Estudo
Cientistas portugueses descobriram, num estudo com ratinhos, o mecanismo celular que pode explicar a falta de memória em...

O estudo, conduzido por investigadores do Instituto de Medicina Molecular (iMM) de Lisboa e das universidades Nova de Lisboa e de Gotinga, na Alemanha, revelou que uma proteína que se acumula no cérebro de doentes de Parkinson, a alfa-sinucleína, interage com uma outra proteína, a PrP, que funciona como um sensor, gerando alterações nas funções dos neurónios (células cerebrais) ligados à memória.

Ao administrarem uma droga da família da cafeína a ratinhos com excesso de alfa-sinucleína, a equipa de Luísa Lopes (iMM) e Tiago Outeiro (Universidade de Gotinga e Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Universidade Nova de Lisboa) verificou, em testes de comportamento, que os défices de memória reverteram.

"Os animais tinham mais facilidade em encontrar pistas" do que os que não eram tratados com o fármaco, disse à Lusa a investigadora do iMM Luísa Lopes.

Tiago Outeiro precisou que o medicamento atua numa outra proteína, os recetores de adenosina A2A, que medeiam a interação entre as proteínas alfa-sinucleína e PrP.

"Se inibirmos os recetores A2A, evitamos o sinal tóxico emitido pela alfa-sinucleína para a PrP", afirmou.

O investigador adiantou que o próximo passo do trabalho será caracterizar a interação entre as proteínas alfa-sinucleína e PrP, para "desenhar fármacos" que bloqueiem esta interação, e os seus efeitos na memória e na capacidade cognitiva, para os testar em ratos e macacos.

Segundo Tiago Outeiro, as terapias disponíveis para a doença de Parkinson apenas tratam disfunções motoras (tremores, dificuldade em andar e rigidez dos músculos são alguns dos sintomas).

Com o avançar da doença, surgem défices de memória e cognitivos e demência.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Neuroscience.

ESEnfC
“Como transformar a institucionalização em lugar de vida” constitui o mote para o encontro de amanhã. Na quarta-feira,...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) realiza, amanhã e depois (dias 26 e 27 de setembro), o II Encontro Humanitude e III Conferência Internacional Cuidar com Humanitude, iniciativas de divulgação científica complementares que reúnem o contributo de instituições sociais, académicas e de saúde que têm vindo a implementar a metodologia de cuidado Humanitude em países como a França, o Japão e Portugal.

O programa do II Encontro Humanitude (dia 26 de setembro) começa pelas 9h10 – nas instalações da ESEnfC no Polo A (Avenida Bissaya Barreto) –, com a mesa-redonda “Desafios do envelhecimento: como transformar a institucionalização em lugar de vida e de vontades”, logo após um breve momento de boas-vindas a cargo do professor Paulo Queirós, coordenador da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem Fundamental da ESEnfC, no âmbito da qual decorrem estas ações, que estão também inseridas no projeto estruturante inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem sob o título “Implementação da Metodologia de Cuidado Humanitude”.

Também no mesmo dia, será realizado um workshop, dinamizado por Philippe Crône, formador Humanitude e fundador, em França, do “Instituto Gineste- Marescotti (IGM) Animation”, que ajudará a refletir sobre como conceber um projeto de atividades adaptado a cada pessoa, promotor do sentimento de utilidade e do respeito pelos seus desejos e vontades.

Já na III Conferência Internacional Cuidar com Humanitude (dia 27 de setembro), que pretende ser um espaço de partilha de experiências e pontos de vista, os autores da metodologia de cuidado Humanitude, Yves Gineste e Rosette Marescotti, juntamente com Miwako Honda, diretora do Departamento de Investigação Geriátrica em Tóquio (Japão), e com os responsáveis pela sua implementação em unidades de cuidados, exporão saberes, experiências e resultados obtidos. O objetivo é refletir conjuntamente sobre a necessidade de uma mudança de cultura de cuidados nas instituições de saúde.

Nesta III Conferência Internacional Cuidar com Humanitude será, ainda, apresentado o livro “Higiene e conforto: da tarefa a um cuidado especializado”.

No âmbito da conferência, será ainda apresentado o livro “Higiene e conforto: da tarefa à Metodologia de Cuidado Humanitude”.

Mais informações sobre o programa destas iniciativas podem ser consultadas no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/confhumanitude2017.

Direção-Geral da Saúde
A subdiretora-geral da Saúde garantiu hoje que os percevejos não representam perigo para a saúde pública, mas recomendou a quem...

“Percevejos sempre houve. Há umas alturas em que há mais e outras menos”, afirmou Graça Freitas aos jornalistas no final da apresentação da campanha de divulgação do Programa Nacional de Vacinação (PNV), que decorreu na Escola Básica 2,3 Patrício Prazeres, em Lisboa.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) tem conhecimento de vários casos de percevejos detetados em habituações de Lisboa, nomeadamente utilizadas para alojamento local, confirmando relatos hoje noticiados pelo jornal i.

Segundo a subdiretora-geral da Saúde, os casos que a DGS tem conhecimento estão já a ser resolvidos e essa resolução passa pelo recurso a empresas de desinfestação e os devidos cuidados de higiene posteriores.

“O nosso conselho é que nas situações de alojamento em que isso exista contactem uma empresa profissional para uma desinfestação a sério e depois sigam os conselhos dessa empresa no que diz respeito aos cuidados de higiene, de limpeza e arejamento”, afirmou.

Graça Freitas assegura que “não há risco para a saúde pública, até porque o bicho não tem esse impacto negativo na saúde”.

“Não é agradável, não é um bom indicador de higiene”, disse, recordando que esta “não é uma situação nova. Agora há é mais circulação de pessoas e sabe-se mais”.

Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas
A Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas inicia em outubro, no Porto e em Braga, uma avaliação da eficácia do seu...

