Saúde e bem estar
O yôga traz diversos benefícios para a saúde, tanto de mulheres quanto de homens, porque trabalha o

 Há pelo menos cinco mil anos que o yôga existe.

Como se escreve e pronuncia?

A palavra ‘yôga’ é um termo sânscrito que significa “união, integração ou integridade”. É do gênero masculino, como todos os termos sânscritos terminados em ‘a’. Escreve-se com ‘y’, com acento no Ô e pronúncia fechada.

Refere-se a qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi –samádhi é o estado de hiperconsciência e autoconhecimento que só o Yôga proporciona.

É uma filosofia de vida. Uma filosofia prática.

Quando foi criado?

Foi criado na Índia Antiga, às margens do Rio Ganges, pensa-se que na cidade de Rishikesh, no sopé dos Himalaias. Os vestígios arqueológicos do Vale do Indo assim o indicam.

Escavações revelaram, no início do Séc. XX, indícios de uma prática junto da natureza e que através da identificação com os elementos naturais, respeitando a capacidade do ser humano se observar a si mesmo e encontrar a união entre o corpo físico, energético, emocional e mental, percepcionava um estado de consciência expandido, uno com o Universo.

Existem 108 tipos de yôga diferentes, todos eles divergindo da prática ancestral do yôga antigo, com uma base de raízes naturalistas, sensoriais e matriarcais.

Em que consiste?

A sua prática completa em oito partes denomina-se ashtánga sádhana.

Comporta mudrá (aquietamento inicial, gestos reflexológicos), pújá (gratidão), mantra (vocalização de sons e ultra-sons), pránáyáma (respiração consciente), kriyá (técnicas de purificação orgânica), ásana (técnicas físicas), yôganidrá (técnicas de descontracção), e samyama (meditação).

A prática e os ensinamentos divergem, dependendo da linhagem, do mestre e da abordagem filosófica, mas todos têm como meta o autoconhecimento.

Costumo, porém, dizer sempre aos meus alunos que a prática do yôga começa verdadeiramente fora da sala de prática.

Na sala onde praticamos, na realidade, colocamos as técnicas a favor da nossa autossuperação, da autoentrega e do autoconhecimento. Mas nos desafios do dia-a-dia é que percebemos se, na realidade, praticamos yôga e aplicamos os seus conceitos. Se a nossa consciência está apta a sublimar estados emocionais e mentais de acordo com aquilo que desejamos.

Fortalecendo o corpo físico, sublimando a energia, aprimorando o emocional e estabilizando o mental.

Alguns benefícios

O yôga traz diversos benefícios para a saúde, tanto de mulheres quanto de homens, porque trabalha o corpo e a mente de forma interligada, com exercícios que auxiliam para uma melhor gestão de stress, ansiedade, aliviando dores no corpo e na coluna, além de melhorar o equilíbrio e facilitar o emagrecimento. 

Começamos a sentir todos os benefícios desta actividade logo no primeiro mês de prática, pois a pessoa adquire consciência corporal e passa a controlar melhor a mente para que ela influencie o corpo e, assim, todo o organismo trabalhe de forma harmoniosa e equilibrada.

Confira abaixo alguns deles:

1. Diminui o stress e ansiedade

A meditação praticada no yôga faz com que a pessoa se concentre no presente, desocupando a mente de problemas do passado ou futuro, o que proporciona equilíbrio emocional, sensação de paz interior, bem-estar e estabilidade da mente para as situações do dia-a-dia.

2. Promove a boa condição física

Os exercícios, técnicas e posturas desta filosofia podem melhorar a resistência e fortalecimento dos músculos, de forma mais ou menos intensa, a depender do estilo e modalidade do yôga praticado. 

Isto ajuda a melhorar o desempenho do corpo para atividades físicas e tarefas diárias, aumenta a massa magra e deixa o corpo em forma, com maior definição e músculos tonificados. 

3. Facilita o emagrecimento

Um dos principais motivos para a perda de peso na prática do yôga deve-se ao bom funcionamento do sistema endócrino, atuando diretamente em glândulas e pontos energéticos que ativam o metabolismo. Ajuda a administrar a ansiedade e vontade de comer, diminuindo a quantidade de calorias consumidas no dia.

Os exercícios e posições realizados também auxiliam na perda de gordura, mas isto varia de acordo com o estilo praticado, menos nos mais tranquilos, como kundaliní ou raja yôga, ou mais nos dinâmicos, como o SwáSthya ou o Ashtánga, por exemplo.

4. Alivia dores corporais

Com o yôga, a pessoa passa a ter maior consciência corporal, o que significa que ela terá maior percepção da postura, da forma como anda, como senta e sinais de tensão muscular. Desta forma, é possível corrigir alterações, como contraturas, para que qualquer alteração seja resolvida e a estrutura muscular fique relaxada, sem causar danos à coluna e articulações do corpo.

Os exercícios de postura e alongamento também ajudam a libertar a tensão e dar flexibilidade aos músculos, aliviando dores causadas por escoliose, hérnia discal, fibromialgia e contraturas musculares, por exemplo. 

5. Controla a tensão arterial e os batimentos cardíacos

O yôga proporciona melhor funcionamento do coração e pulmões, pois regula o sistema nervoso e melhora a circulação sanguínea, batimentos do coração, tensão arterial, além de equilibrar o sistema endócrino, controlando os níveis de hormonas do stress, como cortisol e adrenalina.

A capacidade respiratória também melhora, devido aos exercícios de expansão dos pulmões e controle da respiração. Desta forma, o yôga melhora a forma física, mas de forma diferente dos exercícios físicos convencionais, como musculação ou desportos vários.

6. Melhora o sono

Além de causar relaxamento e tranquilidade, facilitando uma boa noite de sono, o yôga aumenta a produção de melatonina, hormona que regula o ciclo do sono, deixando-o com mais qualidade e profundidade. 

Ter o corpo mais relaxado também faz com que o descanso seja melhor à noite, proporcionando mais energia e disposição no dia seguinte.

7. Melhora o prazer no contacto íntimo

O desempenho sexual também pode melhorar com o yôga, pois o casal passa a ter maior sensibilidade durante o contacto íntimo, devido a maior capacidade de relaxar e ter melhor receptividade ao parceiro.

Além disto, com o controle da concentração e alívio da ansiedade, problemas como dificuldade para atingir o orgasmo, disfunção eréctil, ejaculação precoce podem ser controlados. 

