferece para acolher a EMA.

“O Porto cumpre todos os requisitos” para esta candidatura, disse Augusto Santos Silva, para quem é “Portugal inteiro” que se está a candidatar.

Rui Moreira, reconheceu que uma candidatura como esta não seria possível há 10 ou 12 anos, pois não contava com os recursos atuais.

O vereador da CMP Ricardo Valente apresentou alguns pormenores da candidatura, como os três locais com capacidades para acolher a EMA: Palácio Atlântico, Palácio dos Correios e edifícios a construir na Avenida Camilo.

Entre as várias garantias que as candidaturas tiveram de apresentar constam os lugares na escola para os filhos dos funcionários, uma vez que existem 640 filhos dos quadros da agência que estão em idade escolar, dos quais 90% pré-universitários.

A capacidade hoteleira, a proximidade com o aeroporto e a rede de transportes públicos, além de questões como a segurança e a saúde, foram igualmente levadas em conta nas candidaturas.

Rui Moreira acredita que, na altura de analisar as propostas, o preço das cidades será levado em conta.

“O Porto é bastante mais barato do que Milão, que é um fortíssimo candidato”, disse.

Para o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, a instalação da EMA em Portugal traria novas oportunidades para os investigadores e peritos na área farmacológica portugueses, além de outros benefícios.

Oportunidade que poderão passar por trabalhar na EMA, uma vez que 20% dos funcionários já manifestaram a intenção de não sair do Reino Unido, como recordou Rui Pereira.

O dossiê oficial de candidatura junto das instituições europeias, propondo a cidade do Porto como futura sede da organização, foi entregue na segunda-feira.

O processo entra agora na fase da diplomacia, como afirmou Santos Silva.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros tem doravante a responsabilidade de conduzir este processo”, disse o ministro, recordando que em novembro deverá ser conhecida a cidade que acolherá a EMA nos próximos anos.

No Porto
Investigadores do Porto estão a desenvolver um novo método, "economicamente mais viável e mais sustentável", para...

"A chuva ácida é um dos maiores problemas ambientais" e é provocada, principalmente, pelo ácido sulfúrico presente na atmosfera, explicou a investigadora Salete Balula, do laboratório REQUIMTE da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), entidade responsável pelo projeto, em parceria com a empresa Galp Energia.

Segundo a especialista, escreve o Sapo, o ácido sulfúrico é originado, em grande parte, pelos gases poluentes de dióxido de enxofre que são emitidos pelas indústrias e pelos meios de transporte.

De forma a minimizar este problema ambiental, continuou a especialista, as entidades governamentais têm estabelecido regulamentações restritas quanto ao teor de enxofre permitido nos combustíveis.

Atualmente, o método implementado nas indústrias de refinação para remover os compostos de enxofre dos combustíveis revela ser "bastante dispendioso e pouco sustentável", principalmente para fazer cumprir as normas europeias, uma vez que requer a aplicação de elevadas temperaturas e a presença de grandes quantidades de hidrogénio, referiu.

O grupo de investigação tem desenvolvido um processo complementar e alternativo para remover o enxofre dos combustíveis, reduzindo-se assim as emissões poluentes.

Esse processo consiste na oxidação dos componentes de enxofre presente nos combustíveis sob baixas temperaturas e pressões e na sua remoção por processos de extração.

Na fase de oxidação, são utilizados agentes oxidantes "criteriosamente selecionados", atendendo às suas propriedades não tóxicas e amigas do ambiente, explicou a investigadora. Na etapa de extração, são usados solventes não tóxicos, de baixo custo e considerados "verdes" (água, etanol ou uma mistura de ambos), para remover os produtos de enxofre oxidados dos combustíveis líquidos.

Este projeto, que não tem previsão de data final, foi financiado entre 2012 e 2015 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e tem sido desenvolvido, atualmente, com verbas disponíveis no REQUIMTE, com o apoio da Galp Energia.

Para além dos investigadores do REQUIMTE, participam no estudo profissionais do Laboratório Associado CICECO, da Universidade de Aveiro, e do Laboratório Associado de Catálise e Materiais, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

O projeto, intitulado "Preparação de combustíveis dessulfurizados através de processos sustentáveis e economicamente viáveis", conta ainda com a participação do Institute of Catalysis and Petrochemistry, de Madrid.

