Governo
O Governo criou uma comissão para realizar uma reflexão e análise técnica sobre o futuro do Serviço Nacional de Saúde que deve...

Segundo um despacho do ministro da Saúde publicado sexta-feira em Diário da República, a comissão deve produzir um relatório até 31 de março de 2019 sobre “O Presente e o Futuro do Serviço Nacional de Saúde”.

Adalberto Campos Fernandes determina no despacho que a comissão deve debruçar-se sobre a questão da “centralidade do doente” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sobre o desempenho do serviço, a sua organização e capital humano e ainda sobre a “harmonização das políticas públicas” e os seus impactos no SNS.

O relatório final da comissão deve assumir a forma de “Livro Branco” e deve tentar ter a mais ampla participação pública.

Constituem a comissão 12 peritos ligados à área da saúde, entre os quais o especialista em saúde pública Constantino Sakellarides, o médico de família Vítor Ramos, o presidente da Sociedade de Medicina Interna, Luís Campos, o psiquiatra Júlio Machado Vaz e o antigo bastonário dos Farmacêuticos, José Aranda da Silva.

No preâmbulo do despacho publicado, o Ministério da Saúde faz uma autoavaliação do trabalho desenvolvido desde o início de funções e indica que lançou ou concretizou “cerca de 80% das medidas previstas” para a legislatura atual.

O Governo considera, segundo o despacho, que ao longo dos quase 40 anos de existência do SNS, o serviço de saúde tem "vindo a ser afetado por um conjunto de questões de natureza sistémica" que faz com que seja necessário um "novo impulso de ação política", a acrescer "aos esforços de reequilíbrio encetados nos últimos anos".

No Porto
A ayahuasca, uma preparação tradicional à base de duas plantas, originária da América do Sul e cujo consumo é ilegal em...

Os especialistas Olga Silva e Mário Simões apresentaram no 12.º Simpósio da Fundação Bial, num debate sobre a "Ayahuasca como estimulador da mente - o conhecimento e potencial", o conjunto dos estudos científicos efetuados até ao momento, que "apontam para um espetro de aplicação terapêutica que inclui doenças tão díspares como as oncológicas, neurodegenerativas e psiquiátricas".

Invocando a necessidade de "estudos científicos adequados que permitam verificar a sua qualidade, modo de ação e segurança", Mário Simões acrescentou que este preparado "é usado no Brasil em contexto religioso, sem restrição legal".

A professora associada de Farmacognosia e de Plantas Medicinais e Fitoterapia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Olga Silva referiu que esta preparação à base de plantas "contém uma variedade de metabolitos secundários que vão para além da dimetiltriptamina, princípio ativo da ayahuasca, e dos alcaloides beta-carbonílicos".

Não sendo conhecido desde quando a ayahuasca é utilizada em Portugal, existem hoje associações no país que lhes são dedicadas, apesar de o seu consumo "estar proibido", salientou Olga Silva.

Professor de Psiquiatria e de Ciências da Consciência e diretor do LIMMIT - Laboratório de Interação Mente Matéria de Intenção Terapêutica, Faculdade de Medicina de Lisboa, Mário Simões acrescentou realizarem-se na Europa "excursões ao Peru com fins terapêuticos e espirituais" em busca de uma qualquer cura através da ayahuasca, em "rituais religiosos conduzidos por xamãs, que podem durar mais de seis horas em dias sucessivos".

Segundo Olga Silva, na década de 1980, a indústria farmacêutica norte-americana "fez tentativas de desenvolvimento de formulação", mas deparou-se-lhe um problema quando a tentou "patentear sem atender aos interesses da população local".

E com a "formulação a só poder ser desenvolvida com a integração dos conhecedores, depressa os promotores dos Estados Unidos perceberam que em termos económicos tinha um interesse relativo" facto que, segundo a especialista, ajuda a explicar o porquê de hoje a ayahuasca continuar sem "ser encontrada na medicina convencional".

Contrariando a lógica comercial da indústria farmacêutica, Mário Simões disse "existirem dados que levam a dizer que há bons resultados clínicos, divulgados em publicações científicas credíveis, em depressões resistentes à terapêutica, em adições, como a dependência da heroína, da cocaína e até do álcool".

E prosseguiu: "hoje começa a haver estudos em animais relacionados com a doença de Parkinson, podendo também esta preparação ser um auxiliar de psicoterapias".

Mário Simões concluiu defendendo que a ciência "deve passar a perguntar para que serve e não apenas porquê" e que ao "avançar nesse sentido vai ter uma aceleração, uma outra visão, não movida apenas por interesses imediatos, mas para um bem maior de todos, deixando de tratar da vidinha para passar tratar da Vida", disse, citando Alexandre O'Neill.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde afirmou hoje que apresentará até ao verão propostas para devolver autonomia aos serviços de saúde para...

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa, onde assistiu à apresentação do relatório Health System Review – Portugal, elaborado por peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa e do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde.

Com uma proposta que irá passar pelo parlamento e o decreto-lei da execução orçamental, pretende-se "progressivamente retomar os níveis de autonomia orgânica" em situações de que os serviços se queixavam, como as substituições de trabalhadores ausentes do serviço ou doentes, e as aquisições, que não podiam fazer sem passar pela tutela.

De acordo com o relatório, o sistema de saúde português precisa de lidar com famílias mais pobres, desemprego e pobreza infantil, situações que aumentaram durante a crise financeira, e deve reverter-se a centralização que se regista desde então.

Sobre o desequilíbrio entre o número de enfermeiros, demasiado poucos para a quantidade de médicos, Adalberto Campos Fernandes admitiu que é uma tendência que se tem agravado "ao longo de 30 anos" e que se está "longe do número ideal", apesar de nos últimos dois anos se terem contratado "3.000 enfermeiros".

O ministro salientou que a crise e a "exaustão financeira" comprometeram o investimento público na saúde, mas que retomar esse investimento e ter bons serviços públicos só é possível com "contas públicas rigorosas e equilibradas".

 

Relatório
Uma avaliação de peritos internacionais considerou que o sistema de saúde português precisa de “estratégias a longo prazo” para...

O relatório Health System Review – Portugal, elaborado por peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa e do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde, foi hoje apresentado em Lisboa, na presença do ministro da Saúde, que solicitou a elaboração do documento.

De acordo com o relatório, o sistema de saúde português necessita de “estratégias de longo prazo para enfrentar as consequências para a saúde da privação familiar, desemprego e pobreza infantil que foram exacerbadas durante a crise financeira”.

