Decisão
O Conselho de Ministros aprovou hoje um conjunto de diplomas do pacote da descentralização, transferindo para os municípios...

“O que está aqui em causa é a transferência de assistentes operacionais, de competências de gestão de equipamentos na área saúde. Estamos a falar de 1800 trabalhadores, de cerca de 600 equipamentos, e ao todo 900 edifícios que poderão passar para a gestão local”, disse o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Segundo o governante, os municípios poderão passar a ter também capacidades na intervenção e planeamento dos objetivos “a médio prazo na saúde familiar e nos cuidados de saúde primários”.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros, excluem-se, “porém, todos os serviços de apoio logístico relacionados com equipamentos médicos, que se mantêm na esfera da Administração central”.

Foram ainda aprovados três diplomas transferindo para os municípios competências no transporte fluvial, em atividades pontuais ou sazonais, sem prejuízo das concessões que já existem, e na gestão de portos de pesca secundários e marinas.

Com os diplomas aprovados, as câmaras municipais veem reforçadas as possibilidades de participação na gestão das áreas protegidas a nível nacional.

A aprovação dos diplomas conclui o processo legislativo de transferência de competências para os municípios, que resultou em 21 diplomas ao todo, abrangendo quase todas as áreas de governação, sublinhou Eduardo Cabrita.

 

Graça Freitas
A diretora-geral da Saúde disse que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) terá de se adaptar a novos desafios e evoluir para um...

Segundo Graça Freitas, que intervinha na sessão de abertura das jornadas "50 anos no Centro da Luta Contra o Cancro", o SNS terá de se adaptar a "tratamentos cada vez mais complexos e maior necessidade de os personalizar".

"Os investimentos realizados na prevenção, no diagnóstico e no tratamento têm permitido mais e melhor vida para os doentes, com Portugal a apresentar resultados muito positivos quando comparados com os parceiros europeus", salientou.

Para a diretora-geral da Saúde, o desafio das próximas décadas passa por uma oncologia centrada nas pessoas, "em cada doente individual".

"Não tratando e acompanhando apenas o cancro das pessoas, mas tratando e acompanhando as pessoas com cancro", sublinhou Graça Freitas, que definiu a doença oncológica em três palavras: "sofrimento, medo, solidão".

"O SNS, o sistema de saúde e a sociedade civil, destacando a Liga Portuguesa de Luta Contra o Cancro, têm este desígnio a cumprir: apoiar pessoas com cancro", acrescentou.

Sobre o cancro do pâncreas, a diretora-geral salientou que se trata de um "cancro de difícil gestão pelas suas características: é agressivo, com levada taxa de mortalidade e para o qual não há, neste momento, uma resposta terapêutica seja preventiva ou curativa".

O presidente do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo, Hélder Mansinho, alertou, na quarta-feira, para a necessidade da melhoria da estratégia nacional face ao cancro do pâncreas e uma maior aposta no diagnóstico precoce e na informação dos profissionais de saúde e população.

Segundo Graça Freitas, não é fácil o diagnóstico precoce deste tipo de cancro, pelo que existe "a necessidade de se trabalhar os cidadãos, no sentido de estes procurarem, precocemente, cuidados médicos perante determinados sintomas não específicos".

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza até sábado as jornadas "50 Anos no Centro da Luta Contra o Cancro" com o objetivo de promover a partilha de trabalhos, metodologias e estratégias de ação nos domínios da investigação, prevenção secundária, apoio social e emocional ao doente e família, literacia em saúde e voluntariado.

Infarmed
A Autoridade Nacional do Medicamento determinou a retirada imediata do mercado do produto AdniKid Gel Stick, destinado a...

Em comunicado publicado hoje na sua página da Internet, o Infarmed determina a suspensão e retirada imediata do mercado do produto AdniKid Gel Stick Nódoas Negras, Pancadas, Inchaços 15 gramas, destinado especificamente a crianças com menos de 3 anos para combater os hematomas, nódoas negras, pancadas e inchaços.

O Infarmed esclarece que o produto “contém uma mistura de extratos de plantas e alega possuir propriedades curativas na inflamação, dor muscular e articular (…) que não são compatíveis com a definição de produto cosmético”.

“Atendendo a que o uso deste produto pode colocar em risco a segurança das crianças", a autoridade do medicamento ordena a suspensão imediata da comercialização e a sua retirada do mercado.

Na nota, o Infarmed salienta que os consumidores que possuam este produto não o devem utilizar e as entidades que disponham dele devem proceder à sua devolução.

Para obter informações adicionais, os consumidores e entidades devem contactar a empresa Adnpharma - Produtos Cosméticos e Farmacêuticos, Lda.

 

Investigação da Universidade de Aveiro
Uma equipa de biólogos da Universidade de Aveiro (UA) descobriu que um grupo de bactérias ajuda as plantas a crescerem e a...

“Estas bactérias têm o potencial de aumentar a produtividade agrícola, funcionando como alternativa ou complemento aos fertilizantes de origem química, sendo uma opção mais ambientalmente sustentável”, antevê Paulo Cardoso, o investigador do Centro de estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA responsável pelo trabalho.

