Dados ACSS
Mais de um em cada 10 utentes procuram ter consultas de especialidade num hospital fora da sua área de residência, sendo as...

Dois anos depois de ter passado a ser permitido aos utentes escolher uma unidade hospitalar fora da sua residência, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) regista perto de 373 mil pessoas pedidos para fora da rede de referenciação.

Segundo dados avançados à agência Lusa pela ACSS, entre 01 de junho de 2016 e 20 de maio de 2018, houve 372.606 utentes que optaram por uma consulta de especialidade noutro hospital, o que corresponde a 11% do total de pedidos de consultas provenientes dos cuidados de saúde primários.

O número aumentou em relação aos últimos valores apresentados, em outubro passado, quando estavam contabilizados cerca de 250 mil utentes com consultas fora dos seus hospitais de referência.

Os hospitais mais procurados pelos utentes, foram o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Centro Hospitalar Lisboa Central, Centro Hospitalar São João e Centro Hospitalar do Porto.

Os dados indicam também que as consultas de especialidade de oftalmologia, ortopedia, dermatologia, otorrinolaringologia e cirurgia geral são as que representam o maior número de pedidos para fora da rede de referenciação.

Questionada pela Lusa sobre se a livre escolha tem causado constrangimentos nalguns hospitais, a Administração Central do Sistema de Saúde adianta que “os hospitais públicos têm vindo a aumentar o seu desempenho assistencial, em resposta ao crescimento da procura que se tem registado no SNS”.

“Esta é uma realidade transversal a todo o país, que assume especial relevo nos grandes hospitais de Lisboa e Porto, que são os mais procurados, mas que também são aqueles que têm uma maior flexibilidade para ajustar a sua resposta a essa procura por parte dos cidadãos”, salienta.

A ACSS explica que “o aumento do número de recursos humanos nos hospitais do SNS e a utilização dos vários instrumentos de gestão que estão disponíveis contribuem para essa maior flexibilidade, permitindo aos hospitais ajustar a sua capacidade de resposta, com destaque para os pagamentos adicionais aos profissionais que façam atividade adicional dentro do SNS, para a criação dos centros de responsabilidade integrados, para as transferências de consultas entre os hospitais” e “para os modelos inovadores de organização e de prestação de cuidados que estão associados à TeleSaúde e às respostas na comunidade”.

A Administração Central do Sistema de Saúde realizou em março um inquérito telefónico de satisfação aos utentes que tiveram consulta nos cuidados de saúde primários com pedido de referenciação para primeira consulta de especialidade hospitalar.

De uma amostra de 1.918 utentes inquiridos, 80,2% considera “Muito importante” (44,9%) ou “Importante” (35,3%) usufruir da possibilidade de escolher um hospital para a realização e consulta hospitalar.

Entre os motivos apresentados que levaram o utente a escolher o hospital, salientam-se a proximidade da habitação ou de familiares (28,4%) e a recomendação do médico de família (25,3%).

A ACSS afirma que “é importante que todos os cidadãos saibam que podem escolher o hospital do SNS onde pretendem ser tratados”.

“O princípio do livre acesso e circulação permite aos cidadãos acederem a qualquer hospital do SNS para a realização de consultas programadas, sem barreiras geográficas ou restrições administrativas. É a consagração de um direito de escolha que os cidadãos tinham e que finalmente foi levado à prática em Portugal”, sublinha.

 

“Deep in Merkel Cell Carcinoma”
A presidente do Intergrupo Português de Melanoma disse hoje à Lusa que “pela primeira vez” existe um tratamento aprovado para o...

Segundo Maria José Passos, o novo tratamento para esta patologia “extremamente agressiva” permite obter “respostas rápidas e de longa duração, com impacto significativo na sobrevivência dos doentes”.

“Trata-se de um tratamento inovador de imunoterapia, que representa mais do que uma esperança, já há ensaios positivos com aumentos de sobrevivência”, afirmou.

Em declarações à Lusa, Maria José Passos sublinhou que o novo tratamento “transforma uma doença agressiva numa doença crónica, é uma nova arma terapêutica para os doentes com esta patologia que estava órfã de terapêuticas, não tinha agentes eficazes”.

A presidente do IPM falava à Lusa a propósito da reunião “Deep in Merkel Cell Carcinoma”, que se realiza no sábado, entre as 09:00 e as 13:00, no Porto, para debater as novidades que existem no tratamento desta patologia.

Este ano, a abordagem a esta temática inicia-se com o seu diagnóstico, passando para a cirurgia e tratamento da doença, com a inclusão de três casos clínicos abertos a painel de discussão, referiu a responsável.

Maria José Passos explicou que o carcinoma de células de Merkel (CCM), frequentemente mal diagnosticado, ocorre na camada superior da pele, perto das terminações nervosas que detetam o toque, e pode ser identificado por um inchaço rosa, vermelho ou roxo na pele.

“Este é um tipo de cancro de tratamento difícil”, frisou, referindo que, “no geral, 5% a 12% dos pacientes são afetados com CCM metastático, ou seja, o cancro espalha-se a partir do lugar onde se iniciou”.

E, acrescentou, “apenas 30% a 64% dos doentes com o CCM, de qualquer estágio, sobrevivem além de cinco anos, e a taxa de sobrevivência dos doentes com CCM metastático é menor que 20%”.

Os principais grupos de risco são pessoas com tipo de pele claro, com idades superiores a 50 anos do sexo masculino; indivíduos que sofrem uma exposição solar natural em horários desadequados; forte exposição à luz solar artificial, como em camas de bronzeamento artificial ou terapia com psoraleno e ultravioleta A (PUVA) para psoríase; ter um sistema imunológico enfraquecido pela doença, como a leucemia linfocítica crónica ou a infeção pelo HIV; consumir drogas que tornem o sistema imunológico menos ativo, como após um transplante de órgão e ter um historial de cancro.

O Intergrupo Português de Melanoma (IPM) é uma sociedade médica, sem fins lucrativos, constituída por profissionais de diferentes especialidades, interessados no estudo, diagnóstico e tratamento do melanoma. É o primeiro grupo nacional multidisciplinar dedicado ao melanoma e foi criado em dezembro de 2012.