Outra consequência da crise que os especialistas internacionais gostariam de ver revertida é a centralização que se regista desde então.

Segundo Hans Kluge, especialista em saúde pública e representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) neste trabalho, Portugal não está sozinho num conjunto de problemas que assolam outros países, como o envelhecimento da população e as comorbilidades.

O especialista alertou para as “dramáticas” consequências de doenças como a obesidade e a hipertensão, tendo deixado alguns elogios à forma como o sistema de saúde tem encarado problemas com o álcool e o tabaco.

Para Hans Kluge, o grande desafio do SNS deve ser “colocar o interesse das pessoas no centro do sistema”.

A mesma ideia foi deixada por Charles Normand, professor universitário irlandês, para quem a saúde em Portugal atravessa dois desafios, relacionados com a idade da população e as várias doenças crónicas.

Sobre a crise financeira e o impacto do programa de intervenção da troika, este académico referiu que “Portugal pode estar orgulhoso”. “Os problemas poderiam ter sido maiores sem a intervenção da troika”, disse.

Charles Normand chamou a atenção para o desânimo que afeta os profissionais de saúde, com reflexos na sua atuação, defendendo por isso maiores incentivos.

Os autores do documento sublinham que as dificuldades financeiras ainda são um entrave no acesso de alguma população aos serviços de saúde.

Outro sinal que o documento deixa vai no sentido da necessidade de investimento nas infraestruturas, o que poderá passar pelo recurso às parcerias público-privadas.

 

Eurostat
Quase metade das famílias portuguesas teve dificuldade em pagar serviços de saúde em 2016, segundo dados da autoridade...

Segundo os resultados do Eurostat, em Portugal houve, nesse ano, 47,4% dos lares que sentiram dificuldade em ter acesso aos serviços de saúde devido aos elevados custos, tendo Portugal ficado, ainda assim, abaixo dos 50%, ao contrário de países como a Grécia, Hungria ou Itália.

As estatísticas apontam que 7,7% das famílias portuguesas (quase uma em cada 10) tiveram “muitas dificuldades” para cobrir estes custos e 13,4% sentiram “dificuldades moderadas”.

Mais de uma em cada quatro famílias tiveram “algumas dificuldades”, refere o Eurostat.

Ainda assim, em Portugal, mais de metade das famílias (52,2%) consideraram não ter dificuldade em pagar os serviços de saúde, com um quinto dos lares (19,6%) a referir ser “muito fácil”.

Em 2016, a maioria dos lares (71%) da União Europeia conseguia pagar os custos de serviços de saúde com facilidade, sendo que 22% tinham mesmo “muita facilidade”.

Os restantes 29% dos lares reportaram algumas dificuldades, com 4% a dizerem ter “muita dificuldade” para aceder a estes serviços.

O país onde se registaram mais dificuldades foi a Grécia, onde 90% das famílias disseram ser complicado cobrir estes custos, seguida da Hungria, onde três quartos das famílias (74%) sentem que a saúde tem um peso demasiado grande nas despesas.

No Chipre, a percentagem de famílias com dificuldades para pagar o acesso à saúde foi de 72% enquanto na Letónia foi de 64%, na Eslováquia de 61% e na Itália de 56%.

Mais de 80% dos lares em sete Estados-membros referiram conseguir pagar serviços de saúde com facilidade, com o máximo a registar-se na Finlândia (87%) e países do Norte da Europa como o Reino Unido, a Alemanha, a Suécia e a Dinamarca a registaram todos percentagens superiores a 80%.

Os dados do Eurostat incluem tanto os serviços de saúde públicos como os privados e os custos passam, por exemplo, por preços das consultas, tratamentos e receitas prescritas, mas também exames e tratamentos dentários.

Os dados divulgados marcam o Dia Internacional da Saúde, que se celebra no sábado.

 

Instituto Nacional de Estatística
Os óbitos por problemas do aparelho circulatório e por tumores malignos representam mais de metade das mortes registadas em...

De acordo com os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao período 2006-2016 hoje divulgados, a propósito do Dia Mundial da Saúde (07 de abril), em 2016 aumentaram 1,1% as mortes causadas por doenças do aparelho circulatório e 2,7% as relativas a tumores malignos, a segunda principal causa de morte no país.

Em 2016 foram registados 110.970 óbitos no país (incluindo 397 de residentes no estrangeiro), sendo que cerca de 54% do total foram provocados pelo conjunto das doenças do aparelho circulatório (32.805) e tumores malignos (27.357).

No ano de 2016, no grupo de causas relacionadas com as doenças do aparelho circulatório, 11.738 óbitos foram motivados por doenças cerebrovasculares e 7.368 por doenças isquémicas do coração.

Enquanto as doenças do aparelho circulatório mataram mais mulheres (18.075) do que homens (14.730) no caso dos tumores malignos acontece o contrário (16.302 homens e 11.055 mulheres).

Quanto às faixas etárias, no mesmo ano, 91,1% do total de óbitos por doenças do aparelho circulatório foram de pessoas com 65 e mais anos e mais de metade (55,1%) foram de mulheres.

Todavia estas causas atingiram mais tardiamente as mulheres do que os homens: enquanto mais de três quartos dos óbitos de mulheres (77,7%) por estas causas ocorreram a partir dos 80 anos, no caso dos homens registaram-se perto de 78,5% a partir dos 70 anos. A maior parte das mortes por tumores malignos (74,5%) atingiram pessoas com 65 e mais anos e 73,0% foram de homens nestas idades. Em comparação com as doenças do aparelho circulatório, o impacto fatal dos tumores malignos ocorreu em idades mais jovens e atingiu com maior intensidade os homens.

No conjunto das mortes provocadas por tumores malignos foram mais frequentes as resultantes de tumor maligno da laringe, traqueia, brônquios e pulmão (4.434 óbitos), tumor maligno do cólon (2.655), tumor maligno do estômago (2.197) e tumor maligno do tecido linfático/hematopoético (2.375).

De acordo com os dados hoje divulgados, no período de 2006 a 2016, as proporções de óbitos por tumores malignos do pâncreas e a proporção de óbitos por tumores malignos do tecido linfático/hematopoético foram as que mais aumentaram, respetivamente em 2,1 p.p. e 1,0 p.p.