Aproveite as férias e siga os conselhos dos especialistas
Dizem que o verão é a melhor época para engravidar.

De acordo com Catarina Godinho, ginecologista do IVI Lisboa, em cada ciclo menstrual as possibilidades de engravidar rondam os 18% a 20%. Uma janela de oportunidade relativamente baixa comum em todas as mulheres.

Por isso, se pensa em engravidar ainda este verão anote os conselhos da especialista:

 

1. Marque uma consulta pré-concecional com o seu ginecologista

De acordo com Catarina Godinho, “é importante partilhar com o seu médico a intenção de engravidar. Juntos poderão planear alguns passos importantes na fase da preconceção. Além disso, o médico fará uma observação ginecológica e em função de cada caso poderá solicitar algum exame que julgue conveniente. Geralmente são ainda prescritas análises sanguíneas”.

2. Pare de tomar a pílula ou de utilizar método contracetivo escolhido

Existem estudos que evidenciam que a possibilidade de engravidar aumenta nos meses imediatamente a seguir a parar a toma da pílula. “Deve também iniciar a toma de ácido fólico pois previne os defeitos Abertos do Tubo Neural (DTN)”, acrescenta a especialista do IVI Lisboa.

3. Relaxe e descanse

O verão é uma ótima estação para aproveitar mais o ar livre, seja com idas à praia, passeios na montanha ou no campo. O importante é que escolha atividades que lhe deem prazer e que não exijam demasiado esforço.

Deve ocupar o tempo de forma prazerosa e não estar exclusivamente focada na ideia da gravidez. As possibilidades por ciclo rondam os 18%-20% e é bom estar consciente desta realidade para não desanimar se a tão esperada gravidez não ocorrer logo no imediato. “Ir falando com o parceiro sobre o tema pode ser importante para ambos conhecerem as expetativas do outro e se apoiarem mutuamente”, comenta Filipa Santos, psicóloga.

4. Controle o seu peso

De acordo com os especialistas, o excesso de peso pode diminuir a fertilidade, por isso, se necessário, perca peso.

Para o conseguir, deve, idealmente, aconselhar-se com um nutricionista explicando que está a tentar engravidar para que o plano de alimentação seja adequado a esta fase.

No entanto, fica a advertência: o peso a menos também não favorece e pode dificultar a gravidez.

5. Evite o café, o álcool e o tabaco

Nesta fase deve controlar o consumo de café, mas se sente necessidade de beber pergunte ao médico se pode tomar 1 ou 2 cafés por dia. O tabaco e o álcool devem ser dispensados.

6. Evite os hidratos de carbono e alimentos com alto de açúcar

Estes alimentos devem ser evitados. É que “durante o refinamento perdem mais de 15 nutrientes, alguns muito importante para a conceção, como o ferro e as vitaminas do complexo B.  Também afetam o ritmo da ovulação e podem contribuir para o excesso de peso”, refere a especialista.

7. «Fuja» das gorduras trans

Este tipo de gordura é péssima para a saúde, provocando sobrepeso e afetando a função cardiovascular. “As mulheres que consomem em excesso, produzem menos ovócitos que as que não têm hábito de consumir”, evidencia a Catarina Godinho.

8. Inclua na sua dieta alimentar os cereais integrais

A sua ingestão faz com que o organismo assimile e processe estes alimentos mais lentamente permitindo, entre outros, estabilizar a produção de estrogénio e regularizar o processo ovulatório. Contribui ainda para uma maior sensação de saciedade o que ajuda a manter o peso.

9. Consuma mais proteínas

Vários estudos revelam que a proteína tem um papel importante na libertação do óvulo maduro e na sua preparação para a ovulação.

10. Aposte no consumo de vegetais de folha verde e cores intensas

Por serem ricos em vitaminas e minerais são excelentes para preparar o corpo para as exigências da gravidez. Este alimentos contêm ainda micronutrientes responsáveis por combater os radicais livres que danificam as estruturas reprodutivas.


