ActiveAdvice
Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde – Cintesis, Porto, integram uma equipa europeia num...

Os investigadores portugueses, sob a coordenação de Constança Paúl, defenderam hoje, em comunicado, que a utilização das “tecnologias pode ter um propósito preventivo (ajudando, por exemplo, a evitar quedas), ou de compensação e assistência em casos de perda de funcionalidade (por exemplo, softwares para reabilitação física ou cognitiva)”.

“Sabemos que a maioria das pessoas mais velhas prefere permanecer na sua casa, na sua comunidade – desde que seja capaz de manter um nível desejado de autonomia e de bem-estar”, sustenta Constança Paúl, que acredita que “o uso dos dispositivos de comunicação e as tecnologias podem contribuir em larga medida para aumentar o bem-estar dos idosos”.

De acordo com os censos de 2011, a população idosa portuguesa aumentou 19% na última década, o que, no entender dos investigadores, “aumenta a necessidade perceber, explicar e intervir no processo de envelhecimento, que se traduz na necessidade de se prestar cuidados a um número crescente de pessoas com idade avançada, que apresentam maior probabilidade de sofrerem problemas de saúde, perda de funcionalidade e, consequentemente de passarem pela experiência de institucionalização e/ou institucionalização”.

A investigadora Soraia Teles, também envolvida no projeto, refere que embora a utilização das tecnologias seja menor entre pessoas mais velhas, “dados Europeus de 2016 demonstram que 57% das pessoas com idades entre os 55 e os 74 anos utilizavam a Internet pelo menos uma vez por semana, o que representa um aumento significativo face a 2004, ano em que apenas 7% das pessoas deste grupo etário utilizavam a Internet”.

Também em Portugal o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias de 2016 (INE) reporta uma taxa de utilização da Internet de 47% para a faixa etária dos 55 aos 64 anos e de 28% para a faixa etária dos 65 aos 74 anos.

Atividades como consultar notícias ou pesquisar por informação relacionada com a saúde são as mais desempenhadas online por este grupo etário, “falta agora que esse potencial seja usado para responder de forma mais eficiente aos problemas específicos da população mais idosa”, sustentam os investigadores.

“Uma maior adesão a estas tecnologias depende da sua adequação às necessidades e requisitos das pessoas mais velhas e dos seus cuidadores. É fundamental que se consciencialize o público em geral para a existência destas soluções e para os seus potenciais efeitos positivos”, acrescentam.

Constança Paúl, investigadora do Cintesis e professora no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), considera que “o que falta é que essas soluções sejam do conhecimento público e passem a ser usadas pelo grupo da população que precisa delas e pode beneficiar com o seu uso”.

As informações para idosos e cuidadores do projeto ActiveAdvice (http://activeadvice.eu/) estão em fase de desenvolvimento, encontrando-se, neste momento, disponíveis em inglês, mas segundo o Contesis, em breve, estarão acessíveis mais conteúdos, em diferentes línguas europeias, incluindo o português.

Estudo
Portugal está entre os países europeus com mais novos casos de VIH entre pessoas com mais de 50 anos, segundo um estudo...

"Nos 12 anos mais recentes, houve um aumento contínuo de novos casos de VIH em pessoas mais velhas, o que significa que é precisa mais informação e mais testes específicos para a geração mais idosa", lê-se nas conclusões do estudo do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças publicado pela revista especializada em medicina.

Em 2015, 17% dos novos casos foram diagnosticados em pessoas com mais de 50 anos. Portugal, com seis casos por cada 100.000 cidadãos com mais de 50 anos, foi o país com a quarta maior taxa de novos casos nesta idade, embora tenha diminuído o número global de pessoas mais velhas infetadas.

Estónia, com 7,5 casos, Letónia com 7,17 e Malta, com 7,15 casos por 100.000, foram os países com taxas maiores.

De 2004 a 2015, o ritmo de aumento de novos casos aumentou em 16 países, assinala-se no estudo.

"Os resultados indicam uma clara necessidade de criar programas de prevenção completos, incluindo educação, acesso a preservativos, facilidade nos testes e tratamentos virados para adultos mais velhos em toda a Europa", afirmou a principal autora do estudo, Lara Tavoschi.

Acrescentou que é preciso reduzir estigmas e dizer às pessoas como se podem defender da doença, a par de um reforço dos testes, que devem ser mais acessíveis para o diagnóstico e o começo dos tratamentos ser mais rápido.

Nos países analisados - os 28 da União Europeia mais a Islândia, Noruega e Liechtenstein - a média de novos casos acima dos 50 anos aumentou de 2,1 casos por 100.000 em 2004 para 2,5 em 2015.

Isto representa 54.102 pessoas com mais de 50 anos diagnosticadas com VIH, a maior parte dos casos com a infeção em estado avançado.

Lara Tavoschi afirmou que a epidemia de VIH está a evoluir num sentido diferente do que se pensava, "potencialmente devido à pouca consciência da doença entre os mais velhos, as formas de transmissão, o que leva a equívocos e pouca noção dos riscos que correm".

"O nosso estudo mostra a necessidade de garantir que todas as idades são abrangidas pelos serviços de saúde competentes", salientou.

No caso das pessoas com mais de 50 anos, doenças características da idade, como complicações cardíacas, de fígado e rins, podem acelerar a progressão do VIH, aumentando a mortalidade.

Quanto a pessoas mais novas, no estudo indica-se que as taxas de infeção com o VIH diminuíram em seis países: Áustria, França, Holanda, Noruega, Portugal e Reino Unido.