Segurança Alimentar
O Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR) integra uma nova rede europeia...

"As zonas costeiras do Atlântico Norte têm vindo a ser atingidas por eventos tóxicos regulares, produzidos por espécies de bactérias e microalgas típicas de zonas tropicais, denominadas de toxinas emergentes", referiu o presidente da direção do CIIMAR, Vitor Vasconcelos.~

De entre as toxinas emergentes "mais preocupantes", destacam-se as tetrodotoxinas - produzidas por bactérias marinhas - e as palitoxinas e ciguatoxinas - produzidas por dinoflagelados (organismos unicelulares microscópicos, que exibem uma grande diversidade de formas), indicou o professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), outra das entidades portuguesas envolvidas no projeto.

Estas toxinas, explicou, podem acumular-se em moluscos e peixes, e, apesar de não provocarem danos nestes animais, podem levar a graves intoxicações quando ingeridas por humanos.

Várias doenças e perturbações

Daí podem resultar problemas gastrointestinais, como vómitos, diarreia e dores de cabeça, e, dependendo do tipo de toxina, perdas de memória, paralisia muscular e desenvolvimento de tumores.

Através desta nova rede europeia de alerta de toxinas marinhas, designada Alertox Net, o consórcio responsável pelo projeto pretende recolher informação e alertar sobre a presença destas toxinas nos alimentos marinhos de consumo humano.

Além disso, tenciona "fornecer às autoridades regulatórias europeias informação relevante, tendo em vista eventuais ajustes à legislação vigente", referiu o coordenador da equipa portuguesa.

O Alertox-Net possibilitará, assim, melhorar e desenvolver métodos de deteção, localização de fontes de origem e controlo de toxinas marinhas emergentes, de forma a reduzir os riscos para a saúde pública.

"Todos os parceiros do projeto desenvolverão um programa de comunicação e disseminação dos seus resultados - incluindo para o público em geral -, organizarão 'workshops' e seminários e publicitarão informações regularmente atualizadas sobre os resultados do mesmo", referiu Vitor Vasconcelos.

As equipas trabalharão em conjunto com as autoridades locais, responsáveis pela monitorização dos produtos do mar, de forma a fornecer informação relevante sobre toxinas ainda não monitorizadas regularmente, acrescentou.

Este projeto, desenvolvido por um consórcio internacional e financiado pelo Programa de Cooperação Interreg Atlantic Area, em cerca de três milhões de euros, é liderado pela Universidade de Santiago de Compostela, envolvendo ainda entidades espanholas, irlandesas, francesas e inglesas.

A FCUP e o CIIMAR serão responsáveis pela configuração, teste e validação do sistema de alerta de deteção de contaminantes no ambiente e pela avaliação do risco de crescimento das toxinas emergentes, relacionado com as alterações climáticas.

As entidades portuguesas procurarão envolver o sector de produção e transformação de pescado nacional, para diagnosticar necessidades e problemas associados às toxinas.

O CIIMAR lidera o projeto EMERTOX, no qual uma rede de instituições e empresas europeias e do Norte de África buscam mapear as toxinas marinhas emergentes no Atlântico Norte e no Mediterrâneo.

"O ALERTOX-NET é um projeto mais específico, que financia investigação e transferência de tecnologia na área das toxinas emergentes, visando desenvolver novas técnicas de detecção e quantificação das mesmas e, por isso, complementará o EMERTOX", relatou Vitor Vasconcelos.

Estudo
As alterações climáticas estão a forçar espécies de peixes como a cavala a mudarem de 'habitat' mais rápido do que a...

O estudo, publicado na revista científica Science, concluiu que novas zonas de pesca poderão aparecer em mais de 70 países em resultado do aquecimento global.

A história tem demonstrado que os novos pesqueiros partilhados entre países muitas vezes provocam conflitos entre eles, salienta em comunicado a Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, que coordenou o novo trabalho.

Pesca excessiva

A investigação assinala que um futuro com menos emissões de gases com efeito de estufa, causadores do aquecimento do planeta, reduziria o potencial de conflito entre nações sobre reservas de pesca, mas também sobre comércio, fronteiras marítimas e soberania territorial.

De acordo com os especialistas, os conflitos levam à pesca excessiva, que reduz a quantidade de peixe disponível e o lucro e o emprego que a atividade pesqueira fornece.

"A maioria das pessoas não sabe que o direito de pescar determinadas espécies de peixes é decidido frequentemente por órgãos nacionais e regionais de gestão pesqueira. Estes órgãos fixaram regras com base na noção de que certas espécies de peixe vivem em determinadas águas e não se movimentam muito. Mas os peixes estão a movimentar-se porque as alterações climáticas estão a aquecer os oceanos", afirmou um dos autores do estudo, Malin Pinsky, citado em comunicado pela universidade norte-americana.

Malin Pinsky e o colega James Morley realçam, num outro estudo recente, que muitas espécies de peixes comercialmente importantes poderão nadar centenas de quilómetros em direção a norte em busca de água mais fria, o que, frisam, já está a acontecer, provocando perturbações na pesca e consequentemente conflitos entre países.

Os dois especialistas em ecologia e recursos naturais dão como exemplo a "guerra da cavala" entre a Islândia e a União Europeia.

Sujeitos às regras acordadas pelos países-membros, os pescadores da União Europeia pescam uma determinada quantidade de cavalas por ano.

Contudo, em 2007, as cavalas começaram a nadar para águas mais frias, perto da Islândia, que não pertence à União Europeia.

A Islândia passou a pescar a súbita abundância de cavala, mas não concordou com a União Europeia sobre os limites de pesca sustentável da espécie, dando origem a uma guerra comercial.

Um outro exemplo dado pelos investigadores da Universidade Rutgers é o conflito entre os pescadores de lagosta dos Estados Unidos e do Canadá. Esta espécie de crustáceo está a mudar-se para águas mais a norte, da região norte-americana Nova Inglaterra para as Províncias Marítimas do Canadá.