Autora:
Carla Ferraz
Coach
Mindfulness
High-Performance
Autora do livro "Treinar a Mudança"
https://carlaferrazfindthechange.wordpress.com/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Reação
O primeiro-ministro declarou-se “sem capacidade” para se pronunciar sobre as proporções do recurso à cesariana em Portugal,...

“Confesso-me absolutamente sem capacidade de dar qualquer contributo útil para esse debate e para lhe poder responder. Limito-me a confiar na medicina e na boa opção dos seus profissionais e de quem assegura as boas práticas no exercício da atividade”, declarou António Costa.

O primeiro-ministro dirigia-se ao deputado único do PAN, André Silva, que o questionou sobre o Relatório de Primavera 2018 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), que indica que o recurso à cesariana atingiu “proporções epidémicas” nos últimos 20 anos em Portugal, com uma prevalência de 27,6% nos hospitais públicos e o dobro nos privados.

André Silva sublinhou a “enorme diferença” das taxas de recurso à cesariana nos hospitais públicos e nos privados, questionando se haveria “interesses económicos” na base dessa discrepância.

O deputado questionou os motivos pelos quais os critérios que se aplicam aos hospitais públicos não se estendem ao setor privado”, argumentando que “esta forma de nascer tem riscos para as mães e piora a saúde dos bebés e das futuras crianças e adultos”.

“Vou-lhe ser franco, não lhe vou responder. Eu não me substituo à opinião técnica de quem é médico, e eu não sou, para saber qual é a técnica adequada ao parto”, respondeu António Costa.

Para o primeiro-ministro, “seria um erro profundo substituir um tema que deve ser sujeito a um debate técnico, ao apuramento de boas práticas, por um debate político” e por “opiniões políticas”.

 

 

Nenhum doente infetado
O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) garantiu hoje que não há nenhum doente infetado com a bactéria "legionella...

"No âmbito do plano de controlo que fazemos, a bactéria foi detetada no chuveiro de uma casa de banho desativada. Naturalmente que acionámos logo todas as medidas de prevenção adequadas, mas importa frisar que não temos nenhum doente infetado ou qualquer caso clínico. Não há razão para alarme", apontou o presidente do CHCB, João Casteleiro, em declarações à agência Lusa.

Este responsável explicou que a bactéria foi detetada há cerca de três semanas "em análises de rotina" e que, desde essa altura, foram tomadas medidas de prevenção e controlo para garantir que não haja qualquer possibilidade de contágio.

Entre as medidas adotadas está a proibição dos banhos de chuveiro, de modo a evitar a inalação de aerossóis, que são o principal modo de transmissão desta bactéria.

"Esta é uma situação que pode acontecer, mas como temos pessoas que, por estarem doentes, estão mais fragilizadas e mais suscetíveis, tomámos todas as medidas para reduzir os riscos. Essa é uma delas, sendo que as pessoas podem continuar a tomar banho, mas de banheira", explicou.

Segundo acrescentou, foram também realizados choques térmicos com o aumento da temperatura da água nas canalizações, bem como o doseamento e medição do cloro para erradicar a bactéria.

"Estamos a seguir tudo o que está previsto pela Direção-Geral de Saúde para estes casos", salientou João Casteleiro, adiantando que as medidas deverão ser mantidas "até à próxima semana", altura em que se espera que os resultados das análises indiquem que a bactéria já foi eliminada.

O Centro Hospitalar da Cova da Beira integra o Hospital da Covilhã e o Hospital do Fundão, no distrito de Castelo Branco.

Cuidados, prevenção e diagnóstico
A estratégia da saúde na área das demências entrou hoje em vigor, dando um ano para estarem constituídos os planos regionais de...

Segundo despacho, publicado na terça-feira (assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo), e que hoje entra em vigor, aprova-se a estratégia da saúde para as demências, que define os princípios a que devem obedecer os cuidados a pessoas com demência, os critérios e medidas na prevenção e deteção precoce, e medidas na área do diagnóstico e do tratamento.

“Pretende-se assim, desenvolver uma estratégia que promova uma maior colaboração e coordenação intersetorial, o diagnóstico atempado e correto, bem como o acesso a tratamentos, farmacológicos e não farmacológicos, mediante o reforço do papel dos cuidados de saúde primários e da colaboração destes com os cuidados hospitalares, os cuidados continuados integrados e os cuidados paliativos, e a continuidade dos cuidados na comunidade e o apoio às famílias”, refere o despacho, que entra hoje em vigor.

No documento considera-se prioritário criar planos regionais de saúde para as demências (a cargo das administrações regionais de saúde), que se ajustem às especificidades de cada região e que no conjunto constituirão “um verdadeiro plano nacional de saúde para as demências”.

Esses planos, que terão de estar prontos em 12 meses, terão como eixos fundamentais, segundo o despacho, a melhoria da qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus cuidadores, a investigação pertinente nas áreas relacionadas com as demências e os direitos das pessoas em situação de incapacidade.

No documento, que contém as conclusões de um grupo de trabalho sobre a matéria, diz-se que, sendo o principal risco para o desenvolvimento de demência a idade, o envelhecimento da população deverá implicar um número crescente de demências, atualmente estimado em mais de 150.000, a maior parte dos casos em pessoas com mais de 65 anos.

E nele sugere-se atenção ao estado nutricional, porque a perda de peso é uma característica clínica importante da pessoa com demência, a consciencialização pública para o problema, a formação de profissionais de saúde e o acesso a novas tecnologias.

Sugere-se ainda a definição de um quadro jurídico relativo aos direitos das pessoas em situação de incapacidade, incluindo o enquadramento legal dos cuidados, das intervenções e da investigação, a capacitação dos cuidadores formais e informais e o incentivo à investigação nesta área.

Em comunicado divulgado hoje, a Associação Alzheimer Portugal congratulou-se com a aprovação da estratégia, que considerava urgente, “seguindo o exemplo da maioria dos países europeus que assinalam a demência como uma prioridade de saúde pública”, nas palavras do presidente da associação, José Carreira.

José Carreira considerou, no comunicado, que “ainda falta a articulação desta estratégia com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, de modo a que se criem os apoios necessários à melhoria das condições de vida das pessoas com demência, bem como dos seus cuidadores”.

Radiação Ultravioleta
Quase todas os distritos do país apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo...

As exceções a este risco muito elevado são os distritos de Viana do Castelo, Santarém, Lisboa, Setúbal e Évora, que apresentam risco elevado.