Isabel Barbosa contou que, à boleia de uma bolsa de cidadania concedida este ano pela farmacêutica Roche, a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) vai fazer incidir o programa nas duas cidades onde, desde 2015 tem em curso o seu programa de intervenção psicológica e exercício físico em doentes oncológicos, os seus familiares e cuidadores.

Segundo Isabel Barbosa, o programa apresentava insuficiências pois "não havia capacidade para ser feita a devida avaliação e estudar a adesão dos doentes bem como promover a sua recuperação psicológica", razão pela qual o apoio da farmacêutica "vai permitir colmatar essa lacuna".

A bolsa permitirá apoiar 100 doentes e familiares nas duas cidades, num auxílio que até poderá chegar a mais pessoas "caso consigam envolver mais estagiários de psicologia no desenvolvimento dos inquéritos", revelou a responsável da associação.

No Porto, o programa vai iniciar-se a 04 de outubro, no Monte Aventino, e estende-se até ao final do ano letivo, enquanto em Braga, onde decorrerá no Estádio 1.º de maio, continuará até agosto, uma vez que no Minho a APLL conta com a colaboração dos monitores da autarquia.

Nas instalações do Monte Aventino, os professores são alunos da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) sendo coordenadoras Sónia Remontes de Carvalho, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e Paula Santos, da FADEUP.

Em Braga, a APLL conta com a colaboração da câmara e hospital de Braga.

No dia 30 de setembro, data da apresentação do programa, o antigo diretor do Instituto de Medicina Legal do Porto José Eduardo Pinto da Costa fará na FADEUP uma palestra subordinada ao tema "A imagem do corpo do doente oncológico".

Direção-Geral da Saúde
A vacina contra a gripe vai ser este ano pela primeira vez gratuita para os bombeiros e diabéticos, tendo o Estado adquirido 1...

De acordo com a subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, o alargamento da gratuitidade das vacinas contra a gripe levou em conta os riscos que o frio representa para os diabéticos, nomeadamente de descompensação, sendo por isso recomendada esta medida profilática.

No caso dos bombeiros que prestam assistência na saúde, a medida visou proteger os próprios e aqueles que assistem e que se encontram com uma saúde mais debilitada.

Os 1,4 milhões de vacinas que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) adquiriu custaram ao Estado 3,4 milhões de euros.

Os diabéticos e os bombeiros juntam-se, assim, a um conjunto alargado de pessoas para quem a vacina contra a gripe já era gratuita: com 65 ou mais anos, institucionalizadas, integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, apoiadas no domicílio, internadas em unidades de cuidados de saúde primários e em hospitais do SNS com patologias crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina.

A medida já era igualmente gratuita para pessoas em diálise, submetidas a transplante de células precursoras hematopoiéticas ou de órgãos sólidos, a aguardar transplante, sob quimioterapia, com trissomia 21 e fibrose quística.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) pretende aumentar a população vacinada contra a gripe, sendo o seu objetivo principal aumentar os grupos de risco cobertos pela profilaxia.

Além das vacinas administradas gratuitamente, a quem é recomendada a vacina pode fazê-lo adquirindo-a na farmácia. O SNS comparticipa em 37% o seu valor, cabendo ao utente em média três euros.

Graça Freitas falava aos jornalistas no final da sessão de apresentação da campanha de divulgação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) que decorreu no auditório da Escola Básica 2,3 Patrício Prazeres, em Lisboa.

Perante vários alunos do terceiro ciclo do ensino básico, Graça Freitas explicou os benefícios das vacinas, tendo recebido da parte dos estudantes um conhecimento que a agradou.

“A vacina é um direito, como a água potável, mas também é um dever, um ato de responsabilidade e de solidariedade”, disse.

No final da sessão, Graça Freitas convidou os alunos a serem “embaixadores das vacinas”, o qual foi prontamente aceite pelos estudantes.

Tabagismo causa 12 mil mortes todos os anos
Mais do que uma doença, o tabagismo é uma dependência.
Cigarro partido ao meio

De acordo com o último relatório divulgado pela Direção-Geral da Saúde sobre prevenção e controlo de tabagismo, em Portugal o tabaco continua a ser uma das principais causas de morte, estimando-se que, todos os dias, morram mais de 32 pessoas em consequência do seu consumo.

Cancro, doenças respiratórias e circulatórias associadas ao tabagismo são a causa de 12 mil mortes anuais.

No entanto,  e apesar de todas as campanhas e alertas a respeito dos malefícios do tabaco, muitos são os que teimam em colocar a vida em risco. “Apesar de a maioria dos fumadores estar consciente de que o tabaco é responsável por muitas doenças, acredita que nada lhe acontecerá”, começa por dizer Paula Rosa, da Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

De acordo com esta especialista, o fumador tem muita dificuldade em aceitar que tem uma dependência. “Ouvimos frequentemente os fumadores dizer: «eu acho que não sou viciado na nicotina», «eu tenho é vício de boca», «eu não engulo o fumo», «eu fumo por prazer» ou «eu fumo para estar entretido»”, justifica.

Por outro lado, saber que irá experienciar alguns sintomas associados à privação da nicotina, é meio caminho para não ter vontade de parar de fumar.

Por isso, a especialista afirma que é importante, em primeiro lugar, o fumador aceitar “sem medo que tem uma dependência que precisa tratar”.


