Opinião
Estima-se que a asma afecte cerca de 700 mil de pessoas em Portugal e que, destas, 300 mil não têm a

A asma é definida como uma “doença” das vias aéreas, caracterizada por uma inflamação crónica que determina a sua obstrução, e se manifesta por pieira (“chiadeira“ no peito) dificuldade em respirar, sensação de opressão ou peso torácico e tosse, sintomas que são variáveis no tempo e em intensidade.

Isto significa que em determinados momentos os doentes podem não ter qualquer sintoma, mas noutros eles poderão existir, induzidos por diversos factores, como a prática de exercício físico, a exposição a substâncias para as quais estão sensibilizados (alergénios) ou substâncias irritantes (como o fumo de tabaco, vapores de produtos de limpeza, por exemplo) ou, ainda, infecções, especialmente, a vírus.

Estes sintomas, que são uma consequência da inflamação das vias aéreas, fazem com que elas passem a reagir mais facilmente às agressões do meio ambiente, tendendo a encerrar-se para evitar a agressão, podem diminuir ou desaparecer espontaneamente (sobretudo nas fases iniciais do afecção) ou sob acção de medicação.

Por controlo da asma entende-se a ausência de sintomas, quer diurnos quer nocturnos, mesmo na presença dos diversos factores atrás enunciados. Ou seja, um doente com a sua asma controlada pode ter uma qualidade de vida e bem-estar como se da doença não padecesse. E esta situação pode ser obtida numa muito elevada percentagem de casos.

Existem medicamentos que actuam na inflamação, e outros que têm como acção controlar a obstrução. Muitas vezes é necessário fazê-los em conjunto. Deixamos um alerta: se é necessária medicação contínua nunca se deve fazer apenas um broncodilatador.

Existem outros tratamentos, como por exemplo as vacinas antialérgicas, para os casos em que estão indicadas. Deve, ainda ser efectuado o tratamento da rinite – se existente, da obesidade, e de outras comorbilidades.

O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível e, na maioria dos casos, tem que se prolongar por vários anos. De acordo com a evolução clínica de cada caso poderá variar na sua intensidade e duração.

Qual a dimensão deste problema de saúde pública?

Em 2010, por iniciativa da Comissão de Acompanhamento do Programa Nacional de Controlo da Asma (que coordenámos) foi efectuado um estudo no Continente português – o Inquérito Nacional de Controlo da Asma – cujos resultados, então publicados, nomeadamente no site da DGS, consideramos muito importantes.

Verificou-se que cerca de 43% dos doentes inquiridos não tinham a sua asma controlada, estimando-se, assim, que existiam cerca de 300.000 asmáticos não controlados.

Mas, talvez mais importante, foi saber quem eram os que a não tinham.

A maior ausência de controlo foi observada no género feminino, nos doentes com mais de 65 anos, nos que tinham níveis de escolaridade mais baixa, nos das classes sociais mais desfavorecidas, e nos com maior índice de massa corporal – leia-se, mais obesos.

Desconhecemos a existência de outros estudos nacionais que tenham sido realizados posteriormente. Fica-nos a dúvida por continuarmos a ver, de vez em quando, a citação de alguns números deste Inquérito. 

Desconhecemos, igualmente, se estes resultados, que nos indicavam sobre quem devia incidir o apoio, a informação, a motivação, determinaram acções concretas que visassem reduzir esta tão elevada percentagem de doentes em risco. Nem que fosse só por razões económicas, dado que um doente controlado tem custos, para si e para a Sociedade, muito inferiores aos de um doente não controlado.

Um doente é um Ser Humano que tem direito a ter uma qualidade de vida igual à de qualquer outro. E os asmáticos controlados podem tê-la.

Professor Doutor António Bugalho de Almeida
Pneumologista na Corclínica
Professor Catedrático Jubilado Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
ONG garantiu não existir tolerância para casos como este
Medicos Sem Fronteiras acusados de recorrerem a prostitutas e de se gabarem de fornecer medicamentos em troca de sexo durante...

A notícia, avançada pela BBC, refere que as acusações aos elementos da organização não-governamental (ONG) foram feitas por antigos trabalhadores humanitários.

Em anonimato, algumas mulheres declararam que alguns trabalhadores humanitários revelaram um comportamento predatório, mas também que havia um recurso constante a prostitutas.

"Ele [um dos trabalhadores humanitários] estava a sugerir que muitas das raparigas que tinham perdido os pais durante a crise do Ébola fariam qualquer coisa, em termos de sexo, em troca de medicação", afirmou uma das mulheres relativamente ao facto de haver troca de medicamentos por sexo.

A emissora britânica afirmou que ainda não conseguiu saber se as acusações são verdadeiras, tal como a ONG Médicos Sem Fronteiras, que afirma que existe falta de informação pormenorizada, ainda assim garantiu que não existe tolerância para "abusos, assédio ou exploração".

 

 

 

Sangue do cordão umbilical
Uma criança de oito anos com anemia falciforme foi curada após transplante hematopoiético com a amostra de sangue do cordão...

No início de 2017, os pais da criança agora curada guardaram o sangue do cordão umbilical do seu filho mais novo, na expectativa de este poder ser usado para tratar o filho doente.

O transplante foi realizado em junho de 2017, nos Estados Unidos, no Centro Médico Hospitalar de Cincinnati, para onde a amostra de sangue do cordão umbilical foi enviada após vários testes, em conformidade com os rigorosos testes da American Association of Blood Banks (ABBA) e da FDA (Food and Drug Administration). Quase um ano depois, a criança está completamente curada e mantém uma vida saudável, livre de doença.

Atualmente, a única cura para a anemia falciforme é o transplante de células estaminais hematopoiéticas, como as encontradas no sangue do cordão umbilical, sendo estes transplantes mais eficazes em crianças e adultos jovens. Além disso, quando o dador de células estaminais é um irmão compatível, os resultados são extremamente positivos, com cerca de 90% de sobrevivência livre de doença. Após o sucesso dos transplantes de células estaminais, os doentes com anemia falciforme não apresentam sintomas e a sua qualidade de vida melhora significativamente.

