Novo dispositivo médico
Existiam já várias aplicações para telemóvel para controlar a fertilidade, mas nenhuma tinha a chancela do Infarmed. Isso mudou...

A notícia é avança pelo jornal Público. Chama-se Natural Cycles, foi aprovada em fevereiro pela União Europeia (UE) e registada como dispositivo médico em agosto pelo  Infarmed, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

A ideia nasceu na cabeça da sueca Elina Berglund, uma cientista e física que desenvolveu um algoritmo para controlar o seu ciclo menstrual e determinar os dias férteis e inférteis, a partir da medição da temperatura do corpo que baixa nos dias em que a mulher ovula. O passo seguinte foi desenvolver uma aplicação para o telemóvel.

Como funciona?

Todas as manhãs, antes de se levantar da cama, a utilizadora deve medir a temperatura do corpo e inserir a informação na aplicação, que mostra a verde os dias em que não está fértil — e pode ter relações sexuais sem engravidar — e a vermelho os dias em que existe o risco de gravidez. Nesses dias, a mulher deve optar pela abstenção sexual ou o uso de preservativo.

Segundo a cientista, a aplicação também pode ser utilizada para ajudar a planear uma gravidez.

Berglund diz que já há, em todo o mundo, 400 mil utilizadoras, cerca de mil em Portugal. A subscrição da aplicação tem um custo mensal de 8,99 euros ou uma anuidade de 64,99 euros.

Os estudos até agora conduzidos pela Natural Cycles indicam que o controlo da fertilidade através desta app é seguro e tão eficaz como a pílula.

Infarmed
Vários conjuntos de perfusão usados com as bombas de insulina da empresa Medtronic estão a ser recolhidos do mercado por terem...

Segundo o Infarmed, “estas situações, que ocorreram pouco depois da substituição dos conjuntos de perfusão, podem ser causadas pelo derrame de fluidos (insulina, álcool ou água) durante o processo de purga/preenchimento do cateter, levando ao bloqueio da membrana do conjunto de perfusão”.

O Infarmed aconselha os utilizadores de bombas de insulina da Medtronic a verificarem junto da empresa se os conjuntos de perfusão que utilizam pertencem aos lotes afetados e a seguirem as indicações dadas relativamente à recolha e à troca do material.

Para a substituição dos conjuntos afetados, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde aconselha os utilizadores a contactarem o centro de tratamento que atribui os sistemas ou a entidade onde habitualmente os compram.

“Não é necessária a devolução dos conjuntos de perfusão afetados, devendo proceder-se à sua eliminação” sublinha.

A sobredosagem de insulina pode provocar hipoglicemia, implicar a necessidade de intervenção médica e, em situações extremas, constituir risco de vida.

Segundo o Infarmed, os conjuntos de perfusão abrangidos por esta recolha “serão substituídos por outros que possuem uma membrana produzida num material novo e melhorado” que reduz significativamente este risco.

Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com estes dispositivos devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed.

Alternativas hospitalares
Os utentes que aguardam por uma cirurgia vão ser contactados pelo serviço “SNS 24” que os ajudará a escolher outra instituição...

A informação foi avançada à agência Lusa por Ricardo Mestre, da direção da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), organismo do Ministério da Saúde que está a implementar um conjunto de medidas com vista a agilizar o acesso dos utentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O responsável anunciou que, já a partir de outubro, os utentes que estão à espera de uma cirurgia num hospital público e que atingiram os tempos máximos de resposta garantidos vão receber um cheque-cirurgia ou uma nota de transferência (entre hospitais do SNS), que vai começar a ser desmaterializada, passando a ser enviada por SMS ou email.

No caso dos utentes que não dispõem destas formas de comunicação, o cheque ou a nota continuarão a ser enviados em papel.

Através de contacto telefónico, o SNS 24 irá informar o utente das alternativas que existem em outros hospitais públicos, bem como as soluções no setor privado e social.

O objetivo da medida é “poupar tempo”, podendo a cirurgia ser marcada através desse contacto telefónico, evitando assim a deslocação do utente ao hospital para a marcação da operação, mediante apresentação do cheque ou da nota.

“Queremos uma atitude pró-ativa para ajudar o utente a tomar decisões”, disse.

Ao nível das consultas, a aposta passa pelo recurso a instrumentos como a telemedicina, estando a ser estendida a todos os hospitais e centros de saúde a possibilidade dos médicos de família enviarem informação, incluindo fotografias, ao médico hospitalar, na área da dermatologia.

Segundo Ricardo Mestre, entre 50 a 70% dos casos atendidos desta forma, nas instituições de saúde que a disponibilizam, dispensam uma consulta hospitalar.

A livre escolha dos utentes continua a aumentar, sendo já 240 mil os utentes que, entre junho de 2016 e 24 de setembro deste ano, optaram por uma primeira consulta de especialidade fora do seu hospital de residência.

A este propósito, Ricardo Mestre revelou que, até final deste ano, será realizada uma avaliação às razões que estão na origem da escolha de outro hospital, bem como o motivo que leva os utentes a optarem pela sua instituição de residência.

Materiais perigosos
Os deputados analisam hoje a proposta do partido os Verdes para realizar um levantamento das instalações de empresas com...

O projeto-lei será aplicável às empresas que têm trabalhadores em instalações localizadas em território nacional e pretende obter o conhecimento acerca daquelas que têm amianto, uma substância cancerígena usada na construção e já proibida.