Em contrapartida, verificou-se uma diminuição de 2,2 p.p. nas mortes provocadas por tumores malignos do estômago, de 1,1 p.p. nas provocadas pelo tumor maligno do colon, e de 0,7 p.p. nas causadas por tumor maligno da próstata.

Segundo o INE, foram também relevantes os óbitos causados por doenças do aparelho respiratório - que estiveram na origem de 12,1% do total de óbitos -, onde se inclui a pneumonia (6.006 óbitos) que esteve na origem de 5,4% das mortes.

As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas estiveram na origem de 5% do total de mortes, onde se incluem os óbitos provocados por diabetes mellitus (4.359 óbitos), que representaram 3,9% do total.

As mortes por causas externas de lesão e envenenamento corresponderam a 4,4% do total de óbitos em 2016, destacando-se a importância relativa das mortes por acidentes (2.847 óbitos) e por suicídio e outras lesões autoinfligidas intencionalmente (981 óbitos).

Perto de 95,7% dos 110.573 óbitos de residentes em Portugal foram causados por mortes naturais (motivadas por doenças ou estados patológicos), enquanto a proporção de mortes não naturais (óbitos por causas externas que ocorrem em consequência de lesões provocadas, por exemplo, por acidentes, suicídios, homicídios, catástrofes naturais) foi de 4,3%.

 

Instituto Nacional de Estatística
O número de camas para internamento disponíveis nos hospitais oficiais aumentou pela primeira vez em 10 anos, chegando às 24...

De acordo com os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao período 2006-2016 hoje divulgados, a propósito do Dia Mundial da Saúde (07 de abril), em 2016 havia nos hospitais 35.337 camas disponíveis para internamento imediato de doentes, das quais 24.056 nos hospitais pertencentes aos serviços oficiais de saúde.

Ainda que pequeno (mais 29 do que em 2015), este aumento do número de camas disponíveis para internamento não acontecia nos hospitais oficiais desde 2006, quando havia nestas unidades de saúde 27.531 camas de internamento.

Manteve-se a tendência de aumento das camas disponíveis nos hospitais privados (mais 418 camas que em 2015) que atingiram um total de 11.281 camas.

Do total de camas disponíveis nos hospitais em 2016, a maioria (27.691) pertencem a enfermarias, seguidas das dos quartos privados e semiprivados (4.807), das unidades de cuidados intensivos (1.199), das unidades de cuidados intermédios (770), das unidades de queimados (43). Há ainda 827 camas de internamento registadas em “outros” serviços.

Segundo os dados do INE, em 2016 foram registados um total de 1.155.169 internamentos nos hospitais, quase 80% (909.318) dos quais nos hospitais públicos ou em parceria publico privada e 21,2% (245.851) nos hospitais privados.

o INe indica ainda que a duração média do internamento, ou seja, o número médio de dias por cada internamento foi de 8,8 dias, ligeiramente superior ao registado em 2015 (8,7 dias).

Nos hospitais públicos ou em parceria público-privada, cerca de 95% dos internamentos de 2016 ocorreram em enfermarias (com especial relevo nas especialidades de Medicina Interna, Cirurgia Geral e Ginecologia-Obstetrícia) e registou-se uma duração média de internamento de 8,1 dias. No caso dos hospitais privados, a maior parte dos internamentos foi feita em quartos semiprivados ou privados (67,3%) e, em média, os doentes ficaram internados durante 11,3 dias.

A especialidade com um período de internamento mais longo foi a Psiquiatria, com uma média de 67,9 dias no conjunto dos hospitais portugueses (67,2 dias no ano anterior), destacando-se a diferença entre a duração média nos hospitais privados (181,9 dias por internamento) e a duração média nos hospitais públicos ou em parceria público-privada (com 24,1 dias por internamento).

Em 2016, continuou a aumentar o número de médicos (50.239) e de enfermeiros (69.486) registados nas respetivas Ordens (+3,6% médicos e +2,6% enfermeiros).

O número de médicos aos serviços nos hospitais também aumentou entre 2015 e 2016, passando de 22.874 para 24.003 e a grande maioria trabalha nos hospitais púbicos ou em parceria público privada (20.933).

 

Associação Plano i
O Centro Gis, criado pela Associação Plano i para dar respostas às populações LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans), passou...

Denominado Gabinete Itinerante de Saúde, o novo serviço de apoio representa um investimento de mais de 13 mil euros, sendo um projeto cofinanciado pela Fundação EDP, através do programa EDP Solidária - Inclusão Social 2017, e pela câmara e junta de freguesia de Matosinhos, distrito do Porto.

Em declarações, a vice-presidente Paula Allen explicou que a aposta na compra da carrinha foi decidida para se dar "uma resposta mais alargada do que a atual, que se verifica à escala do Grande Porto" e é feita a partir das instalações em Matosinhos.

Contando ainda como parceiros a Secretaria de Estado para Cidadania e Igualdade e Comissão para a Igualdade de Género, o Centro Gis atendeu mais de mil pessoas, em 2017, no seu primeiro ano de atividade. E Paula Allen afirmou-se convicta de que, com esta resposta adicional agora proporcionada, o número de "atendimentos duplicará".

Contando atualmente com 186 utentes - terminou 2017 com 123 - o Centro Gis quer, com a unidade móvel, "ir ao encontro daqueles que, ora por falta de condições monetárias, ora por questões de privacidade, sentiram dificuldades em chegar ao atendimento", explicou Paula Allen.

Com respostas em áreas como a psiquiatria, endocrinologia, psicologia, além do apoio jurídico, mas acompanhando também a violência doméstica e de género, o novo projeto quer "chegar às escolas, promovendo ações de sensibilização", explicou a também psicóloga.

A unidade móvel inicia de "imediato o trabalho no terreno", afirmou.

"Pronto para responder a todas as solicitações", o seu raio de ação será nas regiões Norte e Centro, estando afetas ao serviço "as mesmas pessoas que dão atendimento nas instalações do centro", disse a vice-presidente.

Esta disponibilidade faz com que o Centro Gis garanta que a unidade móvel "vai funcionar sempre que necessário", num investimento na sensibilização e prevenção que a fará estar, também "junto aos estabelecimentos de diversão noturna, onde já se procede à distribuição de contracetivos ou gel lubrificante", acrescentou.

Paula Allen afirmou-se convicta de que o número de "atendimentos duplicará" depois de terem concluído 2017 com um milhar de pessoas atendidas.

 

Profissionais de saúde
A APCP promove a disponibilização e divulgação de um novo web site, intitulado Medicina Paliativa, dirigido a profissionais de...