O biólogo acrescenta ainda outra preciosa característica destas bactérias pertencentes aos géneros Pseudomonas, Flavobacterium, Herbaspirillum e Erwinia. É que face ao fenómeno das alterações climáticas, que trará por períodos cada vez mais longos tempos de seca, as bactérias agora descobertas “ajudam as plantas a tolerarem melhor a escassez de água”.

Existentes em nódulos das raízes de algumas plantas leguminosas que crescem espontaneamente em Portugal, como o trevo-branco, a serradela-amarela, a ervilhaca-mansa ou o cornilhão-esponjoso, as bactérias promovem o crescimento das plantas através da produção de hormonas e compostos voláteis que estimulam o desenvolvimento dos tecidos vegetais e melhoram a assimilação de nutrientes.

E no que toca aos compostos voláteis, estes têm a particularidade de não beneficiarem apenas a planta hospedeira das bactérias que os produzem. “Estes compostos permitem que os efeitos benéficos destas bactérias se estendam a várias plantas, uma vez que se a sua difusão ocorre através do ar”, explica Paulo Cardoso.

O próximo passo da equipa de biólogos da UA é agora desenvolver uma forma de potencializar os benefícios destas bactérias na agricultura. Assim, o caminho passará por aplicá-las no solo ou em sistemas de estufa ou de agricultura vertical, atuando as bactérias como um biofertilizante.

Para além de Paulo Cardoso, o trabalho publicado na revista Science of The Total Environment, contou com a participação dos investigadores do CESAM e do Departamento de Biologia da UA Artur Alves, Paulo Silveira, Carina Sá, Cátia Fidalgo, Rosa Freitas e Etelvina Figueira.

 

Dados apontam melhorias
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, considerou hoje que os últimos dados sobre infeções hospitalares em Portugal apontam...

A prevalência de infeções hospitalares, segundos os últimos dados validades em Portugal, aponta para 7,8%, disse Graça Freitas à agência Lusa.

“Tudo indica que a prevalência de infeções em hospitais será na ordem dos 7,8%, o que não sendo o valor ideal é um valor bom”, declarou.

Segundo a diretora-geral da Saúde, “é já um bom valor por comparação, porque reflete uma tendência” dos hospitais e outros serviços de saúde portugueses.

“Temos vindo sempre a melhorar nos últimos anos. Paulatinamente, temos diminuído o número de pessoas que em cada momento se infeta depois de ter dado entrado num serviço de saúde”, sublinhou.

A diretora-geral da Saúde prestava declarações à Lusa, em Coimbra, durante o Congresso “Infeção: prevenção e controlo”, após ter proferido a conferência de abertura, intitulada “Controlo da infeção: passado e futuro”.

“Estamos a fazer um percurso que é tendencialmente convergente com os melhores valores da Europa”, acrescentou, expressando uma “palavra positiva” para o caminho trilhado nos últimos anos neste domínio.

Neste momento, segundo Graça Freitas, Portugal está “a fazer um caminho no sentido de reduzir as infeções associadas aos cuidados de saúde e a reduzir as resistências aos antimicrobianos”.

“E também há dados que indicam que sim, que estamos a melhorar a utilização de antibióticos e que com pequenas exceções estamos a reduzir as resistências aos antimicrobianos”, acentuou.

Organizado pela Associação Portuguesa de Infeção Hospitalar (APIH), fundada há 30 anos e que tem por missão “contribuir para o estudo e intervenção no âmbito das infeções associadas aos cuidados de saúde”, o congresso decorre hoje no auditório António Arnaut da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

A resistência aos antimicrobianos “configura um problema de saúde pública à escala global que ameaça, mesmo, a segurança global”, disse, por sua vez, o presidente da APIH, Lúcio Meneses de Almeida, na abertura dos trabalhos.

“E a causa das causas é, mais uma vez, humana. E está, mais uma vez, relacionada com atitudes e comportamentos (…) não restritos aos profissionais de saúde e, designadamente, aos prestadores diretos de cuidados, nem tão pouco ao setor da saúde”, adiantou.

A utilização de antibióticos em pecuária intensiva, frisou Lúcio Meneses de Almeida, “é o exemplo de uma prática que concorre para o aparecimento de resistências aos antimicrobianos e que transcende a rede de serviços de saúde”.

“Estamos atentos ao problema e colaborantes com as entidades oficiais, na medida das nossas atribuições e no limite dos nossos recursos”, afirmou o presidente da APIH.

Estudantes e Professores
Iniciativa visa sensibilizar a comunidade para a prevenção deste tipo de lesões que afetam, sobretudo, doentes acamados e...

Reduzem a qualidade de vida dos doentes, bem como dos respetivos cuidadores, causam sofrimento, aumentam a prevalência de infeções, acarretam encargos económicos, sociais e profissionais e, em situações derradeiras, podem até levar à morte.

São as úlceras por pressão, que constituem um problema de saúde frequente, quer em doentes institucionalizados, quer em doentes de cuidados domiciliários, que se encontram maioritariamente acamados/sentados e, muitos, completamente imobilizados.

Chamar a atenção para o problema e para a necessidade de se prevenir e tratar eficazmente este tipo de feridas foi o objetivo de estudantes e professores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) que, ontem, se reuniram para uma fotografia humana que forma a palavra “stop” (parar).

