Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes
A Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes denunciou hoje que as crianças até aos dez anos ainda não têm...

“O acesso ao tratamento é um direito básico dos doentes e a legislação que está atualmente em vigor não está a ser cumprida, impedindo o acesso das bombas de insulina a crianças até aos 10 anos de idade”, lê-se no comunicado da Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes (FPAD).

Uma lei publicada no ano passado prevê o acesso de crianças até aos dez anos ao tratamento com sistemas subcutâneos de perfusão contínua de insulina (dispositivos PSCI).

Este acesso foi contemplado, uma vez que “esta abordagem terapêutica proporciona uma melhoria da qualidade de vida, refletindo-se em vantagens relevantes para os utentes, como a redução da fobia às agulhas em crianças, adolescentes e adultos, aumentando a adesão à terapêutica, a melhoria do tratamento quando há problemas com turnos e horários irregulares e a resolução dos problemas associados a baixas doses de insulina em lactentes e crianças com menos de 5 anos.”

A presidente da Federação, Emiliana Querido, disse que este atraso estará relacionado com o concurso internacional lançado para o fornecimento dos dispositivos, uma vez que “os laboratórios não se entenderam e um dos concorrentes impugnou o concurso”.

“De acordo com as informações que nos têm sido relatadas, quer por pais de crianças com diabetes tipo 1, quer pelas próprias pessoas com a doença, os consumíveis estão a escassear, havendo já quem tenha de adquirir consumíveis do seu próprio bolso ou, não conseguindo suportar tais custos, volte à terapêutica anterior”, prossegue a FPAD.

A Federação referiu mesmo que “o estado de saúde de muitos doentes está a agravar-se devido à interrupção do tratamento” e que “existem pessoas com necessidade urgente de iniciar a terapêutica”.

“É urgente perceber porque esta situação está a acontecer, e obter uma solução viável rapidamente, pois está em causa a saúde das pessoas com diabetes tipo 1 que não estão a ter acesso a um direito enquanto cidadãos: o direito de acesso ao tratamento”, indica Emiliana Querido.

Congresso da Associação Portuguesa de Urologia
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e do Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro...

Foi atribuída a Bolsa de Investigação APU/Jaba Recordati Urologia 2017, no valor de oito mil euros, ao projeto “O futuro da terapêutica oncológica aplicado ao tumor da bexiga – plasma medicine”. O objetivo principal do trabalho, liderado por Edgar Tavares da Silva, é provar a eficácia e a segurança da aplicação intravesical de meios ativados com plasma num modelo animal de tumor vesical.

Foram também atribuídas duas Bolsas de Investigação APU 2017, no valor de oito mil euros cada, aos projetos “Assinatura metabólica do cancro da bexiga – Estudo translacional com impacto na resposta à terapêutica”, coordenado por Hugo Antunes, e “Biópsias líquidas para o tratamento personalizado no tumor da bexiga”, liderado por Vera Marques.

As equipas de investigação vão ser coordenadas cientificamente pelos docentes Arnaldo Figueiredo e Filomena Botelho, em resultado da parceria estabelecida entre o Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e o Instituto de Biofísica com o Laboratório de Bioestatística e Informática Médica, a Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica e o Laboratório de Citogenética e Genómica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

Ao nível de investigação clínica, foram premiados os trabalhos “Predicting factors of unexpected hospital return following transurethral resection of bladder tumor” (2º Prémio de “Melhor Cartaz”), da autoria de Vera Marques; “Ex vivo repair and autotransplantation for complex renal artery aneurysm” (1º Prémio de “Melhor Vídeo Cirúrgico”), da autoria de Miguel Eliseu; “Deep infiltrating rndometriosis - Urinary tract involvement and predictive factors for major surgery” (Prémio de “Melhor Artigo do Ano”), da autoria de Maria José Freire. Estes trabalhos são coordenados pelo docente Arnaldo Figueiredo.

Alerta da DECO
Dos 20 batons testados pela DECO, 14 continham substâncias "potencialmente perigosas para a saúde". Conheça as marcas...

Com o inverno a chegar, os batons hidratantes (vulgo, do cieiro) começam a encher as prateleiras das farmácias e dos supermercados. O que levou a DECO – Defesa do Consumidor a analisar 20 marcas deste produto. Conclusão? 14 delas continham componentes “potencialmente perigosos para a saúde”, nomeadamente hidrocarbonetos “que fazem parte da composição dos óleos minerais”.

Na compra de um destes batons deve prestar atenção aos ingredientes, escreve o Observador. Se a lista contempla siglas como MOSH, POSH e MOAH, deve evitar comprá-los. A DECO alerta que “a presença de mais de 10% de hidrocarbonetos MOSH e POSH em produtos que podem ser engolidos, como os hidratantes labiais, é potencialmente perigosa”. Já os MOAH “não devem fazer parte destes cosméticos por se suspeitar de que são cancerígenos”.

Segundo a DECO, os batons a evitar são das marcas La Roche-Posay, Vasenol, Uriage, Avène, Aptonia, Continente, Labello, Maybelline, Johnson’s, Eucerin, Vichy, Neutrogena e Carmex — alguns destes muito utilizados, apesar de não serem as opções mais baratas.

A melhor opção, de acordo com a associação, é o baton da marca Cien, à venda exclusivamente nos supermercados Lidl, que arrecadou a classificação de “Melhor do Teste” e “Escolha Acertada”.

A lei portuguesa permite que óleos minerais como estes sejam utilizados em produtos cosméticos, mas só “se se conhecerem os antecedentes de refinação” e quando há prova de que a substância de origem não é cancerígena — isto é, que não provoca cancro.

Na publicação, no seu site, a DECO destaca ainda alguns ingredientes a evitar em batons e cosméticos: cera microcristallina ou microcrystalline wax, ceresin, hydrogenated microcrystallin wax, hydrogenated polyisobutene, ozokerite, paraffin ou parafina, paraffinum liquidum, petrolatum, polybutene, polyethylene, polyisobutene, synthetic wax. Nomes que deve memorizar.

A presença destes produtos em cremes hidratantes para a pele, contudo, não é alarmante porque a absorção “é mínima”.

