Players do setor premiados pelo seu desempenho na cadeia de valor

Evento da GS1 Portugal quis mostrar como pode a cadeia de abastecimento na saúde ser mais eficiente e segura

A GS1 Portugal, organização neutra e sem fins lucrativos que impulsiona a eficiência ao longo de todas as cadeias de valor, incluindo na cadeia de valor da saúde, promoveu um evento subordinado ao tema Colaboração como Driver da Supply Chain na Saúde, no qual foram entregues os prémios da 7.ª edição do estudo Benchmarking Saúde.

Numa manhã em que se destacou a importância da rastreabilidade e codificação neste setor como forma de promover a segurança dos pacientes, Hugo Pedrosa, Engagement Manager da IQVIA, deu início à sessão com o tema o Impacto da pandemia na Supply Chain.

Em termos económicos, Hugo Pedrosa falou sobre o aumento do investimento em saúde e na despesa em medicamentos, destacando “o reforço dos contactos de proximidade e a capacitação dos centros de saúde” como pontos positivos do Plano de Recuperação e Resiliência. No que diz respeito à cadeia de abastecimento, o representante da IQVIA realçou que a pandemia trouxe uma rutura de stocks em medicamentos para o tratamento de patologias crónicas em ambulatório, assim como teve um impacto significativo em consultas de prevenção, cuidados primários, especialidades, diagnóstico e tratamento.

Hugo Pedrosa explicou ainda que não foram só desafios e que a pandemia trouxe também oportunidades que podem e devem ser aproveitadas. “Portugal tem agora a oportunidade de se diferenciar ao absorver a necessidade de produção de medicamentos na Europa, por ser um mercado muito concentrado na Ásia”, explicou. “A telemedicina e novos serviços da farmácia, tornando-as mais próximas do paciente, são também tendências que devem ser mantidas”, acrescentou. Por último, Hugo Pedrosa referiu a importância que o e-commerce ganhou no setor, alertando, no entanto, para os perigos da contrafação e para a necessidade do desenvolvimento de mecanismos de defesa para o consumidor.

Já no Painel de Debate sobre Factores de estrangulamento e Boas Práticas de Eficiência – Colaboração como fator crítico de sucesso para a eficiência, indústria e laboratórios, armazenistas e farmácias, partilharam a sua realidade, reforçando a confiança, a segurança, a transparência e a colaboração como pilares da cadeia de abastecimento da saúde.

O debate moderado por Cátia Gouveia, Gestora Sénior de Estudos de Níveis de Serviço da GS1 Portugal, contou com a presença de Tiago Baleizão, General Manager do Laboratório Stada, Pedro Paiva, Sales & Trade Marketing Director do Laboratório Perrigo, Hugo Ramos, Diretor Executivo Upstream & Downstream da Alliance Healthcare, Pedro Vasques, CEO da Rede Claro e Eunice Barata, Owner do Grupo Reis Barata.

Para Tiago Baleizão, da Stada, “a questão da confiança é transversal. Para podermos criar valor, temos de ter e criar confiança”.

Já Pedro Paiva, da Perrigo, explicou que têm utilizado os resultados dos estudos de benchmarking do setor da saúde promovidos pela GS1 Portugal como forma de melhorar os seus processos. “Mais do que entendermos, temos de fazer o diagnóstico, para projectarmos o que vamos fazer a seguir. O que não se mede, não se gere e é daqui que partimos”, garantiu.

No mesmo debate, Hugo Ramos, da Alliance Healthcare, afirmou que as duas palavras fundamentais para a cadeia de valor da saúde são “integração e colaboração”. “Qualquer player/stakeholder que queira trabalhar sozinho não terá sucesso”, assegurou.

Por seu lado, Pedro Vasques, da Rede Claro, falou da competitividade sentida neste setor: “factualmente, e de forma pragmática, se não temos resultados, estamos em dificuldade”. “Na Rede Claro, mais do que um KPI, vemos a evolução como a nossa cultura. Queremos, não só estar entre os melhores, mas ter o melhor propósito”, rematou.

Ainda nesta sessão, Eunice Barata, do grupo Reis Barata, destacou a importância dos estudos de benchmarking da GS1 Portugal, em particular o Bechmarking Saúde, instrumento de gestão essencial: “até participarmos nestes estudos não medíamos a satisfação dos nossos parceiros/fornecedores e foi interessante essa análise. Foi importante perceber, sobretudo, que toda uma equipa faz um resultado final”, explicou.

Em todas as intervenções, ao longo do painel de debate, ficou clara a importância dada pelos vários players à colaboração e à partilha de informação como formas de melhorar os resultados e tornar a cadeia de de valor cada vez mais segura e eficiente.

O evento culminou com a entrega de prémios do estudo de níveis de serviço da GS1 Portugal para o setor da saúde, Benchmarking Saúde, referentes à 7.ª edição. Depois de explicada a metodologia e algumas informações sobre o processo, ficou claro que os resultados do estudo apresentam não só tendências do setor, como uma perspetiva dos níveis de serviço dos laboratórios e dos respetivos clientes, e parceiros, ao longo da cadeia de valor.

Quanto aos vencedores, do lado dos Laboratórios, a Perrigo venceu nas categorias de Armazenistas, Parafarmácias de Retalho e Grupos de Farmácias, enquanto o galardão de Fármacias foi entregue à GSK Consumer. Do lado dos Clientes, nesta cadeia de valor, na categoria Parafarmácia de Retalho a vencedora foi a marca Bem-Estar da insígnia Pingo Doce, em Armazenistas venceu a Alliance Healthcare e, por fim, a Rede Claro ganhou o prémio na categoria de Grupos de Farmácias.

Fonte: 
Adagietto
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
GS1 Portugal