O risco de exposição à radiação UV é também muito elevado em toda a Região Autónoma da Madeira enquanto nos Açores o risco é muito elevado na ilha das Flores, elevado em S. Miguel e no Faial e a ilha Terceira apresenta risco moderado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje, dia em que começa o verão, um aumento da instabilidade atmosférica, com ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes, e de granizo e trovoada.

Está igualmente prevista uma pequena descida da temperatura máxima, com exceção da região do Algarve, onde se prevê uma pequena subida.

As temperaturas máximas vão variar entre os 31 graus Celsius, em Évora, e os 24 (Guarda) e as mínimas entre os 16 (Guarda e Sines) e os 21 graus (Faro).

Na Região Autónoma da Madeira está previsto céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul da ilha da Madeira, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e nas zonas montanhosas e uma pequena descida de temperatura nas zonas montanhosas. Quanto a temperaturas, no Funchal vão variar entre os 19 e os 23 graus Celsius.

Para os Açores, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com abertas e aguaceiros nas ilhas do Grupo Ocidental (Flores e Corvo), aguaceiros na madrugada e manhã e novamente a partir da noite, com possibilidade de trovoadas, nas ilhas do Grupo Central (Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial), e períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros e vento fraco nas ilhas do Grupo Oriental (S. Miguel e Santa Maria).

As temperaturas máximas vão oscilar entre os 20 e os 27 graus em Santa Cruz das Flores, entre os 20 e os 26 na Horta, entre os 19 e os 24 em Angra do Heroísmo e entre os 19 e os 26 em Ponta Delgada.

 

Associação Alzheimer congratula a iniciativa
A Associação Alzheimer Portugal congratula-se pela aprovação da Estratégia da Saúde na Área das Demências por parte do...

Esta Estratégia define “os princípios a que devem obedecer os cuidados a pessoas com demência, os critérios a utilizar na intervenção preventiva, as medidas a adotar relativamente à deteção precoce, as medidas de acesso ao diagnóstico médico, bem como ao diagnóstico compreensivo, e o escalonamento das respostas terapêuticas nos três níveis de cuidados de saúde, clarificando-se um percurso de cuidados para as pessoas com demência, assente nos princípios da ética, proximidade, acessibilidade, equidade e continuidade”.

Para José Carreira, presidente da Alzheimer Portugal, “a publicação deste despacho é uma vitória para a Associação, que desde o início se empenhou na urgência da criação de um Plano Nacional para as Demências, seguindo o exemplo da maioria dos países europeus que assinalam a demência como uma prioridade de saúde pública”.

O Despacho n.º 5988/2018 salienta a importância de “desenvolver uma estratégia que promova uma maior colaboração e coordenação intersetorial, o diagnóstico atempado e correto, bem como o acesso a tratamentos, farmacológicos e não farmacológicos, mediante o reforço do papel dos cuidados de saúde primários e da colaboração destes com os cuidados hospitalares, os cuidados continuados integrados e os cuidados paliativos, e a continuidade dos cuidados na comunidade e o apoio às famílias”.

“Importa ainda, no âmbito da referida Estratégia, implementar medidas tendentes a desenvolver a consciencialização pública em termos de saúde para o problema das demências, promover a literacia dos cidadãos em geral, a formação dos profissionais de saúde, o acesso a novas tecnologias e a investigação”, é salientado neste despacho.

No entanto, José Carreira sublinha que “ainda falta a articulação desta estratégia com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, de modo a que se criem os apoios necessários à melhoria das condições de vida das pessoas com demência, bem como dos seus cuidadores”.

A Alzheimer Portugal foi um parceiro ativo na conceção dos documentos que deram origem ao despacho publicado ontem em Diário da República, e estará representada na Coordenação do Plano Nacional da Saúde para as Demências por Catarina Alvarez e Maria do Rosário Zincke dos Reis. Este grupo de trabalho será responsável pelo acompanhamento da elaboração de Planos Regionais para as Demências, que ficará a cargo das Administrações Regionais de Saúde, que no espaço de um ano terão de desenvolver medidas adaptadas às especificidades da região em que atuam, e articuladas com o Plano Nacional de Saúde e o Plano Nacional de Saúde Mental.

Campanha ‘Josephine explica a escoliose’
A escoliose idiopática é a principal deformidade da coluna em crianças e adolescentes e afeta 2% a 3% das crianças e jovens...

Mais comum após os 10 anos de idade e em crianças e jovens do sexo feminino, esta doença afeta em grande escala a autoestima, pelo impacto que tem na imagem devido ao visível desalinhamento da coluna.

“Contudo, o diagnóstico de escoliose não deve ser encarado como um problema sem resolução. Entre as crianças e jovens que recebem este diagnóstico, menos de 1% podem vir a necessitar de tratamento”, explica Pedro Fernandes, ortopedista do Hospital Santa Maria, em Lisboa.

“A escoliose manifesta-se maioritariamente no pico de crescimento da adolescência e o verão é uma época do ano em que os pais, com maior facilidade, por exemplo na praia, conseguem ver as costas dos seus filhos e perceber se existe alguma alteração de postura a indicar ao pediatra ou médico de família”, acrescenta o especialista, que também é o coordenador da campanha ‘Josephine explica a escoliose’.

Pedro Fernandes salienta que o diagnóstico precoce contribui para o correto acompanhamento e tratamento dos doentes. A maior parte dos casos não necessita de tratamento e, naqueles em que o tratamento é recomendado, poderá passar pelo uso de um colete de correção postural (em casos menos graves), ou por uma cirurgia (em situações mais avançadas), que nos dias de hoje e graças ao avanço da tecnologia médica, é um procedimento com elevada segurança e sucesso terapêutico.

A campanha nacional ‘Josephine explica a escoliose’ foi lançada em 2016 com o objetivo de sensibilizar e esclarecer sobre a escoliose pediátrica. A campanha conta com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Portuguesa de Pediatria e com o apoio da Medtronic.

 

 

Garante Ministro
Pelo menos dois mil profissionais de saúde serão contratados a partir do próximo mês na primeira vaga de recrutamento para...

Adalberto Campos Fernandes, que está hoje a ser ouvido na audição parlamentar de Saúde, foi questionado várias vezes pelos deputados sobre a quantidade de profissionais que o Governo está a planear contratar para cobrir as necessidades que resultam da passagem de enfermeiros, assistentes e técnicos das 40 para as 35 horas de trabalho semanais, a partir de 1 de julho.

O ministro disse que os números definitivos estão a ser ultimados, mas que, numa primeira fase, em julho, haverá uma primeira colocação que “ultrapassará os dois mil profissionais”.