O Partido Ecologista os Verdes (PEV) pretende alargar às empresas as regras já existentes para edifícios públicos, como escolas ou hospitais, tendo já sido elaborada uma lista e retirado amianto de alguns deles.

O Governo decidiu que a remoção do amianto em edifícios públicos deve ser feita até 2020, abrangendo mais de 4.200 imóveis.

O PEV entende que "não pode haver discriminação entre o valor da saúde daqueles que trabalham no setor público e dos que trabalham no setor privado", por isso, além do levantamento, defende a necessidade de encontrar a melhor solução para salvaguardar condições de saúde e segurança no trabalho.

O ponto de partida da proposta é não permitir a utilização de materiais que contenham fibras de amianto na construção ou requalificação de edifícios, instalações e equipamentos empresariais.

Segundo a proposta, que entrou na Assembleia da República, em julho, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) elabora, com as organizações representativas dos trabalhadores e com as associações patronais, um plano para a identificação de todas as empresas que contêm materiais com amianto nos edifícios e instalações onde exercem atividade.

O plano deverá estar concluído no prazo de um ano, sendo remetido ao Governo e ao parlamento, e devendo a lista obtida ser tornada pública.

Os trabalhadores das empresas em que for detetado algum edifício com amianto devem receber informação sobre o assunto.

Será tarefa da ACT decidir quais os edifícios que devem ser submetidos a monitorização regular e aqueles que devem ser sujeitos a ações corretivas, incluindo a remoção das fibras de amianto, nos casos em que tal seja devido.

Para identificar as empresas que funcionam em edifícios com amianto e para empreender as ações corretivas necessárias, "o Governo promove as condições, os apoios e os esclarecimentos necessários para efeitos de candidaturas a fundos comunitários, tendo em conta um objetivo de elevado interesse ambiental e de saúde e segurança no trabalho", refere a proposta de diploma.

Os materiais com amianto só se tornam perigosos se estiverem degradados, havendo o risco de a substância ser libertada para o ar e a exposição continuada à inalação de partículas gera um risco associado a doenças como o cancro.

Além das coberturas, é possível encontrar amianto em pavimentos, tetos falsos e revestimentos de condutas de edifícios.

O amianto é uma fibra mineral natural, abundante na natureza, com propriedades físicas e químicas como resistência mecânica às altas temperaturas, durabilidade, facilidade de ser trabalhada como um tecido, e com baixo custo, por isso, foi muito utilizada na construção até aos anos 90.

A partir de 1999, uma diretiva comunitária veio determinar a proibição da utilização deste material, tendo sido transporta para a legislação nacional em 2005.

Saúde Sénior
A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, sublinhou que o envelhecimento ativo e...

"Como é que melhoramos a qualidade de vida as pessoas? As respostas tradicionais já não são suficientes para lidar com o problema" do envelhecimento, notou Maria Manuel Leitão Marques, que falava durante a abertura oficial do Active and Assisted Living Forum, evento focado nas tecnologias em torno de envelhecimento ativo e que decorre este ano em Coimbra.

Para a ministra, as mudanças demográficas que ocorreram em Portugal nas últimas décadas representam "um enorme desafio para Portugal", para a sua administração, mas também para as universidades, empresas e organizações do setor social.

Segundo a membro do Governo, os agentes - públicos e privados - têm de ser "inovadores e procurar novas respostas", cuja inovação não precisa de ser apenas tecnológica, mas também "social".

"Temos que lidar com o problema através de uma resposta multidisciplinar, combinando diferentes capacidades e também diferentes políticas públicas, da ciência à cultura, da saúde à educação", defendeu Maria Manuel Leitão Marques, que fez o seu discurso em inglês.

De acordo com a ministra, é preciso os diferentes níveis da administração pública trabalharem "juntos e cooperarem muito mais", bem como garantir um envolvimento dos agentes privados e sociais para garantir uma mudança.

O fórum realiza-se no Convento São Francisco, onde vão ser apresentadas tecnologias que estão a ser desenvolvidas para o mercado do envelhecimento ativo e saudável.

São esperados cerca de 750 participantes, a maioria estrangeiros, e serão apresentadas mais de 20 tecnologias em torno do envelhecimento ativo.

A edição do fórum em Coimbra é organizada pelo Instituto Pedro Nunes, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Município de Coimbra, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e Universidade de Coimbra.

Estudo
Um grupo de investigadores espanhóis descobriu que não comer, ou comer muito pouco, ao pequeno-almoço duplica o risco de...

Segundo o estudo, conduzido pelo Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares Carlos III (CNIC), em parceria com o Banco Santander, e publicado hoje na revista do Colégio Americano de Cardiologia, este é um problema independente dos fatores de risco habituais, como o tabagismo, colesterol alto ou o sedentarismo.

Os investigadores observaram mais de 4.000 pessoas de meia-idade, com recurso a tecnologias de imagem avançadas, durante seis anos, com o objetivo de caracterizar a prevalência e a progressão das lesões ateroscleróticas latentes e subclínicas.

No estudo, intitulado “Progressão e deteção precoce da aterosclerose”, foi analisada a relação entre três padrões de pequeno-almoço e a presença de placas ateroscleróticas (depósitos gordurosos nas paredes das artérias) em indivíduos assintomáticos.

Segundo o grupo de investigadores, liderado por Valentín Fuster, diretor-geral do CNIC, a análise de imagens determinou a presença de placas em territórios vasculares distintos: as artérias carótida e femoral, a aorta e as artérias coronárias.