"O sangue do cordão umbilical é considerado uma fonte de células estaminais alternativa à medula óssea, podendo ser usado no tratamento de diferentes tipos de leucemias, linfomas, hemoglobinopatias, nas quais se inclui a anemia falciforme, e ainda, em imunodeficiências e doenças metabólicas, contando atualmente com cerca de 80 indicações", refere Carla Cardoso, investigadora da Crioestaminal.

O que é a anemia falciforme?

A anemia falciforme é uma doença hereditária que afeta a forma dos glóbulos vermelhos. Os glóbulos vermelhos saudáveis têm forma circular em disco, enquanto os glóbulos vermelhos dos doentes com anemia falciforme têm forma de foice ou de crescente.

Os glóbulos vermelhos em forma de foice tendem a unir-se em agregados, provocando bloqueio em vasos sanguíneos de pequeno calibre (capilares). O bloqueio dos capilares reduz o fluxo sanguíneo aos tecidos e pode conduzir a crises de dor, infeções, lesões no baço, nos rins, no cérebro, nos ossos e noutros órgãos e, eventualmente, derrame cerebral.

Para além disso, estes glóbulos vermelhos não transportam oxigénio de forma eficiente, fazendo com que estes doentes apresentem anemia crónica, fadiga e falta de ar.

As crises características desta doença são tratadas com analgésicos e outras medidas de suporte, sendo as transfusões de sangue ocasionalmente necessárias. As vacinas contra infeções bacterianas, antibióticos profiláticos e o tratamento agressivo das infeções permitem prolongar a vida destes doentes.

Grupo de intervenção
A Segurança Social conta a partir de hoje com um dispositivo permanente de 291 técnicos em todo o país preparados para intervir...

A constituição deste dispositivo permanente surge no âmbito de um protocolo de intervenção para cenários de emergência ou catástrofe desenvolvido pelo Instituto de Segurança Social (ISS), em colaboração com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

O protocolo, que contempla instrumentos de planificação, organização e coordenação no quadro das ações de apoio social em fase de emergência, decorre da intervenção do ISS no apoio social de emergência às vítimas e às populações afetadas pelos incêndios de 2017.

Este é “um protocolo de atuação que planifica e dá todos os instrumentos necessários para facilitar e melhorar a intervenção” e “orientar os recursos humanos a todos os níveis”, disse à agência Lusa, Sofia Borges Pereira, do conselho diretivo do ISS.

A mesma responsável adiantou que estes 291 técnicos da Segurança Social receberam formação da ANPC e estão preparados para “qualquer tipo de cenário” de emergência, seja incêndios, inundações ou outra situação de catástrofe.

Segundo Sofia Borges Pereira, este dispostito é permanente, pode atuar a qualquer hora do dia e tem uma cobertura a nível nacional.

No âmbito do protocolo foi também definido as competências dos operacionais de acordo com os níveis de atuação em que vão intervir, nomeadamente nos postos de comando e nas zonas de concentração e apoio às populações, bem como a definição de perfis e competências de acordo com a organização das equipas do ISS.

“Como temos vários níveis de intervenção, nacional, distrital, municipal, conforme os planos de emergência acionados, procuramos ter uma definição do perfil para selecionar quem é o responsável, quem reúne todas as competências para coordenar e ser o oficial de ligação, quem é o responsável da equipa que faz de elo ligação com o teatro de operação. Outro perfil é quem fica nas zonas de concentração de apoio à população”, explicou.

Além de definir as competências do ISS no âmbito da intervenção em cenários de exceção, o protocolo de intervenção para cenários de emergência ou catástrofe vai ser também distribuído aos 291 trabalhadores, que funcionará como um documento orientador do que devem fazer.

O dispositivo do ISS vai também receber um ‘kit’ de intervenção com material e equipamento para intervenção em cenário de exceção.

Além do protocolo, este ‘kit’ é constituído pelo caderno de campo para os operacionais e um colete da segurança social, que permitirá um melhor reconhecimento e identificação dos técnicos nos teatros de operações, evitando situações de burla.

A apresentação da intervenção da Segurança Social em cenários de exceção e a entrega dos ‘kits’ vão ser feitas hoje em Alcanena (Santarém), numa cerimónia que contará com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

Instituto Camões
O instituto Camões está a ultimar com o Governo angolano um Plano de Estratégico de Cooperação para o período 2018 a 2022, que...

A informação foi prestada pelo vice-presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, Gonçalo Teles Gomes, à margem de uma deslocação às instalações da instituição em Luanda, no âmbito da visita que está a realizar a Angola.

“A minha visita destinou-se a negociar um novo Plano Estratégico de Cooperação com Angola, tendo em vista, também, a futura visita do senhor primeiro-ministro a Angola. E também contactos bilaterais com ministérios setoriais”, começou por explicar, na quinta-feira à noite, o dirigente daquele instituto, responsável pela Cooperação portuguesa.

Estas negociações, entre a direção do instituto Camões e o Governo angolano, lideradas pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola, antecedem a visita a Luanda do primeiro-ministro português, António Costa, previsivelmente no final de julho.

“A visita tem estado a correr muito bem. Há claramente um espírito positivo entre os dois lados, há uma grande disponibilidade, tanto de Portugal como da parte de Angola, flexibilidade de se encontrarem os necessários entendimentos para termos resultados positivos quando o senhor primeiro-ministro vier a Angola”, explicou Gonçalo Teles Gomes.

Nos últimos anos, através do instituto Camões, Portugal tem canalizado mais de cinco milhões de euros anuais de Ajuda Pública ao Desenvolvimento, para projetos de Cooperação com Angola, sobretudo nas áreas da Educação e Saúde.

Uma verba que não quantifica todo o tipo de apoio prestado e que pode aumentar, com o novo programa.

“Pode aumentar, mas o pacote financeiro ainda não está fechado, porque depende destas negociações”, explicou.

O novo Plano de Estratégico de Cooperação será a cinco anos, 2018-2022, e envolverá projetos financiados por Portugal em áreas como capacitação e formação; educação; saúde; energia, água e ambiente; segurança alimentar e Agricultura; apoio ao setor privado; e segurança, justiça e defesa.