Depois de julho irão sendo feitos ajustamentos e uma segunda fase de contratações está prevista para setembro ou outubro, segundo o ministro.

Sobre os receios de falta de planeamento atempado destas contratações, o ministro indicou que também há dois anos foram traçados cenários semelhantes, tendo o sistema conseguido ajustar-se.

Adalberto Campos Fernandes vincou ainda que, para o Governo, as 35 horas de trabalho semanal “não são um capricho, nem um favor, nem uma benesse aos profissionais: “são um reconhecimento do esforço, uma valorização do preço por hora e uma forma de dar algum descanso e alívio”.

 

Um grupo de seis médicos cardiologistas pediátricos do Iraque iniciam na próxima segunda-feira no Hospital de São João do Porto...

Em declarações à agência Lusa, o cardiologista pediátrico Jorge Moreira, do Centro Hospitalar de São João, explicou que a vinda dos especialistas iraquianos foi mediada por uma empresa que pediu a colaboração do Hospital de São João na sua formação.

“São técnicas implementadas já há bastantes anos aqui no hospital, como as empresas que comercializam esses equipamentos sabem, acharam que a nossa experiência poderia ser útil para os tais médicos do Iraque e propuseram a formação”, contou o especialista.

Esclareceu que “o cateterismo tem uma parte de diagnóstico e uma parte, cada vez mais importante, de tratamento percutâneo de certas cardiopatias congénitas”.

Segundo Jorge Moreira, os seis médicos do Iraque vão participar “nas sessões habituais de trabalho, em que serão tratadas crianças que têm canais arteriais, que é um tipo de cardiopatia congénita relativamente frequente”.

“O encerramento destes vasos vão ser feitos pela implantação de dispositivos de vários tipos e tamanhos e com a presença desses médicos, para que possam adquirir competências nesses aspetos”, afirmou.

Na próxima segunda-feira será realizada uma sessão teórica, para introdução ao tema, com palestras onde será explicada a experiência da equipa do “São João”.

Na terça e na quarta-feira, “o objetivo é tratar três crianças em cada um dos dias, num total de seis casos”, disse Jorge Moreira.

Os especialistas iraquianos são oriundos de várias instituições do seu país.

“Para nós também é um desafio, encaramos esta atividade com certa expectativa porque não sabemos exatamente o grau geral de competência dos médicos que vêm. Imagino que tenham alguma e que isto possa ser útil e que possam aplicar esta técnica lá na terra deles”, acrescentou.

 

Alerta é da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral
Estima-se que mais de 35 por cento dos acidentes rodoviários (de automóvel e/ou moto) originam lesões na coluna cervical, todos...

“As lesões na coluna cervical são muito frequentes nos acidentes de viação e as suas consequências podem variar desde dores passageiras de causa traumática muscular a situações mais graves como a paralisia nos membros. A prevenção é o fator mais importante e requer cuidados redobrados em período de férias em que as viagens são mais longas. Os sintomas podem ser imediatos ou aparecer após o embate, pelo que é preciso ter em atenção aos primeiros sinais para avaliar a gravidade da situação”, explica o ortopedista Manuel Tavares de Matos, presidente da SPPCV.

E acrescenta: “Os sinais e sintomas de lesão na coluna incluem: dor e rigidez no pescoço, ombros e costas, eventualmente irradiada para os membros, náuseas, cefaleias ou tonturas; alterações da sensibilidade como formigueiros, dormência, diminuição da força nos braços ou pernas; estado de consciência alterado, dificuldades respiratórias e de concentração; perda de controle da bexiga e intestinos”.

Nos acidentes automobilísticos, as lesões na coluna cervical resultam quer de traumatismos diretos sobre a cabeça ou de movimentos mais complexos como flexão e hiperextensão formando o clássico “golpe de chicote” por vezes com mecanismos de rotação associados formando lesões complexas cervicais. “Particular atenção deve ser dada às crianças que pela sua constituição podem desenvolver lesões graves cervicais, por vezes sem tradução radiológica”, salienta o ortopedista.

Para proteger a coluna durante as viagens de carro os especialistas recomendam que se sente de forma correta mantendo a coluna totalmente apoiada no banco, com o apoio da cabeça colocado a altura correta; use sempre o cinto de segurança e faça pausas frequentes, por exemplo a cada duas horas. Além destas precauções é importante que não ingira bebidas alcoólicas; não utilize o telemóvel enquanto conduz; não exceda a velocidade permitida; mantenha a distância de segurança e não conduza em situações de fadiga (se dormiu pouco por exemplo) ou se está a tomar medicamentos que podem causar sonolência.

“As lesões na coluna também podem ser provocadas por quedas, atividades desportivas e mergulhos em águas rasas e atos de violência. As lesões na coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física em idade laboral e são uma das principais causas de ausência no trabalho, em todo o mundo”, conclui Tavares de Matos.

 

Cerca de 5 milhões sofrem da doença
A drepanocitose, ou anemia das células falciformes, é uma doença hereditária associada à produção an

Sendo uma doença recessiva, esta só se manifesta na sua plenitude se o indivíduo herdar a alteração genética tanto do pai como da mãe.

A drepanocitose é mais frequente em indivíduos descendentes ou originários de países da região de África subsariana. Esta diferente distribuição dos indivíduos afectados pela drepanocitose é explicada pela proteção que a hemoglobina S confere contra a malária.

Existem ainda pessoas que têm o chamado traço drepanocítico, ou seja, que herdaram a alteração genética só de um progenitor, sendo que do outro receberam o gene “normal” da hemoglobina.

As pessoas com traço drepanocítico têm uma variabilidade quanto às manifestações de doença, apresentando habitualmente uma ligeira anemia, sem outras manifestações. Estes indivíduos têm, no entanto, de ser vigiados uma vez que em algumas circunstâncias podem desencadear sintomas idênticos aos das pessoas com a doença (sobretudo em contexto cirúrgico, requerendo especial atenção quando são operadas).

As pessoas com traço drepanocítico são também apelidadas de “portadoras”, podendo transmitir a alteração genética à descendência.

A hemoglobina é transportada no interior dos glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigénio dos pulmões para os tecidos. No caso da presença de hemoglobina S, esta apresenta uma estrutura diferente do normal, que confere uma rigidez anormal ao glóbulo vermelho, dificultando a sua passagem dentro dos vasos sanguíneos de menor calibre (os capilares).