Luís Paiva, professor da ESEnfC especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, refere que «ainda existem poucos dados sistematizados em Portugal que nos possam dar uma visão da real dimensão e evolução das lesões por pressão», mas adverte que os dados mais recentes apontam para «a urgência de se atuar nesta área, nomeadamente para a necessidade de se utilizarem instrumentos precisos para avaliar o risco e assim se prevenir a instalação de feridas».

«A prevalência estimada de feridas é de 3,3 portadores de feridas por 1000 habitantes e as lesões por pressão rondam os 0,7 portadores por 1000 habitantes, sendo que às categorias mais graves correspondem por vezes as maiores percentagens. Quanto à sua localização, continuam a aparecer preferencialmente na região sagrada e nos calcâneos, mas também em locais como o occipital», esclarece Luís Paiva, referindo-se a dados de um estudo de âmbito nacional, realizado em 2014 e conduzido pelo professor da Universidade Católica, Paulo Alves.

Segundo o professor da ESEnfC, um dos docentes da pós-graduação em Tratamento de Feridas, «a situação atual», quer nos hospitais, quer nas diferentes regiões do país, «mantém-se sensivelmente idêntica» de acordo com os estudos nacionais que vão sendo desenvolvidos, «podendo afirmar-se apenas que a prevalência se apresenta ligeiramente superior à obtida em outros estudos realizados há mais anos».

Nos últimos anos, a ESEnfC tem vindo a comemorar este dia com o objetivo de sensibilizar a comunidade para o problema das lesões por pressão, com atividades dirigidas a profissionais de saúde e à população em geral, incluindo ações em locais públicos.

Falta de investimento na investigação
Apesar da evolução que se tem verificado na oncologia, nas últimas décadas, o cancro do pâncreas man

Cancro do Pâncreas

O Cancro do pâncreas é o 11º cancro mais frequente em Portugal, mas o 6º em termos de mortalidade. São diagnosticadas anualmente em Portugal cerca de 1500 novos casos. Estima-se que neste ano, morram cerca de 1400 doentes, vítimas de cancro do pâncreas.

O pâncreas é uma glândula que se localiza no abdómen, entre o estomago e coluna. É responsável por secretar enzimas que ajudam na digestão e hormonas responsáveis pela regulação da glicémia (açúcar no sangue). Anatomicamente é dividido em 3 partes: cabeça, corpo e cauda.

Abordaremos neste artigo o tipo de cancro mais comum no pâncreas, responsável por cerca de 85% dos casos (os tumores neuro-endócrinos do pâncreas não serão abordados).

Origem, fatores de risco, rastreio, sintomas e diagnóstico

As células do pâncreas dividem-se de maneira a repor as células envelhecidas, como em quase todos os órgãos do corpo. Algures no processo, podem a acumular erros e novas células crescem, sem controlo do organismo, ou células mais velhas não morrem, formando tumores (podem ser malignos ou benignos). O tumor maligno é denominado cancro, e caracteriza-se por células que escapam ao controlo do organismo, multiplicando-se desordeiramente e podendo invadir outros órgãos.

Fatores de risco

Os tumores do pâncreas são habitualmente diagnosticados em idades superiores a 60 anos, sendo que cerca de 47% são diagnosticados acima dos 75 anos. Além da idade, há outros fatores, relativamente bem estabelecidos, que podem contribuir para o aumento do risco: o tabagismo, obesidade, história familiar de cancro do pâncreas, diabetes e pancreatite. Outros fatores parecem, ainda contribuir, de uma forma menos esclarecida, para o aumento de risco de cancro do pâncreas, mas que necessitam de mais estudo (álcool, ingestão de carnes vermelhas e carnes processadas, grupo sanguíneo e “pedras” na vesícula). Em relação ao tabagismo, é estimado que este possa estar na origem de 1 em cada 3 casos de cancro do pâncreas, enquanto o excesso de peso e obesidade podem estar na origem de 1 em 8 casos de cancro do pâncreas. O cancro de pâncreas familiar é raro, sendo responsável por menos de 10% dos diagnósticos de cancro do pâncreas. Contudo, se tiver na família dois ou mais familiares em primeiro grau com cancro do pâncreas, mais de três casos na família (do mesmo lado), ou alguma síndroma genética que aumente o risco de cancro do pâncreas, dirija-se ao seu médico assistente para vigilância ativa/encaminhamento para consulta de risco familiar.

Sintomas e diagnóstico

Apenas 15 a 20% dos doentes com cancro do pâncreas são diagnosticados em estadios iniciais. A grande dificuldade de diagnóstico precoce no cancro do pâncreas prende-se com o fato de não haver um método de rastreio válido e da maioria dos sintomas serem inespecifícos e, muitas vezes, também pela localização do pâncreas, se fazerem sentir numa fase mais tardia da doença. A perda de apetite, a perda de peso, a dor na parte superior do abdómen e a icterícia (coloração amarela da pele) são sem dúvida os sintomas mais comuns, necessitando de uma atenção médica rápida.

O diagnóstico e estadiamento (avaliar extensão da doença/ exclusão de metastização à distância) podem fazer-se de várias formas usando vários tipos de exames que vão desde ecografia, TAC, ressonância magnética, ecoendoscopia, entre outros, tendo em conta cada caso.