Opinião
Não existe ciência ambígua, muito menos conseguimos construir uma imagem fotográfica que defina o ri

Os processos de manutenção de uma atividade concebida para lidar com a vida humana não são compatíveis com atitudes que possam gerir conflito entre o que é adequado e o que na realidade é prestado.

Os médicos devem adotar os critérios exigidos pela qualidade e rigor que a sua profissão exige.

Não devem aceitar que a abordagem clinica seja transformada numa questão crucial que os obrigue a dar o seu parecer como se tratasse de uma opinião social que se discute a mesa do café.

Não traz dignidade, não é confortável para o médico e muito menos objetivada e percebida pelo paciente que a solicita.

Importa, contudo referir que este comportamento do médico não traduz recusa ou negação de dar a sua opinião perante uma questão que lhe é colocada.

Todavia, a crença e a dúvida podem ser vivenciadas em todos os atos médicos que são sempre baseados na ciência, no rigor e na aplicação da legis artes.

Não existe nenhuma relação  no mundo que exclua o modelo de representação humana.

Certo é que por mais paradoxal que seja a força da consciência  e a realidade  mapeada por cenas de aprendizes não há imagens ou representações que substituam o ato médico, muito menos discursos que possam banalizar as palavras ou as ações que suprimam a inteligência, a fé convencional e a arte do exercício da medicina.

A imagem do apreender, a representação do saber, a obrigação de ter uma história, uma objetivação que permita  uma decisão clinica assertiva, são condições sine quo non para garantir a qualidade de uma boa prestação do serviço médico.

Com base no rigor da ciência e na capacidade de execução todo o profissional médico tem de aprender a dizer não quando lhe pedem a opinião num local publico inadequado e descontextualizado da obrigatoriedade e da dignidade da sua profissão.

Dar um parecer médico não é uma banalidade do dia-a-dia, exige responsabilidade, conhecimento e sobretudo experiencia e sabedoria.

Não pode ser considerado como um discurso sem texto, em que o saber absoluto fica suprimido e condenado a um significado adotado para resolução da uma situação pontual que de absoluto apenas tem o facilitismo circunstanciado no interesse e beneficio errado de quem o solicita.

Se constatarmos que em qualquer profissão, por mais básica que seja a cotação e a forma de resolução do problema envolve sempre prestação e pagamento de serviços

De acordo com estes princípios não é entendível porque razão  se vem pedir ao medico a opinião como se o mesmo tivesse a obrigação de fornecer o seu conhecimento, a sua experiencia clinica " no corredor ou no balcão do estabelecimento", sem que a mesma seja realizada e  paga de acordo com a dignidade que merece.

Não estou preocupada se o intuito de quem pede o parecer se destina a poupar o custo da  consulta, o que não é correto porque o ato médico que é prestado é um ato técnico, de grande responsabilidade e de  conhecimento que merece ser remunerado.

Todo o médico tem direito a dispensar os honorários do seu meritório trabalho, porém deverá fazê-lo de acordo com a sua livre vontade quando e onde quiser, sem contudo deixar de manter a exigências conceptuais que tal ato exige.

Todos sabemos que em qualquer profissão quando é solicitado um serviço por mais simples que seja a sua realização é comunicado de imediato o preço da sua efetivação que poderá incluir a deslocação, o material e o valor exato da sua execução, sendo por vezes mal aceite por parte do prestador do serviço a solicitação da fatura e do recibo, o que é como sabemos uma obrigatoriedade legal.

Não é entendível que na profissão medica não sejam adotados os critérios de seletividade e abordagens tradicionais de acordo com as possibilidades e interesses de ambas as partes, sendo que para cumprir a sua missão não existem hipóteses ou teses questionáveis que os demitam desta obrigação.

No tocante a gestão das suas atividades, não são permitidas imposições de terceiros que coloquem em causa a liberdade do ato medico.

Não é difícil compreender que a atividade dominante da organização profissional dos médicos incide na defesa da vida e na cominação da ciência e da humanidade, não havendo retorno nem substituição de uma vida que é perdida.

Em suma, para que a qualidade da medicina não seja prejudicada e para garantir o bem-estar do doente há que acabar com a banalização do ato médico e garantir que seja sempre executado com base na ciência, na dignidade, na responsabilidade, na humanidade e no prestigio que tem.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dentro de um ano
O Brasil e os Estados Unidos anunciaram que começarão a testar em humanos a vacina que criaram em parceria contra o vírus Zika...

"A produção da vacina contra o vírus do Zika vai entrar na segunda etapa. Após testes bem-sucedidos com animais, a vacina começará a ser testada em humanos", refere-se numa nota publicada no "Portal Brasil", que é administrado pelo Governo brasileiro.

De acordo com o Ministério da Saúde do país sul-americano, essa fase deve ter início em um ano, após a produção dos lotes clínicos e avaliações pré-clínicas.

Antes de passar para a próxima fase, o estudo também precisa ser aprovado pelo comité de ética do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produzirá a vacina.

"A vacina será útil para o controlo do Zika em todo o mundo e evitará sequelas nas pessoas contaminadas", disse o ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, citado na nota.

Para a aplicação desta segunda fase, o ministro brasileiro assinou um acordo de cooperação em Washington com o secretário da Saúde dos Estados Unidos, Tom Price, no âmbito da 29.ª Conferência Sanitária Pan-Americana.

A vacina mostrou resultados positivos nos testes realizados em ratos e macacos e conseguiu evitar que o vírus Zika cause microcefalia ou outros distúrbios no sistema nervoso central das duas espécies.

A aplicação de uma única dose da vacina impediu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação, o contágio para a cria.

O Zika, bem como a dengue, a chikungunya e a febre-amarela, é transmitido pelo Aedes aegypti, um mosquito cuja população se multiplica com a chegada do verão.

O Brasil, um dos países mais afetados pelo Zika em 2016 que declarou estado de emergência de saúde antes de a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) avisar sobre a gravidade da doença.

Em 2016, foram registados 216.207 casos prováveis de febre pelo vírus Zika no Brasil e foram confirmadas laboratorialmente oito mortes.

Estudo
Um estudo apresentado pelo Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira revela que 59% da população estão com um...