Consequentemente, os glóbulos vermelhos terão tendência a provocar obstruções/oclusões dos pequenos vasos, presentes no interior de tecidos como os músculos, o baço, os ossos, os pulmões e o cérebro, sendo estes territórios os mais atingidos pelo fenómeno que se chama de vaso-oclusão. Este fenómeno é agravado em várias circunstâncias físico-químicas, sendo mais comum no contexto de infeção, exercício físico intenso, desidratação e alterações drásticas da temperatura corporal.

A oclusão dos capilares provoca dor recorrente, chamada de crise vaso-oclusiva, obrigando frequentemente a internamento para hidratação e terapêutica para a dor. Assim, os indivíduos com drepanocitose sofrem frequentemente de episódios agudos de dor, que pode surgir em várias localizações (mais frequentemente nos membros), que os obriga a recorrer ao hospital, sendo internados para hidratação e tratamento intensivo da dor.

Ao longo do tempo, estes episódios provocam alterações a nível dos vasos sanguíneos, facilitando complicações mais graves como acidentes vasculares cerebrais (AVC), insuficiência renal, enfartes do baço, necroses ósseas e alterações da circulação pulmonar que provocam hipertensão pulmonar.

Sendo menos flexíveis, os glóbulos vermelhos são mais susceptíveis a serem destruídos ao passarem pelos capilares, sendo esse o motivo pelo qual os indivíduos com drepanocitose sofrem de anemia.

Actualmente o tratamento dos doentes com drepanocitose começa logo na infância, sendo as manifestações da doença comuns a partir dos 6 meses, tratando as crises vaso-oclusivas e tentando prevenir as complicações mais graves.

Assim, os doentes em maior risco de complicações como o AVC são submetidos a transfusões sanguíneas regulares, que têm como objetivo a diminuição da percentagem de hemoglobina S no sangue. Esta é uma estratégia comum ao tratamento das complicações pulmonares agudas (a chamada síndrome torácica aguda).

Nos doentes com mais sintomatologia, maior frequência de crises vaso-oclusivas ou em risco de complicações mais graves também está indicado o início de medicação que permite aumentar um subtipo de hemoglobina presente durante a vida intrauterina e à nascença, a hemoglobina fetal, que se sabe ser protetora contra as complicações da doença. Este medicamento é a hidroxiureia.

Devido aos fenómenos de oclusão dos vasos sanguíneos do baço (enfarte esplénico), os indivíduos com drepanocitose encontram-se em maior risco de desenvolver infeções bacterianas graves, pelo que a prevenção deste fenómeno passa por fazer antibióticos de forma preventiva (profilaxia) durante a infância e a vacinação contra a pneumonia e a meningite.

Nos adultos, o objetivo é minimizar as complicações tardias da doença, como o AVC, a insuficiência renal, a hipertensão pulmonar (que pode evoluir com insuficiência cardíaca), as alterações ósseas, sendo importante uma abordagem multidisciplinar entre várias especialidades de forma a manter o suporte necessário para atrasar a evolução das sequelas da doença.

Nas últimas décadas, graças às medidas preventivas e ao melhor tratamento das complicações, foi possível prolongar a esperança média de vida (actualmente perto dos 60 anos), com qualidade, dos indivíduos com drepanocitose.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Recursos Humanos
A contratação de profissionais de saúde, para suprir as necessidades da passagem às 35 horas de trabalho semanais a 1 de julho,...

Na audição parlamentar que hoje decorre, Adalberto Campos Fernandes garantiu que o Governo está “há muitos meses” a trabalhar no planeamento dos recursos humanos necessários a partir de 1 de julho, altura em que muitos enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico passam das 40 para as 35 horas de trabalho semanais, à semelhança do que já aconteceu com outra parte destes profissionais em 2016.

Segundo o governante, as contratações irão decorrer numa primeira fase em julho e numa segunda fase em setembro ou outubro.

“Está fechado o plano. Iremos ter uma contratação muito significativa”, afirmou o ministro, em reposta ao deputado do PSD Ricardo Batista Leite, sem especificar quantos profissionais serão necessários.

Sobre os receios de falta de planeamento atempado destas contratações, o ministro indicou que também há dois anos foram traçados cenários semelhantes, tendo o sistema conseguido ajustar-se.

Campos Fernandes vincou ainda que, para o Governo, as 35 horas “não são um capricho, nem um favor, nem uma benesse aos profissionais: “são um reconhecimento do esforço, uma valorização do preço por hora e uma forma de dar algum descanso e alívio”.

Já esta semana, o ministro tinha garantido que estava em curso um “plano de trabalho intenso” para definir os profissionais que é preciso contratar em cada unidade com a passagem às 35 horas semanais a partir de 01 de julho.

Num encontro com dirigentes do ministério que ocorreu na segunda-feira, Campos Fernandes disse que “é óbvio” que o desafio das 35 horas está a ser preparado, salientando que Governo e instituições estão a trabalhar e a preparar “como nunca foi feito”, numa tentativa de “demonstrar objetivamente as necessidades”.

“Contrataremos os recursos que forem necessários contratar. Mas objetivamente os que estiverem disponíveis e os que fizerem falta. (…) Ninguém nos perdoaria que cometêssemos os mesmos erros que foram cometidos há quatro, cinco ou há dez anos. Velhas soluções não resolvem velhos problemas”, afirmou.

Disse ainda que está a ser feita “uma avaliação de necessidades”, fazendo “ajustamentos unidade a unidade”, de forma a realizar uma “reposição do que for necessário” e “amortecer a necessidade de recursos”.

IPMA
Quase todas as regiões do país apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo...

Todas as regiões do país apresentam um risco muito elevado, com exceção do distrito de Faro e das ilhas de São Miguel e Terceira, nos Açores, que estão com níveis elevados.

A ilha do Porto Santo (arquipélago da Madeira) tem um risco moderado de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente pouco nublado, aumentando de nebulosidade a partir da manhã, aguaceiros, mais frequentes durante a tarde e nas regiões Norte e Centro, onde poderão ser por vezes fortes e de granizo, e que serão pouco prováveis na região Sul.

Estão também previstas condições favoráveis à ocorrência de trovoadas em especial nas regiões Norte e Centro e vento fraco, soprando moderado a forte de sueste no Algarve até final da manhã, e temporariamente moderado de noroeste na faixa costeira ocidental durante a tarde.

A previsão aponta ainda para neblina matinal em alguns locais, pequena descida de temperatura no litoral Norte e Centro e pequena subida da máxima no litoral oeste da região Sul.