"Os fumadores muitas vezes não procuram ajuda porque lhes parece que isso é sinal de fraqueza", diz a especialista da Sociedade Portuguesa de Pneumologia

“Depois, recomendo que escolha um prazo para parar completamente de fumar, um prazo que deve ser curto”, adianta revelando que vários estudos demonstram, precisamente a este respeito, que a forma mais eficaz de lidar com a dependência é parar completamente. “É como «desligar» a dependência! Há muitos mitos sobre parar de fumar de repente: ouve-se muita gente dizer que não se pode fazer, que é muito perigoso, no caso das grávidas diz-se que faz muito mal ao bebé, mas nada disto é verdade!”, afiança a Paula Rosa. “O que faz mal é fumar e a paragem abrupta desencadeia apenas a síndrome de abstinência”, assegura referindo que, caso esta seja difícil de tolerar, pode ser tratada. “O tratamento dura em média dois meses, o hábito de fumar, se não for interrompido, dura a vida toda”, afirma a médica especialista.

Este tratamento inclui a aprendizagem de estratégias que ajudam a resistir ao cigarro e, caso seja necessário, pode incluir a utilização de alguns fármacos. “Com frequência os fumadores tomam um medicamento que alguém lhe indicou ou que compraram na farmácia e dizem que não funcionou. Isto acontece porque o fumador está à espera que o medicamento lhe tire a necessidade e a lembrança de fumar, como num passe de mágica. Mas não é assim que funciona”, adverte a médica.

Na realidade, estes medicamentos, ao controlarem os sintomas da privação da nicotina, tiram a necessidade de fumar. No entanto, a lembraça de fumar permanece. “Eu costumo explicar aos fumadores que precisar do cigarro é diferente de lembrar-se de fumar: precisar é ficar ansioso, irritado, com dificuldade de concentração, ter taquicardia ou sensação de mal-estar quando não se pode fumar, lembrar-se é apenas a associação mental do cigarro a certas rotinas do fumador”, revela, pelo que é muito frequente a recaída nos ex-fumadores.

É que, mesmo depois de deixar de fumar, e mesmo sem sintomas de privação, os ex-fumadores lembram-se do seu hábito e “tendem a pensar que já conseguem controlar a vontade de fumar, mas não conseguem!”

Por fim, a pneumologista recomenda que decida qual a estratégia que vai utilizar para deixar de fumar. “Se sentir que para parar de fumar precisa de ajuda, recomendo que o faça!”, diz.

De acordo com Paula Rosa, uma percentagem significativa de fumadores precisa de apoio para resistir à privação do cigarro, que pode ser muito difícil de suportar. “Os fumadores muitas vezes não procuram ajuda porque lhes parece que isso é sinal de fraqueza”, revela.

Por isso, seja firme. “Não  se zangue consigo, zangue-se com o cigarro”, aconselha a pneumologista.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
65% das crianças em Portugal, entre os 2 e os 10 anos, não cumpre a recomendação internacional da Organização Mundial de Saúde...

Segundo o referido estudo, o grupo etário dos 6 aos 7 anos foi o que reportou um maior consumo de fruta e de legumes inferior às recomendações com uma percentagem de 68,2%.

O estudo também observou as diferenças regionais relativamente à ingestão de fruta e legumes, tendo observado que a Região dos Açores apresentou a maior percentagem de crianças com consumo inferior às recomendações com 84,7%, seguindo-se a Região do Algarve com 78,2%, a Região da Madeira com 69,8%, a Região de Lisboa e Vale do Tejo com 66,8%, as Regiões do Norte e do Alentejo ambas com 63,4% e por fim a Região Centro com 62,5%.

Os investigadores concluíram que 85,8% dos alunos almoça diariamente no refeitório da escola e que mais de metade desses alunos (54,5%) que refere não incluir legumes no prato também não chega a atingir a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a ingestão de pelo menos 2 porções de legumes por dia.

Por outro lado, os dados demonstram também que as crianças obesas são as que menos legumes ingerem, com uma prevalência de 38,3% de consumo inferior às recomendações.

Mudanças nos hábitos dos alunos participantes no projeto “Heróis da Fruta”
A equipa de investigadores da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), analisou os efeitos da implementação da 6ª edição do projeto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” nas alterações de hábitos alimentares dos alunos participantes.

Comparando os dados iniciais, com os recolhidos após as 12 semanas de participação no projeto “Heróis da Fruta” observou-se que globalmente 41,9% das crianças aumentou o seu consumo diário de fruta.

Para além disso, observou-se que 43,3% das crianças terminaram a sua participação no projeto com um consumo de fruta de acordo com as recomendações, correspondendo a uma subida de 12,2% comparativamente com os hábitos de consumo que mantinham no momento inicial do projeto.

Todas as regiões verificaram um aumento da prevalência de crianças a reportarem consumir três ou mais porções de fruta após a implementação do projeto, tendo sido a Região do Algarve a registar a maior subida com uma percentagem de aumento de 17,3%. Seguindo-se a Madeira com um aumento de 15,4%, o Norte com 15%, Lisboa e Vale do Tejo com 12,4%, o Centro com 10,6%, os Açores com 10% e finalmente o Alentejo com 8,3%.

De notar ainda que a Região dos Açores apresentava a maior percentagem de crianças com um consumo de fruta inferior às recomendações no momento inicial com 88,2% e que a Região Norte registou a maior percentagem de crianças com consumo de fruta de acordo com as recomendações no final da sua participação no projeto com uma prevalência de 45,2%.

Metodologia do Estudo
Esta investigação da APCOI foi realizada junto dos alunos participantes na 6ª edição do projeto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” no ano letivo 2016-2017. A recolha de dados, através da aplicação de um questionário antes e depois das 12 semanas de intervenção do projeto, foi reportada à APCOI pelos professores e decorreu entre os dias 16 de outubro de 2016 e 20 de janeiro de 2017. A amostra global deste estudo é composta por 17.698 crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 10 anos de 388 estabelecimentos de ensino pertencentes a 139 concelhos dos 18 distritos continentais e das duas regiões autónomas: Açores e Madeira.