O estudo foi desenvolvido entre 2013 e 2014 e hoje foram apresentados os resultados do perfil antropométrico dos madeirenses adultos, divididos por uma série de critérios associados ao perfil, sendo esta a primeira fase do estudo.

"Estamos com um grau de excesso de peso elevado, com 59% da população adulta da região nesses níveis", afirmou Teresa Esmeraldo, da Unidade de Nutrição e Dietética do Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM), especificando que "desses 36% estão em pré-obesidade e 23% em obesidade".

Comparado com o Inquérito Alimentar Nacional de Atividade Física relacionado no início do ano e quando comparado com a faixa etária regional - dos 18 aos 64 anos - a especialista considera que a população madeirense "só tem nove décimas a mais de percentagem de peso".

Dos dados revelados hoje, foi possível determinar que "40% da população tem atividade física baixa" e a refeição do pequeno almoço é a primeira refeição, das três principais, a mais omitida.

Teresa Esmeraldo realçou ainda que os dados permitem afirmar que a relação peso/altura diminui com a literacia, ou seja, "quanto maior a literacia, menor é o índice de obesidade".

Existe um estudo regional feito há 15 anos atrás e quando comparado com esse, o atual, revela "as mulheres tinham menos um quilo e meio, em média, de peso, e os homens menos três quilos e meio".

A nova fase do estudo vai ser aquela que "poderá designar qual o padrão alimentar dos madeirenses, ao analisar a composição das refeições e depois fazer a correlação com, por exemplo, do peso/altura-número de refeições, afirmou, sendo que posteriormente poderá existir "a possibilidade de ser feita uma caracterização descritiva".

Apesar de existirem outros estudos anteriores, problemas na base de dados tem dificultado o trabalho de análise, sendo estes, por agora, os possíveis de serem apresentados com certeza.

A amostra foi feita em 933 pessoas, com os resultados validados, com cerca de 80% da população a considerar que "acha estar bem informada ou muito bem informada sobre alimentação".

Teresa Esmeraldo relembrou que a Madeira foi "a região pioneira em estabelecer linhas orientadoras para as escolas e para os ‘buffets’ escolares", mas que neste momento "há dificuldade em monitorizar se essas orientações estão a ser cumpridas porque as pessoas se sentem intimidadas por julgarem que estão a ser controladas".

Sugeriu ainda que exista "ousadia da classe política em arranjar formas ou medidas para que as orientações sejam cumpridas".

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo anunciou a contratação de 154 médicos, o que vai permitir atribuir...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) indicou que os médicos vão iniciar funções nos Agrupamentos de Centros de Saúde até novembro, tendo a contratação ocorrido no âmbito do concurso nacional de recrutamento de médicos recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar para as diversas unidades do Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com a ARSLVT, em 2014 foram contratados 53 médicos, número que aumentou para 120 em 2015 e para 140 em 2016.

“Nesta 1.ª época de 2017, foram preenchidas 154 vagas e a expetativa é que seja possível aumentar ainda mais este número na 2.ª época de 2017”, reforçou em comunicado.

Segundo a entidade gestora das unidades de saúde da região, a contratação dos novos clínicos continua a melhorar a “resposta assistencial de proximidade aos utentes, proporcionando cuidados de qualidade nos centros de saúde”.

O concurso a nível nacional contava com cerca de 290 vagas para 317 candidatos e a ARSLVT tinha cerca de 218 vagas previstas, tendo sido preenchidas 154.

SNS
A Associação das Termas de Portugal, que representa 42 balneários do país, tem a decorrer uma petição que reúne já mais de 6...

Em declarações, a presidente da associação recorda que os reembolsos diretos do Estado relativos a despesas com tratamentos de medicina hidrológica foram suspensos em 2011, deixando assim "mais de 30.000 utentes" sem acesso a cuidados termais particularmente recomendados para problemas do foro respiratório, músculo-esquelético e dermatológico.

"O fim da comparticipação resultou de imposições da ‘troika’, mas, como as termas e outros especialistas já alertaram na altura, não teve o efeito de poupança pretendido, porque a maioria dos tratamentos termais são para doenças crónicas e o que se verificou foi apenas que a despesa nos balneários foi deslocalizada para outras terapias - porque, se um doente crónico não pode tratar-se nas termas, continuará sempre a ter que tratar-se noutro sítio", explica Teresa Vieira.

"Isso significa também que os utentes do SNS se viram forçados a trocar um tratamento com águas 100% naturais por terapêuticas que na maioria das vezes envolvem fármacos, com tudo o que isso implica de prejuízo para o nível da qualidade da sua saúde", acrescenta a mesma responsável.

A situação será mais grave no caso dos termalistas infantis, que Teresa Vieira diz "cada vez mais sujeitos a alergias e problemas das vias respiratórias", e se veem agora com acesso limitado a tratamentos termais "cujos efeitos na sua saúde já foram comprovados em toda a linha".

O regresso das comparticipações do Estado para tratamentos hidrológicos visa também "repor a justiça" para com as estâncias termais que em 2004, após nova legislação sobre a matéria, "fizeram investimentos avultados nos seus estabelecimentos, na expectativa de os recuperarem com um fluxo de utentes a que o SNS veio depois impor um corte significativo".

Para a presidente da Associação das Termas de Portugal, repor os referidos reembolsos será também uma garantia de "coerência" por parte do Estado, cuja estratégia económica passa por captar consumidores estrangeiros para o Turismo de Saúde e por promover internacionalmente os balneários termais do país como providos de águas terapêuticas de "riqueza excecional".

"Como as termas só podem funcionar onde esta água fantástica estiver e os balneários empregam recursos muito qualificados, também ajudam a fixar população", realça Teresa Vieira. "Valorizar os equipamentos termais é, portanto, não apenas uma questão de saúde pública, mas também uma forma de assegurar a sustentabilidade de um produto turístico que é de exceção", reclama.

A petição para "Levantamento da suspensão dos reembolsos diretos das despesas com os tratamentos termais dos utentes do SNS" está a ser disponibilizada presencialmente aos aquistas dos 42 balneários afiliados na Associação das Termas de Portugal e também no ‘site’ "Petição Pública".

O documento que serve de base à recolha de assinaturas refere que a suspensão das comparticipações do Estado em tratamentos termais afetou sobretudo a população de mais baixos rendimentos e, entre essa, aquela com residência nas regiões mais interiores do país.