As temperaturas mínimas no continente vão oscilar entre os 16 graus Celsius (em Braga e Porto) e os 21 (em Castelo Branco) e as máximas entre os 26 (no Porto e em Viana do Castelo) e os 34 (em Santarém e Braga).

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com boas abertas nas vertentes sul e nas zonas montanhosas, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e nas zonas montanhosas até final da manhã e vento fraco a moderado do quadrante norte.

No Funchal as temperaturas vão variar entre os 19 e os 23 graus.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos (nas ilhas Flores, Corvo, grupo Ocidental, e Graciosa, Faial, Pico, São Jorge e Terceira, no grupo central) e vento fraco tornando-se bonançoso.

Em Santa Cruz das Flores e na Horta as temperaturas vão oscilar entre os 20 e os 26 graus, em Angra do Heroísmo entre os 19 e os 25 e em Ponta Delgada entre os 19 e os 26.

 

Alteração da categoria
O Governo britânico vai rever a utilização de canábis para fins medicinais, o que poderá levar à prescrição de medicamentos à...

Javid, que fez o anúncio na Câmara dos Comuns, onde apresentou diversas medidas que serão tomadas pelo executivo, afirmou que a diretora-geral de Saúde do Reino Unido, Sally Davies, vai preparar e apresentar uma lista dos produtos à base de canábis que "podem ter benefício médico".

Com base na lista de Davies, o Conselho Consultivo sobre o Abuso de Drogas irá determinar se procede à alteração da categoria normativa dos medicamentos, "ponderando sobre os possíveis danos e necessidades de saúde pública".

Atualmente, a canábis possui a categoria 1, o que significa que não lhe é atribuída valor terapêutico e a sua distribuição e posse é ilegal, de acordo com as regulações sobre o abuso de drogas no Reino Unido de 2001.

"Se a revisão concluir que existem significativos benefícios médicos, então iremos proceder à reclassificação", garantiu o ministro.

Javid sublinhou que "de nenhuma maneira se trata de um primeiro passo para a legalização da canábis para uso recreativo", assegurando que o Governo não tem nenhum plano para proceder à legalização e acrescentou que as "penalizações pela posse e venda não autorizada manter-se-ão sem alterações".

A intervenção do ministro foi feita depois dos líderes de partidos políticos britânicos terem feito um apelo para a legalização da canábis, ou pelo menos a sua despenalização para fins medicinais.

Esta revisão ocorre depois de nos últimos dias serem conhecidos os casos de crianças epiléticas britânicas com grandes dificuldades em obter a medicação apropriada ao tratamento das suas convulsões, que por ser feita à base de canábis, é ilegal no Reino Unido.

 

Dados oficiais
A despesa com pessoal do Serviço Nacional de Saúde atingiu os 3,844 mil milhões euros em 2017, uma subida de 5,2% face a 2016,...

Os dados constam do Relatório Social do Ministério da Saúde que faz uma análise da evolução dos encargos com pessoal do SNS entre os anos de 2010 e 2017.

Segundo o relatório, houve um “decréscimo acentuado” entre 2010 e 2012. Entre 2013 e 2015 assistiu-se a uma certa estabilização e apenas em 2016 se assiste a uma retoma do crescimento dos encargos com pessoal, devido ao aumento do número de trabalhadores e a reposição das majorações do trabalho suplementar, mas ainda inferior ao valor de 2010, o ano que registou o maior volume de despesa com pessoal.

Em sentido oposto, o ano 2012 foi o que registou o menor volume de despesa, o que se justifica pelo não pagamento dos subsídios de férias e de Natal.

De 2014 a 2016 registou-se progressivamente um aumento do volume de horas de trabalho suplementar nas diversas entidades, sendo que no ano 2017 assistiu-se a um aumento de 5,1%, sublinha o documento.

O Relatório Social adianta que as maiores variações, em termos de volume de trabalho suplementar, face ao ano anterior ocorreram em estabelecimentos hospitalares de grande dimensão, designadamente no Centro Hospitalar de São João e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Outras entidades, como o Instituto Nacional de Emergência Médica, Instituto Português de Oncologia do Porto, Administração Regional de Saúde do Centro e Unidade Local de Saúde do Alto Minho também registaram acréscimos face a 2016.

Relativamente ao número de recursos humanos estrangeiros a exercer funções no Ministério da Saúde e Serviço Nacional de Saúde, os dados apontam para uma tendência de estabilização entre 2010 e 2017, ano em que foram contabilizados 3.103 trabalhadores, contra 3.115 em 2016.

“Os grupos de pessoal médico (1.828) e de enfermagem (546) têm sido os mais representativos ao longo dos anos”, correspondendo em 2017, respetivamente, a 58,9% e 17,6% do total de trabalhadores estrangeiros no Ministério da Saúde”, refere o documento.

Em valores globais, verificou-se um ligeiro decréscimo do número de médicos estrangeiros entre 2016 e 2017, tendo o seu número passado de 1.858 para 1.828, correspondendo a menos 30 médicos, adianta o relatório, que destaca o número de profissionais estrangeiros que desempenham funções de Assistente Operacional com 489 trabalhadores.

Ao contrário do pessoal de enfermagem, que tem registado uma diminuição progressiva do número de trabalhadores estrangeiros a exercer funções no SNS ao longo destes anos, os assistentes operacionais têm vindo a apresentar um crescimento anual desde 2015.

“Na verdade, apenas neste grupo profissional o ano 2017 surge como o ano que regista o maior número de trabalhadores estrangeiros” nos últimos sete anos, sublinha.

 

 

Investimento
O Hospital Internacional dos Açores (HIA), o primeiro privado da Região, que vai abrir em 2020, promete ser uma "estrutura...

Luís Miguel Farinha falava aos jornalistas sobre as mais-valias de um projeto, de 30 milhões de euros, que deverá abrir portas no primeiro trimestre de 2020, após o lançamento da primeira pedra que marcou hoje o arranque da construção do HIA num terreno contíguo ao Nonagon, o Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, na Lagoa.

"Em termos privados não existe (nos Açores) uma capacidade instalada/integrada que possa ter todas as valências e que desde que o doente chega possa fazer tudo dentro da unidade. Portanto, vamos ter possibilidade de ter aqui bons recursos humanos, vamos apostar muito na tecnologia, muita tecnologia de ponta, vamos fazer um investimento muito forte entre 27 a 30 milhões de euros e principalmente vamos investir muito nos recursos humanos", disse Luís Miguel Farinha.