Inscrições abertas para a 7ª edição do projeto “Heróis da Fruta2
Depois do sucesso obtido no último ano letivo, já estão a decorrer as inscrições para a 7ª edição do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» que pretende continuar a melhorar os hábitos alimentares das crianças nas escolas.

“Comer legumes para aumentar os super poderes” é o tema do ano da 7ª edição do projeto, refere Mário Silva, presidente e fundador da APCOI e acrescenta “Tendo em conta as impressionantes estatísticas de sucesso obtidas nos anos letivos anteriores em relação ao aumento do consumo de fruta nas crianças participantes, será muito interessante estender estes resultados positivos aos legumes e conseguir pôr as crianças portuguesas a comer mais saladas e vegetais no prato, ao almoço e ao jantar, todos os dias”.

A adesão à 7ª edição do projeto “Heróis da Fruta” é gratuita e está disponível para jardins de infância, escolas de 1º ciclo do ensino básico, bibliotecas escolares e ATL's, públicos ou privados, sendo apenas necessária uma inscrição através do endereço www.heroisdafruta.com ou do telefone 210 961 868 até ao dia 13 de outubro de 2017.

Governo
O Ministério da Saúde espera concluir, até final do ano, a renovação do equipamento informático dos cuidados primários, com...

Em comunicado, o gabinete do Ministério liderado por Adalberto Campos Fernandes disse que adquiriu mais de 12 mil computadores de secretária no âmbito do objetivo da modernização informática dos cuidados de saúde primários e, que desde final de 2016, têm sido distribuídos e instalados em agrupamentos de centros de saúde, tendo por base “critérios de antiguidade e necessidades mais prementes”.

“Os primeiros novos equipamentos informáticos foram entregues à ARS Centro. As distribuições mais recentes, feitas à ARS Algarve com 300 computadores, e à ARS Norte que recebeu 2.100 equipamentos em setembro, revelam que o processo está em curso, prevendo-se a sua conclusão até ao final deste ano”, lê-se no comunicado divulgado.

O Ministério da Saúde diz que esta renovação do parque informático dos cuidados de saúde primários visa cumprir uma promessa de Governo de transformação digital na saúde, tendo o equipamentos sido adquirido ao abrigo do Código de Contratos Públicos.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica apreendeu seis toneladas de queijo amanteigado por suspeitas de adição de água...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) refere que a Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC) instaurou na última semana um processo-crime contra a genuinidade, qualidade e composição de género alimentício.

O processo foi instaurado após a confirmação em laboratório da presença de peróxido de hidrogénio (água oxigenada) em leite cru de ovelha utilizado como matéria-prima para a confeção do queijo apreendido.

Fonte oficial da ASAE explicou que "a adição de água oxigenada tem como principal objetivo ocultar a má qualidade higiénica do leite".

O valor das 6.500 unidades de queijo apreendido ronda os 35 mil euros.

Donald Trump
O Presidente dos EUA responsabilizou John McCain pela incapacidade em revogar o Obamacare, após a oposição do senador pelo...

Donald Trump participou em Huntsville (Alabama) numa ação de campanha do senador Luther Strange, que na próxima terça-feira vai a votos contra o ex-juiz Roy Moore nas primárias republicanas naquele estado.

O Presidente norte-americano disse que durante a anterior tentativa republicana de revogar o Obamacare em julho, os seus assessores deram-lhe uma lista com os nomes de dez senadores republicanos, os quais teria de pressionar para conseguir levar avante a sua iniciativa.

"John McCain não estava na lista, pelo que isso foi algo inesperado. Francamente terrível", disse Trump perante milhares de apoiantes.

O senador John McCain informou na sexta-feira que não vai votar a favor da proposta republicana que visa revogar a lei de acesso aos cuidados de saúde assinada pelo anterior presidente, Barack Obama, a designada ObamaCare.

Divulgada através de comunicado, a decisão deste senador republicano representa um golpe fatal na intenção do seu partido, que deve ser apresentada no Senado na próxima semana.

O republicano, eleito pelo Estado do Arizona, afirmou que não pode apoiar a proposta do seu partido, porque “juntos, republicanos e democratas, conseguem fazer melhor”.

Apesar da oposição do veterano senador pelo Arizona, Trump garantiu que "em última instância" os republicanos vão conseguir revogar o Obamacare.

Os republicanos apresentaram esta semana a sua enésima tentativa para aprovar um projeto de lei que desmantele a atual lei de saúde impulsionada pelo ex-presidente Barack Obama.

McCain anunciou na sexta-feira a sua oposição a essa proposta de lei, redigida pelos Bill Cassidy e Lindsey Graham.

As propostas anteriores apresentadas pelos conservadores pressupõem deixar entre 22 e 32 milhões de pessoas sem seguro médico nos próximos dez anos, segundo a agência do Congresso para o Orçamento (CBO, na sigla em inglês).

Dificuldades económicas
A Federação Farmacêutica Venezuelana (Fefarven) denunciou na sexta-feira que o setor farmacêutico da Venezuela está a passar...

"A situação é bastante crítica, sobretudo no último degrau da cadeia, que são as farmácias (...) o problema não é a distribuição, é um problema de abastecimento", disse aos jornalistas o presidente da Fefarven.

Segundo Freddy Ceballos, parte do problema deve-se a que o Governo "não estimula a produção" local de medicamentos" e "não consegue entender que são precisas matérias-primas" para fabricar os medicamentos, pelo que se avizinha uma crise de fármacos.

Por outro lado está também a descida periódica do número de unidades de medicamentos que é importada.

"Quando baixa de 740 milhões de unidades para 264 milhões, isso reflete a escassez que estamos vivendo", afirmou.

Segundo aquele responsável na Venezuela existe uma farmácia para cada sete mil habitantes e no último ano pelo menos 70 farmácias foram à falência, "e a situação continua piorando".