As mesmas imagens mostraram 1,5 vezes mais placas ateroscleróticas nas artérias dos participantes que ingeriram menos de 5% da Ingestão Diária de Calorias Recomendada (duas mil calorias), em comparação com os participantes que tomavam um pequeno-almoço rico em energia (mais de 20% da dose diária recomendada).

Em algumas regiões vasculares, o número de placas era até 2,5 vezes maior nos participantes que não tomaram ou comeram muito pouco ao pequeno-almoço, mas estas diferenças, como explica Irina Uzhova, uma das autoras, são independentes da presença de fatores de risco cardiovasculares e hábitos alimentares pouco saudáveis.

Os resultados sugerem também que saltar o pequeno-almoço é um indicador de hábitos de vida pouco saudáveis mais gerais, associados a uma maior prevalência de aterosclerose generalizada.

Estudos anteriores já tinham demonstrado que a dieta, em termos de qualidade nutricional e padrões alimentares adquiridos, é um alvo importante em estratégias para prevenir doenças cardiovasculares.

Porém, José Luis Peñalvo, co-autor, ressalva que este é o primeiro estudo que fornece pistas diretas para uma associação entre padrões de pequeno-almoço diferentes e a presença de lesões ateroscleróticas, captadas através de ultrassonografia vascular.

“Precisamos de marcadores de risco mais antecipados e mais precisos para as fases iniciais da aterosclerose que nos permitirão melhorar estratégias para prevenir enfartes do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e mortes súbitas”, considera outro dos autores do estudo, Antonio Fernández-Ortiz, adiantando que “estes últimos resultados contribuem de forma definitiva para alcançar esse objetivo”.

Liga contra o Cancro lança campanha
A Liga Portuguesa Contra o Cancro lançou hoje uma campanha digital sobre o Papilomavírus Humano (HPV) com o objetivo de...

Com o mote “há cancros que podem ser prevenidos”, a nova campanha da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), com a colaboração da Associação para o Planeamento Familiar, pretende reforçar que a prevenção é possível, apesar de o vírus não escolher nem género nem idade.

“25% dos cancros são evitáveis se a prevenção for efetiva. É possível sobreviver a um cancro. E são projetos como este que nos ajudam a reforçar esta mensagem todos os dias pois, para evitar a doença, é preciso procurar saber mais sobre a mesma”, afirma o presidente da LPCC.

A campanha digital é apresentada através de uma plataforma de acesso gratuito, disponível no 'site' www.hpv.pt.

Segurança Alimentar
Dezanove pessoas foram hoje hospitalizadas devido a uma intoxicação alimentar num lar de idosos em Condeixa-a-Nova, disse o...

O alerta para a intoxicação do grupo foi dado cerca das 13:45, tendo 17 utentes e duas trabalhadoras da instituição sido transportados para os hospitais dos Covões e da Universidade, que integram o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

"Está a ser feita no local a avaliação dos restantes" doentes, disse a fonte do CDOS à agência Lusa.

Nas instalações, estão ainda meios humanos e viaturas dos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova, Soure e Penela, além da Cruz Vermelha Portuguesa, GNR e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Regime alimentar vegetariano
Um estudo realizado pela consultora Nielsen revela que o número de vegetarianos em Portugal quadruplicou na última década,...

O número de portugueses que adoptou um regime alimentar vegetariano corresponde a 1,2% da população portuguesa.

O estudo foi promovido pelo Centro Vegetariano que, em 2007, tinha chegado à conclusão de que haveriam na altura 30.000 vegetarianos em Portugal, ou seja, aproximadamente 0,3% da população era vegetariana há dez anos. O número cresceu de forma significativa neste espaço de tempo.

Os resultados são vistos como muito positivos pela Associação Vegetariana Portuguesa, embora não surpreendam, "pois tínhamos indicadores fiáveis de que o mercado português de produtos vegetarianos tem expandido amplamente na última década, assim como o sector da restauração e do pequeno comércio destes produtos", revela a organização em comunicado.

Este estudo, que teve uma amostra de 2000 indivíduos residentes em Portugal Continental e foi realizado em setembro de 2017, conclui que as mulheres e os jovens com idades compreendidas entre os 25-34 anos de idades são os que apresentam maior abstenção de consumo de produtos de origem animal (i.e. carne, peixe, ovos e lacticínios).

Os resultados sugerem que o consumo frequente de carne e peixe parece ter reduzido, apesar de ligeiramente, na última década, de 79 % para 77 % e de 76 % para 70 %, respetivamente, o que indica uma tendência para um consumo mais moderado deste alimentos.

Cerca de 0,6% da população segue uma alimentação estritamente vegetariana ou vegana (não consome carne, peixe, ovos ou laticínios).

Este número, que corresponde a cerca de 60.000 indivíduos, representa o dobro do número de vegetarianos apurados aquando do estudo de 2007, o que também sugere uma tendência da população portuguesa para adopção de dietas de base vegetal.

Investigação
A Faculdade de Medicina do Porto (FMUP) anunciou hoje ter desenvolvido um estudo que irá permitir melhorar o tratamento de...

A investigação teve como principal objetivo melhorar uma técnica cirúrgica frequentemente utilizada em casos que não respondem a métodos tradicionais.

As conclusões desta investigação – desenvolvida por Ana Povo, médica-cirurgiã, no âmbito do doutoramento em Medicina da FMUP – permitirão “não só otimizar a forma como este procedimento é realizado, mas, também, alargar o tratamento a praticamente todos os doentes”, refere em comunicado.