Além disso, o instituto Camões tem atualmente a competência delegada da União Europeia para gerir dois projetos, já em curso, comparticipados por fundos comunitários e por Portugal, na área da formação técnico-profissional, avaliado em 20 milhões de euros, e outro de segurança alimentar, de 65 milhões de euros, a desenvolver no sul de Angola.

“A avaliação que eu faço é que a cooperação é positiva, mas com espaço para melhoria”, disse ainda Gonçalo Teles Gomes.

 

 

Paralisaçao
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00:00 de hoje uma greve em protesto contra questões salariais e contra a...

“Vamos voltar à paralisação porque o Governo, no dia 28 de maio, comunicou-nos novamente o encerramento da negociação”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont.

O dirigente sindical explicou que o Governo apresentou “uma ligeira alteração” à tabela salarial, face à última proposta, dizendo que “não havia condições para apresentar matérias e questões” que são essenciais para estes profissionais.

“Não é só uma questão da tabela salarial é também a questão da transição dos trabalhadores da atual carreira para a nova tabela e a contagem do tempo de anos de serviço na atual carreira”, disse, considerando “inaceitável o que Governo está a fazer na negociação”.

Face a esta situação, os sindicatos solicitaram, no dia 05 de junho, “uma negociação suplementar face àquilo que é a lei e o enquadramento legal sobre esta matéria”, mas até ao momento não houve nenhuma resposta por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças.

Os sindicatos pediram ainda a intervenção do primeiro-ministro, António Costa, que remeteu a questão para os dois ministérios.

Perante este impasse, os técnicos de diagnóstico e terapêutica decidiram voltar hoje à greve, que se repete a 13 de julho. A partir de 01 de julho irão realizar uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado.

Luís Dupont prevê “uma adesão grande” à paralisação, como aconteceu nos dias 24 e 25 de maio, com a adesão a rondar os 90%, com impacto em praticamente todos os serviços de saúde, principalmente nas consultas, cirurgias programadas e exames de diagnóstico e terapêutica.

Para as 16:30, está marcada uma concentração junto à Assembleia da República, seguindo em marcha até ao Terreiro do Paço, residência oficial do primeiro-ministro, onde os profissionais vão ficar em vigília e entregar um manifesto ao primeiro-ministro, que, "pelos vistos, não está a querer ouvir estes profissionais”, adiantou o sindicalista.

No documento, os técnicos de diagnóstico e terapêutica explicam que o manifesto representa “uma tomada de posição” junto do primeiro ministro e visa que “o assunto seja discutido no seio do Governo no sentido de não se dar por encerrado” o processo negocial “de forma unilateral”.

Expõem ainda as suas reivindicações, entre as quais um ajuste da tabela salarial, a transição para novas carreiras e o descongelamento de escalões.

 

Nomeação
O antigo presidente do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, Carlos Santos, que passará a ser vogal executivo do Centro...

Nota do Conselho de Ministros ontem divulgada dá conta destas nomeações e refere que, além de Maria Margarida Torres de Ornelas, o conselho de administração do Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil passa a ter como vogais executivos Ana Filipa Cardoso Pais, Luís Miguel Santos Filipe, Maria do Rosário Velez Reis e António João Mendes Moreira.

A informação do Conselho de Ministros refere igualmente que Carlos Manuel Gregório dos Santos foi nomeado para vogal executivo no conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, atendendo à vacatura do referido cargo por motivo de renúncia do anterior titular.

Pedro Beja Afonso, que tinha ocupado o cargo, enveredou por uma carreira na administração hospitalar privada.

No dia 06, os diretores clínicos do IPO referiam que uma eventual substituição dos administradores implicaria “uma rutura e um recomeço indesejáveis”.

Tendo “tomado conhecimento de que está em curso a substituição do conselho de administração” da unidade regional do Instituto Português de Oncologia (IPO), atualmente presidido por Carlos Santos, aqueles responsáveis manifestavam então “enorme preocupação” com esta mudança, “que parece ter subjacente uma eventual interpretação legislativa”.

Numa nota enviada à agência Lusa nesse dia, os diretores clínicos retomavam as preocupações e os argumentos de uma carta enviada, então há duas semanas, ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e à presidente da Administração Regional do Centro, Rosa Reis Marques.

“A nomeação de um outro presidente, independentemente das suas características, implica uma rutura e um recomeço indesejáveis, que pode comprometer todas as expectativas que os profissionais acalentaram durante anos, que admitem merecer pelos resultados obtidos e que querem ver cumpridas”, afirmavam.

 

Tecnologia
As crianças e pessoas mais sensíveis ao contacto com agulhas vão poder contar, a partir de hoje, no Porto, com o auxílio da...

O projeto lançado pela Unilabs Portugal "representa um investimento imediato de 350 mil euros", mas que "poderá, no espaço de três anos, crescer até aos cinco milhões de euros", disse à agência Lusa o presidente executivo Luís Menezes.

"Todo o conceito da unidade digital que está a ser montada na Trindade ronda os 350 mil euros. O objetivo é investir nos próximos três anos entre quatro e cinco milhões de euros em inovação e desenvolvimento em áreas como esta, mas também no diagnóstico preditivo e em data analytics", revelou.

A primeira unidade de atendimento com realidade virtual em Portugal "apresenta duas salas de exames temáticas, com conceitos divertidos e originais, sendo que na dirigida às crianças haverá óculos de realidade virtual", refere um comunicado enviado à Lusa.

"Estamos a querer mudar uma coisa muito simples que é feita da mesma forma há mais de 50 ou 60 anos. Uma vez que vamos abrir um dia antes das festas de São João, um dos conteúdos da realidade virtual que temos preparada para as crianças tem que ver com viagens de balão, numa lógica muito sanjoanina", desvendou Luís Menezes.

Confessando ser objetivo com esta tecnologia, ir "mudando as temáticas apresentadas por via da realidade virtual", revelou que estas surgirão "não apenas em função do que vai acontecendo", mas também fruto de "campanhas específicas em diferentes alturas do ano".