Por outro lado os laboratórios farmacêuticos "estão a trabalhar abaixo de 50% da capacidade" que têm para fabricar medicamentos, porque o Governo venezuelano não autoriza o acesso do setor a dólares para as importações, na sequência do sistema de controlo cambial que desde 2013 vigora no país e que impede a livre obtenção local de moeda estrangeira.

"Desde outubro do ano passado que não autorizam dólares preferenciais para a indústria farmacêutica", frisou.

Desde há três anos que na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas da população de dificuldades para conseguir produtos básicos e medicamentos no mercado local.

Também há críticas de que alguns medicamentos chegam ao país a preços excessivamente altos tendo em conta os salários locais.

Audição
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 360 milhões de pessoas, em todo o mundo, têm p

Sabemos que as doenças da audição de origem genética são muito mais prevalentes do que as doenças rastreadas pelo teste do pezinho. Cerca de 25% das crianças em idade escolar sofrem algum tipo de perda auditiva e, praticamente, 50% dos idosos apresentam alguma deficiência auditiva, que normalmente começa a dar sinais a partir dos 40-50 anos de idade.

Mesmo com todos os recursos disponíveis, somente cerca de 20 a 30% dos casos de perda de audição tem sua causa identificada. A investigação minuciosa e precisa, realizada por otorrinolaringologistas e audiologistas, é imprescindível para a indicação do tratamento mais adequado.

Atualmente, existem soluções para a maior parte dos problemas auditivos. As diversas opções oferecidas pela medicina são capazes de tratar tanto as discretas alterações como a surdez, seja ela congénita ou adquirida.

Os tratamentos envolvem, quase sempre, a adaptação de próteses auditivas, que, em algumas situações, necessitam de cirurgia para que sejam devidamente aplicadas no paciente.

Hoje podemos fazer o tratamento, com recurso a cirurgia ou não, em pacientes de todas as faixas etárias, desde o primeiro ano de vida até aos 90 anos e com um risco associado muito baixo.

A verdade é que, atualmente, podemos operar uma criança que nasce com surdez profunda e recuperar a sua audição, ajudando a melhorar inestimavelmente a sua vida.

As próteses variam de acordo com a avaliação de cada caso. Entre os tipos existentes, as mais comumente aplicadas são:

  • Aparelhos de Audição Convencionais (não cirúrgicos);
  • Implante Coclear (colocadas dentro da cóclea);
  • Implantes adaptados na orelha média e cadeia ossicular do ouvido;
  • Implantes vibratórios adaptados no osso temporal.

A tecnologia, em constante e crescente evolução, oferece terapias que promovem a interatividade de pessoas com deficiência auditiva. Recursos como a conectividade sem fio, permitem a adaptação desses implantes com o telemóvel e a televisão, por exemplo, proporcionando assim melhor qualidade de vida à pessoas com perda auditiva.

Por tudo isto, dê prioridade a sua saúde e ao seu bem-estar. Procure, se necessário, um profissional especializado e avalie sua capacidade auditiva respondendo às seguintes questões:

1.  Pergunta sempre “o quê?” ou “o que disse?”

2. Tem dificuldade em ouvir enquanto conversa, principalmente em ambientes com muito ruído?

3. Aumenta o volume da televisão ou rádio mesmo quando não é necessário?

4. Tem dificuldade ao falar no telefone?

5. Tem zumbido ou sons irritantes contínuos nos ouvidos?

6. Tem dificuldade em ouvir os sons da natureza como pássaros ou a chuva?

7. Entende errado o que lhe foi dito?

8. Faz leitura labial das pessoas com quem conversa?

9. Preocupa-se em não ouvir a campainha ou o telefone tocar?

10. Tem dificuldade em localizar a origem do som?

11. Tem dificuldade em ouvir em espaços amplos, centros comerciais, salas de

conferências?

12. Sente-se isolado e limitado, tanto socialmente e profissionalmente, por causa

da perda auditiva?

13. Estranha ao ouvir vozes de crianças?

14. Usa aparelhos auditivos convencionais?

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Cancro do pulmão é o que mais mata em Portugal
Com uma taxa de mortalidade superior ao cancro do colón, mama e próstata combinados, a neoplasia mal

As doenças oncológicas são consideradas como a segunda causa de morte em todo o mundo, sendo o cancro do pulmão o que mais mata. Estima-se que este seja responsável por cerca de 1,68 milhões de mortes, registando-se todos anos, em Portugal, cerca de cinco mil novos casos da doença.

“Em 2014 faleceram por cancro do pulmão um total de 3927 doentes, sendo 3077 homens e 850 mulheres, a esmagadora maioria tendo como causa o tabaco”, começa por revelar Fernando Barata, Presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão.

De acordo com o especialista, este tipo de cancro é ainda o principal responsável pelo número de anos potenciais de vida perdida no nosso país.  “Em 2014, o cancro do pulmão foi responsável por 19.380 anos potenciais de vida perdida”, acrescenta.

Afetando sobretudo o sexo masculino, apresenta maior incidência em indivíduos com idade igual ou superir a 65 anos, sendo as taxas de sobrevivência global (aos cinco anos) dos doentes com cancro do pulmão ainda muito reduzidas – 18% na mulher e 14% no homem.

Com a aprovação da comparticipação do tratamento imuno-oncológico no Serviço Nacional de Saúde, há uma nova esperança para este doentes. Não só por apresentar um claro benefício na sobrevivência global, mas também por revelar um melhor perfil de tolerabilidade da terapêutica face ao tratamento convencional - quimioterapia.

Esta nova terapia define-se como sendo um tipo de tratamento que utiliza agentes biológicos que estimulam o sistema imunitário e o ajudam a corrigir os mecanismos de defesa alterados, em caso de doença. No caso da doença oncológica, a Imunoterapia leva o sistema imunológico do doente a identificar as células cancerígenas e a destruí-las.