Tratamento

O único tratamento potencialmente curativo é a cirurgia, contudo, apenas 15 a 20% dos casos se apresentam em estádios precoces que permitam cirurgia. Além desta limitação (diagnostico tardio), a sobrevivência aos 5 anos para doentes submetidos a cirurgia é inferior a 20%. Nos últimos anos, assistiu-se a uma evolução de tratamentos, usando a multimodalidade, com quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Apesar deste desenvolvimento, as melhorias foram poucas, mantendo-se um cancro com poucas opções terapêuticas, e nos casos não operáveis, a quimioterapia como opção. Decorrem estudos relacionados com o cancro do pâncreas, não só a nível das próprias células cancerígenas como também a nível do ambiente em que o tumor se insere, de maneira a perceber qual a melhor estratégia de tratamento. Este investimento na busca de sabedoria, a nível do cancro do pâncreas (como em todos os tipos de cancro) é fundamental, uma vez que este se mantém como parente pobre na oncologia, em termos de estratégias terapêuticas. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Centro deve abrir no próximo ano
Um centro de investigação internacional para lutar contra a resistência aos antibióticos vai ser criado na Dinamarca, anunciou...

A ministra da Saúde dinamarquesa, Elle Trane Norby, assinou hoje em Seattle, Estados Unidos, uma declaração de intenções com uma rede de laboratórios para criar o centro internacional para combater a resistência aos antibióticos, segundo um comunicado emitido.

O futuro “Centro Internacional para Soluções Interdisciplinares sobre Resistência aos Antibióticos”, financiado pela Dinamarca e por capital privado, deve abrir no próximo ano e pode criar cerca de 500 postos de trabalho.

As infeções resistentes a antibióticos são um problema global, que afeta sobretudo os países mais desenvolvidos. Segundo um estudo do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, cerca de 33 mil pessoas morrem anualmente na Europa devido às resistências antimicrobianas.

Descobertos na década de 1920, os antibióticos já salvaram dezenas de milhões de vidas combatendo eficazmente as doenças bacterianas, como pneumonia, tuberculose ou meningite. Mas, ao longo das décadas, as bactérias mudaram para resistir a esses fármacos.

A Organização Mundial da Saúde já emitiu vários alertas sobre o assunto, temendo que o mundo fique sem antibióticos eficazes, e pediu às farmacêuticas que ajudem a criar uma nova geração de fármacos capazes de lutar contra as chamadas superbactérias, muito resistentes a antibióticos.

As resistências das bactérias aos antibióticos podem ser consideradas fenómenos naturais, mas o abuso ou mau uso de antibióticos acelera o processo.

Além de medidas políticas mais locais ou globais, cada cidadão pode contribuir para não agravar o problema, como por exemplo, não tomar estes medicamentos sem receita médica, seguir as prescrições e tomar a embalagem completa, cumprindo horários e dosagens.

 

Cessação tabágica
O tabagismo é uma das principais causas de evitáveis de morte prematura por cancro, por doenças resp

A promoção da cessação tabágica é a melhor forma para reduzir o número de mortes por doenças associadas ao tabaco nos próximos vinte a trinta anos.

Estudos indicam que cerca de 80 por cento dos fumadores expressam vontade de deixar de fumar, no entanto, apenas 5 por cento consegue deixar com êxito e sem ajuda médica. Todos os anos, 35 por cento dos fumadores tentam deixar de fumar, contudo a taxa de sucesso é reduzida.

Deixar de fumar é difícil. Tratando-se de um hábito associado a dependência física e psíquica. Os sintomas de privação do tabaco são frequentemente difíceis de controlar comprometendo o sucesso da cessação tabágica. No entanto, sabemos que é quatro vezes mais fácil deixar de fumar com ajuda médica, pois permite controlar e diminuir os níveis de ansiedade e de outros sintomas durante o processo.

Planear a decisão calmamente e recorrer a ajuda junto do médico de família é essencial, assim como envolver família, amigos e colegas de trabalho em todo o processo. Anunciar a decisão de deixar de fumar vai reforçar e tornar mais simples de cumprir o compromisso que estabeleceu.

Atualmente existem já inúmeras unidades de saúde, integradas no Serviço Nacional de Saúde, com consulta de apoio à cessação tabágica. Recomenda-se assim, que o processo de deixar de fumar seja acompanhado por uma equipa multidisciplinar, permitindo um maior apoio e preparação dos desafios que a pessoa terá de experienciar.

As pessoas que deixam de fumar vivem em média mais 10 anos, reduzem para metade o risco de sofrer de doença cardiovascular, assim como o risco de sofrer de cancro e de doenças respiratórias.

Quanto mais cedo for tomada a decisão, maiores serão os benefícios em termos de saúde. Se está motivado para deixar de fumar aconselhe-se com o seu médico de família!

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Debater carreira
O Ministério da Saúde adiou para a próxima semana as reuniões negociais com os sindicatos dos enfermeiros que estavam previstas...

As reuniões de negociações visam debater a carreira de enfermagem, nomeadamente a introdução da categoria de enfermeiro especialista, e rever as tabelas remuneratórias, entre outros assuntos.

A Federação constituída pelo Sindicato dos Enfermeiros e Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem considerou, num comunicado emitido hoje de manhã, que são inadmissíveis adiamentos consecutivos quando o processo negocial devia ter sido concluído no início desta semana.