Estudo
Cientistas portugueses descobriram, num estudo com ratinhos, que a suscetibilidade à malária depende do metabolismo do...

No estudo, publicado na revista Nature Microbiology, a equipa do Instituto de Medicina Molecular (iMM), coordenada por Maria Mota, concluiu que uma dieta rica em gorduras altera o estado metabólico, aumentando o chamado stresse oxidativo, que trava a progressão da infeção.

A descoberta, segundo a primeira autora do artigo, Vanessa Zuzarte Luís, poderá ajudar a perceber por que pessoas com anemia falciforme, uma doença genética do sangue caracterizada por níveis elevados de stresse oxidativo das células e com forte prevalência em África, onde a malária é endémica, estão protegidas contra a infeção.

A investigadora adiantou à Lusa que as conclusões podem vir a explicar também por que a tribo nómada africana 'fulani', que tem uma alimentação rica em gorduras saturadas, que inclui leite, banha e óleo de palma, é resistente à malária.

"Achamos, [neste caso], que parte da proteção destas pessoas poderá estar relacionada com o mecanismo do stresse oxidativo que os lípidos provocam no fígado", afirmou.

Segundo Vanessa Zuzarte Luís, se se compreender por que é estes dois grupos populacionais - um com uma doença genética do sangue e outro com uma dieta alimentar rica em gorduras que, em ambos os casos, provocam alterações metabólicas que barram a infeção pelo parasita da malária - "talvez se consiga usar esse mecanismo para proteger todas as outras" pessoas da doença, antes de o parasita se multiplicar, contaminar o sangue e surgirem sintomas, isto é, quando ainda está alojado no fígado.

Uma vacina ou um suplemento alimentar que ativem o stresse oxidativo das células hepáticas pode ser uma potencial ferramenta de prevenção da malária. "Mas ainda estamos longe disso", admitiu a cientista.

No estudo, a alteração metabólica produzida nos ratinhos foi "muito rápida e transitória".

Quando os roedores regressaram aos hábitos alimentares antigos, menos ricos em gorduras, passaram "a ser suscetíveis à infeção da malária".

Para Vanessa Zuzarte Luís, a alteração metabólica, quando gerada, "não é um dano permanente" no hospedeiro, mas causa um "dano colateral" no parasita.

Na experiência, a equipa constatou que, ao fim de quatro dias, os ratinhos infetados com o parasita 'Plasmodium berghei' (o parasita da malária dos roedores), e sujeitos a uma dieta rica em gorduras, tinham uma carga parasitária menor no fígado, quando comparados com outros roedores de um grupo de controlo.

"Cerca de 90% dos parasitas foram eliminados no fígado" ao fim desse tempo, assinalou Vanessa Zuzarte Luís.

A investigadora adiantou que 30% dos animais "não desenvolveram infeção sanguínea" e os restantes, apesar de a infeção atingir os glóbulos vermelhos, "não sofreram da doença na forma mais severa" porque "têm menos carga parasitária no sangue", dado que possuem "menos carga parasitária no fígado".

Num passo seguinte, a equipa científica mimetizou a dieta alimentar rica em gorduras, e o mecanismo metabólico, numa droga injetada em culturas de células de fígado humano infetadas com o parasita da malária dos roedores. No final, o parasita não sobreviveu.

29 de setembro - Dia Mundial do Coração
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular alertou para a necessidade de os portugueses reconhecerem os sintomas de...

A propósito do Dia Mundial do Coração, que se assinala sexta-feira, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) recordou que a maioria (60%) dos portugueses não reconhece os sintomas do enfarte.

“Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade”, explicou o presidente da APIC, João Brum Silveira.

Na presença destes sintomas, prosseguiu, “é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica (112) e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte”.

“A pessoa não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios. Cerca de metade dos doentes recorrem a um centro sem capacidade para realizar o tratamento, o que conduz a um atraso significativo no início da terapêutica mais adequada. Esta situação não acontece quando se liga para o 112”, sublinhou.

O enfarte agudo do miocárdio ou ataque cardíaco ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol, esclarece a APIC.

Sociedade Portuguesa de Oncologia
A Sociedade Portuguesa de Oncologia está a apelar a todos os doentes e sobreviventes de doença oncológica que preencham o...

Ao longo dos últimos anos a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) tem apostado em conhecer melhor a sua área de atuação, as preocupações e perceções profissionais de saúde, bem como da população portuguesa. Em ano de celebração dos 35 anos de atividade considerou essencial aprofundar o conhecimento sobre as perceções de doentes e pessoas com antecedentes de doença oncológica. São estes os principais atores no panorama da doença, vivenciando e experienciando em primeira mão tudo o que envolve a patologia oncológica. São os doentes e sobreviventes que podem dar a conhecer o impacto que o cancro teve/tem na sua vida e nos que lhes são próximos.

“Com este inquérito pretende-se ficar a conhecer a valorização que fazem dos cuidados de saúde, os aspetos positivos e os pontos que podem melhorar nos cuidados de saúde, através das suas experiências e opiniões. Assim, será possível compreender de forma mais integrada, a realidade dos doentes oncológicos”, afirma Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

Em primeiro lugar, procura-se alcançar o impacto do cancro na vida do doente e identificar as suas principais preocupações. É ainda importante compreender o que mais valoriza o doente ao longo de todo o processo de tratamento, as suas visões sobre a realidade oncológica em Portugal e apontar quais as áreas a serem melhoradas nos cuidados de saúde a serem prestados aos doentes oncológicos.