Além disso, acrescenta, “será possível aplicar a técnica em alguns pacientes cujos problemas de incontinência resultam de que malformações de nascença – o que até aqui não era possível. O procedimento, que pode ser utilizado para tratar problemas de incontinência urinária ou fecal, é realizado em regime de ambulatório e com anestesia local”.

Agência alimentar alerta
O alerta foi lançado pela ‘Food Standards Agency’. A agência de proteção alimentar britânica avisa que devem ser utilizados...

Os sacos reutilizáveis representam um risco de intoxicação alimentar caso sejam utilizados para transportar alimentos crus, juntamente com os restantes produtos. O alerta foi lançado pela Agência de Normas Alimentares do Reino Unido (Food Standards Agency), que avisa que os alimentos crus podem conter germes prejudiciais à saúde.

Mesmo que nada tenha sido entornado dentro do saco, as embalagens podem conter vestígios de bactérias nocivas que podem causar problemas no estômago dos consumidores, de acordo com o alerta da agência de proteção alimentar britânica, publicado no mês de agosto.

“Os alimentos crus (carne crua, peixe cru e marisco, vegetais soltos não lavados e ovos) podem conter germes ou ter germes na sua superfície que causam intoxicação alimentar. Mesmo os alimentos crus embalados, como frango pré-embalado, peixe, etc. podem ter vestígios de insetos prejudiciais na parte externa da embalagem”, refere a agência, acrescentando que este conselho se destina só aos peixes crus e mariscos que vão ser cozinhados antes de consumir.

Os produtos de peixe cru prontos a comer, como sushi, sashimi e salmão fumado, destinados a serem consumidos assim, devem idealmente ser arrumados separadamente do resto das compras. Assim, a agência sugere que os sacos tenham rótulos diferentes, por exemplo, e que sejam lavados e/ou trocados frequentemente.

Dicas da Food Standards Agency para a melhor utilização dos sacos:

  1. Utilizar sacos separados para alimentos crus e prontos para consumo – idealmente, o consumidor deve ter sacos suficientes para transportar alimentos crus, alimentos prontos para comer e produtos não alimentares, como detergentes em pós, devidamente separados.
  2. Se quiser comprar um bag for life [sacos reutilizáveis] escolha adequadamente entre a variedade existente (consultar o tamanho, ver se tem algodão, etc.)
  3. Coloque rótulos nos seus sacos ou utilize os de diferentes para ajudar a separar os diferentes alimentos
  4. Utilize sacos de congelação no verão
  5. Verificar sempre se houve derramamentos nos sacos após a ida às compras – sacos de algodão ou tecido podem ser colocados na máquina de lavar
  6. Substituir sacos de plástico mais antigos.
Liga Angolana contra o Cancro
Angola regista diariamente seis casos de cancro e só no primeiro semestre deste ano são já 115 o número de novos casos de...

Falando na cerimónia de lançamento do "Movimento Outubro Rosa 2017", iniciativa da Liga Angolana Contra o Cancro (LACC), que visa alertar a sociedade sobre a prevenção e combate do cancro, Albertina Manaça, responsável pela área da prevenção do Instituto Angolano de Controlo do Cancro, admitiu que o cancro da mama está a atingir proporções preocupantes.

"Em 2016 tivemos cerca de 248 casos de cancro de mama e no primeiro semestre deste ano registamos já cerca de 115 casos então é para ver que a medida que o tempo vai passando os casos vão aumentando", disse hoje Albertina Manaça.

A responsável apontou, por outro lado, "alguma melhoria na prevenção primária" da doença durante as visitas que os técnicos da LACC Vamos as ruas, aos mercados e temos notado alguma melhoria principalmente na prevenção primária", apontou.

Em relação ao cancro da próstata, cujo campanha de sensibilização "Movimento Novembro Azul" deve ser lançada no próximo mês, Albertina Manaça deu a conhecer que "timidamente" registam-se, oficialmente, 100 casos por ano em todo país.

"Temos registado certa timidez dos homens para esse tipo de consulta, os números rondam os cerca de 100 casos por ano, números que não representam a dimensão do país", explicou.

Quanto às ações do Instituto Angolano de Controlo do Cancro, a responsável sublinhou que o serviço tem sido desenvolvido de acordo "com as condições disponíveis".

"Fazemos o que é possível e estamos a tratar as pacientes, com tratamento quando chega o paciente no instituto", precisou.

Na mesma ocasião, o presidente da LACC, André Panzo, realçou apenas que os números do cancro no país - sem quantificar - são "assustadores", tendo ainda sublinhado que muitas pessoas "desconhecem a existência da doença".

"Ocupamo-nos desta grande luta que é a prevenção primária, que consiste na consciencialização, informar a respeito da doença que para muitos ainda é um mito e um sonho, as estatísticas que existem claramente não condizem com aqueles os casos gerais do país", observou.

Segundo André Panzo, até 28 de outubro, dia agendado para realização de uma marcha de solidariedade em prol da prevenção e combate do cancro, serão desenvolvidas pelo país um conjunto de atividades de sensibilização, nomeadamente palestras e feiras de saúde.

Diz entidade reguladora
A água para consumo humano apresenta uma "excelente qualidade", garante um relatório da entidade gestora do setor,...

O relatório anual sobre o "Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano" referente a 2016, publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), "confirma que a água para consumo humano em Portugal continental apresenta uma excelente qualidade".