Os autores do estudo sugerem, como solução para disputas como estas, que os governos possam permitir a negociação de licenças e quotas de pesca através das fronteiras internacionais.

Medicamentos Veterinários
Portugal era até agora o único país sem uma entidade autónoma para o setor de medicamentos veterinários. Criada recentemente, a...

Até agora, o mercado de medicamentos veterinários estava associado à APIFARMA. Contudo, dadas as especificidades deste setor e as crescentes diferenças legislativas e regulamentares entre este mercado e o mercado de medicamentos de uso humano, surgiu a necessidade de criar uma entidade própria que congregue as maiores empresas a atuar no mercado português nesta área.

“Estavam reunidas as condições para que as empresas do setor se envolvessem na criação da APIFVET, existindo agora condições para a adesão de novas empresas que anteriormente expressavam reservas face à notória dificuldade deste setor se afirmar com uma atividade associativa que de forma autónoma defendesse os interesses das suas associadas e da saúde animal”, explica Jorge Moreira da Silva, Presidente da APIFVET.

No evento, para além da apresentação do âmbito de intervenção e dos objetivos desta nova associação, será ainda abordada a “Estratégia de redução das antibiorresistências”, pelo Prof. Doutor Fernando Bernando, Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária, e ainda a “Gestão de risco concorrencial do acesso à Informação”, pelo Dr. Armando Ferreira, advogado. Jorge Moreira da Silva explica que “a escolha deste último tema espelha a preocupação da APIFVET em cumprir e incentivar o cumprimento por parte das nossas associadas das leis de concorrência e da publicidade, de proteção de dados e normas deontológicas aplicáveis a este mercado.”

 

 

Opinião
Comemora-se hoje, dia 15 de Junho, o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa

A violência sobre o idoso pode ser definida como qualquer acto que cause dano a uma pessoa idosa e que seja realizado por alguém que ele conheça ou em quem confie, como um membro da família ou um amigo. O abuso pode ser físico, social, financeiro, psicológico ou sexual, podendo incluir maus-tratos e negligência.

Todos os dias internacionais significam a inerente necessidade de lembrar o facto que se comemora por este ser negligenciado ou ignorado. Quando ao dia que comemoramos lhe acrescentamos o epíteto de “dia da consciencialização de” compreendemos que aqui o assunto se torna ainda mais sério. Não nos limitamos a marcar no calendário, obrigando à sua discussão, o problema da violência exercida contra a Pessoa Idosa mas acrescentamos ainda a necessidade de que haja consciencialização de que essa violência existe, reforçando a dupla violência exercida sobre as vítimas, ou seja, não só essa violência existe como muitas vezes esta não é (re)conhecida pelo idoso ou pela sociedade em geral, acrescentando silêncio e sensação de impotência do idoso face à agressão já que esta é, em geral, ignorada ou desvalorizada pela sociedade.

Qual a razão deste tipo de violência ser pouco reconhecida? Boa parte das vezes dá-se por ocultação do próprio idoso, vítima de violência, tantas vezes dos próprios filhos, ou dos seus cuidadores de quem está dependente. Muito idosos consideram normal a desconsideração a que são votados pelas gerações mais novas levando em conta a sua debilidade ou a degradação de algumas capacidades fruto do envelhecimento. Muitos velhos sentem-se um “estorvo” por se acharem inúteis, encarando o envelhecimento como uma derrota. Por outro lado, sobretudo quando se trata de violência física exercida por um filho ou neto, o idoso tende a não o denunciar, por vergonha ou sentimento de culpa (achando-se culpado de ter educado dessa forma o seu filho que agora o agride) ou por recear represálias. Outras vezes o idoso receia que não acreditem no que diz por o acharem demente ou confuso e como tal a violência de que é vítima, acrescida da ignorância e silêncio a que é votada, se torna um pesadelo sem saída.

Numa sociedade cada vez mais envelhecida, estima-se que em 2025 sejam mais de 1,2 mil milhões de pessoas com mais de 60, nunca os idosos foram tão votados ao esquecimento e sujeitos a maus-tratos físicos e psicológicos.

Estima-se que em Portugal, todas as semanas, 16 idosos são vítimas de violência. Cerca de 12,3% dos idosos podem ser alvo de algum tipo de violência por parte de familiares, amigos, vizinhos ou cuidadores remunerados sendo que os números apresentados muito provavelmente ficam aquém da realidade por esta ter fraca expressão e ser pouco denunciada pelas vítimas.

Neste dia a ONU relembra também que a discriminação etária é uma grave violação dos Direitos Humanos, exigindo o empenhamento dos governos, das instituições e da população para mudar a situação.

Em vista de tudo isto cumpre-nos a nós, não só profissionais de saúde mas cidadãos em geral procurar mudar este quadro, começando por acarinhar e a apoiar os nossos velhos, não esquecendo que a velhice não é uma doença mas sim um período da vida onde chegaremos se tivermos sucesso a combater todos os obstáculos que até lá se nos vão interpondo. A vida deve ser vivida integralmente com a dignidade que lhe é merecida, em todas as suas fases, mesmo nas de maior debilidade. Não esqueçamos que, se pensarmos bem sobre o assunto – a velhice é o futuro que nos espera.

*este artigo não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico, por opção do autor

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Falsificação
As apreensões de mais de mil garrafas de vinho contrafeito de Barca Velha ou Pêra-Manca em 2017 levou à criação de equipas...

“Criámos brigadas especializadas, vocacionadas para o vinho. Em termos de intervenção operacional da ASAE colocámos nas diversas unidades regionais uma brigada especializada para o setor do vitivinícola para dar acompanhamento a um produto nacional”, explicou à Lusa Pedro Gaspar, inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

À margem da cerimónia de apresentação do congresso internacional ‘Wine Track 2018’, que está agendado para o próximo dia 26 de outubro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, Pedro Gaspar disse que foram criadas brigadas, constituídas por dois inspetores, para combater a fraude relacionada com o setor vitivinícola.