O inquérito “Cuidados de saúde em Oncologia: a visão dos doentes” destina-se a todos os doentes e pessoas com antecedentes de doença oncológica existentes em Portugal. Podem ter acesso ao seu preenchimento através do site www.inqueritooncologia.pt. O apelo ao preenchimento do inquérito está a ser divulgado através das associações de doentes e de informação presente nos espaços hospitalares.

O desenvolvimento deste inquérito conta com o apoio da Novartis. Já em 2015, a SPO e a Novartis uniram-se para promover um inquérito que procurou perceber quais são as perceções e preocupações dos profissionais que lidam com a Oncologia diariamente. O inquérito mostrou que 74% dos profissionais de saúde que lidam com a Oncologia defendem que em Portugal existem demasiadas assimetrias regionais no que diz respeito à prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro. 82% concordaram ainda que o Governo não faz o investimento necessário para que os doentes oncológicos tenham acesso às terapêuticas mais avançadas e eficazes.

Dia Europeu do Ex-Fumador
O Dia Europeu do Ex-fumador que se celebra hoje, 26 de setembro, foi criado em 2013 pela Comissão Eu

Em Portugal, o embaixador do dia Europeu do Ex-Fumador é o músico Zé Pedro, conhecido guitarrista dos Xutos & Pontapés, que tem sido um bom exemplo de como é possível deixar de fumar e com isso ganhar anos de vida e ganhar anos com mais qualidade de vida.

A maioria dos fumadores é dependente da nicotina, uma substância cuja capacidade de provocar dependência é, segundo vários estudos publicados, apenas comparável à heroína, à cocaína e ao álcool. Por isso, conseguir deixar de fumar é uma vitória que nunca é demais festejar e parabenizar pelos amigos, familiares e profissionais de saúde.

Todos os fumadores que lutam contra o tabaco devem ser encorajados e apoiados no caminho árduo e penoso que é deixar de fumar.

Um aspeto importante a salientar no sentido de promover uma vida sem tabaco é o ganho em termos de saúde que se obtém logo após deixar de fumar e que se mantém até mais de uma década depois.

De facto, cerca de 20 minutos sem fumar o ritmo cardíaco abranda, 12 horas depois o nível de monóxido de carbono no sangue regressa aos valores normais, 2 a 12 semanas depois o risco de sofrer um enfarte do miocárdio diminui e a função pulmonar melhora, 10 anos depois o risco de cancro do pulmão é cerca de metade do de um fumador (o risco de outros cancros como o da boca, faringe e esófago também diminui) e mesmo após 15 anos há benefícios, uma vez que o risco de doença coronária passa a ser semelhante ao dos indivíduos que nunca fumaram.

Se por um lado é muito difícil quebrar o hábito de fumar, por outro, e ao contrário do que muitos fumadores, sobretudo os que fumam há décadas, possam pensar, nunca é tarde demais para deixar de fumar.

Embora os benefícios sejam maiores quando se deixa de fumar antes dos 30 anos de idade, mesmo ao deixar de fumar aos 50 anos de idade, o risco de morte diminui e a qualidade de vida aumenta.

Todos os fumadores motivados para deixar de fumar devem falar com o seu médico de família para ser avaliada a necessidade de uma consulta de cessação tabágica. O apoio médico e a eventual utilização de medicação podem ser essenciais para se ser bem sucedido na luta contra a dependência da nicotina.

No dia de hoje que se celebra, deixo as minhas felicitações a todos os que venceram esta luta e se encontram hoje mais saudáveis e livre do fumo do tabaco!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Contraceção
A Saúde Sexual e Reprodutiva é um elemento central da Saúde Pública: dos Indivíduos, das Famílias, das Comunidades e das...

Em Portugal, a acessibilidade às consultas de Planeamento Familiar, aos métodos contracetivos, à contraceção de emergência, à interrupção voluntária de gravidez, à vigilância da gravidez e ao parto em condições de segurança, está devidamente fundamentada na legislação e no quadro normativo que rege o Serviço Nacional de Saúde.

Todo este progresso, que nos colocada entre os países mais desenvolvidos da Europa foi trabalho de muitos e ao longo de muitos anos… não se pode perder o património adquirido, muito menos recuar, e ainda…devemos melhorar.

Onde chegámos:

·         O acesso a cuidados de saúde reprodutiva é universal, em condições de igualdade para todos os residentes em Portugal (portugueses e estrangeiros, legais e ilegais, homens e mulheres)1;

·         O aborto passou a ser reconhecido como tema da Saúde Sexual e Reprodutiva1;

·         94% das mulheres portuguesas com vida sexual ativa usam contraceção; A maioria das utilizadoras de contraceção usa um método moderno; progressivamente, tem-se verificado um aumento do uso de métodos mais efetivos; O preservativo é utilizado como contracetivo mas em 80% dos utilizadores como contracetivo e preventivo das doenças sexualmente transmissíveis;2

·         O número de interrupções de gravidez por opção da mulher tem diminuído progressivamente (no último ano 1,9% e entre 2008 e 2015, 10%) sendo inferior à média Europeia3;

·         A despenalização do aborto é sinonimo de aborto seguro: quase não existiu mortalidade materna relacionada com o aborto4.