Neste site, o autor pretende disponibilizar textos, diapositivos de aulas e outras apresentações, mas também criar a possibilidade de interagir mediante discussão de casos clínicos e comentários às apresentações.

“Com esta iniciativa, pretendo partilhar com as pessoas de língua portuguesa interessadas em cuidados paliativos, sobretudo os profissionais desta área, textos, aulas e apresentações e discutir problemas.

A parte essencial desta página da internet é o blogue. Nele serão publicados textos sobre controlo de sintomas, ética, etc. Será também uma oportunidade para apresentação de problemas que surjam no tratamento dos doentes. Estes casos serão selecionados já que, dependendo do êxito desta iniciativa, poderá haver um número grande de questões a responder.

Procurarei pôr à discussão e responder a, pelo menos, um post por dia. Gostaria também que me enviassem comentários construtivos para me ajudar a melhorar a página e, assim, torna-la mais útil.

A construção desta página será um processo progressivo que com regularidade irá crescendo. Esse crescimento dependerá muito do interesse que possa despertar nos profissionais.

Muito do que será publicado partirá sobretudo da experiência de lidar com doentes oncológicos, mas muito do que será aqui escrito se poderá aplicar a doentes com outras patologias”, explica o Sr. Professor José António Saraiva Ferraz Gonçalves.

O site pode ser consultado em www.medicinapaliativa.pt.

International Cat Care Welfare of the Year
A Animais de Rua foi distinguida com o prémio International Cat Care Welfare of the Year na cerimónia dos Ceva Animal Welfare...

Este prémio foi atribuído a Maria Pinto Teixeira, diretora-geral da Animais de Rua, pelo seu percurso e trabalho desenvolvido em Portugal em prol da proteção e bem-estar dos animais.

A Maria fundou a Animais de Rua há 10 anos, com o objetivo de controlar da forma mais humana e eficaz a população de animais errantes em Portugal, através do método CED (Capturar-Esterilizar-Devolver). Com este método, os gatos silvestres são capturados com recurso a material especializado, depois esterilizados e permanecem em pós-operatório até estarem em perfeitas condições para serem desenvolvidos às suas colónias.

A associação foi crescendo e conta hoje com mais de 100 voluntários por todo o país, tendo já esterilizado mais de 21 mil animais. Após a aprovação da lei que proíbe o abate nos canis municipais, a Animais de Rua é cada vez mais procurada para dar resposta à sobrepopulação de animais errantes.

Claire Bessant, CEO da International Cat Care (iCatCare), afirma “É uma honra para a iCatCare reconhecer o trabalho da Maria Pinto Teixeira e a sua enorme dedicação e contribuição para o bem-estar dos felinos. A Maria tem sido incansável em ajudar gatos e cães no seu país, apostando na sua formação e na formação dos voluntários da sua Associação para trazer cada vez mais qualidade de vida aos animais. Na verdade, a Maria foi uma das pessoas que a iCatCare consultou quando criou a International Declaration of Responsibilities to Cats. Muitos parabéns à Maria e a todos os voluntários da Animais de Rua que trabalham diariamente para ajudar os felinos em todo o país”

Maria Pinto Teixeira não podia estar mais feliz com este reconhecimento internacional. “É para mim uma surpresa e um enorme prazer aceitar esta distinção. Este prémio é dedicado a toda a equipa de voluntários da Animais de Rua que ao longo destes 10 anos têm sido incansáveis no trabalho pelo bem-estar de gatos e cães em Portugal. Obrigada à CEVA pela oportunidade de conhecer pessoas tão generosas e inspiradoras. Um agradecimento muito especial à iCatCare por todo o apoio que nos têm dado a nível de orientação, conhecimento, documentação científica e formação veterinária que nos permite melhorar os cuidados que prestamos aos felinos em Portugal. Estamos preparados para os desafios que se aproximam no nosso país ao nível da legislação e felizes por contar com estes extraordinários parceiros ao longo desta viagem”, afirma.

Instituto Nacional de Estatística
Os hospitais do setor público continuam a assegurar a maior parte dos cuidados de saúde, mas o setor privado tem continuado a...

De acordo com os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao período 2006-2016 hoje divulgados, a propósito do Dia Mundial da Saúde (07 de abril), em 2016 foram realizados cerca de 7,7 milhões de atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais, com um aumento de 5,4% face ao ano anterior.

A predominância foi para os atendimentos nos hospitais públicos ou em parceria público-privada, com 84,2% dos atendimentos em serviços de urgência.

Ao longo dos 10 anos em análise “os hospitais privados ganharam importância na prestação destes cuidados, com um valor (1,2 milhões de atendimentos) que duplica o de 2006 (cerca de 600 mil atendimentos)”, refere o INE.

A maioria dos atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais foi motivada por doença (81,9%), enquanto as lesões por acidente estiveram na origem de 10,8% dos atendimentos e 7,4% deveram-se a outras lesões ou causas (incluindo lesões por agressão e lesões autoprovocadas intencionalmente). Os dados do INE indicam que nos hospitais portugueses, em 2016, foram realizadas aproximadamente 1,1 milhões de cirurgias, das quais 178 mil pequenas cirurgias. Cerca de 73% das operações (exceto pequenas cirurgias) foram realizadas em hospitais públicos ou em parceria público-privada, das quais 85% foram programadas.

No caso dos hospitais privados, as cirurgias programadas tinham um peso maior, representando 89,4% do total de cirurgias (exceto pequenas cirurgias) realizadas em 2016. Segundo o INE, o aumento no número de consultas médicas ocorreu principalmente nos hospitais privados.

Em 2016, foram realizadas cerca de 19,4 milhões de consultas médicas na unidade de consulta externa dos hospitais, das quais 66% foram asseguradas por hospitais públicos ou em parceria público-privada (67,6% no ano anterior).

O número de consultas médicas na unidade de consulta externa dos hospitais aumentou 2,8% entre 2015 e 2016, de forma mais expressiva nos hospitais privados (+7,9%) do que nos hospitais públicos ou em parceria público-privada.

Em 2016, os hospitais privados foram responsáveis por 34% do total de consultas (mais 484 mil consultas face ao ano anterior, o que representa 90,7% do aumento total de consultas).

As especialidades com maior número de consultas médicas na unidade de consulta externa dos hospitais públicos ou em parceria público-privada foram, em 2016, por ordem decrescente, a Oftalmologia, a Ginecologia-Obstetrícia, a Ortopedia e a Cirurgia Geral.