O presidente do conselho de administração do HIA lembrou que a infraestrutura que vai disponibilizar 44 especialidades médicas pretende contratar 350 profissionais, sendo que a ideia passa por "atrair a maioria de recursos humanos dos Açores" e depois seduzir outros do continente para o projeto.

"Naturalmente que o serviço regional (de saúde) dos Açores é um serviço de qualidade, ao contrário do que as pessoas por vezes falam, ao nível nacional, se calhar, é dos serviços de qualidade que mais tenho visto, mas os médicos precisam de projetos, além dos sistemas remuneratórios temos de ter projetos, os médicos querem projetos para desenvolverem a atividade pela qual se formaram e que gostam de fazer", disse.

Luís Miguel Farinha referiu que "já existem alguns médicos em vista", admitindo "algumas áreas (médicas) deficitárias nos Açores", mas disse acreditar que, "em conjunto com o Governo Regional dos Açores", se possam fixar mais médicos na Região, sendo que atualmente não existe qualquer convenção com o executivo açoriano.

"O modelo de negócio que está feito para esta unidade é um modelo de negócio que não tem contratação nenhuma de convenção, o modelo de negócio está feito para os mercados segurador, do turismo de saúde, da população flutuante, mas (...) a estrutura está ao serviço dos açorianos. Estamos disponíveis para fazer todas as convenções, para fazer todos os acordos que forem considerados uteis, quer pelo Governo Regional, quer por outras estruturas locais, de forma a que todos os açorianos possam ter acesso a esta estrutura", disse.

O presidente do Governo Regional dos Açores presidiu, esta tarde, à cerimónia que assinalou o arranque da construção do HIA, sublinhando que este investimento dá provas de "um novo clima económico nos Açores".

"Em primeiro lugar, o facto de se tratar de um investimento privado significativo, confirma e no fundo dá sequência a um novo clima económico que se vive na nossa Região, o segundo aspeto tem a ver com o facto em que a disponibilização de novos serviços ou o reforço de serviços já instalados repercutir-se-á numa melhoria dos serviços que nesse domínio são prestados às açorianas e aos açorianos e em terceiro lugar o facto deste investimento nem substituir nem diminuir o nosso compromisso de ter um bom serviço regional de saúde ", afirmou Vasco Cordeiro.

O presidente do executivo açoriano disse que a melhoria dos indicadores económicos e sociais nos Açores levam ao aumento da confiança para investimento privado, referindo que o HIA é apenas um dos muitos projetos que apresentaram candidatura ao "Competir Mais", sistema de incentivos ao investimento privado.

"Neste momento são já cerca de 900 candidaturas que estão a ser analisadas e que representam quase 400 milhões de euros de investimento privado e cerca de dois mil postos de trabalho direto", sublinhou.

 

OMS
Os videojogos podem viciar da mesma forma que a cocaína ou o jogo, conclui a Organização Mundial da Saúde (OMS) numa...

"Depois de consultar especialistas em todo o mundo e rever as evidências de maneira exaustiva, decidimos que essa condição deveria ser acrescentada", disse à agência de notícias France Presse Shekhar Saxena, diretor do departamento de saúde mental e consumo de substâncias da organização Mundial de Saúde (OMS).

O "distúrbio de jogos" on-line e off-line é agrupado com os "transtornos relacionados ao uso de substâncias ou comportamentos viciantes" na 11ª edição da CID, a primeira grande revisão em quase três décadas.

A OMS anunciou em dezembro que o problema seria reconhecido como uma condição patológica. Os principais sintomas incluem "controlo deficiente" e incapacidade em parar de jogar. "A pessoa joga tanto que os outros interesses e atividades são ignorados, incluindo dormir e comer", comenta Saxena.

Sintomas devem perdurar durante um ano

Em casos extremos, os jogadores que não se conseguem distanciar de um ecrã desistem da escola, perdem empregos e ficam isolados dos amigos e família. A esmagadora maioria dos adeptos aos videojogos é jovem, muitos deles adolescentes, estima a OMS.

O comportamento sintomático deve continuar por "pelo menos um ano" antes de ser considerado perigosamente nocivo, frisa a nova classificação.

Cerca de 2,5 mil milhões de pessoas - uma em cada três no mundo - jogam algum tipo de jogo gratuito em ecrãs, especialmente em telemóveis, mas o distúrbio afeta apenas uma "pequena minoria", disse Saxena. "Não estamos a dizer que todo jogo é patológico".

A indústria dos videojogos arrecadou 108 mil milhões de dólares em todo o mundo em 2017, mais do que o dobro das bilheteiras de filmes, segundo a Superdata.

Quase 40% dessas vendas foram no leste da Ásia, especialmente na China e na Coreia do Sul. Outros mercados importantes incluem os Estados Unidos, o Reino Unido, França, Alemanha e Brasil.

Na Coreia do Sul e nos Estados Unidos já existem clínicas para tratar o vício em videojogos.

A inclusão do "distúrbio de videojogos" no catálogo revisto de doenças da OMS encontrou resistência, tanto da indústria como entre alguns especialistas."O processo da OMS carece de transparência, é profundamente defeituoso e carece de apoio científico", critica Michael Gallagher, presidente e CEO da Entertainment Software Association, em comunicado em março.

Num estudo a ser publicado no Journal of Behavioral Addictions, um grupo de 36 investigadores disse que havia evidências insuficientes para justificar a nova categorização

"Dada a gravidade da classificação diagnóstica e do seu impacto social mais amplo, pedimos aos nossos colegas da OMS para pecarem por excesso de precaução por enquanto e adiarem a formalização", escreveram num estudo que reviu a literatura académica.

O CID identifica cerca de 55.000 lesões, doenças, condições e causas de morte, e é amplamente utilizado como referência para diagnósticos e seguros de saúde.

"Isso permite-nos entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e tomar medidas para evitar o sofrimento e salvar vidas", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.

OMS deixa de considerar a transexualidade como um distúrbio mental e passa a considerar o vício por videojogos como um.

No dia 18 de junho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) deixou de considerar, na nova edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID), a transexualidade como distúrbio mental.

Publicado esta segunda-feira, o relatório da OMS deixa de considerar a transexualidade como uma doença mental e passa a considerar o vício por videojogos como tal. No CID-10, abterior relatório da organização, a transexualidade era considerada ”transtorno de identidade de género”. Contudo, não deixa de ser mencionada no CID- 11, publicado esta segunda-feira, como “incongruência de género”. Isto para que as pessoas ainda possam receber apoio médico, por parte do Sistema Nacional de Saúde, “visto que é frequente pessoas lidarem com depressão ou ansiedade antes de lidarem com a transformação / aceitação”, indica o relatório citado pelo diário espanhol El País.