“Há uma brigada no Norte, Centro e Sul, portanto, nas três unidades regionais, para além dos reforços que existirão quando é necessário”, conta aquele responsável pela ASAE, acrescentando que à semelhança do setor turístico, que necessitou de brigadas para o setor do alojamento local, foram também criadas equipas na sequência das apreensões grandes de cópias de vinhos de qualidade, como sucedeu em 2017 com a apreensão de mais de mil e tal garrafas de vinhos com o rótulo Barca Velha ou Pêra-Manca.

Segundo Pedro Gaspar, a ASAE tem atuado com o objetivo estratégico de “proteger as marcas nacionais, os produtos nacionais e os produtos de diferenciação qualitativa”.

O diretor-geral da ASAE chama também a atenção para o fenómeno da venda ‘online’ de vinhos falsificados e que vai sendo colocado no mercado “em pequenas quantidades, porque é vendido pela Internet.

O ‘online’, à partida, tem um preço mais baixo, porque não tem a despesa fixa do estabelecimento e o consumidor, às vezes, pensa que está a adquirir ali algo mais interessante. Muitas vezes, está a comprar um produto fraudulento, que é disponibilizado via ‘online’, onde é mais difícil de detetar e que é uma área a ter interesse”, explica.

Pedro Gaspar falava à margem da cerimónia do congresso internacional ‘Wine Track 2018’, que vai decorrer pela primeira vez em Portugal, no próximo dia 26 de outubro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

A organização do evento é da responsabilidade da Société des Experts Chimistes de France e da Associação de Laboratórios de Enologia e tem o objetivo de mostrar os caminhos para rastrear o percurso do vinho e chegar à verdadeira origem do produto.

 

Tumores
Uma equipa de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) descodificaram um programa genético que controla a...

Dos tumores cerebrais em adultos, o glioblastoma, com uma prevalência na população estimada em um por cada 100 mil habitantes, é o “mais frequente e aquele com pior prognóstico”, devido à capacidade que o tumor tem de invadir o tecido cerebral circundante, tornando a sua remoção por cirurgia “extremamente difícil”, podendo mesmo “invariavelmente reaparecer após cirurgia”, explica o IGC.

De acordo com o instituto, este reaparecimento deve-se ao facto de “as células cancerosas facilmente se misturarem com as células normais do tecido envolvente, dificultando o trabalho do cirurgião quando tenta remover todo o tumor”. Para além disso, o glioblastoma contém em si células ditas ‘estaminais’ do cancro, ou seja, estas têm a capacidade de originar um novo tumor, principalmente quando são “deixadas para trás”.

“A capacidade de invasão deste tipo de tumor é um assunto tão grave que muitos investigadores se dedicam a tentar compreender quais os mecanismos que permitem às células do glioblastoma invadir o tecido cerebral à sua volta”, diz Diogo Castro, investigador que liderou a equipa que realizou o estudo, citado num comunicado do IGC.

Uma molécula que se sabia estar implicada no processo de invasão do glioblastoma chama-se Zeb1. “A Zeb1 pertence a um importante grupo de moléculas reguladoras denominadas 'fatores de transcrição'. Estes atuam dentro das células da mesma forma que um maestro conduz a sua orquestra, dizendo aos músicos quando devem começar a tocar ou deixar de o fazer. Os 'fatores de transcrição' fazem a mesma coisa com os genes”, explica Pedro Rosmaninho, primeiro autor deste estudo e investigador no grupo de Diogo Castro.

De acordo com o comunicado, o investigador do IGC afirma que esta descoberta mostrou como a molécula Zeb1 “desempenha o seu papel dentro das células cancerosas quando permite que estas sejam capazes de invadir os tecidos do cérebro saudáveis à sua volta”, confirmando assim o papel crucial da molécula no glioblastoma.

Os investigadores utilizaram culturas de células criadas a partir de biópsias humanas e bases de dados que continham o perfil genético de centenas de tumores de glioblastoma, de forma a mapear no genoma humano quais os genes que são regulados pela Zeb1.

Essa experiência mostrou que "a molécula orquestra alterações importantes nas propriedades das células cancerosas, desempenhando um duplo papel, ou seja, a sua presença consegue ‘ligar’ ou ‘desligar’ simultaneamente um grande número de genes”. Isto acaba por alterar a interação entre as células cancerosas, conseguindo-se infiltrar no tecido cerebral no qual o tumor se desenvolve.

No comunicado divulgado hoje, Diogo Castro realça a importância desta investigação: “Quanto melhor percebermos como as células do tumor de glioblastoma invadem os tecidos envolventes, mais perto estaremos de um dia encontrarmos terapias eficazes que possam interromper este processo.”

A investigação foi conduzida no Instituto Gulbenkian de Ciência em colaboração com investigadores do Edinger Institute of Neurology (na Alemanha) e da McGill University (no Canadá) e foi financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pela Deutsche Forschungsgemeinschaft (Alemanha) e pelo Canadian Institutes of Health (Canadá).

Até às 24h
Trabalhadores dos hospitais, centros de saúde, INEM e outros organismos e serviços integrados no Serviço Nacional de Saúde...

Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas (FNSTFP), a greve, que abrange todos os trabalhadores da saúde, exceto médicos e enfermeiros e se prolonga até às 24:00 de sexta-feira, visa “exigir do Governo a satisfação de um conjunto vasto de reivindicações para a melhoria das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores da Saúde e a defesa do Serviço Nacional de Saúde”, refere o sindicato em comunicado.

Entre as reivindicações estão “a admissão dos trabalhadores necessários ao SNS”, a integração nos mapas de Pessoal de todos os trabalhadores com contrato de trabalho precário, a reversão para o setor público administrativo dos Hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial) e das Parcerias Público-Privadas (PPP) e a negociação da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde.

A revisão das Carreiras da Saúde, “a justa valorização” da Carreira Especial de Técnico de Emergência Pré-Hospitalar, o fim dos cortes no pagamento das horas de qualidade e do trabalho suplementar, “contra a descentralização de competências na área da Saúde para as Autarquias Locais” e a “aplicação do DL 62/79 a todos os trabalhadores” e o “pagamento do abono para falhas aos trabalhadores que manuseiam valores” são outras reivindicações dos trabalhadores.