No conjunto de "impactes imediatos e irrecuperáveis" daí resultante inclui-se também "a desvalorização dos tratamentos termais junto dos subsistemas de saúde, da classe médica prescritora e dos consumidores nacionais e estrangeiros".

Licenciadas pela Direção-Geral de Saúde como entidades prestadoras de atos clínicos e terapêuticos conduzidos por especialistas em Hidrologia Médica com inscrição na Ordem dos Médicos, as 42 estâncias termais que promovem a petição propõem-se entregar as respetivas assinaturas à Assembleia da República em meados de outubro.

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde do Algarve anunciou hoje a contratação de 24 médicos para reforçar os cuidados de saúde...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) indicou que os médicos vão iniciar funções em 01 de outubro nos agrupamentos de centros de saúde do Algarve, tendo a contratação ocorrido no âmbito do concurso nacional de recrutamento de médicos recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar para as diversas unidades do Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com a ARS/Algarve, os 24 novos médicos vão iniciar funções em 01 de outubro, ficando treze distribuídos pelos concelhos de Lagoa, Lagos e Portimão, e onze nos concelhos de Albufeira, Faro e Loulé, ficando por ocupar as vagas em Aljezur, Silves, Vila do Bispo e Tavira.

Segundo a entidade gestora das unidades de saúde da região, a contratação dos novos clínicos “permitirá alargar a cobertura assistencial dos cuidados de saúde primários e atribuir médico de família a mais de 45.600 utentes do Algarve”.

A ARS/Algarve adiantou que o concurso permitiu preencher 238 das 290 vagas postas a concurso a nível nacional, verificando-se no Algarve o preenchimento de 24 das 33 vagas, o que corresponde à taxa mais elevada de ocupação dos últimos concursos, cerca de 72%.

Em Setúbal
A primeira licenciatura em acupuntura, certificada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, começou esta...

À margem do fórum de cooperação de Medicina Tradicional Chinesa, em Macau, a subdiretora da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches, Mónica Teixeira, explicou hoje que as áreas de osteopatia, acupuntura, fitoterapia, naturopatia e quiropraxia estão "totalmente regulamentadas em Portugal" com portarias respetivas aos conteúdos funcionais para os profissionais nestas áreas.

O curso de licenciatura em acupuntura no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), primeira instituição pública de ensino superior a disponibilizar oferta nesta área de conhecimento, é de quatro anos.

"Só um licenciado pode requerer cédula profissional à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)" do Ministério da Saúde, sublinhou Mónica Teixeira, acrescentando que só depois de publicadas as portarias que regulamentam os ciclos de estudo foi possível apresentar uma candidatura para lecionar este curso.

O IPS deu o pontapé de saída após a publicação da portaria 71-2013 sobre o acesso às profissões no âmbito das terapêuticas não convencionais, afirmou.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso da acupuntura e da moxabustão (terapia que se aplica aos mesmos pontos da acupuntura, mas consiste na aplicação de calor) está implementado e aprovado oficialmente em 103 países, sendo que em 18 países as mesmas técnicas são cobertas por seguros de saúde.

No Porto
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde – i3S anunciou hoje que na segunda-feira abrirá as suas portas à comunidade...

O "i3S Scientific Platforms Open Day" será também “uma oportunidade para se conhecerem as tecnologias de ponta disponíveis, algumas delas únicas no país”, salienta, em comunicado enviado à Lusa.

Marta Teixeira Pinto, uma das organizadoras do Dia Aberto, sublinha que “uma das principais mais-valias do i3S é agregar diversas plataformas científicas, equipadas com tecnologias de ponta e coordenadas por especialistas com extensa experiência acumulada. Estas plataformas científicas desempenham um papel crucial no dia-a-dia do trabalho conducente à investigação de excelência que se faz no instituto”.

Nas plataformas do i3S, refere a organização do Open Day, “encontram-se valências únicas no país que permitem abordagens desde a escala do átomo até à do organismo, permitindo assim a realização de estudos completos que possibilitam um conhecimento aprofundado e alargado dos processos em estudo nas áreas da Biologia Estrutural, Bioquímica, Biologia Celular, Imunologia, Oncobiologia, Neurociências, Medicina Regenerativa, Bioengenharia, Modelos Pré-clínicos e Análise de Imagem”.

Esclarece que, em termos mais concretos, as plataformas científicas do i3S integram “variadíssimas tecnologias, desde a determinação da estrutura molecular com resolução atómica por difração de raio-X, passando pela genómica, proteómica, microscopia ótica avançada, microscopia eletrónica de transmissão e histologia, até à experimentação em diversos modelos animais como o rato, o ratinho ou o embrião de galinha”.

De acordo com o programa deste Dia Aberto, durante a manhã (no auditório Mariano Gago) decorrerão sessões constituídas por breves apresentações e perguntas e respostas, e, durante a tarde, os participantes poderão visitar as plataformas que mais os interessem, tendo a oportunidade de debater questões mais específicas com os respetivos coordenadores.

A participação no "i3S Scientific Platforms Open Day" é livre e gratuita, mas sujeita a inscrição.

O i3S resultou da união de três dos mais conceituados centros científicos da Universidade do Porto: o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup).

Assumindo-se como o maior instituto de investigação português na área das Ciências da Saúde, o i3S agrega mais de mil colaboradores, 800 dos quais cientistas dedicados ao desenvolvimento de respostas aos maiores desafios da saúde da atualidade: Cancro, Neurobiologia e Doenças Neurológicas e Interação e Resposta do Hospedeiro.

Para albergar este novo "superlaboratório", a Universidade do Porto construiu de raiz, no polo universitário da Asprela, um novo edifício de 18 mil metros quadrados, uma empreitada orçada em 21,5 milhões de euros, financiada em 18 milhões por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte, o "ON.2 - O Novo Norte".

Apifarma
O presidente da associação da indústria farmacêutica (Apifarma) considerou hoje que o subfinanciamento na área da saúde está a...

"O subfinanciamento tem-se agravado de maneira muito dramática, as dívidas acumulam-se. Há que dar um passo decisivo e espero que esse passo venha no orçamento de 2018", referiu Almeida Lopes, à margem de uma conferência sobre medicamentos oncológicos que decorreu em Lisboa.