Após 28 anos desde a última revisão desta norma, especialistas analisaram vários casos de transexuais e pessoas com a pretensão de mudarem de sexo, de forma a criar uma base de argumentos válidos para que fossem aceites pelos profissionais de saúde da OMS, escreve o El País.

Até agora, quem não se identificava com o sexo que lhes foi atribuído à nascença era considerado doente mental. Transexual é uma pessoa que sente que o seu sexo não está de acordo com a sua identidade de género; “é a forma mais extrema da perturbação da identidade de género, em que as pessoas se identificam persistentemente como membros do sexo oposto ao que lhes foi atribuído ao nascimento e necessitam de adaptar a sua aparência física à sua identidade de género através de terapias hormonaise/ou procedimentos cirúrgicos (que não se limitam à cirurgia genital) ” segundo um relatório da associação ILGA Portugal sobre a transexualidade.

 As associações de apoio a comunidades LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) já lutavam contra este diagnóstico por parte da OMS para que saísse desta classificação, pois era considerada discriminativa.

O CID é uma listagem de todas as doenças, distúrbios, condições e causas de morte que é utilizada para fins estatísticos e preventivos.

 

Relatório
Os encargos com a contratação da prestação de serviços médicos ascendeu a 98,1 milhões de euros em 2017, mais 0,3% face ao ano...

“A atividade médica realizada sob a forma de prestação de serviços visa, maioritariamente, assegurar a prestação de trabalho em contexto de urgência, representando cerca de 62% do total de encargos, menos dois pontos percentuais do que no ano 2016”, refere o relatório, indicando que no total, em 2017, foram contratados 3,37 milhões de horas, no valor de 98,13 milhões de euros.

De acordo com o relatório, os gastos em contexto de urgência foram de 60,70 milhões de euros, com a contratação de 2,18 milhões de horas de prestações de serviços médicos, enquanto em contexto de consultas foram 519.593 as horas contratadas, no valor de 13,2 milhões de euros, representando 13% do total dos encargos, mais cinco pontos percentuais face a 2016.

Os restantes cerca de 24,23 milhões de euros foram gastos na contratação de prestação de serviços como bloco operatório, viaturas de emergência médica, meios complementares de diagnóstico, cuidados intensivos, internamento e outros.

Lisboa e Vale do Tejo foi a região de saúde onde se verificou o maior volume de encargos de trabalho médico realizado sob a forma de prestação de serviços (38%), seguida da região Norte (25%), Centro (15%), Alentejo (16%) e Algarve (4%).

Segundo o documento, a diminuição em cerca de 45% apresentada para a região do Algarve poderá não corresponder à realidade, porque “não foi validada a totalidade da informação relativa às prestações de serviço através de pessoas coletivas respeitante ao Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, EPE, pelo que os valores podem ser superiores aos apresentados”.

As cinco entidades que apresentam maior volume de horas de atividade médica realizada em regime de prestação de serviços foram o Centro Hospitalar do Médio Tejo, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Centro Hospitalar do Oeste, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano e o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.

Relativamente aos encargos assumidos com esta atividade, mantêm-se as mesmas entidades com a exceção da ARS Lisboa e Vale do Tejo que dá lugar ao Centro Hospitalar de Setúbal, refere o documento, adiantando que o Centro Hospitalar do Médio Tejo “figura como a entidade que regista o maior volume de despesa, tal como acontecia com as horas”.

Cerca de 52% dos encargos da atividade médica realizada em regime de prestação de serviços é assegurada através de empresas, o que representa um decréscimo quando comparada com a percentagem apresentada em 2016 (64%).

Por outro lado, os prestadores a título individual representam 37% do total de encargos em 2017, representando um aumento de 12 pontos percentuais face ao ano 2016 (25%).

O relatório ressalva que “os valores indicados para o volume de horas realizadas não constituem a totalidade da atividade médica contratada”, uma vez que não incluem a totalidade da contratação realizada sob a forma de “pagamento ao ato” por ausência de informação, em alguns casos, relativa a número de horas.

 

ADSE perdeu mais 22.224 beneficiários
O número de beneficiários da ADSE (sistema de saúde dos funcionários públicos) caiu 1,8% no primeiro trimestre devido à redução...

O número tem vindo a cair nos últimos anos e, segundo o balanço relativo ao primeiro trimestre, a ADSE perdeu mais 22.224 beneficiários até março, para um total de 1.189.756 pessoas.

A queda ficou a dever-se, sobretudo, à redução do número de familiares dos titulares que caiu 6,4% nos primeiros três meses do ano, para 354.950 beneficiários.

Por outro lado, o número de titulares (trabalhadores e aposentados) cresceu 0,2%, atingindo 834.806, destacando-se entre estes o aumento de 5,8% dos beneficiários isentos de contribuições para o sistema de saúde que, em março, totalizavam 57.211.

Estão isentos da contribuição mensal para a ADSE os titulares cuja aplicação da taxa de desconto (de 3,5%) resulte numa pensão de valor inferior ao salário mínimo nacional (580 euros).

No primeiro trimestre registaram-se ainda 208 renúncias contra 242 no período homólogo.

O documento mostra que os descontos dos beneficiários da ADSE diminuíram 0,8% no primeiro trimestre face ao mesmo período do ano anterior, atingindo em março 127,4 milhões de euros.

As contribuições dos trabalhadores e aposentados representam a maior fatia da receita total da ADSE no primeiro trimestre, valor que atingiu os 137,3 milhões de euros em março. Por outro lado, as despesas do sistema de saúde atingiram 132,45 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que resultou num excedente de 4,9 milhões de euros.

O documento revela ainda que as juntas médicas e verificação domiciliária da doença da ADSE totalizaram 8.879 no primeiro trimestre, ligeiramente inferior (158) ao verificado no período homólogo.

A proposta do conselho diretivo da ADSE para alargar o sistema de saúde da função pública aos contratos individuais do Estado, aos que, entretanto, saíram do sistema e que querem voltar e aos que falharam o prazo de inscrição está a ser avaliada pelos ministérios das Finanças e da Saúde.

Em declarações à Lusa, José Abraão, membro do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE e dirigente da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP), considerou "urgente o Governo avançar com o alargamento a novos beneficiários, mesmo que de forma cautelosa, uma vez que está em causa a sustentabilidade do sistema".

 

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