A Federação pede à ministra da Saúde uma audiência urgente, mesmo antes da reunião que ficou agendada para terça-feira, 20 de novembro.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) também confirmou à agência Lusa que a reunião prevista para hoje foi igualmente adiada para terça-feira, com a dirigente Guadalupe Simões a manifestar preocupação com a ultrapassagem de “todos os prazos estabelecidos no processo negocial”.

Adiadas ficaram também as reuniões com a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), estruturas que agendaram a greve prolongada em blocos operatórios e que começa quinta-feira, dia 22.

Segundo a presidente da ASPE, Lúcia Leite, a ministra solicitou o adiamento da reunião de hoje, alegando que precisa de mais dias para analisar a proposta dos sindicatos.

Desta forma, a reunião com o Ministério da Saúde vai decorrer dois dias antes do início da greve de mais de um mês que os enfermeiros preparam em blocos operatórios de cinco grandes hospitais: Centro Hospitalar Universitário de S. João, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e Centro Hospitalar de Setúbal.

Os enfermeiros reclamam nomeadamente melhores remunerações e uma carreira digna, notando que não progridem há 13 anos.

 

Dia Mundial do Sangue do Cordão Umbilical
Hoje assinala-se o Dia Mundial do Sangue do Cordão Umbilical.

Este ano, assinalam-se os 30 anos do primeiro transplante de sangue do cordão umbilical. Foi Mathew Farrow, com apenas 5 anos de idade, quem recebeu o primeiro transplante de sangue do cordão umbilical, doado pela sua irmã recém-nascida, para o tratamento de anemia de Fanconi. Este transplante, realizado em 1988 em Paris, constituiu o primeiro passo para o reconhecimento desta fonte de células estaminais como uma alternativa na transplantação hematopoiética. Desde então, já foram realizados mais de 40.000 transplantes em todo o mundo, 80% dos quais aconteceram nos últimos 10 anos, o que comprova a utilidade terapêutica destas células.

As células do sangue do cordão umbilical são semelhantes às que se encontram na medula óssea, e podem ser usadas no tratamento de mais de 80 doenças, na sua maioria doenças do sangue (como leucemias e alguns tipos de anemias) e do sistema imunitário, mas também doenças metabólicas. O leque de aplicações clínicas do sangue do cordão umbilical tem tendência a aumentar dado que a sua utilização se encontra em investigação em fase de ensaios clínicos - mais de 400 ensaios clínicos - em doenças como a paralisia cerebral, o autismo, a perda auditiva, a diabetes, o acidente vascular cerebral, lesões da espinal medula, entre outras.

Em Portugal, o primeiro transplante de sangue do cordão umbilical realizou-se em 1994, no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, para tratar uma criança de 3 anos que sofria de leucemia mieloide crónica, tendo o transplante de sangue do cordão umbilical, do seu irmão, sido realizado após quimioterapia. Com células estaminais guardadas em bancos familiares em Portugal, o primeiro transplante teve lugar no IPO do Porto, em 2007, numa criança de 14 meses que sofria de Imunodeficiência Combinada Severa, uma doença rara e fatal quando não tratada, tendo-se recorrido às células estaminais do irmão da criança doente, anteriormente criopreservadas na Crioestaminal. A criança ficou totalmente curada.

Seguiram-se outras utilizações de células estaminais do sangue do cordão umbilical: uma utilização autóloga num caso de leucemia mieloide aguda (Hospital del Niño Jesús, em Espanha) e oito utilizações no âmbito da paralisia cerebral (sete nos EUA e uma em Espanha). Nos casos das crianças com paralisia cerebral, os pais e os prestadores de cuidados, identificaram melhorias após a infusão de sangue do cordão umbilical. Recentemente, foram ainda libertadas duas amostras utilizadas em crianças com perturbações do espectro do autismo.

No futuro é expectável que sejam cada vez mais as doenças tratáveis com recurso a células estaminais. Na Crioestaminal, a investigação associada a terapias celulares é um dos nossos compromissos basilares, com 10% do volume de negócios a ser investido em Investigação e Desenvolvimento, promovendo, assim, o desenvolvimento de novas soluções que ampliem as aplicações terapêuticas destas células.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Promover a prática desportiva
A Câmara Municipal de Oeiras lança hoje os “Jogos de Oeiras”, que vão permitir a prática de desporto de forma gratuita em 15...

Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, Isaltino Morais, afirma que o objetivo é “no espaço de três anos triplicar os participantes”, sendo que no primeiro ano da iniciativa as competições se destinam maioritariamente a crianças dos 6 aos 12 anos.

“Esta iniciativa tem como objetivos promover e dinamizar a prática desportiva, sobretudo nas crianças e jovens, dando-lhes a conhecer novas atividades e afastando-os do sedentarismo, criar oportunidades de prática desportiva informal e cativar as crianças e jovens”, afirmou o presidente do executivo.

De acordo com Isaltino Morais, estes “Jogos de Oeiras” são também uma oportunidade de “pôr o concelho a mexer”.