Portugal "mantém o nível de excelência com o indicador de água segura na ordem dos 99%, podendo garantir-se à população que pode beber água da torneira com confiança", assegura a ERSAR.

No ano passado, a ERSAR realizou 50 ações de fiscalização para verificar o cumprimento dos requisitos legais do regime da qualidade da água para consumo humano e, do total das ações de fiscalização, 84% foram realizadas no norte e centro do país.

No norte e centro "ainda persistem alguns problemas pontuais de qualidade da água, geralmente em pequenas zonas de abastecimento", refere a ERSAR.

"Os processos de contraordenação instruídos incidiram, essencialmente, no incumprimento de prazos administrativos relativamente à comunicação de incumprimentos à ERSAR e às autoridades de saúde", acrescenta.

Quanto às análises à qualidade da água na torneira, foram realizadas "a quase totalidade" das impostas pela lei, com a frequência de amostragem nos 99,92%, ou seja, ficaram por efetuar "416 análises em mais de meio milhão" de obrigatórias.

Nas 400 mil análises realizadas, o cumprimento dos valores paramétricos atingiu 98,77%, segundo a ERSAR, e em 1,23% das análises realizadas, os parâmetros que evidenciam maior número de incumprimento são "o pH, devido às caraterísticas hidrogeológicas das origens de água, e os microbiológicos, por ineficiência da desinfeção, tendo neste caso ocorrido uma ligeira melhoria, quando comparado com 2015".

Nas situações de incumprimento, "as entidades gestoras, em articulação com as autoridades de saúde e a ERSAR, tomaram as medidas adequadas para garantir a proteção da saúde humana, sempre que tal se tenha justificado", aponta a entidade gestora.

Em 2016, salienta, as 15 entidades gestoras em alta, que vendem a água aos municípios, continuaram a revelar globalmente resultados acima da meta de 99%, apresentando o indicador água segura o valor de 99,73%.

O desempenho das entidades gestoras em baixa - que abastecem os consumidores -, "continua a refletir as assimetrias regionais", sendo no interior, com maiores carências de recursos humanos, técnicos e financeiros, que "se concentram os incumprimentos ocorridos".

Cerca de 90% dos incumprimentos ocorreram nas pequenas zonas de abastecimento que servem menos de 5.000 habitantes (na globalidade servem apenas 14% da população).

Galardão
O prémio Nobel da Medicina foi hoje atribuído em conjunto aos investigadores Jeferry C. Hall, Miichael Rosbash e Michael W....

Segundo o porta-voz do comité Nobel, os três investigadores norte-americanos foram distinguidos pelas "descobertas dos ritmos moleculares que regulam o ciclo circadiano", que dura um dia (24 horas) e permite aos seres vivos adaptarem-se às diferentes alturas do dia e da noite.

O ritmo circadiano representa o período de 24 horas no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos. Uma das funções deste sistema é o ajuste do relógio biológico, controlando o sono e o apetite.

No ano passado, o Nobel da Medicina tinha sido atribuído ao japonês Yoshinori Ohsumi pelas suas investigações sobre a autofagia.

Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.

Foram atribuídos até hoje 108 prémios Nobel da Medicina e em apenas 39 vezes foram entregues a um único laureado.

Até hoje, 12 mulheres receberam o Prémio Nobel da Medicina.

O mais novo laureado com este Nobel foi Frederick G. Banting, de 32 anos de idade, que foi distinguido em 1923 pela descoberta da insulina.

400 novos casos por ano
O cancro da tiróide é raro embora a sua frequência tenha aumentado nos últimos anos.

A tiroide é uma pequena glândula em forma de borboleta localizada na parte anterior e inferior do pescoço, imediatamente abaixo da maçã-de-Adão. Tem dois lobos direito e esquerdo, e cada um mede cerca de 4cm de comprimento e 2 cm de largura.

Tem como função produzir, armazenar e libertar para o sangue as hormonas tiroideias, sendo as principais a T3 e a T4. Estas são indispensáveis para o normal funcionamento do organismo. O seu excesso ou deficiência são causa de várias doenças.

As doenças da tiroide são frequentes em especial nas mulheres. Cerca de 40% das mulheres com mais de 40 anos apresentam alterações da tiroide, que se podem manifestar por alterações do funcionamento das células tiroideias ou pela formação de pequenos nódulos (“caroços”).

Os nódulos da tiroide são muito frequentes, mas só em cerca de 5% dos casos são malignos (cancro ou carcinoma da tiroide).

O cancro da tiroide é raro embora a sua frequência tenha aumentado nos últimos anos. Em Portugal diagnosticam-se cerca de 400 novos casos por ano, representando cerca de 1% de toda a patologia oncológica registada.

O tratamento e prognóstico dependem do tipo de células da tiroide a partir das quais se desenvolve e da fase do carcinoma à data do diagnóstico. Os carcinomas diferenciados da tiroide, que incluem o carcinoma papilar e o carcinoma folicular, representam cerca de 90% dos casos de cancro da tiroide. São cerca de quatro vezes mais frequentes nas mulheres do que nos homens e habitualmente têm bom prognóstico.

As causas não estão bem determinadas. O cancro da tiroide é mais frequente em pessoas com exposição prévia a altas doses de radiação, com história familiar de cancro da tiroide e com idade superior a 40 anos. Na maioria dos casos não há uma causa identificável.

Como se diagnostica?