Os espermatozoides sobrevivem, em média, 48 a 72 horas dentro do corpo da mulher

11. Comece a tentar e aproveite a janela da fertilidade

Um óvulo sobrevive cerca de 48 horas e os espermatozoides sobrevivem cerca de 72 horas dentro do corpo da mulher, pelo que a janela de oportunidade para conceber é relativamente curta. “O período ótimo para engravidar será entre o dia 10 e 17, considerando um ciclo menstrual de 28 dias”, revela a ginecologista.

12. Tenha relações sexuais dia sim dia não

Quando uma mulher quer engravidar, os especialistas recomendam a que tenha relações dia sim, dia não durante o período fértil.

De acordo com alguns estudos, depois da ejaculação, os espermatozoides demoram entre 30 a 40 minutos a chegar a uma das duas entradas da trompa de Falópio. No entanto, os espermatozoides sobrevivem, em média 48 a 72 horas dentro do corpo da mulher.

Isso, quer dizer que, “se tiver relações sexuais dois dias antes da ovulação ocorrer, os espermatozoides estarão ainda vivos, dentro do corpo da mulher, à espera do óvulo. Se a ovulação ocorrer entre 12 a 24 horas antes dos espermatozoides chegarem às trompas, o óvulo ainda estará à espera na trompa. Mas se a ovulação já tiver ocorrido há mais de 24 horas, a fecundação não é possível. Assim se mantiver relações sexuais dia sim, dia não assegura que haverá sempre espermatozoide à espera do óvulo.”

13. Se o plano de engravidar falhar, procure ajuda especializada

“Por vezes é importante falar sobre o que sente, os medos, as expetativas, pôr em comum com outra pessoa pode ser útil para encontrar novas perspetivas e formas de lidar com a situação”, revela Filipa Santos, psicóloga do IVI Lisboa.

No entanto, se o casal mantem relações sexuais desprotegidas e orientadas para a gravidez há mais de um ano e não engravida deve consultar um especialista em fertilidade. Se tiver mais de 35 anos o período para consultar o especialista deve ser encurtado para 6 meses.

“Na consulta de fertilidade será avaliada a história do casal e o médico após diagnóstico determina se é necessário fazer mais algum exame. Se tiverem exames anteriores devem trazer para a consulta”, explica Catarina Godinho.

Os tratamentos de Procriação Medicamente Assistida

A Inseminação Artificial Intrauterina consiste na colocação de uma amostra de sémen, preparada previamente no laboratório, no interior do útero da mulher, a fim de aumentar o potencial dos espermatozoides e as possibilidades de fertilização do óvulo. Desta forma, pretende-se diminuir a distância que separa o óvulo e o espermatozoide, e facilitar a fertilização.

A Fertilização in Vitro (FIV) é a união do ovócito com o espermatozoide no laboratório de FIV, a fim de obter embriões já fecundados para transferir para o útero materno.

 A inseminação dos ovócitos pode ser realizada mediante a técnica de FIV convencional ou da Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI), permitindo esta última alcançar a gravidez com êxito em casais diagnosticados com uma má qualidade na amostra de sémen do homem.

A Doação de ovócitos é o processo através do qual uma mulher recorre a óvulos de uma dadora anónima, para poder conseguir realizar o desejo da maternidade. Os ovócitos da dadora unir-se-ão ao esperma do casal para obter embriões.

Estes são depois transferidos para a recetora para conseguir a tão desejada gravidez. “A doação de ovócitos torna possível a gravidez em mulheres que, de outra maneira, não poderiam ter filhos devido ao quadro de infertilidade”, conclui a especialista. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Coimbra
Uma equipa de investigadores de Coimbra está a desenvolver um projeto de investigação para encontrar um biomarcador para...

O projeto está a ser desenvolvido em parceria entre o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra e o Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), numa investigação que procura encontrar um biomarcador para a apneia do sono, ao mesmo tempo que é estudada a relação entre esta doença e o envelhecimento, disse à agência Lusa a investigadora do CNC e líder do projeto, Cláudia Cavadas.

A investigação arrancou em 2016 e já foram analisadas amostras de sangue de 30 utentes do Centro de Medicina do Sono do CHUC.