Os trabalhadores da saúde realizaram nos dias 02 e 03 de maio uma greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), para reivindicar a aplicação do regime de 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores, progressões na carreira e o pagamento de horas extraordinárias vencidas e não liquidadas.

Um dia depois desta greve, o Governo chegou a um acordo com os sindicatos que representam os trabalhadores de saúde das carreiras gerais, que abrangeu cerca de 20 mil trabalhadores com contrato individual de trabalho na área da saúde.

Apesar deste acordo, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas decidiu manter o dia de greve, que inicialmente estava marcado para o dia 25 de maio e que foi adiado para 15 de junho, por considerar que existem outras reivindicações que ainda não foram satisfeitas.

 

IPMA
As regiões da Guarda e Vila Real apresentam hoje risco extremo de exposição à radiação ultravioleta (UV) e o resto do país está...

Nas regiões com risco extremo o IPMA recomenda que se evite o mais possível a exposição ao sol.

O restante território de Portugal Continental está em risco muito elevado, à exceção das regiões de Coimbra e Leiria, que apresentam risco moderado de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

Para sábado, segundo a informação disponível do 'site' do IPMA, está previsto que o risco extremo de exposição à radiação ultravioleta se mantenha na região da Guarda, enquanto o restante território continental vai estar todo em risco muito elevado.

O IPMA prevê para hoje vento forte na faixa costeira ocidental e nas terras altas e uma pequena subida da temperatura mínima.

As temperaturas máximas vão chegar aos 33 graus em Évora e Beja, 32 em Castelo Branco, 31 em Faro e 30 em Portalegre.

Abaixo da faixa dos 30 graus de máxima estão cidades como Bragança (29), Braga e Vila Real (28), Santarém (27), Sines e Viseu (26), Lisboa (24), Coimbra (23), Viana do Castelo (22), Leiria e Porto (21).

 

Cuidados redobrados
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alerta para a previsão de temperaturas elevadas nos próximos dias e recorda que o calor pode ter...

Numa informação colocada no ‘site’, a DGS recorda que a exposição ao calor intenso pode ter efeitos negativos na saúde, como a desidratação e outras complicações que podem ser evitadas e que “a reação de cada pessoa à temperatura e os seus efeitos na saúde podem ser diferentes”.

Para proteger a saúde, a DGS recomenda que, durante os dias mais quentes, a população se mantenha hidratada, se proteja do calor, mantenha a casa fresca e fique em contacto e atento aos outros.

Recomenda ainda especial atenção, entre outros grupos, aos doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida e aconselha a população a evitar zonas de poluição elevada, lembrando que “as temperaturas elevadas e a poluição do ar estão muitas vezes associadas”.

“Sempre que trabalhar ou tiver alguma atividade no exterior faça-o acompanhado porque em situações de calor extremo poderá ficar confuso ou perder a consciência”, alerta ainda a DGS.

Para manter a hidratação, a DGS recomenda que se beba água mesmo quando não se tem sede, que se evite bebidas alcoólicas e bebidas com muito açúcar e que se faça refeições frias e leves, comendo mais vezes ao dia e evitando refeições muito quentes e muito condimentadas.

Aconselha ainda a que se evite a exposição direta ao sol, especialmente entre as 11:00 e as 17:00, e as atividades físicas no exterior, principalmente nos horários mais quentes.

No exterior, recomenda à população que procure locais à sombra e frescos, use roupas leves, claras e soltas, chapéu e óculos com proteção contra a radiação UVA e UVB.

Aconselha ainda o uso de protetor solar com índice de proteção igual ou maior do que 30 sempre que se estiver ao ar livre, renovando a aplicação a cada duas horas.

Para evitar que as casas aqueçam demasiado, a DGS recomenda que, nos horários de maior calor, se corram as persianas ou portadas e, ao entardecer, quando a temperatura exterior for mais baixa do que a interior, se deixe que o ar circular pela casa.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje uma subida das temperaturas mínimas e vento forte na faixa costeira ocidental e nas terras altas.

As temperaturas máximas vão chegar aos 33 graus em Évora e Beja, 32 em Castelo Branco, 31 em Faro e 30 em Portalegre.

Abaixo da faixa dos 30 graus de máxima estão cidades como Bragança (29), Braga e Vila Real (28), Santarém (27), Sines e Viseu (26), Lisboa (24), Coimbra (23), Viana do Castelo (22), Leiria e Porto (21).

Vem aí o bom tempo
Uma massa de ar quente vai chegar a Portugal no fim de semana e fazer subir as temperaturas, que se podem aproximar dos 40...

Segundo a meteorologista Maria João Frada, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no sábado o dia ainda terá temperaturas amenas, mas no domingo os termómetros vão começar a subir, sobretudo por causa de uma massa de ar quente, que vai entrar no território e fazer subir as temperaturas entre três a seis graus.

“Teremos no sábado ainda um dia com temperaturas amenas, em especial no litoral oeste, por causa do vento, que durante a tarde será de noroeste moderado e a soprar por vezes forte, com rajadas que podem chegar aos 65 quilómetros por hora”, disse a meteorologista.

Nas regiões do interior, a partir do final de dia de sábado, vai chegar uma massa de ar quente, com temperaturas a atingirem os 30 a 34 graus em alguns locais, à exceção da Serra da Estrela, que terá valores mais baixos.

“No domingo e segunda-feira há uma mudança de cenário, com o vento a rodar para leste/nordeste (…) a trazer uma massa de ar tropical, ou mesmo equatorial modificada, e o que vai trazer é uma subida generalizada da temperatura a todo o território, mas que se vai fazer sentir essencialmente nas regiões do litoral oeste”, explicou Maria João Frada.

A meteorologista sublinhou que as subidas de temperaturas no domingo “serão na ordem dos três a cinco ou seis graus no litoral oeste, em particular na região da Grande Lisboa” e, na segunda-feira, “a corrente de leste vai ser reforçada e as temperaturas máximas tendem a subir mais”.