Dirigida às crianças e pessoas mais sensíveis ao contacto com as agulhas, a primeira sala, dirigida às crianças, "foi decorada a pensar na festa mais emblemática da cidade do Porto, o São João", enquanto a segunda, para adultos, "tem um conceito Zen", refere a nota de imprensa.

Este segundo espaço "foi decorado com pavimento em madeira, um jardim vertical artificial, prumos de madeira no teto e uma parede com padrão relacionado com o tema", acrescenta.

Revelando ser "Portugal o primeiro país, dos 15 onde a Unilabs está, a apostar nesta solução inovadora", Luís Menezes mostrou-se também convencido que "nunca ninguém no país utilizou este tipo de tecnologia para poder facilitar as colheitas de sangue".

Para o futuro, desvendou o responsável em Portugal da empresa, "estão previstos projetos na área do exame de diagnóstico, dos dados e da inteligência artificial", que "permitirão apresentar novos produtos aos consumidores".

Presente em Portugal desde dezembro de 2005, a empresa de prestação de serviços auxiliares do diagnóstico médico tem atualmente dez laboratórios, um de anatomia patológica; mais de 800 unidades de atendimento; 48 centros de radiologia; 13 centros de cardiologia e seis de gastrenterologia.

 

Quase todas as regiões do país apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo...

De acordo com o IPMA, todas as regiões do país apresentam hoje um risco muito elevado, com exceção das ilhas das Flores, Faial e Terceira, nos Açores, que estão com níveis elevados.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado no interior Norte durante a manhã, aguaceiros, que poderão ser localmente fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, em especial nas regiões Norte e Centro e durante a tarde.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco do quadrante leste, soprando moderado nas terras altas até meio da manhã e no final do dia, e sendo temporariamente de noroeste na faixa costeira ocidental durante a tarde.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 14 graus (na Guarda) e os 20 (em Coimbra) e as máximas entre os 26 (na Guarda e em Viseu) e os 33 (em Beja).

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, aguaceiros fracos nas vertentes norte e nas zonas montanhosas e vento moderado de noroeste, soprando por vezes forte nas zonas montanhosas.

No Funchal as temperaturas vão variar entre 19 e 22 graus Celsius.

No grupo ocidental dos Açores (ilha das Flores e Corvo) prevê-se céu geralmente pouco nublado, aguaceiros fracos durante a madrugada e vento noroeste bonançoso, enfraquecendo.

Para os grupos central (S. Jorge, Graciosa, Faial, Pico e Terceira) e oriental (Santa Maria e São Miguel) a previsão aponta para céu muito nublado, diminuindo de nebulosidade durante a tarde, aguaceiros durante a madrugada e manhã, possibilidade de trovoadas durante a madrugada e vento nordeste fraco a bonançoso.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão oscilar entre os 20 e os 25 graus, na Horta entre os 19 e os 25, em Angra do Heroísmo entre os 18 e os 24 e em Ponta Delgada entre os 17 e 24.

 

Estudo
Cientistas sugerem, num estudo hoje divulgado, a ligação entre a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência, e a...

O estudo, divulgado na publicação da especialidade Neuron, identificou níveis elevados de dois tipos de herpesvírus humanos - 6A e 7 - em amostras de cérebro de pessoas que revelavam sinais da doença de Alzheimer. Contrariamente, os níveis eram mais baixos em cérebros saudáveis.

A abundância destes vírus-chave em cérebros afetados pela doença de Alzheimer pode levar à degradação e morte das células cerebrais (neurónios) ou agir de outra maneira, refere em comunicado a universidade norte-americana do Arizona, que coordenou o estudo.

"Não podemos dizer se os herpesvírus são a principal causa da doença de Alzheimer, mas o que é claro é que perturbam e participam nas redes diretamente subjacentes na patofisiologia da Alzheimer", afirmou, citado em comunicado da universidade, um dos autores do estudo, Joel Dudley, professor de genética e ciências genómicas.

Os herpesvírus humanos 6A e 7, aos quais a maioria das pessoas está exposta no início da vida, entram no organismo através do revestimento nasofaríngeo.

Segundo os investigadores, um dos vírus-chave, o 6A, regula a expressão de alguns genes de risco da doença de Alzheimer e os genes que regulam o processamento da proteína amiloide, um ingrediente importante nesta patologia neurodegenerativa (concentrações da proteína amiloide formam placas no cérebro que são características na Alzheimer).

A informação sobre a função do herpesvírus 6A, obtida a partir da análise do tecido cerebral de doentes, foi complementada com estudos envolvendo ratinhos, nos quais os cientistas avaliaram o efeito da redução de 'miR155', uma molécula que regula o sistema imunitário.

Os resultados revelaram que os ratinhos com menos 'miR155' tinham mais depósitos de placas amiloides no cérebro e alterações comportamentais.

O herpesvírus 6A é conhecido por diminuir a presença desta molécula, o que, de acordo com os cientistas, dá mais peso a um possível contributo dos vírus para a doença de Alzheimer.

Os autores do estudo sustentam que a confirmar-se que vírus ou outros agentes infecciosos desempenham um papel no desenvolvimento da doença Alzheimer, tal pode conduzir a novas terapias antivirais ou imunológicas para combater a patologia antes do aparecimento dos sintomas.

A equipa de investigadores explorou a presença de herpesvírus em seis regiões-chave do cérebro conhecidas como muito vulneráveis a danos causados pela Alzheimer e que precedem em várias décadas o diagnóstico da doença.

O estudo baseou-se em dados de sequenciação genética (ADN e ARN) de 622 dadores de cérebro com as características da doença de Alzheimer e de 322 dadores de cérebro 'normais', assim como em informação clínica sobre a evolução e gravidade da patologia antes de as pessoas morrerem.

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica alerta
As concentrações de pólenes no ar vão estar muito elevadas em quase todas as regiões de Portugal continental nos próximos sete...