No caso dos hospitais privados, foram a Ortopedia, a Oftalmologia e a Ginecologia Obstetrícia. O INE indica ainda que se manteve a tendência de aumento do número de hospitais privados, cujo número (114 em 2016) superou pela primeira vez o de hospitais pertencentes aos serviços oficiais de saúde.

Estudo
Há vários anos que cientistas desconfiam que a restrição calórica pode estar relacionada com mais anos de vida. Enquanto em...

Lémures-ratos que sobrevivem com menos calorias durante a vida adulta vivem mais do que os seus pares, conclui um estudo publicado esta quinta-feira na revista científica Communications Biology. Na investigação, os animais sujeitos a uma restrição de calorias estavam fisicamente mais jovens na velhice e menos afetados por doenças como cancro ou diabetes, embora também tenham perdido massa cinzenta mais rapidamente, escreve o Sapo.

"Os resultados apresentados fornecem evidências de que a restrição calórica crónica moderada (30%), quando iniciada na vida adulta, pode prolongar a vida útil dos lémures-ratos em 50%" em comparação com os seus pares em cativeiro, lê-se no artigo.

A perda acelerada de massa cinzenta, um efeito secundário potencialmente preocupante, não teve no entanto nenhum impacto nas habilidades cognitivas dos animais, acrescenta a equipa francesa.

Mais anos de vida e melhor saúde
Já foi demonstrado que restringir a ingestão de calorias - reduzindo a quantidade de alimentos sem perder nutrientes essenciais - aumenta a esperança de vida em espécies de vida curta, como ratos, e melhora a saúde geral de alguns animais. No entanto, houve resultados contraditórios em macacos rhesus - animais com uma esperança de vida média de 27 anos em cativeiro e 40 na natureza.

Um artigo de 2012, feito com base em 23 anos de estudos, concluiu que uma dieta com cerca de 30% de restrição calórica tornou os macacos mais saudáveis, mas não prolongou as suas vidas.

Tal conclusão contradiz uma investigação do Centro Nacional de Pesquisa de Primatas de Wisconsin, nos Estados Unidos, que descobriu que os macacos com restrição calórica viviam mais do que os seus pares. Ainda não há nenhuma conclusão sólida sobre os benefícios potenciais da restrição de calorias em seres humanos.

No presente estudo, a equipa francesa procurou desenvolver a pesquisa observando os lémures-ratos que, tal com os humanos e macacos, são da família dos primatas.

Em média, o primata malgaxe vive cerca de 5,7 anos em cativeiro e cerca de 12 anos em estado selvagem.

O estudo começou em 2006, com 15 animais que receberam uma dieta diária "padrão" composta por seis gramas de frutas frescas e 15 gramas de uma mistura de cereais, leite e ovos - um total de 25 quilocalorias. Outros 19 lémures foram alimentados com o mesmo tipo de comida, mas com 30% menos quantidade - 16 quilocalorias por dia.

Os animais foram incluídos no estudo quando eram adultos jovens, com apenas três anos. Os cientistas descobriram que os lémures com restrição calórica viviam em média 9,6 anos, em comparação com os 6,4 anos para aqueles com a dieta padrão.

No final do estudo, todos os 15 lémures com a dieta padrão tinham morrido, enquanto sete lémures com restrição calórica permaneciam vivos.

Todos os sete chegaram aos 13 anos, "o que é muito além do tempo de vida máximo" registado, segundo o estudo.

A perda de massa branca - tecido conectivo que permite que diferentes regiões do cérebro se comuniquem - foi retardada nos lémures com restrição de calorias, segundo os cientistas.

Mas a perda de massa cinzenta - a camada externa enrugada do cérebro, que abriga os processos de aprendizagem e memória, função motora, habilidades sociais, linguagem e resolução de problemas - foi acelerada. Isso aponta para "um potencial impacto negativo da restrição calórica na integridade cerebral, o que merece mais investigação", conclui a equipa.

Inquérito
Mais de um terço dos portugueses pratica atividade física regular, com os homens a aderirem mais aos exercícios, principalmente...

Realizado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) estudou 4.911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de dois terços dos quais (63,4%) “sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário” e 11,2% desempregados.

No Dia Mundial da Atividade Física, que se assinala hoje, o inquérito revelou que 2,3 milhões de portugueses (34,2%) praticam alguma atividade física regular, ou seja, pelo menos uma vez por semana e de forma a transpirar e a sentir cansaço.

Esta atividade é mais frequente nos homens (39,7%) e no grupo etário dos 25 aos 34 anos (47,1%).

Logo a seguir surge a faixa etária dos 35 aos 44 anos (40,6%), dos 45 aos 54 anos (31,8%) e dos 55 aos 64 anos (28,1%). A atividade física é menor na faixa entre os 65 e os 74 anos (20,8%).

A região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela onde se pratica mais atividade física regular (40,3%), seguindo-se o Algarve (39,9%), o Alentejo (34,2%), o Norte (30%) e o Centro (28%).

A atividade física regular é mais comum entre pessoas empregadas (38,4%) e entre quem completou o ensino superior (49,6%). Entre os que têm o ensino secundário, a prática de atividade física é seguida por 43,2% da população inquirida, sendo que 32,3% dos que têm o segundo ou terceiro ciclo fazem desporto. Entre os que não têm nenhuma escolaridade ou apenas o primeiro ciclo, a prática de atividade física regular abrange 18,8% da população.

O INSEF apoia as atividades nacionais e regionais de observação e monitorização do estado de saúde da população e avalia os programas de saúde e investigação em saúde pública.

O Dia Mundial da Atividade Física visa promover a prática de atividade física junto da população, assim como mostrar os benefícios do exercício físico.

 

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Segundo o relatório da Primavera 2017, muitos portugueses não seguem a terapêutica prescrita pelo médico por não terem...

O mês de abril é marcado pelo Dia Mundial da Saúde, que se celebra no dia 7. Este ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) dedica este dia ao conceito Health for All  (Saúde para Todos), ao qual a Sociedade Portuguesa de Cardiologia se junta, relembrando as iniquidades no acesso à saúde.