O que nos preocupa:

·         O acesso e a prestação de cuidados de saúde reprodutivos tem muitas assimetrias no País, não sendo assegurados em condições igualitárias a todos os cidadãos;

·         A informação sobre as condições assistências que o Estado oferece não é universalmente conhecida;

·         40% das mulheres com vida sexual ativa e a usar contraceção, não frequentou, no último ano, consulta de Planeamento Familiar (90% adolescentes; 50% entre os 20 e 29 anos)2;

·         O uso de contraceção nos extremos da vida reprodutiva é menor, não usando contraceção 6% das adolescentes e 8% das mulheres com mais de 40 anos2;

·         A Interrupção de gravidez em mulheres de nacionalidade estrangeira voltou a aumentar em 2015 (16% em 2013, 17,2% em 2014 e 18,5% em 2015)3;

·         Em 2009 a educação sexual foi considerada obrigatória no plano curricular dos jovens. Em 2015 apenas 67,4% refere ter acesso a educação sexual/informação sobre contraceção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis3;

A SPDC e a APF reafirmam que esta é, de facto, uma questão de Saúde pública fundamental: técnica e também política naquilo que de mais nobre existe no sentido profundo da Política - a promoção do bem-estar e segurança cidadãos, através de uma justa oferta e distribuição dos recursos em Saúde necessários e disponíveis. O acesso à saúde sexual e reprodutiva é um direito fundamental do indivíduo e uma garantia para a autonomia e desenvolvimento social.

Notas:

1Diário da República, 1.ª série — N.º 99 — 21 de maio de 2010
2Estudo das Práticas contracetivas, 2015. Sociedade Portuguesa da Contraceção, Sociedade Portuguesa de Ginecologia
3Relatório dos registos das interrupções da gravidez dados de 2015, Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde, Divisão de Saúde Sexual Reprodutiva Infantil e Juvenil. DGS.
4Relatório de análise das complicações relacionadas com a interrupção da gravidez 2013 - 2014 Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde, Divisão de Saúde Sexual Reprodutiva Infantil e Juvenil. DGS.

Estudo
Esta patologia tem um impacto psicológico e social, podendo impedir o progresso na aprendizagem e promover comportamentos de...

Um estudo conduzido pela International Hyperhidrosis Society concluiu que 17% dos adolescentes são afetados pela transpiração excessiva e incontrolável, uma conclusão que aponta para um valor sete vezes superior às estimativas anteriores, que reportavam prevalências na ordem dos 1,6% e 2,1%. O estudo desvendou ainda que, entre os adolescentes afetados pelo suor excessivo, 75% indicam sentirem-se diariamente incomodados por esta doença.

A hiperidrose é uma patologia que atinge cerca de 5% da população mundial. No caso dos mais jovens, os primeiros sintomas surgem aproximadamente aos 11 anos, ainda que 25% das crianças apresentam manifestações desta doença entre os dois e os 10 anos.

Com o regresso às aulas, é importante avaliar o impacto psicológico e social que a hiperidrose, assume no quotidiano dos jovens portugueses. Suar em excesso pode representar uma situação de tensão e stress, chegando a impedir o progresso na aprendizagem. Segundo dados empíricos, quem sofre de hiperidrose tem habitualmente mais dificuldade em estabelecer relacionamentos sociais, ao evitar contactos mais próximos com os outros.

Estes resultados demonstram a necessidade de diagnosticar corretamente e tratar a hiperidrose em crianças e adolescentes. As idades formativas são muito importantes no desenvolvimento da autoconsciência da criança e do adolescente e devem ser acompanhadas com uma correta avaliação das condições de saúde ao nível físico e psicológico.

Segundo Dr. João Lima Gabriel, Médico especialista na Clinica Liberty, “a hiperidrose é uma doença cuja repercussão na saúde mental pode chegar a ser incapacitante, mas que também, uma vez tratada, pode melhorar drasticamente a qualidade de vida dos pacientes. Quando a hiperidrose é diagnosticada em fase precoce, a vida do paciente pode mudar literalmente”. Acrescenta que “milhares de estudantes em todo o mundo lutam contra o suor, que diariamente afeta a sua autoestima, promovendo comportamentos de isolamento social. Algo que não faz sentido já que se trata de uma patologia que, quando identificada, facilmente se pode solucionar com o tratamento adequado”.

Segurança alimentar
A Comissão Europeia anunciou hoje que acordou com os Estados-membros 19 novas medidas concretas para reforçar o combate contra...

No final de uma reunião ministerial de alto nível que juntou a Comissão e os Estados-membros mais envolvidos no caso dos ovos contaminados – França, Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo -, o comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, disse que o seu objetivo era acordar uma “abordagem mais coerente e coordenada” para “evitar que aconteçam incidentes do género”, e congratulou-se por terem sido decididas uma série de medidas.

O comissário indicou que será melhorada a comunicação sobre riscos entre os Estados-membros e a Comissão, de modo a que a informação chegue de forma mais coerente e rápida ao público em geral, tendo também sido acordado que, quando ocorrerem situações do género, proceder-se-á a uma avaliação de risco comum mais célere.

“Consideraremos o estabelecimento de um «gabinete de segurança alimentar» em cada Estado-membro para garantir que a informação flui da forma mais rápida e eficiente possível”, apontou.

A mais recente lista divulgada pela Comissão Europeia relativamente aos países afetados pelo comércio ou distribuição de ovos contaminados com fipronil, elaborada pelo RASFF - Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais –, inclui 25 Estados-membros da União Europeia (apenas Portugal, Croácia e Lituânia ficam fora), e 11 países terceiros, entre os quais Angola e Cabo Verde.