Para a semana de 22 a 28 de junho de 2018, a SPAIC prevê concentrações de pólenes muito elevadas para todas as regiões continentais, enquanto as regiões autónomas dos Açores e da Madeira contam com níveis moderados e baixos, respetivamente.

Os pólenes das árvores oliveira e castanheiro predominam nas regiões de Trás-os-Montes e Entre Douro e Minho. No que diz respeito às ervas, predominam os pólenes de gramíneas e parietária em Trás-os-Montes e tanchagem, parietária e gramíneas em Entre Douro e Minho.

Nas Regiões da Beira Litoral e Beira Interior predominam os pólenes das árvores castanheiro, com acréscimo da oliveira na Beira Litoral e no Algarve.

Os pólenes das ervas gramíneas e parietária predominam nas regiões da Beira Interior, Beira Litoral, Lisboa, Setúbal, Algarve e no Alentejo com o acréscimo das ervas tanchagem na Beira Interior, no Algarve e no Alentejo.

Ao contrário das regiões do continente, os pólenes estarão em níveis baixos na Madeira, destacando-se das ervas gramíneas e parietária, e, nos Açores, os pólenes encontram-se em níveis moderados, com predomínio dos pólenes do pinheiro e palmeira e das ervas gramíneas, tanchagem e parietária.

As concentrações de pólenes são suscetíveis a provocar doenças alérgicas, e estas podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite alérgica), dos olhos (conjuntivite alérgica) ou da pele (urticária e eczema).

O Boletim Polínico efetua a divulgação semanal dos níveis de pólenes existentes no ar atmosférico recolhidos através da leitura de postos em várias regiões do país.

 

Relatório
As faltas ao trabalho dadas pelos profissionais de saúde totalizaram quase 3,8 milhões de dias em 2017, mais 2,4% do que no ano...

As principais causas de absentismo foram a doença (46,3%) e a proteção na parentalidade (32,9%%), que no total deram origem a mais de 2,9 milhões de dias de ausência ao trabalho, segundo o Relatório Social do Ministério da Saúde, divulgado esta semana.

Os acidentes em serviço e doenças profissionais foram responsáveis por cerca 170 mil dias perdidos, um decréscimo de 13,1% face ao ano anterior.

As ausências ao trabalho por motivos de greve totalizaram 120.886 dias, representando o maior aumento face ao ano anterior (76,6%), destaca o documento, que observa ainda um acréscimo de 26,3% das faltas injustificadas, que somaram 21.048 dias, mais 4.379 dias face a 2016.

Em sentido inverso, o relatório realça “a diminuição significativa” ocorrida nos dias de trabalho perdidos por cumprimento de pena disciplinar (-32,6%).

À semelhança dos anos anteriores, os enfermeiros foram os que registaram o maior número de ausências ao serviço (1,3 milhões de dias), seguidos dos assistentes operacionais (951.742) e dos médicos (441.806).

Os assistentes operacionais registaram o maior número de dias de trabalho perdidos por motivo de doença e de acidentes em serviço, seguidos, em ambos os motivos, dos enfermeiros, refere o documento.

Relativamente às ausências por motivos relacionados com a proteção da parentalidade, mais de 50% dizem respeito aos enfermeiros, “o que, naturalmente, está relacionado com o facto de se tratar de um grupo profissional predominantemente feminino e com uma idade média baixa”, sublinha.

Em 2017, ocorreram 6.951 acidentes com profissionais de saúde, 88% dos quais aconteceram no local de trabalho e 12% no itinerário para o trabalho. Os 3.980 acidentes com baixa deram origem a 100.789 dias de trabalho perdidos.

Desde 2014, tem-se vindo a assistir a um acréscimo do absentismo: 3.053.005 dias perdidos em 2014, 3.394.120 no ano seguinte, 3.698.608 em 2016 e 3.788.556 no ano passado.

Controlo da Diabetes
Em Portugal, estima-se que exista um milhão de diabéticos e cerca de dois milhões de pré-diabéticos.

Para controlar a Diabetes é necessário manter os níveis de glicemia no sangue dentro dos valores estabelecidos pela equipa de saúde que o acompanha. Este controlo resulta do equilíbrio entre vários fatores, como a medicação, a prática de atividade física e a alimentação, que deve ser rica mas cuidada, sempre com baixo teor de gordura e sal.

Deste modo, aconselha-se a que siga sempre um plano alimentar indicado por um nutricionista, adaptado à necessidade diária de toma de antidiabéticos orais e insulina.

Principais conselhos:

  1. Tome sempre o pequeno-almoço. Sendo a primeira refeição do dia esta é também a mais importante, pelo que se aconselha algum cuidado na escolha dos alimentos. Para que esta refeição seja completa, equilibrada e saudável recomenda-se que inclua leite e derivados, pão escuro e, sempre que possível, uma peça de fruta.
  2. Faça seis refeições por dia para evitar estar mais de três horas sem comer. E muito importante: não salte refeições!
  3. Para as pequenas refeições, como os lanches, que facilitam o controlo do apetite, deve optar por pão de mistura ou integral, cereais ricos em fibra, tostas com baixo teor de gordura e sal, acompanhadas de leite ou iogurte magro e/ou fruta.
  4. Não se esqueça de comer sopa. De fácil digestão e rica em nutrientes, a sopa ajuda a mantê-lo saciado durante mais tempo e promove o bom funcionamento do intestino. “Abuse” das hortaliças e legumes.
  5. Coma fruta! Mas sempre no final das refeições, como sobremesa, evitando a mais açucarada, o figo, a cereja, a banana, o dióspiro e as uvas.
  6. Modere o consumo de fritos e reduza o consumo de gorduras (seja para cozinhar ou temperar). Esqueça os caldos concentrados, as natas ou os molhos pré-confecionados. O mesmo se aplica aos embutidos e produtos de charcutaria.
  7. Opte sempre por métodos de confecção simples, como os cozidos, estufados em cru ou os grelhados.
  8. Reduza o consumo de sal e opte por adicionar ervas aromáticas aos seus cozinhados para que fiquem saborosos.
  9. Corte nos alimentos ricos em açúcar, como os bolos, refrigerantes, gelados, compotas, etc.
  10. Tenha atenção aos hidratos de carbono e prefira os que são de absorção lenta, ou seja, os complexos, como o arroz integral, a quinoa, a batata-doce ou as leguminosas. Sempre com moderação!
  11. Reduza o consumo de carne, e prefira a magra (coelho, aves). Um doente diabético tem maior risco de desenvolver insuficiência renal, por isso não coma proteínas em excesso. Quanto ao peixe, escolha sempre peixe rico em ácidos gordos, como a sardinha, o atum, a cavala, o arenque ou o salmão, que ajudam a proteger a sua saúde cardiovascular.
  12. Modere o consumo (e se poder, evite!) das bebidas alcoólicas, do café e chás que contenham cafeína, cuja ingestão deve ser limitada a um máximo de 300mg/dia.
  13. Beba 1,5l de água por dia.
  14. Por fim, quando for às compras, leia sempre os rótulos!
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Dia Internacional do Ioga assinala-se hoje
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Índia, Sushma Swaraj, deu hoje uma aula de ioga nas instalações do Parlamento Europeu ...