A cobertura universal de cuidados de saúde pressupõe que todos têm o direito a serviços de saúde, com qualidade e sempre que estes forem necessários, sem que isso implique que o doente ou a família passem por dificuldades financeiras. Na realidade, estamos longe de atingir este objetivo, com milhões de pessoas em todo o mundo que, apesar das manifestações de doença cardiovascular, não têm acesso a qualquer tipo de cuidado.  Porém, não é apenas em países subdesenvolvidos que o acesso à saúde se mostra um problema; no Portugal envelhecido do século XXI, há ainda quem viva em regiões sem serviços médicos – sobretudo idosos, que constituem precisamente a população mais afetada por este tipo de patologia - e sem meios para se deslocar.

Para quem sofre de alguma doença de natureza cardio ou cerebrovascular, esta questão é especialmente grave no sentido em que, para além de não haver o acompanhamento adequado, estas pessoas não possuem muitas vezes condições financeiras para fazer a terapêutica prescrita ou reabilitação. Um dos objetivos do Programa Nacional Para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares para o ano de 2020, é precisamente alargar o número de pessoas a nível nacional com acesso à reabilitação pós-AVC (Acidente Vascular Cerebral) para 1.800 por ano.

Recentemente, o estudo ATLAS propôs-se a comparar os gastos e o peso que o acesso à saúde representa nos países membros da Sociedade Europeia de Cardiologia, bem como o acesso aos serviços e cuidados básicos do ponto de vista cardiovascular. No ano de 2013 foram gastos em Portugal aproximadamente 2.000 euros por pessoa só em saúde, realidade que contrasta com países como a Síria, que foi aquele onde menos dinheiro foi despendido, ou como o Luxemburgo, onde se gastou mais dinheiro nesta área. Estes dados vêm, assim, evidenciar as disparidades e lacunas existentes nos sistemas de saúde destes países, permitindo avaliar de que forma a gestão dos fatores de risco e a incidência das doenças cardiovasculares são abordadas.

Através da análise deste estudo, é possível também concluir que há disparidades significativas entre nações com diferentes rendimentos médios, quer no que diz respeito à prevalência de fumadores e hipertensos – mais elevada nos países onde o rendimento é menor -, quer na redução da taxa de mortalidade por doença cardiovascular, que tem tido valores muito positivos na Europa, contrastando com os restantes países, onde esta diminuição não é tão evidente. Portugal encontra-se colocado no grupo de países onde há uma menor mortalidade por doenças cardiovasculares, mas esta tendência é contrariada no caso do AVC, que atira os portugueses para o grupo com maior taxa de mortalidade devida a esta patologia. Para isto contribuem fatores como os índices de obesidade, de inatividade física e de prevalência de diabetes em Portugal, que são dos mais elevados.

Para o Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, “A saúde é um direito humano. Ninguém deve ficar doente ou morrer apenas porque não tem acesso aos serviços de que necessita.” O Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Prof. João Morais, lamenta, contudo, que esta realidade não seja ainda possível, pois “pelo menos metade da população do mundo encontra-se sem acesso a qualquer tipo de cuidados, ou forçada a escolher entre uma deslocação a um serviço de saúde e outra qualquer necessidade básica. Esta é uma situação por que ninguém deveria passar!”

Centro Hospitalar do Oeste
O Centro Hospitalar do Oeste admitiu ontem ter sido detetada a bactéria ‘legionella’ no serviço de Imunohemoterapia do Hospital...

A bactéria ‘legionella pneumophila’ foi detetada “num lava loiça de uma copa (sala de apoio)” do serviço, “em valores baixos, de cinco UFC/1000 ml”, disse o diretor clínico do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), António Curado.

Questionado, o mesmo responsável assegurou que, para além da copa, “não há quaisquer doentes afetados nem serviços condicionados”, bem se prevê que venha a ser necessário o encerramento de qualquer serviço do hospital das Caldas da Rainha.

A presença da bactéria “foi detetada durante as análises de rotina regulares” à água daquela unidade, cujos resultados foram conhecidos na terça-feira, mas, sublinhou o diretor clínico, “dizem, no entanto, respeito a recolhas efetuadas a 21 de março”.

O diretor clínico adiantou que foram já realizados “choques térmicos e reforço da concentração de cloro, através dos Serviços Municipalizados das Caldas da Rainha” a par com outras intervenções técnicas no setor afetado, entre as quais “a colocação de bomba de reforço da circulação no circuito e eliminação de válvula termostática”.

Foram ainda realizadas desinfeções químicas de perlaptores e chuveiros em toda a ala da zona e “o acesso à torneira com resultado positivo foi vedado até novas análises”.

A presença da bactéria ‘legionella” tinha já determinado, em janeiro, o encerramento de um dos dois serviços de Ortopedia do Hospital de Torres Vedras, outra das unidades do CHO, mas, segundo o diretor clínico “as análises de Ortopedia de Torres Vedras e de todos os outros serviços do CHO estão atualmente negativas”.

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e de Peniche e detém uma área de influência constituída pelas populações daqueles três concelhos e dos de Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

A população abrangida é de 292.546 pessoas, número, que sobe para mais de 300 mil pessoas devido a eventos sazonais e aos doentes referenciados pelos centros de saúde.

Opinião
Praticar exercício físico é hoje um hábito cada vez mais presente no quotidiano dos portugueses.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o exercício físico é recomendado à população em geral, tanto para crianças e jovens, como para adultos, e até mesmo pessoas com mais de 65 anos. De forma a garantir as boas práticas durante a realização dos exercícios, esta entidade estipulou algumas recomendações que diferem consoante o grupo etário.

No caso da população entre os 5 e os 17 anos, deverão ser realizados 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada a alta. Entre os benefícios estão o desenvolvimento saudável do sistema cardiovascular, do tecido musculosquelético, de consciência neuromuscular (equilíbrio, coordenação e controle dos movimentos), e manutenção do peso corporal. Estão também associados benefícios psicológicos.

Já os indivíduos entre os 18 e os 64 anos devem praticar pelo menos 150 minutos semanais de atividade aeróbica de intensidade moderada, ou 75 minutos de atividade de alta intensidade. Segundo alguns dados médicos e científicos, este grupo apresenta menor risco de fratura e redução das taxas de mortalidade devido a: hipertensão arterial, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, menores índices de depressão, maior probabilidade de manter o peso ou redução de gordura abdominal, etc.

A partir dos 65 anos destacam-se atividades físicas e de lazer (como jardinagem, natação, caminhadas, dança), de locomoção, ocupacionais e tarefas domésticas. Com estas verifica-se a redução do risco de quedas, melhorias nas funções cognitivas, melhorias na constituição óssea, redução dos índices gerais de mortalidade e manutenção de massa muscular.