“O nosso objetivo vai muito mais longe, a ideia é também pôr o concelho todo a mexer, portanto visa envolver todas as comunidades locais, envolvendo as freguesias, promovendo valores como o espírito desportivo. É mais um esforço que a Câmara Municipal de Oeiras faz no sentido de definir ainda melhor a identidade territorial do nosso concelho, na medida em que toda esta prática cria intercâmbios entre freguesias, associações, escolas, comunidades e famílias”, afirmou.

Segundo a autarquia, nesta primeira edição, entre janeiro e junho de 2019, vai ser possível receber 7.500 participantes entre os 6 e os 12 anos, sendo que “dentro de três ou quatro anos” o objetivo é “abranger toda a população escolar” do concelho.

As famílias poderão participar nos “encontros pontuais” que ainda não têm calendário definido.

As inscrições são feitas através do ‘site’ dos “Jogos de Oeiras”, na internet.

Das modalidades regulares, as crianças poderão escolher entre atletismo, natação, andebol, basquetebol, futebol ou futsal e das modalidades pontuais terão à escolha participar em voleibol, badminton, padel, ténis de mesa, BTT, escalada, skate ou parkour.

A cerimónia de apresentação oficial dos Jogos de Oeiras está marcada as 11:00 de hoje, no Templo da Poesia, Parque dos Poetas em Paço de Arcos, no distrito de Lisboa, e contará com a presença do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, do secretário de Estado do Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, da ex-atleta Rosa Mota, do medalhado olímpico de Judo Nuno Delgado e de representantes de diversas federações desportivas nacionais.

Serviço de Saúde da Madeira
O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) informou ter sido identificado, no Serviço de Medicina Interna do...

A nota divulgada refere que o caso foi detetado no 5.º piso do hospital Dr. Nélio Mendonça e que “após o diagnóstico desta situação, foram tomadas as medidas de isolamento/quarentena”.

O SESARAM acrescenta que “foi decidido não haver novas admissões de doentes no serviço em causa”.

Segundo a mesma nota, “estão a ser implementadas as medidas de segurança e controlo de infeção preconizadas, de forma a minimizar os efeitos desta situação juntos dos utentes internados e dos profissionais”.

A sarna ou escabiose é uma doença cutânea contagiosa, curável, causada por um parasita, menciona a mesma informação.

 

Conferência “Humanos do futuro”
Três investigadoras portuguesas discutiram ontem na Universidade de Aveiro (UA) os avanços na área da saúde, apresentando...

“Atualmente, os médicos demoram dois anos em média a chegar a um diagnóstico robusto de doenças neuropsiquiátricas, como a doença de Alzheimer e Parkinson. A nossa ideia é reduzir esse tempo para um dia”, disse à Lusa a bióloga Diana Prata, uma das responsáveis pelo projeto que está a ser desenvolvido por uma ‘startup’ portuguesa.

A investigadora falava à margem da conferência “Humanos do futuro”, promovida pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que decorreu hoje na UA.

Segundo Diana Prata, o objetivo é fornecer aos médicos relatórios personalizados de pacientes, que os ajudam a fazer diagnósticos, com antecedência e precisão.

“Nós damos um relatório clínico com a análise que fazemos do cérebro, que tem uma exatidão maior do que olhar para um exame”, disse a investigadora, adiantando que estão a ter "uma exatidão perto dos 90% que é melhor do que os cerca de 60% a 70% que os clínicos conseguem oferecer neste momento".

Segundo Diana Prata, a redução de custos com a saúde é outra das vantagens desta solução, porque irá evitar a realização de exames complementares que muitas vezes "são muito caros".

A investigadora, que esteve 12 anos no King's College de Londres, tendo regressado a Portugal em 2015, referiu que os hospitais poderão começar a usar esta solução a partir de 2020, depois de concluído o processo de certificação.

“Atualmente, estamos ainda a validar o nosso protótipo para que tenhamos certificação e possamos abrir ao mercado”, disse a investigadora.

Além de Diana Prata, a conferência contou com a participação de Sílvia Curado, uma especialista em engenharia genética que falou sobre o uso da genética na medicina personalizada, e a bioquímica Joana Magalhães, que contou como a medicina regenerativa poderá ajudar no tratamento das doenças reumáticas.

A plataforma GPS integra atualmente cerca de 4.000 membros, distribuídos por 94 países, sendo pouco mais de metade (55%) investigadores com percurso no estrangeiro.

Esta rede tem como propósito mapear a comunidade de cientistas portugueses, dar visibilidade às suas atividades de investigação e facilitar os contactos entre cientistas e com a sociedade portuguesa.

Resposta do ministério
O Ministério da Saúde confirmou hoje a saída de Manuel Lopes do cargo de coordenador da reforma da área dos cuidados...

“O coordenador nacional para a reforma do SNS na área dos cuidados continuados integrados e da estratégia SNS + Proximidade, Manuel Lopes, comunicou a cessação de funções ao Ministério da Saúde, que agradece todo o trabalho meritório realizado ao longo do mandato", escreve o Ministério da Saúde numa resposta enviada à agência Lusa.

A resposta do Ministério surge depois de a Lusa ter noticiado que Manuel Lopes cessou funções. Manuel Lopes confirmou a saída do cargo, sem especificar se foi demitido ou se apresentou a sua demissão e remetendo para o Ministério da Saúde mais explicações ou comentários.