Sushma Swaraj reuniu-se na quarta-feira com o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, para discutirem a cooperação mútua em relação à segurança, comércio e desenvolvimento sustentável e destacou "a contribuição do ioga" para a paz.

"A União Europeia é um grupo de países que vivem em paz e harmonia (...) Dois estados de espírito que ajudam no ioga", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Índia, que enfatizou a importância do equilíbrio "físico e mental".

Depois de um discurso perante centenas de políticos e funcionários, que trocaram as suas roupas habituais de trabalho por uma roupa mais cómoda e desportiva, a governante começou uma aula de ioga numa das salas principais do PE, que por um dia trocou o som de fundo de discussões políticas por respirações profundas.

O evento foi organizado por um grupo de deputados que têm uma relação especial com a Índia e com a população indiana como a Grã-Bretanha.

As deputadas da Alternativa Galega Lídia Senra e a trabalhista britânica Julie Ward pediram ao presidente da eurocâmara que impedisse a entrada da ministra indiana no Parlamento Europeu, com o argumento de que a União Europeia já apelou à Índia em várias ocasiões que respeite os direitos humanos no país e a libertar vários ativistas detidos.

Segundo as deputadas, a presença da ministra "pode comprometer o bom nome da instituição", pode ler-se na carta.

Na capital indiana, também se celebrou hoje o Dia Internacional do ioga através de um evento em frente à "Porta da Índia" no centro de Nova Deli.

"O ioga une as famílias do mundo, hoje existem muitos conflitos mundiais e terrorismo, e se queremos trazer de volta a harmonia para a nossa sociedade, este é o melhor caminho", afirmou o professor de yoga Sudhir Kumar Onkara.

Muitas empresas indianas também se juntaram à comemoração deste dia, como a IndiGo. A companhia aérea ofereceu aos 46 funcionários uma aula de ioga nos aeroportos nacionais, considerando que a atividade é "um pequeno passo para o bem-estar", disse a companhia num comunicado.

As horas de trabalho suplementares feitas pelos profissionais de saúde aumentaram 5,1% no ano passado, totalizando quase 178...

O trabalho suplementar realizado pelos enfermeiros cresceu 16% face a 2016 e cada profissional que cumpre aquelas horas realizou uma média de 109 horas de trabalho suplementar no ano passado.

Este aumento ocorreu sobretudo devido à reposição das 35 horas de trabalho semanais de parte dos enfermeiros, reconhece o Relatório Social do Ministério da Saúde, que foi divulgado esta semana.

O aumento, indica o relatório, deve-se maioritariamente “à alteração ocorrida no período normal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas com a reposição das 35 horas (…), cujo reflexo não pôde deixar de sentir-se particularmente no contexto hospitalar”.

“Uma parte das horas de trabalho perdidas tiveram de ser compensadas por recurso à realização de trabalho suplementar”, refere o documento do Ministério da Saúde.

No total, os enfermeiros realizaram, em 2017, cerca de 2,5 milhões de horas suplementares.

Quanto aos médicos, as horas suplementares de trabalho reduziram cerca de 3% em 2017 face ao ano anterior, mas ainda assim foram feitas 5,7 milhões de horas suplementares.

Cada médico realizou em média 314 horas de trabalho suplementar no ano passado, tendo em conta o universo de pessoal médico que as cumpriu, que representa 67% do total de médicos.

Oncologia médica e imuno-hemoterapia foram as especialidades com maiores acréscimos de horas suplementares, enquanto na medicina geral e familiar, na ortopedia e anestesiologia houve diminuições mais significativas.

As especialidades que realizam mais horas de trabalho suplementar são a medicina interna, a cirurgia geral, a medicina geral e familiar, a anestesiologia e a pediatria.

No total, foram realizadas cerca de 11,8 milhões de horas, tendo sido gastos quase 178 milhões de euros nestas horas suplementares de todos os profissionais de saúde, o que dá uma média de 487 mil euros por dia.

 

Instalações remodeladas
A Consulta Externa de Pediatria do Hospital de São João, no Porto, conta a partir de sexta-feira com instalações remodeladas,...

O novo espaço, que fica situado junto às consultas externas do hospital, representa uma solução provisória, uma vez que o Ministério das Finanças ainda não desbloqueou as verbas prometidas pelo Governo para as obras de construção da nova ala pediátrica.

Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, a administração do hospital esclarece que as obras de remodelação do novo centro ambulatório decorreram durante oito meses e fazem parte do processo de renovação de toda a Consulta Externa, que visa “dar mais segurança e conforto aos doentes e seus acompanhantes, bem como aos profissionais”.

Vários pais têm denunciado que a prestação de cuidados a crianças com cancro é feita num corredor, sublinhando também o mau estado de conservação dos quartos de internamento, nomeadamente a existência de buracos na parede, que deixam entrar frio.

Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

O projeto, denominado “Joãozinho”, está orçado em cerca de 22 milhões de euros. O hospital tem cerca de 19 milhões de euros depositados numa conta, mas falta luz verde das Finanças para que os possa utilizar.