A contaminação de dezenas de milhões de ovos, resultante da desinfestação de explorações de galinhas poedeiras por um produto contendo fipronil, um antiparasitário forte estritamente proibido na cadeia alimentar, foi divulgada em agosto passado.

Até 2022
O porta-voz do governo francês, Christophe Castaner, anunciou que o Executivo proibirá, até ao fim do atual mandato, em 2022, a...

"O primeiro-ministro [Edouard Philippe] decidiu que este produto será proibido em França - assim como todos os que se pareçam com ele e que ameacem a saúde dos franceses - para quando terminar o quinquénio", declarou Castaner a um canal de televisão.

Essa proibição também englobará o uso agrícola, confirmou o porta-voz, garantindo que vai procurar "encontrar produtos de substituição".

O governo francês pediu aos Ministérios da Agricultura e da Transição Ecológica um plano para deixar de usar este pesticida na agricultura "antes do final do ano", escreve o Sapo.

O uso de glifosato em espaços abertos ao público é proibido em França desde 1 de janeiro de 2017. Agora, os particulares também deverão deixar de o usar a partir de 1 de janeiro de 2019.

França também se opõe à proposta da Comissão Europeia de autorizar o glifosato na União Europeia durante dez anos. Paris considera que esse intervalo é muito longo, "dada a incerteza que subsiste sobre a segurança desse produto", de acordo com um comunicado do Governo

O ministro francês da Agricultura, Stéphane Travert, propõe um período de cinco a sete anos.

Em julho, a Comissão Europeia propôs renovar a licença do glifosato que expira em 2017. A decisão deve ser tomada pelos 28 membros do bloco. Em 2016, não chegaram a um acordo, motivo pelo qual a Comissão optou, excecionalmente, por prorrogar a autorização por 18 meses, até ao final deste ano. A expectativa é que surjam até lá novos estudos das agências europeias.

Oncologia
Várias personalidades ligadas à oncologia em Portugal, dos doentes aos profissionais, passando por políticos e laboratórios,...

A medida faz parte de um conjunto de cinco recomendações para melhorar o tratamento do cancro em Portugal, saídas de duas mesas-redondas, promovidas pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).

As duas mesas-redondas contaram com a participação de representantes dos doentes, profissionais de saúde, sociedades científicas, economistas da saúde, decisores políticos, reguladores e da indústria Farmacêutica.

A primeira recomendação vai no sentido de um “aumento do orçamento do Estado para a saúde e, em particular, do orçamento alocados às doenças oncológicas”.

O “investimento prioritário em recursos humanos, seguindo-se do investimento em estrutura”, bem como a “melhoria da eficiência e modelos de avaliação de desempenho” é outra das medidas propostas.

Para os subscritores, deviam ser implementados “sistemas de monitorização de dados – como dados de gestão, de desempenho das instituições no tratamento do cancro, económicos, de utilização de medicamentos em contexto de vida real - para utilização pelos vários intervenientes, incluindo decisores e escrutínio público”.

A quarta proposta vai no sentido da contratação de profissionais especializados no registo e tratamento dos dados pretendidos, que assegurem a qualidade do processo.

Por último, propõem, em contexto de reavaliação de medicamentos, a utilização dos mesmos indicadores que conduziram à sua aprovação.

Estes “Desafios e Recomendações para o Futuro do Tratamento do Cancro em Portugal” serão apresentados quarta-feira, durante uma cerimónia que decorrerá em Lisboa.

Opinião
Apesar de cerca de 70% dos adolescentes portugueses ter tido educação sexual nas escolas, as dúvidas

Segundo um estudo publicado sobre as práticas contracetivas das mulheres em Portugal, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e da Sociedade Portuguesa de Contraceção, 70% dos adolescentes teve educação sexual nas escolas e a utilização de contraceção nos adolescentes aumentou nos últimos 10 anos (em 2005, 18% das adolescentes com vida sexual ativa não usava contraceção e em 2015 apenas 5%). Estes valores podem ser o reflexo de uma melhoria no acesso às consultas de planeamento familiar e a uma maior disponibilização de informação sobre os métodos contracetivos. 

Importante o papel dos pais na conversa sobre sexo e sexualidade com os filhos adolescentes, sendo que essa conversa deverá ser antecipada em dois anos à data a que os pais se propunham tê-la.

A primeira consulta de ginecologia/planeamento familiar no âmbito hospitalar, do centro de saúde,  atendimento de jovens ou mesmo com o ginecologista que acompanha a mãe deverá realizar-se idealmente entre os 13 e os 15 anos.

O principal motivo da procura destas consultas é o desejo por parte das adolescentes de iniciarem a toma do método contracetivo. Muitos são os encarregados de educação que pretendem estar presentes nesta primeira consulta, no entanto, será aconselhável que a maior parte da consulta deverá decorrer idealmente com a adolescente sozinha, particularmente na fase intermedia e avançada da adolescência.

Os preservativos são muito populares e de fácil acesso. São muito importantes para a prevenção de doenças de transmissão sexual, mas o preservativo apenas oferece uma contraceção eficaz quando usado corretamente.

O mesmo estudo revela que as mulheres sexualmente ativas conhecem a pilula de emergência e 17% afirma já ter utilizado.

A contraceção de emergência é um recurso importante para a mulher que não desejando engravidar teve uma relação sexual desprotegida ou um acidente com o método contracetivo. 