De acordo com o presidente da Apifarma, a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à indústria farmacêutica está situada perto dos mil milhões de euros, segundo dados de agosto.

Almeida Lopes espera que 2018 seja um "virar de página" no que respeita à dotação orçamental da área da saúde.

Sobre o acesso aos medicamentos oncológicos, o tema da conferência promovida pela associação, o presidente da Apifarma sublinhou que Portugal é um dos países que menos investe, gastando cerca de metade do que os parceiros europeus.

Instituto Nacional de Estatística
A esperança de vida à nascença melhorou em todas as regiões do país nos últimos seis anos, sendo estimada em 80,62 anos para o...

Segundo as Tábuas de Mortalidade relativas ao triénio 2014-2016, por comparação com o triénio 2008-2010, a esperança de vida à nascença em Portugal foi estimada em 77,61 anos para os homens e de 83,33 anos para as mulheres.

“Estes valores representam um ganho de 1,44 anos para os homens e de 1,14 para as mulheres” em 2014-2016, comparativamente com os valores estimados para 2008-2010, sublinha o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar da esperança de vida continuar a ser superior para as mulheres, a diferença para os homens tem vindo a diminuir, sendo agora de 5,72 anos (face a 6,02 em 2008-2010).

A esperança de vida aos 65 anos atingiu 19,31 anos para ambos os sexos, no triénio 2014-2016, com os homens a poderem viver, em média, mais 17,44 anos e as mulheres mais 20,73 anos, o que representa um ganho de 0,70 anos, para ambos, face a 2008-2010.

“A diferença entre a longevidade aos 65 anos de homens e mulheres em 2014-2016 foi de 3,29 anos, retomando aos valores de 2008-2010, após um período em que se verificaram ligeiros acréscimos”, adiantam os dados

De acordo com o INE, observaram-se nos últimos seis anos “melhorias na esperança de vida à nascença em todas as regiões”.

O maior aumento registou-se na Madeira, onde a esperança de vida à nascença passou de 76,13 para 78,02 anos.

As maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres registaram-se na Madeira e nos Açores, onde as mulheres podem viver em média, respetivamente, mais 7,45 anos e 7,03 anos do que os homens.

Já as menores diferenças de longevidade foram encontradas nas regiões norte e centro, com 5,57 e 5,61 anos, respetivamente.

No Algarve observaram-se os valores mais elevados de esperança de vida aos 65 anos para o total da população e para as mulheres, 19,66 anos e 21,04 anos, respetivamente em 2014-2016.

A maior longevidade aos 65 anos para os homens registou-se na região norte (17,70 anos). Contudo, foi na Madeira que se verificou o maior aumento deste indicador, nos últimos seis anos, quer para homens quer para mulheres: de 13,86 para 14,99 anos e de 18,05 para 19,35 anos, respetivamente. “

“As maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres registaram-se nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 4,36 anos e mais 3,71 anos do que os homens”, adianta o INE.

Na região norte verificaram-se as menores diferenças entre os dois sexos (3,13 anos), para a longevidade aos 65 anos.

As estimativas relativas à esperança de vida à nascença mostram que em nove das 25 sub-regiões NUTS III foi superado o valor nacional (80,62 anos).

As maiores esperanças de vida à nascença foram registadas no Cávado (81,45 anos), na região de Coimbra (81,25 anos) e na região de Leiria (81,24 anos), e as menores nas regiões autónomas e no baixo Alentejo, com valores abaixo de 79 anos.

Nos últimos seis anos, os ganhos mais elevados de longevidade à nascença verificaram-se na região de Leiria (2,08 anos) enquanto os menores registaram-se na região Terras de Trás-os-Montes (0,35 anos).

IPO-Porto
O médico oncologista do IPO-Porto, Joaquim Abreu de Sousa considera que as medicinas alternativas, como a homeopatia, são &quot...

O especialista falava a propósito da primeira edição da conferência internacional "Woman XXI", que decorre entre sexta-feira e sábado, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, na qual participa numa sessão dedicada à mulher e à saúde, com o tema "Cancro no século XXI: Mitos e factos".

Segundo o médico, a homeopatia, o eletrobiomagnetismo e as dietas alcalinas são exemplos de medicinas alternativas, que se assumem como terapêuticas substitutas da medicina convencional, mas que se podem revelar "problemáticas", chegando, em alguns casos, a atrasar o tratamento do doente.

"Nos Estados Unidos, estima-se que 50% dos doentes em tratamento por cancro recorrem a algum tipo de medicina alternativa, muitas delas benéficas mas outras prejudiciais", revelou.

As terapias alternativas, continuou o oncologista, devem ser diferenciadas das terapias complementares, com a hipnoterapia, a meditação e o ioga, que têm como objetivo reduzir o efeito da ansiedade, do medo e da depressão e promover sentimentos de bem-estar emocional nos doentes, "assumindo claramente que não pretendem tratar o corpo".

De acordo com Joaquim Abreu de Sousa, outro dos mitos associados ao cancro prende-se com a própria definição da doença.

"O cancro não é uma doença única mas sim um conjunto de doenças, muito diversas entre si, cujo único mecanismo comum é a proliferação anormal de células que adquirem alterações genéticas e moleculares, bem como a capacidade de se dividir de forma constante, invadindo e interferindo com a função de outros órgãos", explicou.

Durante a sessão de debate, o especialista pretende esclarecer igualmente questões relacionadas com o sobretratamento e o sobrediagnóstico, que considera os "verdadeiros problemas" associados aos rastreios de cancro.

“Eu só preciso de tratar a doença que poderá progredir para um cancro invasivo, no entanto, quando afundo muito num rastreio, vou uma detetar doença que, provavelmente, nunca chegará a progredir”, explicou.

No entanto, "sem rastreio, não há diagnóstico precoce", considerou o médico, para quem esta é "a grande vitória no combate ao cancro, que nos permite estar a ganhar a batalha".

"O sobrediagnóstico é um problema do rastreio mas os benefícios são muito superiores ao prejuízo", asseverou.