O Ministério apenas acrescenta que o mandato da coordenação encabeçada por Manuel Lopes tinha o seu término previsto para 15 de dezembro e que está "a diligenciar no sentido da sua substituição a breve prazo, de forma a garantir a continuidade da atividade.”

Manuel José Lopes foi nomeado coordenador nacional para a reforma do Serviço Nacional de Saúde na área dos Cuidados Continuados Integrados em 2016 pelo anterior secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, que deixou o cargo com a remodelação governamental que levou à saída do ministro Adalberto Campos Fernandes há um mês.

 

SESARAM
O secretário da Saúde da Madeira, Pedro Ramos, disse ontem no parlamento regional que o programa do executivo para o setor ...

"Mantemos o investimento na saúde, ao contrário do Serviço Nacional de Saúde, mas neste momento a estratégia é investir a montante e, portanto, os resultados não aparecem amanhã", declarou Pedro Ramos.

O governante, que foi ouvido na Comissão de Inquérito sobre o Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM), recordou que só em medicamentos foram gastos 120 milhões de euros entre 2015 (ano em que o governo social-democrata liderado por Miguel Albuquerque tomou posse) e 2018.

"Definimos uma estratégia para solucionar todos os constrangimentos que existiam", afirmou Pedro Ramos, admitindo que o problema do setor atualmente centra-se na falta de recursos humanos.

A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o SESARAM foi constituída a pedido do partido Juntos Pelo Povo, com o objetivo de analisar o funcionamento do serviço público de saúde na região autónoma.

 

 

Dia Mundial do Cancro do Pâncreas assinala-se hoje
O Grupo de Investigação do Cancro Digestivo (GICD) alertou que é preciso “fazer mais” para poder mudar o futuro dos doentes com...

O alerta surgiu na véspera do Dia Mundial do Cancro do Pâncreas - esta quinta-feira o Cristo Rei vai ser iluminado de roxo -, que em Portugal afeta um número estimado em 1.300 pessoas por ano, o que o torna a quarta principal causa de morte por cancro, sendo o único cancro em que se regista um aumento da mortalidade.

Em comunicado, o presidente do GICD, Hélder Mansinho, defende a necessidade de melhorar a estratégia nacional face ao cancro do pâncreas e uma maior aposta no diagnóstico precoce e na informação dos profissionais de saúde e população.

“Portugal e a Europa têm que começar a mudar a forma como olham para o cancro do pâncreas e a desafiar a estratégia existente neste cancro em particular”, afirma Hélder Mansinho, salientando que “as pessoas continuam a chegar muito tarde ao médico e desvalorizam os sintomas da doença, o que leva a diagnósticos mais tardios e menor possibilidade de tratamento e sobrevida”.

Os doentes com cancro do pâncreas perdem 98% da sua esperança de vida no momento do diagnóstico, uma vez que é associado a uma sentença de morte, sendo a sobrevivência a cinco anos inferior a 5%.

“Um diagnóstico e tratamento precoce podem levar ao aumento da sobrevivência. Mas todos temos um papel a desempenhar nesta mudança”, salienta.

O GCID junta-se à Pancreatic Cancer Europe, que desenvolve várias iniciativas na Europa para alertar a população, profissionais de saúde e decisores políticos sobre o impacto do cancro do pâncreas.

Hélder Mansinho salienta que "o diagnóstico precoce pode mudar o prognóstico da doença e ter impacto na estratégia terapêutica e na sobrevivência dos doentes”.

“É pelos doentes que todos temos de intervir e mudar o amanhã para que possam olhar para o seu futuro de forma mais positiva” acrescenta o presidente do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo.

Cor amarelada da pele (icterícia), dor abdominal, dor na zona dorsal, aparecimento de diabetes, perda de peso inexplicável, alterações dos hábitos intestinais e náuseas são alguns dos principais sintomas do cancro do pâncreas.

Os fatores de risco para desenvolvimento da doença são a idade, o tabagismo que é responsável por um terço dos casos da doença, o histórico familiar de incidência desta doença, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e sucessivas pancreatites.

Nova consulta na UPPC
A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC) disponibiliza, a partir de hoje, uma consulta de coaching para adultos com...

“A pessoa que sofre de PHDA confronta-se frequentemente com dificuldades em diversas áreas funcionais, nomeadamente ao nível académico, vocacional, emocional e interpessoal, resultantes da interferência sintomatológica desta perturbação, que é particularmente notória no que respeita às competências de planeamento, gestão do tempo, definição de objetivos, organização e resolução de problemas”, explica Gisela Gracioso, psicóloga da UPPC responsável por esta consulta.

Para fazer face a estas dificuldades, acrescenta a especialista, “esta consulta foca-se no desenvolvimento de competências práticas que ajudam o indivíduo a ultrapassar as necessidades do dia a dia, para assim melhorar diversos aspetos da sua vida, como o stress, o controlo emocional, a gestão do tempo e concentração, a autoestima, e muito mais”.

Após o processo de definição de objetivos e de psicoeducação, a intervenção dura entre 10 a 20 sessões, e termina com a avaliação dos ganhos terapêuticos. Nesta fase, o psicólogo, em conjunto com o paciente, decide se é necessária uma redefinição das necessidades de intervenção ou se o processo de acompanhamento se conclui.