Enquanto Podologista, tenho observado que a população em geral, quer sejam amadores ou atletas profissionais, não detém grande preocupação na escolha do tipo de calçado desportivo, fator que pode acarretar problemas para o pé, joelhos e coluna lombar, pois as características físicas do indivíduo, nomeadamente o apoio plantar, posicionamento do retro pé, relação entre pé-joelho-coluna vertebral, entre outros, são fontes de lesões de overuse nos atletas. Assim, perante esta perspetiva, gostaria de aconselhar a todos os praticantes de qualquer atividade física desportiva e até de lazer a efetuar uma avaliação clínica podológica, com o objetivo de evitar lesões musculares, osteoarticulares, entorses, rutura de ligamentos, etc.

De forma garantir a saúde e bem-estar dos seus pés a médio-longo prazo, recomendo alguns cuidados a ter com os pés no desporto:

  • Lave os pés diariamente e seque-os bem, principalmente entre os dedos;
  • Use apenas meias de tamanho adequado e de algodão ou de outro material específico;
  • Compre sempre o calçado desportivo ao final do dia, pois é quando os pés se encontram mais volumosos;
  • Experimente o calçado desportivo com meias, e se utilizar ortóteses plantares leve-as consigo e coloque-as dentro do calçado;
  • Ajuste sempre o calçado desportivo ao pé maior e ao dedo maior, e verifique se há espaço suficiente para os dedos mexerem;
  • Escolha calçado desportivo com atacadores para ser possível um maior controlo e estabilidade do pé;
  • Utilize sempre o calçado adequado a cada desporto e de acordo com a sua pegada plantar;
  • Deve iniciar com atividade física moderada, no sentido de preparar todo o organismo para o exercício, pois sobrepeso e a falta de exercício irão conduzir a um excesso de stress sobre os pés;
  • Nunca se esqueça de efetuar um bom aquecimento antes de iniciar desporto, e execute alongamentos após o mesmo;
  • O calçado desportivo deve proteger o mais possível o pé, ser durável e adequado ao desporto e ao piso;
  • Substitua o calçado desportivo de caminhar a cada 500-1000 quilómetros, dependendo da utilização;
  • Utilize calçado adequado de acordo com a atividade física que vai executar e, muito importante, consulte sempre um Podologista para identificar quais as alterações biomecânicas presentes no seu pé.
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Profissionais defendem
Responsáveis de várias áreas da Saúde coincidiram ontem na importância e necessidade de que o Serviço Nacional de Saúde se...

Num debate organizado pela consultora FDC sobre a pergunta “E se o SNS acabar?” responderam que “não pode acabar” as bastonárias das ordens dos Enfermeiros e dos Farmacêuticos, um dirigente da Ordem dos Médicos, um diretor da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), e ainda o diretor de uma consultora na área da Saúde e antigo secretário de Estado Manuel Delgado.

Todos concordaram que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é fundamental, “um pilar da democracia e da coesão”, como disse Ana Rita Cavaco, da Ordem dos Enfermeiros, ou “a maior conquista que chegou com o 25 de abril”, como disse João de Deus, pela Ordem dos Médicos.

Manuel Delgado, que se demitiu do Governo na sequência do escândalo que envolveu a associação Raríssimas, defendeu também o SNS como sendo um modelo que não sendo perfeito é o menos mau, e porque é o único que “garante minimamente a universalidade e a equidade e que menos induz o consumo desnecessário de recursos”.

Para o diretor da APIFARMA, Heitor Costa, o SNS “tem forças que o fazem único, universal, transversal e um garante da possibilidade de um continuo de cuidados”. Maria de Belém Roseira, responsável pela revisão da lei de bases da Saúde, haveria de dizer depois do SNS que a grande virtuosidade do sistema é a correção das desigualdades.

O SNS “é o único serviço público criado após o 25 de abril que nos compara adequadamente com outros países europeus, que nos enche de orgulho, não vamos acabar com ele, vamos é saber como o melhorar”, disse Maria de Belém.

Como melhorar foi a outra parte das intervenções de cada responsável, num debate que teve a participação de três jornalistas que trabalham habitualmente a área da Saúde e que admitiram que há anos ouvem as mesmas queixas e propostas.

Que o SNS é “claramente subfinanciado”, como disse Heitor Costa, que se podia fazer melhor, nomeadamente em gestão, como acrescentou Manuel Delgado, que em Portugal não se olha para a Saúde “como um investimento mas como uma despesa”, como frisou João de Deus.

Uma “harmonia” entre sistemas privados e públicos de Saúde era importante, avançou o representante dos médicos, porque, disse, “não duplicar exames era importante”. Ana Paula Martins já tinha pedido mais financiamento para o SNS. E disse que nos fogos florestais do ano passado, quando tudo funcionou mal, o que melhor funcionou foi o SNS.

E Ana Rita Cavaco, mais crítica, acrescentou à falta de dinheiro a falta de camas nos hospitais, a falta de enfermeiros, o país que funciona por “castas profissionais” que permite que um médico recuse um lugar (no interior do país por exemplo), a desumanização, a falta de material, de lençóis ou cobertores, de medicamentos também. “Mas para os bancos há sempre dinheiro”, lamentou.

Ainda assim, apesar de todas as queixas, o SNS é para continuar. “Somos um país que não pode deixar cair o SNS”, já tinha dito Paula Martins.

E depois porque ao SNS vai parar tudo, “a pobreza, a fome, o frio, o analfabetismo e a iliteracia”, como diria no encerramento Maria de Belém Roseira.

Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide
Aproveitando o Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide o iBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica anuncia...

Espera‐se no final deste estudo, cuja duração prevista é de 2 anos, demonstrar que a ingestão de hidroxitirosol por humanos tenha um efeito anti‐inflamatório na prevenção da evolução da artrite reumatóide, suportando a sua actividade clinica neste tipo de doença inflamatória crónica que atinge 0,5 – 1,0 % da população mundial e que é a primeira causa de incapacidade temporária com um significativo impacto também ao nível económico.

“O Hidroxitirosol que é um ácido fenólico e o composto maioritário presente no azeite, é reconhecido como um dos antioxidantes mais poderosos, por isso o impacto nesta doença poderá ser enorme. Estamos orgulhosos por fazer parte deste projeto, que visa minimizar o impacto da artrite reumatóide nos pacientes”, refere Rosário Bronze, coordenadora da Divisão de Alimentação e Saúde do iBET.