“Vamos chegar a segunda-feira e na generalidade do território as temperaturas máximas vão variar entre os 30 e os 35 graus, com exceção da zona da Serra da Estrela, onde serão ligeiramente mais baixas. No interior do Alentejo vão variar entre os 35 e os 39 graus, assim como no Vale do Tejo e Santarém. Serão estas as regiões mais quentes”

Na Grande Lisboa, a temperatura vai subir também de forma significativa na segunda-feira, podendo atingir valores próximos dos 35 graus, acrescentou.

Segundo a especialista do IPMA, também no fim de semana, "sobretudo a partir de domingo, vai subir a temperatura mínima e em alguns locais do território “poderá haver valores compatíveis com noites tropicais, com temperaturas mínimas na casa dos 20 graus, em particular no Algarve, no interior do Alentejo, na Grande Lisboa e Vale do Tejo”.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou hoje para a previsão de temperaturas elevadas nos próximos dias e recorda que o calor pode ter efeitos negativos na saúde e que a população se deve hidratar e manter as casas frescas.

Numa informação colocada no seu ‘site’, a DGS sublinha que a exposição ao calor intenso pode ter efeitos negativos na saúde, como a desidratação e outras complicações que podem ser evitadas e que “a reação de cada pessoa à temperatura e os seus efeitos na saúde podem ser diferentes”.

Para proteger a saúde, a DGS recomenda que, durante os dias mais quentes, a população se mantenha hidratada, se proteja do calor, mantenha a casa fresca e fique em contacto e atento aos outros.

Recomenda ainda especial atenção, entre outros grupos, aos doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida e aconselha a população a evitar zonas de poluição elevada, lembrando que “as temperaturas elevadas e a poluição do ar estão muitas vezes associadas”.

Aconselha ainda a que se evite a exposição direta ao sol, especialmente entre as 11:00 e as 17:00, e as atividades físicas no exterior, principalmente nos horários mais quentes.

No exterior, recomenda à população que procure locais à sombra e frescos, use roupas leves, claras e soltas, chapéu e óculos com proteção contra a radiação UVA e UVB.

Aconselha ainda o uso de protetor solar com índice de proteção igual ou superior a 30 sempre que se estiver ao ar livre, renovando a aplicação a cada duas horas.

Boletim Polínico
Portugal Continental vai registar nos próximos sete dias concentrações muito elevadas de pólenes no ar, segundo o Boletim...

No arquipélago da Madeira, as concentrações de pólenes serão baixas, enquanto nos Açores serão moderadas, adianta a previsão da SPAIC para a semana de 15 a 21 de junho.

Nas regiões de Trás-os-Montes e da Beira Litoral predominam os pólenes das ervas gramíneas e parietária e da árvore oliveira, segundo o Boletim Polínico que visa informar a população sobre as concentrações polínicas no ar para permitir a quem sofre de alergias agir preventivamente.

Também na região de Entre Douro e Minho, os pólenes estarão em níveis muito elevados, predominando os pólenes das ervas gramíneas, parietária e tanchagem e da oliveira.

No sul, na região de Lisboa e Setúbal, o alerta da SPAIC vai principalmente para os pólenes das ervas gramíneas e parietária e nas regiões do Alentejo e do Algarve para o pólen das ervas gramíneas.

Segundo o Boletim Polínico, na Madeira, onde os pólenes se encontram em níveis baixos, destacam-se os das ervas gramíneas e parietária, e nos Açores, onde são esperados níveis moderados, predominam os pólenes das árvores pinheiro e palmeira e das ervas gramíneas, parietária e tanchagem.

 

 

OCDE
Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre demência coloca Portugal no quarto lugar...

Um novo relatório sobre demência publicado pela OCDE põe Portugal apenas atrás da Alemanha, Itália e Japão.

No mesmo relatório, a OCDE sugere ainda que em 2037 o país suba para a terceira posição desse grupo. O número de pessoas com demência nos países da OCDE chegou perto dos 19 milhões de pessoas em 2017.

O envelhecimento da população e a ausência de programas de deteção da doença mencionados no relatório poderão justificar as projeções feitas para Portugal para 2037, apesar do crescimento ser generalizado em todos os países analisados.

Demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa. É um termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais.

Casos de demência continuam a aumentar

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam 47,5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75,6 milhões em 2030 e triplicar em 2050 para os 135,5 milhões. 

A Doença de Alzheimer assume, neste âmbito, um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência, segundo dados da OMS.

 

Este mês
O Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) iniciou em junho o tratamento de uma doença hereditária rara...

A doença é caracterizada é pela "deficiência numa enzima" que "provoca a acumulação de lípidos em vários órgãos" e, segundo o comunicado do CHMA enviado à agência Lusa, a terapêutica "consiste na perfusão intravenosa, sob condições de vigilância e monitorização, da enzima deficitária, estabilizando a doença e melhorando significativamente a qualidade de vida dos doentes".

Com um "processo de diagnóstico complexo", apenas "um número restrito de centros hospitalares no país" efetua atualmente o seu acompanhamento, enfatiza o CHMA.

Até 2017, estes doentes “tinham o seu tratamento restrito a Centros de Referência", acabando o Serviço de Cardiologia do CHMA por "tornar possível os tratamentos na proximidade da área de residência dos doentes", refere a nota de imprensa.

Os primeiros tratamentos "iniciaram-se este mês, no Hospital de Dia da Unidade de Santo Tirso".

 

 

 

 

Reconhecimento
A investigadora portuguesa Inês Laíns foi distinguida, pelo segundo ano consecutivo, com o prémio da universidade norte...

A oftalmologista, que trabalha no Massachusetts Eye and Ear Hospital, viu o seu artigo premiado pelo seu caráter inovador e de maior contributo para o tratamento da degenerescência macular relacionada com a idade (DMI).

O estudo demonstra uma técnica inovadora que permite, através de um teste de sangue, avaliar o risco de o doente ter DMI e qual a probabilidade desta doença progredir para o estado de cegueira.