A PHDA é uma doença neuropsiquiátrica crónica na qual se verificam alterações no funcionamento cerebral e cognitivo, que resultam na desatenção, agitação motora e impulsividade invulgares para a idade do indivíduo. Estima-se que cerca de quatro por cento dos adultos sofre desta perturbação. Os sintomas mais comuns são a desorganização e incapacidade de foco, a inquietação motora, a tomada de decisões precipitadas, a dificuldade em realizar atividades que requeiram calma e esforço mental, a comunicação excessiva, entre outros.

 

Bastonário
O bastonário da Ordem dos Médicos garantiu, hoje, em Viana do Castelo, que recorrerá "às instâncias necessárias",...

"Iremos até às instâncias todas que forem necessárias, incluindo os tribunais e incluindo, se for preciso, as instâncias europeias", afirmou Miguel Guimarães.

O bastonário da Ordem dos Médicos, que falava aos jornalistas à porta do hospital de Santa Luzia, no final de uma visita àquela unidade e aos centros de saúde da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), afirmou "não ser possível ter médicos que tentam fazer as suas consultas e não o conseguem" por falhas nos sistemas informáticos das unidades de saúde.

"Isto é o contrário da medicina. Espero sinceramente e tenho a certeza que vai ter de acontecer, senão teremos de seguir outros cursos, como os da responsabilidade política e em termos jurídicos. Os médicos estão, neste momento, a ter uma enorme responsabilidade por situações às quais são alheios, por situações que não são da sua responsabilidade, que são da responsabilidade de terceiros. Isto tem que, definitivamente, acabar", frisou.

Miguel Guimarães adiantou que as falhas nos sistemas informáticos não são "casos pontuais", mas sim um problema que afeta "o país todo".

"Os nossos governantes, que têm responsabilidades políticas importantes perante todos os portugueses, deviam visitar os hospitais e os centros de saúde e falar com os profissionais de saúde e deviam fazê-lo sem o aviso prévio (…). É importante que falem com os portugueses e os portugueses também somos nós, os profissionais de saúde, os doentes. Os portugueses não só as pessoas que estão nos comícios", referiu.

O bastonário da Ordem dos Médicos destacou que as falhas nos sistemas informáticos estão a "deteriorar" e “a prejudicar” a relação "sagrada" entre médico-doente.

"Não é possível que um médico, que tem de ver vários doentes, tenha dificuldade imensa em utilizar devidamente os sistemas informáticos. Seja porque o sistema vai abaixo e não funciona, seja porque a rede de comunicação é fraca e o próprio servidor torna o sistema lento, seja porque existem múltiplas aplicações informáticas para fazer tarefas completamente distintas que consomem praticamente o tempo todo", destacou.

Miguel Guimarães classificou de "extremamente grave" a falta de uma "alternativa" aos sistemas informáticos do Ministério da Saúde.

"Há uma coisa que, neste momento, não existe e que é extraordinariamente grave. Se, por ventura, o médico não tiver o sistema informático a funcionar, não tem uma alternativa. É obrigatório existir uma alternativa ao sistema informático. Nós não podemos ficar com os doentes na mão", referiu.

A ULSAM é constituída por dois hospitais, o de Santa Luzia em Viana do Castelo e o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas. Conta com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.

Sustentabilidade do subsistema em análise
Um terço dos beneficiários da ADSE terá mais de 70 anos em 2022 sem a entrada de novos utentes, estima um estudo sobre a...

A análise alerta para a necessidade da entrada de novos beneficiários para assegurar a sustentabilidade do subsistema e traça uma perspetiva da distribuição dos escalões etários em 2022, tendo como base os valores de 2017.

Os dados do ano passado mostram que o escalão etário predominante dos utentes da ADSE está entre os 60 e os 70 anos (que representa 20% do total), enquanto no caso dos seguros se situa entre os 30 e os 40 anos (mais de 20% do total).

Dentro de cinco anos, sem a entrada de novos beneficiários, o cenário traçado mostra que 30% dos beneficiários da ADSE terão mais de 70 anos. Quase 20% estarão entre os 70 e 80 anos e 13,6% mais de 80 anos.

Sem a entrada de novos beneficiários, a idade média dos utentes será de 55 anos em 2022.

O aumento da estrutura etária, sem a renovação de beneficiários, iria conduzir a um aumento dos níveis de consumo pelos utentes e a um consequente aumento da despesa da ADSE, refere o estudo feito pela Deloitte a pedido da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada e a que a agência Lusa teve acesso.

O estudo aponta mesmo o envelhecimento e um maior consumo por parte dos utentes como os “principais riscos da ADSE”, sugerindo a necessidade de alargar o universo dos beneficiários, bem como criar regras para moderar o consumo.

As principais conclusões apontam, portanto, para um universo da ADSE envelhecido, com redução progressiva de beneficiários, um consumo mais elevado do que os utentes dos seguros, embora os beneficiários da ADSE paguem “substancialmente menos” do que quem tem seguro de saúde.

Os beneficiários da ADSE “têm mais atos e pagam menos”, aponta o estudo.

O copagamento médio dos beneficiários da ADSE situa-se nos 28,16 euros, enquanto o copagamento médio dos utentes dos seguros está acima dos 43 euros.

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