Quando deve a mulher optar pelo método contracetivo de emergência:

Esquecimento da toma da pílula contracetiva;

Está insegura quanto à eficácia do coito interrompido ou ao método do calendário;

O seu método de contraceção habitual falhou;

Ter tomado outra medicação que possa ter diminuído a eficácia da pílula que toma regularmente e está preocupada se pode ficar grávida

 A contraceção de emergência deverá ser encarada como uma possível solução para uma das situações que descrevi e não como um método contracetivo regular. As formulações mais recentes têm dosagens que mesmo seguras são várias vezes mais a dose diária de uma pilula contracetiva de toma regular.                                   

 Adolescentes informados tendem a ter atitudes e comportamentos sexuais mais seguros!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Infarmed
Os fármacos para as vertigens Beta-histina dos laboratórios Basi e Pentafarma foram suspensos em Portugal, depois de terem sido...

Segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), a Comissão Europeia tinha decidido suspender a comercialização de alguns medicamentos na sequência da deteção de “resultados críticos” nas inspeções efetuadas à Micro Therapeutic Research Labs Pvt. Ltd, em Chennai e Coimbatore (Índia).

“Os dados dos estudos de bioequivalência submetidos às autoridades competentes para demonstrar a bioequivalência dos medicamentos com o seu originador foram considerados não fiáveis”, refere o Infarmed, a propósito da decisão da Comissão Europeia.

Na decisão, as autoridades sublinham ainda: “não é possível estabelecer a eficácia e a segurança dos medicamentos em causa e, portanto, o perfil benefício-risco destes medicamentos não pode ser considerado positivo”.

Segundo explica o Infarmed, as regras da União Europeia determinam que os Estados-Membros devem suspender as autorizações nacionais de introdução no mercado dos medicamentos que não demonstraram bioequivalência relativamente a um medicamento de referência válido na UE, podendo, no caso de medicamentos críticos, adiar a suspensão das ditas autorizações.

“O levantamento destas suspensões depende da comprovação, pelo titular das referidas autorizações, da bioequivalência com um medicamento de referência da UE”, acrescenta o Infarmed.

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Os centros de saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo proporcionaram 2.624 consultas de apoio...

A propósito do Dia Europeu do Ex-Fumador, que se assinala hoje, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) informou que, destas 2.624 consultas de apoio intensivo à cessação tabágica, mais de um terço (35%) foram primeiras consultas (942).

Em 2016, prossegue o comunicado, foram contabilizadas 4.738 consultas, “o que corresponde a um aumento de cerca de 12% relativamente a 2015, que terminou com 4.226 consultas”.

Entre 2015 e 2016, o número de primeiras consultas também subiu quase 9%: de 1.254 para 1.365.

A ARSLVT recorda que, atualmente, todos os agrupamentos de centros de saúde (ACES) da região têm consultas de apoio intensivo à cessação tabágica.

O comunicado indica que morrem todos os anos em Portugal mais de 11 mil pessoas por doenças provocadas ou agravadas pelo consumo de tabaco, das quais mais de 800 por doenças decorrentes da exposição ao fumo ambiental.

As pessoas fumadoras têm um risco de adoecer e morrer por doenças graves e incapacitantes duas a três vezes superior ao das pessoas que nunca fumaram, perdendo em média dez anos de expectativa potencial de vida.

OE2018
O porta-voz do PAN (Pessoas-Animais-Natureza), André Silva, defendeu hoje que o Governo “pode e deve” inscrever no Orçamento do...

No âmbito da preparação do OE2018, “temos estado a negociar com o Governo”, disse o deputado do PAN na Assembleia da República, reclamando que o executivo “não pode adiar mais a contratação quer de psicólogos, quer de nutricionistas para o SNS”.

“Há prioridades que o Governo tem, mas estamos em crer que esta é, de facto, uma medida que o Governo pode e deve adotar”, argumentou, em declarações à agência Lusa, em Évora.

André Silva falava à margem da arruada do PAN em que participou na cidade alentejana, para apoiar a candidatura do partido neste concelho, nas eleições autárquicas do próximo domingo.

Segundo o deputado, é “cada vez mais errada” a forma como os portugueses se alimentam, o que “pressiona também o SNS”.

“Um terço dos adolescentes tem excesso de peso ou é mesmo obeso, 45% das mortes em Portugal devem-se a problemas cardiovasculares” e, nos hospitais, “há um sem número de pessoas com diabetes, com doenças crónicas não transmissíveis”, realçou.

Por isso, “é preciso apostar na prevenção e menos na reação”, frisou, explicando que o que o PAN está “a pedir ao Governo é que haja um reforço de nutricionistas, não só no SNS, mas também na escola pública”.

O Governo, insistiu, “tem de dar um sinal forte de se preocupar, realmente, com as pessoas e, quer a saúde mental e emocional, quer a saúde física”, são “extremamente importantes” e têm de “ser acauteladas”.

Estudo
Um homem de 35 anos em estado vegetativo desde os 20, devido a um acidente de automóvel, recuperou sinais de consciência e...

Ao fim de um mês de estimulação do nervo vago, a atenção, os movimentos e a atividade cerebral do doente melhoraram significativamente, segundo um estudo publicado na revista científica Current Biology, que salienta que a pessoa "entrou no estado de consciência mínima".

O homem começou a responder a ordens simples, como seguir com os olhos um objeto e virar a cabeça quando alguém lhe dizia para o fazer e, de acordo com a mãe, aumentou a capacidade para manter-se acordado quando ouvia o terapeuta a ler um livro.