“Neste estudo utilizamos uma técnica nova que permitiu identificar biomarcadores no sangue que distinguem pessoas com DMI vs controlos da mesma idade, bem como distinguir as diferentes fases da doença”, afirma a investigadora num comunicado hoje divulgado.

“Esta técnica inovadora considera a natureza multifatorial da doença, daí provavelmente a sua capacidade para identificar biomarcadores, mas nunca tinha sido usado antes”, diz, adiantando que foi o primeiro estudo em que isto foi feito.

Segundo a investigadora, os resultados foram “muito promissores”, podendo no futuro evitar que um doente com DMI tenha cegueira, por exemplo.

A DMI é uma “doença complexa, que envolve tanto fatores genéticos (história familiar) como fatores ambientais. Talvez pela sua complexidade, não se compreende bem como estes fatores interagem e não existem, até à data, formas de identificar quem são os indivíduos acima dos 50 anos com maior risco de desenvolver esta doença”, sublinha.

Além disso, “a doença em algumas pessoas progride para cegueira e não existem também formas de identificar quem são os indivíduos que têm maior risco de progredir para cegueira e que por isso precisam de um segmento diferente”.

Sobre o reconhecimento do seu trabalho, a médica afirma que “é o resultado de um enorme investimento pessoal e profissional” e “fruto de muita paixão” por aquilo que faz diariamente e de “muito trabalho”,

“O prémio também é sinónimo de responsabilidade, espero agora conseguir continuar a corresponder às expectativas e sobretudo continuar a fazer ciência que tenha impacto na vida dos nossos doentes e possa contribuir para a diminuição da cegueira e para a melhoria da qualidade de vida daqueles que sofrem de doenças da visão”, sublinha Inês Laíns, que fez a sua formação médica na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

O ‘Evangelos S. Gragoudas Award’ raramente é atribuído mais do que uma vez ao mesmo médico, sendo que em toda a história da oftalmologia apenas dois especialistas conseguiram esse feito.

Em 2017, Inês Laíns ganhou o mesmo prémio por ter desenvolvido um teste para doentes com DMI, de apenas 20 minutos, e concluído que a “presença de determinadas lesões oculares estava associada a um maior tempo necessário para a capacidade de ver no escuro”.

Com o apoio de um número superior a 3500 voluntários, a Médicos do Mundo já conseguiu ajudar, num ano de intervenção, mais de...

Mais de mil pessoas das regiões afectadas pelos incêndios do ano passado receberam apoio da Médicos do Mundo (MdM), tanto na fase de emergência, que decorreu em três concelhos do país, como na intervenção de continuidade que a organização ainda realiza em Castanheira de Pera. No terreno, a suportar as inúmeras actividades de apoio à população, já estiveram mais de 3500 pessoas, entre voluntários individuais e presenças corporativas. 

Recorde-se que, apenas cinco dias após os incêndios de 17 de Junho, a MdM chegava às regiões afectadas pelos incêndios com a Missão Esperança, a primeira missão de emergência da organização em território nacional, com o objectivo de coordenar acções de voluntariado e de logística e realizar limpeza de escombros, recuperação de infra-estruturas e de reflorestação, entre outros trabalhos. A intervenção de emergência iniciou-se em Castanheira de Pera, tendo-se estendido depois, em consequência dos fogos de Outubro, também a Santa Comba Dão e a Oliveira de Frades.

Tal como explica Carla Paiva, Directora Executiva da Médicos do Mundo, “a nossa organização luta contra todas as doenças, até mesmo a injustiça. E foi uma injustiça o que aconteceu a estas populações. Não podíamos, por isso, deixar de ir para o terreno e de dar o nosso contributo para atenuar os efeitos desta catástrofe”.

Para ajudar a melhorar a vida das populações afectadas, a MdM, com o apoio de voluntários de todo o país, concentrou primeiro a sua intervenção na prestação de cuidados básicos de saúde e na triagem e distribuição de bens de primeira necessidade. Depois foram realizadas outras actividades: mais de uma centena de acções de limpeza de escombros e de terrenos, a plantação de um número superior a 5500 árvores e a construção de quase 30 hortas. A intervenção envolveu ainda 17 acções de reposição de pastos e a construção de seis anexos. 

Durante a intervenção de emergência em Castanheira de Pera, “identificámos muitas situações de vulnerabilidade, de pessoas a viver sozinhas, em ambiente de pobreza extrema e sem acesso a cuidados básicos de saúde”, conta Carla Paiva. “Sentimos, por isso, que existia a necessidade de continuarmos no local com uma intervenção mais direccionada às questões de saúde”, acrescenta.

Assim, em Setembro de 2017, iniciou-se o Projecto Esperança, um projecto de continuidade, com duração de um ano, que sucedeu à missão de emergência, com o intuito de assegurar cuidados médicos e psicossociais à população local, e que já atendeu cerca de um quarto da população da vila de Castanheira de Pera. Se, numa primeira fase, eram sobretudo as queimaduras provocadas pelos incêndios, agora as situações identificadas relacionam-se com doença mental ou não diagnosticada ou descompensada, nomeadamente hipertensão e diabetes. 

Os técnicos da equipa de saúde da Médicos do Mundo fazem triagem e avaliam situações sinalizadas, atendem pessoas com necessidades sociais, dão consultas de enfermagem e monitorizam o seu estado de saúde. Até ao momento, foram realizadas cerca de 600 visitas domiciliárias, mais de 400 consultas de enfermagem e um número acima de 50 encaminhamentos para estruturas de saúde.

Para além dos cuidados de saúde e da continuação de acções iniciadas na fase emergência – distribuição de bens alimentares e outros e o auxílio à reconstrução –, a Médicos do Mundo disponibiliza ainda actividades de Terapia Ocupacional, através da integração de voluntários e estagiários, com formação na área, que asseguram a reposição das rotinas e da qualidade de vida dos habitantes. 

Composição e características
A Comissão Europeia lançou uma nova metodologia comum para comparar a qualidade dos produtos alimentares em toda a União...

A metodologia comum vai permitir às autoridades nacionais de defesa do consumidor efetuar análises que comparem a composição e as características dos produtos alimentares vendidos com embalagens semelhantes em toda a UE.