Tal como explica Fernando Barata, “são características do desenvolvimento tumoral a autossuficiência em relação aos fatores de crescimento, a insensibilidade aos fatores antiproliferativos, capacidade de inibição da apoptose ou da morte celular programada, uma replicação ilimitada, angionése e capacidade de invadir outros tecidos”.

Mais recentemente, foram identificados outros fatores que explicam o desenvolvimento de células cancerígenas, como a instabilidade genómica e “potencialidade mutacional”, regulação autónoma da energia celular, a inflamação tumoral e capacidade de evitar a sua destruição pelas defesas imunitárias.

“Esta última capacidade da célula neoplásica - evitar a destruição pelas defesas imunitárias - aparece agora na base de uma nova perspectiva na luta anti tumoral, utilizando a imunidade nativa na destruição dos tumores”, revela o especialista. Neste caso, a destruição das células tumorais é possível através da ação de bloqueio dos reguladores negativos que controlam a resposta imune.

Os resultados da aplicação desta nova arma terapêutica de 2ª linha, em casos não operáveis ou metastáticos, têm-se mostrado bastante promissores. “Depois de uma combinação de quimioterapia em 1ª linha e face à progressão da doença, estes fármacos mostraram um claro benefício na sobrevivência global”, revela o presidente do Colégio de Pneumologia da Ordem dos Médicos. “Cerca de 30% dos doentes duplicaram a sobrevivência global e cerca de 15% a 20% mostram uma resposta mantida, duradoura com excelente qualidade de vida”, esclarece.

Associado a uma eficácia elevada, estes fármacos mostram um perfil de toxicidade geral “muito ligeiro e manuseável”. Fadiga, náusea, anorexia e astenia são os efeitos adversos relatados entre 5 a 10% do casos. No entanto, e dado que o tratamento interfere globalmente com o sistema imunitário, há uma pequena percentagem de casos (inferior a 5%)  registados de hepatites, nefrites, colites ou pneumonites que implicam um cuidado redobrado em questões de prevenção, antecipação ou deteção precoce.

Não obstante, face aos resultados alcançados, Fernando Barata assegura que “a aprovação pela entidade reguladora de pembrolizumab em segunda linha do cancro do pulmão de células não pequenas, metastático, foi mais um passo de um velho sonho: tornar o cancro do pulmão, mesmo em fase avançada, numa doença crónica controlada, com qualidade de vida”.

 

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Associação Portuguesa para o Estudo da Dor
Um novo código de avaliação da dor com recurso a imagens como alfinetes, choques elétricos ou queimaduras, foi criado para...

“O novo código visual da dor é uma ferramenta de cariz artístico, facilitadora da comunicação entre médico e doente”, afirmou a presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, Ana Pedro.

Segundo esta responsável, “o código visual permitirá auxiliar a interpretação da dor pelo doente, contribuindo para a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos doentes com dor crónica em Portugal”.

Esta ferramenta, assim como um site sobre a dor (www.dor.com.pt), será apresentada no sábado em Lisboa e pretende representar alguns descritores de dor através de 12 imagens: ferro em brasa, formigueiro, frio gelado, beliscão no nervo, rastejar sobre a pele, facada, choque elétrico, alfinetes, espasmo agudo, dor perfurante, arame farpado e queimadura.

“Nem sempre é fácil o doente exprimir a sua dor (a dor não se vê), o que pode ser uma barreira para o médico na compreensão da doença e no diagnóstico final. Esta nova ferramenta visual é, sem dúvida, uma mais-valia para os doentes e também para nós médicos, que tentamos diariamente compreender e avaliar corretamente a sua dor”, salientou a médica.

O código visual da dor conta com o apoio da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, e das sociedades de Anestesiologia, Oncologia, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Interna, Ortopedia e Traumatologia e Reumatologia.

Segundo a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, os custos com a dor crónica em Portugal ascendem aos 4.610 milhões de euros, o que corresponde a 2,7% do PIB nacional.

Os gastos com a dor são superiores ao somatório dos gastos com a obesidade, a diabetes, o álcool e o tabagismo, de acordo com dados da associação.

De 26 a 29 de setembro
Pela primeira vez, Portugal recebe a mais importante reunião mundial de saúde urbana. A 14th International Conference on Urban...

A conferência, que vai trazer à cidade 650 participantes, de 65 países, e que reúne os mais reputados cientistas internacionais da área, bem como decisores políticos, tem como tema principal a "Equidade em Saúde: A nova Agenda Urbana e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável".

A sessão da abertura, a decorrer pelas 15 horas (26 de setembro), conta com intervenções do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do Presidente da Sociedade Internacional de Saúde Urbana, Shamim Hayder Talukder.

Ao longo de quatro dias vão ser abordados temas “no âmbito da governança urbana, do envelhecimento da população, do planeamento urbano saudável, dos riscos sociais e ambientais e do acesso a cuidados de saúde em áreas urbanas. A variedade de domínios que estarão em cima da mesa refletem a importância que a transdisciplinaridade e a intersetorialidade desempenham na construção de uma cidade mais saudável, segura, justa e inclusiva”, sublinha Paula Santana, docente e investigadora na área da geografia da saúde na Universidade de Coimbra (UC) e uma das responsáveis pela organização da conferência.

Das mais de mil comunicações recebidas, "destaca-se o tema da saúde ambiental e sustentabilidade urbana, onde se inserem as questões relacionadas com urbanismo, gestão sustentável da cidade, as alterações climáticas e o seu impacto na saúde", refere Paula Santana.

Para a docente e investigadora da UC, a realização da maior conferência mundial em saúde urbana na cidade de Coimbra “é o reconhecimento da importância crescente da Universidade no ensino e na investigação nas áreas da saúde, do urbanismo, ordenamento do território e ambiente”.