Investigadores do Instituto de Ciências Cognitivas Marc Jeannerod, em Lyon, França, observaram igualmente respostas do paciente a 'ameaças', tais como reagir com surpresa, abrindo os olhos, quando a cabeça de alguém se aproximava de repente da sua cara.

Registos da atividade cerebral também revelaram melhorias, como aumento da conetividade funcional e da ação metabólica nas regiões do córtex e subcórtex (responsáveis pela memória, atenção, consciência, linguagem e perceção).

Para os autores do estudo, a técnica de estimulação nervosa, que já é usada no tratamento da epilepsia e da depressão, desafia a convicção generalizada de que distúrbios da consciência que durem mais de um ano são irreversíveis.

O nervo vago, que liga o cérebro a outras partes do corpo, como pulmões, coração, estômago e intestino delgado, desempenha um papel importante no despertar e no estado de alerta.

Para testar a capacidade do estimulador na recuperação da consciência, a equipa de investigadores e de médicos escolheu um caso difícil para ter a certeza de que quaisquer melhorias ocorridas não tinham acontecido por acaso.

"A plasticidade e a reparação do cérebro são ainda possíveis mesmo quando a esperança parece ter desaparecido", afirmou a líder do grupo científico, Angela Sirigu, do Instituto de Ciências Cognitivas Marc Jeannerod, citada num comunicado da Cell Press, que edita a Current Biology.

Os investigadores tencionam usar a mesma técnica em mais doentes para confirmarem os seus benefícios terapêuticos.

Uma pessoa em estado vegetativo está viva, mas não tem consciência de si e do que a rodeia.

Dia Nacional do Farmacêutico
É importante relembrar: não há doenças hospitalares e doenças nas farmácias. Há Pessoas.

Enquanto farmacêutica considero que a Farmácia é muito mais do que um espaço físico. É um conceito de saúde direcionado para a identificação e acompanhamento das necessidades das pessoas, em que os produtos de saúde podem fazer, ou não, parte da solução.

Neste Dia Nacional do Farmacêutico, interessa definir prioridades. E a centralização dos cuidados de saúde no cidadão é a prioridade dos farmacêuticos!

Todos os dias somos conselheiros especializados da população seja na gestão da diabetes, da hipertensão, na cessação tabágica, na contraceção de emergência, na melhoria da qualidade do sono, na deteção e acompanhamento de doenças respiratórias, como a DPOC, por exemplo.

Todos os dias acreditamos que é através da interação pessoal e da personalização da intervenção farmacêutica que, efetivamente, acrescentamos valor.  

O farmacêutico integrado no sistema de saúde e trabalhando em conjunto com outros profissionais de saúde, proporciona mais e melhor saúde aos seus utentes.

Esta forma de trabalhar exige não só as competências do farmacêutico, mas também as de outros profissionais de saúde, pelo que as farmácias têm vindo a promover o trabalho pluridisciplinar, como forma integrada de responder às necessidades do cidadão.

Atualmente, em Portugal, a profissão pode ser exercida em mais de 74 diferentes áreas!

Ser farmacêutico é zelar pela saúde e bem-estar da população; é representar um elo entre os cidadãos e a mais recente evidência científica, promovendo o uso correto e responsável dos medicamentos; é ser instrumento determinante para uma população saudável, ao atuar na prevenção.

Enquanto Farmacêutica, continuarei a trabalhar no sentido de posicionar a farmácia diferenciada e interventiva como modelo capaz de conduzir a mais ganhos em saúde por recurso investido. 

Os Farmacêuticos querem que as pessoas vivam mais anos e com mais qualidade de vida! As pessoas querem melhor saúde! E isso, só uma farmácia holística pode proporcionar!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Interpol
Cerca de 400 pessoas foram detidas e 25 milhões de unidades de medicamentos falsos, potencialmente letais, apreendidos durante...

De acordo com um comunicado do organismo que regula o setor do medicamento (Infarmed), que se associou à operação Pangea X, estiveram envolvidos 123 países nesta ação coordenada pela Interpol, em conjunto com a Organização Mundial das Alfândegas (OMA), o Permanent Forum of International Pharmaceutical Crime (PFIPC), Heads of Medicines Agencies Working Group of Enforcement Officers (WGEO).

A operação visou o combate aos medicamentos falsificados e ao alerta para os perigos associados à compra destes medicamentos através da internet.

Além dos 400 detidos, foram apreendidos em todo o mundo mais de 25 milhões de unidades de medicamentos falsificados, potencialmente letais, e com um valor estimado de 51 milhões de dólares (cerca de 42,6 milhões de euros).

Da ação resultaram 1.058 investigações, foram suspensos mais de 3.000 anúncios de produtos farmacêuticos ilícitos através de plataformas de redes sociais e encerrados 3.584 websites.

De acordo com o comunicado, “entre os medicamentos contrafeitos e ilegais destacaram-se os suplementos dietéticos, medicamentos para a dor, para a epilepsia, disfunção erétil, antipsicóticos e produtos na área na nutrição”.

A operação focou-se ainda na “venda ilícita de opioides (medicamentos para a dor) e, em particular, na substância fentanyl, que é um narcótico poderoso que tem sido associado a milhares de ‘overdoses’ e mortes em todo o mundo nos últimos anos, na sequência de vendas ilícitas”.

“Após esta operação foram fechados inúmeros sites de venda exclusiva deste medicamento, prossegue a nota do Infarmed.

A operação focou-se ainda na venda de dispositivos médicos ilícitos, como aparelhos e implantes dentários, seringas, preservativos, tiras-teste de uso clínico e equipamentos cirúrgicos, tendo sido recuperados dispositivos ilícitos no valor de meio milhão de dólares (418 mil euros).