O presidente do Hospital de São João, António Oliveira e Silva, admitiu no final de maio, que as condições do atendimento pediátrico são “indignas” e “miseráveis”, lamentando que a verba para a construção da nova unidade não tenha sido desbloqueada.

“Há um protocolo assinado, temos um projeto pronto para entrar em execução e não temos o dinheiro libertado que torne possível a execução desse projeto”, afirmou António Oliveira e Silva.

Na ocasião, o responsável disse que as obras que não dependem dessa verba têm vindo a ser realizadas, nomeadamente o novo centro ambulatório para a pediatria, que fica disponível a partir de sexta-feira.

A inauguração da remodelação da Consulta Externa de Pediatria e do novo espaço de tratamento oncológico pediátrico no Hospital São João está agendado para as 11:00 de sexta-feira.

Estudo
Cientistas alertam que milhões de toneladas de resíduos de plástico produzidos pelos países mais ricos podem ir parar a aterros...

 “Cerca de 111 milhões de toneladas de resíduos de plástico vão ser abandonados por causa da proibição de importação até 2030, por isso, teremos de desenvolver programas de reciclagem nacionais e repensar a utilização e design de produtos de plástico, se queremos lidar com esta responsabilidade” de tratar o lixo, referem investigadores da Universidade de Georgia, nos Estados Unidos.

No estudo divulgado hoje na publicação Science Advances, os investigadores calcularam o potencial impacto global da legislação chinesa a proibir as importações de resíduos de plástico, a partir de janeiro de 2018, e a forma como pode afetar os esforços mundiais de redução da quantidade deste material nos aterros e no ambiente.

Mais de metade dos resíduos de plástico destinados a reciclagem são exportados pelos países mais ricos para outros Estados, com a China a ficar com a maior parte, mas este país aprovou uma lei que proíbe a importação de resíduos de plástico não-industriais.

“Sabemos de estudos anteriores que somente 9% de todo o plástico produzido foi reciclado, e a maior parte acaba em aterros ou na natureza”, refere Jenna Jambeck, co-autora do trabalho.

As importações e exportações globais anuais de resíduos de plástico dispararam em 1993, crescendo 800% até 2016.

Desde que o estudo começou, em 1992, a China recebeu cerca de 106 milhões de toneladas de resíduos de plástico, o que representa cerca de metade das importações mundiais.

Os países com elevados rendimentos na Europa, Ásia e América são responsáveis por mais de 85% das exportações totais de lixo de plástico, e a União Europeia, no seu conjunto, é o maior exportador.

“É difícil prever o que irá acontecer aos resíduos de plástico que iam para as unidades de processamento chinesas”, aponta Jenna Jambeck, acrescentando que alguns podem ser deslocados para outros países, mas “a muitos deles falta-lhes a infraestrutura para gerir o seu próprio lixo”.

“Os resíduos de plástico eram um negócio rentável para a China que podia usar ou vender o plástico reciclado”, mas muito do plástico recebido nos últimos anos tinha pouca qualidade e tornou-se difícil obter lucros, explica a autora principal do trabalho, Amy Brooks, estudante de doutoramento da faculdade de Engenharia da Universidade de Georgia.

E a China também está a produzir mais resíduos, nomeadamente de plástico, e não necessita de importá-los.

As baixas tarifas praticadas pela China tornavam mais barato aos outros países transportar o lixo por barco até àquele destino do que deslocar os materiais a nível nacional, por camião ou comboio, refere Amy Brooks.

“Sem novas ideias e sem alterações no sistema, mesmo as atuais taxas de reciclagem relativamente baixas deixarão de ser atingidas e os materiais antes reciclados podem passar a ir parar aos aterros”, resume Jenna Jambeck.

Estudo
Alguns tratamentos contra a Doença de Parkinson têm um lado obscuro, como o aparecimento de comportamentos impulsivos...

Divulgada na revista americana Neurology, a investigação baseou-se em 411 doentes franceses submetidos a tratamentos acompanhados durante vários anos.

Em cinco anos, estes "problemas de controlo dos impulsos" afetaram quase metade (46%) dos tratados com "agonistas dopaminérgicos", um tipo de medicamentos sintéticos que imitam a ação da dopamina, um neurotransmissor, escreve a agência de notícias France Presse.

São pessoas que arruínam a sua vida no casino, acordam de noite para esvaziar o frigorífico ou que têm uma sexualidade transbordante. Por exemplo, acabam detidos por exibicionismo ou divorciam-se por terem multiplicado o número de parceiros", descreve o médico Jean-Cristophe Corvol, dos hospitais universitários Pitié-Salpétrière de Paris.

"Começaram a comprar carros de luxo. Um paciente que tinha muito dinheiro disse-me que tinha comprado um Porsche e a mulher dele corrigiu-o: não, compraste quatro de uma vez", acrescentou.

Efeitos secundários

O estudo prova que estes efeitos indesejáveis aumentam com a dose e a duração do tratamento com agonistas da dopamina. "E se o tratamento for interrompido, isto desaparece durante o mesmo ano na maior parte dos casos", destacou Corvol.

A manifestação destes transtornos está amplamente descrita na literatura médica. Mas na falta de um estudo prolongado, pensava-se que a incidência fosse muito menor, de 10% a 15% em um ano.

Segundo os autores, cientistas do Instituto de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm) e da Universidade da Sorbonne, conhecendo o possível aparecimento destes transtornos, os médicos devem advertir os pacientes e as suas famílias para os efeitos secundários destes tratamentos contra a Doença de Parkinson.

Por outro lado, o especialista menciona que a criatividade artística ou literária de alguns pacientes aumenta exponencialmente durante o tratamento.

A doença de Parkinson, que afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, manifesta-se por sintomas motores (tremores, lentidão e rigidez) devido à perda de neurónios secretores de dopamina.

Bastonária
A Ordem dos Farmacêuticos prevê uma rutura de prestação de cuidados nos hospitais “como não há memória” a partir de julho e diz...