O cancro da tiroide manifesta-se por um nódulo e habitualmente não provoca qualquer sintoma. Só em fases avançadas, quando o nódulo atinge grandes dimensões pode provocar dor, dificuldade em engolir ou rouquidão.

As análises de sangue (T3, T4 e TSH) na grande maioria das situações são normais.

Muitas vezes é detetado pelo próprio, que palpa um nódulo no pescoço ou pelo médico no exame físico de rotina. Habitualmente é diagnosticado por ecografia.

A ecografia permite avaliar as dimensões, crescimento e características do nódulo. Os achados ecográficos podem ser sugestivos de malignidade em especialmente em nódulos grandes (>1 cm).

Para melhor caracterizar estes nódulos é indispensável a realização de uma citologia aspirativa  com agulha fina. Consiste na punção dos nódulos sob controlo ecográfico para colheita de células para serem analisadas. É um exame de fácil execução, rápido e pouco doloroso.

Só nódulos com dimensões de 1 – 1,5 cm têm indicação para citologia. Nalguns casos a quantidade de material aspirado pode ser insuficiente e não permitir afirmar com segurança que os nódulos sejam benignos ou malignos e por isso ser necessário repetir o exame. Numa minoria de situações o resultado da citologia é sugestivo de malignidade. Neste caso a pessoa deve ser orientada para cirurgia. O diagnóstico definitivo é feito pelo estudo da porção de tiroide retirada na cirurgia.

Apesar de ser orientador a fiabilidade deste exame não é de 100% e por isso é importante manter vigilância periódica dos nódulos benignos.

De um modo geral o prognóstico do cancro da tiroide é excelente.

Em pessoas com menos de 45 anos e com carcinomas papilares limitados à tiroide, a sobrevivência aos 10 anos é de cerca de 100% e a causa de morte não se relacionará com a doença da tiroide.

O prognóstico piora nas situações em que a remoção do carcinoma não pode ser total com cirurgia ou não é destruído com iodo radioativo. Mesmo nestas situações o prognóstico e qualidade de vida são fracamente bons, quando comparados com outros tumores malignos.

A substituição das hormonas tiroideias permite uma vida normal.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Idosos
O professor da Universidade Católica do Porto, João Costa Amado, especialista em cuidados para os idosos, considera que a saúde...

"As pessoas devem procurar, desde novas, ver a saúde como de facto é: um direito mas também um dever. Devemos ter uma saúde cada vez melhor para garantirmos uma velhice o mais saudável possível", disse à Lusa o docente do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica do Porto, a propósito do dia Dia Internacional das Pessoas Idosas.

Segundo o especialista, no final de 2016, Portugal registou, pela primeira vez, mais de quatro mil idosos com mais de 100 anos, passando a ter um índice de envelhecimento que "compromete a sobrevivência de população", situação que se deve, sobretudo, aos défices de nascimento, ao aumento da sobrevivência e à diminuição da mortalidade.

"A pirâmide etária da população tem evoluído e invertido", explicou, indicando que esse fenómeno surgiu "no virar do século", quando a percentagem de jovens passou a ser inferior à população idosa.

De acordo com o especialista, as assimetrias quanto à distribuição geográfica dos idosos "são grandes", com o sul e as zonas interiores "muito mais problemáticas" que o norte e o litoral.

"O Alentejo é a zona geográfica em que a pirâmide está mais invertida e onde sobrevivência das comunidades está mesmo em risco", afirmou.

Embora considere que no norte do país os problemas não são tão graves, no Porto, por exemplo, a taxa de envelhecimento situa-se acima dos 20%, com um índice aumentado nas freguesias menos habitadas.

Também o distrito de Braga, "considerado o mais jovem do país quando Portugal entrou para a comunidade europeia, tem aumentado progressivamente o seu índice de envelhecimento", contou.

Para o docente, é importante que seja feita uma aposta na formação e nas competências práticas dos cuidadores responsáveis pelo tratamento da população sénior, "muito diferente" daquele que é prestado às crianças, jovens ou adultos.

"É preciso formar as equipas em cuidados de saúde primários para que os idosos que vivem sozinhos, os idosos que cuidam dos idosos e as pessoas que estão à frente de instituições de apoio - como lares ou residências -, tenham e proporcionem uma melhor qualidade de vida a esta população", referiu.

O coordenador do Mestrado em Gerontologia e Cuidados Geriátricos do ICS acrescentou que, em momentos de crise, os cuidadores informais têm de ter formação suficiente para encaminhar e conhecer os riscos associados a essas situações, bem como uma visão crítica para adotar as melhores estratégias.

Outro ponto importante, na opinião de João Costa Amado, passa pela avaliação contínua das intervenções que são realizadas, de forma a verificar se as entidades e cuidadores estão "a satisfazer as necessidades dos idosos".

Essa formação deve abordar, entre outros tópicos, a gestão de medicamentos e de aspetos relacionados com défices mentais, auditivos ou visuais e a adaptação das casas às pessoas com dificuldades de mobilidade.

O especialista acredita ainda que os cuidadores informais têm uma vantagem importante em relação às instituições, que deriva da relação afetiva e da proximidade que estes têm com os idosos.

Além disso, "sai muito mais barato à sociedade se esses cuidados forem prestados por um cuidador informal que seja familiar ou alguém próximo do idoso", visto que os custos à nível domiciliário "são muito inferiores" aos exigidos nas instituições, concluiu.

EMA
Portugal irá cumprir o calendário necessário para garantir a continuidade dos trabalhos da Agência Europeia do Medicamento,...