O programa da 14th International Conference on Urban Health está disponível em: http://www.icuh2017.org/conference-speakers.asp.

Delegação portuguesa
A mais recente campanha institucional da organização reforça a importância da sua intervenção em Portugal.

A delegação portuguesa da Médicos do Mundo acaba de lançar a sua nova campanha institucional, intitulada “Aqui”, com o objetivo de captar a atenção para a importância do trabalho que desenvolve em território português há mais de 18 anos.

Muitas vezes percebida como uma instituição que realiza intervenção humanitária exclusivamente noutros países, a organização pretende realçar as carências sociais que todos os dias combate no terreno e a proximidade das populações mais vulneráveis em Portugal.

Para Rosa Pereira, Diretora de Comunicação da Médicos do Mundo, “esta campanha é uma necessidade de alerta. Precisamos que todos os portugueses saibam que ajudamos todos os dias em Portugal pessoas em situações muito difíceis.” E acrescenta: “A intervenção em Portugal existe há 18 anos e tem um trabalho importante para garantir os cuidados de saúde gratuitos às populações vulneráveis e combater a sua descriminação.”

Lembre-se que a Médicos do Mundo tem intervenção em Lisboa, no Porto, em Viseu e em Castanheira de Pera, implementando atualmente 13 projetos nacionais, sendo a sua intervenção relevante e essencial para 4 mil pessoas vulneráveis que contam com o seu apoio.

A nova campanha da Médicos do Mundo prolonga-se pelos próximos meses, contando na sua inserção, com o apoio de vários meios de comunicação social nacionais e regionais. 

Estudo
Consumir mais de quatro bebidas alcoólicas por dia aumenta a probabilidade de desenvolver cancro do estômago, avança um estudo...

O consumo de álcool é um dos principais fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento de vários tipos de cancro. Apesar de, recentemente, se ter estabelecido uma associação entre o consumo elevado de álcool e o risco de cancro do estômago, existem aspetos relativamente à quantificação desta associação que continuam por esclarecer.

“Este estudo partiu de uma iniciativa de vários investigadores na área da epidemiologia do cancro, com o objetivo de preencher algumas lacunas no conhecimento da etiologia do cancro do estômago e de analisar simultaneamente um grande conjunto de dados que, de outra forma, estariam dispersos. Esta estratégia permite harmonizar/padronizar a informação disponível e, de uma forma eficiente, definir e quantificar os principais efeitos de fatores de risco de interesse, mesmo que estes correspondam a hábitos que sejam pouco frequentes na população”, refere Bárbara Peleteiro, uma das investigadoras do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) envolvida na investigação.

O estudo em questão, publicado na revista “International Journal of Cancer”,utilizou dados do projeto “Stomach Cancer Pooling (StoP)”, um consórcio internacional de 20 estudos epidemiológicos sobre fatores de risco para o desenvolvimento de cancro do estômago, que reúne um total de 9.669 casos (doentes com cancro do estômago) e 25.335 controlos (doentes sem este tipo de cancro) provenientes da Europa, Ásia e América do Norte, e com estilos de vida diferenciados.

O objetivo do estudo consistiu em perceber se a ingestão elevada de álcool, independentemente de fatores como a idade dos indivíduos da amostra, do sexo, da etnia, do consumo de fruta e vegetais, da presença ou ausência da infeção por Helicobacter pylori (bactéria que se aloja no estômago e que aumenta a probabilidade de desenvolver este tipo de cancro), entre outros, se associa a uma maior probabilidade de ocorrência de cancro do estômago, a terceira maior causa de morte relacionada com o cancro em todo o mundo e a quarta maior causa em Portugal.

Os resultados mostram que as pessoas que ingerem entre 4 a 6 bebidas alcoólicas por dia apresentam 26% maior probabilidade de terem cancro do estômago do que as que não bebem álcool. Este valor sobe para 48% para os consumidores de mais de 6 bebidas alcoólicas diárias.

A análise efetuada “fornece evidência quantitativa mais bem definida e precisa que a anteriormente disponível para a associação entre o consumo de álcool em elevadas quantidades e a ocorrência de cancro do estômago”, avança. “O estudo vem, de facto, reforçar o efeito nocivo que o consumo de álcool pode ter na saúde. Ao diminuir este consumo estaremos a contribuir para a adoção de um estilo de vida mais saudável, prevenindo o cancro do estômago”, conclui.

Para além de Bárbara Peleteiro, também o investigador Nuno Lunet participa no estudo designado “Alcohol consumption and gastric cancer risk—A pooled analysis within the StoP project Consortium”, disponível para consulta online

António Damásio
O neurocientista António Damásio afirmou hoje que a importância da memória reside no facto de nos permitir antecipar o futuro e...

“A memória é relevante” e serve para recordar o passado, lidar com o presente e também para prever o futuro, disse António Damásio na sua conferência na cimeira internacional sobre o Alzheimer que hoje termina na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

O neurocientista e investigador português, que trabalha numa universidade norte-americana, ressalvou que não se trata naturalmente de prever ou antever o futuro no sentido astrológico do termo, mas antes no sentido de predizer o que vai acontecer “momento a momento”.

“Antecipar o futuro é um dos aspetos especiais da nossa condição humana”, considerou, entendendo mesmo que a consciência e a memória são “glórias” da humanidade.

Sobre os doentes de Alzheimer, o neurocientista sublinhou que são pessoas capazes de continuar um processo de aprendizagem, adquirindo novos conhecimentos motores e práticos mesmo não conseguindo manter memórias.

Para António Damásio, significa isto que “há várias coisas para explorar” em doentes com Alzheimer, que “continuam a ter capacidade de aprender coisas”.