A nova metodologia foi criada pelo Centro Comum de Investigação (JRC), serviço científico e de conhecimento da Comissão Europeia, tendo contado com vários contributos, incluindo da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

A metodologia de ensaio - que assenta em princípios fundamentais como a transparência, a comparabilidade, a seleção de amostras semelhantes e a análise dos produtos - permitirá às autoridades determinar se os produtos alimentares são comercializados em conformidade com a legislação da UE.

Todos os produtos alimentares vendidos na UE têm de cumprir normas rigorosas em matéria de segurança e os consumidores devem ser informados das características essenciais, estabelecidas, nomeadamente, na legislação sobre rotulagem dos alimentos na UE.

As autoridades em matéria de segurança alimentar nacional e de defesa do consumidor são responsáveis por garantir que os alimentos colocados no mercado único estão em conformidade com a legislação aplicável da UE.

 

Prevenção e Reabilitação
A rádio da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP) passou a emitir um programa desenvolvido pelo Centro Hospitalar São João,...

O projeto "Mais Nozes que Vozes - Saúde Mental sem Fios" (MNQVozes) leva à Engenharia Rádio, "sem censura e sem estigmas, momentos e encontros criadores, clarificadores e integradores, que estreitam laços entre as pessoas com experiência de doença mental e a sua comunidade", disse à Lusa o coordenador da estação de rádio, Filipe Borges Teixeira.

Este programa, concebido em 2011 pela Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar São João (CPSM-CHSJ), como parte das suas atividades para prevenção e reabilitação de doença psiquiátrica, passou agora a ser gravado e produzido em parceria com a Engenharia Rádio, entidade responsável pela difusão mensal do programa.

O objetivo principal desta iniciativa passa por auxiliar o utente psiquiátrico numa fase de reabilitação, conduzindo-o a "papéis novos e relevantes dentro da sua comunidade", bem como pela diminuição do estigma social relativamente às doenças mentais, explicou Ana Sofia Machado, membro da equipa da CPSM-CHSJ responsável pelo projeto.

Os temas explorados são decididos programa a programa, dentro do grupo, tendo em consideração os interesses dos pacientes e a atualidade, continuou, acrescentando que, embora não exista uma idade mínima para participação, os doentes devem ser maiores de idade ou próximos da mesma, para efeitos de integração no grupo e autonomização.

Através deste projeto, a rádio torna-se, assim, "um espaço de autonomia - incentivando a espontaneidade -, bem como um meio de reconstrução da linguagem, que se encontra, muitas vezes, prejudicada na doença mental grave", indicou Ana Sofia Machado.

A mais-valia desta iniciativa, referiu, relaciona-se com as potencialidades da rádio como meio de comunicação e com as diferentes capacidades desenvolvidas na gravação, edição de programas, entrevista e locução.

"Acresce a ausência da componente visual, que resulta, naturalmente, numa maior atenção no conteúdo e na forma do que se tem a transmitir", notou.

De acordo com a responsável, a doença psiquiátrica "continua a ser associada a comportamentos violentos e perigosos. No entanto, é importante salientar um outro tipo de estigma paradigmático: o da incapacidade e menos-valia".

Ana Sofia Machado salientou que, embora exista um maior reconhecimento da doença e procura por tratamento, "mantém-se a descrença, a intolerância e o desmérito por estes doentes", o que dificulta a sua integração e cria obstáculos que impedem a obtenção de "papéis relevantes" na sociedade e de "vidas significativas".

Para o diretor da CPSM-CHSJ, Rui Coelho, através da realização mensal deste programa, "o mundo da psicose, que é mais familiar [ao doente], é posto de parte, levando-o a ser estimulado a pensar num tema, formar uma opinião, redigir e transmitir, sentindo-se reconhecido e ouvido".

Também para o coordenador da estação de rádio, Filipe Borges Teixeira, esta é uma parceria que lança desafios importantes: por um lado, a comunicação como ferramenta de reabilitação dos utentes, e, por outro, a integração dos utentes no meio universitário, "onde a diferença de idades, relativamente aos estudantes, é considerável".

Segundo uma informação disponibilizada pela FEUP, a criação deste projeto deve-se ao trabalho desenvolvido pelo antigo diretor da CPSM-CHSJ, António Roma Torres, que inspirou-se nos primeiros programas de rádio conduzidos por utentes de psiquiatria, na Argentina, em Itália, França, Espanha e Suécia, entre outros, na década de 90.

 

Clínica do Pulmão
O IPO-Porto vai participar num estudo europeu de medição de resultados e de custos no cancro de pulmão para compreender as...

O estudo, que vai ser promovido pela International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM) e pela All.Can, integra onze instituições de saúde de vários países como Itália, Espanha e Bélgica.

Segundo o presidente do IPO-Porto, Laranja Pontes, este projeto permitirá “comparar o desempenho com outras organizações, identificando oportunidades de melhoria, com o objetivo de aumentar os ganhos em saúde para os doentes e a eficiência na prestação de cuidados”.

O IPO-Porto vai implementar este projeto na Clínica do Pulmão durante o ano de 2019.

Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), que apoia a participação do IPO/Porto no estudo, considera “tratar-se de uma excelente oportunidade para promover a adoção e a posterior disseminação de boas práticas na medição de resultados em saúde em Portugal”.

A representação das duas instituições, IPO-Porto e APAH, será efetuada por uma equipa que traduz o caráter multidisciplinar do projeto e do tratamento da patologia oncológica, sendo constituída por Marta Soares (médica orientadora da Clínica do Pulmão), Esmeralda Barreira (enfermeira coordenadora da Clínica do Pulmão), Marina Borges (coordenadora do Outcomes Research Lab) e Miguel Lopes (secretário geral da APAH).

A ICHOM é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo transformar os sistemas de saúde a nível mundial, através da mediação e avaliação dos resultados observados nos doentes, sendo estes resultados fundamentais para medir a qualidade dos cuidados de saúde prestados.

O IPO-Porto e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) estarão presentes no evento de lançamento do projeto na próxima segunda-feira, em Madrid.

 

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