Numa carta enviada ao ministro da Saúde, a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos antecipa dificuldades com a passagem de muitos profissionais de saúde para 35 horas de trabalho semanais a partir de 1 de julho e sugere que a entrada em vigor da medida seja prorrogada.

Os farmacêuticos preveem que, mesmo que se contrate, já hoje, os profissionais, não se vai a tempo de “acudir às falhas” que vão registar-se no início do próximo mês. Por isso, pede uma prorrogação do prazo para a medida entrar em vigor, de modo a permitir um “planeamento atempado”.

“Temos recebido, nos últimos dias, vários apelos à intervenção da Ordem (…), pois estará em causa a segurança dos doentes no que ao medicamento diz respeito. (…) No que concerne a recursos humanos, a situação vivida na maioria dos serviços farmacêuticos é tão grave que está posta em causa a segurança dos doentes”, refere a carta, a que a agência Lusa teve acesso.

A Ordem alude ao risco de ocorrência de “erros graves”, por cansaço, excesso de pressão, acumulação de funções e tarefas.

“Temos fundados receios de que possa acontecer alguma situação que coloque os doentes em risco, repito, e profissionais numa situação insustentável”, afirma a bastonária Ana Paula Martins.

A representante dos farmacêuticos ressalva que “não pretende gerar insegurança nos portugueses” nem criar factos políticos.

“O que queremos é que o Governo tenho consciência de que é preciso contratar recursos para garantir que a medida com que se comprometeu (alargamento [a outros trabalhadores] das 35 horas de trabalho semanal) não coloca em causa a segurança dos doentes”, indica a carta enviada ao ministro Adalberto Campos Fernandes.

Segundo a Ordem, a maioria dos serviços farmacêuticos dos hospitais públicos “está a reportar impactos na dispensa de medicamentos aos doentes em regime de ambulatório”, na validação e preparação de alguns fármacos e também no processo de distribuição de medicamentos.

“O alargamento em breve ao regime das 35 horas de trabalho semanal vai agravar o problema de base, há muito identificado, podendo comprometer a qualidade assistencial e com isso potenciar riscos de segurança dos doentes”, lê-se no documento remetido ao ministro e datado de quarta-feira, 20 de junho.

A bastonária dá exemplos de serviços em situação mais complexa. No norte do país, a assistência farmacêutica noturna “só existe no Centro Hospitalar de São João e Centro Hospitalar do Porto”.

Há situações em que a falta de pessoal farmacêutico chega aos 40% e a Ordem teme que, com a introdução das 35 horas, haja “colapso dos serviços”.

A bastonária Ana Paula Martins apela ao sentido de urgência do Ministério da Saúde, a quem reconhece trabalho feito na tentativa de encontrar soluções para o setor, indicando mesmo que há muita coisa na saúde que tem melhorado.

O ministro da Saúde tem sido alertado para a necessidade de contratar profissionais para cobrir as necessidades que resultam da passagem de enfermeiros, assistentes e técnicos superiores das 40 para as 35 horas de trabalho semanais, a partir de 1 de julho.

Na quarta-feira no parlamento, o ministro disse que pelo menos dois mil profissionais de saúde serão contratados a partir do próximo mês na primeira vaga de recrutamento, devendo haver outra fase em setembro ou outubro.

Sobre os receios de falta de planeamento atempado destas contratações, Adalberto Campos Fernandes indicou que também há dois anos foram traçados cenários semelhantes, tendo o sistema conseguido ajustar-se.

Mais apoios
A autarquia da Figueira da Foz anunciou o investimento de 140 mil euros em apoios a instituições particulares de solidariedade...

Em declarações à Lusa, no final da 50ª reunião do Conselho Local de Ação Social (CLAS), o vereador Nuno Gonçalves disse que foram apresentados "três programas muito importantes", desde logo o novo regulamento de apoio a IPSS, que disponibiliza 120 mil euros, mediante candidaturas e abrange as cerca de 50 instituições existentes naquele município do distrito de Coimbra.

Os restantes programas são o "Figueira a Sorrir", de cuidados de estomatologia, com 10 mil euros de dotação, o mesmo valor do programa de disponibilização de medicamentos a doentes carenciados.

"Em 2018 é a primeira vez que vão ser postos em prática e serão reiterados nos exercícios vindouros, portanto, todos os anos irão estar ativos. Tivemos de alterar o prazo de candidatura por ser o ano de arranque e irá à Assembleia Municipal [para aprovação] na próxima semana", indicou o autarca que detém o pelouro da Ação Social.

O vereador acrescentou que o programa de disponibilização de medicamentos a doentes carenciados pretende "claramente fazer a diferença", por permitir que várias famílias possam ter acesso a medicamentos "que nunca teriam sem esta fórmula" de apoio.

"E vamos avaliar se o impacto desta medida precisará ou não de um reforço [orçamental], adiantou.

O CLAS da Figueira da Foz leva 17 anos de existência - foi criado em janeiro de 2001, no último ano de mandato de Santana Lopes na autarquia - e, de acordo com Nuno Gonçalves "tem mantido alguma cadência" de trabalho.

"E essa cadência tem vindo a aumentar, com uma média de quatro reuniões por ano, como decorre da lei. "Este CLAS felizmente tem substrato, funciona, é participado", frisou o autarca.

O organismo, que reúne, para além da autarquia, IPSS, forças de segurança e outras entidades ligadas à saúde, educação e justiça, entre outros setores, aprovou hoje por unanimidade a descentralização das suas reuniões pelo concelho, mediante candidaturas dos parceiros que o integram.

"Permitirá conhecer melhor o trabalho que cada uma faz no terreno e não é uma medida simbólica, vai permitir aproximar o próprio órgão da realidade social do município", disse Nuno Gonçalves.

O autarca argumentou que o concelho da Figueira da Foz "tem vindo a melhorar" as suas respostas ao nível social, porque tem "mais almofadas sociais, cada vez mais específicas" e considerou "absolutamente vital" que os programas que estão no terreno sejam monitorizados.

"Ter programas sem monitorização não vale a pena, é ineficiente e é o dinheiro público que está em causa, temos de monitorizar todos os programas que temos implementados", defendeu Nuno Gonçalves.

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