Bruxelas publicou hoje a avaliação às 19 propostas dos Estados-membros para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA), onde se inclui a candidatura portuguesa da cidade do Porto, na sequência da saída do Reino Unido da União Europeia.

Numa nota hoje emitida, a Comissão Europeia indica que "avaliou todas as ofertas de forma objetiva, com base nos critérios estabelecidos" em junho, acrescentando que esta avaliação respeita a decisão dos países "no sentido da não ponderação dos critérios" e que "não apresenta qualquer classificação ou lista restrita de candidatos".

As candidaturas foram avaliadas em função de seis critérios: as condições dos espaços propostos, a acessibilidade, a oferta educativa, as condições a nível do mercado de trabalho, da segurança social e de assistência médica, a continuidade das operações e o número de agências europeias descentralizados em cada país.

Relativamente à operação da agência, Portugal dá "o compromisso geral de cumprir com o calendário necessário para garantir a continuidade" dos trabalhos da EMA e refere que os edifícios sugeridos estarão disponíveis "no máximo em janeiro de 2019", refere o documento.

Portugal indica ainda a possibilidade de a agência recrutar especialistas portugueses em investigação e ciências médicas e de reter os trabalhadores atuais, bem como a disponibilidade de o Infarmed reforçar a cooperação com a EMA no que se refere aos recursos humanos, científicos e técnicos.

Quanto ao último critério, Bruxelas recorda que Portugal acolhe em Lisboa duas agências europeias descentralizadas: o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e a Agência Europeia da Segurança Marítima.

Bruxelas recorda que a proposta do Porto indica três possíveis localizações - o Palácio Atlântico, o Palácio dos Correios e uma local na Avenida Castelo Branco - os quais estariam em conformidade com as exigências da EMA relativamente a escritórios, salas de reunião, auditórios, área de receção e arquivo "sem dar informação específica sobre o Palácio Atlântico".

O Porto tem também voos diretos de e para 14 capitais europeias com uma frequência entre os dois e os 120 voos por semana e uma duração que varia entre os 46 minutos e as três horas e 56 minutos, bem como transportes públicos entre o aeroporto e os locais propostos a cada 15 a 25 minutos.

No que se refere ao critério da educação, a Comissão indica que o Ministério da Educação está preparado para criar uma equipa para assistir as crianças dos trabalhadores da EMA na sua integração no sistema educativo português.

Já no critério do mercado de trabalho, a proposta de Portugal indica "acesso a segurança social e a cuidados de saúde para os filhos e para os cônjuges dos trabalhadores" da EMA, mas "não fornece informação sobre oportunidades de trabalho", dando conta da existência de serviços de apoio a desempregados que ajudam os residentes a encontrar trabalho.

Além da Agência Europeia do Medicamento, também a Agência Bancária Europeia (EBA), atualmente em Londres, terá de ser deslocada, tendo a Comissão igualmente divulgado hoje a avaliação às oito candidaturas submetidas, sem qualquer classificação ou ordenação.

A decisão de relocalizar estas duas agências europeias cabe aos governos dos 27 Estados-membros e é uma consequência direta da decisão do Reino Unido de sair da União Europeia e, embora não faça parte das negociações do 'Brexit', deverá ser examinada exclusivamente pelos 27 Estados-Membros da UE.

Bruxelas tem apelado reiteradamente a que haja uma decisão rápida, tendo em conta que se trata de duas das principais agências reguladoras do mercado único da UE, essenciais para a autorização dos medicamentos e para a regulação dos bancos, e que deverão continuar a funcionar sem interrupção após março de 2019.

A candidatura da cidade do Porto para acolher a sede da EMA está a competir com Amesterdão, Atenas, Barcelona, Bona, Bratislava, Bruxelas, Bucareste, Copenhaga, Dublin, Helsínquia, Lille, Malta, Milão, Sofia, Estocolmo, Viena, Varsóvia e Zagreb.

Já para a sede da EBA, as oito cidades concorrentes são Bruxelas, Dublin, Frankfurt, Luxemburgo, Paris, Praga, Viena e Varsóvia.

A EMA conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe cerca de 35 mil representantes da indústria por ano, enquanto a EBA tem 159 funcionários, segundo dados da União Europeia.

Deteção precoce
Investigadores portugueses estão a participar de um projeto internacional que visa desenvolver um dispositivo portátil para...

Este projeto foi distinguido com o Prémio de Inovação em Saúde i3S - Hovione Capital, um prémio internacional criado este ano pela companhia de investimentos Hovione Capital e pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no valor de 35 mil euros, que visa distinguir ideias inovadoras na área da saúde e que foi entregue esta quinta-feira, nas instalações do instituto.

O dispositivo, que utiliza pequenas amostras minimamente invasivas de sangue (dois ou três microlitros), possibilita a obtenção de uma análise em poucos minutos, explicou à Lusa a investigadora Inês Pinto, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), de Braga, a entidade portuguesa envolvida no projeto.

O resultado é conseguido através da verificação da existência de um biomarcador "inovador", identificado por esta equipa de investigadores.

Esta tecnologia portátil desenvolvida pela equipa é diferente das existentes atualmente em ambiente hospitalar e permite uma maior flexibilidade em termos de monitorização de uma doente, mesmo depois de já ter sido diagnosticada com cancro do ovário.

"Não é necessário um laboratório tecnologicamente elaborado ou um técnico especializado para operar este novo dispositivo visto que pode funcionar como um teste simples e rápido, o que leva à uma redução significativa de custos e permite uma descentralização de serviços", disse a investigadora.