As intervenções no terreno também resultaram na apreensão de 1,2 toneladas de comprimidos para a disfunção erétil no Vietnam.

Nas ações desenvolvidas pelas entidades portuguesas, foram controladas 7.363 encomendas, das quais 79 foram apreendidas durante a semana em que decorreu a operação.

“Através do conjunto de encomendas apreendidas foi possível impedir a entrada em Portugal de 6.686 unidades de medicamentos ilegais com um valor estimado de 13.551 dólares (cerca de 11.337 euros)”, segundo o Infarmed.

O diretor executivo dos Serviços Policiais da Interpol, Tim Morris, referiu que, "com a existência de cada vez mais pessoas a comprar todos os dias produtos online, incluindo medicamentos, os criminosos estão a explorar esta tendência para fazer lucros, pondo a vida de pessoas em risco neste processo”.

“O facto de ainda vermos resultados tão fortes ao fim de dez anos da Operação Pangea demonstra que as vendas online de medicamentos ilícitos continuam e têm aumentado, desafiando a lei e as autoridades reguladoras”, prosseguiu.

Estudo
Cientistas portugueses descobriram, num estudo com ratinhos, o mecanismo celular que pode explicar a falta de memória em...

O estudo, conduzido por investigadores do Instituto de Medicina Molecular (iMM) de Lisboa e das universidades Nova de Lisboa e de Gotinga, na Alemanha, revelou que uma proteína que se acumula no cérebro de doentes de Parkinson, a alfa-sinucleína, interage com uma outra proteína, a PrP, que funciona como um sensor, gerando alterações nas funções dos neurónios (células cerebrais) ligados à memória.

Ao administrarem uma droga da família da cafeína a ratinhos com excesso de alfa-sinucleína, a equipa de Luísa Lopes (iMM) e Tiago Outeiro (Universidade de Gotinga e Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Universidade Nova de Lisboa) verificou, em testes de comportamento, que os défices de memória reverteram.

"Os animais tinham mais facilidade em encontrar pistas" do que os que não eram tratados com o fármaco, disse à Lusa a investigadora do iMM Luísa Lopes.

Tiago Outeiro precisou que o medicamento atua numa outra proteína, os recetores de adenosina A2A, que medeiam a interação entre as proteínas alfa-sinucleína e PrP.

"Se inibirmos os recetores A2A, evitamos o sinal tóxico emitido pela alfa-sinucleína para a PrP", afirmou.

O investigador adiantou que o próximo passo do trabalho será caracterizar a interação entre as proteínas alfa-sinucleína e PrP, para "desenhar fármacos" que bloqueiem esta interação, e os seus efeitos na memória e na capacidade cognitiva, para os testar em ratos e macacos.

Segundo Tiago Outeiro, as terapias disponíveis para a doença de Parkinson apenas tratam disfunções motoras (tremores, dificuldade em andar e rigidez dos músculos são alguns dos sintomas).

Com o avançar da doença, surgem défices de memória e cognitivos e demência.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Neuroscience.

ESEnfC
“Como transformar a institucionalização em lugar de vida” constitui o mote para o encontro de amanhã. Na quarta-feira,...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) realiza, amanhã e depois (dias 26 e 27 de setembro), o II Encontro Humanitude e III Conferência Internacional Cuidar com Humanitude, iniciativas de divulgação científica complementares que reúnem o contributo de instituições sociais, académicas e de saúde que têm vindo a implementar a metodologia de cuidado Humanitude em países como a França, o Japão e Portugal.

O programa do II Encontro Humanitude (dia 26 de setembro) começa pelas 9h10 – nas instalações da ESEnfC no Polo A (Avenida Bissaya Barreto) –, com a mesa-redonda “Desafios do envelhecimento: como transformar a institucionalização em lugar de vida e de vontades”, logo após um breve momento de boas-vindas a cargo do professor Paulo Queirós, coordenador da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem Fundamental da ESEnfC, no âmbito da qual decorrem estas ações, que estão também inseridas no projeto estruturante inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem sob o título “Implementação da Metodologia de Cuidado Humanitude”.

Também no mesmo dia, será realizado um workshop, dinamizado por Philippe Crône, formador Humanitude e fundador, em França, do “Instituto Gineste- Marescotti (IGM) Animation”, que ajudará a refletir sobre como conceber um projeto de atividades adaptado a cada pessoa, promotor do sentimento de utilidade e do respeito pelos seus desejos e vontades.

Já na III Conferência Internacional Cuidar com Humanitude (dia 27 de setembro), que pretende ser um espaço de partilha de experiências e pontos de vista, os autores da metodologia de cuidado Humanitude, Yves Gineste e Rosette Marescotti, juntamente com Miwako Honda, diretora do Departamento de Investigação Geriátrica em Tóquio (Japão), e com os responsáveis pela sua implementação em unidades de cuidados, exporão saberes, experiências e resultados obtidos. O objetivo é refletir conjuntamente sobre a necessidade de uma mudança de cultura de cuidados nas instituições de saúde.

Nesta III Conferência Internacional Cuidar com Humanitude será, ainda, apresentado o livro “Higiene e conforto: da tarefa a um cuidado especializado”.

No âmbito da conferência, será ainda apresentado o livro “Higiene e conforto: da tarefa à Metodologia de Cuidado Humanitude”.

Mais informações sobre o programa destas iniciativas podem ser consultadas no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/confhumanitude2017.

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