 

Doença crónica dolorosa
A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença crónica e dolorosa, que surge sem uma explicação aparente e é

Esta patologia ocorre com maior frequência nos adultos entre os 30 e os 50 anos de idade, é mais frequente no sexo feminino – cerca de duas a três mulheres para cada homem – surgindo, frequentemente após a menopausa. Estima-se que 15% dos casos se manifestem depois dos 65 anos.

Trata-se de uma desregulação do sistema imunitário, mas não se sabe se esta disfunção é causa ou consequência da doença.

Factores de risco conhecidos ou suspeitados como o tabagismo, alguns agentes infecciosos, factores genéticos e traumatismos psíquicos ou físicos graves,  e até a poluição atmosférica foi  associada ao aumento de risco da AR. O pós parto está também associado ao inicio da AR.

Pelo contrário a gravidez, a amamentação e provavelmente o uso moderado de álcool e os anticonceptivos reduzirão os riscos.

O facto de se tratar de uma doença crónica não deve, de forma alguma, levar o doente a descurar o tratamento, isto porque quando convenientemente tratada, permite proporcionar ao doente qualidade de vida e a manutenção de uma actividade regular, até porque a doença se pode extinguir espontaneamente ou entrar em remissão com a utilização da terapêutica.

Quando descurada, pode atirar o doente para uma cadeira de rodas.

Sintomas

A Artrite Reumatóide pode apresentar-se no início de várias formas, mas o principal sintoma é a dor. Outros sintomas iniciais caracterizam-se por falta de apetite, fadiga, emagrecimento, febre e anemia. Com o evoluir da doença, as articulações apresentam-se inchadas, quentes, dolorosas e rígidas.

A Artrite Reumatóide não é uma doença exclusivamente articular. Outros órgãos podem ser atingidos, por exemplo o coração, os pulmões, os olhos, a pele, o sistema nervoso, etc.

Embora na maioria dos casos a Artrite Reumatóide evolua por surtos, alternando períodos de agudização com períodos de remissão pode manifestar-se de várias formas. A doença pode afectar inicialmente uma articulação e depois avançar para outras articulações, com carácter migratório, aparecer inesperada e repentinamente, afectando várias articulações ao mesmo tempo ou ainda progredir afectando cada vez maior nº de articulações.

A AR  não tem cura, mas  tem tratamento. Quando o diagnóstico é feito precocemente, o doente com AR pode ter uma boa qualidade de vida.

Importa saber que hoje se consegue o desaparecimento dos sintomas em 90% dos doentes em 75% a remissão da doença!

Tratamento                                                                               

O principal objectivo do tratamento da Artrite Reumatóide é aliviar as dores, reduzir e, se possível, suprimir o processo inflamatório e imunológico prevenindo as deformações articulares.

Para esse efeito é frequente dividir o tratamento em medicamentos sintomáticos e modificadores da doença.

Os primeiros são fundamentalmente os anti-inflamatórios que todos os doentes com AR fazem pelo menos em algum momento da sua doença, os corticóides (vulgarmente designados por cortisona) que quase metade destes doentes fazem, os analgésicos e mais raramente os opióides.

Os medicamentos modificadores da doença são aqueles cuja acção não é imediata mas que induzem REMISSÃO.

Apoio Medico Social

A ANDAR Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide, foi fundada a 5 de Abril de 1995. Tem como objectivo principal a divulgação, defesa dos interesses dos doentes com artrite reumatóide, visando a sua qualidade de vida e a integração social, familiar e laboral, mediante a difusão de conhecimentos e de medidas de prevenção no combate àquela doença.

Tem contribuído para o conhecimento generalizado da doença para a população em geral, através do  boletim informativo, das jornadas anuais, dos folhetos e brochuras de divulgação da artrite.

Editaram 1 livro com 10 temas sobre a AR falados por doentes, médicos e entrevistados por figuras públicas.

  • e aos fármacos modificadores da doença. O apoio médico-social, no encaminhamento para as consultas da especialidade.
  • Reuniões com grupos de auto ajuda, que se realizam todos os meses na sede da Associação.
  • Informação sobre a doença com brochuras explicativas.
  • As nossas jornadas anuais,  vão ter lugar no dia 5 de  abril em Lisboa. Aí vão ter temas como a “Inovação mediada pelo Doente” a “Osteoporose como complicação da AR” “Como pode o doente gerir a sua doença” O papel dos “exames” , da ecografia e da Ajudas Técnicas entre outros.
  • Apoio e intervenção para vencer as dificuldades nas barreiras arquitectónicas e nas acessibilidades como recentemente com a CP, o Metro e a CML.
  • Defesa intransigente de uma discriminação positiva para estes doentes no acesso a consultas de reumatologia, a uma rápida referenciação e a um diagnóstico precoce. 
  • Acesso aos medicamentos inovadores
  • Apresentação de medidas com redução de custos para o SNS como as que recentemente apresentámos ao Infarmed e ao Ministro da Saúde.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Os complexos olhos das borboletas inspiraram cientistas nos Estados Unidos a criar uma câmara que consegue identificar melhor...

Num estudo publicado no boletim da Optical Society, o investigador Viktor Gruev, da Universidade do Illinois, afirmou que a câmara replica nanoestruturas que existem nos olhos das borboletas do género 'morpho' e que lhes permitem perceber cores e infravermelhos simultaneamente.

Além de fornecerem imagem a cores, as câmaras desenvolvidas no Illinois conseguem "ver" células individuais cancerosas com identificadores fluorescentes mesmo debaixo das fortes luzes de uma sala de operações.

"Durante a cirurgia, é imperioso que todo o tecido canceroso seja removido e criámos uma plataforma que pode ajudar cirurgiões de qualquer parte do mundo a fazê-lo. É pequeno, compacto e barato", referiu, explicando que o mecanismo pesa menos do que uma pilha e pode ser fabricado por cerca de 16 euros.

No artigo, os investigadores indicam que o seu dispositivo pode detetar tumores em animais e pode avaliar a fase em que está o cancro da mama nos seres humanos.

A parte da câmara está resolvida, mas os marcadores fluorescentes necessários para assinalar as células cancerosas ainda estão em testes clínicos para saber se são seguros para usar em seres humanos.

O segredo dos olhos das borboletas é que têm recetores sensíveis a tipos de luz diferente ao lado uns dos outros, recolhendo ao mesmo tempo informação em espetros diferentes.

Páginas