Para além disso, o diagnóstico conseguido com este dispositivo, que foi desenvolvido em parceria com a Swansea University College of Engineering e o Centro de NanoHealth, do Reino Unido, permite às doentes ter uma terapêutica "mais adequada".

Este dispositivo pode ser utilizado com outros biomarcadores, para detetar outros tipos de doença, contou Inês Pinto.

De acordo com a cientista, o cancro do ovário é detetado, em mais de 75% dos casos, em estados avançados, estando associado uma elevada taxa de mortalidade.

Os exames tradicionais para a sua deteção passam pela ultrasonografia transvaginal e pela análise dos níveis do biomarcador CA125 no sangue, através do teste Elisa, "mais dispendiosos" do que esta nova tecnologia.

Segunda a investigadora, outra das limitações dos testes tradicionais prende-se com o biomarcador CA125, classicamente utilizado para o diagnóstico desta patologia, que "não é suficientemente específico".

Nesse sentido, "a urgência de um teste como este era efetivamente muito grande", visto que possibilita um diagnóstico precoce, continuou.

A tecnologia, que se encontra numa fase de otimização, teve início há cerca de cinco anos, no âmbito da investigação em biologia.

O Prémio de Inovação em Saúde i3S - Hovione Capital conta com o apoio do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT-Health), e com a parceria da Blueclinical, da Patentree, da SRS Advogados e da Impact Science, do Reino Unido, e da Agência Nacional de Investigação (ANI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

Foram também distinguidos o projeto "AntiBioCoat", desenvolvido por investigadores do i3S, que propõe um novo tipo de revestimento antiadesivo para cateteres, e o "Delox", da Universidade de Lisboa, que apresentou um novo processo de vaporização de peróxido de hidrogénio para esterilização em ambiente hospitalar.

Outro dos primados foi o "MagCyte", do Instituto Superior Técnico (IST), de Lisboa, e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), do Porto, que consiste numa nova abordagem para deteção de células cancerígenas.

Um dispositivo biónico para aplicação dentária, que deteta e informa sobre a pressão durante a mastigação, denominado "SmartTooth" e criado pelo IPO-Porto, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e pela empresa GadgetWhisper, foi ainda distinguido.

Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos avisa que os dados dos doentes estão demasiado acessíveis nos hospitais a diferentes profissionais e...

“Os médicos têm potencialmente acesso a qualquer informação clínica de um doente e nem sei se deviam ter acesso a todas. Mas não são só os médicos que têm acesso, há outros profissionais que também têm”, afirmou à agência Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos.

Miguel Guimarães adianta que, enquanto era presidente da Secção Regional do Norte da Ordem, chegou a lançar à Comissão Nacional de Proteção de Dados o desafio de “verificar o que se passa nos hospitais” a este nível.

Para o bastonário, são atualmente muito poucos os dados dos doentes que têm uma proteção que possa ser considerada adicional.

“Isto é um problema atual. Mas quem é responsável pela partilha dessa informação de doentes não são os médicos”, comentou Miguel Guimarães.

Aliás, o bastonário discorda que tenha de caber aos médicos pedir aos doentes consentimento para partilhar informações do doente quando o médico não controla para onde vai essa informação.

“Numa questão em que os dados passam estar disponíveis num local em que potencialmente podem ter vários utilizadores, tenho dúvidas que a responsabilidade dessa partilha deva ser do médico e não do Estado português”, considerou.

Médicos de família estão a ter de pedir aos doentes consentimento para partilhar os resultados de exames com outros profissionais, através de uma plataforma eletrónica, o que já suscitou um pedido de parecer jurídico da Ordem.

Uma médica de família denunciou a situação à Ordem dos Médicos, numa carta tornada pública pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), pedindo apoio para o que considera ser "o mais recente devaneio dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS)".

Em causa está uma alteração na aplicação informática dos médicos de família que passa a obrigar os clínicos a pedir aos doentes consentimento informado para partilha, numa plataforma eletrónica, dos resultados dos meios complementares de diagnóstico realizados na medicina convencionada.

Fiscalização
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 1,2 toneladas de alimentos e instaurou um processo-crime e 25...

Durante as ações de fiscalização, que decorreram no âmbito da “Operação Controlo de Mercadorias”, foram apreendidos bens num valor de cerca 20 mil euros, incluindo também mais de 1.100 unidades de produtos diversos.

As principais infrações registadas pela ASAE incluem “o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de rotulagem e irregularidades relativas ao controlo metrológico obrigatório”, lê-se no comunicado.

No âmbito desta operação foram fiscalizados cerca de 1.700 operadores e verificadas as condições de higiene do transporte de mercadorias, o controlo de temperatura, a rotulagem dos produtos e a documentação de acompanhamento das mercadorias.

Entre os produtos controlados, a ASAE inclui carnes, pescado, fruta, hortícolas, pão, têxteis, calçado, peças de automóveis, produtos da construção e artigos para o lar.

A operação, em colaboração com a PSP e a GNR, envolveu 150 inspetores e estendeu-se a cerca de 50 locais em todo o território de Portugal continental.

As ações de fiscalização realizaram-se entre quinta-feira e hoje, com o objetivo de verificar as condições de transporte de mercadorias em circulação nas principais vias de acesso aos grandes centros urbanos, industriais, mercados abastecedores e zonas fronteiriças.

Páginas