Mais de 80 especialistas mundiais debateram em Lisboa a doença de Alzheimer e as demências de forma global, problema que afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo.

A cimeira internacional “Alzheimer’s Global Summit”, que decorreu esta semana em Lisboa, foi organizada pela Fundação Champalimaud e pela Fundação Rainha Sofia, de Espanha.

O objetivo do encontro foi discutir e partilhar os recentes progressos em duas áreas distintas, mas complementares: a da intervenção terapêutica e a área de investigação sobre doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, Huntington e Parkinson.

A crise global da demência afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo e, até 2050, estima-se que este número possa quase triplicar.

Secretário de estado
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou hoje na Maia o alargamento do Rastreio da Saúde Visual Infantil em 2018 a...

“Em 2018 vamos iniciar este rastreio noutras regiões e garantir uma equidade a todas as crianças portuguesas”, disse Fernando Araújo.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde falava na apresentação dos resultados do rastreio piloto para despiste da ambliopia em crianças aos dois e aos quatro anos, na área da circunscrição de quatro agrupamentos de saúde (ACES), nomeadamente de Gondomar, Maia/Valongo, Porto Oriental e Porto Ocidental.

“Falamos aqui hoje das 5.249 crianças com dois anos em 2016 que foram convocadas. Destas, 2.865 fizeram o rastreio, 493 foram orientadas para oftalmologia e foram prescritos óculos a 110", disse o secretário de Estado.

Os resultados deste rastreio piloto mostram que 18% das crianças rastreadas foram encaminhadas para consulta hospitalar e destas 26% (110 crianças) tiveram prescrição de óculos, permitindo “corrigir em tempo uma patologia que silenciosamente se ia instalando e que se não tratada poderia ter sequelas irreversíveis na saúde visual das crianças”.

Alem dos centros de saúde participaram neste projeto-piloto o Centro Hospitalar de São João e o Centro Hospitalar do Porto, concretamente na leitura dos exames de rastreio e na garantia do tratamento atempado de todos os casos com essa necessidade.

“Apesar de ser um projeto-piloto, correspondeu a 20% das crianças da região norte, estamos agora a alargar já este ano a outros ACES e hospitais” da região, salientou o secretário de estado.

Neste âmbito foram hoje assinados protocolos para o alargamento regional deste programa de rastreio a mais oito ACES, com a participação de quatro novos hospitais, alargando a abrangência a cerca de 15 mil crianças, o que equivale aproximadamente a metade do total de crianças que perfazem 02 anos neste ano civil.

Os ACES que a partir deste mês fazem parte do programa são os de Barcelos/Esposende, Vale do Sousa Norte, Vale do Sousa Sul, Baixo Tâmega, Feira/Arouca, Aveiro Norte, Póvoa de Varzim/Vila do Conde e Matosinhos. Estão também incluídos o Hospital de Barcelos, Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga e Hospital Pedro Hispano/Matosinhos.

Segundo explicou o especialista do Hospital de São João Augusto Magalhães, a ambliopia é uma disfunção de todo o processamento visual, que quando não corrigida em tempo útil, deixa sequelas cerebrais que se prolongam durante toda a vida, com implicações na vida pessoal das crianças afetadas e com custos sociais elevados.

“A primeira fase deste rastreio ainda que em forma piloto confirmou a importância da ambliopia enquanto problema de saúde pública” porque “mostrou a elevada prevalência desta patologia visual infantil [que evolui e agrava de forma silenciosa] e a necessidade de intervir precocemente em elevado número de crianças”, acrescentou.

Envelhecimento
A Comissária Europeia do Emprego, Marianne Thyssen, defendeu hoje em Lisboa uma adaptação da sociedade, nomeadamente dos locais...

“Temos de saber o que podemos fazer ou temos de fazer na Europa, juntos, porque precisamos de convergências e de adaptar os sistemas para as mudanças de hoje e de amanhã”, afirmou Marianne Thyssen durante uma conferência de imprensa no âmbito da conferência sobre o envelhecimento “Uma sociedade sustentável para todas as idades”, que decorre desde quinta-feira em Lisboa.

Para a Comissária Europeia do Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade Laboral, é preciso tentar encontrar formas de, tendo em conta as mudanças demográficas, mudar a sociedade, o local de trabalho e as instituições para enfrentar os novos tempos.

Para as pessoas com idade precisamos de olhar especificamente para estas dimensões: acesso à educação, competências, livre mercado, condições de trabalho e proteção social.

Marianne Thyssen recordou que atualmente na Europa quatro trabalhadores apoiam um pensionista e que, em 2060, a proporção será de dois para um.

Este não é um fenómeno europeu: em todo o mundo, existem cerca de 700 milhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais, número que dobrará até 2025.

“É por isso que nos juntamos aos ministros de todo o mundo para discutir este assunto tão importante. Trabalhando em conjunto, podemos enfrentar os desafios e colher os benefícios”, disse.

Questionado sobre a forma como as empresas portuguesas se estão a adaptar ao envelhecimento da população, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou que existem “sinais contraditórios” nessa matéria.

“Seria arriscado dizer que existe uma compreensão generalizada de que essa política de formação, de recrutamento, deva incorporar um forte apego a um princípio de não discriminação com base na idade. A lei já o proíbe, mas não podemos dizer que esteja adquirida por toda a sociedade”, disse Vieira da Silva, anfitrião da conferência.

O ministro optou por salientar que, “tendo Portugal um problema de demasiadas mulheres e homens com mais de 45 anos que estão fora do mercado de trabalho”, o emprego de pessoas com mais de 45 anos cresceu 5,8%.

Esta conferência internacional das Nações Unidas junta altos responsáveis de 49 Estados-membros da Comissão Económica das Nações Unidas para a Região Europa (UNECE), assim como entidades das Nações Unidas, da Comissão Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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