A apresentação servirá também para o médico relacionar a incidência dos quatro tipos de cancro mais prevalecentes na mulher - mama, colo do útero, colorretal e pulmão - com o estilo de vida ocidental.

Joaquim Abreu de Sousa tenciona ainda explorar as medidas preconizadas pela Comissão Europeia para redução do risco de cancro, que passam pelo combate ao tabagismo (ativo e passivo), a procura por um peso saudável e uma dieta equilibrada, a realização de atividade física diária e a vacinação, que, atualmente, pode "prevenir muitos cancros".

Evitar o álcool, o sol em excesso, os poluentes ambientais e químicos e as fontes naturais de radiação, são outras das medidas preventivas.

Por fim, o especialista falará sobre a carga do cancro nas sociedades modernas, os custos que este representa na vida das pessoas, o estigma associado à patologia, a necessidade de se falar abertamente sobre a doença e a influência dos motores de busca ‘online'.

O objetivo da conferência internacional Woman XXI é promover o diálogo sobre questões relevantes relacionadas com a mulher, em diferentes áreas científicas, como a Sociologia, a Psicologia, a Nutrição, a Medicina, o Desporto, as Artes, a Economia, a História e o Direito.

Nesta edição, será abordada a relação com o corpo e a sexualidade, as migrações, os mitos e factos associados à depressão, a gestão entre a família e o trabalho, a violência de género e no namoro e o lugar da mulher na Ciência e nas Artes.

Estudo
Cientistas da Universidade de Oxford, em Inglaterra, desenvolveram uma substância injetável. Uma cura funcional que está a ser...

A substância injetável desenvolvida por investigadores da Universidade de Oxford, em Inglaterra, tem mostrado resultados bastante satisfatórios em pessoas infetadas com VIH. Segundo um estudo realizado por cientistas do Instituto de Investigación del Sida IrsiCaixa, esta cura funcional parece dar um impulso ao sistema imunológico, fazendo com que os níveis de VIH desçam sem que seja necessária a toma de comprimidos, escreve o Sapo.

Numa amostra de 13 doentes que foram vacinados, num estudo ainda a decorrer, cinco continuam a conseguir controlar o vírus sem medicação. Até então, nunca se tinha conseguido fazer com que os sistemas imunológicos de um número significativo de participantes num ensaio conseguissem controlar naturalmente a quantidade de vírus no sangue.

Os primeiros resultados, promissores, foram alcançados «depois de uma intervenção terapêutica, seja uma vacina ou outra qualquer imunoterapia», referiu a investigadora Beatriz Mothe, durante a apresentação do estudo em Seattle, nos Estados Unidos  da América. Segundo dados da UNAIDS Data 2017, atualmente vivem no mundo 36,7 milhões de pessoas com HIV. Dessas 30%, não sabe que tem o vírus.

Opção de tratamento
Afetando ambos os sexos, calcula-se que a acne seja a doença de pele mais frequente, atingindo prati
pilula acne

A acne vulgar é, provavelmente, a doença de pele mais comum, definindo-se como uma doença multifactorial, que envolve o pêlo e a sua glândula sebácea adjacente, e que resulta do excesso de produção de gordura e da acumulação de células cutâneas mortas. Fatores como o stress, alimentação ou alterações hormonais são apontados como as causas mais frequentes.

Apesar de comuns na adolescência, nas raparigas e mulheres 2 a 7 dias antes do período menstrual, estas alterações hormonais podem surgir em qualquer idade e estar associadas a problemas de saúde mais complexos.

“A acne afeta mais frequentemente adolescentes e adultos jovens entre os 12 e os 25 anos de idade (mulheres e homens). Contudo, pode surgir na infância – 1 a 7 anos -, o que deve alertar a algum problema subjacente. Também a mulher adulta pode ter acne (depois dos 25 anos, mantendo-se até aos 40 ou mais anos), na maioria dos casos persistindo desde a adolescência ou então surgindo de novo nessa fase da vida”, começa por explicar Marta Almeida Pereira, dermatologista do Hospital Pedro Hispano.

Os androgénos são aqui apontados como os principais responsáveis pelo aparecimento deste problema de pele. Estas hormonas “atuam, aumentando a produção de sebo na pele e contribuindo para a condição de «hiperseborreia” que, associada a outros fatores, como a proliferação de bactérias, inflamação ou alteraçoes no processo de queratinização da pele, conduzem ao aparecimento das iniciais lesões da pele: os comedões - vulgarmente designados por “pontos negros” ou “pontos brancos”.

“Quanto maior a inflamação que se observe, poderemos ter pápulas, pústulas, nódulos ou quistos como manifestações de acne cada vez mais grave”, explica a especialista.

O diagnóstico de um distúrbio hormonal associado à acne é feito em função da apresentação clínica da doença. “Na presença de acne, excesso de pêlo corporal (hirsutismo), queda de cabelo (alopécia androgenética) poderá ser levantada a suspeita de alterações hormonais e realizadas análises sanguíneas específicas”, descreve.

Contudo, de acordo com esta dermatologista, apenas um terço das mulheres com achados clínicos sofre de uma verdadeira alteração hormonal, habitualmente associada à Sindrome do ovário poliquístico. “As restantes causas, menos frequentes, relacionam-se com alterações adrenais ou hipofisárias”, acrescenta Marta Almeida Pereira.

Quanto ao seu tratamento, este baseia-se na redução na produção de gordura, na aceleração da renovação das células da pele, no controlo da infeção e na redução da infeção.

Loções, antibióticos, tratamentos laser ou fototerapia e contracetivos orais são alguns do tratamentos  que devem ser prescritos, caso a caso,  pelo médico dermatologista.

 
Na acne ligeira a moderada a pílula é recomendada em associação a tratamentos tópicos, enquanto que na acne severa é um tratamento adjuvante de tratamentos sistémicos mais agressivos

“As pílulas recomendadas no tratamento da acne são pílulas anti-androgénicas”, explica a especialista acrescentando que estas são apenas recomendadas após a primeira menstruação e sempre que os benefícios ultrapassem o riscos, uma vez que se apresentam como “um aliado em todos os tratamentos de acne na mulher, impedindo a ligação dos androgénos circulçantes à glândula sebácea da pele, melhorando a seborreia (oleosidade)”.