A equipa da CNC juntou-se à equipa clínica do CHUC "na procura de tentar encontrar, mais para a frente, um biomarcador" que permita identificar a apneia do sono, explanou Cláudia Cavadas, sublinhando que a doença "é muito subdiagnosticada".

Neste momento, os investigadores estão a avaliar moléculas presentes nas amostras de sangue de utentes, por forma a conseguir encontrar características específicas desta doença.

"Não será fácil", admitiu Cláudia Cavadas, sublinhando, no entanto, que o objetivo final será permitir dizer que determinada pessoa "tem uma grande probabilidade de ter apneia do sono".

No âmbito do projeto, estuda-se também a possibilidade de a apneia do sono promover o envelhecimento das células.

O coordenador do Centro de Medicina do Sono, Joaquim Moita, frisou que o último grande estudo de prevalência da apneia do sono indica que um terço da população europeia e americana "tem ou virá a ter a síndrome".

"Um dos aspetos importantes do trabalho feito pelo CNC é especular" se, sabendo-se que a idade favorece o surgimento da doença, o inverso também acontece, explanou.

Neste momento, o diagnóstico da doença é feito com recurso a um estudo cardiorrespiratório domiciliário (utilizado em mais de 95% dos casos) ou através da polissonografia, um estudo mais completo realizado em contexto hospitalar.

No entanto, encontram-se "muitos doentes de fronteira, em que nem o diagnóstico clínico nem a polissonografia dão uma resposta clara", notou, considerando que o biomarcador será "importante" para confirmar o diagnóstico.

A criação de um biomarcador que, através de uma análise do sangue, identificasse uma grande probabilidade de haver apneia do sono, seria "uma grande revolução neste ramo", salientou, explicando que a criação de um marcador que ajudasse os médicos a diferenciar "casos verdadeiros e casos falsos e variantes da doença" já seria um passo muito positivo.

Menores de idade
Os hospitais têm até final do ano para desenvolver medidas que permitam aos pais acompanhar os filhos menores de idade até ao...

Segundo um despacho hoje publicado em Diário da República, sempre que não se verifique a existência de uma situação clínica grave, “o pai ou a mãe ou pessoa que os substitua, no exercício do consentimento informado, esclarecido e livre, pode estar presente no bloco operatório até à indução anestésica e na fase do recobro”.

O despacho indica que, por determinação do cirurgião ou do anestesista, “cessa a presença do pai ou da mãe ou da pessoa que o substitua sempre que, no decurso da indução anestésica ou no recobro, surjam complicações inesperadas que justifiquem intervenções tendentes a preservar a segurança da criança ou jovem”.

O diploma sublinha que “a indução da anestesia pode ser uma das experiências mais marcantes da vida da criança ou jovem” e que há estudos que evidenciam a associação entre induções anestésicas difíceis e alterações do comportamento no pós-operatório.

“Estudos efetuados no Reino Unido e nos Estados Unidos da América demonstram que a presença dos pais no processo pré-operatório diminui a ansiedade da criança e aumenta a cooperação o que beneficia a criança em si, os pais e a própria equipa de saúde”, recorda o diploma.

O despacho, assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, diz ainda que estas permissões são igualmente aplicáveis a pessoas maiores de idade com deficiência ou em situação de dependência, “com as necessárias adaptações no que respeita à pessoa acompanhante”.

As instituições hospitalares, segundo o diploma, devem prestar formação ao pai ou à mãe (ou a quem os substitua), através de consultas pré-operatórias a realizar por parte da equipa de saúde, e definir um circuito em que o pai ou a mãe possa movimentar-se “sem colocar em causa a privacidade de outras crianças o jovens e seus familiares, nem o normal funcionamento do serviço”.

A criança ou jovem com idade superior a 16 anos pode, “no exercício do consentimento informado, esclarecido e livre, indicar a pessoa acompanhante que pretende que esteja presente no bloco operatório até à indução anestésica e na fase de recobro”, acrescenta.

Investigação
O aumento de concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e o aquecimento do planeta poderá até 2050 reduzir o valor...

O trabalho, divulgado numa publicação financiada pela fundação Bill & Melinda Gates, indica que pode ser grande o impacto negativo sobretudo na saúde das populações dos países em desenvolvimento.