No entanto, fica a advertência: “as pílulas não podem ser tomadas por qualquer mulher nem em qualquer idade. Fatores como a hipertensão, o excesso de peso, o tabagismo, antecedentes de tromboembolismo ou de doenças pró-trombóticas podem limitar ou mesmo contra-indicar a prescrição da pílula. Essa avaliação deverá ser sempre feita pelo médico”, reforça Marta Almeida Pereira.

De acordo com a especialista do Hospital Pedro Hispano, em Portugal, as pílulas recomendadas para o tratamento da acne  “são as pílulas orais combinadas de etinilestradiol + acetato de ciproterona”. No entanto, recentemente surgiu uma nova opção de tratamento de segunda linha contra a acne moderada em mulheres: uma pílula combinada à base de dienogest e etinilestradiol. “Este ano, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou esta indicação para a pílula que contém dienogest 2 mg e etinilestradiol 0,03 mg alargando o leque de opções de tratamentos disponíveis”, revela a especialista que adianta que esta foi uma das novidades discutidas na Reunião da Sociedade Portuguesa de Contraceção com um momento de debate entre vários especialistas nacionais.

A melhoria da acne com este novo tratamento demora “pelo menos três meses, com melhoria evidente ao final de seis meses e completa ao final de 12 meses”.

Aconselhada para o tratamento da acne moderada, após o insucesso de terapêuticas tópicas ou do tratamento com um antibiótico oral, a nova pílula deve, no entanto, ser utilizada apenas por mulheres elegíveis para o efeito.

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Acne solar

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Europa
O executivo comunitário está a investigar a venda de peixe adulterado para parecer vermelho e fresco e que terá provocado...

A União Europeia (UE) pediu a Espanha, país fornecedor do atum que provocou vários casos de intoxição em vários estados-membros, que tome medidas urgentes contra a fraude alimentar com atum adulterado.

A origem da crise está em lombos de atum descongelados vendidos como frescos em Espanha e que não foram preservados em conformidade com as exigências da lei europeia sobre preservação de alimentos, escreve o Sapo.

Segundo o jornal espanhol El País, nesse peixe é injetado nitratos, extrato de beterraba e partículas de outros vegetais para que a comida pareça mais fresca. Esses aditivos contêm químicos que alteram a cor do peixe, fazendo-o parecer mais vermelho e fresco.

O caso está a ser tratado pela Guarda Civil espanhola, que tem para já sete pessoas na mira, embora pelo menos 13 empresas tenham sido já investigadas por suspeita de manipulação de produto.

A fraude atinge sobretudo a venda de atum, um peixe cada vez mais procurado para fazer sushi vendido em peixarias, restaurantes e supermercados a preços mais baratos, escreve o referido jornal espanhol.

O caso terá sido detetado pelas autoridades europeias em outubro, tendo afetado mais de 25 mil toneladas de atum e gerado lucros de 200 milhões de euros, segundo cálculos da União Europeia.

Ainda segundo dados da Comissão Europeia, os primeiros dois casos de intoxicação alimentar foram detetados em França e Itália e terão sido causados por peixe vendido por uma empresa espanhola. Entretanto, já há pelo menos 171 casos confirmados de intoxicação por atum adulterado na Europa.

Entretanto o executivo comunitário anunciou esta semana uma nova investigação independente ao caso.

Países lusófonos
A falta de legislação e de formação na área da medicina tradicional chinesa são obstáculos apontados por quatro países de...

Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe realçaram a necessidade de regulamentação da prática de medicina tradicional e formação, destacando a experiência da China e de Macau, enquanto plataforma para a promoção da medicina tradicional chinesa nos países de língua portuguesa, para desenvolver a área em cada um daqueles países.

Se Angola está já na fase de criação da lei de base para a medicina tradicional, como afirmou o chefe do departamento de Medicina Tradicional do Instituto de Saúde Pública de Angola, Zinga João David, em Cabo Verde o exercício desta prática tradicional não é reconhecido pelas autoridades sanitárias, disse Enaly Claúdia Fernandes, representante do Ministério da Saúde cabo-verdiano.

Os dois responsáveis destacaram que a experiência da China e de Macau pode ter um papel importante no reconhecimento e na regulamentação da atividade.

Também São Tomé e Príncipe destacou que, apesar de integrada no sistema de saúde, a medicina tradicional carece de regulamentação, indicou Brigite de Almeida, do Ministério da Saúde.

O representante do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau, Pedro Vaz, sublinhou a vontade de "avançar na modernização da área" da medicina tradicional, onde é ainda necessário um trabalho de base na legislação reguladora da atividade.

Já em Moçambique, a medicina tradicional está integrada no sistema de saúde do país e é fundamental para "aumentar a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde" do sistema, que garante apenas 40% dos cuidados primários à população, afirmou o diretor do Hospital Central de Maputo, Mouzinho Saíde.

Esta realidade e o reconhecimento de que a maioria da população recorre à medicina tradicional levaram o Ministério da Saúde de Moçambique a criar o Instituto de Medicina Tradicional, encarregado da legislação, pesquisa e regulação da prática desta atividade, destacou Saíde, na intervenção na sessão de abertura do fórum.

Em 2016, o Governo moçambicano assinou um memorando de entendimento com o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau para aumentar a cooperação entre os dois países nas áreas da formação, investigação, promoção da medicina tradicional chinesa e intercâmbio de experiências.

Mais de 100 profissionais das áreas de fisioterapia e de clínica geral receberam formação em medicina tradicional chinesa através de especialistas da China e de Portugal.

Para Mouzinho Saíde, a integração da medicina tradicional chinesa no sistema de saúde moçambicano reforçou a aceitação de outras medicinas alternativas e promoveu reformas no sentido de garantir uma cobertura universal.

Atualmente, os médicos convencionais encaminham cada vez mais doentes para a medicina tradicional chinesa, sobretudo em casos de doenças crónicas, dor crónica e 'stress'.

O fórum de cooperação internacional de Medicina Tradicional foi organizado pelo governo de Macau e pela administração da China de Medicina Tradicional Chinesa, e tem a coordenação do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau, que, além de formação, promove a cooperação na área com os países lusófonos.