A maior parte das culturas reage às variações de CO2, o que afeta não só o seu crescimento mas também a sua transpiração, sublinham os autores.

O estudo, feito por investigadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (Massachusetts), sugere que as populações de 18 países podem perder mais de 5% do seu aporte de proteínas até meio do século por causa da redução do valor nutritivo do arroz, trigo e de outras importantes culturas.

Alerta ainda que cerca de 150 milhões de pessoas podem correr o risco de carência proteíca por causa das elevadas concentrações de CO2.

“Esta pesquisa destaca a necessidade de garantir, nos países mais vulneráveis, que as populações podem satisfazer as suas necessidades nutritivas, o que é agora ainda mais importante, agindo no sentido da redução das emissões de CO2 e outros gases com efeito estufa provenientes de atividades humanas ", sublinha Samuel Myers, investigador do departamento de saúde ambiental da Escola de Saúde Pública de Harvard e principal autor do estudo.

A nível mundial, 76% da população satisfaz as suas necessidades quotidianas de proteína através de plantas.

Para estimar o risco de deficiência atual e futura de proteína, os investigadores combinaram dados a partir de experiências em que as culturas foram submetidas a níveis elevados de CO2.

Usaram igualmente informações dietéticas, demográficas e sobre desigualdade de rendimentos.

Os investigadores determinaram que, num cenário de elevadas concentrações de CO2, o valor de proteína de arroz de trigo, lúpulo e batatas caiu de 7,6%, 7,8%, 14,1% e 6,4 %, respetivamente.

Essas projeções sugerem um agravamento da situação nos países da África sub-saariana, onde milhões de pessoas já apresentam deficiências de proteína.

No sul da Ásia, as dificuldades em matéria nutritiva também irão aumentar, incluindo na Índia, onde o arroz e trigo fornecem uma parte importante das proteínas quotidianas.

Estes países podem perder 5,3% das proteínas do regime alimentar padrão em 2050, de acordo com o estudo, o que pode representar um risco de deficiência nestes nutrientes para 53 milhões de pessoas na população indígena de 1,3 bilhões de habitantes.

Outra pesquisa, da qual é igualmente co-autor Samuel Myers e que foi publicada na terça-feira na revista GeoHealth, mostra que as reduções no teor de ferro nas principais culturas, resultado de uma maior concentração de CO2, são suscetíveis de agravar o problema de deficiência já significativa deste mineral essencial na população mundial.

Os grupos mais vulneráveis são os 354 milhões de crianças menores de cinco anos e 1,06 mil milhões de mulheres em idade fértil, especialmente nos países da África do Sul e Norte da Ásia, onde a incidência de anemia já é elevada.

Estas nações podem perder mais de 3,8% de ferro da sua dieta nas próximas décadas devido ao efeito nas culturas do aumento de CO2 na atmosfera.

Estes dois estudos, em conjunto com outras pesquisas de Myers realizadas em 2015, mostram que as altas concentrações de CO2, ao afetarem as culturas, são suscetíveis de causar também deficiência de zinco em 200 milhões de pessoas.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Três distritos de Portugal continental vão estar na quinta e sexta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Évora, Beja e Faro vão estar sob ‘aviso amarelo’ devido ao tempo quente entre as 09:00 de quinta-feira e as 21:00 de sexta-feira.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até meio da manhã.

Está também previsto vento em geral fraco predominando de noroeste, soprando moderado, com rajadas até 55 quilómetros por hora, no litoral a sul do Cabo Carvoeiro, em especial durante a tarde, sendo moderado a forte nas terras altas.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em especial no litoral da região Centro e pequena subida da temperatura máxima, em especial nas regiões do interior.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 16 e 27 graus celsius, no Porto entre 12 e 24, em Braga entre 11 e 27, em Viana do Castelo entre 11 e 24, em Aveiro entre 15 e 23, em Vila Real entre 12 e 29, em Viseu entre 11 e 29, em Bragança entre 11 e 32, na Guarda entre 12 e 27, em Coimbra entre 12 e 27, em Castelo Branco entre 15 e 34, em Portalegre entre 14 e 32, em Santarém entre 14 e 31, em Setúbal entre 15 e 30, em Évora e Beja entre 13 e 34, em Faro entre 19 e 32.

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