A presidente do parque, Yuki Lu Hong, destacou a crescente cooperação com os países de língua portuguesa nos últimos anos, não só em termos de formação de especialistas, como no comércio de produtos de Macau e da China, com grandes resultados em Moçambique.

A responsável sublinhou o trabalho com peritos portugueses e holandeses na seleção de algumas marcas dirigidas ao mercado da União Europeia, acrescentando esperar "mais progressos" nos próximos dois anos.

"No parque estão a entrar presentes instituições de investigação, departamentos governamentais e universidades de países lusófonos para criar a plataforma de ligação", no âmbito da iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", afirmou.

O Presidente chinês, Xi Jinping, lançou a iniciativa de investimentos "Uma Faixa, Uma Rota" em 2013.

ActiveAdvice
Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde – Cintesis, Porto, integram uma equipa europeia num...

Os investigadores portugueses, sob a coordenação de Constança Paúl, defenderam hoje, em comunicado, que a utilização das “tecnologias pode ter um propósito preventivo (ajudando, por exemplo, a evitar quedas), ou de compensação e assistência em casos de perda de funcionalidade (por exemplo, softwares para reabilitação física ou cognitiva)”.

“Sabemos que a maioria das pessoas mais velhas prefere permanecer na sua casa, na sua comunidade – desde que seja capaz de manter um nível desejado de autonomia e de bem-estar”, sustenta Constança Paúl, que acredita que “o uso dos dispositivos de comunicação e as tecnologias podem contribuir em larga medida para aumentar o bem-estar dos idosos”.

De acordo com os censos de 2011, a população idosa portuguesa aumentou 19% na última década, o que, no entender dos investigadores, “aumenta a necessidade perceber, explicar e intervir no processo de envelhecimento, que se traduz na necessidade de se prestar cuidados a um número crescente de pessoas com idade avançada, que apresentam maior probabilidade de sofrerem problemas de saúde, perda de funcionalidade e, consequentemente de passarem pela experiência de institucionalização e/ou institucionalização”.

A investigadora Soraia Teles, também envolvida no projeto, refere que embora a utilização das tecnologias seja menor entre pessoas mais velhas, “dados Europeus de 2016 demonstram que 57% das pessoas com idades entre os 55 e os 74 anos utilizavam a Internet pelo menos uma vez por semana, o que representa um aumento significativo face a 2004, ano em que apenas 7% das pessoas deste grupo etário utilizavam a Internet”.

Também em Portugal o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias de 2016 (INE) reporta uma taxa de utilização da Internet de 47% para a faixa etária dos 55 aos 64 anos e de 28% para a faixa etária dos 65 aos 74 anos.

Atividades como consultar notícias ou pesquisar por informação relacionada com a saúde são as mais desempenhadas online por este grupo etário, “falta agora que esse potencial seja usado para responder de forma mais eficiente aos problemas específicos da população mais idosa”, sustentam os investigadores.

“Uma maior adesão a estas tecnologias depende da sua adequação às necessidades e requisitos das pessoas mais velhas e dos seus cuidadores. É fundamental que se consciencialize o público em geral para a existência destas soluções e para os seus potenciais efeitos positivos”, acrescentam.

Constança Paúl, investigadora do Cintesis e professora no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), considera que “o que falta é que essas soluções sejam do conhecimento público e passem a ser usadas pelo grupo da população que precisa delas e pode beneficiar com o seu uso”.

As informações para idosos e cuidadores do projeto ActiveAdvice (http://activeadvice.eu/) estão em fase de desenvolvimento, encontrando-se, neste momento, disponíveis em inglês, mas segundo o Contesis, em breve, estarão acessíveis mais conteúdos, em diferentes línguas europeias, incluindo o português.

Estudo
Portugal está entre os países europeus com mais novos casos de VIH entre pessoas com mais de 50 anos, segundo um estudo...

"Nos 12 anos mais recentes, houve um aumento contínuo de novos casos de VIH em pessoas mais velhas, o que significa que é precisa mais informação e mais testes específicos para a geração mais idosa", lê-se nas conclusões do estudo do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças publicado pela revista especializada em medicina.

Em 2015, 17% dos novos casos foram diagnosticados em pessoas com mais de 50 anos. Portugal, com seis casos por cada 100.000 cidadãos com mais de 50 anos, foi o país com a quarta maior taxa de novos casos nesta idade, embora tenha diminuído o número global de pessoas mais velhas infetadas.

Estónia, com 7,5 casos, Letónia com 7,17 e Malta, com 7,15 casos por 100.000, foram os países com taxas maiores.

De 2004 a 2015, o ritmo de aumento de novos casos aumentou em 16 países, assinala-se no estudo.

"Os resultados indicam uma clara necessidade de criar programas de prevenção completos, incluindo educação, acesso a preservativos, facilidade nos testes e tratamentos virados para adultos mais velhos em toda a Europa", afirmou a principal autora do estudo, Lara Tavoschi.

Acrescentou que é preciso reduzir estigmas e dizer às pessoas como se podem defender da doença, a par de um reforço dos testes, que devem ser mais acessíveis para o diagnóstico e o começo dos tratamentos ser mais rápido.

Nos países analisados - os 28 da União Europeia mais a Islândia, Noruega e Liechtenstein - a média de novos casos acima dos 50 anos aumentou de 2,1 casos por 100.000 em 2004 para 2,5 em 2015.

Isto representa 54.102 pessoas com mais de 50 anos diagnosticadas com VIH, a maior parte dos casos com a infeção em estado avançado.

Lara Tavoschi afirmou que a epidemia de VIH está a evoluir num sentido diferente do que se pensava, "potencialmente devido à pouca consciência da doença entre os mais velhos, as formas de transmissão, o que leva a equívocos e pouca noção dos riscos que correm".

"O nosso estudo mostra a necessidade de garantir que todas as idades são abrangidas pelos serviços de saúde competentes", salientou.

No caso das pessoas com mais de 50 anos, doenças características da idade, como complicações cardíacas, de fígado e rins, podem acelerar a progressão do VIH, aumentando a mortalidade.

Quanto a pessoas mais novas, no estudo indica-se que as taxas de infeção com o VIH diminuíram em seis países: Áustria, França, Holanda, Noruega, Portugal e Reino Unido.

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